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Programa Nacional do Ensino do Português PNEP Helena Oliveira Setembro 2008

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• Apresentação

Educar é o mesmoque pôr um motor num barco…há que medir , pesar, equilibrar…… e pôr tudo em marcha. Mas para isso,tem-se que levar na alma um pouco de marinheiro…um pouco de pirata…um pouco de poeta…e um quilo e meio de paciência concentrada.

Mas é consolador sonhar,enquanto se trabalha,que esse barco, essa criança,irá muito longe pela água.sonhar que esse naviolevará a nossa carga de palavraspara portos distantespara ilhas longínquas. Sonhar que, quando um diaestiver dormindo o nosso próprio barco,em barcos novos continuará desfraldadaa nossa bandeira.

G. Celayain Parábolas como setas, de Manuel Sanchez Monge

   

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E d u c a r 

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OCDE                                      19.1%União Europeia                      19.8% Portugal                                  22%

Quadro 1- Maus leitores (desempenhos abaixo do nível 1, numa escala de -1 a 5 )Fonte: PISA 2003   

Como surge o PNEP?A necessidade de melhorar o ensino do Português na educação básica está solidamente fundamentada com os resultados obtidos em estudos nacionais de todos os projectos internacionais em que Portugal participou; nas provas nacionais de aferição (2000 a 2005) e nos exames nacionais do 9º ano (2005).

Impõe-se a necessidade da tomada de medidas urgentes que melhorem os desempenhos dos alunos em competências referentes ao domínio da língua materna

Assinalam-se os objectivos referenciais (benchmarks) estabelecidos para a União Europeia, na Cimeira de Estocolmo de 2001, que apontam para a urgência do decréscimo de maus leitores de 15 anos para valores de 15.5% em 2010

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Objectivos do PNEP (Filme)

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O Programa Nacional de Ensino do Português no 1.º Ciclo, pretende contribuir para a alteração das condições de ensino da língua portuguesa, nomeadamente no que respeita ao período crucial em que o aluno é formalmente ensinado a ler e a exprimir-se através da língua escrita. Por conseguinte, contemplará, de forma privilegiada, as aprendizagens que suportam a descoberta e a aprendizagem da descodificação da língua escrita (último ano da educação de infância e primeiros anos de escolaridade) e o uso da língua escrita para aprender e estudar (3.º e 4.º anos de escolaridade).

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Princípios, estrutura e objectivos O Programa contempla uma vertente de formação em rede regida por três grandes princípios:

A formação dos professores é:

centrada na escola ou no agrupamento de escolas;

visa a utilização de metodologias sistemáticas e de estratégias explícitas de ensino da língua na sala de aula;

é regulada por processos de avaliação das aprendizagens dos alunos ao nível individual, da classe e da escola.

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Desenvolvimento do Programa 

1.A unidade base da formação é a escola ou agrupamento de escolas que será acompanhada por um formador residente oriundo dos seus quadros, com funções específicas de dinamização e acompanhamento da formação.

2.A adesão da escola ao projecto de formação implica a ligação da escola à RCTS (a rede de investigação e ensino nacional) para recepção de materiais pedagógicos, de informação orientadora e de comunicação síncrona (on line).

3. Os formadores residentes integram o núcleo de formação da ESE/Universidade da região, os quais, através do coordenador designado pela instituição de formação, se articulam com a Comissão Nacional de Coordenação e Acompanhamento do Projecto.

4. A Comissão Nacional de Coordenação e Acompanhamento é responsável pela concepção e acompanhamento nacional do Programa e, definirá os conteúdos a serem trabalhados, produzirá textos formativos, seleccionará artigos e obras publicadas com vista à formação dos docentes, e desenvolverá propostas de actividades, de materiais didácticos e de avaliação, os quais serão disponibilizados a nível nacional através de uma plataforma informática.

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Objectivos específicos do Programa e compromissos inerentes 

Melhorar os níveis de compreensão de leitura e de expressão oral e escrita em todas as escolas do 1.º ciclo, num período entre 4 a 8 anos, através da modificação das práticas docentes do ensino da língua

1. Objectivos nacionais

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Objectivos e compromissos para cada escola ou agrupamento participante

1. Assumir o propósito de querer melhorar o nível da escola no desempenho da leitura e expressão escrita dos alunos;

2. Aceitar a existência da figura de um formador residente para dinamizar e acompanhar a formação interna no domínio do ensino da língua;

3. Criar as condições essenciais à dinâmica de formação em contexto no domínio do ensino da língua;

4. Em colaboração com a Comissão Nacional e com os Coordenadores dos Núcleos de Formação, estabelecer metas e formas de avaliação de progresso dos níveis de desempenho da língua escrita dos alunos da escola/do agrupamento participante;

5. Disponibilizar os meios de acesso à informação on line para os docentes em formação e para os alunos;

6. Envolver encarregados de educação, autarcas e outros recursos da comunidade.

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Objectivos e compromissos do professor da turma

1. Assumir que todas as crianças podem aprender a ler e a escrever;

2. Criar a rotina de um tempo de leitura diária recreativa em voz alta pelo professor;

3. Tornar a aprendizagem da língua escrita um desafio interessante para si próprio e para as crianças;

4. Desenvolver um ensino sistematizado da língua escrita, nomeadamente através de actividades e materiais disponibilizados on line e em papel pela equipa coordenadora do Programa;

5. Desenvolver actividades de ensino sistematizado em que esteja explícita uma profunda relação entre o desenvolvimento da oralidade e as competências de leitura e de expressão escrita;

6. Desenvolver um processo de monitorização das aprendizagens das crianças, através da avaliação individual e colectiva da turma;

7. Contribuir com a sua experiência e conhecimento para o enriquecimento formativo de toda a equipa de docentes da escola;

8. Frequentar as sessões presenciais de formação organizadas para a escola

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Objectivos e compromissos das escolas de formação (instituições de ensino superior)

1. Desenhar um programa de acção e o respectivo calendário para 4/5 anos;

2. Avaliar periodicamente a formação desenvolvida no âmbito do programa;

3. Produzir relatórios periódicos sobre o desenvolvimento do programa;

4. Promover a formação interna da equipa de formadores;

5. Dinamizar a ligação entre escolas e agrupamentos de escolas participantes no Programa;

7.Desenvolver materiais úteis à formação;

8.Desenvolver materiais pedagógicos e de avaliação da aprendizagem da língua no 1.º ciclo do ensino Básico e partilhá-los entre consultores e escolas;

9.Promover a articulação entre o Programa e a formação inicial de professores do 1.º ciclo e de educadores de infância;

10.Promover a articulação entre o Programa e a formação inicial de professores do 1.º ciclo e de professores do 2.º ciclo;

11. Desenvolver investigação no domínio do ensino e da aprendizagem da língua no 1.º ciclo do ensino Básico.

6. Organizar e dinamizar encontros regionais sobre temas e actividades de interesse para a formação de professores;

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Objectivos e compromissos do formador residente

1. Integrar o núcleo de formação da ESE/Universidade e participar na formação desenhada para o núcleo;

2. Responsabilizar-se pelo acompanhamento da formação nas escolas que lhe forem atribuídas;

3. Dinamizar sessões regulares de formação com todos os docentes da escola sobre temáticas acordadas no núcleo de formação;

4. Realizar o acompanhamento individual aos docentes e, de acordo com o plano de formação, participar directamente nas actividades dentro da sala de aula;

5. Devolver à coordenação do núcleo da ESE/Universidade informação sobre a implementação da formação da(s) escola(s) que apoia;

6. Dinamizar e participar em actividades formativas na(s) escola(s) que apoia.

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Objectivos e compromissos da equipa de coordenação nacional

1. Conceber e acompanhar o Programa de formação;

2.Definir os conteúdos e as metodologias para operacionalização da formação;

3. Promover a articulação com todas as escolas de formação envolvidas no Programa;

4.Acompanhar nacionalmente a implementação das medidas, ajustando-as aos resultados;

5.Construir e divulgar brochuras, em suporte de papel e on line, que funcionem como organizadores da formação e da actividade do ensino da língua no 1.º ciclo;

6.Divulgar bibliografia útil para a formação de professores deste nível de ensino;

7.Definir critérios nacionais para a selecção dos formadores residentes;

8.Disponibilizar meios de formação para os formadores residentes;

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Domínios da formação: Conhecimento da língua: a consciência fonológica

Conhecimento da língua: a consciência linguística

Ensino da leitura: a compreensão de textos

Ensino da escrita: a dimensão textual

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Planificação Anual das Oficinas Temáticas(4ª feiras das 16h às 18h 30m)

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• Avaliação

1- Regime de Assiduidade

De acordo com o nº2 do artº13 do RJFC é obrigatória a presença em dois terços do número de

horas de duração da acção.

2- Avaliação Quantitativa

A escala a utilizar será de 1 a 10, considerando-se classificação positiva a partir de 5.

3- Avaliação Qualitativa

A classificação será de acordo com o nº2 do artº 46 do ECD:

Excelente – de 9 a 10 valores.

Muito bom – de 8 a 8,9 valores.

Bom – de 6,5 a 7,9 valores.

Regular – de 5 a 6,4 valores.

Insuficiente – de 1 a 4,9 valores4- Instrumento de avaliação – Portefólio

Nos Certificados de Formação será mencionada a acreditação atribuída, a avaliação qualitativa

e quantitativa, bem como, a respectiva escala.

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• Jogo “Quebra-gelo”• Jogo “Quebra-gelo”

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Terra Humana

É inútil desistir.Por detrás das muralhas da

vontadeMora o desejo, a força que as

derruba.Deixa que nasça, que avolume e

subaEsta maré de seiva e de ternura!A grandeza do homem, criatura

Que cresce enquanto ama e pode amar,

É saber Que só depois do gosto de pecarLhe vem o gosto de se arrepender.

Miguel Torgain Torga, Miguel, Diário VII, Coimbra, Coimbra Editora

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