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ESTADO DE GOIÁS
POLÍCIA MILITAR COMANDO DA ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR
POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
2017
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO 03
2. DEFINIÇÃO DE POLICIAMENTO COMUNITÁRIO 04 2.1 – Elementos de Definição 04
3. CONCEITOS BÁSICOS 05
4. OS DEZ PRINCÍPIOS DA POLÍCIA COMUNITÁRIA 06
5. O QUE NÃO É POLICIAMENTO COMUNITÁRIO 07
6. PRINCÍPIOS DO POLICIAMENTO COMUNITÁRIO 09 7. POLÍCIA COMUNITÁRIA COMPARADA – INTERNACIONAL 09
7.1 – Estados Unidos da América 09
7.2 – Canadá 10 7.3 – Japão 11 7.4 – Polícia de Proximidade – Espanha (modelo europeu) 12
7.5 – Argentina 12 7.6 – Colômbia 13
8. POLÍCIA TRADICIONAL E POLÍCIA COMUNITÁRIA 14
8.1 – Diferenças entre Polícia Tradicional e Polícia Comunitária 14 8.2 – Objetivos da Polícia Comunitária 15
8.3 – Experiências acumuladas pelo mundo policial 16 8.4 – A Importância do policiamento à pé no policiamento comunitário 17
9. OS SEIS GRANDES GRUPOS DA POLÍCIA COMUNITÁRIA 18
10. PERFIL DO POLICIAL COMUNITÁRIO 18
11. NATUREZAS CLASSIFICADAS COMO PROATIVAS 19 11.1 – Visita Comunitária 19 11.2 – Visita Solidária 22
11.3 – Monitoramento 24 11.4 – Mensuração 25
11.5 – Reunião Mensal 26 12. ROTINA DOS POLICIAIS MILITARES DO QUADRANTE 28
13. POP 210 (POLICIAMENTO COMUNITÁRIO). 29
14. POP 213 (POLICIAMENTO RURAL). 40
15. BIBLIOGRAFIA 45
16. ANEXO 1: Modelo de Ata do POP 210.04 46
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1. INTRODUÇÃO
Cada vez mais o tema Polícia Comunitária torna-se mais discutido entre as
Polícias Militares do Brasil. O Governo Federal, desde o ano de 2002, investe valores suntuosos em projetos e cursos que atendem à filosofia de Polícia Comunitária.
O Estado de Goiás é um dos pioneiros em adotar a filosofia nos seus diversos cursos de formação, atualização e de aperfeiçoamento. Alguns projetos foram experimentados, com destaque ao policiamento implementado no 9º BPM, após a
criação do 14º CIOPS, cujo projeto teve méritos reconhecidos nacionalmente, sendo, inclusive, alcançado a primeira colocação no Concurso Motorola de Projeto de Polícia
Comunitária, no ano de 2005. Por outro lado, sob a mesma filosofia, muitos policiais avocam o pioneirismo da
implantação do policiamento comunitário nas regiões onde laboram. Todos, de forma
independente, sem mensuração, sem qualquer registro buscaram inovar na tentativa de prestar melhor serviço à comunidade, quando às vezes nem tinham conhecimento
dessa nova filosofia de policiamento. Mesmo assim, todos tiveram seus méritos e relevância para a Polícia Militar e para a comunidade local.
Hoje, a Polícia Militar de Goiás, também de forma inovadora, implanta o
Policiamento Comunitário em todo Estado, procurando atingir todos os municípios com uma única política comunitária.
O modelo goiano de policiamento comunitário se funda em uma desconcentração da autoridade policial, distribuída à menor fração de tropa, que é a guarnição de radiopatrulha, fixando o policial a uma base geográfica, denominada
Quadrante. Esse processo de setorização atende aos princípios do policiamento comunitário.
O modelo ainda tem por finalidade resgatar a atividade constitucional da Polícia Militar que é a preservação da Ordem Pública, através da prevenção dos delitos, promovendo ações proativas sobrecarregadas de técnicas policiais que vinculam cada
ação aos procedimentos policiais já adotados pela Corporação. Cada atividade foi desenvolvida por técnicos altamente capacitados e com boa
experiência e, após definidas, as ações transformaram-se em procedimentos operacionais que deverão ser executados padronizados por todos policiais militares goianos, sempre buscando a qualidade dos serviços prestados.
Por outro lado, o policiamento comunitário começa a ser mensurado para que seus resultados possam ser avaliados com melhor precisão. Sabe-se que os resultados
apresentados pelo policiamento tradicional medem a reação ao crime, sem condições reais para a prevenção. Portanto, valorizam-se as prisões e apreensões, enquanto os
índices de crimes vão crescendo assustadoramente. O maior desafio encontrado foi apresentar formas de mensuração da prevenção, vez que a segurança é muito mais sentida do que a sua realidade. Aliás, a prestação de serviços, em geral, é de difícil
mensuração por vários fatores, principalmente quando o produto em questão é a inexistência de fatos. Daí, a vinculação dos resultados (ou ausência) aos meios
empregados torna-se imprescindível para a continuidade e melhoria das táticas empregadas.
Para melhor mensurar, o modelo goiano inclui no Sistema Operacional de
Informações da Polícia Militar ferramentas que possibilitem registrar, medir e avaliar a eficiência do policiamento comunitário.
Este manual contempla o policiamento adotado pela Polícia Militar do Estado de Goiás, que se apresenta capitulado em filosofia e procedimentos aplicados. Cada ação tem seu vínculo nos princípios do policiamento comunitário, bem como tem por
objetivo comum à mesma filosofia.
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2. DEFINIÇÃO DE POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
Definir policiamento comunitário em rápidas palavras é um desafio. Explicar
como o fenômeno vem sendo experimentado por vários países, principalmente a partir de quando surgiu a Administração Gerencial, enquanto as práticas tradicionais
são seculares. Implantar as mudanças requeridas pelo policiamento comunitário exige uma ruptura com o paradigma existente e a reformulação de conceitos que nem sempre
foram plenamente aceitos pelos policiais militares, vez que tiveram sua formação profissional voltada aos métodos repressivos e distanciada do cidadão.
A definição de policiamento comunitário, embora não sendo uma tarefa fácil, teve uma aceitação ampla e a convergência ao conceito apresentado por Trojanowicz e Bocqueroux (1994, p. 6):
O policiamento comunitário é uma filosofia de policiamento
personalizado de serviço completo, onde o mesmo policial patrulha e trabalha na mesma área numa base permanente, a partir de um local descentralizado, trabalhando numa parceria
preventiva com o cidadão para identificar e resolver os problemas.
O conceito de policiamento comunitário apresentado acima possui uma aceitação universal e consagra as expectativas brasileiras na determinação das
diversas experiências o que exime de qualquer desprezo.
2.1 – Elementos de Definição Estes elementos de definição podem ser facilmente identificados na definição de policiamento comunitário apresentado por Trojanowicz. Também conhecidos como os
nove P’s do policiamento comunitário, ou seja, os nove elementos que o definem. Filosofia (philosofia). A filosofia do policiamento comunitário baseia-se na
crença de que os desafios contemporâneos requerem que a polícia forneça um serviço de policiamento completo, preventivo e repressivo, envolvendo diretamente a comunidade como parceira no processo de identificação, priorização e resolução de
problemas, incluindo crime, medo do crime, drogas ilícitas, desordens físicas e sociais e decadência do bairro. Um amplo engajamento do departamento implica em
mudanças tanto nas políticas quanto nos procedimentos. Personalização. Com o fornecimento à comunidade do seu próprio policial
comunitário, o policiamento comunitário quebra o anonimato de ambos os lados - os policiais do policiamento comunitário e os residentes da área se conhecem a ponto de se tratarem pelo nome.
Policiamento. O policiamento comunitário mantém um forte enfoque repressivo; os policiais comunitários atendem às chamadas de serviço e realizam
prisões como qualquer outro policial, porém, eles se preocupam também com a resolução preventiva dos problemas.
Patrulhamento. Os policiais comunitários patrulham o seu quadrante de
policiamento, obedecendo ao Procedimento Operacional Padrão (POP) de sua Corporação, acrescentando as condutas de monitoramento, dos cidadãos e locais mais
propensos a sofrerem ação de agressor da sociedade, de pessoas identificadas como propensas a ações agressivas, de visitas comunitárias e solidárias e de participar da Reunião Mensal de Segurança Comunitária, voltando a sua atenção mais ao
desenvolvimento de ações de parceria e prevenção junto ao cidadão de bem. Permanência. O policiamento comunitário requer que os policiais sejam
alocados permanentemente a um certo quadrante de policiamento, a fim de que possam ter o tempo, a oportunidade e a continuidade para desenvolverem esta nova
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parceria com a comunidade. A permanência significa que os policiais comunitários não
devem ser trocados constantemente de quadrante e que não devem ser usados como substitutos dos policiais que estão de férias ou que faltaram ao serviço.
Posto. Todas as áreas de responsabilidade de uma Unidade Policial (Batalhão ou Companhia Independente), por maiores que sejam, podem ser subdivididas em
bairros ou grupos de bairros constitutivos de um de um espaço geográfico a ser policiado, por nós denominado de “quadrante”. O policiamento comunitário descentraliza os policiais, fazendo com que eles possam ser “donos” dos quadrantes
para os quais são escalados, atuando como se fossem “mini-chefes” de polícia, adequando a respostas às necessidades específicas da local o qual estão patrulhando.
Além disso, o policiamento comunitário descentraliza o processo de decisão, não apenas proporcionando ao policial comunitário a autonomia de agir, mas também concedendo poder a todos os policiais para agirem na resolução de problemas com
base no policiamento comunitário. Prevenção. No intuito de proporcionar um serviço completo de polícia à
comunidade, o policiamento comunitário equilibra as respostas aos incidentes criminais e às emergências, com uma atenção especial na prevenção dos problemas antes que estes ocorram ou se agravem.
Parceria. O policiamento comunitário encoraja uma nova parceria entre as pessoas e a sua polícia, apoiada no respeito mútuo, no civismo e no apoio.
Problemas resolvidos. O policiamento comunitário redefine a missão da polícia em relação à resolução de problemas, de modo que o sucesso ou o fracasso dependam da qualidade do resultado, mais do que simplesmente dos resultados
quantitativos (número de detenções feitas, notificações de multas emitidas etc., conhecidos como “policiamento de números”). Tanto as medidas quantitativas como
as qualitativas são necessárias.
3. CONCEITOS BÁSICOS
Polícia Comunitária: É a corporação policial que é embasada na Filosofia de Polícia Comunitária. É também a Filosofia de Polícia Comunitária aplicada na gestão da
corporação. Policiamento Comunitário: É a aplicação prática da Filosofia de Polícia
Comunitária nas atividades policiais. É a Estratégia de Polícia Comunitária aplicada na execução de policiamento.
Segurança Comunitária: É o resultado positivo do policiamento comunitário na segurança pública da comunidade. É a melhora da qualidade de vida da comunidade através da participação de todos os parceiros no policiamento
comunitário. Projeto Comunitário: é um empreendimento temporário com o objetivo de
criar um produto ou serviço único. Programa Comunitário: É um empreendimento com duração indeterminada
ou contínua, para interferir na qualidade de vida da comunidade. Exemplos de
programas na PMGO: Rede de Apoio a Segurança – RAS; Polícia Mirim; Equoterapia, PROERD etc.
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4. OS DEZ PRINCÍPIOS DA POLÍCIA COMUNITÁRIA
Para uma implantação do sistema de Policiamento Comunitário é necessário
que todos na instituição conheçam os seus princípios, praticando-os permanentemente e com total honestidade de propósitos. São eles:
a) Filosofia e Estratégia Organizacional A base desta filosofia é a comunidade. Para direcionar seus esforços, a Polícia,
ao invés de buscar ideias pré-concebidas, deve buscar, junto às comunidades, os
anseios e as preocupações das mesmas, a fim de traduzi-los em procedimentos de segurança;
b) Comprometimento da Organização com a concessão de poder à Comunidade
Dentro da comunidade, os cidadãos devem participar, como plenos parceiros da
polícia, dos direitos e das responsabilidades envolvidas na identificação, priorização e solução dos problemas;
c) Policiamento Descentralizado e Personalizado É necessário um policial plenamente envolvido com a comunidade, conhecido
pela mesma e conhecedor de suas realidades;
d) Resolução Preventiva de Problemas a curto e a longo prazo A ideia é que o policial não seja acionado pelo rádio, mas que se antecipe à
ocorrência. Com isso, o número de chamadas do COPOM deve diminuir; e) Ética, Legalidade, Responsabilidade e Confiança O Policiamento Comunitário pressupõe um novo contrato entre a polícia e os
cidadãos aos quais ela atende, com base no rigor do respeito à ética policial, da legalidade dos procedimentos, da responsabilidade e da confiança mútua que devem
existir; f) Extensão do Mandato Policial Cada policial passa a atuar como um chefe de polícia local, com autonomia e
liberdade para tomar iniciativa, dentro de parâmetros rígidos de responsabilidade. O propósito, para que o Policial Comunitário possua o poder, é perguntar-se:
Isto está correto para a comunidade? Isto está correto para a segurança da minha região? Isto é ético e legal?
Isto é algo que estou disposto a me responsabilizar? Isto é condizente com os valores da Corporação?
Se a resposta for Sim a todas essas perguntas, não peça permissão. Faça-o g) Ajuda às pessoas com Necessidades Específicas
Valorizar as vidas de pessoas mais vulneráveis: jovens, idosos, minorias, pobres, deficientes, sem teto, etc. Isso deve ser um compromisso inalienável do Policial Comunitário;
h) Criatividade e apoio básico Ter confiança nas pessoas que estão na linha de frente da atuação policial,
confiar no seu discernimento, sabedoria, experiência e sobretudo na formação que recebeu. Isso propiciará abordagens mais criativas para os problemas contemporâneos da comunidade;
i) Mudança interna O Policiamento Comunitário exige uma abordagem plenamente integrada,
envolvendo toda a organização. É fundamental a reciclagem de seus cursos e respectivos currículos, bem como de todos os seus quadros de pessoal. É uma mudança que se projeta para 10 ou 15 anos;
j) Construção do Futuro Deve-se oferecer à comunidade um serviço policial descentralizado e
personalizado, com endereço certo. A ordem não deve ser imposta de fora para
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dentro, mas as pessoas devem ser encorajadas a pensar na polícia como um recurso
a ser utilizado para ajudá-las a resolver problemas atuais de sua comunidade.
5. O QUE NÃO É POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
Quando não se conhece ou não se prática Polícia Comunitária é comum se afirmar que esta nova forma ou filosofia de atuação é de uma “polícia light”, ou uma “polícia frouxa” ou mesmo uma “polícia que não pode mais agir”.
Na verdade Polícia Comunitária é uma forma técnica e profissional de atuação perante a sociedade numa época em que a tecnologia, qualidade no serviço e o
adequado preparo são exigidos em qualquer profissão. Mas no nosso caso existe ainda muita confusão. Robert Trojanowicz no livro “Policiamento Comunitário: Como Começar” procura mostrar as interpretações errôneas sobre o que não é Policiamento
Comunitário: 1. Policiamento Comunitário não é uma tática, nem um programa e nem
uma técnica, não é um esforço limitado para ser tentado e depois abandonado, e sim um novo modo de oferecer o serviço policial à comunidade;
2. Policiamento Comunitário não é apenas relações públicas a melhoria
das relações com a comunidade é necessária porém não é o objetivo principal, pois apenas o “QSA” não é suficiente para demonstrar a comunidade seriedade, técnica e
profissionalismo. Com o tempo os interesseiros ou os “QSA 5” são desmascarados e passam a ser criticados fortemente pela sociedade. É preciso, portanto, ser honesto, transparente e sincero nos seus atos.
3. Policiamento Comunitário não é anti-tecnologia o policiamento comunitário pode se beneficiar de novas tecnologias que podem auxiliar a melhora do
serviço e a segurança dos policiais. Computadores, celulares, sistemas de monitoramento, veículos com computadores, além de armamento moderno (inclusive não letal) e coletes protetores fazem parte da relação de equipamentos disponíveis e
utilizáveis pelo policial comunitário. Aquela ideia do policial comunitário “desarmado” é pura mentira, pois até no Japão e Canadá os policiais andam armados com
equipamentos de ponta. No caso brasileiro a nossa tecnologia muitas vezes é adaptada, ou seja, trabalhos muito mais com criatividade do que com tecnologia. Isto com certeza favorece o reconhecimento da comunidade local.
4. Policiamento Comunitário não é condescendente com o Crime os policiais comunitários respondem às chamadas e fazem prisões como quaisquer outros
policiais: são enérgicos e agem dentro da lei com os marginais e os agressores da sociedade. Contudo atuam próximos a sociedade orientando o cidadão de bem, os
jovens e buscam estabelecer ações preventivas que busquem melhorar a qualidade de vida no local onde trabalham. Parece utópico, mas inúmeros policiais já vem adotando o comportamento preventivo com resultados excepcionais. Outro ponto importante é
que como está próximo da comunidade, o policial comunitário também é uma fonte de informações para a polícia de investigação (Polícia Civil) e para as forças táticas,
quando forem necessárias ações repressivas ou de estabelecimento da ordem pública. 5. Policiamento Comunitário não é espalhafatoso e nem camisa “10” as
ações dramáticas narradas na mídia não podem fazer parte do dia a dia do policial
comunitário. Ele deve ser humilde e sincero nos seus propósitos. Nada pode ser feito para aparecer ou se sobressair sobre seus colegas de profissão. Ao contrário, ele deve
contribuir com o trabalho de seus companheiros, seja ele do motorizado, a pé, trânsito, bombeiro, civil, etc. O Policiamento Comunitário deve ser uma referência a todos, polícia ou comunidade. Afinal, ninguém gosta de ser tratado por um médico
desconhecido, ou levar seu carro em um mecânico estranho. 6. Policiamento Comunitário não é paternalista não privilegia os mais ricos
ou os “mais amigos da polícia”, mas procura dar um senso de justiça e transparência à ação policial. Nas situações impróprias deverá estar sempre ao lado da justiça, da
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lei e dos interesses da comunidade. Deve sempre priorizar o coletivo em detrimento
dos interesses pessoais de alguns membros da comunidade local. 7. Policiamento Comunitário não é uma modalidade ou uma ação
especializada isolada dentro da Instituição os policiais comunitários não devem ser exceção dentro da organização policial, mas integrados e participantes de todos os
processos desenvolvidos na unidade. São parte sim de uma grande estratégia organizacional, sendo uma importante referência para todas as ações desenvolvidas pela Polícia Militar. O perfil desse profissional é também o de aproximação e paciência,
com capacidade de ouvir, orientar e participar das decisões comunitárias, sem perder a qualidade de policial militar forjado para servir e proteger a sociedade.
8. Policiamento Comunitário não é uma Perfumaria o policial comunitário lida com os principais problemas locais: drogas, roubos e crimes graves que afetam diretamente a sensação de segurança. Portanto seu principal papel, além de melhorar
a imagem da polícia, é o de ser um interlocutor da solução de problemas, inclusive participando do encaminhamento de problemas que podem interferir diretamente na
melhoria do serviço policial (uma rua mal iluminada, horário de saída de estudantes diferenciado, etc.).
9. Policiamento comunitário não pode ser um enfoque de cima para
baixo as iniciativas do policiamento comunitário começam com o policial de serviço. Assim admite-se compartilhar poder e autoridade com o subordinado, pois no
seu ambiente de trabalho ele deve ser respeitado pela sua competência e conhecimento. Contudo o policial comunitário também adquire mais responsabilidade já que seus atos serão prestigiados ou cobrados pela comunidade e seus superiores
10. Policiamento Comunitário não é uma fórmula mágica ou panaceia o policiamento comunitário não pode ser visto como a solução para os problemas de
insegurança pública, mas uma forma de facilitar a aproximação da comunidade favorecendo a participação e demonstrando a sociedade que grande parte da solução dos problemas de insegurança dependem da própria sociedade. Sabemos que a
filosofia de Polícia Comunitária não pode ser imediatista, pois depende da reeducação da polícia e dos próprios cidadãos que devem ver a polícia como uma instituição que
participa do dia a dia coletivo e não simples guardas patrimoniais ou “cães de guarda”.
11. O Policiamento Comunitário não deve favorecer ricos e poderosos a
participação social da polícia deve ser em qualquer nível social: os mais carentes, os mais humildes, que residem em periferia ou em áreas menos nobres. Talvez nestas
localidades é que está o grande desafio da Polícia Comunitária. Com certeza os mais ricos e poderosos tem mais facilidade em ter segurança particular.
12. Policiamento Comunitário não é uma simples edificação construir ou reformar prédios da Polícia não significa implantação de Polícia Comunitária. A Polícia Comunitária depende diretamente do profissional que acredita e pratica esta filosofia
muitas vezes com recursos mínimos e em comunidades carentes. 13. Policiamento Comunitário não pode ser interpretado como um
instrumento político-partidário mas uma estratégia da Corporação muitos acham que acabou o Governo “acabou a moda”, pois vem outro governante e cria outra coisa. Talvez isto seja próprio de organizações não tradicionais ou
temporárias. A Polícia Comunitária além de filosofia é também um tipo de ideologia policial aplicada em todo o mundo, inclusive em países pobres com características
semelhantes às do Brasil. A natureza do policial sempre foi comunitária. Nascida ao início do século 20
com o objetivo de proteger o cidadão de bem dos malfeitores, anos depois, ao final
deste mesmo século, se busca este retorno as origens.
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6 – PRINCÍPIOS DO POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
Para que o policiamento comunitário seja implantado, é imprescindível que o modelo se amolde às características que o define universalmente. Os
princípios aqui apontados estabelecem os parâmetros que garantam o sucesso do desafio a ser enfrentado.
Redefinição estratégica - O policiamento comunitário não é mais um modelo de policiamento implantado na organização policial ou em uma área definida, trata-se,
na verdade, de uma nova maneira de pensar Segurança Pública, que envolve todo o efetivo policial, independentemente do posto de serviço.
A nova maneira de pensar exige uma transformação da metodologia aplicada,
que atualmente privilegia as técnicas reativas e o isolamento do policial militar em relação às pessoas em razão do uso da radiopatrulha.
Comprometimento - O policiamento comunitário exige o engajamento de todo efetivo policial militar da Organização Policial Militar (OPM) e dos cidadãos na resolução de problemas da comunidade. Enquanto os policiais militares desenvolvem
atividades proativas de segurança pública, a comunidade se mobiliza para auxiliar a polícia como agente de segurança e, através de liderança, na resolução de problemas,
através do acionamento de órgãos públicos ou dos próprios munícipes. Policiamento gerencial - O modelo gerencial também atinge a Segurança
Pública e encontra no policiamento comunitário o modelo adequado. O modelo
gerencial descentraliza a decisão e busca responder ao anseio do cidadão, na condição de cliente.
Parceria - Os cidadãos devem participar como parceiros da polícia na resolução dos problemas e na prevenção da violência e criminalidade. Portanto, deve-se
construir uma parceria que quebre o isolamento que o radiopatrulhamento instiga, de modo que os policiais possam manter contato diário e direto com as pessoas da comunidade para solidificar uma parceria de sucesso.
Confiabilidade - O policiamento comunitário sugere um novo relacionamento entre a comunidade e a Polícia Militar, baseado na ética e respeito mútuo. A confiança
que a Polícia Militar conquistará ante a comunidade será consequência de um relacionamento ético e fiel em que os sucessos e fracassos também sejam compartilhados.
Setorização - O policiamento comunitário exige a delimitação de uma área geográfica e a permanência de policiais militares para que possam ter a oportunidade
de desenvolver uma nova parceria e conhecer as características do setor. A descentralização havida sobre a área geográfica deve ser compatível à menor fração de policiamento, que é a guarnição de RP. A permanência dos mesmos policiais
militares que patrulham uma mesma área propicia um ganho considerável na eficiência em razão da oportunidade de captação de informações que poderá subsidiar
as decisões descentralizadas.
7. POLÍCIA COMUNITÁRIA COMPARADA - INTERNACIONAL
7.1 – Estados Unidos da América Os principais programas comunitários desenvolvidos nos E.U.A são: a. “Tolerância Zero – programa desenvolvido dentro do critério de que
qualquer delito (de menor ou maior potencial ofensivo) deve ser coibido com o rigor da lei”. Não apenas os delitos, mas as infrações de trânsito e atos
antissociais como embriaguez, pichações, comportamentos de moradores de rua, etc. O programa exige a participação integrada de todos os órgãos
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públicos locais, fiscalizados pela comunidade. Não é uma ação apenas da
polícia. A cidade que implementou este programa com destaque foi Nova Iorque que, devido o excepcional gerenciamento reduziu quase 70% a
criminalidade na cidade.
b. “Broken Windows Program”- baseado na “Teoria da Janela Quebrada” de George Kelling o programa estabelece como ponto crucial a recuperação e estruturação de áreas comuns, comunitárias, ou mesmo a comunidade
assumir o seu papel de recuperação social. Um prédio público preservado, o apoio para recuperação de um jovem drogado são mecanismos fortes de
integração e participação comunitária. É a confirmação da teoria de Robert Putnam (engajamento cívico). Este programa também preconiza formas de prevenção criminal, reeducando a comunidade;
c. “Policing Oriented Problem Solving” – o “Policiamento Orientado ao
Problema” é mais um meio de engajamento social. A premissa baseia-se no conceito de que a polícia deixa de reagir ao crime e passa a mobilizar os
seus recursos e esforços na busca de respostas preventivas para os problemas locais; ao invés de reagir contra incidentes, isto é, aos sintomas dos problemas, a polícia passa a trabalhar para a solução dos próprios
problemas. A noção do que constitui um problema desde uma perspectiva policial expande-se consideravelmente para abranger o incrível leque de
distúrbios que levam o cidadão a evocar a presença policial. A expectativa é de que ao contribuir para o encaminhamento de soluções aos problemas, a polícia atrairá a boa vontade e a cooperação dos cidadãos, além de
contribuir para eliminar condições propiciadoras de sensação de insegurança, desordem e criminalidade.
7.2 – Canadá
A Polícia Comunitária no Canadá teve seus primeiros passos há aproximadamente 20 anos, quando o descrédito na instituição policial obrigou as
autoridades e a população a adotarem providências para a reversão do quadro de insatisfação. A implantação durou 8 anos e demandou medidas de natureza administrativa, operacional, mas principalmente a mudança na filosofia de trabalho
com nova educação de todos os policiais. As cidades são divididas em distritos policiais e os distritos em pequenas
vizinhanças. Transmite-se à população a ideia de que a polícia está sempre perto. Em muitos bairros o policial circula de bicicleta.
O Policial deve conhecer as pessoas e todos os problemas do bairro. A
população e as empresas fazem parceria com a Polícia, doam prédios e equipamentos, fora o aperfeiçoamento dos serviços. A divisão territorial está ligada a questões
geográficas e aos tipos de crimes em determinadas regiões. Quando uma modalidade criminosa chama a atenção, os policiais fazem curso a respeito e são treinados a enfrentar e solucionar os problemas resultantes da ação criminosa detectada. Na sua
ronda o policial visita casa e empresas e demonstra estar trabalhando por prazer. Quando um problema é identificado, o município, a população e a polícia se unem
para solucioná-lo imediatamente. Exemplo: em um bairro notou-se que os orelhões (telefones) tradicionais, serviam para esconder drogas. A população informou a polícia e em menos de 30 dias todas as cabinas telefônicas foram envidraçadas ficando
transparentes, o que impedia a ocultação das drogas. Outras providências que demonstram a participação da população referem-se a iluminação de praças e ruas
para evitar ambientes que favorecem o crime.
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7.3 – Japão
O Policiamento Comunitário é o centro das atividades policiais de segurança
no Japão. 40% do efetivo da polícia é destinado ao Policiamento Comunitário. Os outros 60% estão exercendo suas funções em atividades administrativas,
investigações criminais, segurança interna, escolas, bombeiros, trânsito, informações e comunicações, bem como para a Guarda Imperial.
A importância dada ao Policiamento Comunitário pela Polícia Japonesa a qual
é seguida à risca, se deve a algumas premissas tidas como imprescindíveis: a) a impossibilidade de investigar todos os crimes pressupõe um
investimento de recursos na prevenção de crimes e acidentes, para aumentar a confiança da população nas leis e na polícia.
b) impedir o acontecimento de crimes e acidentes é muito mais importante
do que prender criminosos e socorrer vítimas acidentadas. c) a polícia deve ser levada aonde está o problema, para manter uma
resposta imediata e efetiva aos incidentes criminosos individuais e às emergências, com o objetivo de explorar novas iniciativas preventivas, visando a resolução do problema antes de que eles ocorram ou se tornem graves. Para tanto descentralizar é
a solução, sendo que os maiores e melhores recursos da polícia devem estar alocados na linha de frente dos acontecimentos.
d) as atividades junto às diversas comunidades e o estreitamento de relações polícia e comunidade, além de incutir no policial a certeza de ser um “mini-chefe” de polícia descentralizado em patrulhamento constante, gozando de autonomia
e liberdade de trabalhar como solucionador dos problemas da comunidade, também é a garantia de segurança e paz para a comunidade e para o seu próprio trabalho.
Seguindo estas ideias básicas, a Polícia Japonesa descentralizou territorialmente sua bases de segurança em mais de 15.000 bases comunitárias de segurança, denominados Koban ou Chuzaisho, funcionando nas 24 horas do dia.
Os Kobans e os Chuzaishos são construídos pelas prefeituras das cidades onde estão localizados, responsabilizando-se também pela manutenção do prédio,
pagamento da água, luz, gás, etc. O critério para sua instalação e localização é puramente técnico e é estabelecido pela Polícia de tal forma que garanta o atendimento cuidadoso e atencioso às pessoas que procurem a polícia. Estes postos
policiais (Kobans e Chuzaishos) estão subordinados aos “Police Stations”. Chuzaisho: Instalação e Funcionamento
O policial é instalado numa casa, juntamente com sua família. Esta casa, fornecida pela Prefeitura, é considerada um posto policial, existindo mais de 8.500 em
todo o Japão; cada Chuzaisho está vinculado diretamente a um “Police Station” (Cia) do distrito policial onde atua. O policial trabalha no horário de expediente, executando suas rondas fardado. Na ausência do policial, sua esposa auxiliará em suas atividades,
atendendo ao rádio, telefone, telex e as pessoas, sem que, para isso, seja considerada funcionária do Estado, mas essa sua atividade possibilita ao marido
policial o recebimento de uma vantagem salarial. Quanto aos gastos com energia, água, gás e a manutenção do prédio ficam a cargo da prefeitura da cidade onde o posto está localizado.
Koban: Instalação e Funcionamento Os Kobans, em número superior a 6.500 em todo o Japão, estão instalados
em áreas de maior necessidade policial (critério técnico). Os Kobans são construídos em dimensões racionais, em dois ou mais pavimentos, com uma sala para o atendimento ao público, com todos os recursos de comunicações e informática, além
de compartimentos destinados ao alojamento (com camas e armários), cozinha, dispensa e depósito de materiais de escritório, segurança, primeiros socorros, etc.
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No Koban, trabalham equipes compostas por 03 ou mais policiais, conforme
seu grau de importância, cobrindo às 24 horas do dia em sistema de rodízio por turnos de 08, 12 ou até mesmo 24 horas, o que é mais comum.
Há também reuniões com a comunidade, chamados conselhos comunitários (similar aos Conselhos Comunitários de Segurança – CONSEGs), os quais se reúnem
de 2 a 3 vezes por ano, isto porque, enquanto um ou mais problemas apresentados pela comunidade não forem solucionados, não se discute novos problemas, para evitar que um problema se acumule sobre outro e não se resolva nenhum.
As atividades num Koban são intensas e existe uma rotina estabelecida, que varia de dia para dia e de acordo com a situação.
- atendimento às pessoas; - recebimento e transmissão de mensagens; - preenchimento de relatórios de serviço;
- faxina e manutenção do material; - patrulhamento a pé, de bicicleta ou motocicleta nas áreas abrangidas pelo
Koban; - visitas às residências, casas comerciais e escritórios de serviço; - visitas a pessoas idosas, escolas, etc.
7.4 – Polícia de proximidade na Espanha (modelo europeu)
Seguindo os mesmos preceitos da Polícia Comunitária a Polícia de Proximidade
adota as mesmas características da Polícia Comunitária, porém para comunidade
latina, dentro de uma terminologia diferente. A essência é trabalhar próxima a comunidade, interagindo, buscando identificar
o serviço policial e atuando de forma preventiva, antecipando-se aos fatos. A Polícia de Proximidade, baseia seus programas em objetivos muitos claros.
São objetivos estratégicos assim considerados: reduzir os índices de criminalidade,
melhorar a qualidade dos serviços prestados, e a aumentar a satisfação da população e dos próprios policiais.
Os cidadãos e os membros da comunidade veem os policiais na rua, começam a conhecê-los, e sentem-se mais seguros. O modelo de uma Polícia Comunitária ou de Proximidade é uma experiência que pode ser extremamente positiva. A Polícia
Comunitária não irá acabar com o crime. As soluções vão além da Polícia Comunitária. É evidente que devemos ter também outras alternativas para combater os
crimes mais graves e é evidente que temos a necessidade de uma polícia especializada para sermos capazes de solucionar os problemas que estão afetando o
Estado, que não afetam diretamente o cidadão, mas o Estado. Me refiro ao tráfico de entorpecentes, lavagem de dinheiro, e também tráfico de seres humanos e outros tipos de crime que se tornaram uma grande preocupação para os governos. E que
exigem um tipo de resposta totalmente diferente.
7.5 – Argentina
Foi implantada uma Política Criminal baseada na sistematização de dados das
casas e dos cidadãos de regiões de maior incidência, onde se começou a desenvolver atividades policiais para erradicar o crime dessas localidades. À medida que se
recebem as comunicações e informações sobre os fatos trazidos pela comunidade, aumentam-se o policiamento motorizado e vários tipos de patrulha. A comunidade contribui com os dados a respeito dos próprios fatos e outras modalidades delituosas
que se repetem continuamente. Após, com ajuda da comunidade, a polícia efetua a prisão dos autores.
Outra política adotada refere-se ao apoio psicológico e sanitário. Quando alguém é ferido por ato criminoso, a polícia coloca à disposição médicos e psicólogos
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da Instituição. Estes orientam a pessoa a respeito da ocorrência e emitem um
relatório sobre a pessoa. Foi iniciada uma política interna com policiais sobre sua participação dentro e
fora da Instituição. Conscientização sobre sua importância e de sua profissão. Os policiais foram colocados em constante contato com a comunidade,
estimulando a troca de conhecimentos, o aconselhamento sobre os crimes e assuntos em geral para que as pessoas sejam sempre informadas sobre tudo o que se passa. É o embrião de uma polícia de proximidade.
Foi criada uma central que abriga um banco de dados geral dos serviços públicos. Para este centro são direcionadas as chamadas da comunidade que
necessita de determinados serviços públicos. A Polícia passa a ser o nexo dos pedidos e requerimentos de serviços públicos essenciais urgentes da comunidade. Recebida a solicitação, a polícia aconselha, orienta e, se for o caso, fica no local com o cidadão
até que chegue o serviço especializado. Como por exemplo, se o cidadão tem problema com o vazamento de gás, o policial orienta e fica com ela até a chegada do
serviço respectivo acionado pelo próprio centro.
7.6 – Colômbia
A Polícia Nacional da Colômbia, há exatamente cinco anos, sofreu problemas
graves devidos ao péssimo serviço que realizava e à corrupção de seus membros, motivo pelo qual quase foi extinta. Diante do quadro que se apresentava, era necessário processar mudanças urgentes. Essas mudanças foram coordenadas pelo
Chefe de Governo da Colômbia. O Programa se desenvolveu baseado em cinco projetos:
1. Participação do Cidadão para a mudança, como base fundamental do trabalho da polícia; 2. Multiplicação e potencialização do conhecimento e da formação policial. Era
necessário buscar os melhores policiais, aqueles que tivessem vocação e talento para o trabalho policial e para servir a comunidade;
3. Treinamento e informação – que insira uma nova cultura profissional, onde o homem aprenda a trabalhar em equipe e passe a planejar com o cidadão; 4. A Polícia não deve se comprometer com aquilo que ela não poderá cumprir e assim
estabelecer uma nova cultura de segurança para poder conviver harmoniosamente com a comunidade;
5. Desenvolvimento gerencial de integração – com desenvolvimento de mais treinamento aos comandantes em técnicas de gestão, e menos milícia, buscando o
desenvolvimento de capacidades e trabalho em equipe. O que se quer é que estes líderes possam avaliar com visão do todo o plano estratégico, sem esperar, no caso de falha, uma nova avaliação ou resultado final, quando já for tarde para correções. O
líder neste novo modo de gerenciar deve mobilizar e dinamizar a inteligência das pessoas para que todos possam agir antecipadamente.
O Plano de Governo quer unir o cidadão, as autoridades e o setor produtivo para cumprir os programas, dando a todos a oportunidade de serem bons cidadãos no futuro.
O novo modelo pedagógico de Direitos Humanos para a Força Pública da Colômbia irá revisar, verificar a problemática e gerar dinâmicas de aprendizado de
Direitos Humanos, para fortalecer a cultura institucional, visando a articular as atividades de Direitos Humanos, a orientar o ensino profissional e os processos de integração com a comunidade.
O objetivo é aplicar o princípio da transversalidade para que os Direitos Humanos possam permear cada um dos membros da Policia Nacional da Colômbia.
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8. POLÍCIA TRADICIONAL E POLÍCIA COMUNITÁRIA
As polícias militares têm a tarefa constitucional de polícia ostensiva e
preservação da ordem pública. Sendo assim, podemos afirmar que a Polícia Militar pode atuar tanto na prevenção, quanto na repressão imediata de crimes.
Por prevenção, entendemos aquele papel da polícia que visa a coibir que crimes aconteçam, seja pelo patrulhamento rotineiro ou por atividades típicas de polícia comunitária, como visitas e reuniões. Já quando falamos em repressão imediata,
devemos ter em mente a atuação da polícia assim que um crime ocorre. Apesar de não ter competência para investigação, a Polícia Militar geralmente
atua logo após o acontecimento de um crime, o que possibilita por diversas vezes, a prisão em flagrante de pessoas que estejam em conflito da lei, o que não configura serviço investigativo, não sendo, portanto inconstitucional.
Da mesma forma, as polícias civis também cumprem papel preventivo ao circularem com viaturas caracterizadas ou até mesmo quando realizam projetos de
combate às drogas, sem que esse trabalho preventivo possa ser considerado inconstitucional. Visto isso, podemos dizer que as polícias tanto podem atuar com a filosofia da
polícia tradicional quanto com a filosofia da polícia comunitária, pois dependendo do caso e da forma de atuação da polícia, pode-se preferir uma ou outra filosofia.
8.1 – Diferenças entre polícia tradicional e polícia comunitária
Vejamos a seguir as principais diferenças da polícia tradicional e da polícia
comunitária:
POLÍCIA TRADICIONAL POLÍCIA COMUNITÁRIA
A polícia é uma agência governamental
responsável, principalmente, pelo cumprimento da lei;
A polícia é o público e o público é a polícia:
os policiais são aqueles membros da população que são pagos para dar atenção em tempo integral às obrigações dos
cidadãos;
Na relação entre a polícia e as demais
instituições de serviço público, as prioridades são muitas vezes conflitantes;
Na relação com as demais instituições de
serviço público, a polícia é apenas uma das instituições governamentais responsáveis pela qualidade de vida da comunidade;
O papel da polícia é preocupar-se com a resolução do crime;
O papel da polícia é dar um enfoque mais amplo visando a resolução de problemas, principalmente por meio da prevenção;
A eficácia é medida pela quantidade de bandidos presos;
A eficácia da polícia é medida pela ausência de crime e de desordem;
O que determina a eficiência da polícia é o tempo de resposta;
O que determina a eficácia da polícia é o apoio e a cooperação do público;
As prioridades são, por exemplo, roubo a banco, homicídios e todos aqueles envolvendo violência;
As prioridades são quaisquer problemas que estejam afligindo a comunidade;
A polícia se ocupa mais com os incidentes; A polícia se ocupa mais com os problemas e as preocupações dos cidadãos;
O profissionalismo policial se caracteriza pelas respostas rápidas aos crimes sérios;
O profissionalismo policial se caracteriza pelo estreito relacionamento com a comunidade;
A função do comando é prover os regulamentos e as determinações que
devam ser cumpridas pelos policiais
A função do comando é incutir valores institucionais;
As informações mais importantes são aquelas relacionadas a certos crimes em
As informações mais importantes são aquelas relacionadas com as atividades
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particular; delituosas de indivíduos ou grupos;
O policial trabalha voltado unicamente para
a marginalidade de sua área, que representa no máximo 2 % da população residente ali onde “todos são inimigos,
marginais até prova em contrário”;
O policial trabalha voltado para os 98% da
população de seu quadrante, que são pessoas de bem e trabalhadoras, sendo tratados como cidadãos e clientes da
organização policial
O policial é o do serviço; O policial é do quadrante;
Emprego da força como técnica de resolução de problemas;
O policial emprega a energia e eficiência, dentro da lei, na solução dos problemas com a marginalidade, que no máximo
chega a 2% dos moradores de sua localidade de trabalho;
Presta contas somente ao seu superior; O policial presta contas de seu trabalho ao
superior e à comunidade;
As patrulhas são distribuídas conforme o
pico de ocorrências.
As patrulhas são distribuídas conforme a
necessidade de segurança da comunidade;
8.2 – Objetivos da Polícia Comunitária
Prevenir o crime A essência da segurança pública é a prevenção do crime e o que busca o
policiamento comunitário quando insere os policiais militares do quadrante no processo de resolução de problemas. É bom lembrar que os problemas na segurança pública tem origem nas causas sociais. As atividades proativas, na verdade, são
aquelas voltadas ao combate às causas da violência e da criminalidade, que já foram tratadas como “ações extraoficiais realizadas pela policia, universalmente designadas
como “peace officers”. No entanto, as ações policiais de caráter preventivas também englobam a categoria de proativas porque figuram como serviço público e não uso do poder de polícia exclusivamente.
Aprimorar a relação entre a comunidade e a polícia
O policiamento comunitário tem um caráter democrático porque alcança as minorias e busca atendê-las na satisfação das suas necessidades. A prestação de serviços, como produto, possui uma característica própria que é o consumo do
produto no momento da consecução, o que exige a aproximação do produtor ao consumidor. Por outro lado, a prevenção do crime será mais eficiente com a
contribuição do cidadão. Independentemente da redução da violência é finalidade do policiamento
comunitário melhorar o relacionamento entre a Polícia Militar e a comunidade.
Resolver problemas comunitários
O policiamento comunitário deve utilizar a criatividade de seus policiais para a resolução de problemas diversos que incomodam a comunidade. O processo de resolução de problemas implica, primeiramente, na análise das informações contidas
nos relatórios para a identificação desses processos. Muitos problemas, após identificados, podem ser solucionados com a intervenção policial com medidas
proativas, bem como podem ser combatidos com mudança de comportamento das pessoas, a partir da mobilização comunitária ou com acionamento de outros órgãos
públicos.
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8.3 – Experiências acumuladas pelo mundo policial
Ao longo dos últimos 50 anos o mundo policial acumulou experiências de
policiamento, na tentativa de atingir seus objetivos organizacionais e alcançar uma legitimação e apoio das comunidades que policiam. Foram identificados quatro
grandes grupos estratégicos que evidenciam uma evolução até chegar no policiamento comunitário, são eles:
a) Combate profissional ao crime ou Policiamento Tradicional: O objetivo da estratégia de combate profissional do crime é criar uma força de
combate do tipo militar, disciplinada e tecnicamente sofisticada. Os principais objetivos desta estratégia é o controle da criminalidade e a resolução de crimes. Características:
Foco direto sobre o controle do crime como sendo a missão central da polícia, e só da polícia;
Unidades centralizadas e definidas mais pela função (valorização das atividades especializadas), do que geograficamente (definição de um território de atuação para cada um dos policiais);
Altos investimentos (orçamentários e de pessoal) em tecnologia e treinamento.
b) Policiamento estratégico:
O conceito de policiamento estratégico tenta resolver os pontos fracos do policiamento profissional de combate ao crime, acrescentando reflexão e energia à
missão básica de controle do crime. O objetivo básico da polícia permanece o mesmo que é o controle efetivo do
crime. O estilo administrativo continua centralizado. Através de pesquisas e estudos, a
patrulha nas ruas é direcionada, melhorando a forma de emprego. O policiamento estratégico reconhece que a comunidade pode ser um
importante instrumento de auxilio para a polícia. O policiamento estratégico enfatiza uma maior capacidade para lidar com os crimes que não estão bem controlados pelo modelo tradicional.
c) Policiamento orientado para o problema:
O policiamento para resolução de problemas é também chamado de policiamento orientado para o problema (POP). Seu objetivo inicial é melhorar a
antiga estratégia de policiamento profissional, acrescentando reflexão e prevenção. O POP pressupõe que os crimes podem estar sendo causados por problemas
específicos e talvez contínuos na comunidade tais como relacionamento frustrante, ou
grupo de desordeiros, ou narcotráfico, entre outras causas. Conclui que o crime pode ser controlado e mesmo evitado por ações diferentes das meras prisões de
determinados delinqüentes. A polícia pode, por exemplo, resolver problemas ao, simplesmente restaurar a ordem em um local.
A comunidade é encorajada a lidar com problemas específicos. Podem, por
exemplo, providenciar iluminação em determinados locais, limpar praças e outros locais, acompanhar velhos e outras pessoas vulneráveis, etc. De igual modo outras
instituições governamentais e não-governamentais podem ser incentivadas a lidar com situações que levem a delitos
Essa estratégia de policiamento implica em mudanças estruturais da polícia,
aumentando a discricionariedade do policial (aumento de sua capacidade de decisão, iniciativa e de resolução de problemas).
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d) Policiamento comunitário:
No policiamento comunitário as instituições, como por exemplo, a família, as escolas, as associações de bairro e os grupos de comerciantes, são considerados
parceiros importantes da polícia para a criação de uma comunidade tranqüila e segura. O êxito da polícia está não somente em sua capacidade de combater o crime,
mas na habilidade de criar e desenvolver comunidades competentes para solucionar os seus próprios problemas.
Abordagem do Policiamento Comunitário:
Quantidade de ações proativas preventivas; Busca a ação pela prevenção;
Avalia a qualidade pelo resultado; Estabelece a sensação de segurança.
8.4 - A Importância Do Policiamento À Pé Para O Policiamento Comunitário
A década de setenta foi marcante para o surgimento do policiamento comunitário ou para a transformação da polícia em diversos países, graças à incorporação da idéia de qualidades dos serviços públicos na definição do Estado.
Nos Estados Unidos da América uma experiência merece uma atenção especial, pois sugere uma polícia que alcança sua finalidade.
Os relatos expostos por Trojanowicz e Bucqueroux (2003, p.23 e 24) remontam as experiências de patrulhamento à pé que iniciaram nas cidades de Flint e Newark, respectivamente, nos Estados de Michigan e New Jersey-EUA.
Em ambas as cidades, as experiências exploraram o policiamento à pé. Enquanto em Newark utilizou a patrulha à pé não direcionada, Flint buscou
ultrapassar os limites da polícia tradicional dos incidentes criminais, ou seja, das “ocorrências de delitos tão somente”. Em Flint a polícia recebeu treinamento sobre como “engajar a comunidade na resolução criativa de problemas, e tinha sido dada
uma extraordinária liberdade aos policiais para explorar novas maneiras de atacar uma série de assuntos [...]” (Trojanowicz & Bucqueroux, 2003, p. 24)
Quando analisaram os resultados, os pesquisadores concluíram que as metodologias aplicadas pelos policiais contribuíram para a ambigüidade dos resultados. Em Flint, que adotou o policiamento à pé direcionado e engajamento da
comunidade houve “uma redução significativa em determinados crimes” (TROJANOWICZ & BUCQUEROUX, 2003, p. 24).
Apesar de que em Newark não houvesse uma redução na violência, em ambas as cidades a pesquisa demonstrou que, em decorrência do policiamento à pé, as
pessoas apresentaram melhoria na relação com a polícia, bem como se sentiam mais seguras. Por fim, concluíram os pesquisadores:
Houve naqueles anos, várias tentativas de repetir as experiências de
Flint e Newark. Enquanto os resultados iniciais quanto à redução do
crime foram ambíguos, pesquisas periódicas realizadas antes e depois
da implantação mostraram uma redução no medo do crime, redução da
desordem, aumento da sensação de segurança pessoal e melhoria do
relacionamento entre a polícia e a comunidade – em particular nas
vizinhanças onde residiam minorias. Houve também, em relação aos
policiais, um aumento na sensação de segurança pessoal e da satisfação
em relação ao trabalho. (TROJANOWICZ & BUCQUEROUX, 2003, p. 24 e
25).
O estudo serviu para discutir a importância do policiamento à pé e distingui-lo do policiamento comunitário, mas, sobretudo para reverenciar o policiamento à pé
como um valioso instrumento para o policiamento comunitário e para criar o desafio de extrair dele o diferencial e aplicar ao policiamento por radio patrulha.
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9. OS SEIS GRANDES GRUPOS DO POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
Os seis grandes grupos devem ser identificados e trabalhados conjuntamente
para assegurar o êxito de quaisquer esforços de policiamento comunitário, são eles:
Organização Policial. Incluindo todo o pessoal, desde o comandante geral ao mais moderno dos soldados.
A Comunidade. Incluindo todo mundo, desde os líderes comunitários formais e informais, tais como os presidentes de associações cívicas, sacerdotes e educadores,
até os organizadores de atividades comunitárias e até os cidadãos comuns da rua. Este último, o mais importante.
Autoridades Constituídas e organismos governamentais. Incluindo o prefeito, o administrador da cidade, os vereadores, e quaisquer outros funcionários
federais ou estaduais cujo apoio possa afetar o futuro do policiamento comunitário. Todavia, dentro de um relacionamento direcionado para um comportamento não eleitoreiro.
A Comunidade de Negócios. Incluindo toda a gama de estabelecimentos
comerciais, desde as grandes empresas até o vendedor ambulante.
Organizações Comunitárias. Instituições sem fins lucrativos, desde clube de
escotismo até grupos de obras de caridade e grupo de voluntários, CONSEG’s.
A Mídia. Tanto a eletrônica quanto a escrita.
10. PERFIL DO POLICIAL COMUNITÁRIO
a) Elevado Grau de Iniciativa e Decisão: Espera-se que o policial
comunitário possua um alto grau de autonomia, entendida como a capacidade de
conduzir-se sem a necessidade constante de supervisão e controle externos, bem como seja capaz de decidir com presteza e segurança. Obviamente, esta característica
de personalidade será tanto mais desenvolvida quanto maior a coerência dos escalões de comando em facilitar as iniciativas do profissional e apoiar suas decisões.
b) Elevada Flexibilidade de Conduta: O policial comunitário não pode se
prender a formas rígidas de compreender a realidade que o cerca, sob pena de não
ser capaz de dar soluções aos problemas que se impuserem sobre ele;
c) Elevada Criatividade: Um dos pressupostos mais interessantes do Policiamento Comunitário é a liberdade que o policial deve ter para buscar formas, cada vez mais eficientes e eficazes, de cumprir o seu papel junto à comunidade,
valendo-se dos meios disponíveis no momento;
d) Ótimo Relacionamento Interpessoal: Para um policial militar, manter relações interpessoais em um nível adequado é um requisito considerado importante. Para o policial militar comunitário, de outro lado, relacionamento interpessoal é mais
que um requisito profissional; é verdadeiramente um valor pelo qual pauta todo o seu proceder.
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e) Excelente Receptividade e Capacidade de Assimilação: O policial
comunitário no auge de sua atuação representará no seu bairro o papel de um verdadeiro líder. Será comum, que a população local a ele se dirija para solicitar,
reclamar e sugerir. Assim, uma postura prioritariamente aberta aos contatos favorecerá a colaboração e a participação da comunidade na resolução dos seus
problemas, sendo certo que sem essa parceria com os habitantes da Região não será possível falar em policiamento comunitário. Também é esperado que ele seja capaz de assimilar com certa rapidez algum mal estar que possa ser gerado em ocorrências
difíceis, para logo em seguida estar novamente apto a se relacionar amistosamente com a comunidade.
f) Boa Autocrítica: Requisito fundamental para o aperfeiçoamento constante
do trabalho comunitário. O senso do dever e o compromisso com os ideais da PM são
a certeza de que um eventual momento de glória individual serão divididos e capitalizados a favor da Instituição e não somente de si mesmo. Um indivíduo com
baixa autocrítica ou elevado egoísmo tenderia a canalizar seus talentos na conquista de posições políticas junto à comunidade. Tal situação poderia colocar todo o projeto em risco uma vez que o policial perderia a isenção de propósitos tão necessária ao seu
desempenho profissional. O policial comunitário deve ser capaz de observar seu comportamento ao relacionar-se profissional ou socialmente com a comunidade a que
está vinculado, possibilitando a auto-avaliação e, se necessário, a mudança de comportamento.
g) Boa Capacidade de Liderança: Na condução das ações de proteção da comunidade, muitas vezes o núcleo do trabalho do policial comunitário será o de
agregar as forças já existentes na localidade, canalizando-as no sentido de trabalharem de modo harmônico e coeso na solução de problemas comuns (ligados diretamente ou não à questão da segurança pública). Não raro, o seu trabalho
principal será o de educar os residentes sobre as vantagens de atuar em grupo, como uma verdadeira comunidade. Será impossível realizar tais tarefas se exercer a
liderança com um temperamento inadequado ao profissional de polícia. h) Boa Capacidade de Mediação de Conflitos: Após algum tempo da
implantação bem-sucedida do policiamento comunitário e havendo conquistado a confiança das pessoas que residem no local, será absolutamente natural que ele seja
procurado, em lugar de qualquer outro representante público, como alguém que detém sabedoria e experiência, além de autoridade, para mediar conflitos entre os
habitantes. Nesses momentos é que ele será mais testado pelos seus clientes, pois será esperado dele toda a essência do comportamento ético e de bom senso que se pode esperar de um policial militar. Atuando como mediador nos conflitos para os
quais esteja legalmente apto, estará colaborando para a ampliação do respeito e da confiabilidade da Organização PM.
11. NATUREZAS CLASSIFICADAS COMO PROATIVAS:
Na Polícia Militar de Goiás, identificamos as seguintes ocorrências como proativas:
Visita Comunitária Visita Comunitária à Escola (Diretor ou Secretário) Visita Solidária
Reunião Comunitária Patrulhamento
Operação Policial (bloqueios etc.) Abordagem a Pessoa
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Abordagem a Veículo
Foragido Recapturado Pessoa Encontrada
Averiguação Veículo Abandonado
Monitoramento Apoio Policial
11.1 – Visita Comunitária Com a expansão das cidades e com o advento importante da radiopatrulha, o
policiamento à pé foi sendo substituído pela mobilidade. Com o fim do policiamento à pé, o contato direto entre a polícia e a comunidade foi prejudicado e substituído pelo acionamento, via telefone, nos casos de emergência.
O policiamento comunitário pretende não apenas utilizar o poder de prender criminosos, generalizando as respostas ao crime, mas focar em lugares, pessoas e
problemas específicos. Portanto, para alcançar os objetivos do policiamento à pé, sem perder os benefícios do radio patrulhamento, o policiamento comunitário utiliza-se das visitas, comunitárias e solidárias, e das reuniões com a comunidade para aproximar-
se do cidadão. A Polícia Militar não deve trabalhar sozinha, e toda vez que insiste, tende a
falhar. A participação da comunidade é importante ao combate ao crime e para prisão de criminosos. Aliás, para a conclusão de inquéritos policiais, a Polícia Judiciária utiliza muito mais informações pessoais (vítima e testemunha) do que por meio de perícias.
Igualmente é a participação da comunidade na prevenção. Para angariar a participação da comunidade no processo da preservação da
Ordem Pública é essencial alcançar a confiança dos cidadãos, para que os policiais possam trabalhar com as pessoas na prevenção e resolução de problemas. Para conquistar a confiança dos cidadãos é necessário contato direto entre a polícia e
comunidade. Os locais onde a população está distante da polícia, geração após geração, são
os locais onde há mais violência. A parceria da população é fundamental para a prevenção e elucidação de crimes. Cabe à comunidade fornecer informações sobre o crime, identificar suspeitos, testemunhar em processos, tomar medidas de defesa
pessoal e, principalmente, criar um clima favorável ao cumprimento da lei. A visita comunitária é uma das atividades mais básicas do policiamento
comunitário e que melhor facilita a aproximação e contato direto além de contribuir para produzir informações que conduzam a resolução de problemas.
A visita comunitária tem origem no Japão, onde tal atividade é chamada de Junkai Renraku:
Junkai Renraku são atividades que os policiais comunitários realizam,
por meio da visita a famílias e aos locais de trabalho, ocasião em que
repassam orientações sobre a prevenção de ocorrências de crimes e
acidentes, além de recepcionarem informações sobre problemas,
solicitações e sugestões da comunidade (SENASP, p. 156).
Através dos Junkai Renraku, os policiais comunitários preenchem um cartão, no qual inserem informações úteis para melhor conhecer o cidadão e acioná-lo no caso de desastre ou acidentes, ou ainda, para repassar orientações que melhorem a sua
segurança.
11.1.1 Objetivos da visita comunitária A visita comunitária tem por objetivo geral estabelecer uma relação de amizade
e confiança mútua, por meio de constantes contatos diretos e pela presença
asseguradora de policiais militares.
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A SENASP (2010, p. 157) relaciona outros objetivos da visita comunitária: Traçar perfil sócio-econômico da comunidade;
Identificar problemas criminais e situação de riscos às pessoas;
Conhecer a comunidade com a qual trabalha;
Interligar a população e demais órgãos públicos para a resolução de
problemas.
A visita comunitária ainda é um importante instrumento na prevenção de crimes, conforme assevera a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério
da Justiça (SENASP, 2010, p. 157):
As visitas comunitárias têm o objetivo de proporcionar condições para
que o policial militar possa transmitir informações sobre prevenção de
crimes, divulgar os projetos desenvolvidos, a forma de atuação policial
militar e os objetivos do policiamento comunitário, além de ser
excelente ferramenta para o marketing institucional.
A busca da prevenção, utilizando a visita comunitária possui dois focos:
combater a vitimização através de orientações que venham a instigar a pessoa a se
preocupar com sua segurança, deixando de ser uma vítima fácil e, o segundo foco, contribuir com a polícia através de informações fidedignas que propiciam a prisão de
criminosos, o combate a crimes e a identificar locais e pessoas vulneráveis. 11.1.2 – Estabelecendo uma relação de confiança com o cidadão.
A primeira preocupação na concretização da visita comunitária é estabelecer uma relação de confiança entre a polícia e a comunidade. Nesse sentido, o policial
militar deve: a) Conhecer como desempenha uma visita comunitária; b) Ser compromissado com o policiamento comunitário e defender a filosofia;
c) Ser atencioso com as pessoas, ouvindo-as atentamente; d) Orientar e dar explicações sobre os questionamentos;
e) Superar os obstáculos que historicamente distanciaram a polícia da sua comunidade;
f) Acreditar no seu trabalho, independente dos resultados iniciais não serem
compatíveis com o planejamento; g) Estimular o cidadão a compartilhar a responsabilidade pela segurança e a
fortalecer a parceria com a Polícia Militar.
* Como realizar uma visita comunitária O policial militar do quadrante deve estar convicto que a visita comunitária é
uma rotina de trabalho. O policial militar deve entender que o cidadão é co-
participante do processo preventivo e nesse sentido, um bom atendimento é fundamental para construir uma relação saudável.
Ao realizar uma visita comunitária, o policial militar deve: a) Saudar educadamente o cidadão; b) Apresentar-se como o policial militar do quadrante;
c) Apresentar o novo modelo de policiamento e asseverar a intenção da Polícia Militar em prestar um serviço que lhe proporciona uma segurança real, verdadeira;
d) Estimular o morador a melhor se prevenir, analisando suas fragilidades e lhe repassando cuidados específicos;
e) Pedir a colaboração do morador para a qualidade de vida do bairro;
f) Entregar o cartão com dados funcionais do quadrante; g) Despedir com a mesma educação da apresentação.
A visita comunitária é uma modalidade de policiamento preventivo e deve revestir-se da devida formalidade exigida na relação de um prestador de serviço com
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seu cliente. A amizade conquistada não deve ingressar no campo pessoal, sem,
contudo, deixar alcançar a empatia com a situação do cidadão.
11.1.3 – Visita comunitária residencial É aquela realizada em residências para:
[...] verificar as carências daquela família, a situação sócio-econômica,
identificar as formas mais comuns de violência a que estão sujeitos,
além de colher solicitações e informações pertinentes à criminalidade e
aos conflitos existentes, a fim de que o policial militar possa resolver,
orientar ou encaminhar tais problemas e solicitações aos órgãos
competentes (SENASP, 2010, p. 159).
A visita comunitária em residência, como modalidade de policiamento propicia a
infiltração da Polícia Militar em áreas pouco policiadas e leva ao morador o sentimento
de preocupação e zelo que o Estado está denotando a seu respeito.
11.1.4 – Visita comunitária comercial No comércio, a freqüência de visita comunitária é maior e, consequentemente,
se repete com maior facilidade por três motivos: 1) número de estabelecimentos
comerciais é menor que de residências; 2) se situa em locais de maior fluxo de pessoas e 3) são mais suscetíveis a furto e roubo.
“Nas visitas comerciais, devem ainda ser observadas as condições de segurança e a vulnerabilidade a eventos criminosos (principalmente furto e roubo) de modo que o policial militar possa orientar sobre as formas de prevenção” (SENASP, 2010, p.
160). No patrulhamento tradicional os policiais militares patrulham distantes das
pessoas, executando o equivocado método de prevenção pela exclusividade do policiamento. Por mais público que seja o policiamento não há impedimento aos policiais militares de acessarem os estabelecimentos comerciais.
Adentrar ao imóvel, conversar com os comerciários e clientes e aproveitar para transmitir orientações de prevenção e formas de acionar a PM no caso de emergência,
trata-se de um modelo de policiamento eficiente e que aproxima o cidadão da Polícia Militar.
11.1.5 - Visita comunitária em órgão público ou entidade privada.
Os policiais militares do quadrante devem buscar a aproximação do órgão
público como creches, escolas, hospitais e entes privados, como igrejas, Organização não Governamental (ONG), associações, com fim comum da visita que é a prevenção,
por métodos próprios e aproximação com a PM, bem como para “[...] o levantamento de dados sobre o funcionamento e a atuação de cada órgão [...]” (SENASP, 2010, p. 160) para, através dele, encaminhar solicitações do cidadão para a resolução de
problemas e para ser possível o acionamento do diretor, presidente ou chefe do órgão em caso de emergência, pois nesses locais, geralmente, estão fechados à noite e
finais de semana, estando vulneráveis ao crime. 11.2 - Visita Solidária
A visita solidária ocorre quando os policiais militares visitam as vítimas de crime e incivilidades havidas no quadrante, para outras providências policiais e orientações
sobre prevenção. É através da visita solidária que o policial militar faz um estudo de caso e
conduz a vítima a refletir se o seu comportamento contribuiu para o desfecho
delituoso. Igualmente, o policial militar enriquece sua lista com novas maneiras de prevenção.
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A aproximação do policial militar após a ocorrência criminal é importante para
renovar a confiança do cidadão em relação à Polícia Militar, às vezes abalada após a ocorrência de um crime que a PM não conseguiu evitar.
É através da visita solidária que o policial militar se projeta no lugar da vítima e, através da empatia, possa sentir melhor a aflição da pessoa e, com isso, valorizar o
seu serviço e dedicar-se com melhor eficiência. Por meio da visita solidária o policial militar pode suscitar mais informações a
respeito do delito e sobre o criminoso, propiciando conhecer sua forma de atuação,
possibilitando a identificação da autoria e a elucidação de outros crimes. O policiamento comunitário é completo, abrangendo a prevenção e a repressão
criminal e o modelo fomentado pelo Governo Federal, através da Secretaria Nacional de Segurança Pública, apóia a “Assistência à Vítima” como oportunidade ampla para, resgatar a confiança do cidadão, para melhorar a atuação da polícia e até para
elucidar o delito:
Diariamente, o policial deve consultar o banco de dados e relacionar as
ocorrências no dia anterior, ou outro período pré-definido, deslocar-se
ao local e fazer contato com a vítima a fim de colher dados necessários
para o planejamento adequado de ações. Desta forma, também, o
cidadão sente-se prestigiado, aumentando a sensação de segurança e
criando, acima de tudo, um vínculo entre a polícia e a comunidade
(SENASP, 2010, p. 166).
A visita solidária, bem sucedida, propicia a restauração da Ordem Pública
através da possibilidade de responsabilização do autor do crime e do aumento da
sensação de segurança.
11.2.1 Objetivos da visita solidária. A visita solidária, como instrumento do policiamento comunitário, é utilizado
para alcançar as finalidades deste e deve estar ligado a uma “espinha dorsal” para o
fim único do policiamento comunitário. Portanto, para alcançar os fins desejados, os objetivos da visita solidária são:
a) Identificar o autor do delito através de novas informações que a perspicácia do policial militar permite extrair, bem como após o fim d êxtase provocado pelo impacto, faculta à vítima melhor retratar o episódio.
b) Relacionar o sinistro criminoso a outros eventos para buscar associar autores, através do seu modo de ação;
c) Conduzir a vítima a refletir sobre seu comportamento para corrigir possíveis falhas que contribuíram para o crime;
d) Enriquecer o acervo da Polícia Militar sobre novas maneiras de prevenção e
sobre o modo de atuação dos delinqüentes com fim de orientar os cidadãos sobre novas maneiras de prevenção;
e) Melhorar o nível de sensação de segurança que a vítima possuía antes do crime, se não puder aumentá-lo;
f) Fazer com que o policial militar possa compreender a vítima e entender sua
aflição (empatia) para melhorar sua atuação e comprometimento com a segurança pública;
g) Corrigir possíveis falhas no atendimento reativo ou sobre o policiamento preventivo;
h) Colher dados necessários para o planejamento adequando das ações
policiais.
11.2.2 Como realizar uma visita solidária Após um turno de vários atendimentos policiais militares – proativos e reativos,
a guarnição do quadrante deve relacionar os boletins de atendimentos reativos os
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quais há vítimas, preenchendo um rol com informações necessárias para que os
policiais militares do próximo turno iniciem o seu labor visitando as vítimas. O preenchimento da lista deve ser preciso o suficiente para que os policiais
possam entender a dinâmica do fato, mas sucinto para que o PM compreenda o episódio pela narrativa da vítima.
Os policiais militares devem entender que a visita solidária é um método de policiamento e que devem adotar o comportamento de patrulha e de posicionamento da viatura em estacionamento para garantir a presença asseguradora da PM no local e
propiciar à comunidade imediata a segurança favorecida pela presença da Polícia Militar nas imediações.
A visita deve ser objetiva, tendo a narrativa da vítima no primeiro momento, seguido pela expressão de sensibilidade do PM, pela análise do fato, pela orientação a respeito da prevenção e pela dedicação da PM no sentido de evitar futuros delitos.
A visita que não puder ser realizada no período diurno deverá ser agendada para o momento adequado, considerando, ainda, os picos criminais, os quais deverão
ser evitados para que não haja falha no policiamento preventivo. O ideal é que o sistema de informações possa agregar no mesmo boletim de
atendimento a visita solidária e através dela complementar informações que possa
chegar à autoria ou melhorar o conteúdo probatório facultando a persecução criminal.
11.2.3 Quando realizar a visita solidária. Em regra, a visita solidária é destinada a todas as vítimas de delitos, no
entanto, em algumas situações não são recomendadas e, portanto, devem ser
evitadas. Nos fatos de briga generalizada, vias de fato, a visita solidária não é eficiente,
não possibilita facilmente a auto-análise da vítima, que não raras vezes, é o “pivô” do entrevero, mas que nunca, observou-se como tal. Alguns crimes em que a vítima é contumaz delinqüente, a Polícia Militar geralmente não é bem recebida pela família,
pois a vê como inimiga. Em outras oportunidades, para coibir o delito e prender os autores, a Polícia
Militar usou, seletivamente, dos seus recursos disponíveis para cessar a agressão ou permitir a aplicação da lei penal. Nesses casos, a Polícia Militar, para os envolvidos e suas famílias, também personaliza a antipatia.
São casos que antes de realizar a visita solidária, os policiais militares devem consultar o escalão superior e, com ele, deliberarem a viabilidade da visita.
11.3 - Monitoramento
Para que o incidente criminal ocorra, três fatores são essenciais: a) Vítima; b) Oportunidade;
c) Delinqüente. Havendo ausência de um desses elementos, o crime não ocorre. A prevenção
ao crime não abrange apenas o policiamento preventivo, pois este ataca apenas a oportunidade. O delinqüente está sempre à procura de uma oportunidade para atacar uma vítima. Quando esta está vulnerável, torna-se vítima fácil.
Uma pessoa prevenida e cautelosa não é uma vítima em potencial. Fatores como idade, deficiência, sexo, físico e, principalmente, conduta facilitadora,
contribuem para o sucesso do delinqüente. Senhoras idosas, que vão sozinhas ao banco e sacam integralmente suas pensões são alvos fáceis.
O ambiente composto pelo aspecto espacial (local) e temporal (horário) cria a
oportunidade ao marginal. A definição de Zona Quente de Criminalidade (ZQC) envolve a quantidade de incidências em determinados locais e horários, exigindo a
maior presença da Polícia Militar.
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O delinqüente, por sua vez, é formando dentro da sociedade e pior, enquanto
se formava ninguém nada fez para mudar essa perspectiva. O delinqüente precisa ser conhecido da Polícia Militar como é conhecido pela comunidade.
Com a relação estreita com a comunidade e com permanência dos policiais militares no quadrante ocorre uma facilitação para que possa conhecer os
delinqüentes da região. Atualmente, o cenário é favorável ao delinqüente. Primeiramente, a sensação
de insegurança inibe a denúncia, mesmo quando a vítima conhece o delinqüente.
Ainda, a apatia do cidadão que não confia na polícia fica desestimulado a procurar a polícia por acreditar ser apenas um ato burocrático. Outra razão é a ineficiência
investigatória que deveria se iniciar no momento em que os policiais militares atendem um incidente. Na realidade, quase tão somente aqueles casos já encaminhados por policiais militares é que geram investigação criminal. Quase nunca
as vítimas vão à delegacia de polícia para registrar algum roubo, por exemplo. O assaltante que rouba pequenos valores, costumeiramente, é da região, e
confia na impunidade para continuar a agir. Assim, em poucos casos de roubos e furtos a PM é acionada, menor é o número de prisões e ínfimo é a presença da vítima na delegacia. Esse panorama é favorável ao delinqüente.
O monitoramento é um patrulhamento realizado no quadrante pelos policiais militares com foco na vítima, quando procura identificar suas fragilidades e buscar
orientá-la, no ambiente oportuno, com atenção às ZQC, nos horários de maior incidência criminal. Enquanto isso, os delinqüentes conhecidos passam a ser encontrados e abordados habitualmente com a finalidade de inibir suas ações.
O monitoramente deve ser priorizado aos ZQC e os policiais militares devem estar atentos aos dias e horários de freqüência de pessoas, de incidentes e presença
de suspeitos. Os delinqüentes devem ter ciência que os policiais estão patrulhando a região
com total atenção a eles. Devem estar cientes que eles são os alvos da monitoração.
É bom sabermos que os delinqüentes são agressores da sociedade e a Polícia Militar é a defensora. Assim, é totalmente legítima a atenção fiscalizadora sobre o
delinqüente conhecido no quadrante. 11.4 - Mensuração
O policiamento comunitário é um modelo de administração gerencial, e como tal utiliza-se da mesma metodologia e instrumentos.
Como administração gerencial o foco do policiamento também está na qualidade e a sua definição é dada pela expectativa do cliente.
A satisfação do cliente sobre determinado produto é que define a qualidade, independente do desempenho do produto. Nesse sentido, qual seria o produto entregue ao cidadão, seu cliente?
O produto pode ser definido com bem (fungível) ou serviço, e no caso da Polícia Militar, trata-se de um serviço público. Esse produto é difícil de ser mensurado, pois
ele seria composto de valores negativos. A percepção do cidadão ocorre pela sensação de segurança, melhor sentida
pela ausência de crimes (por isso valores negativos ou decrescentes). Assim, o
produto desejado pelo cidadão é a segurança e resposta ao crime. A segurança desejada pelo cidadão não pode ser medida pelos números
crescentes de prisões e apreensões, mas pelos valores que decrescem não podem estar desassociados de ações. Portanto, determina-se que a Policia Militar deve promover ações que contribuem para diminuir os crimes. Essas ações denominam-se
“proatividade”. A segurança e a sensação de segurança é produto de um processo, que se
chama de processo produtivo. O modelo gerencial busca atentar ao processo, criando procedimentos padrões para estabelecer a eficiência desse processo.
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Para que o produto seja aquele pretendido, o processo deve ser
minuciosamente monitorado e isto significa análise dos dados comparados aos indicadores pré-estabelecidos. O monitoramento do processo é garantia de qualidade
do produto. Mensurar o processo é uma delicada tarefa. Mais delicado é mensurar o produto
ofertado pela Polícia Militar. Como muitos esperam, a quantidade de prisões e apreensões não são os produtos esperados da PM pela sociedade. O que se deseja da Polícia Militar seria ações que favorecem a ausência de crime. Trata-se de relação
causa e efeito. Aliás, essa relação é a definição de processo. O efeito seria a ausência de crime e da sensação de segurança, que se
denomina de produto, e quais seriam suas causas? Para relacionar causa e efeito é necessário mensurar o processo.
Daí pergunta-se: O que a Polícia Militar pode realizar de proatividade para gerar
mais segurança e sensação de segurança? A Polícia Militar do Estado de Goiás adotou as seguintes ações:
a) Visita Comunitária; b) Visita Solidária; c) Reunião Comunitária;
d) Abordagem Policial; e) Operações Policiais;
f) Patrulhamento; g) Monitoramento; h) Foragido recapturado e outros.
Anteriormente, o serviço policial militar era medido pela quantidade de ocorrências registradas. Os policiais militares acostumados a “vagar” pelas ruas a
espera de um crime para atender, chegavam a dizer que nada fizeram quando não foram acionados.
Enquanto não são acionados para atendimento reativo, os policiais militares
devem estar produzindo segurança pública. Medir as atividades é imprescindível para determinar a relação causa e efeito e
mensurar o quanto as ações da Polícia Militar são determinantes para diminuir a criminalidade.
Para facilitar, a Polícia Militar utiliza o mesmo sistema para registrar os “boletins
de ocorrências” para registrar as atividades proativas. A ferramenta tecnológica chama-se RAI-Registro de Atendimento Integrado.
Através do RAI, a guarnição de RP abre o registro assim que iniciar o atendimento. Ao final, insere os dados pertinentes à atividade desenvolvida e encerra-
se o atendimento. Para que a mensuração ocorra satisfatoriamente, é fundamental que o PM seja
honesto em seus lançamentos, inserindo corretamente os horários, hodômetro da RP,
local do atendimento e as providências adotadas. Quanto melhor for o registro, mais preciso será a análise pela equipe de
planejamento da OPM. A mensuração é um processo linear, que envolve os policiais militares do quadrante, do Centro de Operações, para o registro, como também envolve a Seção Operacional, na captura de dados e análise para posterior relatório e
finaliza novamente nos policiais militares do quadrante para direcionar as ações conforme orientações da Seção Operacional e do comandante do quadrante.
11.5 - Reunião Mensal
A expansão do policiamento além das atividades reativas e da mera busca pela
diminuição de crimes demanda uma relação confiável e próxima entre a Polícia Militar e a comunidade.
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O policiamento comunitário é a aplicação do modelo gerencial e, portanto, exige
essa aproximação para que a polícia possa, como prestador de serviço, definir a qualidade pela expectativa do cliente, que é o cidadão.
O cidadão, no entanto, não é somente cliente, pois lhe exige a responsabilidade pela segurança pública. O cliente, como tal é desprovido de deveres, enquanto que o
cidadão possui esse ônus. Com isso o cidadão, além de cliente – o qual receberá um serviço – também é elemento ativo na consecução do serviço público prestado juntamente com a polícia. Aliás, a Segurança Pública é “responsabilidade de todos”
(art. 144, CF/88). O policiamento comunitário vai além da cultura reacionária ao delito. Também
transcende o planejamento estratégico e a polícia de resolução de problemas. Ele mobiliza a comunidade para fins de solução mais ampla dos problemas comunitários e de angariar sua simpatia para consolidar uma parceria.
A confiança e simpatia da comunidade não se compram antes de tudo se conquista. Para formar uma parceria com a comunidade é necessário construir com
ela um relacionamento pautado na confiança e lealdade. A reunião mensal com a mesma comunidade propicia essa construção, se
observado esses princípios éticos.
A reunião é oportunidade para prestar contas daquilo que a Polícia Militar produziu no mês anterior e reafirmar que os resultados podem ser melhores se
houver a participação efetiva da comunidade. Para mobilizar a comunidade, antes, porém, é necessário angariar a sua
simpatia. Para isso, a honestidade é essencial, mesmo quando os resultados não
sejam satisfatórios. Tanto o processo quanto os resultados foram gerenciados conjuntamente,
portanto devem ser avaliados igualmente. Na reunião mensal, além da prestação de contas é oportunidade singular para
discutir medidas preventivas e ouvir as reclamações sobre a criminalidade e da má
prestação de serviço, se houver. Quanto a informações relevantes para a segurança pública, há três fontes: do
serviço de inteligência, das estatísticas e as comunitárias. É bastante comum o departamento de planejamento não obter dados corretos
por falta de registros de crimes, mas as vítimas que não acionaram a emergência da
PM comentam com seus vizinhos. Daí, as situações ocultas às estatísticas emergem nas reuniões.
Por outro lado, a presença dos policiais militares que compõem o quadrante nas reuniões, propicia o comprometimento desses com o policiamento comunitário, pois
encurtam a distância burocrática que existe entre a polícia e a comunidade que, historicamente, as separam uma da outra.
É vantajoso que nas reuniões comunitárias os policiais ouçam os flagelos dos
cidadãos, bem como ouçam os elogios e as críticas. O comandante da OPM ou do quadrante deve explorar essa oportunidade para elogiar os PM do quadrante e
destacar as atuações positivas que culminaram em prisões. O destaque é recebido pela comunidade que valorizam ainda mais os seus policiais.
A reunião mensal deve ser conduzida pelos policiais militares que também
devem aproveitar as visitas comunitárias para reforçar o convite quanto para expandir àqueles que não compareceram a reunião anterior.
Na reunião mensal não há composição de mesa e a frente somente o cerimonial (um policial militar) e aqueles aos quais forem franqueados. É obvio que o comandante da OPM ou do quadrante será o expositor principal, pois divulgará os
resultados obtidos no mês anterior. A ordem de colocação deve ser conduzida pelo cerimonial que conduzirá a pessoa à frente. Esse método evita a abordagem
desnecessária de assuntos impróprios, bem como limita a pessoa ao seu tempo.
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As reuniões devem ser breves para não permitir o retorno das pessoas em
horário impróprio, respeitando a jornada do dia seguinte. Também não poderá ser muito cedo para permitir que haja tempo para os trabalhadores comparecer.
A reunião do mês seguinte deve ser divulgada na presente reunião, visando facilitar a divulgação. O policiamento comunitário admite a participação de todos,
através de idéias, patrocínio e, principalmente, em tarefas assessórias, como a confecção de panfletos, jornais, criação de páginas na internet, rede social virtual. Esses informativos tornam-se uma extensão da reunião, alcançando um público maior
e favorecendo a troca de informações que não pode ser amplamente explorada na reunião.
Resumidamente, a reunião mensal é um instrumento valioso para o policiamento comunitário, pois contribui para fortalecer a parceria com a comunidade, melhorando a confiança dos cidadãos com respeito à Polícia Militar e uma
oportunidade para a PM prestar contas, para difundir orientações e inspirar um melhor “comprometimento” dos policiais militares que são confrontados pessoalmente com as
aflições das pessoas.
12. ROTINA DOS POLICIAIS MILITARES DO QUADRANTE
Com o advento da inserção do policiamento comunitário, a rotina dos policiais militares muda, sofre uma radical transformação. Os policiais que antes aguardavam a ocorrência do crime, agora trabalharão para evitar que ele ocorra. Assim, enquanto
não forem acionados para atender a um crime e, consequentemente, realizar um atendimento reativo, os policiais militares devem alternar os atendimentos proativos.
Ao iniciar o turno diurno, os policiais devem colher dos seus antecessores a relação dos atendimentos reativos para que possam realizar as visitas solidárias.
Ainda devem atentar para a relação dos locais a serem policiados que foram definidos pela análise criminal realizado pelo comandante do quadrante em parceria com a Seção Operacional da OPM.
Ao iniciar o turno, os policiais militares devem identificar os locais para as visitas solidárias, para que sejam inseridas no plano de policiamento da guarnição.
Posteriormente, deve realizar o monitoramento, principalmente com atenção voltada ao delinqüente.
As atividades proativas devem ser realizadas por perímetros dentro do
quadrante, sempre iniciando pela saturação com patrulhamento e abordagens. Após o perímetro estar sob segurança, deve-se realizar as visitas, solidárias e comunitárias.
Durante a varredura do perímetro, a guarnição de RP deve patrulhar vigilantemente para encontrar pessoas em situação de suspeição, objetivando abordá-los. Após essa primeira etapa do patrulhamento, deverá realizar patrulhamento com "toques de
sirene" e intercalando com as visitas. Durante o patrulhamento, os policiais militares devem realizar visitas comunitárias em estabelecimentos comerciais, com fim de
demonstrar que estão nas imediações e estreitar o relacionamento. Essa dinâmica deve ser repetida até que cheguem ao momento do atendimento
do policiamento estabelecido pelo comandante do quadrante ou da Seção Operacional.
Enquanto realizam atendimentos proativos, os PM devem dar atenção às escolas, públicas e privadas, ao comércio, aos bancos, pois são locais sensíveis e carece
constantemente da presença policial. Os atendimentos proativos podem ser interrompidos em caso de emergência, para atendimento reativo.
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13. POP 210 (POLICIAMENTO COMUNITÁRIO)
MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO 210
NOME DO PROCESSO: POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de uso individual – EUI e de viatura (POP 101 e 102).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Monitoramento POP 210.01
Visita Comunitária POP 210.02
Visita Solidária POP 210.03
Reunião Mensal de Segurança Comunitária POP 210.04
Mensuração da Produtividade POP 210.05
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO PAG
Busca pessoal Art. 244 do Código de Processo Penal – CPP
293
Busca pessoal em mulheres Art. 249 do Código de Processo Penal – CPP
293
Desacato Art. 331 do Código Penal – CP 303
Desobediência Art. 330 do Código Penal – CP 304
Parada e estacionamento de viaturas
Art. 29, inc. V, VI e VIII do Código de
Trânsito Brasileiro – CTB
Deliberação 003/2010 do Conselho
Estadual de Trânsito do Estado de
Goiás – CETRAN/GO
328
Poder de polícia Art. 78 do Código Tributário Nacional –
CTN 329
Recusa de dados sobre a própria
identidade ou qualificação
Art. 68 do Dec. Lei nº 3.688/41 – Lei das
Contravenções Penais 334
Resistência Art. 329 do Código Penal – CP 334
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
PROCESSO 210 POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
PROCEDIMENTO
210.01 Monitoramento
ESTABELECIDO EM: 11/03/2011
REVISADO EM: Nº DA REVISÃO:
REPONSÁVEL: Comandante da guarnição
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Definição dos locais de maior potencialidade de ação delitiva, pessoas com histórico de envolvimento com a criminalidade ou de maior vulnerabilidade;
2. Aproximação e observação dos pontos de monitoramento.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
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1. Cumprir a rota para o monitoramento (Esclarecimento item 1 e resultado esperado nº 1);
2. Aproximar de forma segura, observando o cenário externo e seus
componentes (Ação corretiva nº 1);
3. Registrar o atendimento no Centro de Operações – COPOM;
4. Finalizar e informar os dados do atendimento ao COPOM.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que nos pontos a serem monitorados seja desenvolvida a atividade de saturação (Sequência de ações nº 1 e esclarecimento item 2);
2. Que a atividade de saturação se desenvolva através de estratégias diversas, que evitem a previsibilidade da conduta policial por parte do agressor da
sociedade (Esclarecimento item 3);
3. Que a guarnição patrulhe em condições ideais de segurança, monitorando de forma efetiva os locais e pessoas as quais estejam em Zonas Quentes de Criminalidade – ZQC (Esclarecimento item 4);
4. Que sejam obtidos dados precisos, para melhor conduta policial, em caso de atendimento policial militar (Esclarecimento item 5);
5. Que haja um aumento efetivo na segurança e na qualidade de vida da
comunidade, dificultando que algum agressor atue nos locais sob sua responsabilidade;
6. Que seja ampliada a sensação de segurança das pessoas mais vulneráveis.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja algum fato anormal nos pontos de monitoramento, informar o
COPOM, efetuar abordagem policial ou visita comunitária, conforme cada situação (Sequência de ações nº 2);
2. Caso seja necessário um atendimento reativo no local do monitoramento, onde o número de pessoas envolvidas seja maior do que o esperado,
providenciar junto ao COPOM o imediato reforço policial.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Considerar somente as informações havidas no histórico de um determinado local, desconsiderando possíveis variações;
2. Permitir que pessoas com condutas delituosas permaneçam nesta condição
sem serem abordadas;
3. Executar o monitoramento de forma mecânica e displicente.
ESCLARECIMENTOS:
Item 1 – Monitoramento: é a atividade pela qual os policiais militares executam o patrulhamento de acordo com o Procedimento Operacional Padrão, desenvolvendo
esta atividade com saturação de uma área, com o objetivo de verificar locais e pessoas de forma a acompanhar a rotina das atividades da localidade, buscando aumentar a segurança da comunidade e propiciar o convívio social harmônico.
Item 2 – Saturação: na atividade de monitoramento, a saturação indica o policiamento repetitivo e recorrente em uma determinada localidade durante todo o
período de serviço da guarnição.
Item 3 – Agressor da sociedade: indivíduo que cause prejuízo indevido a qualidade de vida da comunidade, através de conduta tipificada penalmente ou não.
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Item 4 – Zona Quente de Criminalidade (ZQC): localidade que possui histórico de
atendimentos policiais anteriores, dos quais geram suspeição de atividades criminosas.
Item 5 – Atendimento Policial Militar: consiste na prestação de qualquer serviço de atendimento proativo ou reativo ao cidadão que deva ser registrado no COPOM.
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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
PROCESSO N. 210 POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
PROCEDIMENTO
210.02 Visita Comunitária
ESTABELECIDO EM: 11/03/2011
REVISADO EM: Nº DA REVISÃO:
REPONSÁVEL: Comandante da guarnição
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Definição de locais e pessoas a serem visitados (Esclarecimento item 1);
2. Aproximação do local;
3. Primeiros contatos com os locais e pessoas a serem visitados.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Definir o local ou pessoa a ser visitada;
2. Aproximar de forma segura, observando o cenário do ambiente;
3. Posicionar a viatura, conforme POP 201;
4. Registrar o atendimento no Centro de Operações – COPOM;
5. Apresentar-se ao cidadão informando o seu posto/graduação, nome de guerra
e função no quadrante (Esclarecimento item 2), o número do telefone móvel da viatura e o de emergência, 190.
6. Conhecer o cidadão, identificar seus dados pessoais, atividade profissional, tempo de fixação no local, seus anseios e necessidades;
7. Orientar o cidadão a ter um comportamento proativo (Esclarecimento item 3), não ser uma vítima fácil (Esclarecimento item 4 e ação corretiva nº 1) e ser
um fiscal da segurança pública (Esclarecimento item 5);
8. Esclarecer ao cidadão, que sua identidade será preservada, quando o mesmo contribuir com informações úteis à segurança pública;
9. Finalizar e informar os dados do atendimento ao COPOM;
10. Consultar os antecedentes do visitado, após o encerramento da visita
comunitária.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a visita comunitária estabeleça uma relação de parceria entre a Polícia
Militar e comunidade;
2. Que o visitado se torne um agente ativo na promoção da segurança pública;
3. Que ocorra o fenômeno da empatia (Esclarecimento item 6) entre os policiais
militares e a comunidade com a qual atua;
4. Que sejam obtidos dados precisos para melhorar o serviço policial militar;
5. Que o policial seja parte integrante da comunidade, aumentando o nível de
segurança daquela região;
6. Que o policial identifique possíveis situações nas quais o visitado possa ser
classificado como vítima fácil ou agressor da sociedade.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o cidadão seja identificado como vítima fácil o policial deve orientar a
conduta correta a ser tomada e monitorar o mesmo; (Sequência das ações nº 7)
2. Caso o cidadão seja identificado como agressor da sociedade, o policial deve adotar as medidas policiais cabíveis para o caso constatado;
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3. Caso o agressor da sociedade visitado não tiver contra si a situação de flagrante delito ou mandado de prisão, o policial deve orientar a conduta correta a ser tomada e monitorar o mesmo;
4. Caso o endereço da visita comunitária não corresponda à constatação,
cientificar ao COPOM sobre tal situação.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Executar visita comunitária fora do seu quadrante de responsabilidade;
2. Aproximar do local, desconsiderando o possível grau de periculosidade e agindo com desatenção, apatia, desrespeitando as normas técnicas do POP;
3. Desconsiderar as vulnerabilidades do local de visita;
4. Deixar de dar a devida atenção às pessoas envolvidas, na visita comunitária;
5. Priorizar estabelecimentos comerciais, em detrimento das residências.
ESCLARECIMENTOS:
Item 1 – Visita Comunitária: Consiste no ato do policial militar deslocar-se a uma residência, escola, igreja, estabelecimento comercial ou qualquer outro local de
interesse da segurança pública, para repassar as orientações necessárias ao incremento da segurança, além de integrar-se de maneira proativa na vida social da comunidade.
Item 2 – Quadrante: Consiste no espaço geográfico de responsabilidade de uma Guarnição de policiamento militar.
Item 3 – Comportamento Proativo do Cidadão: Atividade na qual o cidadão passa a ser agente direto na promoção da segurança individual e coletiva, adotando um comportamento que dificulte a ação de um agressor da sociedade.
Item 4 – Vítima Fácil: Consiste no ato do cidadão conduzir-se ou comportar-se de maneira tal a que facilite a ação do agressor da sociedade sobre a sua integridade
física e o seu patrimônio.
Item 5 – Fiscal de Segurança: atitude a ser desenvolvida pelo cidadão, pela qual o mesmo assume uma conduta fiscalizadora frente às possíveis causas de criminalidade,
passando a acionar os setores competentes do poder público, ou da sociedade civil, para solucionar estas não conformidades.
Item 6 – Empatia: Consiste na condição de poder colocar-se no lugar do outro.
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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
PROCESSO 210 POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
PROCEDIMENTO
210.03 Visita Solidária
ESTABELECIDO EM: 11/03/2011
REVISADO EM: Nº DA REVISÃO:
REPONSÁVEL: Comandante da guarnição
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Identificação da vítima a ser visitada;
2. Aproximação do local;
3. Primeiros contatos com o visitado.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Coletar os dados referentes ao atendimento, havido no seu quadrante
(Esclarecimento item 1), no dia anterior;
2. Relacionar o nome da vítima e dados característicos do atendimento reativo para a Visita Solidária (Esclarecimento item 2);
3. Aproximar de forma segura, observando o cenário do ambiente;
4. Registrar o atendimento no Centro de Operações – COPOM;
5. Apresentar-se à vítima e informar o seu posto/graduação, nome e função no
quadrante;
6. Solicitar da vítima o relato sobre o fato e o atendimento policial militar;
7. Analisar com a vítima se a sua conduta dentro do evento favoreceu ou não o acontecimento do fato delituoso (Ação corretiva nº 1);
8. Informar ao visitado sobre as suas atribuições como parceiro na promoção de
segurança pública;
9. Informar o número do celular da viatura e o telefone geral de emergência 190
ao término da visita solidária;
10. Esclarecer ao cidadão, que sua identidade será preservada, quando o
mesmo contribuir com informações úteis à segurança pública;
11. Finalizar e informar os dados do atendimento ao COPOM;
12. Após o encerramento da visita solidária, consultar os antecedentes do
visitado.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que ocorra o acompanhamento dos fatos registrados no quadrante e a
guarnição tenha pleno conhecimento do número de atendimentos ocorridos no dia anterior, além dos dados específicos de cada atendimento;
2. Que ocorra o fenômeno da empatia (POP 210.02) entre os policiais militares e as vítimas de delinquência do seu quadrante de atuação;
3. Que sejam obtidos dados precisos, para melhor conduta policial, na ação específica da visita solidária;
4. Que a guarnição possa estabelecer contato efetivo com a comunidade estreitando laços entre o cidadão e a Polícia Militar;
5. Que o cidadão sinta-se valorizado pelo serviço policial militar.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso a conduta da vítima tenha favorecido o fato delituoso, orientar o cidadão a adequar sua conduta para não ser uma vítima fácil (Sequência das ações nº
35
7);
2. Caso o policial militar constate erro na execução do atendimento reativo,
relatar este ao escalão competente;
3. Caso a pessoa indicada não esteja no momento da visita, realizá-la com a pessoa presente;
4. Caso o local da visita solidária, indicada no atendimento não corresponda à constatação, cientificar ao COPOM sobre tal situação.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Executar visita fora do seu quadrante de responsabilidade;
2. Considerar somente às informações recebidas pelo atendimento reativo,
desconsiderando possíveis variações;
3. Aproximar do local, desconsiderando o possível grau de periculosidade e
agindo com desatenção, apatia e sem técnica;
4. Deixar de dar a devida atenção às pessoas envolvidas;
5. Executar visita solidária somente ao atendimento policial de vulto desprezando
os outros tipos de natureza.
ESCLARECIMENTOS:
Item 1 – Quadrante: Consiste no espaço geográfico de responsabilidade de uma Guarnição de policiamento militar.
Item 2 – Visita Solidária: consiste no atendimento policial militar à pessoa vítima de ação delituosa.
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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
PROCESSO 210 POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
PROCEDIMENTO
210.04 Reunião mensal de segurança comunitária
ESTABELECIDO EM: 11/03/2011
REVISADO EM: Nº DA REVISÃO:
REPONSÁVEL: Comandante da Unidade Policial Militar – UPM
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Seleção dos participantes da reunião;
2. Definição do local, data e horário da reunião;
3. Condução da reunião.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Estimar o público;
2. Definir o local adequado, data e horário;
3. Fazer levantamento de dados estatísticos da produtividade policial militar referente ao mês imediatamente anterior;
4. Escalar os policiais militares do quadrante envolvido, inclusive os de folga (POP 210.02);
5. Presidir a reunião mensal de segurança comunitária, estando fardado (Ação
corretiva nº 1);
6. Definir o secretário da reunião;
7. Definir como mestre de cerimônia da reunião um policial militar fardado com boa oratória;
8. Convidar todas as forças vivas (Esclarecimento item 1) atuantes no
quadrante;
9. Preparar o local da reunião;
10.Registrar o atendimento no Centro de Operações – COPOM;
11.Recepcionar os convidados;
12.Registrar em ata a reunião e coleta de assinaturas dos presentes;
13.Iniciar as atividades da reunião;
14.Apresentar as autoridades públicas e lideranças comunitárias presentes;
15.Apresentar os dados dos trabalhos da PMGO;
16.Emitir orientações de cultura de segurança (Esclarecimento item 2) aos
presentes;
17.Dar a oportunidade aos demais segmentos do poder público;
18.Dar a oportunidade às lideranças comunitárias presentes;
19.Dar a oportunidade às demais pessoas;
20.Divulgar o local, data e horário da próxima Reunião Mensal de Segurança Comunitária (Esclarecimento item 3);
21.Encerrar a reunião;
22.Finalizar e informar os dados do atendimento ao COPOM.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as forças vivas atuantes no quadrante sejam congregadas;
2. Que sejam criadas parcerias em prol da Segurança Pública;
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3. Que o cidadão seja um divulgador de cultura de segurança;
4. Que aproxime o cidadão e a Polícia Militar;
5. Que forneça dados para que o Comandante da UPM possa planejar ações.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso surja situação imprevista durante a atividade o Comandante da UPM deve solucioná-la (Sequência das ações nº 5).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Compor mesa de autoridades;
2. Ter ou parecer ter: cunho religioso, político-partidário, empresarial, financeiro
ou de autopromoção;
3. Permitir que uma pessoa ou Instituição monopolize ou tire proveito particular
da reunião;
4. Permitir que a reunião tenha o seu propósito descaracterizado para fins festivos ou artísticos;
5. Permitir que a reunião exceda o tempo de uma hora;
6. Não controlar o tempo de palavra dos participantes ocasionando
prolongamento da reunião;
7. Não estar fardados os policiais militares escalados para a reunião;
8. Permitir que pessoas mal intencionadas promovam grau de animosidade e
polêmica impróprias.
ESCLARECIMENTOS:
Item 1 – Forças vivas: são todas as pessoas ou instituições que tem o poder de influenciar a qualidade de vida das pessoas que moram e trabalham no quadrante, a
saber: Poder Judiciário, Autoridades Políticas, Ministério Público, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil, Escolas Públicas e Particulares, Conselho Tutelar, Conselhos
Comunitários, Associações de Moradores e outras representatividades, Igrejas, Empresas, Imprensa e, principalmente, o máximo possível de moradores.
Item 2 – Cultura de Segurança: consiste em informações que capacitem o cidadão
a ser um agente promotor de sua segurança particular e pública.
Item 3 – Reunião Mensal de Segurança Comunitária: Consiste na obrigação de
cada Comandante de UPM em promover Reunião Comunitária para agrupar as forças vivas atuantes nos quadrantes para discutir e estabelecer parcerias em prol da melhoria da qualidade de vida das pessoas que moram e trabalham no quadrante com
interesse direcionado para a segurança pública, com periodicidade mínima mensal.
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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
PROCESSO 210 POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
PROCEDIMENTO 210.05
Mensuração da produtividade
ESTABELECIDO EM: 11/03/2011
REVISADO EM: Nº DA REVISÃO:
REPONSÁVEL: Gestor do Sistema de Informação Operacional da PMGO
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coleta de dados;
2. Registro de todos os atendimentos.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Registrar o atendimento no Sistema de Informação Operacional da PMGO,
solicitado pelo telefone móvel funcional, ocasional ou por iniciativa da guarnição;
2. Confirmar e coletar dados;
3. Aplicar a sequência de ações prevista nos procedimentos, conforme a natureza do atendimento;
4. Lançar todos os dados do atendimento no mesmo registro dentro do Sistema de Informação Operacional da PMGO.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que mensure todos os atendimentos proativos e reativos do serviço policial militar, para que se apure a produtividade integral do serviço prestado à
sociedade (Esclarecimento item 3);
2. Que a mensuração possa subsidiar o planejamento de ações, visando à
qualidade no serviço policial militar.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso o atendimento proativo (Esclarecimento item 1) resultar em atendimento
reativo (Esclarecimento item 2) deve-se fazer um único registro, sendo que a primeira natureza deve ser a proativa seguida da natureza reativa.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Coletar e inserir dados inverídicos ou incompletos;
2. Deixar de registrar os atendimentos proativos;
3. Trocar naturezas de atendimentos com a finalidade de obter resultados estatísticos dissimulatórios;
4. Deixar de conciliar e diferenciar um procedimento do outro, conforme a natureza;
5. Deixar de registrar na natureza do atendimento a conduta proativa que
oportunizou o resultado reativo.
ESCLARECIMENTOS:
Item 1 – Atendimento Proativo: é o trabalho que tem início de ofício pela própria PM, com o propósito preventivo. Excetuando-se as solicitações de atendimentos não
decorrentes de ação delituosa.
Abordagem Policial: é aquela oriunda da ação preventiva, ainda que o resultado
gere atendimento reativo. Neste caso, a natureza do atendimento deverá ser registrada como abordagem, seguida das demais;
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Apoio Policial: ação cuja finalidade seja a prevenção com o objetivo de evitar
uma progressão danosa ao interesse da segurança pública;
Averiguação: é todo atendimento de checagem de informação com destino certo
e sabido, diferindo do patrulhamento que não possui objeto definido e do monitoramento que faz o acompanhamento de pessoa ou local definido;
Patrulhamento (POP 202);
Bloqueio em via pública (POP 209);
Abordagem estática (POP 208);
Monitoramento (POP 210.01);
Visita comunitária (POP 210.02);
Visita solidária (POP 210.03);
Reunião Comunitária: se dá de duas formas, a mensal de segurança comunitária (POP 210.04); e de forma excepcional, quando solicitada por
determinados grupos ou representatividade local e ainda por iniciativa da própria PM.
Item 2 – Atendimento Reativo: é o trabalho realizado pela PM no atendimento policial militar empenhado através do COPOM, telefone móvel funcional ou de forma ocasional, resultante da notícia de ação delituosa, infracional ou de trânsito.
Item 3 – Produtividade: é a somatória dos atendimentos proativos e reativos.
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14. POP 213 (POLICIAMENTO RURAL)
MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO 213
NOME DO PROCESSO POP 213 POLICIAMENTO RURAL
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de Uso Individual – EUI e de viatura (POP 101 e 102);
2. Viatura operacional específica para trafegar em estradas;
3. Arma longa com bandoleira e 02 (dois) carregadores sobressalentes;
4. Global Positioning System (GPS) – Sistema de Posicionamento Global;
5. Dispositivo Móvel Eletrônico de Comunicação – DMEC (POP 117);
6. Veículo aéreo não tripulado (VANT);
7. Capa de chuva padrão policial militar, com material refletivo na parte posterior e anterior;
8. Facão para mato com lâmina em aço carbono de 12” (doze polegadas), no
mínimo, com bainha;
9. Luz auxiliar (cilibrim);
10. Corda de multifilamento trançada, 100% em material polipropileno, de 12 (doze) milímetros de largura e 20 (vinte) metros de comprimento, no mínimo;
11. Garrafa térmica de 5 (cinco) litros;
12. Bolsa de equipamentos (Esclarecimentos item 1).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Patrulhamento rural POP 213.01
Visita comunitária rural com georreferenciamento POP 213.02
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO PAG
Poder de polícia Art. 78 do Código Tributário Nacional – CTN 347
Deslocamento para o local da
ocorrência
Art. 29, inc. VII do Código de Trânsito Brasileiro – CTB
317
Velocidade máxima Art. 61, inc. II do Código de Trânsito Brasileiro –
CTB Anexo I do CTB
354
Velocidade mínima Art. 62 e 219 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB 355
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
PROCESSO POP 213 POLICIAMENTO RURAL
PROCEDIMENTO 213.01 Patrulhamento rural
ESTABELECIDO
EM:
REVISADO EM:
REVISÃO: 3ª ed. rev. e
amp.
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Acondicionamento dos equipamentos;
2. Deslocamento da viatura;
3. Registro do atendimento policial militar.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Cautelar o GPS e o VANT;
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2. Acondicionar o GPS em local seguro e de fácil acesso;
3. Acondicionar o VANT em embalagem e local seguro e apropriado;
4. Cautelar, o motorista da viatura, os demais equipamentos de viatura;
5. Iniciar o patrulhamento, conforme preconiza o POP;
6. Cumprir a rota estabelecida.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a população rural perceba a presença da guarnição;
2. Que a guarnição cumpra a rota das propriedades rurais georreferenciadas, conforme o planejamento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso não seja possível cumprir a rota estabelecida, informar imediatamente ao CPU;
2. Caso as condições climáticas, de tráfego ou da via sejam desfavoráveis, a
guarnição poderá fechar os vidros; 3. Caso a região tenha área sem cobertura de sinal da operadora de telefonia
utilizada pela instituição, fazer uso de celular com 02 (dois) chips, cuja segunda operadora tenha disponibilidade;
4. Caso o patrulhamento rural ocorra entre às 19h e 6h, a guarnição deverá ser
composta por 03 (três) policiais militares.
POSSIBILIDADE DE ERRO
1. Não verificar as condições de uso dos equipamentos durante a cautela.
ESCLARECIMENTO
Item 1 – Bolsa dos equipamentos Confeccionada em material resistente na cor preta.
Medidas: 70 (setenta) centímetros de comprimento, 40 (quarenta) centímetros de largura e 40 (quarenta) centímetros de altura.
Sistema de fechamento, entre as alças, de zíper em todo seu comprimento. Itens previstos para serem acondicionados na bolsa dos equipamentos: Luz auxiliar (cilibrim), a corda e o facão com bainha.
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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
PROCESSO POP 213 POLICIAMENTO RURAL
PROCEDIMENTO 213.02 Patrulha rural georreferenciada
ESTABELECIDO EM:
REVISADO EM:
REVISÃO: 3ª ed. rev. e
amp.
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Levantamento das propriedades rurais a serem georreferenciadas; 2. Aproximação do local;
3. Primeiros contatos com os locais e pessoas a serem visitados.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
1. Definir, a seção de planejamento da UPM, a propriedade rural onde será realizada
a visita; 2. Receber a ordem de serviço com o planejamento do policiamento (Ação corretiva
nº 1); 3. Iniciar o cumprimento da ordem de serviço; 4. Aproximar da propriedade rural onde será realizada a visita de forma segura,
observando o cenário do ambiente e os objetos que o circundam, bem como os animais e maquinário presentes na propriedade;
5. Posicionar a viatura de forma a não bloquear a entrada e saída de máquinas e equipamentos;
6. Apresentar-se à pessoa visitada e informar o seu posto/graduação, nome de
guerra, função na Patrulha Rural Georreferenciada, os números do telefone móvel da viatura e o de emergência 190;
7. Conhecer a pessoa visitada, identificar seus dados pessoais, atividade preponderante na zona rural, tempo de fixação no local, seus anseios e necessidades (Ações corretivas nº 2 e 3);
8. Informar sobre as ações da Patrulha Rural Georreferenciada; 9. Orientar a pessoa visitada a ter um comportamento proativo, não ser uma vítima
fácil e ser um fiscal da segurança pública; 10. Esclarecer ao cidadão que sua identidade será preservada, quando contribuir
com informações úteis à segurança pública;
11. Registrar o atendimento policial militar; 12. Consultar os antecedentes do visitado e dos funcionários;
13. Controlar, o setor de planejamento da UPM, o número de atendimentos policiais militares por propriedade rural.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que seja estabelecido um vínculo de confiança entre a Polícia Militar e a população rural;
2. Que o visitado se torne um agente ativo na promoção da segurança pública;
3. Que sejam obtidos dados precisos para aprimorar o serviço da Patrulha Rural Georreferenciada;
4. Que o policial identifique situações que classifique o visitado como vítima fácil ou agressor da sociedade.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso exista dúvida sobre o planejamento do policiamento, solicitar apoio do CPU (Sequência de ação nº 2);
2. Caso a propriedade rural não tenha sido cadastrada, coletar os dados para o
cadastramento eletrônico da propriedade rural (Sequência de ação nº 7): a. Captar as imagens: da marca do rebanho, maquinários e implementos
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agrícolas, sede da propriedade, veículos automotores, defensivos agrícolas utilizados rotineiramente pela propriedade;
b. Atribuir a propriedade um número de cadastro conforme a ordem sequencial da
Unidade Policial Militar; c. Fazer o georreferenciamento da propriedade, contendo as coordenadas, o
número de cadastro e o nome da propriedade rural; d. Emitir um recibo com o número de cadastro de propriedade rural para a
confecção da placa de identificação (Esclarecimento item I); e. Orientar a pessoa visitada sobre o local adequado para a fixação da placa de
identificação.
f. Incluir a pessoa visitada no grupo do aplicativo de mensagens instantâneas, esclarecendo sobre a proibição de postagens indevidas.
3. Caso a propriedade rural não tenha sido cadastrada e a pessoa visitada não seja o proprietário, efetuar o cadastramento, verificar data e horário em que este possa ser encontrado e informar o setor de planejamento da UPM para fins de
agendamento e posterior cadastramento de seus dados no cadastro eletrônico da propriedade e no grupo do aplicativo de mensagens instantâneas (Sequência de
ação nº 7).
POSSIBILIDADES DE ERROS
1. Afastar da região em que está sendo realizado o policiamento;
2. Desconsiderar as vulnerabilidades do local de visita; 3. Priorizar algumas propriedades rurais em detrimento de outras.
ESCLARECIMENTO
Item I – Placa de Identificação: Com o cadastramento da propriedade, gera-se um número sequencial de cadastro para identificação da propriedade de forma objetiva e
rápida. Após gerar o número de cadastro, é confeccionado uma placa de identificação a ser afixada em local visível e estratégico na propriedade rural.
A placa terá as dimensões de 60X43cm em material de PVC, ACM ou metal, e conterá as informações da Patrulha Rural Georreferenciada, o número de cadastro, a unidade e os telefones de contato da Unidade Policial Militar da área.
Essa placa terá como finalidade: Identificar a propriedade como participante do projeto de Monitoramento Rural
da Polícia Militar do Estado de Goiás; Gerar um efeito preventivo com a informação da presença da Polícia Militar na
região;
Facilitar a localização pelas equipes que estão em deslocamento para atendimento de emergência.
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15. BIBLIOGRAFIA
BAYLEY, D. Padrões de policiamento. São Paulo: EDUSP, 2002.
GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento operacional padrão: POP. 3ª ed. rev. e amp.
Goiânia: PMGO, 2014. GOLDSTEIN, H. Policiando uma sociedade livre. São Paulo: EDUSP, 2000.
KAHN, T. Velha e nova polícia. São Paulo: [s. n.], 2002.
SENASP. Curso Nacional de Multiplicador de Polícia Comunitária, 5ª Edição, 2013. TROJANOWICZ, R.; BONNIE, B. Policiamento comunitário: como começar. São Paulo:
Polícia Militar, 1999.
VIANNA, R. F. Diálogos sobre segurança pública: o fim do estado civilizado. Ithala. 2011.
ZAVERUCHA, J. Políticas de segurança: dimensão da formação e impactos sociais. Brasília: MJ, 2002.
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ANEXO 1
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS XX COMANDO REGIONAL DE POLÍCIA MILITAR
XXX BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR
REUNIÃO MENSAL DE SEGURANÇA COMUNITÁRIA
ATA Nº xxxxxx de 2017 – (cidade)
Aos treze dias do mês de maio do ano de 2017, às 19h 10min,
reuniram-se na Sede do XXX BPM, situado na cidade de Goiânia-Goiás, onde presente se encontrava o Cap QOPM Fulano de Tal – Comandante do XXX BPM e presidente desta reunião, Cap QOPM Cicrano de Tal – Subcomandante do XXX BPM, João de Tal –
Presidente da Associação de Bairros etc... O Comandante da Unidade, Cap Fulano, fez a abertura dos trabalhos, cumprimentando os presentes e anunciando a presença
das autoridades e forças vivas da comunidade; expôs a produtividade do policiamento realizado e a análise dos índices; emitiu orientações de cultura de segurança onde o cidadão não seja uma vítima fácil e atue na promoção de
segurança pública; Foi dada a palavra aos segmentos do poder público onde o Sr. Xxxxx, disse que xxxx; Foi dada a palavra às lideranças comunitárias, onde o Sr.
Xxxxx; Foi dada a palavra às demais pessoas, no que o Sr. Xxxxx; O Cap Fulano de Tal levantou sugestões de solução junto a comunidade presente, respondeu algumas perguntas e ficou de trazer algumas respostas na próxima reunião de assuntos que
demandam maior análise e que observará as sugestões e reclamações apresentadas. Informou que a próxima Reunião Mensal de Segurança Comunitária será na
Sede da Associação dos Comerciantes, no dia treze de junho de 2017 às 19h, agradeceu a presença de todos e deu por encerrada a presente reunião às 20h05min, que vai por mim assinada, secretário que a digitei, presidente e demais presente
conforme lista em anexo: ___________________,____________________________.
(OBS.: primeiro assina o secretário da reunião (responsável pela lavratura da ata)
seguido pelo presidente da reunião, Comandante da OPM, sendo anexada, logo abaixo a lista dos demais presentes, todas as folhas anexadas com assinaturas deverão estar rubricadas pelo secretário da reunião).
LISTA DE PRESENÇA E ASSINATURA DOS PARTICIPANTES DA
REUNIÃO MENSAL DE SEGURANÇA COMUNITÁRIA, DO (OPM), ATA Nº xxxxxx de 2017 – (cidade), de xx/xx/xxxx. Folha 01.
__________________________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________ xxxxxx