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11/06/2015 1 André Kouzmine 95 PNA-Side Force Single Screw A força lateral produzida por um propulsor de um navio de um único hélice pode ser dividida em 4 partes: 1) FOLLOWING WAKE EFFECT 2) INCLINATION EFFECT 3) HELICAL DISCHARGE 4) SHALLOW SUBMERGENCE EFFECT **nem sempre as 4 atuam André Kouzmine 96 PNA – Following Wake Effect Na posição vertical atrás do casco (blade A) a pá passa por uma região de grande following wake (~=80%). Isto resulta em um aumento do ângulo de ataque e maior impulso e torque quando a pá está nesta região. A reação deste efeito para um right- hand screw, é uma força tendendo a mover a popa para bomborbo (BB, port) quando indo para vante.

PNA-Side Force Single Screw · unico helice) com RHFPP, indo para vante, está sujeito a a uma série de diferentes ações, algumas opostas, e o comportamento real irá depender

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11/06/2015

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André Kouzmine 95

PNA-Side Force Single Screw

A força lateral produzida por um propulsor de um

navio de um único hélice pode ser dividida em 4

partes:

1) FOLLOWING WAKE EFFECT

2) INCLINATION EFFECT

3) HELICAL DISCHARGE

4) SHALLOW SUBMERGENCE EFFECT

**nem sempre as 4 atuam

André Kouzmine 96

PNA – Following Wake Effect Na posição vertical atrás do casco (blade A) a pá passa por uma região de grande following wake (~=80%). Isto resulta em um aumento do ângulo de ataque e maior impulso e torque quando a pá está nesta região. A reação deste efeito para um right-hand screw, é uma força tendendo a mover a popa para bomborbo (BB, port) quando indo para vante.

11/06/2015

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André Kouzmine 97

PNA – Following Wake Effect Ao mesmo tempo, a pá passando através da parte inferior do disco irá experimentar uma reação oposta. Como a following wake nesta região é muito mais fraca e se extende por uma área muito menor, a ação da pá superior vai predominar. O following wake efect, então, irá produzir uma força resultante tendendo a mover a popa para bombordo e causando o navio guinar(veer) para a direita.

André Kouzmine 98

PNA – Following Wake Effect

11/06/2015

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André Kouzmine 99

PNA – Inclination Effect O eixo do propulsor está inclinado em relação ao eixo do fluxo da água passando pelo hélice devido ao movimento para dentro e para cima da água abaixo da popa. O movimento para dentro é simétrico dos dois bordos e pode ser desprezado.

Mas o movimento para cima, quando a pá está descendo para sua posição horizontal (Blade B),ela encontra a água se movendo para cima e para a ré. Isto é equivalente a aumentar a velocidade relativa e o ângulo de ataque ao mesmo tempo e consequentemente um aumento no impulso. No lado oposto (port side) ocorre uma diminuição no impulso.

O efeito resultante ao fluxo inclinado é, então, um torque tendendo a torcer(twist) o navio para a esquerda. (na verdade é um torque, e não uma side force)

André Kouzmine 100

PNA – Inclination Effect

11/06/2015

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André Kouzmine 101

PNA – Helical Discharge

A descarga helicoidal do propulsor de um single-screw ship

colide diretamente no leme. A parte da descarga acima do

hub do propulsor cria uma

força sobre o leme tendendo a

mover a popa para boreste

(BE, starboard), enquanto a

metade de baixo cria uma

força tendendo a mover a

popa para bombordo(BB,

port).

André Kouzmine 102

PNA – Helical Discharge

Por causa do aumento do angulo de ataque da pá no arco superior devido ao following wake effect, a corrente de descarga da parte superior do arco é mais forte. O efeito resultante é tender a girar o navio para a esquerda. (este efeito pode ser alterado ou aumentado por um leme assimétrico, especialmente se o leme não se extende por todo o disco. (Consequência indireta da following wake)

11/06/2015

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André Kouzmine 103

PNA – Shallow Submergence Effect

André Kouzmine 104

PNA – Shallow Submergence Effect

Efeito de submersão raso ou superficial:

Se um navio estiver com um deslocamento leve, a hélice pode romper a superfície e causar uma diminuição da força no arco superior. Quando o navio tem pouco seguimento, o propulsor frequentemente puxa o ar da superfície quando uma força apreciável é aplicada, e testes tem mostrado que o efeito é o mesmo como se a pá rompesse a superfície. Em ambos os casos é como se a pá estivesse trabalhando em um meio menos denso. E efeito resultante é tender a mover a popa para boreste(BE, starboard) e causando o navio guinar (veer) para a esquerda.

Único que não depende da folowing Wake

11/06/2015

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André Kouzmine 105

PNA – Side Effect

Resumo: AV

Following Wake - >

Inclination Effect- >

Helical Discharge- >

Shallow Submerg.- >

André Kouzmine 106

PNA – Side Effect

Resumindo, um sigle-screw ship (navio de um unico helice) com RHFPP, indo para vante, está sujeito a a uma série de diferentes ações, algumas opostas, e o comportamento real irá depender da magnitude relativa das forças. Entretanto, a maioria dos single-screw ships (navios de um hélice) tem a tendência de guinar para a esquerda (bombordo) quando indo para vante.

11/06/2015

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André Kouzmine 107

PNA – Side Effect

Quando o navio está em repouso e apenas começando a se mover, a popa normalmente vai para boreste (BE). Isto ocorre pois o movimento para vante do casco e a esteira são negligenciáveis.

Apenas o efeito de submersão superficial é independente da esteira.

Getting under way

André Kouzmine 108

PNA – Side Effect

Se observarmos a água nas vizinhanças do propulsor quando o hélice é iniciado rapidamente, vamos notar uma agitação (churning action) como se o ar fosse atraído para o disco do propulsor mesmo se o propulsor estiver bem submerso. Este ar afeta a metade de cima do disco predominantemente, e o efeito é uma força resultante movendo a popa para boreste - BE.

Getting under way

11/06/2015

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André Kouzmine 109

PNA – Side Effect

Getting under way

Following Wake - >

Inclination Effect- >

Helical Discharge- >

Shallow Submerg.- >

André Kouzmine 110

PNA – Side Effect

Backing => Girando o propulsor para ré com o navio

parado, as side forces são as mesmas quando para

vante, mas a direção da força é revertida.

A partir da hélice sozinho, então, a força na popa é

para bombordo.

Ao girar o propulsor para ré, com o navio parado

ou indo para ré, o propulsor age em águas não

perturbadas, então não há following wake effect.

11/06/2015

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André Kouzmine 111

PNA – Side Effect

A descarga do propulsor a ré é

diretamente contra a popa do

navio, e a metade de cima da

descarga espiral tende a

depositar-se a BE da almeida

(counter) enquanto a metade de

baixo do espiral acerta a parte de

baixo da skeg e derrama abaixo

da quilha. O resultado é uma força

tendendo mover a popa para BB.

Backing

André Kouzmine 112

PNA – Side Effect

Como ambos os efeitos tendem a carregar a popa

para bombordo, um navio de um único hélice, com

passo à direita tem uma forte tendência de virar para

bombordo.

(Somente pelos efeitos de helical discharge na

almeida e do shallow submerge effect quando inicia

o deslocamento)

11/06/2015

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André Kouzmine 113

PNA – Side Effect

A corrente de sucção por ser menos concentrada que

a de descarga, tem um efeito muito pequeno sobre o

leme de single-screw ship indo a ré.

Consequentemente, tal navio depende quase

totalmente de uma velocidade para ré para o leme ter

efetividade. Por esta razão, para este tipo de navio, é

necessário um apreciável movimento para ré para a

tendência de ir para bombordo possa ser superada pelo

uso do seu leme.

André Kouzmine 114

PNA – Side Effect

Backing

Following Wake - >

Inclination Effect- >

Helical Discharge- >

Shallow Submerg.- >

11/06/2015

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André Kouzmine 115

PNA – Side Force Single Screw

Ao operar com pouco seguimento ou a ré,

este é claramente o caso, Mas quando

proceder à vante, as forças conflitantes podem

reduzir muito essa força, ou até revertê-la.

Pode haver casos em que um navio de um

único propulsor tem uma tendência para virar

à direita quando à vante.

Em um single-screw ship normal, a força lateral (side force)

age na direção como se as pás tocassem no fundo, e a direção

da força depende apenas do sentido de rotação do propulsor.

André Kouzmine 116

PNA – Side Force Twin Screw

Na instalação de twin-screw normal, as hélices giram em

direções opostas quando para vante ou para ré, e as forças

laterias se cancelam.

11/06/2015

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André Kouzmine 117

PNA – Side Force Twin Screw

Para aumentar a capacidade de manobra dos

navios de hélice duplo, tornou-se convenção para

permitir a força lateral aumentar o momento

resultante a partir dos eixos, deslocá-los a partir da

linha central. Assim, encontramos as hélices girando

de maneira que as pontas das pás se movem para

fora da popa durante a metade superior de sua

viagem quando navegando para vante.

André Kouzmine 118

PNA – Side Force Twin Screw

Para determinar a magnitude da side-force

esperada em twin-screw ship devemos considerar

as características do fluxo na vizinhança do

propulsor, entre eles o movimento para cima da

esteira abaixo da popa e o movimento helicoidal

proveniente da descarga do hélice.

11/06/2015

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André Kouzmine 119

Twin Screw - Following Wake

Following wake effect A ponta da

pá, ao passar próximo do casco,

trabalha em uma following wake de

apenas 15% da velocidade do navio,

e na maior parte do disco não há

apreciável following wake.

Assim, o following wake effect é

considerado reduzido em projetos

com normal twin-screw.

André Kouzmine 120

Twin Screw – Inclination Effect Inclination effect A inclinação do eixo do propulsor em relação a

direção do fluxo é tão assinalado em twin-screw como em single-

screw. Além do movimento para cima da esteira, a inclinação do eixo

é para baixo (downward).

Como o motor está dentro do casco e o eixo tem que passar

através do fundo para alcançar o hélice em qualquer tipo de navio, o

efeito de inclinação está presente em todos os tipos de navios.

11/06/2015

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André Kouzmine 121

Twin Screw – Helical Discharge

Helical discharge effect Se o navio tiver um só leme,

provavelmente não estará na região da helical discharge

current, e este efeito estará ausente neste navio.

André Kouzmine 122

Twin Screw – Helical Discharge

Em um twin-rudder ship, este efeito está presente e é

aumentado muito pela forma do leme. Normal twin-rudder

projetados para navios de guerra usam um spade rudder (mais

fino na base do que no topo

quando visto lateralmente), e

frequentemente o leme

estende-se apenas ligeiramente

abaixo do eixo do propulsor.

Assim, tal leme sente a metade de cima da corrente de descarga muito

mais do que a metade de baixo, e o helical discharge effect é muito grande.

11/06/2015

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André Kouzmine 123

Twin Screw-Shallow Submergence

Shallow submergence effect

Este efeito é menos comum

em projetos de hélice-duplo,

especialmente em navios de

guerra, desde que é menos

usual a ponta do propulsor

romper a superfície.

A agitação (churning) e a sucção de ar estão presentes no

entanto, de modo que este é ainda considerado.

André Kouzmine 124

Twin Screw - Resumo

Uma vez que o único efeito oposto – folowing wake

effect- foi diminuído em projetos de twin-screw, a força

lateral de um right-hand screw turning ahead é

definitivamente para boreste, e a força lateral de um

left-hand screw turning ahead é definitivamente

para bombordo.

A direção das forças obviamente é revertida quando

a direção de rotação é revertida.

11/06/2015

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André Kouzmine 125

Twin Screw - Resumo

Em hélices duplos, então, as side forces são

maiores e são uniformes na direção indicada pela

direção de rotação do propulsor. Quando se movendo

firmemente à vante, a forca para boreste e um

righthand screw não é apreciavelmente reduzida pelo

folowing wake effect, então podemos esperar fortes

side forces presentes embora normalmente

canceladas pela força lateral do propulsor oposto.

André Kouzmine 126

Twin Screw - Resumo

Quando o navio está parado, as side-forces

encontradas pelos propulsores sozinhos são da

mesma magnitude daquelas encontradas em single-

screw ship.

Quando a ré, as side forces de uma instalação de

um twin-screw são geralmente um pouco menor do

que um navio single-screw convencional porque a

estrutura na qual a helical discharge é direcionada é

menos extensa.

11/06/2015

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André Kouzmine 127

Side Force - Resumo

Em todos os tipos de navios convencionais, uma força

lateral é experimentada sempre que as hélices são giradas.

Embora a magnitude da força possa variar com o tipo de

navio, a direção é quase sempre que indicado pelo sentido de

rotação das hélices (como se as lâminas estivessem batendo

contra uma camada mais sólida durante a parte inferior da sua

viagem).

Se considerarmos a origem destas forças,

saberemos qual reação esperar sob um dado

conjunto de condições.

André Kouzmine 128

PNA - Revisão

Sin

gle

Scre

w

• Following Wake

• Inclination Effect

• Helical Discharge

• Shallow Submergence

Tw

in S

cre

w

• Following Wake

• Inclination Effect

• Helical Discharge

• Shallow Submergence

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11/06/2015

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André Kouzmine 129

PNA - Exercício

II) Em um navio com dois eixos propulsores instalados, com propulsores idênticos girando em sentidos opostos para movimentar o navio adiante ou a ré, a força lateral exercida sobre o navio devido à ação dos propulsores é o dobro da força lateral que ocorreria caso o navio fosse dotado com apenas um desses propulsores.

46/2012

André Kouzmine 130

PNA - Resistance and Power

Ao estudarmos as forças que agem em um navio, devemos examinar também a força necessária para conduzí-lo através d’água. Se por um lado um motor relativamente fraco é suficiente para impulsionar um navio grande a velocidades moderadas, uma grande quantidade de força é necessária para deslocar até mesmo pequenos navios a 30 nós ou mais. Há um aumento repentino na resistência quando o navio se aproxima da alta velocidade.

11/06/2015

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André Kouzmine 131

PNA - Resistance and Power

Destroyer com 60.000 Shaft HP => 35 Knots

Cruiser 6x deslocamento do Destroyer atinge a mesma velocidade com apenas o dobro de força.

Battleship 3.7 HP/Ton

Cruiser 6.5 HP/Ton

Destroyer 19 HP/Ton

Aproximadamente mesma

velocidade máxima

André Kouzmine 132

PNA - Resistance and Power

Embora uma grande quantidade de cavalos de força por tonelada garanta uma habilidade para acelerar mais rapidamente à baixa velocidade, não parece haver um acréscimo significante na velocidade máxima. No texto autor cita que a forma dos cascos dos navios de guerra velozes são muito similares e faz duas indagações: Se existe um fator que dependa simplesmente do peso? Por que obtemos melhores resultados com navios maiores?

11/06/2015

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André Kouzmine 133

PNA - Resistance and Power

Toda a resistência dos fluido é resultado de movimento e aumenta como uma potência da velocidade do movimento.

Não existe static friction (atrito estático) no mar. Se aplicarmos uma força no navio, independente de quanto tempo, ele se moverá e continuará a acelerar até que um resistência de equilíbrio seja criada pelo movimento do navio.

André Kouzmine 134

PNA - Resistance and Power

A resistência também depende da forma do casco. É a característica do corpo submerso que determina a magnitude da força de retardamento, por isto um corpo abaixo da água deve ter uma forma hidrodinâmica adequada.

Na realidade, a medida que um corpo hidrodinâmico perfeito se move através da água, nenhuma força é requerida simplesmente para deslocar a água para permitir a passagem do navio.

11/06/2015

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André Kouzmine 135

PNA - Resistance and Power

Em um caso ideal, as pressões na proa e na popa se anulam e nenhuma força é necessária para deslocar o navio através da água.

André Kouzmine 136

PNA - Resistance and Power

Concluindo: Devemos olhar além do simples deslocamento de água para encontrar as forças de resistência ao movimento que consomem a energia do navio.

Muitas destas forças não são prontamente aparentes.

11/06/2015

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André Kouzmine 137

PNA – Frictional Resistance

Com o movimento do navio, as

partículas de água em contato com o

casco se movem junto com o navio,

as particulas seguintes adjacentes a

estas são arrastadas até certo ponto

pelo atrito molecular (molecular

friction), e a camada seguinte é

arrastada por uma extensão menor,

e assim por diante.

André Kouzmine 138

PNA – Frictional Resistance

Estas partículas formam um envelope

de água ao redor do navio que está sendo

mais ou menos transportada com o navio.

A espessura da camada limite

(thickness of the boundary layer) que

está sendo arrastada para vante pelo

movimento do navio varia de poucas

moléculas em espessura na proa até

vários pés próximo da popa.

11/06/2015

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André Kouzmine 139

PNA – Frictional Resistance

O Navio gasta energia para transmitir este movimento à camada limite, e a resistência resultante se tornou conhecida como frictional resistance e é expressa pela seguinte fórmula de acordo com Froude:

Rf = f.S.Vn onde

Resistência friccional = coeficiente de fricção (dinâmico) - relativo ao fluido x total

da superfície molhada do navio x velocidade do navio

elevada a n (indice de acordo com variação do atrito do tipo do material do casco

na água)

André Kouzmine 140

PNA – Frictional Resistance FROUD encontrou que para superfícies ásperas (rough

surfaces), o índice n era 2, e para superfícies sólidas (hard

surfaces) pode cair para até 1.83. Depois de muitos

experimentos FROUDE estabeleceu o Constante de atrito de

FROUD (Froud's Frictional Constants) com o valor de 1,825

para todos os tamanhos de navio. Como experimentos

posteriores encontraram valores um pouco maior é comum

utilizar 1.83 para o valor de n, logo:

Rf = f.S.V1.83

Res friccional = coef de fricção dinâmica x Sup Molhada x Veloc do Navio *1.83

11/06/2015

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André Kouzmine 141

PNA – Frictional Resistance

Resumindo, é suficiente lembrar que a

resistência friccional é proporcional ao total da

superfície molhada e aproximadamente ao

quadrado da velocidade.

Rf = f.S.V1.83

Res friccional = coef de fricção dinâmica x Sup Molhada x Veloc do Navio *1.83

André Kouzmine 142

PNA – Wave Resistance

Uma outra fonte importante de resistência ao movimento

do navio é a resistência de ondas: Ao se mover o navio cria ondas que evidentemente tem

energia transmitida pelo navio.

Se conseguirmos medir o fluxo de

energia do navio na forma de

ondas, podemos avaliar a força

propulsiva gasta para criá-las.

11/06/2015

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André Kouzmine 143

PNA – Wave Resistance

A energia de uma única onda é proporcional a largura (breadth) da onda (sua maior dimensão) e ao quadrado da altura da onda.

A força (energia gasta por unidade de tempo) requerida para criar um trem de ondas é igual a energia por onda multiplicada pela taxa a que estão sendo criadas as ondas.

André Kouzmine 144

PNA – Wave Resistance

As ondas principais que formam a onda de um navio são

criadas na proa e na popa do navio. É como se dois geradores

de ondas estivessem viajando, um atrás do outro, separado

por um comprimento do navio. Estes dois sistemas de ondas

interagem entre si, e esta interação pode aumentar ou diminuir

a magnitude das ondas resultantes.

11/06/2015

26

André Kouzmine 145

PNA – Wave Resistance

E em cada um desses sistemas são criadas ondas

divergentes e tranversais, tanto na proa como na popa.

André Kouzmine 146

PNA – Wave Resistance

As ondas criadas na popa

podem reforçar ou cancelar as

ondas criadas na proa. Se uma

das cristas da onda da proa

coincidir com a primeira crista do

sistema de ondas da popa, um

reforço ocorrerá, as ondas de

esteira resultante são maiores, e

a wave resistance (Rw) é

aumentada.

11/06/2015

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André Kouzmine 147

PNA – Wave Resistance

Se a crista do sistema de ondas

da proa cair no primeiro cavado

do sistema da popa, um

cancelamento ocorrerá, as

ondas de esteira resultante

serão menores, e a Rw (wave

resistance) irá diminuir.

André Kouzmine 148

PNA – Wave Resistance

Observando as ondas que

formam a esteira do navio,

notaremos que o sistema da

proa começa com uma crista

que fica logo a ré da roda de

proa (stem). O sistema de popa

começa, por outro lado, com um

cavado na vizinhança dos

propulsores seguido por uma

crista um pouco a ré da popa.

11/06/2015

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André Kouzmine 149

PNA – Wave Resistance As ondas afetadas pelo reforço ou cancelamento são as transverse

cujas cristas são perpendiculares ao caminho do navio. Estas ondas

viajam inicialmente na velocidade do navio. Vo = Vn

A fórmula para o comprimento (distância entre cristas)de uma onda no mar

em água profunda é:

I = .557V2 onde: I= comprimento da onda em pés.

V=velocidade da onda em nós.

Assim, quando a veloc da onda (que é a mesma do navio para tranverse

waves) dobra, o comprimento entre cristas quadruplica!

André Kouzmine 150

PNA – Wave Resistance

Considerando a localização das primeiras cristas, podemos

considerar que estão separadas aproximadamente por um

comprimento do navio (L). Se vamos ter um reforço ou

cancelamento irá depender da razão de comprimento entre

cristas (I) e do comprimento do navio (L), ou I/L. Se o

comprimento das ondas de esteira criadas na proa é igual ao

comprimento do navio, ou é uma fração par deste

comprimento, iremos presenciar um reforço e o consequente

aumento da resistência.

11/06/2015

29

André Kouzmine 151

PNA – Wave Resistance E para comparar o comprimento das ondas de esteira com o comprimento do navio

(para sabermos se haverá um reforço ou cancelamento), podemos estabelecer a

razão como:

I/L=.557 V2/L que varia como a razão: V2 / L

Como é usual representar graficamente

resistência em função da velocidade , a

raiz quadrada desta razão: V/Raiz de L

Onde: V= velocidade do navio em nós

L= comprimento do navio em pés

é usada em se tratando de resistência de

onda.

André Kouzmine 152

PNA – Wave Resistance

Esta razão V/raiz de L é conhecida como speed-lenght ratio e é muito importante

na consideração da resistência e força do navio. Com esta fórmula podemos

verificar como se comporta a resistencia variando a velocidade e/ou comprimento

do navio.

E os altos e baixos no grafico mostram os

reforços e cancelamentos pois a medida que

a velocidade aumenta o comprimento das

ondas também aumentam e elas iram se

reforcar ou cancelar a medida que seu

comprimento de altera com a mudança da

velocidade.

11/06/2015

30

André Kouzmine 153

PNA – Wave Resistance Na realidade, o comprimento do wave-making (distância

entre a primeira crista da proa e a primeira da popa) não é

exatamente igual ao comprimento do navio, então em regiões

de máxima Rw (wave resistance)(quando há um reforço) não

se enquadram exatamente onde V2/L é igual a 1.0 ou múltiplos

do mesmo. O comprimento do wave making é normalmente

ligeiramente maior que o comprimento do navio L e irá variar

com a forma do casco.

Entretanto, a diferença não é grande e a speed-lenght ratio é

uma chave muito útil no estudo da resistência encontrada pelo

navio.

André Kouzmine 154

PNA – Wave Resistance

A quantidade de energia consumida na criação de

ondas não é facilmente calculada. Se tentarmos

encontrar uma simples fórmula no formato por

exemplo Rw=aVn , veremos n vai variar de 1.5 a 11

para diferentes partes da faixa de velocidade. Por

causa dos reforços e cancelamentos qualquer

formula que expresse um aumento suave na

resistência enquanto a velocidade aumenta está

longe da correta representação da situação.

11/06/2015

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André Kouzmine 155

Havelock representou um navio

através de duas duas perturbações

(representando proa e popa e seus

respectivos sistemas de ondas), e no

seu estudo indicou que a Rw seria sob

a forma indicada no gráfico.

E os distintos cumes e depressões

na curva de resistência ocorrem na

medida que os reforços e

cancelamentos entre os sistemas da

proa e popa ocorrem.

PNA – Wave Resistance

André Kouzmine 156

PNA – Wave Resistance

Outro observação interessante

é que há diminuição geral na

resistência a velocidades muito

altas (speed-lenght ratio maior

que 2). Isto ocorre porque,

“quando perturbação se desloca

rápido o suficiente, a água não tem

tempo para responder e não é

perturbada tanto quanto a uma

velocidade baixa.”

11/06/2015

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André Kouzmine 157

PNA – Wave Resistance

Na realidade, outros teste mostraram que a velocidades muito altas, o navio monta sobre sua onda de proa e uma redução na wave resistance é experimentada.

Ou seja não ocorrem mais os humps e hollows como podemos ver no gráfico.

André Kouzmine 158

PNA- Eddy Resistance

Na medida que o fluxo de água passa pelo casco, ao

encontrar mudanças abruptas na superfície (como uma popa

quadrada, ou uma abertura ), separation e turbulation podem

ocorrer.

11/06/2015

33

André Kouzmine 159

PNA- Eddy Resistance

Esta área fica atrás destas estruturas ou aberturas do navio

e é caracterizada por uma baixa pressão em relação as áreas

ao redor. Como resultado uma drag force é exercida no navio

devido aos eddies. Mesmo em um navio bem projetado e com

poucas destas áreas, a Eddy resistance causada por quinas

bruscas e projeções deve ser considerada.

André Kouzmine 160

PNA- Eddy Resistance

A Eddy resistance (toda resistência causada por separation and turbulance ao redor das terminações e aberturas do casco) varia de acordo com:

• a área frontal (seção reta) que causa a resistência

• e com o quadrado da velocidade do fluxo de água.

Assim mesmo pequenas causas de edding podem se tornar importantes em altas velocidades.

11/06/2015

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André Kouzmine 161

PNA- Appendage Resistance

As dicussões anteriores consideravam o casco sem seus

apêndices. Todas a projeções (struts, bilge keels, ruder, etc)

dependendo de sua natureza e projeto, podem contribuir para

uma ou mais das resistências apresentadas.

Em geral os apêndices de um navio bem projetados estão

bem abaixo da superfície e contribuem pouco para a wave-

making resistance. São também bem hidrodinâmicos para

minimizar a Eddy resistance, então sua principal fonte de

resistência é a friccional.

André Kouzmine 162

PNA- Appendage Resistance

Então podemos considerar a appendage

Resistance como proporcional a área da superfície e

molhada do apêndice e ao quadrado da velocidade

do fluxo de água.

11/06/2015

35

André Kouzmine 163

PNA - Air and Wind Resistance

Embora existam dados deste tipo de resistência

sobre placas planas em diversos ângulos de

inclinação com o fluxo de ar, não existe uma

fórmula para calcular esta resistência para

estruturas complexas e variadas de diversos

tamanhos de navios, mesmo os mais pequenos.

As superestruturas e forma de casco de navios

variam muito.

André Kouzmine 164

PNA - Air and Wind Resistance

Experimentos com um certo número navios

mostram, entretanto, que a resistência do ar varia

numa faixa de 1,5 a 3 % do total da resistência

água do navio a máxima velocidade.

Isto leva a conclusão que a Air Resistance (ar

simples, parado) é somente um pequeno fator em

comparação a resistência da água e, na maioria dos

casos, pode ser negligenciada.

11/06/2015

36

André Kouzmine 165

PNA - Air and Wind Resistance

Por outro lado, a resistencia do vento não pode ser

despreza.

Um navio a 10 nós, com vento de 20 nós,ou seja

30 nós relativo, pode estar gastando tanto quanto

20% de sua energia para superar a resistência do

vento.

André Kouzmine 166

PNA - Air and Wind Resistance Outro fator a ser considerado é que a máxima resistência ao movimento

avante ocorre com o vento por uma das bochechas ao invés de diretamente à

frente (dead ahead). Logo a direção do vento pode ter um efeito determinante na

resistência.

11/06/2015

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André Kouzmine 167

PNA - Air and Wind Resistance

O último fator na consideração do vento é que um vento com componente de través normalmente necessita do uso do leme para manter o navio no seu rumo , e mesmo um pequeno ângulo de leme aumenta o arrasto (drag) do navio preciavelmente.

André Kouzmine 168

PNA - Squat

Na medida em que o navio aumenta sua velocidade ele

afunda seu corpo na água e, a uma velocidade crítica,

speed-length de aproximadamente 1.2, a proa começa a

levantar e a popa a afundar, como se ele estivesse

agachando (Squats).

Isto ocorre da seguinte maneira: Assim que a primeira crista

do sistema de ondas da proa se move para a ré da proa

com o aumento de velocidade, a proa começa a boiar

sobre sua própria onda e então a proa se levanta.

11/06/2015

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André Kouzmine 169

PNA - Squat

Na popa, com a interação entre os dois sistemas de

ondas, veremos que a popa irá afundar no cavado (hollow)

criado quando o primeiro cavado do sistema da proa

coincidir com e aumentar o cavado do sistema da popa

próximo ao hélice.

Conclusão: A medida que o navio squats (agacha) ele

aumenta abruptamente sua resistência.

André Kouzmine 170

PNA – Shallow Water Effect

Outro aumento na resistência ocorre quando o navio entra em águas rasas pois a característica da onda produzida pelo navio muda em relação a águas profundas.

A onda criada a uma dada velocidade em águas rasas tem um maior comprimento de onda do que a onda criada na mesma velocidade em águas profundas.

11/06/2015

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André Kouzmine 171

PNA – Shallow Water Effect

Consequentemente o reforço (entre sistema da proa e popa) e um severo squat ocorrem em uma menor velocidade em águas rasas do que em águas profundas. Assim, em águas rasas a resistência do navio aumenta mais rapidamente com o aumento da velocidade.

André Kouzmine 172

PNA – Shallow Water Effect

Devido ao severo reforço que ocorre a baixa velocidade em águas rasas , é possível para certos navios de altíssima velocidade alcançar uma maior velocidade máxima em águas rasas do que em águas profundas. Isto é possível pois eles estão operando além do pico da curva de wave resistance. Isto é possível pois devido a um maior comprimento de onda em águas rasas, toda a curva se desloca para a esquerda,(tudo ocorre antes) logo a wave resistance na velocidade que eles estão operando na realidade descresce (isto em velocidades muito altas).

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40

André Kouzmine 173

PNA – Total Resistance

A combinação de todas as

resistências em conjunto estão

representadas na figura.

Embora as curvas em particular

apresentadas não mostrem os altos e

cavados característicos da wave

resistance em águas profundas, esta

característica é bem marcante na

curva de águas rasas (linhas

pontilhadas)

André Kouzmine 174

PNA – Total Resistance

Vemos que se um navio, em

uma escala maior que o modelo,

tiver força para superar o

equivalente a 60 libs de

resistência para o modelo, ele

poderá desenvolver uma maior

velocidade (que é operar a uma

maior speed-length ratio) nesta

força em águas rasas do que em

águas profundas.

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André Kouzmine 175

PNA – Rough Water Effects

Além das várias fontes de resistência que um navio

pode encontrar em águas calmas, existe um

resistência adicional se a superfície da água não

estiver lisa.

André Kouzmine 176

PNA – Rough Water Effects

A medida que um navio

encontra mares pela frente, o seu

trim está constantemente mudando

e ele se choca com as ondas que

se aproximam pela proa.

Outro efeito é o balanço em

resposta às ondas que altera a

forma da porção submersa do

casco constantemente. Estes

efeitos causam um aumento na

resistência ao seu movimento para

vante.

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André Kouzmine 177

PNA – Rough Water Effects

O pitching (caturro) do navio é o mais severo dissuador da velocidade

causado por águas agitadas. Ele aumenta todas as formas normais de

resistência e, adicionalmente, pode causar perda de eficiência propulsiva a

medida que a hélice dispara próxima a superfície.

O balanço(rolling), apesar de causar aumento na resistência, é muito

menos prejudicial do que se possa pensar.

É difícil determinar experimentalmente o aumento da resistência causado

somente pelo balanço, mas alguns experimentos indicam que em

inclinações de até 20º causam um aumento na resistência de pequena

porcentagem.

Mares agitados, entretanto, tem um efeito marcante na resistência do

navio e na força necessária para conduzi-lo.

André Kouzmine 178

PNA – The Cube Role

Existe uma regra antiga usada há muito tempo por

marinheiros diz que “a força necessária e o combustível

consumido cresce com do cubo da velocidade” para certas

faixas de velocidades. Porém a regra não é verdadeira para

todas as faixas, especialmente quando a wave resistance se

torna um fator importante.

A força necessária para qualquer velocidade é igual ao total

da resistência multiplicada pela velocidade (force x velocity =

power), e para a regra ser correta, a resistência deveria variar

com V2, o que também não é verdade para todos os casos.

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André Kouzmine 179

PNA – The Cube Role

A resistência do navio é a soma de todas os fatores

anteriormente mencionados, é não é suscetível a uma

simples análise. Entretanto, a resistência encontrada, a

força necessária, e o combustível consumido, aumentarem

drasticamente com o aumento da velocidade.

Quando a velocidade é aumentada até o squatting ser

atingido, a resistência aumenta ainda mais rapidamente, e

a eficiência mecânica do navio é severamente reduzida.

André Kouzmine 180

PNA – The Cube Role

O comprimento do navio é um fator muito importante na

determinação da resistência, e a razão speed-lenght (V/raiz de

L) é um excelente índice na consideração da resistência. Dois

navio similares operando na mesma razão speed-lenght irão

necessitar de força na razão do quadrado de seu comprimento.

Finalmente quanto maior a razão speed-lenght,

especialmente além da velocidade crítica ( V/raiz de L maior

1.2), maior a proporção de força total que é gasta inutilmente

na criação de ondas.

11/06/2015

44

André Kouzmine 181

PNA – The Cube Role

O desperdício de força na criação de ondas de superfície leva

a uma conclusão interessante : um submarino, a uma

profundidade suficiente para estar livre dos efeitos da superfície,

pode atingir uma maior velocidade para uma dada força que um

navio equivalente na superfície com a mesma força.

Um submarino profundamente submerso encontra resistência

que é proporcional ao quadrado de sua velocidade, mas um

navio de superfície encontra uma resistência muito maior para a

mesma velocidade.

André Kouzmine 182

PNA – The Cube Role

É por causa do desperdício de força na criação de ondas de

esteira que inventores estão constantemente pesquisando

formas de fazer um navio a “planar” (plane) a altas velocidades

e assim ser capaz de escapar desta principal fonte de arrasto

sobre um casco conventional.

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André Kouzmine 183

PNA - Wind

A força que o vento exerce

sobre o navio além de estar fora

de nosso controle é bastante

instável.

Embora o vento seja frequentemente um perigo

para o navegador, se soubermos utilizar a força do vento a

nosso favor podemos realizar manobras que seriam

impossíveis através o uso de máquinas e lemes sozinhos.

André Kouzmine 184

PNA - Wind

O vento normalmente age para levar o navio na direção do

vento e a força que ele exerce é proporcional ao quadrado da

velocidade do vento, à área da seção reta (tranversal) que se

apresenta normal ao fluxo de ar, e a forma da superestrutura.

Se dobrarmos a velocidade do vento relativo, nós

quadriplicamos a força dele sobre o navio.

Se guinarmos o navio de modo que uma maior seção-

tranversal se apresente normal ao vento (passe a vir pelo

través, por exemplo), a força resultante é aumentada.

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André Kouzmine 185

PNA - Wind

Se a superestrutura do navio

é irregular e apresenta muitas

superfícies planas para o vento,

a força do vento será maior que

uma superestrutura de forma

suave e aerodinâmica.

André Kouzmine 186

PNA - Wind

Se um navio tem borda livre alta e é

de pequeno calado, a força do vento será

grande (Ro-Ro), a resistência da água

ao movimento será pequena, e o navio

irá responder muito rapidamente ao

vento.

Se o navio for de grande calado, e

apresentar um pequeno corpo

aerodinâmico ao vento, o efeito do vento

será mínimo. (bulk)

11/06/2015

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André Kouzmine 187

PNA - Wind

Isto também se aplica as seções do navio. Se a proa é alta,

a popa baixa, e o navio estiver com trim pela popa, o vento irá

tender a levar a proa na direção do vento. Normalmente, um

navio pouco carregado ou em lastro é mais sensível ao vento

que um bem carregado.

André Kouzmine 188

PNA - Wind

Vento de través – Propulsores

e lemes nos dão meios para

aplicar força na popa somente

logo devemos mover a popa

na direção do vento mais

rápido do que o vento estiver

movendo a proa na direção do

vento.

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André Kouzmine 189

PNA - Wind

Se a proa apresentar uma área

“vélica” muito maior que a popa,

a força necessária na popa

pode ser bem maior.

Como que as forças laterias disponíveis das máquinas

sozinhas são relativamente pequenas, é frequentemente

necessário ganhar um considerável seguimento a vante antes

que a força adicional do leme seja suficiente para superar o

vento.

André Kouzmine 190

PNA - Current

A última força a ser considerada é a da corrente.

A resistência do corpo do navio submerso ao

fluxo de água é muito similar a resistência da

superestrutura ao vento; entretanto, a força

resultante é muito maior para uma dada velocidade

porque a densidade do meio é muito maior.

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André Kouzmine 191

PNA - Current A hidrodinâmica do casco é mais importante, e a velocidade

máxima de um dado navio é aquela velocidade na qual a resistência

total do casco exatamente equilibra a força máxima que pode ser

entregue pelos propulsores.

André Kouzmine 192

PNA - Current

A resistência de um corpo submerso ao fluxo da corrente é proporcional ao quadrado da velocidade da corrente e à área da seção transversal (cross-section) apresentada ao fluxo, e é inversamente dependente da hidrodinâmica do corpo com respeito a direção do fluxo.

Obviamente a resistência do casco para uma dada corrente de proa será muito menor que a resistência da mesma corrente pelo través.

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André Kouzmine 193

PNA - Current

Como a corrente é por definição o movimento da água, o navio é normalmente transportado junto com este movimento. Se conduzirmos nosso navio como se não houvesse corrente e objetos estacionários estivessem se movendo na velocidade da corrente mas na direção oposta, nós teríamos pouco problema para prever o comportamento do navio. Mas corrente não é estável na vizinhança de objetos estacionários.

André Kouzmine 194

PNA - Current Na realidade, é impossível ter uma corrente relativa ao navio que não seja de vante ou a ré exceto pela aplicação de forças externas ao navio. Se o navio estiver com uma corrente pelo través ele será carregado de lado e não sofrerá resistência, mas como temos que corrigir o rumo com o uso leme isto causará uma arrasto como visto anteriormente.

Então se o fluxo de corrente relativa ao navio não for paralela ao eixo da quilha, deve haver alguma força de restrição como espias ou aparelhos de fundear.

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André Kouzmine 195

PNA - Current

Resumindo o Navegador deve sempre considerar a corrente ao manobrar seu navio próximo a objetos estacionários. Ele deve adicionar o vetor de corrente ao vetor de movimento do navio através da água para determinar seu movimento verdadeiro relativo ao fundo.

Se um navio muda velocidade através da água ele deve se lembrar que a velocidade da corrente permanece geralmente constante, e ele deve compensá-la.

André Kouzmine 196

PNA - Current

Finalmente, à medida que conduzimos um navio de lado para a corrente (corrente de través), ele deve esperar ser arrastado com a corrente a menos que ele use meios externos para conter o navio, e neste caso as forças necessárias serão relativamente grandes.

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André Kouzmine 197

PNA - Current

Carta corrente de maré 3

horas depois da preamar.

navio entrando na baia com

10 nós.

André Kouzmine 198

PNA – Revisão

Re

sis

tên

cia

s

• Frictional

• Wave

• Eddy

• Appendage

• Air/Wind

• Total

Outr

os E

feito

s

• Squat

• Shallow Water

• Cube Role

• Wind

• Current

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André Kouzmine 199

PNA - Exercício

IV) Se um navio movimenta-se com a velocidade de 15 nós e tem uma esteira (“following wake”) de 3 (três) nós na vizinhança do propulsor, então a velocidade de avanço do propulsor será de 18 nós.

André Kouzmine 200

Exercícios

Exercícios de NSH

Prova 2006 – Questão 54

Prova 2008 – Questões 6 e 43

Prova 2011 – Questões 7 e 16

Prova 2012 – Questões 46, 47, 48 e 49