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Plataforma UFBA uma Construcao Coletiva

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UFBA: UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA ________________________________________________________________________________________________

Plataforma da CHAPA 1

A Universidade Federal da Bahia passa hoje por um momento decisivo. Nos últimos anos, ela conheceu uma enorme ampliação, necessária e desejada. Por outro lado, vem perdendo posições acadêmicas de modo constante, se comparada a outras Universidades, não tendo resolvido dificuldades estruturais, que prejudicam a integração entre suas unidades e cursos, ameaçando o laço indissociável entre ensino, pesquisa e extensão, bem como a relação essencial da Universidade com a sociedade.

Em grande medida, a UFBA também tem visto ser ameaçado seu princípio mais importante, sua autonomia. Não se trata aqui de fazer a simples crítica a programas e ações do governo federal, nem de fazer a afirmação genérica de princípios. A autonomia deve sim traduzir-se em procedimentos, devendo determinar inclusive o modo como até os bons influxos externos se traduzem no ambiente da Universidade. Por exemplo, o Governo Federal apresentou ao conjunto do Sistema Federal de Ensino Superior um programa de Reestruturação, o REUNI, que significou importante aporte de recursos para cada uma das IESs envolvidas, mas também trouxe distorções que precisam ser corrigidas. Além disso, a UFBA não tem conseguido fazer o melhor uso das possibilidades abertas, quer para aproveitar melhor os recursos, quer para refletir sobre o impacto das mudanças e aprofundar consistentemente a reflexão sobre seu futuro. Ademais, a expansão propiciada pelo REUNI, concentrada no aumento do número de vagas para os estudantes e na construção de novos campi e cursos, não respeitou as necessidades de ampliação do quadro de professores e funcionários, intensificando a precarização do trabalho nas universidades.

Certamente, a expansão é uma necessidade. Mais que isso, é um compromisso histórico de nossa geração e das gerações futuras, devendo concentrar todos os nossos esforços estratégicos. Entretanto, não pode ser feita prejudicando a quem deseja exatamente beneficiar, nem se deve, em seu nome, fazer com que a Universidade tenha ameaçada sua autonomia, sua qualidade ou seus valores democráticos. A expansão da UFBA, necessidade e dever, servindo-se do maior aporte de recursos possíveis, deve encontrar sua medida na própria UFBA, cuja capacidade de crítica não pode ser calada. Queremos afinal viver em uma Universidade que forja democraticamente seus critérios e que, assim, preza e renova a construção autônoma de seu próprio futuro.

Este Programa de Gestão é, portanto, o resultado da construção coletiva de estudantes, professores e trabalhadores técnico-administrativos, unidos em defesa de uma Universidade na qual estejam associadas expansão, inclusão social e excelência acadêmica.

A ampliação do sistema federal de ensino e o conjunto de ações afirmativas mudaram a Universidade brasileira e a UFBA, em particular. Queremos uma Universidade comprometida com o interesse coletivo, de qualidade e inclusiva, lugar da invenção, da criatividade e da crítica. E, nessa direção, esta não é proposta acabada, mas sobretudo um convite para avançarmos na permanente construção coletiva da UFBA.

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UFBA AUTÔNOMA E DEMOCRÁTICA: Afirmação da Autonomia e Reinvenção da Política UFBA INCLUSIVA: Consolidação, Avanço da Expansão e Inclusão Social UFBA DE EXCELÊNCIA: Qualidade na Universidade Pública

! UFBA INTERNACIONAL: Divulgação e Ampliação da Cooperação e Intercâmbio Internacional

! UFBA INTERDISCIPLINAR: Valorização e Ampliação de Iniciativas Multidisciplinares

! UFBA ABERTA: Estreitamento das Relações entre Universidade e Sociedade

UFBA CULTURAL: Artes e Política Cultural UFBA COLETIVA: Gestão de Qualidade e Participativa

! UFBA ÁGIL: Combate à Burocratização

! UFBA QUE ACOLHE: Melhoria das Relações e Condições de Trabalho

! UFBA COM SAÚDE: Formação voltada a Democratização do Acesso aos Serviços de Saúde

! UFBA SEGURA: Segurança sem Isolamento

UFBA DIGITAL: Informática Universal de Qualidade UFBA MAIOR E MELHOR: Novas Unidades e Ações Estruturantes

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UFBA AUTÔNOMA E DEMOCRÁTICA: Afirmação da Autonomia e Reinvenção da Política

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A Universidade se caracteriza pelo exercício da crítica, que marca sua dimensão de ensino, de formação e sua capacidade própria de produção do conhecimento. Essa prerrogativa é a condição necessária para o exercício da sua autonomia – que diz respeito à relação da UFBA com as diversas instâncias do poder público, com o mercado, com interesses coletivos, difusos, partidários, sindicais e corporativos. Diz respeito ainda ao modo como ela se estrutura e lida, internamente, com os distintos e muitas vezes conflitantes interesses individuais e coletivos. Em uma Universidade autêntica, ainda que sejamos chamados a dar respostas particulares e imediatas a demandas específicas, não podemos circunscrever o ensino, a pesquisa e o conhecimento a interesses particulares e de curto prazo. O exercício da autonomia, hoje, implica a reinvenção da política na UFBA, diante do seguinte quadro:

o baixa capacidade de deliberação da política científica e educacional, de autonomia didática e de conteúdo – ameaçada permanentemente por diretrizes curriculares e formas de avaliação padronizadas;

o descaracterização do marco legal da UFBA, que se tem tornado mais verticalizado e mais burocrático, eliminação de estruturas acadêmicas sem a adequada revisão de funções e atribuições (como colegiados e departamentos), comprometimento da organicidade institucional sem a necessária adequação à diversidade interna e exacerbação dos meios em detrimento dos fins organizacionais;

o centralização das formas de escolha dos dirigentes – limitada por legislação que dá ao Ministro da Educação o direito de escolher o reitor a partir de uma lista apresentada pelos Conselhos Universitários e aos reitores, o direito de escolher os diretores;

o financiamento diferenciado da pesquisa, estimulada em algumas áreas através de recursos externos, mas abandonada ou menosprezada em áreas que não dão retorno imediato em termos tecnológicos, de sorte que a Universidade tem progressivamente abandonado a pesquisa básica;

o baixo financiamento da extensão, que é reconhecida por lei como integrante da autonomia universitária e tem avançado, mas ainda de forma tímida, se temos em conta seu papel definidor da Universidade como instituição pública;

o baixa capacidade de autogestão eficiente dos recursos públicos destinados à Universidade.

A Universidade tampouco pode deixar-se subordinar a interesses sindicais ou partidários. A administração universitária não pode tornar-se refém de grupos particulares ou negociar apoio em troca de concessões específicas. Autonomia, aqui, não significa desconhecer ou negar associações sindicais, partidos políticos ou grupos de interesse, mas resgatar o poder de deliberar sobre os destinos da Universidade, em consonância com princípios universitários pactuados, com interesses mais amplos e coletivos. Autonomia, portanto, implica conviver e respeitar estudantes, trabalhadores técnico-administrativos e professores, não interferir nas suas decisões, mas sim acolher-lhes as demandas, avaliando-as em nossos fóruns democráticos de acordo com interesses coletivos. A autonomia também significa, ainda mais profundamente, o encontrar da própria identidade. E nesse espaço de profundo diálogo que nos caracteriza, é preciso reafirmar a Universidade como um lugar de criação e de compromisso com a sociedade, o que se

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constrói mediante constante respeito ao pluralismo, à diferença e aos interesses públicos e coletivos, definidos a partir de princípios educacionais, científicos e éticos. Um tema candente é o das fundações. A administração pública brasileira, em lugar de atacar os problemas de gestão organizacional, caminhou por vias tortuosas, em momentos históricos não tão recentes. A operação de políticas públicas outrora executadas pela administração direta passou a ser paulatinamente desenvolvida pela administração indireta – autarquias e fundações, que contavam com maior flexibilidade de ação e sistema remuneratório diferenciado. Depois, partiu-se para o crescente uso de fundações privadas associadas às universidades públicas. A nosso ver, em sentido contrário, o caminho para a gestão de recursos deve buscar a eficiência e a eficácia das ações governamentais a partir das unidades e procedimentos próprios da administração pública. Em sendo assim, enquanto autônoma, a Universidade também deve ter capacidade gerencial e contábil, bem como dispor de dispositivos de legislação que lhe permitam administrar autônoma e transparentemente seus recursos, respeitando sua singularidade de instituição voltada ao ensino, à pesquisa e à extensão, capaz de firmar convênios e de administrar recursos, sem ferir sua natureza pública, democrática e gratuita, nem promover a privatização de seu espaço. Dessa forma, entre os temas candentes do Congresso da UFBA que propomos, encontra-se o de avaliar o papel e a necessidade das fundações. Sua extinção não pode decerto ser irresponsável, ameaçando o funcionamento de nossa instituição, mas seu próximo recredenciamento não deve ser automático, nem deve resultar da pressão urgente das circunstâncias. PROPOSTAS:

! Afirmar a Universidade como espaço de reflexão e deliberação, comprometido com a democracia e o respeito ao pluralismo e às diferenças;

! Participar, de forma autônoma e qualificada, em fóruns de decisão e de debate, nas

escalas nacional, estadual, regional e local, sobre modelos, projetos de desenvolvimento e de sociedade, ambiental e socialmente sustentáveis;

! Reafirmar a dimensão pública da Universidade de qualidade, estimulando a sua participação na construção dos interesses coletivos e difusos – por uma Universidade pública e gratuita, por uma Universidade cidadã;

! Disponibilizar com transparência, na forma da legislação, dados detalhados do orçamento, bem como de projetos e convênios da UFBA;

! Ampliar as relações político-institucionais entre a Universidade, instituições públicas, privadas e comunitárias estimulando a troca e a difusão do conhecimento;

! Defender a autonomia didática, científica e artística da UFBA, combatendo ingerências que ameacem a natureza pública, os valores acadêmicos e os interesses da instituição;

! Revisar o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), de modo que ele reflita pontos de vista e interesses da nossa comunidade. O PDI deve resultar de um

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esforço coletivo de reflexão de professores, estudantes e funcionários e ser capaz de construir o cotidiano da vida universitária e projetar o seu futuro;

! Fortalecer a autogestão dos recursos públicos destinados à Universidade, com ampliação do financiamento da pesquisa básica;

! Lutar pela criação de norma constitucional específica à Universidade para a administração de recursos humanos e materiais, sem que o reconhecimento de sua especificidade venha a ferir sua natureza pública, democrática e gratuita, comprometa as conquistas dos trabalhadores ou signifique a subordinação da instituição a meros interesses do mercado;

! Ampliar os canais e mecanismos de diálogo entre professores, estudantes e

funcionários, objetivando criar espaços de decisão efetivamente democráticos.

! Revisar as competências dos Conselhos da UFBA, redefinindo relações de poder, revisão do conteúdo do Regimento e Estatuto, tornando-os mais horizontais e menos burocráticos, avaliação das funções das estruturas acadêmicas e da sua estrutura organizacional;

! Avaliar as atribuições e desempenho da Ouvidoria e criar Observatório contra todas as formas opressão, homofobia, machismo e violência;

! Envidar todos os esforços pela criação de uma Procuradoria Jurídica própria e autônoma;

! Lutar pela escolha livre e direta dos dirigentes de forma paritária e finalizada no interior da Universidade.

Realizar, ao final do primeiro ano de gestão, um amplo CONGRESSO da UFBA , com o objetivo de refletir sobre nosso marco regulatório, avaliar a estrutura

organizacional e as condições atuais da Universidade, fazer um balanço das políticas implementadas na última década e

traçar metas estratégicas para o ensino, a pesquisa e a extensão, de sorte que os resultados desse Congresso,

cuidadosa e amplamente construído, venham a ser apreciados democraticamente por nossas instâncias de deliberação e

sirvam para a formulação de um autêntico Plano de Desenvolvimento Institucional, bem como para revisão de

nosso marco regulatório.

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UFBA INCLUSIVA: Consolidação, Avanço da Expansão e Inclusão Social

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O país enfrenta hoje o desafio da universalização do acesso à educação de qualidade. Apesar da ampliação do sistema federal de educação, a parcela da população que frequenta a Universidade é ainda muito pequena, e o acesso à Universidade gratuita e de qualidade precisa ser ampliado. A construção de uma sociedade igualitária demanda a ampliação do acesso a educação de qualidade, em todos os níveis. Apesar dos avanços em relação à inclusão social, fruto do processo de democratização da sociedade brasileira nas últimas décadas, nossa sociedade é marcadamente estratificada e a Universidade é ainda feita por poucos e para poucos. A reestruturação produtiva em curso torna precários ou destrói postos de trabalho, e isso atinge de forma generalizada (ainda que de modo distinto) o centro e a periferia do capitalismo. A inserção do Brasil e da Bahia nesse contexto não muda a estrutura de classes e as assimetrias econômicas e sociais historicamente consolidadas. O modelo econômico em curso reproduz a lógica da exclusão social e, apesar dos avanços em relação a questões relativas a gênero, raça e sexualidade, precisamos avançar no debate sobre as possibilidades de construção de novas formas de sociabilidade e de novos projetos de sociedade. A consolidação dos avanços alcançados em termos de inclusão social no atual processo de redemocratização implica:

o Dar continuidade à expansão de vagas, com ampliação de cursos noturnos, sendo acompanhada de forte ampliação do quadro de docentes e funcionários, através de concursos públicos, e de necessários e significativos investimentos infraestruturais.

o Garantir a qualidade dos cursos já existentes e dos novos, criados pelo REUNI,  realizando cuidadoso diagnóstico de problemas e limitações atuais.

o Combater a evasão. o Assegurar a permanência do aluno na Universidade. o Melhorar a assistência estudantil e aprofundar as ações afirmativas.

A UFBA precisa garantir aos alunos condições de ensino e de aprendizagem. Precisamos ainda otimizar os recursos públicos existentes, criando as condições para que nossos alunos não abandonem seus cursos e cumpram o tempo de permanência academicamente adequado. A ampliação do acesso é um elemento fundamental. Entretanto, não podemos nos restringir a isso. Devemos promover decididamente a integração entre os diversos grupos sociais que passam a compor a instituição, visando a diminuir diferenças, aumentar a coesão, combater e superar preconceitos. Entre as questões a serem enfrentadas, visando a aprofundar a política de ações afirmativas e, com ela, combater o elitismo e melhorar a qualidade da nossa Universidade, cabe avaliar as causas para a diferença de desempenho entre cotistas e não cotistas, que ocorre na maioria dos cursos e está, em grande parte, diretamente ligada às dificuldades para a permanência na UFBA, mesmo que decorrente de modo principal da qualidade da escola pública na educação básica. Da parte da UFBA, cabe fazer frente a isso com um número suficiente de bolsas (auxílios), vagas em residências universitárias e restaurantes universitários, que facilitem a permanência e o pleno aproveitamento dos estudos desses mesmos alunos. Além disso, é preciso garantir, por exemplo, horários adequados de funcionamento de órgãos administrativos, acesso a ambientes de convivência acadêmica e a

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bibliotecas, bem como acesso a material de estudo e pesquisa atualizado. Além disso, é preciso inovar nas metodologias e nos recursos pedagógicos, incluindo, quando pertinente, mudanças nos métodos e processos de ensino, e também assegurar apoio capaz de produzir níveis de aprendizagem significativos para todos os alunos. E tais medidas, aprofundando as ações afirmativas e melhorando a assistência estudantil na UFBA, são decisivas para nossa excelência acadêmica e nosso decidido combate ao elitismo, para uma expansão que, enfim, também signifique integração e verdadeira inclusão.

PROPOSTAS:

! Lutar pela dotação de 10% do PIB para Educação, com expansão de vagas para professores, funcionários e alunos;

! Discutir as atuais formas de financiamento do ensino, pesquisa e extensão, com a ampliação da captação do financiamento nas agências e criação de mecanismos que tornem transparentes os recursos públicos da Universidade;

! Implementar políticas de qualidade para o ensino de graduação e pós-graduação, com a definição de metas e de mecanismos consistentes de avaliação;

! Prosseguir com a expansão e interiorização, fazendo avaliação da situação atual dos nossos campi, com garantia das condições de trabalho e de ensino de qualidade e em articulação com as demais Universidades públicas da Bahia;

! Promover a integração plena dos Bacharelados Interdisciplinares (BIs) ao conjunto da Universidade mediante o debate democrático sobre formas e modelos de integração (a exemplo do sistema de ciclos) que garantam a articulação do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) com as demais unidades da UFBA e sobre a efetiva possibilidade, para os egressos dos BIs, de continuidade de sua formação em Cursos de Progressão Linear;

! Estimular a iniciação do estudante na investigação através da articulação de conteúdos disciplinares e transdisciplinares com a pesquisa realizada, estimulando a aproximação entre a graduação, pós-graduação e extensão;

! Ampliar as Bolsas de Iniciação Científica, de Iniciação à Docência, e de Iniciação à Extensão, bem como criar as Bolsas de Iniciação Artística;

! Melhorar as condições dos cursos noturnos (segurança, cantinas, fotocopiadoras, estrutura administrativa, iluminação, espaços de convivência, bibliotecas) - Curso noturno demanda uma UFBA também noturna;

! Criar uma base de informações que possibilite a geração de indicadores sobre o perfil do aluno por área e curso (sócio-econômicos e de desempenho), a serem disponibilizados para chefes de departamento e coordenadores de curso, de modo a identificar carências e necessidades;

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! Avaliar os fatores determinantes da evasão na UFBA, criando condições para ampliar a permanência e implementação de mecanismos mais ágeis para preenchimento de vagas em aberto;

! Através da criação de coordenações específicas, dividir o que é relativo às ações afirmativas e o que é próprio da assistência estudantil no interior da atual Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil;

! Avançar na implementação de ações afirmativas, avaliando-as de modo permanente

e amplo, sem restringir tal avaliação a meras estatísticas;

! Estabelecer uma Política de Assistência Estudantil - AE com foco na qualidade e diversidade dos serviços, como Restaurantes Universitários, Residências e política de acessibilidade criando condições à permanência do estudante na Universidade.

Assistência estudantil não é favor, é direito. Desse modo, devem ser considerados os seguintes aspectos:

o Ampliação do orçamento da UFBA para assistência estudantil. o Construir uma Política de Acessibilidade, que melhore as condições de acesso

às unidades da UFBA. o Melhorar e ampliar os serviços dos Restaurantes Universitários e Residências. o Regularizar o pagamento dos auxílios. o Ampliar e qualificar a assistência médica. o Ampliar o número de vagas na creche e criação de novas unidades. o Incluir os estudantes da pós-graduação nos programas de AE. o Otimizar as linhas do Buzufba levando em conta a demanda e a necessidade

de sua expansão. o Ampliar os Pontos do Restaurante Universitário, melhorar a qualidade do

serviço e reduzir os preços. o Reduzir a burocracia na assistência estudantil que se traduz, por exemplo, na

exigência exagerada de documentos.

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Lutar por ampliar vagas,

qualificar o ensino e garantir a permanência.

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UFBA DE EXCELÊNCIA: Qualidade na Universidade Pública

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Uma Universidade inclusiva deve ser uma Universidade de excelência; caso contrário, não estará umprindo plenamente sua função social. A excelência acadêmica não é uma prerrogativa das elites. Expansão e qualidade não devem ser contraditórias, e a Universidade democrática e popular precisa ser uma Universidade de excelência. A qualidade da formação acadêmica é o objetivo precípuo da Universidade e a ampliação do acesso não pode se dar em prejuízo da qualidade. Assim, é preciso reinventar a relação entre ensino, pesquisa e extensão, transformar a relação desigual entre a graduação e a pós-graduação na UFBA. Não podemos reproduzir no interior da Universidade as assimetrias entre os que produzem conhecimento e os que ensinam. À pós-graduação, em algumas situações, têm sido destinados os professores mais titulados e experientes e mais recursos, enquanto que à graduação se destinam os professores de início de carreira. Essa situação de desigualdade pode reproduzir-se também, com efeitos indesejáveis, em relação às formas distintas de financiamento. O objetivo da pesquisa é produzir novos conhecimentos, criticar conhecimentos estabelecidos, qualificar o ensino tanto de graduação quanto de pós-graduação e alimentar o espírito crítico e inovador. A pesquisa deve sempre encontrar boa acolhida na universidade, pois seu lugar natural, e não ser foco de desavenças e de desagregação. Nesse sentido, precisamos e podemos produzir conhecimento de qualidade e socialmente referenciado sem sermos produtivistas, afinal, tanto a falta da produção quanto o mero produtivismo minam a essência da Universidade. E a nossa produtividade acadêmica em nada se restringe à pesquisa. Ela deve se diversificar, sendo reconhecida e valorizada em múltiplas formas, porque diversa e multifacetada é a Universidade. Na origem da UFBA, por exemplo, as artes tinham um papel fundamental. Precisamos recuperar essa tradição, valorizando as artes ao lado das ciências e das humanidades. A Universidade deve, afinal, produzir cultura, tendo um impacto na vida da cidade, do estado, do país. É preciso que a UFBA reencontre o seu passado, quando então foi vanguarda no que tange à presença das Artes na Universidade. E apenas com a continuidade de suas virtudes estará ela preparada para o futuro. A internacionalização está no centro da agenda da política científica e de produção do conhecimento. O programa Ciência sem Fronteiras representa um dos maiores esforços já realizados pelo país em ciência e tecnologia. Tal programa, porém, apresenta problemas internos na relação com instituições nacionais de produção de conhecimento, ciência e tecnologia, além de excluir as humanidades. A UFBA precisa fortalecer a sua política de internacionalização, estimulando o intercâmbio de estudantes de graduação e pós-graduação, qualificação docente e inserção da UFBA em redes internacionais, com o fortalecimento da Assessoria Internacional da UFBA, que pode adquirir outro status institucional. É preciso, então, que os acordos de cooperação reflitam o real interesse dos pesquisadores, docentes e discentes, e que sejam amplamente divulgados. É importante também que as colaborações internacionais já existentes tomem a dimensão de acordos institucionais, de modo a ampliar as possibilidades de intercâmbio. A internacionalização da UFBA deve, observados os critérios de qualidade e de competência acadêmica, valer-se das nossas potencialidades e da necessidade de inserção qualificada em um mundo globalizado. Temos, assim, o desafio de reinventar o conceito de

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qualidade acadêmica, devendo essa construção ser o resultado do permanente diálogo entre seus pares e o conjunto da sociedade. A interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade são os principais vetores para a promoção da pesquisa no século XXI. Nesse sentido, a UFBA deve abrigar práticas acadêmicas que estimulem a formação e a pesquisa multidisciplinar, além de legitimar iniciativas, núcleos e programas interdisciplinares. A excelência acadêmica na UFBA implica a construção de uma Universidade aberta, interdisciplinar e internacionalizada e, nesse sentido, é preciso:

! Valorizar e integrar Ensino, Pesquisa e Extensão, reconhecendo como se articulam

na carreira docente e nos diversos cursos e elaborando coletivamente políticas relativas a cada uma dessas dimensões, mas sempre com a perspectiva da sua integração com as demais;

! Promover processos de autoavaliação dos cursos de graduação e pós-graduação, identificando lacunas na estrutura curricular, conteúdo de programas, sistema de crédito, frequência e formas de avaliação, apoiando iniciativas de aprimoramento e inovação;

! Desenvolver ações e programas que elevem o padrão de qualidade dos cursos de Pós-Graduação da UFBA, aprofundando seus laços com a graduação e tendo em conta a especificidade de suas medidas e respectivos critérios de qualidade;

! Desenvolver ações para a melhoria contínua da qualidade dos cursos de graduação, apoiando a renovação dos seus currículos e o uso de novas metodologias e tecnologias de ensino-aprendizagem que assegurem o desenvolvimento de profissionais competentes e comprometidos com a transformação social;

! Estimular a formação e criar condições para a sustentabilidade de grupos de pesquisa e as atividades de extensão, com a inserção de alunos da graduação e da pós-graduação;

! Incentivar a ciência básica e aplicada, humanística e artística, estimulando as interações entre os pesquisadores das diversas disciplinas e unidades;

! Avaliar os programas de estágio, levando em conta a sua relação com a formação discente e institucionalizando a relação entre a UFBA e os agentes integradores dos estágios;

! Desenvolver e enfrentar, no âmbito das distintas Unidades da UFBA, o debate sobre critérios de excelência na produção acadêmica – envolvendo a graduação e a pós-graduação;

! Fortalecer as iniciativas de Ensino à Distância (EAD) na UFBA, enquanto prática de formação permanente e difusão de conhecimento. Estimular assim a renovação do espaço da sala de aula, estimulando o uso do Ensino à Distância (EAD), à medida que este possa enriquecer e favorecer o ensino presencial e não substituí-lo;

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! Dar amplo espaço às artes e à cultura, com a criação, entre outras iniciativas, de um Programa de Bolsas de Iniciação Artística;

! Estimular a implementação de programas de graduação e pós-graduação voltados às demandas de caráter regional, de caráter interinstitucional, articulando as atividades de ensino, pesquisa e extensão;

! Debater e identificar, em conjunto com a comunidade, projetos institucionais estruturantes que possam se beneficiar de chamadas públicas do MCTI/FINEP/CT-INFRA e estimular a articulação com instituições nacionais e internacionais;

! Dar continuidade à política editorial e melhorar as condições atuais da Edufba, contemplando os interesses do ensino, pesquisa e extensão.

UFBA INTERNACIONAL

! Dotar a Assessoria de Assuntos Internacionais de status de Pró-Reitoria, com assento nos Conselhos Superiores da Universidade, na forma de uma Pró-Reitoria de Cooperação Institucional;

! Estabelecer política de atração de Professores Visitantes Estrangeiros e de Jovens Doutores;

! Prover as condições administrativas e legais para que os pesquisadores estrangeiros possam ser rapidamente absorvidos nos quadros da Universidade;

! Incentivar a saída de Professores e Pesquisadores para realização de Pós-Doutorado ou de estágios como Professores Visitantes;

! Estimular o intercâmbio de estudantes de graduação e pós-graduação;

! Promover a imagem da UFBA nacional e internacionalmente, incluindo ações como a disponibilização das páginas web dos seus programas em língua estrangeira;

! Divulgar as colaborações internacionais já existentes, estimulando a efetivação de acordos institucionais: a UFBA conhecendo a UFBA.

UFBA INTERDISCIPLINAR

! Avançar na construção da interdisciplinaridade e na articulação entre Licenciatura e Bacharelado;

! Favorecer o diálogo multidisciplinar e interdisciplinar entre as artes, humanidades, ciências e tecnologias, no ensino, pesquisa e extensão; identificar e dar visibilidade aos projetos já em curso: a UFBA conhecendo a UFBA;

! Incentivar e legitimar núcleos, centros ou programas inter ou transdisciplinares;

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! Ampliar o espaço às artes e à cultura, retomando assim uma vocação que está na origem dessa Universidade. Inovar no modo com a Universidade se relaciona com o trabalho artístico;

! Fortalecer a ciência e tecnologias da computação: pesquisa, ensino e extensão, a fim de projetar a UFBA na modernidade, reconhecendo a importância dessa ciência, inclusive para o avanço das demais e, em especial, ampliar os espaços virtuais de conectividade interdisciplinar;

! Apoiar e consolidar ações e projetos multidisciplinares, como a implantação dos Centros Laboratoriais Multiusuários no Parque Tecnológico da Bahia pela UFBA e projetos vinculados às chamadas públicas, e.g. MCTI/FINEP/CT-INFRA.

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Produzir conhecimento de qualidade

sem ser produtivista.

A falta da produção assim como o produtivismo minam a essênciada Universidade.

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UFBA ABERTA Fortalecer o trabalho de extensão, que notadamente em Universidades Públicas encontra seu lugar natural. A extensão é espaço privilegiado de interação entre Universidade e Comunidades do seu entorno, cujo saber próprio tem então sua dignidade reconhecida. Nesse sentido, é preciso reduzir o antagonismo entre pesquisadores e extensionistas, estimulando a cooperação entre projetos e observando o cruzamento de informações entre pós-graduação e extensão, em termos dos projetos por unidade. Nesse sentido, cabe:

o Ampliar a abertura da UFBA em relação aos saberes populares – incorporando-os aos currículos, intensificando o diálogo e disponibilizando serviços à sociedade;

o Estimular a realização de projetos de extensão vinculados à divulgação científica;

o Formalizar e valorizar a atuação docente na extensão; o Reduzir a burocratização e estimular a avaliação por pares dos projetos de

extensão; o Dar continuidade a projetos como o Café Científico na UFBA, em sua

parceria com o Café Científico Salvador; o Fortalecer o projeto Vizinhanças; o Fortalecer o complexo editorial da UFBA, dando continuidade e

aprofundando a sua política, com a possível criação de novos mecanismos de divulgação científica e cultural;

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o Fortalecer a assessoria de imprensa da UFBA e a TV UFBA, como canais importantes de interação interna de nossa comunidade e de diálogo com a sociedade;

o Potencializar o diálogo com segmentos da sociedade cuja inserção sócio-produtiva estimule a construção de projetos de desenvolvimento social e ambientalmente sustentáveis, garantindo a autonomia da Universidade em relação ao mercado.

A Universidade não oferece um retorno direto à sociedade apenas sob a forma de vagas, de formação de recursos humanos ou de atividades extensionistas. Cabe assim:

! Reforçar estratégias de Inovação Tecnológica. Definir políticas de transferência tecnológica vinculada ao desenvolvimento social e ambientalmente sustentável;

! Incentivar a formação profissional dirigida, fortalecendo iniciativas de incubação de organizações protagonizadas por estudantes;

! Proporcionar apoio institucional efetivo para facilitar a gestão administrativa e financeira dos projetos desenvolvidos pelos professores/pesquisadores e grupos de pesquisa;

! Fortalecer ações vinculadas ao Parque Tecnológico da Bahia. Consolidar a ocupação do espaço UFBA, promover a integração dos seus projetos, harmonizando as suas demandas e criando espaços de convivência. Humanizar as atividades no Parque através da promoção de manifestações artísticas, feiras de eventos, ações de popularização da ciência, etc.

Em uma UFBA aberta, é preciso recuperar o diálogo da UFBA com os movimentos sociais. Ao contrário inclusive de sua trajetória histórica como lugar de resistência e crítica, temos testemunhado um esvaziamento da reflexão política em seu ambiente interno e de uma omissão enquanto instituição no debate das grandes questões que afligem nossa sociedade. É indesejável uma postura endógena da UFBA, sendo importante resgatar seu papel crítico, em especial, com a abertura permanente de espaços de convergência entre práticas e saberes, bem como o aprofundamento da reflexão sobre os problemas e as condições em que estão envolvidos os diversos atores (MST, MSTB, Movimento Negro, Comunidades tradicionais, Movimento de Mulheres, etc.). Nesse mesmo sentido, importa recuperar o papel da UFBA enquanto agente político e voz ativa acerca das questões que envolvem a sociedade brasileira e baiana, mas também cabe fazer eco, no interior da própria UFBA, a lutas dos movimentos sociais que combatem formas de desigualdade e discriminação. Cabe assim:

! Recuperar a participação da UFBA nas discussões de interesse da sociedade;

! Resgatar o papel de reflexão crítica acerca dos problemas sociais, em particular, no incentivo a pesquisas e programas de extensão;

! Construir espaços de diálogo com os movimentos sociais e implementação de programas de extensão que articulem as diversas unidades e as demandas oriundas destes atores;

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! Participar, com as boas armas de sua competência crítica instalada, do debate sobre a cidade de Salvador e o modelo de desenvolvimento em curso no estado da Bahia;

! Posicionar-se, não como um partido político, mas sim enquanto uma instituição pública universitária frente os conflitos que envolvem os Movimentos Socais, inclusive denunciando manifestações de autoritarismo;

! Dar continuidade aos trabalhos da Comissão Milton Santos de Memória e Verdade, divulgando seus resultados;

! Fortalecer a atuação da Ouvidoria da UFBA, oferecendo um canal aberto às três categorias e à comunidade, atuando inclusive no diagnóstico das nossas ações institucionais;

! Aprofundar, também no interior da UFBA, a crítica e o combate a manifestações de autoritarismo e às diversas formas de discriminação.

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UFBA CULTURAL: Artes e Política Cultural

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As Artes A decisão do Reitor Edgar Santos de conferir a cursos de nível médio e seminários livres a categoria de cursos superiores de Música, Teatro, Dança e Belas Artes, compondo a Área V da UFBA, representa até hoje um diferencial histórico no cenário universitário brasileiro. Foi uma atitude política ousada e avançada frente aos padrões de gestão pública universitária, ao atribuir um estatuto acadêmico ao processo de formação profissional em Artes, com estruturas curriculares que formaram os Parâmetros Curriculares para muitas outras graduações de Artes. Artistas nacionais e estrangeiros com reconhecimento público foram convidados a conduzir esse processo de inserção da arte na universidade, sendo incorporados à estrutura universitária como artistas com notório saber, sem exigência de diploma ou título acadêmico. Naquele contexto, artista e docente gozaram de uma equivalência de estatuto, sem contudo se confundirem. Construiu-se uma autonomia da arte em relação à docência, segundo a qual o artista produz arte não como extensão de sua atuação docente, mas, ao contrário, se faz docente por extensão de sua prática artística. Passado esse período áureo da implantação dos cursos superiores de Artes, cuja produção artística, fundindo expressionismo alemão, dodecafonismo e dramaturgia moderna às manifestações culturais populares da tradição local, contribuiu decisivamente para o processo de constituição de uma vanguarda artístico-cultural local de expressão nacional, a autonomia das artes parece ter sucumbido à lógica do consumo e sido suplantada, ao longo dos anos, pela visão espetacularista das artes – que reduz Arte a atividade cultural de entretenimento ou sociabilidade, e a objeto de folclorização e patrimonialização – até chegar, atualmente, a um estatuto essencialmente extensionista, cuja relação com Ensino é a de ser seu produto didático. No âmbito da Pós-Graduação, o estatuto da Arte e o papel do artista nas pesquisas se ressentem do equívoco de diluição de autonomia que leva a Arte a ser pensada como sinônimo de pesquisa, e as suas especificidades a serem solapadas pelas normas de avaliação acadêmica. A UFBA precisa repensar o estatuto das Artes, o papel do artista e a necessidade de democratização do acesso a produção cultural. Precisamos adequar as condições físicas, de recursos humanos e estruturais da UFBA, às especificidades artísticas e às particularidades dos perfis dos cursos existentes, além de redefinir as atuais formas de financiamento da produção artística universitária. PROPOSTAS:

! Adequar as condições físicas e institucionais da UFBA às especificidades artísticas e particularidades dos perfis dos cursos existentes. Isso requer condições apropriadas de trabalho e produção tal como teatros e espaços expositivos bem equipados e versáteis, recursos humanos especializados em técnicas de montagem, curadoria, produção, divulgação, documentação e acervo – a atual estrutura universitária não dispõe de autonomia para contratar nem para gerir;

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! Possibilitar modificações no atual sistema de concessão de bolsas, criando um Programa de Bolsas de Iniciação Artística (PIBIART), no qual se reconheça a distinção entre projetos de pesquisa e propostas artísticas, que não se estruturam a partir de hipótese, metodologia, objetivos, impactos, etc.;

! Procurar alternativas para contratação ou convite temporário a artistas (como efetivos, visitantes ou residentes) que não possuam diploma de graduação e/ou título de doutor, apesar de seu amplo reconhecimento, o que limita o universo de interlocução colaborativa com seus pares;

! Estimular a criação de um Centro de Artes, como um centro de laboratórios de criação artística, apoiando programas integrados de articulação entre conhecimento artístico e conhecimento acadêmico.

Uma Política Cultural para a UFBA

A Universidade é uma casa da cultura, tanto em sentido amplo, o que é óbvio, quanto no sentido específico e mais restrito de ser ela produtora de bens culturais. Uma política cultural nesse lugar privilegiado também da criação, da transmissão e difusão de cultura deve ser feita sem hierarquias entre as modalidades de conhecimento e numa perspectiva que, reconhecendo a complexa e rica pluralidade cultural que emerge da sociedade, coloca no centro de sua política cultural e de forma permanente a intrínseca e indissociável relação entre educação e cultura, entre a formação cultural mais geral e a formação profissional especializada.

Pensar e acionar uma política cultural para a nossa UFBA não são tarefas simples. Mas configuram um desafio inadiável – desafio, contudo, cujo enfrentamento já conta com o legado histórico de uma instituição cujas ações de pionerismo e investimento cultural impactaram, de forma singular e relevante, a cena baiana e nacional. PROPOSTAS:

! Ampliar o debate democrático que, com a criação de Fórum, construa uma Política Cultural para a UFBA que contemple, detalhada e programaticamente, a cultura na UFBA (estudos, formação, criação, articulação, requalificação de equipamentos, definição de um calendário cultural) e a presença cultural da UFBA na sociedade (defesa das expressões de diferença, diversidade e pluralidade culturais, liberdade de criação, participação na elaboração das políticas públicas de cultura, articulação com a comunidade cultural das demais instituições públicas de ensino superior).

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Criar uma Política Cultural e fomentar o compartilhamento pelos três componentes universitários: docentes, discentes e

técnico-administrativos, de uma vida cultural mais intensana UFBA.

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Criar um Centro de Artes que constitua o Sistema de Artes da UFBA, congregando Artes Visuais, Dança, Música, Teatro

mas também Arquitetura, Literatura, Cinema e novas mídias, num programa de ação baseado na autonomia da Arte.

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UFBA COLETIVA: Gestão de Qualidade e Participativa

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Ao pensarmos os grandes desafios da Universidade, quase sempre atentamos para as suas atividades fins – a pesquisa, a extensão e o ensino. Certamente, essas são as dimensões mais importantes, sintetizando seu papel social. Não podemos, entretanto, esquecer que tais atividades fins dependem, para a sua qualidade e efetividade, dos processos de gestão por meio dos quais os diversos atores que constroem a universidade se articulam no seu cotidiano, compartilhando a missão e os valores de uma Universidade pública. Aprimorar a gestão significa, então, ampliar a capacidade de a UFBA planejar-se, avaliar-se e introduzir melhorias contínuas dos seus processos e produtos. Em sendo assim, mais que atividades conduzidas por setores específicos da administração central ou das unidades, o planejamento, avaliação e implementação de mudanças são responsabilidade de todas as instâncias da Universidade. Desenvolver tais competências é um dos grandes desafios postos à UFBA para superar seus históricos problemas administrativos, que se refletem na qualidade das atividades fins que desenvolve. Inseridas e integrando ativamente um contexto social, cultural, político, científico e tecnológico em contínua mudança, a UFBA precisa atuar estrategicamente, guiando-se por metas a curto, médio e longo prazo. Os processos de gestão, nas suas múltiplas instâncias, devem ser articulados por um projeto coletivo que nos conduza a um papel de liderança no conjunto das instituições públicas de ensino superior no país. Assim, eficiência e eficácia da gestão não podem ser vistas como metas antagônicas ao engajamento e participação dos diversos segmentos da Universidade. É preciso retomar a capacidade de Planejamento da UFBA em suas dimensões física, administrativa e financeira. A falta de um sistema estruturado de indicadores por atividades, desempenho e custos é um sintoma dessa perda, e o uso de tecnologias de informação e de comunicação tem um papel fundamental nesse processo de requalificação. O PDI precisaria, efetivamente, guiar as decisões estratégicas da Universidade, desde que fosse construído com a efetiva participação de todos os seus segmentos. Mais do que um documento formal, o PDI deve expressar mecanismos efetivos de engajamento de toda a comunidade universitária na construção de uma visão de futuro que oriente as decisões e ações de todas as suas instâncias. Por isso mesmo, o PDI, como afirmamos acima, precisa ser revisto para que reflita o debate interno da nossa comunidade, devendo resultar de um esforço coletivo de reflexão e projeção do futuro da Universidade. Afinal, a melhoria das condições de ensino, da pesquisa e da extensão não depende apenas da ampliação de verbas, mas também de um maior engajamento de docentes, trabalhadores técnico-administrativos e alunos às suas atividades. É importante, ainda, a incorporação de mecanismos de decisão coletiva sobre prioridades de investimento e a ampliação da nossa capacidade de usar da melhor forma possível os recursos disponíveis, dentro de uma perspectiva estratégica. Precisamos também aplicar melhor os recursos disponíveis, qualificar a Gestão e associar descentralização à democratização interna da UFBA. PROPOSTAS:

! Rever o Plano de Desenvolvimento Institucional da UFBA (PDI), de modo a refletir um profundo e democrático debate da nossa comunidade, que coletivamente pensa e constrói seu futuro. No mesmo espírito, revisar o Plano Diretor de Tecnologias da Informação (PDTI) para que este seja um elemento que

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colabore para uma maior conectividade externa, mas também interna da universidade, entre seus campi, unidades, cursos e grupos de pesquisa e extensão;

! Implementar mecanismos de consulta sobre prioridades de investimentos nas

Unidades e qualificar as decisões dos Conselhos da UFBA;

! Criar espaços de convívio e interação entre os três segmentos da Universidade e também com a comunidade em geral.

! Requalificar a Ouvidoria: apesar de constar formalmente na estrutura da UFBA, a

Ouvidoria funciona precariamente. Vamos torná-la operacional, condição especial de auscultar as necessidades e problemas de nossos públicos internos e externos. Para isso, deverá ter também uma função ativa ao buscar, e não só receber, informações de nossa comunidade.

! Fortalecer a Coordenadoria de Controle Interno como uma forma de garantir a

lisura de ações na UFBA, ampliando suas ações de controle, suporte e auditoria de ações administrativas e financeiras, bem como de esclarecer e orientar os nossos gestores acerca de normas e procedimentos;

! Descentralizar e racionalizar a gestão – é preciso reestruturar a gestão de modo a

assegurar a melhoria dos fluxos de informação e de processos, transferindo decisões e democratizando a gestão universitária;

! Qualificar gestores em diferentes níveis, reforçando procedimentos democráticos

de decisão administrativa; ! Articular processos de autoavaliação e de desenvolvimento institucional,

fomentando uma cultura administrativa que, de modo transparente e democrático, assegure a melhoria contínua dos processos de gestão da Universidade;

! Desenvolver mecanismos de articulação entre as diferentes instâncias gestoras da

Universidade, buscando a melhoria continua dos processos de trabalho e de gestão;

! Aprimorar a política de comunicação da Universidade, de modo a assegurar a visibilidade das ações acadêmicas e institucionais, tanto para a comunidade interna como para a externa.

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Gastar melhor os recursos disponíveis,

qualificar a Gestão e associar descentralização à democratização interna da UFBA.

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UFBA ÁGIL: Combate à Burocratização

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Parece fazer parte da natureza do serviço público ser burocrático, lento nas suas decisões, com reduzido grau de eficiência e efetividade. A máquina pública em geral é vista como impossível de funcionar a partir de parâmetros que assegurem agilidade dos seus processos, como se condenada a comportar uma espécie de racionalização insensata e contrária, no específico, aos valores universais e impessoais que a justificariam. É preciso superar tal quadro, sem romper com os princípios e valores que devem nortear a administração pública e que justamente a diferenciam da gestão privada. Mais do que um desafio teórico, a busca por articular eficiência e efetividade, torna-se essa uma condição fundamental para assegurar a qualidade dos serviços que prestamos à sociedade e para que um conjunto de procedimentos burocráticos não venha significar, por si, uma renúncia ou um obstáculo ao exercício da democracia e dos valores acadêmicos, que nos diferenciam de uma mera repartição pública. É necessário simplificar procedimentos administrativos, sem abrir mão da busca de procedimentos universais e transparentes, como também de controle social da UFBA. A Universidade está, entretanto, imersa em uma regulação e travada por procedimentos burocráticos que não contribuem para a melhoria dos serviços prestados. Cabe então combater em geral uma legislação que não compreende sua especificidade como instituição de ensino superior, nem torna a gestão mais competente e eficiente. Por outro lado, em específico, os mecanismos de registro de atividades na UFBA, notadamente as atividades de pesquisa, inovação e de extensão têm sido crescentemente burocratizados, dificultando as iniciativas de elaboração, submissão e execução dos projetos, ao invés de utilizar seus resultados como critério, de fato, de avaliação. Esta lógica precisa ser invertida de modo a garantir que a Universidade exercite a sua excelência acadêmica. Deve-se procurar fazer valer o critério acadêmico, sempre que ameaçado pelos excessos burocráticos. PROPOSTAS:

! Apoiar os processos de redução das disfunções da burocracia na UFBA, através da

promoção de uma mudança de cultura institucional, da informatização dos processos nos variados níveis, bem como da racionalização dos processos de gestão;

! Descrever e formalizar os processos de trabalho da Universidade, tanto na área administrativa quanto acadêmica, como ferramentas que asseguram transparência, agilidade e compartilhamento do conhecimento indispensável à gestão da Universidade;

! Fortalecer as ações de desenvolvimento institucional, utilizando as tecnologias de

informação e comunicação para viabilizar os procedimentos administrativos mais efetivos e melhorando o desempenho das equipes de trabalho;

! Rever situações que se caracterizam por desnecessária centralização dos processos decisórios, buscando descentralizá-las, conferindo maior autonomia a instâncias básicas da Universidade;

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! Lutar institucional e politicamente, inclusive perante a opinião pública, contra os procedimentos e rotinas que comprometem a excelência acadêmica da UFBA.

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Instituir um Programa de Desburocratização da UFBA, racionalizando, modernizando e universalizando processos

e procedimentos.

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UFBA QUE ACOLHE: Melhoria das Relações e Condições de Trabalho

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A precarização do trabalho é um dos traços estruturais das atuais condições de reprodução capitalista e atinge professores e funcionários com consequências danosas em relação à produção do conhecimento e à formação dos nossos alunos. Essas desigualdades se reproduzem inclusive no interior da própria UFBA. E, sem boas condições de trabalho, não pode existir ensino, pesquisa e extensão de qualidade. As universidades federais sofreram significativas mudanças geradas pela Reforma do Estado iniciada nos anos 1990 e pela implementação do Programa de Expansão e Reestruturação das Universidades Públicas, em 2008. No caso da UFBA, entre 2001-2012, houve uma ampliação, ainda insuficiente, do quadro docente (envolvendo os campi criados em Barreiras e Vitória da Conquista, a partir do REUNI). Entretanto, o número de trabalhadores técnico-administrativos reduziu-se, enquanto cresceu significativamente o número de estudantes de graduação e de pós-graduação. Se a ampliação de vagas é uma antiga reivindicação e desejo da sociedade, e tem que ser realizada, as condições em que se realizou são deveras precárias, pois não levou em conta o que é crucial para dar sustentação a esse justo aumento de estudantes: um quadro de professores e funcionários que possa atender esse crescimento. É preciso criar melhores condições para o exercício do trabalho docente, caracterizado por uma polivalência sem limites: aulas na graduação e pós-graduação com orientações de projetos de dissertações de mestrado e teses de doutorado; coordenação e execução de projetos de pesquisa individual ou coletiva; escritores e editores de publicações; gestores nas instituições universitárias (chefias de departamento, colegiados de cursos, diretores de unidades, colegiados de pós-graduação, pró-reitorias e inúmeros cargos de comissões acadêmicas e de ensino); captadores de recursos através da participação em editais de pesquisa, extensão e de infraestrutura; administradores de recursos com inúmeros relatórios técnicos e financeiros de prestação de contas; executores de atividades burocráticas em substituição a funcionários técnico-administrativos, dentre outras. Além disso, o trabalho docente tem se desenvolvido em uma estrutura insuficiente e ainda precária: laboratórios, salas de aula, bibliotecas, elevadores etc., que não encontram uma política permanente de manutenção, capaz de evitar a degradação das condições de trabalho. É preciso registrar que, mesmo nessas condições, 97% da produção de conhecimento se dão hoje nas universidades públicas, pois as instituições privadas, cada vez mais administradas por fundos de pensão, estão submetidas aos movimentos do mercado, especialmente o financeiro, o que tem sérias implicações para o tipo de formação e para a condição instável dos alunos, que, endividados e inadimplentes, são forçados a abandonar os seus estudos. Nesse contexto, é preciso reestruturar a carreira docente, que cria desigualdade entre os docentes, aprofundada pela progressiva perda de direitos implementada por medidas provisórias e decretos leis, a exemplo da reforma da previdência que impõe às mais novas gerações de docentes retirar dos seus já insuficientes salários, uma parcela para pagamento de previdência privada, se quiserem ter uma aposentadoria que lhes garanta uma sobrevivência digna. O quadro de trabalhadores técnico-administrativos, por sua feita, além de proporcionalmente reduzido, não encontra qualificação funcional adequada, espaço na própria UFBA para formação, nem gratificação suficiente para fazer frente às pressões que,

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sobretudo no caso de recém ingressos na UFBA, os levam a procurar concursos para outros órgãos, bem mais compensadores salarialmente. Além desse quadro geral, cabe encontrar soluções específicas no interior da UFBA para corrigir a defasagem específica de formação de mais de 1000 trabalhadores técnico-administrativos sem curso superior ou mesmo sem formação completa de nível médio. É parte deste quadro a crescente terceirização na UFBA, cujas formas de contratação e o tipo de empresa prestadora de serviços têm levado a um grau enorme de precarização do trabalho, com o desrespeito aos direitos mínimos garantidos por lei. PROPOSTAS: Professores

! Combater a precarização do trabalho de professores, estimulando a sua formação e

inserção em atividades de pesquisa e extensão, que devem ser ampliadas e encontrar também financiamento maior pela própria UFBA;

! Defender o mínimo de 8 horas aula em sala de aula; ! Lutar pela contratação de docentes efetivos, visando a suprir o déficit de

professores existente nas diversas unidades de ensino e reduzir os contratos de substitutos e temporários;

! Atuação junto ao governo federal e à ANDIFES na defesa da valorização da carreira docente;

! Desburocratizar a vida funcional do docente e reavaliar os processos de contratação de professores substitutos;

! Garantir o funcionamento das instâncias administrativas (secretaria, colegiados) no período noturno;

! Ampliar e melhorar instalações físicas (sala de aulas, gabinetes de trabalho, bibliotecas, etc.);

! Criar espaços de convívio na UFBA, valorizando neles a interação entre nossas categorias, setores e unidades, bem como atividades culturais e artísticas.

PROPOSTAS: Trabalhadores Técnico-Administrativos

! Ampliar o quadro de trabalhadores técnico-administrativos da UFBA, levando em conta a demanda das unidades e setores;

! Aprofundar a discussão e apresentar um plano para a adoção de fluxo contínuo do atendimento e serviços, reconhecendo a diversidade nas carreiras dos técnicos administrativos;

! Capacitação e Qualificação:

• Institucionalizar uma política constante de formação, capacitação e atualização do corpo técnico-administrativo, em cada uma das áreas de atuação e para cada serviço, de modo a atender às demandas dos servidores, compreendendo o servidor como sujeito com aspirações de desenvolvimento pessoal voltado ao cumprimento de metas institucionais;

• Estruturar a capacitação a partir do fazer cotidiano dos trabalhadores, nas práticas efetivas de trabalho;

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• Criar mecanismos de acesso à Capacitação de modo a possibilitar a todos a possibilidade de capacitação, com especial atenção ao horário das atividades a serem desenvolvidas;

• Criação das turmas específicas para Qualificação; • Estimular a inserção do Técnico-administrativo em atividades de pesquisa e

extensão universitárias; • Avaliar o impacto dos treinamentos oferecidos, verificando a transferência

dos conhecimentos, habilidades e competências para os contextos específicos de trabalho;

• Aprimorar os processos de levantamento de necessidades de capacitação; • Implantar um serviço de orientação de carreira e aprimorar as ações que

promovam a qualidade de vida no trabalho. ! Saúde do Trabalhador:

• Fortalecer a atuação do Serviço Médico Universitário como equipamento

de promoção e prevenção à Saúde do trabalhador; • Criar programa de gerenciamento de risco de doenças ocupacionais do

trabalhador na Universidade; • Lutar pela criação de um programa de acompanhamento aos trabalhadores

com limitação funcional; • Lutar pela aquisição por parte da Universidade de equipamentos de

trabalho ergonômicos e de boa qualidade para prevenção de adoecimentos; • Combater o Assédio Moral e discutir estratégias para promoção de Saúde

Mental.

! Turnos Contínuos: • Implementar a CAJ - Comissão de Ajuste de Jornada; • Ampliar a discussão sobre os resultados da implementação dos turnos

contínuos, envolvendo toda comunidade na avaliação dos resultados; Sobre os trabalhadores terceirizados:

Os dados sobre a evolução da terceirização na UFBA confirmam o que vem acontecendo nas instituições públicas como um todo. Isto é, um alto crescimento de contratações através de empresas que prestam serviços à Universidade, desde os serviços de limpeza, vigilância e portaria até a área administrativa e de saúde, em detrimento da realização de concursos públicos. Diante disso, firmamos o compromisso de desenvolver uma luta para recompor o quadro de funcionários da UFBA, a partir de um diagnóstico que indique as áreas prioritárias, e na perspectiva de desacelerar o processo de terceirização. Hoje, entretanto, sem os empregados terceirizados, a Universidade não teria condições de funcionamento. Mais ainda, seu número cresce a cada gestão, em condições de trabalho que, todavia, nem de longe podem ser consideradas satisfatórias. Cabe assim,

! Tomar todas as medidas cabíveis para coibir o desrespeito aos direitos elementares dos trabalhadores terceirizados, revisando suas atuais formas de contratação. Nesse caso, dado o elevado grau de injustiça social cometido contra os terceirizados, não

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podemos julgar suficiente o atual tratamento protocolar de adotar rotinas de fiscalização, enviar de notificações e aplicar penalidades contratuais. É preciso denunciar toda ordem de abuso, dirigindo-se a UFBA à opinião pública por todos os meios.

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UFBA COM SAÚDE: Democratização do Acesso aos Serviços de Saúde

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O acesso à saúde de qualidade é um direito do cidadão e a UFBA é responsável pela formação de parcela expressiva de profissionais que cuidam da saúde da nossa população. É preciso, pois, estreitar o vínculo entre UFBA e o seu conjunto de Hospitais e serviços de Saúde, garantindo a oferta de cursos de formação, capacitação e atualização de profissionais da área de saúde, bem como assegurar serviços e iniciativas que visam a um intercâmbio com a sociedade, na forma de atendimento à nossa população vulnerável.

! Alinhamento com o Movimento Sanitário na defesa do SUS, pela universalidade,

integralidade e equidade no acesso a saúde;

! Incentivar a formação de profissionais de saúde com ênfase na atenção primária da saúde, de caráter generalista e humanista;

! Fortalecimento dos serviços de saúde da UFBA como parte integrante do Sistema Único de Saúde - SUS;

! Acompanhamento da gestão da EBSERH no COM-HUPES e na Maternidade Climério de Oliveira, na melhoria física e garantias das funções essenciais de ensino, pesquisa e assistência integradas ao SUS;

! Consolidação e ampliação de campos de práticas para os cursos da área da saúde, tendo em vista adequação das estruturas curriculares às novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino dessas profissões;

! Ampliação de programas de Extensão que visem à responsabilidade social da saúde – educação em saúde, atendimento na promoção, prevenção e recuperação e da saúde;

! Fortalecimento do SMURB, tendo em vista o atendimento médico da comunidade UFBA;

! Criação de Núcleos de Apoio Psicopedagógico para o estudante, em possível parceria com o Instituto de Psicologia e o NAPP da FMB;

! Sistema de proteção ao trabalhador da saúde, tanto do quadro permanente da UFBA como também dos terceirizados, expostos a situações de riscos biológicos e tecnológicos;

! Estímulo às pesquisas de relevância social, produção de conhecimentos científicos, tecnológicos e de inovação na saúde.

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Formação do profissional voltada para busca da Universalidade, Integralidade e Equidade

com qualidade no acesso à saúde.

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UFBA SEGURA: Segurança sem Isolamento

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Os problemas de segurança atingem o cidadão de forma indiscriminada. Os estudantes, trabalhadores técnico-administrativos e professores na cidade e nos nossos campi são, no seu cotidiano, vítimas das mais variadas formas de violência. Precisamos criar condições mais seguras para o trabalho de professores e funcionários, como também para o aprendizado dos nossos alunos. A estrutura multicampi da UFBA torna o equacionamento desse problema um desafio. Não aceitamos interferência externas no território da Universidade, mas não podemos continuar desprotegidos – a segurança que temos hoje protege o nosso patrimônio e não as pessoas que dele fazem uso. PROPOSTAS:

! Implementar um Plano de Segurança eficaz, que compreenda a singularidade da Universidade, seus distintos espaços, adense nossa presença nos campi e não isole a UFBA;

! Efetuar uma avaliação dos cenários de risco, aplicando métodos específicos, dadas a dimensão e a fragmentação dos espaços dos campi;

! Ampliar o uso de tecnologias (circuitos internos de monitoramento) nos espaços internos aos campi em função da característica da própria Universidade e intensificar o policiamento no entorno dos campi, cabendo lembrar que a mera multiplicação de câmeras é insuficiente se não tivermos uma ampliação proporcional e qualificada da central de monitoramento, com um número adequado de técnicos;

! Ampliar as medidas de proteção, tanto relativas a segurança física quanto patrimonial, o que envolve, por exemplo, o aumento do número de extintores de incêndio e um quadro de acompanhamento de sua validade, divulgado para a comunidade;

! Intensificar a relação da UFBA com as diversas comunidades em seu entorno, acolhendo-as em seu espaço, tanto em atividades culturais, como em parcerias diversas;

! Fortalecer  projetos  de  extensão,  como  o  Vizinhanças,  ora  desenvolvido  pela  PROEXT.  

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 Criar um Plano de Segurança eficaz que

contemple a singularidade da UFBA

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UFBA DIGITAL: Informática Universal de Qualidade

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Nossas metas não seriam exequíveis se não fossem acompanhadas de uma ação forte no sentido de proporcionar o uso das TICs (tecnologias da informação e comunicação) de forma abrangente, segura e adequada. Hoje, a rede de informação é obsoleta, está absolutamente colapsada e demanda investimentos de vulto, não apenas em termos de infraestrutura, mas sobretudo de pessoal. Os sistemas de TICs mormente atendem às questões administrativas e acadêmicas, inviabilizando as demais demandas, necessárias à pesquisa, formação e extensão. E todas elas merecem a devida atenção institucional. Tal realidade é cruel e seus efeitos são nefastos, já que as TICs são eixos estruturantes fortes e permeiam todas as áreas. A gravidade dos problemas fica clara, por exemplo, no estudo promovido pelas IFES, em 2010, no qual se indica que a UFBA possuía apenas 13% dos técnicos recomendados pelo SISP/MPOG. E o investimento em tal área é estratégico, se quisermos resolver um dos grandes problemas de nossa Universidade: a sua crescente burocratização, que acaba sendo, paradoxalmente, um fator de crescente irracionalidade. Os sistemas de informação atuais são antigos, muitos têm mais de uma década e não estão alinhados com as tecnologias modernas (como a web). Suas bases de dados não estão integradas, fazendo com que informações sejam replicadas em várias instâncias, impedindo que os sistemas se comuniquem. Por fim, muitos estão em colapso, como o sistema de matrícula, que não comporta a contento a carga de usuários, devido à recente expansão da Universidade. Não obstante, a UFBA não possui uma diretriz maior para a inserção das tecnologias digitais na educação, tampouco define políticas ou atende a demanda crescente de investimentos precisos e vultosos às pesquisas, como software e hardware para alta capacidade de processamento e manipulação de grandes volumes de dados. Outras questões transversais, como a segurança dos sistemas e a privacidade dos usuários, bem como o uso de tecnologias de software livre como mecanismo de acesso democrático e universal, não são amplamente debatidas. Enfim, a nossa Autonomia Digital está comprometida e precisamos resgatá-la! PROPOSTAS:

! Revisar e requalificar o PDTI (Plano Diretor de Tecnologia da Informação), de

forma a definir de maneira coletiva, ampla e abrangente políticas e metas estratégicas para as tecnologias de informação e comunicação, que atendam aos anseios da comunidade em todos os eixos: administração, pesquisa, ensino, extensão;

! Promover amplo redesenho, modernização e integração dos diversos sistemas administrativos e acadêmicos. Dessa forma, os sistemas poderão ser mais bem configurados para atender demandas específicas e utilizados amplamente em plataformas heterogêneas via web (laptops, tablets, smartphones, etc.);

! Promover uma mudança de cultura institucional, de modo a criar as condições necessárias à desburocratização, além de redesenhar sistemas. Vamos instituir a cultura do sem papel na UFBA! O meio ambiente agradece;

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! Lançamento de Editais institucionais para realização de projetos que permitam soluções para a desburocratização e automatização dos sistemas;

! Aumentar o efetivo de técnicos administrativos em Informática e capacitá-los nas tecnologias;

! Modernizar a infraestrutura de comunicação, universalizar o acesso à rede UFBA, além de melhor equipar e manter laboratórios de informática nas Unidades;

! Definir política e implantar salas de aula tecnológicas. Além de salas com desktops, adotar laboratórios móveis, nos quais computadores móveis (laptops, tablets, etc.) podem ser usados;

! Prover suporte e viabilizar soluções comuns para os grupos que utilizam

massivamente o processamento de alto desempenho e requerem manipulação de grandes volumes de dados;

! Promover o diálogo entre usuários de aplicações e desenvolvedores em TIC para a

e-Ciência, de forma a atender comunidades em áreas multidisciplinares (física de alta energia, meteorologia, nanotecnologia, artes, biologia molecular, bioinformática, informática médica, etc.);

! Prover suporte às necessidades cada vez mais crescentes de tecnologias digitais

voltadas para promover e melhorar a qualidade do ensino, incluindo as tecnologias para EAD (ensino à distância);

! Promover diálogo com a comunidade no intuito de contribuir para a construção de

uma sociedade inclusiva, através do uso das tecnologias digitais; ! Debater e promover o uso do software livre na UFBA de forma a viabilizar (i) o

acesso gratuito e social aos sistemas de informática, (ii) o respeito às licenças de uso de software (combatendo, portanto, o uso indevido de programas), além de outros. O acesso universal à Informática só foi possível a partir de tecnologias gratuitas. Considerando tal aspecto, bem como diretrizes do governo federal e a existência de uma comunidade de usuários e desenvolvedores cada vez mais crescente na UFBA, pretende-se estudar soluções para viabilizar o uso do software livre na UFBA.

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Definir de maneira coletiva e abrangente políticas e metas estratégicas para as TICs na UFBA. Promover

amplo redesenho, modernização e integração dos sistemas de informação.

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UFBA MAIOR E MELHOR: Novas Unidades e Ações Estruturantes

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Um simples passeio pelos campi da UFBA revela bem a dimensão da quantidade de obras que estão ocorrendo em seu interior. Muitas das obras, porém, sobretudo por conta de sistemática licitatória bastante difícil, deixam muito a desejar, seja em termos de planejamento, seja em termos de execução. Prédios novos apresentam problemas estruturais graves, sendo rápido o processo de deterioração. É preciso sem dúvida encontrar uma solução para tal situação. É preciso dar continuidade às obras, mas rever o que já está feito e melhorar o que for necessário. Tão séria quanto a conclusão das obras, porém, é a sua manutenção. A Universidade ainda não conta com um serviço de manutenção adequado, que arque com todas as suas necessidades, com a agilidade e a qualidade desejáveis. O fato é que a UFBA cresceu nos últimos anos sem a necessária ampliação das condições para que tal crescimento corresponda a uma UFBA melhor. A UFBA precisa continuar a crescer, mas crescer com a responsabilidade da excelência. Assim ela precisa igualmente crescer internamente, isto é, precisa adensar pesquisa e extensão, seu trabalho científico, artístico e cultural. Há bem pouco tempo, a UFBA contava em seu ordenamento institucional com a figura dos órgãos suplementares, que davam agilidade e autonomia a ações muito importantes, sobretudo aquelas ligadas à pesquisa, sendo de grande interesse para nossa relação com demandas da sociedade. Hoje, tais órgãos não mais existem como tais, encontrando-se ainda mal resolvidos no interior das Unidades Universitárias. Além disso, muitas Unidades Universitárias sofreram um processo interno de rearranjo, que em muitos casos justifica a sua divisão em duas Unidades. Apesar da justa preocupação em não serem multiplicadas unidades orçamentárias na UFBA, precisamos enfrentar ampla e democraticamente o debate sobre a criação de novas instâncias universitárias, encontrando soluções adequadas para o desenvolvimento de pesquisa, ensino e extensão, segundo arranjos disciplinares ou interdisciplinares que, justificados acadêmica e institucionalmente, estejam voltados ao interesse da Universidade pública e da sociedade. Vale observar ainda que a UFBA, no sentido de aperfeiçoar a organicidade de suas ações e bom cumprimento de suas finalidades, tem previstos e regulamentados sistemas estruturantes, que mantêm entre si profunda relação interna. É o caso do sistema de museus, o de bibliotecas e o de arquivos, aos quais nos referimos agora brevemente. A UFBA possui inúmeros acervos documentais. Parte desses acervos se encontra à disposição para consulta, por meio de diversos sistemas disponibilizados presencialmente e na web, a exemplo dos acervos Memória da Ditadura; Repositório Institucional; Sistema de Acesso aos Arquivos Históricos da UFBA; Sistema de Acesso aos Centros de Documentação, Informação e Memória; e Sistema de Bibliotecas. Existem ademais acervos documentais de potencial importância para o desenvolvimento da pesquisa e da inovação, dispersos e necessitando de tratamento técnico adequado para assegurar o pleno acesso às informações e a consequente produção de novos conhecimentos essenciais à sua existência enquanto instituição pública, bem como à sua inovação. Esse conjunto de acervos documentais constitui-se em uma infraestrutura de pesquisa essencial para uma instituição universitária. Cabe assim consolidar o Sistema de Arquivos da UFBA, favorecendo, por exemplo, a criação de um laboratório de ciência da conservação que permita o desenvolvimento de ações voltadas para a preservação do acervo documental da UFBA, bem como nossa equiparação a outros centros de pesquisa nacionais e internacionais, com

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o que os arquivos da UFBA podem se tornar verdadeiros locais avançados de pesquisa, dentro de condições tecnológicas digitais atuais e de acessibilidade a todo pesquisador. A importância de investimento constante em um Sistema de Bibliotecas é quase um truísmo, mas devemos reiterar como um compromisso estratégico. Bibliotecas constituem, afinal, infraestrutura de pesquisa essencial de uma instituição que se pretenda autenticamente universitária, sendo imprescindível a todas as suas metas de pesquisa, ensino e extensão. Cabe assim tomar medidas permanentemente para ampliar e a modernizar o Sistema de Bibliotecas da UFBA, com otimização progressiva dos ambientes informacionais do sistema, com a modernização de seus equipamentos, inclusive para segurança do acervo; modernização do ambiente físico e tecnológico de bibliotecas do sistema, satisfazendo exigências de acessibilidade e oferecendo suporte computacional para atividades de estudo e pesquisa.

A situação dos museus na UFBA é bastante desigual. Alguns estão diretamente ligados à Reitoria (Arte Sacra e Arqueologia e Etnologia), enquanto outros estão desarticulados, sem uma orçamentária própria (a exemplo de Zoologia, Biologia, e outros espaços de memória como enfermagem e química) ou ainda sem as condições mais adequadas de funcionamento e preservação da memória. Cabe fazer um amplo diagnóstico do acervo museográfico da UFBA tendo em vista o valor inestimável do nosso patrimônio, criando condições para que nossos espaços estejam abertos para a comunidade, inclusive em finais de semana, além de constituirmos os museus como efetivos espaços de pesquisa, de memórias representadas, de produção do conhecimento e de pertencimentos, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento. Nessa direção, devemos formalizar o Sistema de Museus da UFBA, com a criação de coordenação do sistema, mas respeitando as especificidades de cada unidade museológica.

PROPOSTAS: ! Colocar na pauta dos Conselhos Superiores e submeter a cuidadosa discussão a

criação de novas Unidades a partir das demandas locais e em conformidade com o PDI, de modo que a UFBA, democrática e responsavelmente, possa encontrar o arranjo institucional mais adequado para a realização de sua missão acadêmica e sua relação com os desafios temáticos postos por nossa sociedade;

! Reformar e ampliar o Centro Esportivo de Ondina;

! Envidar esforços pela criação, após debate intenso e democrático de sua viabilidade e necessidade, de novos espaços, como um Centro de Estudos Avançados e um Centro de Artes;

! Implantar efetivamente os sistemas estruturantes da UFBA;

! Concluir as obras já contratadas e aprovadas;

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! Acelerar as reformas dos prédios antigos e das novas construções;

! Criar condições administrativas e financeiras para que a Universidade passe a contar com um serviço eficiente de manutenção predial e de instalações;

! Transformar as Bibliotecas em centros da vida universitária, lugar de estudo, convívio e convergência das tecnologias digitais para o aprendizado. As Bibliotecas deverão passar por atualização massiva do seu acervo bibliográfico e tecnológico, de seus espaços e infraestrutura, bem como podem ter ampliados seus dias e horários de funcionamento;

! Definir uma política de organização e de gestão da informação, com o auxílio das TICs, para a modelagem e o controle dos processos, e que vise à uniformidade, agilidade e preservação da memória do que de fato precisa ser efetuado nas diversas instâncias.

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Por uma Univers idade públ i ca , gratui ta e de qual idade!

Imenso o nosso desafio, e só podemos ter sucesso mediante uma construção coletiva, por

meio da qual se reitere o sentido e a força própria da nossa Universidade. A UFBA vive,

afinal, um momento decisivo, tensionada por nosso compromisso histórico com a

expansão do ensino superior e pelo desafio de garantir e aprofundar a qualidade e a

integração de ensino, pesquisa e extensão. Nesse processo, temos visto ameaças à

autonomia da Universidade. Cabe-nos reagir em sua defesa com nossas melhores armas: a

criatividade e a crítica, o aprofundamento dos processos democráticos, a construção

coletiva de nossa identidade como uma Universidade requintada e popular, capaz de

garantir sua excelência acadêmica enquanto instituição pública e socialmente referenciada.

A UFBA deve recuperar sua liderança, em profundo diálogo com os movimentos sociais e

com os desafios próprios da produção do conhecimento e da formação de recursos

humanos. E deve dirigir-se à sociedade, sem perder sua capacidade crítica, sua

independência, afirmando-se como espaço do debate e da inovação, ambiente das ciências,

das artes e da cultura.

Educação é um direito. Mais que isso, ousamos sonhar, combatendo o elitismo, a

precarização das condições de trabalho e tudo que ameace a permanência e o acolhimento

de professores, estudantes e trabalhadores técnico-administrativos: educação de qual idade

é um dire i to ! Somente assim a UFBA pode cumprir sua missão e realizar sua natureza,

enfrentando os desafios colocados pela sociedade no século XXI.

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