PLANEJAMENTO TERRITORIAL E CONFLITOS FUNDIÁRIOS … · fato de estar irregular, uma vez que a configuração de uma disputa atrela-se à existência de forças sociais com interesses

PLANEJAMENTO TERRITORIAL ECONFLITOS FUNDIÁRIOS NA RMC

Jussara Maria SilvaLaura E. Bertol

Leandro F. GorsdorfThiago A. P. Hoshino

Seminário Região Metropolitana de Curitiba e os desafios para o século XXI

17 E 18 DE SETEMBRO DE 2013

DEFINIÇÃO DE CONCEITOS ORIENTADORES DA PESQUISA-AÇÃO:

O que é Metrópole ?

“A metrópole, ou a aglomeração metropolitana, realizagrandes funções de comando e gestão e, articulada à economiaglobal, é a porta de entrada dos fluxos globais no territórionacional, onde se ancoram interesses internacionais e de ondepartem, para o território nacional, vetores de modernidade ecomplexidade.(...)A metrópole apresenta diferentes dimensões de polarização econcentração no território brasileiro nas escalas nacional,regional e local.”

(FIRKOWSKI, O. L. C. de F. Por que as Regiões Metropolitanas no Brasil sãoRegiões mas não são Metropolitanas? In: Revista Paranaense deDesenvolvimento. Curitiba: IPARDES, n. 122, 2012).

DEFINIÇÃO DE CONCEITOS ORIENTADORES DA PESQUISA-AÇÃO:

O que é Metrópole ?

“A metrópole, ou a aglomeração metropolitana, realizagrandes funções de comando e gestão e, articulada à economiaglobal, é a porta de entrada dos fluxos globais no territórionacional, onde se ancoram interesses internacionais e de ondepartem, para o território nacional, vetores de modernidade ecomplexidade.(...)A metrópole apresenta diferentes dimensões de polarização econcentração no território brasileiro nas escalas nacional,regional e local.”

(FIRKOWSKI, O. L. C. de F. Por que as Regiões Metropolitanas no Brasil sãoRegiões mas não são Metropolitanas? In: Revista Paranaense deDesenvolvimento. Curitiba: IPARDES, n. 122, 2012).


O que é conflito fundiário urbano ?

Disputa pela apropriação da terra urbana (seja por meio de propriedade, posse, uso ouacesso), para fins de garantia do direito humano à moradia adequada (compreendidaesta nos termos da ONU, conforme o Comentário Geral nº4 do CDESC), envolvendopopulação de baixa renda (conceito que aqui não se refere somente ao critérioquantitativo, mas também às reais necessidades dos sujeitos) - (em diálogo com aRESOLUÇÃO RECOMENDADA N. 87 do Conselho Nacional das Cidades).

Cabe ressaltar que uma área não é de pronto identificada como conflituosa apenas pelofato de estar irregular, uma vez que a configuração de uma disputa atrela-se à existênciade forças sociais com interesses antagônicos, articuladas geralmente em torno dacontraposição central entre mercantilização ou desmercantilização da habitação e daterra urbana. A análise dos conflitos, desta forma, não se limita à sua dimensão sócio-espacial – referente à produção do espaço e à apropriação da cidade –, devendo sereles também considerados em sua dimensão simbólica e jurídica, “envolvendo as leis,as regras e os conceitos que legitimam ou deslegitimam as práticas sociais dosagentes”.

(SANTOS JUNIOR, O. A. dos. A Produção Capitalista do Espaço, os Conflitos Urbanos e o Direito à Cidade. In:CHRISTOVÃO, A. C.; NOVAES, P.R.; SANTOS JUNIOR, O. A. dos (Org.). Políticas Públicas e Direito à Cidade:Programa Interdisciplinar de Formação de Agentes Sociais e Conselheiros Municipais. Rio de Janeiro: Letra Capital,2011. p. 71-74).

O que é conflito fundiário urbano ?

Disputa pela apropriação da terra urbana (seja por meio de propriedade, posse, uso ouacesso), para fins de garantia do direito humano à moradia adequada (compreendidaesta nos termos da ONU, conforme o Comentário Geral nº4 do CDESC), envolvendopopulação de baixa renda (conceito que aqui não se refere somente ao critérioquantitativo, mas também às reais necessidades dos sujeitos) - (em diálogo com aRESOLUÇÃO RECOMENDADA N. 87 do Conselho Nacional das Cidades).

Cabe ressaltar que uma área não é de pronto identificada como conflituosa apenas pelofato de estar irregular, uma vez que a configuração de uma disputa atrela-se à existênciade forças sociais com interesses antagônicos, articuladas geralmente em torno dacontraposição central entre mercantilização ou desmercantilização da habitação e daterra urbana. A análise dos conflitos, desta forma, não se limita à sua dimensão sócio-espacial – referente à produção do espaço e à apropriação da cidade –, devendo sereles também considerados em sua dimensão simbólica e jurídica, “envolvendo as leis,as regras e os conceitos que legitimam ou deslegitimam as práticas sociais dosagentes”.

(SANTOS JUNIOR, O. A. dos. A Produção Capitalista do Espaço, os Conflitos Urbanos e o Direito à Cidade. In:CHRISTOVÃO, A. C.; NOVAES, P.R.; SANTOS JUNIOR, O. A. dos (Org.). Políticas Públicas e Direito à Cidade:Programa Interdisciplinar de Formação de Agentes Sociais e Conselheiros Municipais. Rio de Janeiro: Letra Capital,2011. p. 71-74).


Projeto “Cidade em Debate”- Recortes da pesquisa em 2013:

Analítico: espaços de moradia em situação de conflito fundiáriohabitados por população de baixa renda.

Temporal: abril a dezembro de 2013.

Espacial: três escalas geográficas, com fontes distintas– RMC;– Municípios de concentração de conflitos, pelo levantamento prévio

(Curitiba, Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais e Piraquara);– Assentamentos (Nova Costeira, em São José dos Pinhais, e “Ilha”, em

Almirante Tamandaré).

Projeto “Cidade em Debate”- Recortes da pesquisa em 2013:

Analítico: espaços de moradia em situação de conflito fundiáriohabitados por população de baixa renda.

Temporal: abril a dezembro de 2013.

Espacial: três escalas geográficas, com fontes distintas– RMC;– Municípios de concentração de conflitos, pelo levantamento prévio

(Curitiba, Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais e Piraquara);– Assentamentos (Nova Costeira, em São José dos Pinhais, e “Ilha”, em

Almirante Tamandaré).


CuritibaAlmirante Tamandaré

ILHA

NOVA COSTEIRA

Contexto:IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO DA 3ª PISTA DO AEROPORTO DA INFRAERO

Ano : a ocupação é originária de realocações realizadas pela Prefeitura de São Joséde Pinhais há mais de 20 anos atrás (concessão precária de uso moradores) –terreno público da Prefeitura Municipal – ameaça de remoções

Afetados: mais de 320 núcleos familiares

Organização : organizados em forma de comissão de moradores

Renda : população de baixa renda

Demandas: regularização fundiária – possível Concessão para fins de Moradia /acesso às informações relativos ao projeto e às áreas sujeitas a deslocamento

NOVA COSTEIRA – SÃO JOSÉ DOS PINHAIS

Contexto:IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO DA 3ª PISTA DO AEROPORTO DA INFRAERO

Ano : a ocupação é originária de realocações realizadas pela Prefeitura de São Joséde Pinhais há mais de 20 anos atrás (concessão precária de uso moradores) –terreno público da Prefeitura Municipal – ameaça de remoções

Afetados: mais de 320 núcleos familiares

Organização : organizados em forma de comissão de moradores

Renda : população de baixa renda

Demandas: regularização fundiária – possível Concessão para fins de Moradia /acesso às informações relativos ao projeto e às áreas sujeitas a deslocamento


1

2

3ÁREA DO AEROPORTO

NOVA COSTEIRASÃO JOSÉ DOS PINHAIS

4

CAIC

1

2

3

4

Lei Complementar de São José dos Pinhais, nº 9 de 2004

INSTITUI O PLANO DIRETOR MUNICIPAL.

Lote mínimo – área 360m2

Frente 12,00 mTO – 60%CA – 2Taxa de Permeabilidade – 20%Altura máxima 4

Parâ

met

ros u

rban

ístic

osestabelece as áreas especiais, que “são aquelas que exigem regime urbanísticoespecífico, condicionando as suas peculiaridades no que se refere a característicaslocacionais, formas de ocupação do solo e valores ambientais” (Art.11)

Lei Complementar de São José dos Pinhais, nº 16 de 2005


ZR4 – Zona Residencial 4.Lote mínimo – área 360m2

Frente 12,00 mTO – 60%CA – 2Taxa de Permeabilidade – 20%Altura máxima 4

Parâ

met

ros u

rban

ístic

os

2008 – DECRETO 2.347 decretou como Zona Especial de Interesse Social


2008 – DECRETO 2.347 decretou como Zona Especial de Interesse Social

Parâmetros urbanísticos

2008 - a ocupação no momento daelaboração do processo deregularização - os índicesurbanísticos cadastrados pelaidentificação e quantificação dasituação individual de cada lote.

Depois de 2008 - os novos lotesdevem atender aos parâmetros dozoneamento onde a ZEIS estáinserida.


2008 - a ocupação no momento daelaboração do processo deregularização - os índicesurbanísticos cadastrados pelaidentificação e quantificação dasituação individual de cada lote.

Zona Especial de InteresseSocial – Costeirinha

TO – 60%CA – 2Taxa de Permeabilidade – 30%Altura máxima 4


34

6

7

ALMIRANTE TAMANDARÉ

8

1

2

5

6

CURITIBA

ILHA

CONDOMÍNIO RESIDENCIAL LE PARC1 BAIRRO TANGUÁ – Almirante Tamandaré

CONDOMÍNIO HORIZONTALMONTMARTRE RESIDENCIAL2

CONDOMÍNIO HORIZONTALMONTMARTRE RESIDENCIAL2

BAIRRO TANGUÁ – Almirante Tamandaré

BAIRRO TANGUÁ – Almirante Tamandaré

CONDOMÍNIO PARQUE WOLF3BAIRRO TANGUÁ – Almirante Tamandaré

4 BAIRRO PILARZINHO – Curitiba

BAIRRO PILARZINHO – Curitiba5

BAIRRO PILARZINHO – Curitiba6

BAIRRO TANGUÁ – Almirante Tamandaré7 JARDIM IRACEMA

BAIRRO TANGUÁ – Almirante Tamandaré8 JARDIM CAMPOS ELISIOS

2

CURITIBAALMIRANTE TAMANDARÉ

1

2

ILHA

1

2

ContextoHistórico: comunidade formada há cerca de 15 anos em razão de ocupaçãode um conjunto de famílias ligadas pelo vinculo de parentescoInício da ocupação em decorrência de dação em pagamento do terreno porforça de acordo entabulado com antigos proprietários em ação trabalhista.Área de fragilidade ambiental – faixa de APP e planície de inundaçãoDivisa dos Municípios de Curitiba e Almirante Tamandaré

Quantidade de famílias: aproximadamente 40 núcleos familiares

Organização: associação de moradores em formação – cooperativa decatadores de materiais recicláveis

Renda: população de baixa renda

Recorte étnico-racial: a comunidade é, expressivamente, afrodescendente

ILHA– ALMIRANTE TAMANDARÉ

ContextoHistórico: comunidade formada há cerca de 15 anos em razão de ocupaçãode um conjunto de famílias ligadas pelo vinculo de parentescoInício da ocupação em decorrência de dação em pagamento do terreno porforça de acordo entabulado com antigos proprietários em ação trabalhista.Área de fragilidade ambiental – faixa de APP e planície de inundaçãoDivisa dos Municípios de Curitiba e Almirante Tamandaré

Quantidade de famílias: aproximadamente 40 núcleos familiares

Organização: associação de moradores em formação – cooperativa decatadores de materiais recicláveis

Renda: população de baixa renda

Recorte étnico-racial: a comunidade é, expressivamente, afrodescendente


Lei Complementar de Almirante Tamandaré-PR, nº 1 de 2006

INSTITUI O PLANO DIRETOR MUNICIPAL, E ESTABELECE OBJETIVOS, INSTRUMENTOS EDIRETRIZES PARA AS AÇÕES DE PLANEJAMENTO NO MUNICÍPIO DE ALMIRANTETAMANDARÉ.

Lei Complementar de Almirante Tamandaré-PR, nº 2 de 2006DISPÕE SOBRE O CÓDIGO DE ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DOMUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ


ZR-2Lote mínimo – 360m2

Frente 12,00 m / esquina 17,00mTO – 60%CA – 2 / 3 (Potencial Construtivo)Taxa de Permeabilidade – 20%Altura máxima 4 / 6 (Potencial Construtivo)Recuo frontal – 5,00 metrosPa

râm

etro

s urb

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icos

DISPÕE SOBRE O CÓDIGO DE ZONEAMENTO DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DOMUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ


RETRIÇÕES À OCUPAÇÃOLEI COMPLEMENTAR 2/2006


PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO

ÁREA DE PRESERVAÇÃOPERMANENTE

PREMISSAS TEÓRICAS – ENTRE A VISIBILIDADE E AINSIVIBILIDADE DO TERRITÓRIO E SEUS AGENTES

1. A “batalha dos mapas” como metáfora do planejamento

“Para obter controle legislativo e regulador sobre os padrões deinteração e lealdade sociais, o Estado tinha que controlar atransparência do cenário no qual vários agentes envolvidos nainteração são obrigados a atuar. (...) Um aspecto decisivo doprocesso modernizador foi portanto a prolongada guerratravada em nome da reorganização do espaço. O que estava emjogo na principal batalha dessa guerra era o direito de controlaro ofício de cartógrafo.”(BAUMAN, 1999)

PREMISSAS TEÓRICAS – ENTRE A VISIBILIDADE E AINSIVIBILIDADE DO TERRITÓRIO E SEUS AGENTES

1. A “batalha dos mapas” como metáfora do planejamento

“Para obter controle legislativo e regulador sobre os padrões deinteração e lealdade sociais, o Estado tinha que controlar atransparência do cenário no qual vários agentes envolvidos nainteração são obrigados a atuar. (...) Um aspecto decisivo doprocesso modernizador foi portanto a prolongada guerratravada em nome da reorganização do espaço. O que estava emjogo na principal batalha dessa guerra era o direito de controlaro ofício de cartógrafo.”(BAUMAN, 1999)


2. A cartografia simbólica e a sociologia das ausências

“Trata-se de uma investigação que visa demonstrar que o quenão existe é, na verdade, activamente produzido como nãoexistente (...) A sociologia das ausências exige neste domínio oexercício da imaginação cartográfica, quer para ver em cadaescala de representação não só o que ela mostra mas também oque ela oculta, quer para lidar com mapas cognitivos queoperam simultaneamente com diferentes escalas,nomeadamente para detectar as articulações locais/globais”

(SANTOS, B. S., 2006)

PREMISSAS TEÓRICAS – A (IN)VISIBILIDADE

2. A cartografia simbólica e a sociologia das ausências

“Trata-se de uma investigação que visa demonstrar que o quenão existe é, na verdade, activamente produzido como nãoexistente (...) A sociologia das ausências exige neste domínio oexercício da imaginação cartográfica, quer para ver em cadaescala de representação não só o que ela mostra mas também oque ela oculta, quer para lidar com mapas cognitivos queoperam simultaneamente com diferentes escalas,nomeadamente para detectar as articulações locais/globais”

(SANTOS, B. S., 2006)


3. Espaços luminosos e espaços opacos

“Chamaremos de espaços luminosos aqueles que maisacumulam densidades técnicas e informacionais, ficando assimmais aptos a atrair atividades com maior conteúdo em capital,tecnologia e organização. Por oposição, os subespaços onde taiscaracterísticas estão ausentes seriam os espaços opacos”

(SANTOS, M. e SILVEIRA, M., 2002)

PREMISSAS TEÓRICAS – A (IN)VISIBILIDADE

3. Espaços luminosos e espaços opacos

“Chamaremos de espaços luminosos aqueles que maisacumulam densidades técnicas e informacionais, ficando assimmais aptos a atrair atividades com maior conteúdo em capital,tecnologia e organização. Por oposição, os subespaços onde taiscaracterísticas estão ausentes seriam os espaços opacos”

(SANTOS, M. e SILVEIRA, M., 2002)


• Marginalidade e inclusão subalternizada no mundo dotrabalho (informal) e da moradia.

• Estratégias de sobrevivência no/pelo residual.

• “Ambientalização dos conflitos sociais” (LOPES, 2004)

• “Proximidade territorial e distância social” (RIBEIRO, 2003)

• Evitação/apartamento de cunho étnico-racial – padrãorecorrente no Paraná (SILVA, 2012)

A ILHAALMIRANTE TAMANDARÉ

• Marginalidade e inclusão subalternizada no mundo dotrabalho (informal) e da moradia.

• Estratégias de sobrevivência no/pelo residual.

• “Ambientalização dos conflitos sociais” (LOPES, 2004)

• “Proximidade territorial e distância social” (RIBEIRO, 2003)

• Evitação/apartamento de cunho étnico-racial – padrãorecorrente no Paraná (SILVA, 2012)


• Padrão centro-periferia.

• Exploração e espoliação – hierarquização e segregação do espaço.

• Enclaves urbanos: “área de concentração espacial na qual os membros deum determinado grupo populacional, autodefinido por etnicidade, religiãoou de outra forma, congregam-se de modo a proteger e intensificar o seudesenvolvimento econômico, social, político e/ou cultural.” (Marcuse,2004, 25).


• Padrão centro-periferia.

• Exploração e espoliação – hierarquização e segregação do espaço.

• Enclaves urbanos: “área de concentração espacial na qual os membros deum determinado grupo populacional, autodefinido por etnicidade, religiãoou de outra forma, congregam-se de modo a proteger e intensificar o seudesenvolvimento econômico, social, político e/ou cultural.” (Marcuse,2004, 25).


• “Ilha” como expressão de um enclave cercado por enclavesexcludentes ou fortificados.

• Características físicas - porção de terra cercada por água emtodos os lados

• Localidade ilhada pelos indecisos limites político-administrativos entre Almirante Tamandaré e Curitiba.

• Porção diferente (espaço informal de moradia) em meio àcrescente expansão de iguais (condomínios fechadoshorizontais).

RESULTADO: O METROPOLITANO COMO AUSÊNCIA(EXPECTATIVA NÃO CONCRETIZADA)


• “Ilha” como expressão de um enclave cercado por enclavesexcludentes ou fortificados.

• Características físicas - porção de terra cercada por água emtodos os lados

• Localidade ilhada pelos indecisos limites político-administrativos entre Almirante Tamandaré e Curitiba.

• Porção diferente (espaço informal de moradia) em meio àcrescente expansão de iguais (condomínios fechadoshorizontais).

RESULTADO: O METROPOLITANO COMO AUSÊNCIA(EXPECTATIVA NÃO CONCRETIZADA)


• Enclave urbano cercado por usos não residenciais.

• Área murada – acesso pela rua Silvio Pinto Ribeiro.

• Produto/passivo da política habitacional do Município de SãoJosé dos Pinhais

• Autoconstrução periférica (patrimônio intergeracional eresistência aos modelos rígidos dos programasgovernamentais)

• Enraizamento comunitário: grau de consolidação doassentamento, sentimento de pertença e acesso a trabalho,equipamentos e serviços

A COSTEIRASÃO JOSÉ DOS PINHAIS

• Enclave urbano cercado por usos não residenciais.

• Área murada – acesso pela rua Silvio Pinto Ribeiro.

• Produto/passivo da política habitacional do Município de SãoJosé dos Pinhais

• Autoconstrução periférica (patrimônio intergeracional eresistência aos modelos rígidos dos programasgovernamentais)

• Enraizamento comunitário: grau de consolidação doassentamento, sentimento de pertença e acesso a trabalho,equipamentos e serviçosSeminário Região Metropolitana de Curitiba e os desafios para o século XXI

• Redefinição defronteiros pelo GPU:– Impacto urbano e

social no entorno e namobilidade doterritório municipal.



Fonte: SEIL/PR, 2013

Fonte: Gazeta do Povo, 2013

• Potencial deslocamento coletivo- “Desenraizamento social e econômico significa, de um lado, enfraquecimento delaços da sociabilidade primária – família, parentela, bairro, vida associativa e o própriomundo do trabalho; de outro, desemprego de larga duração ou trabalho irregular,informal, intermitente ou ocasional, que advém de várias modalidades de desinserçãono sistema produtivo. (...) O desenraizamento no âmbito da sociabilidade primária já émais difícil de ser configurada. De fato, estudos apontam para mudanças nasociabilidade familiar e comunitária, mas também realçam sua importância para, numcontexto de fraca presença da ação estatal, enfrentar os desafios decorrentes dafragilidade dos direitos sociais.” (KOWARICK, 2009)

RESULTADO: O METROPOLITANO COMO AMEAÇA(APARIÇÃO REPENTINA E NÃO-DIALOGADA)


• Potencial deslocamento coletivo- “Desenraizamento social e econômico significa, de um lado, enfraquecimento delaços da sociabilidade primária – família, parentela, bairro, vida associativa e o própriomundo do trabalho; de outro, desemprego de larga duração ou trabalho irregular,informal, intermitente ou ocasional, que advém de várias modalidades de desinserçãono sistema produtivo. (...) O desenraizamento no âmbito da sociabilidade primária já émais difícil de ser configurada. De fato, estudos apontam para mudanças nasociabilidade familiar e comunitária, mas também realçam sua importância para, numcontexto de fraca presença da ação estatal, enfrentar os desafios decorrentes dafragilidade dos direitos sociais.” (KOWARICK, 2009)

RESULTADO: O METROPOLITANO COMO AMEAÇA(APARIÇÃO REPENTINA E NÃO-DIALOGADA)


• Reforço e reprodução da marginalidade pela ação estatal e/oudo mercado

• Centralidade da questão do acesso à terra e da segurançajurídica da posse, que fragiliza a apropriação do espaço

• Desproporção na distribuição dos ônus e benefícios doprocesso de urbanização (entre segmentos sociais e escalas)

Análise comparativa

• Reforço e reprodução da marginalidade pela ação estatal e/oudo mercado

• Centralidade da questão do acesso à terra e da segurançajurídica da posse, que fragiliza a apropriação do espaço

• Desproporção na distribuição dos ônus e benefícios doprocesso de urbanização (entre segmentos sociais e escalas)


• Lacuna no tema Habitação de Interesse Social

• Lugares vividos (AUGÉ, 1994) encontram-se “fora das idéias”(MARICATO, 2012)

• Necessidade de ênfase no processo político conflituoso e nãono produto/plano final

• “Trabalhos de tradução” (SANTOS, 2006) e o novo papel dotécnico como mediador entre saberes populares e científicos(RANDOLPH, 2009)

• Reconhecimento da existência e das especificidades dosassentamentos através de instrumentos de política urbana(ex.: ZEIS), direcionadores de políticas públicas e desalvaguarda contra processos de gentrificação.

Considerações Finais: o planejamento metropolitano

• Lacuna no tema Habitação de Interesse Social

• Lugares vividos (AUGÉ, 1994) encontram-se “fora das idéias”(MARICATO, 2012)

• Necessidade de ênfase no processo político conflituoso e nãono produto/plano final

• “Trabalhos de tradução” (SANTOS, 2006) e o novo papel dotécnico como mediador entre saberes populares e científicos(RANDOLPH, 2009)

• Reconhecimento da existência e das especificidades dosassentamentos através de instrumentos de política urbana(ex.: ZEIS), direcionadores de políticas públicas e desalvaguarda contra processos de gentrificação.


• Distorções entre o plano-ideia e a prática cotidiana

• Sobreposição de escalas e “atropelo federativo”: o GPU comooportunidade de potencial diálogo e articulação inter-institucional e trans-escalar entre instâncias federativas

• Urgência do fortalecimento da gestão democrática naformulação e execução da política de habitação

• Qualificação dos mecanismos de transparência ativa e departicipação, a exemplo do Estudo de Impacto de Vizinhança(de que modo podem o “interesse local” e os instrumentosurbanísticos ser incorporados na dimensão metropolitana?)

• Aplicação dos novos marcos e espaços de mediação deconflitos fundiários (Ministério Público e Portaria 317/MCidades)

Considerações Finais: a gestão metropolitana• Distorções entre o plano-ideia e a prática cotidiana

• Sobreposição de escalas e “atropelo federativo”: o GPU comooportunidade de potencial diálogo e articulação inter-institucional e trans-escalar entre instâncias federativas

• Urgência do fortalecimento da gestão democrática naformulação e execução da política de habitação

• Qualificação dos mecanismos de transparência ativa e departicipação, a exemplo do Estudo de Impacto de Vizinhança(de que modo podem o “interesse local” e os instrumentosurbanísticos ser incorporados na dimensão metropolitana?)

• Aplicação dos novos marcos e espaços de mediação deconflitos fundiários (Ministério Público e Portaria 317/MCidades)


FIMFIM


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PLANEJAMENTO TERRITORIAL E CONFLITOS FUNDIÁRIOS … · fato de estar irregular, uma vez que a configuração de uma disputa atrela-se à existência de forças sociais com interesses