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POLÍTICAS PÚBLICAS Dissertações Título: A descentralização e seus impactos sobre a gestão das finanças municipais: o caso de Mauá Ano: 2003 MESTRADO Autor: Figueiredo, Manoel Victor Gomes Orientador: Junqueira, Luciano Antonio Prates Resumo: O objetivo deste estudo é examinar os impactos dos mecanismos de descentralização das políticas sociais sobre as condições de gestão municipal, levando em consideração o quadro de mudanças econômicas e sociais ocorridas ao longo da década de noventa. Justifica-se pela importância desse processo na reestruturação do setor público e pelo papel do poder local na gestão das políticas sociais. A partir de estudo de caso, com análise dos sistemas de programação e execução orçamentária de um Município da Grande São Paulo, procura-se demonstrar que o processo de descentralização foi, ao longo desse período, delimitado, de um lado, pelas regulamentações dos mecanismos de transferências de responsabilidades e de recursos aos entes locais e, de outro, pelas mudanças econômicas e sociais ocorridas, principalmente a partir de 1994. O suposto é que muitos municípios, mesmo considerando as transferências vinculadas e negociadas, mantiveram parte significativa de seus recursos nas áreas sociais. Tal situação é determinada pelas condições da descentralização e pela institucionalização de regras que definiram as competências tanto de execução como de financiamento entre as esferas de governo. Outros tipos de gastos, importantes para a recuperação econômica e social, foram mantidos, porém limitados às disponibilidades dos recursos próprios municipais. Os resultados permitiram observar que as mudanças nas regras institucionais de descentralização, bem como os mecanismos de transferências voluntárias e vinculadas, tiveram impactos diferenciados, dependendo das políticas sociais, seus modelos institucionais e as condições específicas de seu atendimento. Além disso, a exigência de uma gestão equilibrada significou a redução das despesas globais, considerando tanto as despesas decorrentes de novas demandas e gastos destinados à infra estrutura, como as políticas sociais, tradicionalmente sob sua responsabilidade. Dessa forma, o contexto social e econômico, as exigências de reestruturação do setor público e a forma concreta como se deu a descentralização impôs novo mecanismos de gestão das políticas sociais, consubstanciados em um arcabouço de regras institucionais e na definição mais precisa de competências e distribuição de recursos entre as diferentes esferas de governo.

POLÍTICAS PÚBLICAS Dissertações - pucsp.br · os direitos da criança e do adolescente em situação de vulnerabilidade social. Palavras-chave: Democracia participativa, Conselho

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POLÍTICAS PÚBLICAS – Dissertações

Título: A descentralização e seus impactos sobre a gestão das finanças

municipais: o caso de Mauá

Ano: 2003 – MESTRADO

Autor: Figueiredo, Manoel Victor Gomes

Orientador: Junqueira, Luciano Antonio Prates

Resumo: O objetivo deste estudo é examinar os impactos dos mecanismos de

descentralização das políticas sociais sobre as condições de gestão municipal,

levando em consideração o quadro de mudanças econômicas e sociais ocorridas

ao longo da década de noventa. Justifica-se pela importância desse processo na

reestruturação do setor público e pelo papel do poder local na gestão das políticas

sociais.

A partir de estudo de caso, com análise dos sistemas de programação e execução

orçamentária de um Município da Grande São Paulo, procura-se demonstrar que

o processo de descentralização foi, ao longo desse período, delimitado, de um

lado, pelas regulamentações dos mecanismos de transferências de

responsabilidades e de recursos aos entes locais e, de outro, pelas mudanças

econômicas e sociais ocorridas, principalmente a partir de 1994. O suposto é que

muitos municípios, mesmo considerando as transferências vinculadas e

negociadas, mantiveram parte significativa de seus recursos nas áreas sociais.

Tal situação é determinada pelas condições da descentralização e pela

institucionalização de regras que definiram as competências tanto de execução

como de financiamento entre as esferas de governo. Outros tipos de gastos,

importantes para a recuperação econômica e social, foram mantidos, porém

limitados às disponibilidades dos recursos próprios municipais.

Os resultados permitiram observar que as mudanças nas regras institucionais de

descentralização, bem como os mecanismos de transferências voluntárias e

vinculadas, tiveram impactos diferenciados, dependendo das políticas sociais,

seus modelos institucionais e as condições específicas de seu atendimento. Além

disso, a exigência de uma gestão equilibrada significou a redução das despesas

globais, considerando tanto as despesas decorrentes de novas demandas e

gastos destinados à infra estrutura, como as políticas sociais, tradicionalmente

sob sua responsabilidade. Dessa forma, o contexto social e econômico, as

exigências de reestruturação do setor público e a forma concreta como se deu a

descentralização impôs novo mecanismos de gestão das políticas sociais,

consubstanciados em um arcabouço de regras institucionais e na definição mais

precisa de competências e distribuição de recursos entre as diferentes esferas de

governo.

Palavras-chave: Impactos, Descentralização, Políticas públicas, Gestão

municipal, Políticas Socais

Link de acesso: arquivo digital não disponível Localização Biblioteca Campus Perdizes: DM 658 F475d Ex.2

Título: Cotidiano, trajetórias e políticas públicas: crianças e adolescentes

em situação de rua em Vitória da Conquista, Bahia (1997-2007)

Ano: 2008 – MESTRADO

Autor: Andrade, Fábio Santos de

Orientador: Silva, Ana Amélia da

Resumo: Esta dissertação teve por objetivo analisar o cotidiano e as trajetórias

de crianças e adolescentes em situação de rua, bem como as políticas públicas

municipais em Vitória da Conquista (Bahia). A pesquisa centrou-se no período de

1997 a 2007, que corresponde a dois mandatos do governo municipal e, um

terceiro, em curso, todos sob o comando do PT – Partido dos Trabalhadores.

Voltou-se para análise de programas e projetos dirigidos à população infanto-

juvenil do município, destacando-se a Unidade de Educação de Rua, levando-se

em conta alguns marcos históricos do país. Verificou-se que, mesmo com a

implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, desde os anos

1990, alguns dos programas e projetos implementados em Vitória da Conquista,

embora objetos de premiações importantes, disputam significado com outros,

desativados ou inoperantes. Isto leva à reflexão sobre as perspectivas focalizadas

ou compensatórias, assim como aos conflitos de competências entre esferas

governamentais. A análise procurou destacar uma tendência acirrada em tempos

de política econômica orientada pela ideologia neoliberal, de que resultam

políticas públicas e programas sociais voltados, principalmente, para a

administração da pobreza.

Palavras-chave: Crianças e adolescentes em situação de rua, pobreza,

estratégias de sobrevivência, políticas públicas, violência, Vitória da Conquista

(BA)

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/3916

Título: A efetivação de direitos dos usuários da assistência social em

pequenos municípios: utopia ou realidade?

Ano: 2009 - MESTRADO

Autor: Sant'Anna, Marilene Ferreira

Orientador: Yasbek, Maria Carmelita

Resumo: Este trabalho apresenta uma análise do processo de implantação do

Sistema Único da Assistência Social (SUAS) em um Município de Pequeno Porte

I, cujo enfoque tradicional caracteriza ação assistencialista. Partindo do princípio

de que a efetivação do SUAS no sistema de gestão municipal permite a passagem

do modelo político de um “Estado Assistencialista” para um modelo de “Estado

de Direito”, o estudo teve como foco o município de Nova Canaã Paulista,

localizado na região noroeste do Estado de São Paulo. A pesquisa, de caráter

qualitativo, foi realizada por meio de análises documentais, observação

sistemática in locu, visitas domiciliares e entrevistas semi-estruturadas. Teve

como público alvo a equipe técnica, gestores da política no município,

representantes da sociedade civil e usuários do atendimento social. Os resultados

demonstraram que, embora se evidenciem avanços estruturais impulsionados

pela Política Nacional da Assistência Social, a assistência social ainda não se

configura como política pública afiançadora de direitos e proteção social nesse

pequeno Município.

Palavras-chave: Assistência social, Políticas públicas, Direitos sociais,

Assistencialismo

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/17968

Título: O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do

município de Vitória da Conquista: espaço público de exercício da

democracia participativa

Ano: 2009 – MESTRADO

Autor: Públio, Carlos Alberto Maciel

Orientador: Borin, Marisa do Espírito Santo

Resumo: Este trabalho tem por objetivo estudar o Conselho Municipal dos

Direitos da Criança e do Adolescente (COMDICA), do Município de Vitória da

Conquista-Bahia, a partir de sua instalação (1991) até os dias atuais. A pesquisa

centrou-se na análise da capacidade do COMDICA em influenciar as políticas

públicas para a infância e adolescência como lócus privilegiado do exercício da

democracia participativa. Neste sentido, a pesquisa voltou-se para o

entendimento da qualidade da interlocução do Conselho com o poder público

municipal e com as instituições que atendem crianças e adolescentes e para

conhecimento do nível técnico dos conselheiros municipais de direitos sobre suas

funções como representantes da sociedade civil e a capacidade de efetivação

das suas deliberações. No transcorrer da pesquisa, constatou-se que o

COMDICA não alcançou o seu objetivo como instância que delibera sobre

políticas públicas para a infância e adolescência. Por outro lado, o município

durante as administrações do Partido dos Trabalhadores (PT), correspondentes

a três mandatos e, um terceiro, em curso, tornou-se uma referência regional

notadamente por implantar projetos e desenvolver ações (nas diversas áreas)

com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais e, sobretudo, por assegurar

os direitos da criança e do adolescente em situação de vulnerabilidade social.

Palavras-chave: Democracia participativa, Conselho Municipal dos Direitos da

Criança e do Adolescente, Vitoria da Conquista – BA, Direitos das crianças,

Direitos dos adolescentes, Cidadania, Politicas publicas

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/4073

Título: Políticas públicas saudáveis na mídia social: em tempos de

promoção de saúde quem se arrisca ser “sedentário assumido”?

Ano: 2010 – MESTRADO

Autor: Souto, Ana Cristina Carneiro Fernandes

Orientador: Ciampa, Antonio da Costa

Resumo: Dizer que existe uma relação entre a saúde física e a saúde mental não

é algo novo. De certo modo, essa ideia já se fazia presente na antiguidade, na

expressão “mens sana in corpore sano”, que sugeria que a saúde seria algo

decorrente de um modo de vida equilibrado. Em nosso contexto social e histórico,

num outro olhar, o modo de viver é uma questão relevante de Saúde Pública,

particularmente, diante das evidências de que as Doenças Crônicas Não

Transmissíveis (DCNT) são causa principal de mortalidade e de incapacidade

prematuras, na atualidade. Nessa perspectiva, políticas públicas neoliberais têm

sustentado a afirmação de que o estilo de vida sedentário, como um produto não

desejável da modernidade, é um estilo arriscado que deve ser evitado. Além de

motivar a adesão individual e produzir movimentos pró-ativos em relação às

prescrições saudáveis, ações promocionais têm gerado outros efeitos e

movimentos paradoxais. Diante dessa realidade, essa dissertação da

investigação realizada à distância, via internet, combina a exposição dos dados

com discussões e reflexões realizadas em duas vertentes: identidade e saúde.

Do ponto de vista da identidade, o presente estudo inicia-se enfocando o

agrupamento de “sedentários assumidos” e, aprofunda-se num estudo de caso

emblemático. Do ponto de vista da saúde, problematiza-se a ação voluntária de

construção da identidade na internet, especificamente, a ação de tornar público

um atributo pessoal de valor negativo, como a “face sedentária” da identidade. A

partir dos dados levantados, e das reflexões realizadas, pode-se dizer que: o

ativismo na rede social carrega “certa” possibilidade emancipatória; as ações

comunicativas de “sedentários assumidos” têm a pretensão de validar suas

práticas cotidianas, entre pares, e não constituem um movimento de resistência

orientado contra as práticas prescritas como saudáveis; “sedentários assumidos”

reproduzem o discurso teórico dominante do movimento promocional; e,

finalmente, a partir do estudo de caso pode-se dizer que a identidade pós-

convencional é determinante para que a ação comunicativa na rede possa vir a

possibilitar a concretização de algumas dimensões do projeto de vida pessoal.

Palavras-chave: Identidade, Promoção da saúde, Mídia social

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/16906

Título: Cortiços e a segregação no espaço urbano: repercussões na

atividade profissional dos indivíduos

Ano: 2011 – MESTRADO

Autor: Álvares, Flávio Alexandre Cardoso

Orientador: Junqueira, Luciano Prates

Resumo: Esta dissertação examina as relações de trabalho da população que

vive em habitações precárias na Bela Vista. No bairro com a maior concentração

de cortiços de São Paulo, reside uma população segregada das oportunidades

trabalho que prosperam na região. Para captar as repercussões dessa realidade

na orientação profissional das pessoas, foram utilizadas duas bases de dados

com amostras não probabilísticas, uma de natureza quantitativa e outra

qualitativas. Recorreu-se à triangulação entre essas duas bases para tentar

encontrar padrões de comportamento que apresentasse de que maneira os

indivíduos que vivem em cortiços constituem suas relações sociais e de trabalho.

Os resultados apontam para uma situação de segregação peculiar, reforçada

pelos laços sociais com a localidade e uma influência significativa nas atividades

profissionais, com forte associação a ocupações de baixa qualificação, elemento

que determina uma remuneração muito aquém do potencial local. Outro fator de

peso nas análises se dá pelo vínculo empregatício, a formalização das relações

de trabalho reforça o laço das pessoas com o espaço, dando mais satisfação

pessoal e profissional, outros fatores que aparecem muito ligados à identificação

pessoal com o meio. A pesquisa não foi suficiente para demonstrar que a moradia

precária determina a atividade profissional dos que se submetem a essa situação,

mas trouxe informações que apresentam outros fatores muito fortes, o que

constituiu no maior resultado de todo o esforço empreendido no trabalho. É

também um material que pode enriquecer a compreensão dessa realidade para

todos que trabalham pela melhoria da qualidade de vida daqueles que residem

em habitações precárias, sejam organizações da sociedade civil, ou o próprio

Estado.

Palavras-chave: Cortiços, Habitação precária, Segregação, Atividade

profissional, Relações sociais

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/1006

Título: “Direito e gestão pública: política pública como forma de

manifestação da função administrativa – aplicabilidade do regime jurídico

administrativo ao ciclo de gestão de políticas públicas no Brasil”

Ano: 2011 – MESTRADO

Autor: Beltramim, Larissa

Orientador: Rocha, Silvio Luis Ferreira da

Resumo: O presente trabalho investiga a possibilidade de reconhecer a política

pública como forma de manifestação da função administrativa, no âmbito do

Direito Administrativo, e a consequente aplicabilidade do regime jurídico

administrativo ao ciclo de gestão de políticas públicas, à luz da Constituição

Federal de 1988. Num país caracterizado pela diversidade e pelo pleno

desenvolvimento econômico e social, o tema das políticas públicas merece

destaque num contexto social que, cada vez mais, confere legitimidade ao Estado

realizador de finalidades coletivas e, portanto, necessita aperfeiçoar a ordenação

estratégica para o exercício de suas múltiplas funções. Da interpretação

sistemática da Constituição é possível extrair o conjunto de normas que regulam

as políticas públicas no âmbito da Administração Pública Federal, orientado para

a realização dos objetivos do Estado brasileiro. Nosso objetivo é analisar, sob a

ótica do direito positivo, mediante uma justificação principiológica, a relação entre

os conceitos de política pública e de função administrativa, considerada salutar

para a concepção de uma boa administração pública, que zele pela efetivação

dos direitos fundamentais e que contemple nos mecanismos de gestão a

justificação das escolhas públicas. Dessa análise, percebe-se a correspondência

direta entre os elementos do conceito de política pública e aqueles da função

administrativa, explicitando que os dois conceitos convergem para uma relação

de gênero (função administrativa) e espécie (política pública). Daí a importância

do reconhecimento da política pública no âmbito do Direito Administrativo e a

necessidade de estabelecer uma metodologia de verificação da correspondência

legal da política pública ao regime jurídico administrativo, por meio de sua

aplicabilidade às etapas do ciclo de gestão de políticas públicas, propiciando o

aperfeiçoamento dos instrumentos da ação governamental e, portanto, a

efetivação dos direitos da população.

Palavras-chave: Política pública, Função administrativa, Direito administrativo,

Ciclo de gestão das políticas públicas, Administração pública

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/5593

Título: O microcrédito e a geração de emprego e renda: a experiência do Banco Pérola

Ano: 2013 – MESTRADO

Autor: Nascimento, Cesar do

Orientador: Junqueira, Luciano Prates

Resumo: Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a

influência do microcrédito na geração de emprego e renda realizada com clientes

do Banco Pérola na cidade de Sorocaba - SP. Trata-se de uma Organização da

Sociedade Civil de Interesse Público, que oferece microcrédito aos

empreendedores da região. Esta pesquisa foi realizada com uma amostra de 30

clientes do banco, com a utilização de um formulário, contendo perguntas

abertas e fechadas. Os resultados da pesquisa revelaram que o microcrédito

influencia na geração de emprego e renda. E com essa renda, os

empreendedores conseguem regularizar o negócio e investir em bens e serviços

para melhorar sua qualidade de vida. Esses empreendedores de baixa renda e

excluídos do sistema financeiro tradicional valorizam mais o acesso ao crédito

que as taxas de juros praticadas nessa operação, que são de 4% ao mês.

Entretanto, essas taxas não os impedem de investir por conta própria. O crédito

tomado serve para investimento em capital de giro e investimento fixo. Além

disso, para cada empreendimento aberto foram gerados 2,1 postos de trabalho.

Palavras-chave: Microcrédito, Emprego, Renda, Banco Pérola, Empreendedor

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/1065

Título: A experiência da participação em conselhos de políticas públicas:

uma análise psicossocial

Ano: 2015 – MESTRADO

Autor: Santos, Jean Fernando dos

Orientador: Furtado, Odair

Resumo: A participação em conselhos municipais é uma conquista histórica de

parte dos movimentos sociais e organizações que lutaram pela

redemocratização do País. Com a sua previsão na Constituição Federal de 1988,

buscava-se por meio da institucionalização destes espaços via políticas públicas,

o envolvimento da população na construção de avanços democráticos ainda

necessários para a universalização de direitos sociais e a socialização da

política. Após 27 anos de sua previsão, apesar da ampliação significativa destes

e das políticas públicas, há diversas críticas sobre a forma como efetivamente

ocorre à participação nestes espaços. A partir da Psicologia Sócio - Histórica,

este estudo teve como objetivo realizar uma análise psicossocial na perspectiva

de compreender a Dimensão Subjetiva da Participação em um Conselho

Municipal. Para tanto se utilizou da observação participante nas reuniões

ordinárias e extraordinárias do conselho com foco nas

posições/significados/ações que servem como referência aos conselheiros no

que tange a experiência participativa. Foi constatado que a referência para

participação está alinhada com uma perspectiva de Estado gerencial, que a

reduz a uma prática de gestão despolitizada e na contramão do processo de luta

pela universalização de direitos. Em nossa análise, apontamos que esta

compreensão oculta relações de poder e também sua própria gênese nas

relações da estrutura/superestrutura dos processos de transformações

capitalistas no Brasil. A desnaturalização do sujeito que participa, ao identificá-

lo como sujeito histórico, possibilita identificar processos que ocultam o

autoritarismo sob uma noção de democracia burguesa. Por fim, compreendendo

as contradições no âmbito da sociedade civil, conclui-se que a noção da

participação para universalização de direitos nos conselhos pode ser

estrategicamente fomentada na medida em que se efetiva a socialização da

política com efetiva promoção da participação de usuários dos serviços.

Palavras-chave: Psicologia sócio - histórica, Políticas públicas, Participação,

Conselhos

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/17105

Título: A política de saúde para a pessoa idosa em São José do Rio Preto

(SP): conquistas e desafios - um estudo a partir dos parâmetros

internacionais

Ano: 2015 – MESTRADO

Autor: Pádua, Maria Augusta Carolino de

Orientador: Silva, Ademir Alves da

Resumo: O envelhecimento populacional é analisado como fenômeno mundial.

No Brasil, iniciou-se na década de 60. Apesar de tardio, ocorreu de forma rápida,

sistemática, consistente e modificou a pirâmide populacional. A presente

pesquisa considera os fatores determinantes no envelhecimento, como classe

social, gênero, doença crônica e redução do cuidado familiar. Com a

transformação demográfica, o Brasil foi instado a acompanhar esse processo e

a desenvolver políticas públicas voltadas às necessidades da população idosa.

O objetivo geral desta pesquisa é analisar as políticas públicas de saúde

direcionadas ao segmento de idosos, nos âmbitos nacional e municipal, tendo

em vista os parâmetros internacionais. A metodologia utilizada envolveu

pesquisas bibliográfica e documental. Na pesquisa bibliográfica, as referências

foram as obras que, sob perspectiva crítica, analisam a transformação

demográfica, a saúde das pessoas que envelhecem, bem como o processo de

envelhecimento humano. A pesquisa documental privilegiou o referencial legal-

normativo, por meio da revisão e análise de leis, portarias, decretos, políticas e

programas relacionados ao segmento de idosos. A Política Nacional de Saúde

do Idoso, o Envelhecimento Ativo: Uma Política de Saúde e a Política Nacional

de Saúde da Pessoa Idosa foram profundamente analisadas. A Primeira

Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento, a Política Nacional do Idoso, o

Estatuto do Idoso e a Segunda Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento

contribuíram para as reflexões contidas neste estudo. Na esfera municipal, foram

destacados as ações e os serviços da política pública de saúde de São José do

Rio Preto (SP) tendo como referência as políticas públicas de saúde

direcionadas ao segmento de idosos que fundamentam esta pesquisa.

Identificaram-se três tendências: iniciativas públicas para o segmento de idosos

que privilegiam as metas econômicas em detrimento dos direitos sociais;

dependência das políticas públicas em relação ao âmbito privado, sobretudo

familiar, quanto à proteção da pessoa idosa; transferência da responsabilidade

do Estado para o indivíduo, no que tange ao envelhecimento saudável. As

proposições levantadas neste estudo estão relacionadas à execução, ampliação

e criação de serviços públicos de atendimento à pessoa idosa. Dentre tais

serviços, destacam-se: programas de acompanhantes de idosos, Centros Dia,

Hospitais de Longa Permanência para Idosos, Instituições de Longa

Permanência para Idosos e repúblicas para pessoas idosas. A pesquisa aponta

que houve avanço da legislação direcionada à população idosa, porém a prática

mostra-se ainda insatisfatória. No cenário brasileiro atual, com o crescente

contingente de pessoas idosas, verifica-se que parcela significativa dessa

população enfrenta a realidade de abandono e violação de direitos. São

urgentes, portanto, a operacionalização das ações previstas nas políticas

públicas vigentes e o estabelecimento de novos serviços, que se mostram hoje

necessários, a fim de proporcionar de fato um envelhecimento digno para todas

as pessoas.

Palavras-chave: Envelhecimento, Políticas públicas, Saúde

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/17757

Título: As políticas sociais atuais permitem a manutenção e apoio aos

idosos no domicilio? complementaridade do apoio cotidiano de idosos no

domicilio na França e a assistência multiprofissional ao idoso no Brasil

Ano: 2015 – MESTRADO

Autor: Chautard, Eva

Orientador: Wanderley, Mariangela Belfiore

Resumo: A idade das populações francesas e brasileiras e do número de

pessoas idosas dependentes aumenta. Neste contexto, as políticas públicas

devem centrar os seus esforços em dispositivos de cuidados em casa e torná-la

uma prioridade para a gestão da dependência. Neste sentido, o Estado seria

capaz de respeitar os desejos da maioria dos idosos, a permanecer o maior

tempo possível em casa, e promove a inclusão social. Esta breve analisa as

políticas públicas em França e no Brasil, com o apoio domiciliar público, a nível

nacional e local, e apresentar uma visão geral dos actuales dispositivos de ajuda

domiciliar para os idosos. Este trabalho também contará com muitas

experiências, viveu na França e no Brasil, que irá ilustrar o teórico sobre usado.

Os limites franceses e brasileiros destaque para a compreensão das deficiências

do Estado no que diz respeito aos cuidados do lar e explicar entre outras, a alta

exposição dos idosos em situação de isolamento.

Palavras-chave: Idosos, Atendimento domiciliar, Políticas públicas

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/17763

Título: Desafios à consolidação do Sistema Único de Assistência Social

(Suas): um estudo sobre o Município de Barueri/SP

Ano: 2015 – MESTRADO

Autor: Leite, Mariana de Oliveira

Orientador: Paz, Rosangela Dias Oliveira da

Resumo: Esta pesquisa objetiva analisar os desafios para a consolidação da

assistência social como política pública, direito do cidadão e dever do Estado.

Tem por objeto de estudo o município de Barueri/SP, e foi baseada em pesquisa

qualitativa, por meio de entrevista com ex-gestores e profissionais da gestão, e

por levantamento documental. O avanço da política de assistência social com a

implantação do Suas é inegável, mesmo considerada a cultura política no País

que perpetua o assistencialismo e exerce resistência: a ampliação de serviços e

de estrutura, o atendimento por nível de complexidade, o aumento quantitativo e

qualitativo de recursos humanos, a definição de competências dos entes, os

parâmetros de atuação e atendimento, e o controle social, ainda que incipiente,

o exemplificam. No entanto, para pensar em termos de consolidação do sistema,

há ainda longo caminho. Existem lacunas, como a implantação da vigilância

socioassistencial, o controle social e a participação efetiva dos usuários em

espaços democráticos; a capacidade de atendimento nos serviços

socioassistenciais, ainda incompatível com a demanda; inexistem serviços

considerados imprescindíveis; são necessárias a ampliação e capacitação de

recursos humanos; a superação do assistencialismo; o trabalho em rede; dentre

tantas outras providências. Os resultados apontam que, a despeito dos avanços,

a superação do conservadorismo e a vontade política são os principais caminhos

para a efetivação do Suas.

Palavras-chave: Política pública, Assistência social, Cultura política

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/17761

Título: Desigualdades sociais de saúde e acesso a mamografia na fronteira

entre o Brasil e a França na região do Rio Oiapoque

Ano: 2015 – MESTRADO

Autor: Py, Nathalie Jacinta Rodrigues de Oliveira

Orientador: Wanderley, Mariangela Belfiore

Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar a implementação das

políticas públicas de saúde para o acesso à mamografia na região da fronteira

fluvial do rio Oiapoque entre a França e o Brasil que apresenta várias situações

de desigualdades sociais de saúde. Justificativa: O interesse por essa

problemática teve duas influências: O trabalho realizado na coordenação da

Rede regional do câncer da Guiana Francesa, em colaboração com os

profissionais de saúde, uma assistente social e uma psicóloga no atendimento

aos pacientes e familiares. O conhecimento de uma região de fronteira rica pela

diversidade de sua população e dos desafios que enfrentam no seu quotidiano

pelo distanciamento com as cidades principais. Duas questões foram

contempladas para responder à problemática principal: Os determinantes sociais

de saúde da população da região fronteiriça estão sendo contemplados na

implementação das políticas de acesso à detecção do câncer de mama? Quais

são as estratégias propostas pelos poderes públicos, os atores institucionais, os

profissionais para facilitar o acesso à mamografia para a população da fronteira?

Aspectos teórico-metodológicos: A análise da influência das desigualdades

sociais de saúde no acesso a mamografia foi realizada com base na teoria do

economista Amartya Sen sobre a relação entre as desigualdades sociais e a

liberdade dos indivíduos. Uma pesquisa documental e entrevistas com

profissionais da fronteira foram realizadas para entender o contexto específico

da região, os sistemas de saúde brasileiros e francês e a organização da

detecção do câncer de mama para a população fronteiriça. Resultados obtidos:

Pudemos concluir que as desigualdades territoriais são maior impacto na falta

de participação ao exame de as que tem detecção do câncer de mama das

mulheres de vivem na fronteira. Essas desigualdades requerem uma ação

pública coordenada para realizar mudanças estruturais "e de organização dos

serviços públicos, mais também ações localizadas, promovendo maior interação

entre os profissionais e a população.

Palavras-chave: Desigualdades sociais de saúde, Desigualdades sociais,

Políticas públicas de saúde, Acesso aos cuidados, Mamografia, Detecção do

câncer de mama

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/17769

Título: O adolescente em conflito com a lei: que acesso tem ele às políticas

públicas? Um recorte na cidade de São Paulo

Ano: 2015 – MESTRADO

Autor: Cividanes, Natália Lôbo Oliveira

Orientador: Campos, Marta Silva

Resumo: O presente trabalho trata do adolescente em conflito com a lei, quanto

aos caminhos seguidos no decorrer da sua vida, e em relação à (im)possibilidade

da política pública tornar-se mediadora nessa vivência. Apontamos na história

do Brasil crianças e adolescentes que foram adquirindo e mostrando visibilidade

em um processo lento, que os colocava como sujeitos aos interesses da

burguesia. Com a nova Constituição Federal, de 1988 e o Estatuto da Criança e

do Adolescente, muda-se a forma de enxergá-los, que passam a ser alvo

prioritário na implantação de políticas, elaboradas no intuito de protegê-los,

priorizando seus próprios interesses, em detrimento de quaisquer outros. Para o

adolescente, a quem se atribui a prática de ato infracional é dado um novo olhar,

na direção do educar, buscando sua reinserção na sociedade, através de uma

política de inclusão e atendimento, que atuem para seu bem-estar, na intenção

de que ele não volte a reincidir, bem como seja inserido na educação, formação

e no mercado de trabalho. A pesquisa que apoia o trabalho mostra que o Estado

não só deixa de atender esses jovens, como em alguns momentos até contribui

para a perpetuação de uma vida marcada pela violência, seja ela compulsória,

antes ou depois do cumprimento de medida socioeducativa. Esta pesquisa

investiga os relatos de adolescentes que já passaram pela privação de liberdade

e abre espaço para o que eles têm a dizer no tocante a sua compreensão de

mundo e ao seu acesso a políticas públicas, principalmente nas áreas da

educação, saúde, cursos, equipamentos da assistência e justiça. Os resultados

trazem elementos importantes para a discussão sobre o ato de infracionar e a

história dessa infração, a partir dos relatos de privações que esses adolescentes

passaram no decorrer de suas vidas, tanto de bens materiais, como de

imateriais. Finalizamos a pesquisa com a temática redução da maioridade penal,

questão não só atual, como também representativa do maior retrocesso

brasileiro quanto aos direitos não apenas de adolescentes, mas de toda uma

nação.

Palavras-chave: Adolescente em conflito com a lei, Violência, Políticas públicas,

Estado, Redução da maioridade penal

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/17759

Título: Políticas públicas para minorias sexuais: características e

perspectivas no direito brasileiro

Ano: 2015 – MESTRADO

Autor: Polezze, Rogério Volpatti

Orientador: Matsushita, Thiago Lopes

Resumo: A dissertação propõe-se a analisar a configuração das minorias

sexuais, discutindo conceitos e as razões de entendê-las como grupos

vulneráveis. A pesquisa traça uma análise geral acerca dos direitos humanos,

destacando os fundamentais, sua evolução ao longo da história, em especial,

após a Segunda Guerra Mundial. Põe em relevo a posição assumida pelos

princípios, tão marcantes no estágio pós-positivista do direito. Observa que,

embora haja controvérsia, tanto a inclusão ampla de princípios nas Constituições

mais recentes quanto o movimento do neoconstitucionalismo ou do pós-

positivismo indicam a valorização da carga axiológica no direito, completando e

enriquecendo a antiga visão positivista. O estudo procura traçar as

características das políticas públicas, promovidas em benefício das minorias

sexuais, realizando uma breve análise do perfil que se apresenta, suas

dificuldades (limitações), além de traçar perspectivas para futuro próximo e

alternativas para atender mais satisfatoriamente a população-alvo deste estudo.

A pesquisa faz um comparativo com exemplos que sucederam em Estados

europeus no que se refere à aparente maior amplitude do papel do Poder

Judiciário brasileiro na definição e provocação (da iniciativa) das políticas

públicas em estudo. Assim, realçando características próprias do Brasil, em

especial, em função de sua Constituição demasiadamente analítica e rica em

carga axiológica (e princípios), tentou-se explicar os motivos pelos quais o Brasil

mostra sua função jurisdicional tão marcantemente pós-positivista, fazendo valer

direitos fundamentais e conteúdo próprio de princípios adotados na Constituição;

inclusive, próprios dos grupos componentes das minorias sexuais e na

contramão da maioria estabelecida no Parlamento nacional.

Palavras-chave: Minorias sexuais, LGBT, Políticas públicas, Ativismo judicial

Pós-positivismo, Princípios

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/6807

Título: Programa Minha Casa Minha Vida: uma análise da política

habitacional para a população de baixa renda no Brasil

Ano: 2015 – MESTRADO

Autor: Martins, Adriano Ribeiro

Orientador: Gadelha, Regina Maria d'Aquino Fonseca

Resumo: Esta dissertação aborda a política habitacional para a população de

baixa renda no Brasil, com ênfase no Programa Minha Casa Minha Vida

(PMCMV). Para tanto, aborda as principais políticas e programas desde os

Governos Fernando Collor de Mello e Itamar Franco até o governo Dilma

Rousseff (1990 a 2014), no sentido de eliminar o déficit do setor, lembrando que

para 2015, o Governo Federal estima construir cerca de 3 milhões de novas

moradias populares nas zonas urbanas, com recursos do FGTS e taxa de juros

diferenciada para famílias de baixa-renda.

Palavras-chave: Políticas públicas, Políticas de habitação, População de baixa

renda, Programa Minha Casa Minha Vida

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/9254

Título: Um olhar sobre o processo do envelhecimento: a percepção do

idoso sobre a velhice em centros de convivência selecionados

Ano: 2015 – MESTRADO

Autor: Oliveira, Susete Maria Ramos Cortez

Orientador: Concone, Maria Helena Villas Bôas

Resumo: Embora seja evidente o aumento acelerado do número de idosos no

Brasil, ainda se conhece muito pouco sobre a pessoa idosa, e até o momento

frequentemente autores têm falado pelos idosos, dando foco ao envelhecimento

e à velhice como um processo negativo e homogeneizador. Percebendo-se a

necessidade de desnaturalizar o fenômeno da velhice e considera-la uma

categoria social e culturalmente construída, este estudo buscou conhecer como

os idosos representam a velhice, através de sua percepção do processo de

envelhecimento e da vivência pessoal da velhice (“idosidade”). A pesquisa foi de

âmbito regional e utilizou uma abordagem metodológica qualitativa,

evidenciando as imagens e representações dos idosos a respeito do

envelhecimento. Os procedimentos técnicos utilizados foram pesquisas

bibliográficas e pesquisa de campo. Os dados foram coletados por meio de

entrevistas realizadas com cento e vinte idosos, de idades entre 60 e 85 anos

(independente do gênero, classe ou raça). Estes foram selecionados em grupos

de centros-convivência, das cidades de São Caetano do Sul e Santo André - SP.

O resgate das representações sociais foi efetivado por meio de questionários

individuais, constando de quatro perguntas abertas e estruturadas: a) o

significado de ser idoso; b) como avalia a aceitação social do idoso; c) como ele

se percebe no convívio social; d) quais suas expectativas e desejos relacionados

ao futuro. Na busca, pela visão êmica dirigimos boa parte das questões para a

percepção que as pessoas idosas têm da velhice - uma dimensão subjetiva. As

respostas foram tratadas quantitativamente e qualitativamente por meio da

análise de um software, o DSC - Discurso do Sujeito Coletivo, um método de

análise de discurso que permite chegar a uma dada representação social. De

acordo com os resultados houve apreciação de opiniões em discursos

significativos, agregados em especial à valorização de si mesmo e de sua

imagem, ou melhor, às manifestações de resgate das caracterizações de

identidade pelo viés de um envelhecimento saudável. As informações permitiram

apontar que, diferentemente da visão negativa e homogeneizadora do outro em

torno da velhice, os idosos entrevistados vivenciam o processo do

envelhecimento de formas diferentes e relatam a velhice como uma fase de

prazer. Não se perceberam frustações, conflitos e dramaticidades na forma de

vivenciarem a velhice. Também, não foram identificados sentimentos de

inferioridade em face das mudanças e perdas. Quanto à promoção do

envelhecimento ativo e saudável, essa é perceptível na fala, no olhar e nas

atitudes das pessoas e se expressa quando os idosos entrevistados falam da

motivação de sair de casa, da superação de estados depressivos, da melhora

das condições físicas, ficando implícita, também, a alusão positiva quando

apontam a condição de ser idoso como uma importante etapa da vida,

mencionando as conquistas em relação às gerações passadas e a possibilidade

da concretização do sonho de liberdade. Pode-se verificar que os programas

centros de convivência apresentam respostas positivas necessitando, contudo,

superar alguns entraves para viabilizar melhor as conquistas de participação,

autonomia e integração. Os programas oferecem atividades físicas, artísticas,

lúdicas, educativas e de lazer, dentre outras, todas de grande importância para

experienciar o processo de envelhecimento de forma positiva. A questão da

integração, entretanto, necessita maior atenção. De forma geral os centros de

convivência são legitimados para idosos acima de sessenta anos e os novos

idosos brasileiros vão muito além dos 60 anos. É importante estimular a

solidariedade intergeracional sem preconceitos ou barreiras. Uma sociedade boa

para os idosos é uma sociedade boa para todas as idades.

Palavras-chave: Longevidade, Envelhecimento, Velhice, Políticas públicas,

Centros de convivência, Subjetividade

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/3629

Título: A escuta ético-política na rua

Ano: 2016 – MESTRADO

Autor: Martins, Raonna Caroline Ronchi

Orientador: Rosa, Miriam Debieux

Resumo: A partir de experiências diretas de intervenção com pessoas em

situação de rua na cidade de São Paulo, esse trabalho visa contribuir para o

debate sobre novas práticas e estratégias para uma clínica que tem seu alcance

nas ruas. Procura discutir, dentro do vasto campo das violências, algumas

possibilidades de atuação e reflexão para o psicanalista, adentrando em debates

como situações de violências policiais, intrafamiliares etc. Analisando as tensões

e conflitos presentes neste campo e refletindo sobre as atuais políticas públicas

e os limites impostos àqueles que tem a rua como um espaço de existência,

buscamos promover a ressignificação da rua como um território complexo e das

pessoas que nela estão, como sujeitos de fala. Dessa forma, mostramos as

implicações éticas e políticas da escuta na formação e no reconhecimento do

sujeito para além da marginalização. Pela posição que sustentamos com a

psicanálise, acreditamos também que criar uma identidade para essa clínica não

garante seu rigor. Nesse sentido decidimos privilegiar alguns avisos, enquanto

condições, que favoreçam a configuração de uma situação clínica nesse

contexto. Esses avisos apontam, ao invés de uma definição sobre uma clínica

de rua, experiências que visam contribuir e tornar pública uma experiência clínica

na rua. Entendemos que a função da escuta política é o campo de abertura para

conhecer o outro, ter condições de elaborar intervenções com o outro e não para

o outro.

Palavras-chave: Psicanálise, Políticas públicas, Escuta ético-política,

Intervenção clínica

Link de acesso: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/17139