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BIBLIOTECA ESCOLAR – AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SÃO JOÃO DA MADEIRA
Planificação da Actividade: Uma história com… 4ºB
Data: Maio/Junho 2009 Tempo previsto: Destinatários: 4º B da Escola EB1/JI de Casaldelo
Domínio Competências/Objectivos Descrição da actividade Recursos Avaliação
APOIO AO
DESENVOLV
I-MENTO
CURRICULA
R
LEITURA E
LITERACIAS
Sensibilizar para a leitura;
Elevar os níveis de literacia dos alunos;
Promover o gosto pela escrita.
Desenvolver as competências do saber
ouvir/ saber estar;
Promover o espírito crítico;
Mobilizar e desenvolver competências de
compreensão da leitura e escrita.
Promover a criatividade.
Promoção das literacias tecnológicas e
digitais (formação de utilizadores)
Saber os passos a percorrer para a
realização de um trabalho.
Desenvolver capacidades de pesquisa,
observação, selecção e atenção.
Desenvolver o espírito crítico e análise.
A actividade consistiu na criação de uma história
colectiva. Tendo iniciado com a vinda do escritor
José Fanha à biblioteca escolar, a actividade foi
dinamizada pelo professor bibliotecário ao longo de
algumas semanas, tendo consistido na elaboração
de uma história criada a partir da chuva de ideias
dos alunos. Esta foi desenvolvida em cenário de
biblioteca escolar. Com o computador e o projector,
projectou-se a folha branca do Word e iniciou-se a
chuva de ideias.
A actividade pretendeu também os alunos
autocorrigirem as suas ideias, construção frásica,
tempos verbais, adjectivos, etc.
No final, os alunos gravaram a história no programa
photostory.
Este trabalho permitirá aos alunos abordarem
conceitos relacionados com os programas Word e
photostory, permitindo a promoção da literacia
tecnológica e digital, bem como o desenvolvimento
pessoal e cívico dos alunos
Word
Photostory
Computador
Vídeo-projector
Empenho
Interesse
Participação
Trabalho realizado
http://bibliotecaescolarno
1ciclo.blogspot.com
Pré-requisitos:
Leitura e compreensão (oral e escrita)
Existência de pré-requisitos no âmbito de formação de utilizadores da biblioteca
Aprendizagens esperadas:
Literacia digital e tecnológica. Definição de regras de comportamento e envolvimento
no seu cumprimento. Trabalho de equipa, respeito pelas opiniões dos colegas.
Breve reflexão: Os alunos demonstraram bastante interesse e motivação para a construção da história. Estes colaboraram com a definição de regras de funcionamento da
biblioteca, bem como, com o avançar da actividade, os alunos progressivamente foram respeitando as opiniões dos colegas. A forma como a actividade se operacionalizou,
permitiu que ao longo das várias sessões, os alunos despertassem para as tecnologias de informação e comunicação, o que vai ao encontro de um dos objectivos: Promoção das
literacias tecnológicas e digitais (formação de utilizadores). Parceria estabelecida entre biblioteca e professor titular de turma excelente. Os alunos no final reflectiram sobre a
actividade. Gostaram da actividade no geral, tendo chegado à conclusão que o trabalho de grupo é positivo em relação ao trabalho individual.
O dia em que voámos até à Lua
Era uma vez o Circo CASALDELY que tinha como maior atracção o palhaço que se chamava BETUCHO REPUXO.
Cada vez que BETUCHO REPUXO entrava na arena e começava a espirrar, os espectadores desatavam a rir até ficarem roxos e com
dores de barriga.
BETUCHO REPUXO atraía milhares de espectadores ao Circo CASALDELY até ao dia em que aconteceu uma terrível desgraça.
Raimundo, o leão do Circo, era um animal selvagem, feroz e assustador. Tinha muita inveja do palhaço. Queria ser ele a principal
atracção do circo.
Numa noite de espectáculo, como era habitual, o domador mandou Raimundo abrir a boca e pediu ao palhaço para pôr a cabeça lá
dentro. Raimundo rugiu e pensou:
“Agora é que vais ver o que eu te faço, ó desgraçado palhaço!”
Dizendo isto o leão engoliu BETUCHO REPUXO de uma só vez.
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa……………! Os espectadores ficaram muito desanimados. Estavam ansiosamente à espera da actuação do
palhaço.
Dentro da barriga do leão, BETUCHO REPUXO começou então a espirrar. A cada espirro o leão dava um salto de 5 metros de altura,
voltava a cair no meio da arena e ficava com um grande galo na cabeça.
Com medo que o leão se aleijasse, o domador foi agarrá-lo pela cauda para ele não voltar a dar saltos a cada espirro do palhaço. Mas os
espirros não paravam e o domador tinha que puxar a cauda cada vez com mais força.
A um espirro maior que todos, o domador puxou pela cauda do leão para um lado, o palhaço espirrou para outro lado e saiu pela boca
do leão como se fosse a bala de um canhão e com tal velocidade que foi parar à lua.
Aplausos ecoaram em toda a tenda do circo. Pam… pam… os espectadores esperavam que o número de circo continuasse. Mas o certo é
que BETUCHO REPUXO nunca mais voltava.
O domador ficou tão atrapalhado com esta demora que saiu repentinamente abandonando a arena.
O apresentador ao ver tal confusão disse euforicamente:
- O espectáculo vai continuar! Se pensam que este número foi aparatoso, esperem pelo próximo! QUE ENTREM OS CAVALOS.
Entretanto, BETUCHO REPUXO chegara à lua e ouviu:
- Ai... ai... não me pises. Que sapatos tão grandes. Olha as minhas rugas!
BETUCHO paralisa.
- Quem… Quem… falou?
A lua refilou:
- Não vês que me estás a pisar o nariz!
BETUCHO preparava-se para responder à lua, mas com os seus grandes sapatos tropeçou numa das suas rugas. A queda fez com que
espirrasse. Com a força do espirro o palhaço deu uma grande pirueta. Tal actuação não passou despercebida pelos outros planetas.
BETUCHO mereceu palmas, tendo conquistado um novo público.
BETUCHO REPUXO era uma estrela galáctica. Começou a ser solicitado para actuar nos outros planetas. TODOS o queriam.
A cada espirro soltava gargalhadas dos planetas. As gargalhadas sentiam-se a galáxias de distância.
Entretanto, na Terra alguém padecia com a ausência do palhaço. O leão, apesar das suas espectaculares actuações e habilidades, não
andava nada feliz.
Raimundo adoeceu. O circo CASALDELY já não era a mesma coisa. Não bastava ter um circo sem palhaço, como agora nem o leão
queria actuar.
Apesar da sua espectacular actuação inter-galáctica, BETUCHO REPUXO sentia um aperto no seu coração. Havia qualquer coisa que o
atormentava.
Subitamente gritou:
- RAIMUNDO!
Os planetas olharam uns para os outros sem perceber o que se estava a passar. O palhaço era uma estrela, tinha a admiração dos
planetas, mas mesmo assim não estava feliz.
- Preciso da vossa ajuda para voltar para a Terra.
O planeta SATURNO teve uma excelente ideia. Lembrou-se que podia emprestar ao palhaço um dos seus anéis para voltar para a sua
casa.
Sem mais demora, BETUCHO despede-se dos seus novos admiradores e parte rumo à TERRA.
Quase a chegar e sem conseguir manobrar muito bem o anel cai a pique rasgando a tenda que tão bem conhecia. Era o seu circo.
Com um enorme estrondo caiu exactamente em cima de um cavalo que estava a actuar.
O público levantou-se. Quando se aperceberam que a estrela de cartaz havia voltado, o público não demorou até que o nome de
BETUCHO REPUXO ecoasse em toda a tenda.
Nos bastidores, os veterinários lamentavam não poder fazer mais pelo RAIMUNDO. Mas nisto…
-Ruaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhh
Os veterinários nem queriam acreditar.
- Não pode ser! Ele estava às portas da morte! – diziam eles.
Mas não. Era mesmo o Raimundo que como por milagre estava mais enérgico que nunca. Depressa chegaram à conclusão que tal
repentina melhoria só poderia ter uma causa: BETUCHO REPUXO.
Espavorido, RAIMUNDO dirigiu-se para o meio da arena onde estava o palhaço. Incrédulo, sem saber bem a razão, corre para junto
dele.
BETUCHO, ao ver o leão a aproximar-se, estremece.
Sem saber o que poderia acontecer, os dois aproximam-se a medo, com ar desconfiado. Paralisados, a escassos centímetros um do outro,
só se ouve a respiração.
Subitamente, correm um para o outro abraçando-se como se nada mais existisse. O mundo tinha parado no tempo.
O público, surpreendido e comovido, lentamente começa a aplaudir…
FIM
Trabalho realizado na Biblioteca Escolar pela turma 4º B da professora Isabel Mortágua, coordenado pelo professor Luís Martins (professor
bibliotecário), da Escola EB1/JI de Casaldelo, em S. João da Madeira.
Junho de 2010