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Eliane Hosokawa Faça Textos Como ler, compreender e produzir sentidos 3 || Professor ||

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Eliane Hosokawa

FaçaTextos

Como ler, compreender e produzir sentidos

3Obsolescência programada

• Vídeo objetivo e simples que aborda o conceito: <http://goo.gl/ra1oIx>. Acesso em: 11 nov. 2013.• Artigo com o trailler do documentário “Obsolescência programada: o consumo exacerbado e o esgotamento de fontes

naturais”: <http://goo.gl/YM5THa>. Acesso em 11 nov. 2013.• Saiba como os cinco sentidos podem infl uenciar nas compras: <http://goo.gl/AVqeDl>. Acesso em: 11 nov. 2013.• Entrevistas com grandes publicitários: Washington Olivetto (Entrevistado no Programa Roda Viva – TV Cultura)

<http://goo.gl/N9xsgz>. Acesso em: 11 nov. 2013.<http://goo.gl/sRPzjv>. Acesso em: 11.nov.2013.

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Por que “bloquearam” esse documentário em seu país?

Assista-o aqui, em espanhol: <http://parlatoriodomaxx.blogspot.com.br/2013/05/a-historia-secreta-da-obsolescencia.html>.

Obsolescência programada é a decisão do produtor de propositadamente desenvolver, fabricar e distribuir um produto para consumo de forma que se torne obsoleto ou não funcional especifi camente para forçar o consumidor a comprar a nova geração do produto.1

A obsolescência programada faz parte de um fenômeno industrial e mercadológico surgido nos países capitalistas nas décadas de 1930 e 1940 conhecido como “descartalização”. Faz parte de uma estratégia de mercado que visa garantir um consumo constante através da insatisfação, de forma

que os produtos que satisfazem as necessidades daqueles que os compram pa-rem de funcionar ou tornem-se obsoletos em um curto espaço de tempo, tendo que ser obrigatoriamente substituídos de tem-pos em tempos por mais modernos.

A obsolescência programada foi criada, na década de 1920 pelo então presidente da Gen-eral Motors, Alfred Sloan. Ele procurou atrair os consumidores a trocar de carro frequente-mente, tendo como apelo a mudança anual de modelos e acessórios. Bill Gates, funda-dor da Microsoft, também adotou esta estra-tégia de negócio nas atualizações do Windows.2

Inspirado na Centennial Bulb3, lâmpada que continua em funcionamento desde 1901, o espanhol Benito Muros, da SOP (Sem Obsolescência Programada)4 desenvolveu uma lâmpada de longa durabilidade e recebeu ameaças por conta desta invenção.5

Artigo de S. Kanitz, um formador de opinião: “Patrimônio Líquido Nacional”: <http://goo.gl/CQjnxZ>. Acesso em 11 nov. 2013.

1. Computer Electronics: Blu-Ray. ComputerInfoWeb. Acesso em: 13 nov. 2012. 2. “20 coisas que nos infernizam... e o que fazer para (tentar) resolvê-las”. revistaepoca.globo.com, 2008.3. Centennialbulb. Acesso em: 8 jul. 2013. 4. OEP Electrics. Sin obsolescencia programada. Acesso em: 8 jul. 2013. 5. Bem Paraná. Espanhol que inventou lâmpada que não queima é ameaçado de morte. Acesso em: 8 jul. 2013.

Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Obsolesc%C3%AAncia_programada>. Acesso em: 5 nov. 2013.

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1. PARA QUE SERVEM OS TEXTOS EXPOSITIVOS?

Para a transmissão e construção dos saberes, a huma-nidade desenvolveu, ao longo do tempo, modos variados de registro: desenhos, mapas, relatórios de experiência, cartas, textos enciclopédicos, etc. Por séculos, a Igreja de-teve o conhecimento, especialmente por meio dos mos-teiros e das instituições de ensino fundadas e mantidas por ela. Com o surgimento da imprensa, progressivamente, a transmissão do conhecimento foi se expandindo. Outras esferas de comunicação foram se configurando, como por exemplo, a jornalística, passando assim a produzir textos que expunham ao povo um conhecimento mais acessível. Alguns desses gêneros direcionaram-se para a transmis-são de conhecimentos específicos e segmentados, com explicações que pudessem conduzir o leitor a uma com-preensão mais ampla de algum conteúdo, objeto, fenô-meno, ser. Surgiram, por exemplo, manuais de todo tipo, revistas culturais também para o público feminino que

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passava a ter acesso às letras. Com o advento do rádio e da televisão, outra reviravolta na comunicação: uma mul-tiplicidade de novos gêneros orais e escritos, estabeleceu--se, por exemplo, programas de auditórios, programas educativos infantis com entrevistas, comentários políticos, aconselhamento ou orientações de um especialista, no-tícias radiofônicas e televisivas, dentre uma infinidade de novas formas e formatos de dizer, chegando hoje a uma segmentação tal como as revistas sobre economia para executivos.

Um exemplo de gênero jornalístico que há décadas vem ganhando espaço nos diferentes veículos e nas plataformas de comunicação para diferentes públicos é a reportagem. Seja nas modalidades escrita ou oral (veiculadas em jornais, em revistas, em canais televisivos, na web) a reportagem atrai muitos leitores por expandir nosso conhecimento so-bre temas, fenômenos, objetos, e problemas atuais ao as-sociar diferentes olhares para um mesmo assunto, com o propósito principal de informar.

Estampa que saiu em algumas camisetas da marca Hering, porém sem o conhecimento e a autorização da empresa.

Saiba mais sobre o Solana Star no site: <http://goo.gl/YElG6B>. Acesso em: 1 out. 2013.

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ExporGênero de estudo: reportagem

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Sobre o texto

1. Que elementos você distingue na imagem da página anterior?

Espera-se que o aluno reconheça uma imagem parcial

estilizada do Cristo Redentor, ponto turístico famoso

do Rio de Janeiro; uma imagem de navio, quatro latas

boiando no mar, uma sugestão de casco de navio. Há

o nome de uma cidade que é a capital do estado de

mesmo nome, um ano (1987) da década de 1980 e uma

expressão entre aspas duplas, “Verão da lata”, que deve ter

um significado específico em relação à inscrição maior.

Associando palavras, ano e imagem, o mar deve ser o

Oceano Atlântico, pois esse mar banha o Rio de Janeiro.

2. Como você lê e interpreta a principal inscrição em fonte maior?

Interpretação pessoal. Espera-se que o aluno leia Solana

Star, mas poderá ler Sol Ana Star.

Enquanto não for revelado o significado da expressão

Solana Star como nome de um navio, o aluno poderá

responder de diferentes modos, especulando. Apenas o

aluno que conhece o fato ou pesquisou, indo além do

que está na imagem, poderá interpretar adequadamente

a imagem e os dizeres dela.

3. A que conclusão você chega apenas com esses elemen-tos e essas informações?

Resposta sugestiva: Não conhecendo a reportagem,

apenas com essas informações, é possível deduzir que

é no Rio de Janeiro. Verão da lata, pode-se pensar em

lata descartada pelo navio, pode-se pensar em poluição

ambiental.

4. Se você considerasse somente a ilustração, a que hipó-tese de conclusão chegaria?

Resposta sugestiva: “Um navio jogou latas poluindo o

mar, no Rio de Janeiro”, “Um navio perdeu/ignorou parte

de sua carga no mar carioca” ou “Um vazamento de óleo

do navio acarretou mais perdas”.

5. Distinguir cada elemento é suficiente para a compreen-são do todo?

Não, mas é o primeiro passo na etapa de uma leitura.

Pode-se especular em razão das pistas da imagem: o que

teria acontecido nesse lugar, ano e nessa época? Nesse

caso, para chegar à compreensão do todo, é preciso um

conhecimento específico do fato para se declarar algo

coerente e pertinente.

Leia a reportagem a seguir e confira alguns elementos que compõem uma reportagem.

Reportagem Texto Fernando Torres Ilustração Carlos Seribelli

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O fato é que, historicamente, a camiseta é um signo de identidade na sociedade urbana. De um jeito ou de outro, ela revela um pouco de você e da imagem que passa para o mundo. “Ao lado de tatuagens, piercings e cortes de cabelo, as camisetas podem sinalizar a diversidade cultural e os modos de ser, conviver e de se relacionar de determinados grupos, nos quais se partilham sentimentos de pertencimento e afirma-ção”, relaciona a socióloga Juliana Batista dos Reis, pesquisadora do núcleo Observatório da Juventude, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

ESTREIA DISCRETAToda essa simbologia é relativamente recente. Por

séculos, a camiseta (ou algo parecido) circulou com muita discrição no alto escalão da moda. Primeiro, ela deu as caras em Roma, com o nome de camisia. “Era uma espécie de túnica de linho branco usada como roupa de baixo para proteger a veste principal dos odores da transpiração, já que as peças bordadas e tingidas não podiam ser lavadas”, contextualiza a designer Cleuza Fornasier, professora do curso de De-sign de Moda da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Já na Idade Média, ela originou uma espécie de camisola para ser usada também debaixo da roupa: não saía do corpo nem no momento do banho, pois a Igreja Católica considerava pecado o contato com a própria nudez.

DIGA-ME O QUE VESTES...

Conheça a história de uma das peças mais populares da moda e saiba como ela revela

um pouco de você

SE VOCÊ ACHA que a camiseta é só mais um pedaço de pano usado para cobrir o corpo, é melhor rever seus conceitos. A peça de roupa mais básica do guarda-roupa – ok, ela empata com a calça jeans – pode revelar ao mundo a escola em que você estuda, a grife de que você gosta, seu cantor preferido e até se alguém esteve na Bahia e se lembrou de você. Ainda duvida do poder da es-tampa carregada no peito? Então, experimente entrar na arquibancada de um estádio lotado da torcida do Corinthians com a camisa do Palmeiras...

Indicação do autor da reportagem e do ilustrador

Título: paráfrase de provérbio

“Olho”: dá uma visão de toda a matéria jornalística

Introdução da reportagem

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ENTENDA. EXPERIMENTE. MUDE

CAMISETAS: a história delas e o que seu guarda-roupa diz sobre você

Chata, ineficaz e corrupta. A imagem dela não é das melhores,

mas é possível mudar essa visão

ENTENDA A RELIGIÃO

DOS JOVENS

APRENDA A SE DAR

BEM NO ENEM

AO PONTO: EMPREGO E

BONS NEGÓCIOS

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Leia a reportagem a seguir e confi ra alguns elementos que compõem uma reportagem.

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O fato é que, historicamente, a camiseta é um signo de identidade na sociedade urbana. De um jeito ou de outro, ela revela um pouco de você e da imagem que passa para o mundo. “Ao lado de tatuagens, piercings e cortes de cabelo, as camisetas podem sinalizar a diversidade cultural e os modos de ser, conviver e de se relacionar de determinados grupos, nos quais se partilham sentimentos de pertencimento e afirma-ção”, relaciona a socióloga Juliana Batista dos Reis, pesquisadora do núcleo Observatório da Juventude, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

ESTREIA DISCRETAToda essa simbologia é relativamente recente. Por

séculos, a camiseta (ou algo parecido) circulou com muita discrição no alto escalão da moda. Primeiro, ela deu as caras em Roma, com o nome de camisia. “Era uma espécie de túnica de linho branco usada como roupa de baixo para proteger a veste principal dos odores da transpiração, já que as peças bordadas e tingidas não podiam ser lavadas”, contextualiza a designer Cleuza Fornasier, professora do curso de De-sign de Moda da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Já na Idade Média, ela originou uma espécie de camisola para ser usada também debaixo da roupa: não saía do corpo nem no momento do banho, pois a Igreja Católica considerava pecado o contato com a própria nudez.

DIGA-ME O QUE VESTES...

Conheça a história de uma das peças mais populares da moda e saiba como ela revela

um pouco de você

SE VOCÊ ACHA que a camiseta é só mais um pedaço de pano usado para cobrir o corpo, é melhor rever seus conceitos. A peça de roupa mais básica do guarda-roupa – ok, ela empata com a calça jeans – pode revelar ao mundo a escola em que você estuda, a grife de que você gosta, seu cantor preferido e até se alguém esteve na Bahia e se lembrou de você. Ainda duvida do poder da es-tampa carregada no peito? Então, experimente entrar na arquibancada de um estádio lotado da torcida do Corinthians com a camisa do Palmeiras...

Indicação do autor da reportagem e do ilustrador

Título: paráfrase de provérbio

“Olho”: dá uma visão de toda a matéria jornalística

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O fato é que, historicamente, a camiseta é um signo de identidade na sociedade urbana. De um jeito ou de outro, ela revela um pouco de você e da imagem que passa para o mundo. “Ao lado de tatuagens, piercings e cortes de cabelo, as camisetas podem sinalizar a diversidade cultural e os modos de ser, conviver e de se relacionar de determinados grupos, nos quais se partilham sentimentos de pertencimento e afirma-ção”, relaciona a socióloga Juliana Batista dos Reis, pesquisadora do núcleo Observatório da Juventude, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

ESTREIA DISCRETAToda essa simbologia é relativamente recente. Por

séculos, a camiseta (ou algo parecido) circulou com muita discrição no alto escalão da moda. Primeiro, ela deu as caras em Roma, com o nome de camisia. “Era uma espécie de túnica de linho branco usada como roupa de baixo para proteger a veste principal dos odores da transpiração, já que as peças bordadas e tingidas não podiam ser lavadas”, contextualiza a designer Cleuza Fornasier, professora do curso de De-sign de Moda da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Já na Idade Média, ela originou uma espécie de camisola para ser usada também debaixo da roupa: não saía do corpo nem no momento do banho, pois a Igreja Católica considerava pecado o contato com a própria nudez.

O primeiro grito de liberdade veio com o Renasci-mento, mais especificamente em 1516, data em que Michelangelo exibiu a estátua O escravo moribundo. Exposta hoje no Museu do Louvre, em Paris, o modelo da escultura de mármore veste apenas uma singela regata. A moda não pegou e a camiseta se manteve como coadjuvante – isto é, debaixo da roupa – até o século 19, com a revolução industrial e têxtil.

“Nesse período, telas impressionistas como O bar-co, de Manet, e O almoço dos remadores, de Renoir, além da brasileira O lavrador de café, de Portinari, já no século 20, começam a apresentar pessoas usando camisetas”, aponta Cleuza. Mas, atenção: tanto nos quadros como na vida real, a malha só era digna de trabalhadores braçais. É por isso que uma versão de algodão foi admitida nas linhas de combate da Primei-ra Guerra Mundial, com o objetivo de, novamente, proteger o uniforme dos soldados do suor. Dessa vez, porém, ganhou o nome oficial de t-shirt, devido ao seu formato em T.

SEU AVÔ USAVAFoi lá pelos anos 1950 que a nova t-shirt passou a

realmente se mostrar no corpo dos jovens. Hollywood, claro, deu uma força. “Astros do porte de Marlon Brando e James Dean estrelaram filmes usando a inovadora pe-ça, exibindo músculos e muito charme”, revela Cleuza. Era a deixa para que a camiseta se transformasse em ícone de insatisfação com o status quo, uma evidente negação do trio calça-colete-paletó.

passa para o mundo. “Ao lado de tatuagens, passa para o mundo. “Ao lado de tatuagens, piercingse cortes de cabelo, as camisetas podem sinalizar a e cortes de cabelo, as camisetas podem sinalizar a diversidade cultural e os modos de ser, conviver e de diversidade cultural e os modos de ser, conviver e de diversidade cultural e os modos de ser, conviver e de diversidade cultural e os modos de ser, conviver e de se relacionar de determinados grupos, nos quais se se relacionar de determinados grupos, nos quais se partilham sentimentos de pertencimento e afirma-partilham sentimentos de pertencimento e afirma-ção”, relaciona a socióloga Juliana Batista dos Reis, ção”, relaciona a socióloga Juliana Batista dos Reis,

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(UEL). Já na Idade Média, ela originou uma espécie

pesquisadora do núcleo Observatório da Juventude, pesquisadora do núcleo Observatório da Juventude, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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já no século 20, começam a apresentar pessoas usando camisetas”, aponta Cleuza. Mas, atenção: tanto nos

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Discurso direto Fala do especialista, inserida pelo jornalista. Verbo “de dizer”. Verbo empregado pelo jornalista para avaliar a fala do entrevistado. Informações do especialista dadas pelo autor do texto (jornalista). Nome completo (ou parcial) do especialista, cuja voz foi inserida.

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20 | OUT-DEZ 2012

A vocação rebelde ganhou fôlego nos tur-bulentos anos 1960, década marcada pelos movimentos estudantis, o surgimento da cultura hippie e a explosão do feminismo – não por acaso, a camiseta também migrou para o guarda-roupa das mulheres. Neste caldeirão da contracultura, ela se estabeleceu como um eficiente meio de comunicação, quase um outdoor ambulante. Estampas com a imagem de Che Guevara, bandas de rock ou slogans como “War is Over e Peace and Love” passaram a identificar tribos, ideolo-gias e anseios da turma do contra.

As empresas logo sacaram o potencial de “merchan” e trataram de aproveitá-lo. Nos anos 1970, teve início a era das estampas de refrigerantes e automóveis. E esse foi o passo para, na década seguinte, a camiseta se transformar em símbolo de consumo e status, influenciada pelos jovens almofadinhas do movimento yuppie. Agora, em vez de pro-testo, a peça passou a carregar o nome de uma grife, de preferência em letras garrafais.

Só que o Brasil não entrou direto nessa onda. Depois de 20 anos de ditadura, a população marchou em massa nas ruas para reivindicar o direito de voto. O slogan “Diretas Já!” foi o meme da vez, e as cami-setas se transformaram na ferramenta para propagá-lo. Outro viral semelhante acon-teceu em 1992, quando a revolta contra as denúncias de irregularidades no governo Collor deu origem aos caras-pintadas que clamaram pelo impeachment do “Caçador de marajás” vestindo roupas pretas, sim-bolizando luto.

DO INÍCIO AO FIMO Brasil produz 450 milhões de camisetas por ano. Veja a trajetória de uma delas até chegar ao seu corpo.

Quatro tipos de fibras de algodão são aproveitadas pela indústria têxtil. O Mato Grosso é responsável por 53,5% da produ-ção brasileira. Isso equivale a 1,3 tonelada por hectare, quase 700 mil toneladas em todo o território estadual.

A fibra passa por vários processos até se transformar em tecido. O mais importante é a tecelagem, que dará à matéria-prima o aspecto de pano. Depois, ele passa por etapas de limpeza, alvejamento, coloração e acabamento. Qual cor você prefere?

No escritório da empresa de confec-ção, o designer de moda e o estilista planejam todos os detalhes da peça: conceito, estilo, corte, modelagem, cor e estampa.

A produção da sua camiseta exige mão de obra especializada (leia-se costureiros) e equipamentos como a máquina de overlo-que (costura da peça) e a galoneira (golas, barras e acabamentos).

Para a estampa, podem ser utilizadas técnicas como silk-screen, impressão digital, laser e bordado. O silk-screen, ou serigrafia, é o método mais popular: a tinta é aplicada no tecido com uma tela de metal vazada.

Da confecção, a camiseta vai para as lojas varejistas e grandes distribuidoras. Você a vê no manequim, experimenta e fica tentado a levar para casa. Só falta uma forcinha do vendedor: “Ficou ótima!”

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OUT-DEZ 2012 | 21

IDEIAS PERSONALIZADASNa virada do milênio, a fase áurea do engajamento

passou, mas não é por isso que as camisetas perderam a força. A palavra de ordem é customização: o importante é ser autêntico, dentro do seu nicho. De simples malha, a t-shirt passou a receber tecidos tecnológicos, strass, golas diferenciadas, formato ora estruturado, ora largado, so-breposições...

“Após o boom das mídias sociais, a forma de criação mudou muito. Hoje, as empresas têm mais comunicação com os clientes, que nos mostram o que querem vestir. Em nossa loja, mais de 70% do que é criado vêm de suges-tões dos consumidores”, afirma o designer de moda Felipe Gasnier, da loja virtual Ideal Shop. O portfólio de estam-pas da grife abrange desde estampas de música e humor até mensagens ideológicas, como “Keep calm and read abook”, “Let’s bike” ou “Seja vegetariano”.

Na onda desse capitalismo exclusivo, a camiseta se fir-ma como uma espécie de mídia particular, exposta no peito. “Não só a camiseta, mas a roupa, de forma geral, é um importante comunicador de quem somos. Por is-so, devemos desenvolver o hábito de ler e interpretar as

mensagens contidas e verificar se elas correspondem ao que acreditamos e queremos transmitir”, pondera a socióloga Elna Cres, diretora da graduação do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). E agora: qual modelito você vai escolher?

Comprar uma camiseta apenas pela marca, cor ou caimento é correr o risco de passar a mensagem equivocada (Veja o exemplo acima). Ela não faz uma homenagem ao Rio. Na verdade, a peça da marca catarinense Hering conta a saga do navio cargueiro Solana Star: em 1987, o barco seguia para os EUA levando 20 toneladas de maconha enlatada. Enquanto navegava próximo ao litoral brasileiro, a notícia do navio traficante chegou aos ouvidos da Polícia Federal. A tripulação, ao saber da denúncia,

tratou de cair fora e lançar ao mar as provas do crime. As tais latas, no entanto, boiaram e chegaram às praias do Rio de Janeiro e São Paulo, indo parar nas mãos de usuários da cannabis. E vinte anos depois, lá está você, inocentemente, usando uma roupa que faz apologia às drogas. Depois de conhecer essa história, a gente quis saber o que a empre-sa que produziu a camiseta tinha a dizer sobre isso. E fomos bater na porta da Hering. Má notícia: a asses-soria de imprensa não nos deixou falar com nenhum representante da

marca, negou a autoria da peça e sugeriu que ela tivesse sido compra-da em “comércio informal”. Em nota, deixou seu posicionamento: “A camiseta Solana Star não faz par-te do portfólio da Hering. Muitas em-presas compram camisetas básicas da Hering pela qualidade da malha e estampam para revender. Dessa forma, não podemos nos responsa-bilizar pelo conteúdo estampado.” A conclusão fica por sua conta. Mas, garantimos: as etiquetas são autên-ticas e a roupa foi adquirida em um revendedor autorizado.

NÃO PEGUE O NAVIO ERRADO!

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Sobre o texto

1. No texto, considera-se que a camiseta

a) é só mais um pedaço de pano usado para cobrir o corpo.b) é, sem dúvida, a peça de roupa mais básica do guar-

da-roupa.c) foi aceita com charme e bom gosto desde que era

uma túnica romana de linho branco.d) além de dizer um pouco de nós mesmos, é uma ima-

gem do que passamos para o mundo.e) foi primeiramente usada por trabalhadores braçais e,

posteriormente, por soldados combatentes.

2. A expressão “se antevê como coadjuvante” no 4o pará-grafo, tem o sentido de

a) surgir como cenário. b) utilizar como peça principal.c) imaginar-se ator/atriz principal. d) aparecer como peça secundária.e) observar um ator/atriz secundário.

3. Pode-se inferir do texto que

a) usar uma camiseta com estampa, imagens, dizeres, é uma forma de protestar superior às demais.

b) alguns artistas representaram personagens braçais ves-tindo essa malha para desmistificar a atividade servil.

c) os jovens almofadinhas do movimento yuppie foram os que constataram o poder mercadológico das ca-misetas.

d) qualquer grife pretende associar o portfólio de suas estampas a motivações e temas politicamente corre-tos.

e) ao longo da história da camiseta, as funções dessa peça foram diversas, mas sempre relacionadas à ne-cessidade de ter o que vestir.

4. O tema do texto é

a) a funcionalidade da camiseta. b) o poder comunicativo da camiseta. c) o prazer de vestir uma camiseta básica.d) as faces da camiseta ao longo da História.e) a valorização da camiseta pela sua história.

5. O texto foi escrito com o objetivo de

a) dar informações sobre a qualidade das camisetas de hoje e a função delas.

b) relatar, a partir de um fato que aconteceu no Rio de Janeiro, a história da camiseta.

c) apresentar a origem e a evolução da camiseta, as fun-ções assumidas e alertar para a força comunicativa dela.

d) alertar sobre a importância de vestir camisetas que com-binem com o seu estilo e sua intenção comunicativa.

e) conscientizar o leitor da força comunicativa que as ca-misetas têm para que não usem alguma com estam-pa equivocada.

6. No texto, quatro profissionais posicionam-se em relação ao uso de camisetas: duas sociólogas, dois designers e o próprio autor. Depreende-se do texto que

a) a opinião da segunda socióloga é discordante da primeira.b) as contribuições dos quatro profissionais são concor-

dantes entre si.c) os sociólogos apresentam maior preocupação com a

evolução da camiseta.d) os dois designers focalizam mais as questões relativas

ao conceito, estilo, corte, estampas, etc.e) Os quatro profissionais e o autor alertam para a neces-

sidade de consciência quanto à escolha da camiseta.

7. A palavra camisa foi retomada por diferentes palavras, exceto por

a) roupa. b) malha. c) vestimenta.d) a nova t-shirt.e) inovadora peça.

8. Nesse texto, o autor defende a tese de que

a) compramos bem uma camiseta quando compreen-demos a estampa dela.

b) conhecer a história da camiseta é requisito necessário para interpretar qualquer uma.

c) saberemos usar uma camiseta quando tivermos o que dizer e soubermos como dizer.

d) revelamos quem somos pela camiseta que vestimos, pois ela é signo de identidade na sociedade urbana.

e) as camisetas sinalizam a diversidade cultural e os mo-dos de ser, conviver e se relacionar de determinados grupos.

9. O trecho “experimente entrar na arquibancada de um estádio lotado da torcida do Corinthians com a camisa do Palmeiras...” (2o parágrafo) é um argumento para sus-tentar a ideia de que

a) o poder da estampa de uma camiseta nunca é relativo.b) camiseta não é só mais um pedaço de pano para co-

brir o corpo.c) corinthianos sempre manifestarão rejeição contra pal-

meirenses. d) camisetas de clubes de futebol rivais são bons exem-

plos da relatividade do poder delas. e) camisetas de clubes de futebol rivais têm maior força

quando usadas no estádio durante um jogo.

A tese é uma proposição teórica de intenção persuasiva, apoiada em argu-mentos contundentes sobre o assunto abordado.

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A questão 6 é relativa à relação entre textos e refere-se aos seguintes descritores: reconhecer dife-rentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema ou que sejam do mesmo gênero, em função das condições em que eles foram produzidos e daquelas em que serão recebidos; reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.

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10. O trecho que relata a saga do navio cargueiro Solana Star estampada em uma camiseta de marca tem como propósito

a) divulgar o fato, uma vez que foi um grande lote de maconha apreendido pela Polícia Federal.

b) confirmar que nenhum fabricante de camiseta quer ver sua marca associada a um fato polêmico.

c) alertar para os riscos de se comprar uma camiseta sem atentar para a mensagem que ela passa.

d) relembrar que nem só de marca famosa sobrevive uma camiseta, mas do significado da estampa que exibe.

e) avisar os descuidados que é possível comprar uma “camiseta paralela” como se fosse uma camiseta de grife.

11. No trecho “Não só a camiseta, mas a roupa, de forma geral, é um importante comunicador de quem somos. Por isso, devemos desenvolver o hábito de ler e inter-pretar as mensagens contidas e verificar se elas corres-pondem ao que acreditamos e queremos transmitir”, a expressão sublinhada estabelece relação de

a) causa. b) oposição. c) condição. d) finalidade. e) consequência.

12. Em relação ao texto da reportagem, percebe-se ironia do autor, exceto

a) no emprego do advérbio inocentemente, no 12o pa-rágrafo.

b) no emprego das aspas duplas em “Seja vegetariano”, no 10o parágrafo.

c) na citação do fato costumeiro no fim da caixa de tex-to: “Só falta uma forcinha do vendedor: ficou ótima!”

d) no emprego da expressão “tratou de cair fora”, no 12o parágrafo.

e) No 7o parágrafo pelo emprego da expressão “turma do contra”.

13. Inserindo o trecho sublinhado em “A conclusão fica por sua conta. Mas, garantimos: as etiquetas são autênticas e a roupa foi adquirida em um revendedor autorizado.” O autor

a) pretende relembrar a veracidade dos fatos. b) estabelece um pacto de confiança mútua com o leitor. c) confirma o vínculo de confiança que o leitor deposi-

ta nos jornalistas. d) enfatiza a ideia de que todo jornalista deveria apre-

sentar as provas das declarações que faz. e) emprega o verbo na 1a pessoa do plural para com-

partilhar a responsabilidade da revelação dos fatos.

14. As aspas empregadas na expressão “comércio infor-mal”, no 13o parágrafo, foram usadas para dar a ela um sentido

a) irônico. b) crítico. c) metafórico. d) coloquial. e) técnico.

15. O recurso itálico foi empregado predominantemente para

a) assinalar palavras que o leitor desconhece. b) destacar palavras de mesmo campo semântico. c) destacar alguns slogans ou mensagens famosas. d) identificar palavras do vocabulário inglês ou de ori-

gem estrangeira. e) identificar palavras estrangeiras sem equivalente na

língua portuguesa.

16. Ao terminar a reportagem com a pergunta “qual mode-lito você vai escolher?”, o autor emprega um tom

a) jovial. b) formal. c) informal. d) irreverente. e) provocativo.

17. A linguagem empregada no texto sugere que se trata de um autor

a) rigoroso na precisão vocabular. b) escrupuloso quanto ao papel que exerce. c) ajustado à informalidade da situação comunicativa. d) criterioso quanto ao uso de expressões populares e

gírias. e) consciente do canal comunicativo, do seu interlocutor

e do tema tratado.

A finalidade básica dos textos com predomínio de sequências expositivas é apresentar informa-ções organizadas de modo claro e coerente. Dife-rencia-se dos argumentativos pois na exposição não se pretende, primordialmente, defender um ponto de vista, uma hipótese, mas explicar um fato, um fenômeno ou um problema. O texto expositi-vo pode até apresentar uma pequena intenção de defender um ponto de vista, desde que seja parti-lhado com o leitor.

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A questão 17 é relativa à variação linguística e refere-se ao seguinte descritor: identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. Es

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2. REPORTAGEM

As reportagens circulam predominantemente no domínio jornalístico, na modalidade escrita, mas podem apresentar-se na modalidade oral, com ou sem apoio de imagens (reportagens televisivas e radiofônicas, por exemplo).

Reportagem: gênero jornalístico com predomínio do discurso expositivo. Enfoca, de modo abrangente, um as-sunto específi co. Caracteriza-se por apresentar informações mais aprofundadas sobre fatos, ideias, personagens, cida-des, produtos, fenômenos, etc., investigados por um jornalista, repórter, editor e podem ser veiculadas, na modalidade escrita, em revistas e jornais impressos ou em portais de notícia, blogs, na internet. Deve ser apresentada de modo objetivo e preciso, evitando-se juízos pessoais.

cada um dos trechos expositivo, interpretativo e opinativo, ainda que o pano de fundo seja uma retrospectiva histórica do surgimento da camiseta.

Apresentação objetiva dos fatos principais que marca-ram a origem da camiseta.

Apresentação interpretativa, pelo viés analítico. Apresentação subjetiva, com avaliação sobre os fatos, seres, etc.

Iconografi a (imagem, foto, gráfi co, tabela e/ou infográfi co): um ou mais desses recursos devem apa-recer em uma reportagem para complementar o texto, ajudando na focalização de informações que precisam de destaque e tornando a apresentação mais agradável.

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Não há um plano fi xo para a produção de uma reporta-gem; no entanto, há itens que são imprescindíveis na sua construção. Confi ra-os:

Título principal: deve ser conciso e chamativo.

Título auxiliar ou “olho”: deve expandir o conteúdo do título principal e apontar o as-sunto da reportagem.

Indicação do autor: deve aparecer o nome de quem (ou agência responsável) fez a pes-quisa e redigiu o texto. Caso haja imagens ilustrativas ou complementares, o nome do ilustrador também aparece.

Introdução: encontra-se, geralmente, no primeiro pará-grafo, na modalidade escrita. Na oral, geralmente é a entra-da inicial do jornalista. Apre-senta o assunto da reportagem e o contexto em que se insere. Semelhantemente à notícia, pode trazer o lide, que resume os elementos principais do texto.

Lide: termo da área do Jornalismo. Abertura de texto jornalístico que apresenta sucintamente o as-sunto ou destaca o fato essencial da matéria.

O assunto pode ser apresentado de três formas:• Expositiva: apresentação objetiva do(s) fato(s), privi-

legiando as informações.• Interpretativa: apresentação com análise do(s) fato(s).• Opinativa: apresentação com comentários avaliati-

vos sobre o(s) fato(s).

No terceiro parágrafo da reportagem “Diga-me o que ves-tes...”, observe como o autor combina, com muita propriedade,

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Page 11: Por que “bloquearam” esse documentário em seu país? …static.cpbeducacional.com.br/cpb-educ/files/faca_texto_3... · 2014-02-03 · Artigo de S. Kanitz, um formador de opinião:

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Há também exemplos na voz dos profi ssionais entrevis-

tados, inseridas entre aspas duplas para delimitar o início e o fi m da fala de cada

um, bem como indicar sua autenticidade.

No caso de uma repor-tagem direcionada a um público específi co ou veiculada em um suporte que emprega uma lin-guagem formal, também será necessária a adequação de re-cursos visuais e das formas de atribuir o título.

Ainda quanto à linguagem, vale destacar o modo como o jornalista insere as diferentes vozes (polifonia) que repre-sentam as pessoas ouvidas

por ele durante a coleta de informações para a reportagem.É necessário incluir:• Informações sobre cada pessoa cuja fala foi inse-

rida: caracterização relacionada à formação, função, cargo, instituição com a qual mantém vínculo profi ssional, etc. Observe estes exemplos:

“Era uma espécie de túnica de linho branco usada como roupa de baixo para proteger a veste principal dos odores da transpiração, já que as peças bordadas e tingidas não podiam ser lavadas”, contextualiza a de-signer Cleuza Fornasier, professora do curso de Design de Moda da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

• Avaliação da fala dos envolvidos pelo jornalista: o autor avalia a ação do entrevistado pelo emprego de verbos. Ob-serve os vários exemplos, se é uma relação, (relaciona), uma contextualização (contex-tualiza), um apontamento (aponta), uma revelação (revela), uma afi rmação (afi rma) ou uma ponderação (pondera).

“Ao lado de tatuagens, piercings e cor-tes de cabelo, as camisetas podem sina-

lizar a diversidade cultural e os modos de ser, conviver e de se relacionar de

determinados grupos, nos quais se partilham sentimentos de perten-cimento e afi rmação”, relaciona a socióloga Juliana Batista dos Reis,

pesquisadora do núcleo Observató-rio da Juventude, da Universidade Federal

de Minas Gerais (UFMG).

No exemplo em questão, na pri-meira página da reportagem, o designer destacou o tema da reportagem utilizando uma estratégia criativa e pertinente: deu a ilusão de ter inserido parte de um pro-vérbio subvertido como es-tampa de uma camiseta. Assim, o signifi cante e o signifi cado se amalgamaram.

Se, por um lado, algumas estampas “di-zem por si mesmas”, como a da camiseta “Seja vegetariano”, outras, como a da tela brasileira e do astro norte-americano, exi-gem de quem as vê uma bagagem cultu-ral, um conhecimento enciclopédico para se compreender um pouco do perfi l de quem a veste.

A linguagem deve ser adequa-da à norma urbana de prestígio. O grau de formalidade deve corresponder ao veículo em que a reportagem vai circular. Em alguns contextos – como os criados por revistas e por-tais da web especializados em esportes e certos progra-mas radiofônicos ou televisivos – admite-se uma informalidade maior.

Essa reportagem sobre a cami-seta, por ter sido veiculada em uma revista que pretende atingir, em pri-meiro lugar, um público adolescen-te/jovem, a linguagem apresenta momentos de informalidade. Alguns exemplos na voz do autor são “Pri-meiro, ela deu as caras em Roma”, “Na onda desse capitalismo exclusivo”.

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