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Portaria_2020

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Legislação, artigos, definição, pressupostos

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  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 218 11 de novembro de 2014 5743

    MINISTRIO DA AGRICULTURA E DO MAR

    Portaria n. 230/2014de 11 de novembro

    O Decreto -Lei n. 137/2014, de 12 de setembro, es-tabeleceu o modelo de governao dos fundos europeus estruturais e de investimento (FEEI), entre os quais se inclui o Fundo Europeu Agrcola e de Desenvolvimento Rural (FEADER), determinou a estruturao operacional desde fundo em trs programas de desenvolvimento rural, um para o continente, designado PDR 2020, outro para a regio autnoma dos Aores, designado PRORURAL+, e outro para a regio autnoma da Madeira, designado PRODERAM 2020.

    Na arquitetura do PDR 2020, rea relativa Compe-titividade e organizao da produo, corresponde uma viso da estratgia nacional para o desenvolvimento rural, no domnio do apoio s empresas, que tem como princpio determinante a concentrao dos apoios no sector e na produo de bens transacionveis dirigidas aos agentes econmicos diretamente envolvidos na criao de valor, a partir de atividades agrcolas e agroalimentares e assente numa gesto eficiente dos recursos.

    Inserida na referida rea de Competitividade e orga-nizao da produo, encontramos a Medida Valoriza-o da Produo, que contempla vrios instrumentos, nomeadamente ao nvel das taxas de apoio e outras ma-joraes, concebidos para criar condies que potenciem, de forma abrangente ao longo do territrio, o empreende-dorismo com base em decises de iniciativa privada, que visem um aumento sustentvel do valor acrescentado das exploraes agrcolas e das unidades de transformao.

    Neste quadro, as aes Investimento na explorao agrcola e Investimento na Transformao e Comercia-lizao de produtos agrcolas, devem contribuir de forma direta para a melhoria do desempenho econmico e para a modernizao das exploraes agrcolas, com vista a uma maior participao das mesmas no mercado, promovendo o desenvolvimento econmico dos territrios rurais. A par da modernizao ao nvel das exploraes e unidades de transformao essencial procurar a eficcia destes apoios, nos resultados sectoriais globais, prosseguindo -se o obje-tivo do crescimento da produo com vista reduo do dfice da balana agroalimentar nacional.

    Para alm dos apoios que estimulam diretamente o investimento, nomeadamente em processos e tcnicas mais inovadoras e mais eficientes, necessrio reforar a produtividade e a escala da oferta e ainda contemplar a atratividade de investimentos relacionados com matrias de sustentabilidade econmica e ambiental que reforam a competitividade sectorial a longo prazo.

    Releva -se, ainda, que no quadro do Acordo de Parceria para os FEEI, os apoios permitem a complementaridade necessria para o sector da transformao, no apoio a ini-ciativas empresariais orientadas para a criao de valor, tendo como referncia a inovao, a qualidade e segurana alimentar, a produo de bens transacionveis e a inter-nacionalizao do sector. Deste modo, permite -se uma abrangncia, das vrias dimenses da estrutura produtiva agroindustrial ao longo do territrio, para o reforo das ca-deias de valor que resultam da interao coordenada entre a produo agrcola, a transformao de produtos agrcolas e a comercializao, reforando a competitividade destes vrios segmentos.

    Assim, a presente portaria estabelece o regime de apli-cao da ao 3.2, Investimento na explorao agrcola e da ao 3.3, Investimento na transformao e comercia-lizao de produtos agrcolas, ambas da medida 3, Va-lorizao da produo agrcolas, do PDR 2020, ao abrigo do disposto no artigo 5. do Decreto -Lei n. 159/2014, de 27 de outubro, diploma que estabelece as regras gerais de aplicao dos programas operacionais e dos PDR finan-ciados pelos FEEI.

    De modo a permitir uma continuidade no investimento no sector agro -florestal, foi decidido proceder abertura, a 15 de novembro, de um perodo de apresentao de candi-daturas das medidas de investimento acima referidas, sendo expectvel que a aprovao do PDR 2020, submetido Comisso Europeia, em 5 de maio de 2014, ocorra a todo o momento, podendo, por isso, vir a ser necessrio adaptar as candidaturas apresentadas ao abrigo da presente portaria.

    Assim:Manda o Governo, pelo Secretrio de Estado da Agricul-

    tura, ao abrigo da alnea b) do n. 2 do artigo 5. do Decreto--Lei n. 159/2014, de 27 de outubro, e no uso das compe-tncias delegadas atravs do Despacho n. 12256 -A/2014, publicado no Dirio da Repblica, 2. srie, n. 191, de 3 de outubro de 2014, o seguinte:

    CAPTULO I

    Disposies Gerais

    Artigo 1.Objeto

    A presente portaria estabelece o regime de aplicao da ao 3.2, Investimento na explorao agrcola e da ao 3.3, Investimento na transformao e comercializa-o de produtos agrcolas, ambas da medida 3, Valori-zao da produo agrcola, do Programa de Desenvol-vimento Rural do Continente, abreviadamente designado por PDR 2020.

    Artigo 2.Objetivos

    Os apoios previstos na presente portaria prosseguem os seguintes objetivos:

    a) Reforar a viabilidade e a competitividade das ex-ploraes agrcolas, promovendo a inovao, a formao, a capacitao organizacional e o redimensionamento das empresas;

    b) Promover a expanso e a renovao da estrutura produtiva agroindustrial, potenciando a criao de valor, a inovao, a qualidade e segurana alimentar, a produo de bens transacionveis e a internacionalizao do sector;

    c) Preservar e melhorar o ambiente, assegurando a com-patibilidade dos investimentos com as normas ambientais e de higiene e segurana no trabalho.

    Artigo 3.Definies

    Para efeitos de aplicao da presente portaria, e para alm das definies constantes do artigo 3. do Decreto -Lei n. 159/2014, de 27 de outubro, entende -se por:

    a) Atividade agrcola, a produo, a criao ou o cultivo de produtos agrcolas, incluindo a colheita, a or-

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    denha, a criao de animais e a deteno de animais para fins de produo;

    b) Explorao agrcola, o conjunto de unidades pro-dutivas utilizadas para o exerccio de atividades agrcolas submetidas a uma gesto nica;

    c) Produtos agrcolas, os produtos abrangidos pelo anexo I do Tratado de Funcionamento da Unio Europeia, com exceo dos produtos da pesca e da aquicultura abran-gidos pelo Regulamento (CE) n. 1379/2013, do Parla-mento Europeu e do Conselho, de 11 de dezembro de 2013;

    d) Titular de uma explorao agrcola, o detentor, a qualquer ttulo, do patrimnio fundirio necessrio produo de um ou vrios produtos agrcolas e gestor do respetivo aparelho produtivo.

    CAPTULO II

    Ao 3.2 Investimento na explorao agrcolae ao 3.3 Investimento

    na transformao e comercializao de produtos agrcolas

    Artigo 4.Beneficirios

    Podem beneficiar dos apoios previstos na presente portaria as pessoas singulares ou coletivas que exeram atividade agrcola ou que se dediquem transformao ou comercializao de produtos agrcolas.

    Artigo 5.Critrios de elegibilidade dos beneficirios

    1 Os candidatos aos apoios previstos na presente portaria, sem prejuzo dos critrios de elegibilidade pre-vistos no artigo 13. do Decreto -Lei n. 159/2014, de 27 de outubro, devem reunir as seguintes condies data de apresentao da candidatura:

    a) Encontrarem -se legalmente constitudos;b) Cumprirem as condies legais necessrias ao exer-

    ccio da respetiva atividade, diretamente relacionadas com a natureza do investimento;

    c) Terem a situao tributria e contributiva regularizada perante a administrao fiscal e a segurana social, sem prejuzo do disposto no n. 5;

    d) Terem a situao regularizada em matria de re-posies no mbito do financiamento do FEADER e do FEAGA, ou terem constitudo garantia a favor do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, I. P. (IFAP, I. P.);

    e) No terem sido condenados em processo -crime por factos que envolvam disponibilidades financeiras no m-bito do FEADER e do FEAGA;

    f) Deterem um sistema de contabilidade organizada ou simplificada nos termos da legislao em vigor;

    g) Serem titulares da explorao agrcola e efetuarem o respetivo registo no Sistema de Identificao Parcelar, no caso do apoio ao 3.2, Investimento na explorao agrcola.

    2 Os candidatos aos apoios ao 3.3, Investimento na transformao e comercializao de produtos agrco-las, devem ainda reunir as seguintes condies:

    a) Possurem situao econmica e financeira equili-brada, com uma autonomia financeira (AF) pr -projeto igual ou superior a 20 %, devendo o indicador utilizado

    ter por base o exerccio anterior ao ano da apresentao da candidatura;

    b) Obrigarem -se a que o montante dos suprimentos ou emprstimos de scios ou acionistas, que contribuam para garantir o indicador referido na alnea anterior, seja integrado em capitais prprios, at data de aceitao da concesso do apoio.

    3 O indicador referido na alnea a) do nmero ante-rior pode ser comprovado com informao mais recente, desde que se reporte a uma data anterior da apresentao da candidatura, devendo para o efeito ser apresentados os respetivos balanos e demonstraes de resultados devida-mente certificados por um revisor oficial de contas.

    4 A disposio da alnea a) do n. 2 no se aplica aos candidatos que, at data de apresentao da candidatura, no tenham desenvolvido qualquer atividade, desde que suportem com capitais prprios pelo menos 25 % do custo total do investimento elegvel.

    5 A condio prevista na alnea c) do n. 1 pode ser aferida at data de apresentao do primeiro pedido de pagamento.

    6 As condies previstas nas alneas f) e g) do n. 1 podem ser demonstradas at data de aceitao da conces-so do apoio, quando o candidato no tenha desenvolvido qualquer atividade.

    Artigo 6.Critrios de elegibilidade das operaes

    1 Podem beneficiar dos apoios ao 3.2, Investi-mento na explorao agrcola, os projetos de investimento que se enquadrem nos objetivos previstos nas alneas a) e c) do artigo 2. e tenham um custo total elegvel, apurado em sede de anlise, superior a 25.000 euros.

    2 Podem beneficiar dos apoios ao 3.3, Inves-timento na transformao e comercializao de produtos agrcolas, os projetos de investimento que se enquadrem nos objetivos previstos nas alneas b) e c) do artigo 2. e que renam as seguintes condies:

    a) Se enquadrem num dos sectores identificados no anexo I presente portaria da qual faz parte integrante;

    b) Se enquadrem numa das seguintes dimenses de investimento:

    i) Investimento total elegvel, apurado em sede de an-lise, superior a 200.000 e igual ou inferior a 4.000.000 de investimento total;

    ii) Investimento total elegvel, apurado em sede de anlise, superior a 200.000 , quando desenvolvido em exploraes agrcolas em que a matria -prima maiori-tariamente proveniente da prpria explorao;

    iii) Investimento total elegvel, apurado em sede de anlise, superior a 200.000 , quando desenvolvido por agrupamentos ou organizaes de produtores reconhecidos;

    c) Contribuam para o desenvolvimento da produo ou do valor acrescentado da produo agrcola, com a devida demonstrao na memria descritiva.

    3 Os projetos de investimento previstos nos n.os 1 e 2 devem ainda reunir as seguintes condies:

    a) No se enquadrem na mesma tipologia de operaes previstas e aprovadas no mbito de regimes de apoio ao

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    abrigo da OCM nica e respeitem quaisquer restries pro-duo ou outras condicionantes do apoio a ttulo da mesma;

    b) Tenham incio aps a data de apresentao da candi-datura, sem prejuzo das disposies transitrias;

    c) Assegurem, quando aplicvel, as fontes de financia-mento de capital alheio;

    d) Evidenciem viabilidade econmica e financeira, medida atravs do valor atualizado lquido (VAL), tendo a atualizao como referncia a taxa de refinanciamento (REFI) do Banco Central Europeu, em vigor data de submisso da candidatura;

    e) Apresentem coerncia tcnica, econmica e financeira;f) Cumpram as disposies legais aplicveis aos in-

    vestimentos propostos, designadamente em matria de licenciamento.

    4 O mtodo de clculo dos indicadores de viabilidade econmica e financeira, incluindo o VAL, quantifica o mximo de 30 % dos custos inerentes s seguintes com-ponentes:

    a) Interveno de natureza ambiental;b) Operaes para a melhoria da fertilidade ou da es-

    trutura do solo;c) Eficincia energtica;d) Infraestruturas dedicadas a armazenamento de

    matrias -primas para alimentao animal.

    Artigo 7.Critrios de elegibilidade das operaes

    de investimento em regadio

    1 Sem prejuzo do disposto no artigo 46. do Regu-lamento (UE) n. 1305/2013, do Parlamento Europeu e o Conselho, de 17 de dezembro de 2013, podem beneficiar dos apoios ao 3.2, Investimento na explorao agr-cola, os projetos de investimento em regadio que, alm dos requisitos referidos no artigo anterior, preencham as seguintes condies:

    a) Existncia de plano de gesto de bacia hidrogrfica notificado pelas autoridades nacionais Comisso Euro-peia para toda a rea abrangida pelo investimento;

    b) Existncia ou instalao, ao abrigo do investimento, de contadores de medio de consumo de gua.

    2 Os projetos de investimento de melhoria de rega-dio devem ainda apresentar uma poupana potencial de consumo de gua mnima de 5 %, baseada numa avaliao ex ante.

    3 No caso de projetos de investimento em regadio que impliquem um aumento lquido da superfcie irri-gada, exigido licenciamento relativo a captao de guas, superficiais ou subterrneas, nos termos do Decreto -Lei n. 226 -A/2007, de 31 de maio, sem prejuzo do disposto no artigo 46. do Regulamento (UE) n. 1305/2013, do Parla-mento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013.

    Artigo 8.Despesas elegveis e no elegveis

    As despesas elegveis e no elegveis so, designada-mente, as constantes do anexo II presente portaria da qual faz parte integrante.

    Artigo 9.Custos simplificados

    As operaes referentes a culturas agrcolas com de-terminao de valor padro objeto da modalidade de cus-tos simplificados so divulgadas no portal do PDR 2020, em www.pdr -2020.pt, aps definio pelo Gabinete de Planeamento, Polticas e Administrao Geral.

    Artigo 10.Critrios de seleo das candidaturas

    1 Para efeito de seleo de candidaturas ao 3.2, Investimento na explorao agrcola, so considerados, designadamente, os seguintes critrios:

    a) Candidatura apresentada por agrupamento ou orga-nizao de produtores reconhecidos no sector do investi-mento ou por membros destas;

    b) Candidatura cuja explorao disponha de seguro de colheitas;

    c) Candidatura com operaes de melhoria de fertilidade ou da estrutura do solo;

    d) Candidatura com operaes relacionadas com arma-zenamento das matrias -primas para alimentao animal;

    e) Candidatura com operaes que visem o recurso a tecnologias de preciso.

    2 Para efeito de seleo de candidaturas ao 3.3, Investimento na transformao e comercializao de produtos agrcolas, so considerados, designadamente, os seguintes critrios:

    a) Candidatura apresentada por agrupamento ou orga-nizao de produtores reconhecidos no sector do inves-timento;

    b) Eficincia energtica;c) Intervenes relacionadas com processos de redimen-

    sionamento ou de cooperao empresarial;d) Criao de novos postos de trabalho.

    3 A hierarquizao dos critrios constantes dos nme-ros anteriores, bem como os respetivos fatores, frmulas, ponderao e critrios de desempate, so definidos pela autoridade de gesto e divulgados no portal do PDR 2020, em www.pdr -2020.pt, no respetivo anncio do perodo de apresentao de candidaturas.

    Artigo 11.Obrigaes dos beneficirios

    1 Os beneficirios dos apoios previstos na presente portaria, sem prejuzo das obrigaes enunciadas no ar-tigo 24. do Decreto -Lei n. 159/2014, de 27 de outubro, so obrigados a:

    a) Executar a operao nos termos e condies apro-vados;

    b) Cumprir a legislao e normas obrigatrias relacio-nadas com a natureza do investimento;

    c) Cumprir os normativos legais em matria de con-tratao pblica relativamente execuo das operaes, quando aplicvel;

    d) Proceder publicitao dos apoios que lhes forem atribudos, nos termos da legislao comunitria aplicvel e das orientaes tcnicas do PDR 2020;

  • 5746 Dirio da Repblica, 1. srie N. 218 11 de novembro de 2014

    e) Manter a situao tributria e contributiva regulari-zada perante a administrao fiscal e a segurana social, a qual aferida em cada pedido de pagamento;

    f) Manter um sistema de contabilidade organizada ou simplificada nos termos da legislao em vigor;

    g) Manter a atividade e as condies legais necessrias ao exerccio da mesma durante o perodo de cinco anos a contar da data de aceitao da concesso do apoio, ou at data da concluso da operao, se esta ultrapassar os cinco anos;

    h) No locar ou alienar os equipamentos, as planta-es e as instalaes cofinanciadas, durante o perodo de cinco anos a contar da data de aceitao da concesso do apoio, ou at data da concluso da operao, se esta ultrapassar os cinco anos, sem prvia autorizao da autoridade de gesto;

    i) Garantir que todos os pagamentos e recebimentos re-ferentes operao so efetuados atravs de conta bancria nica, ainda que no exclusiva, do beneficirio, exceto em situaes devidamente justificadas.

    2 Os beneficirios do apoio ao 3.2, Investimento na explorao agrcola, devem ainda manter o registo da respetiva explorao no Sistema de Identificao Parcelar, at data da concluso da operao.

    3 Os beneficirios do apoio ao 3.3, Investimento na transformao e comercializao, devem ainda possuir uma situao econmica e financeira equilibrada, com uma autonomia financeira (AF) ps -projeto igual ou superior a 20 %, aferida no momento do ltimo pagamento.

    Artigo 12.Forma, nvel e limites dos apoios

    1 Os apoios previstos na presente portaria so con-cedidos sob as seguintes formas:

    a) No caso dos apoios ao 3.2, Investimento na explorao agrcola, subveno no reembolsvel at ao limite de 2 milhes de euros de apoio por beneficirio e subveno reembolsvel no que exceder aquele mon-tante de apoio no reembolsvel, at um limite mximo de 2 milhes de euros;

    b) No caso dos apoios ao 3.3, Investimento na transformao e comercializao de produtos agrcolas, subveno no reembolsvel at ao limite de 3 milhes de euros de apoio por beneficirio e subveno reembolsvel no que exceder aquele montante de apoio no reembolsvel.

    2 Os nveis de apoio a conceder, por beneficirio, constam do anexo III presente portaria da qual faz parte integrante.

    3 O apoio a conceder no mbito da ao 3.3, In-vestimento na transformao e comercializao de pro-dutos agrcolas, est limitado a duas candidaturas por beneficirio.

    4 O apoio sob a forma de subveno reembolsvel tem um perodo de 2 anos de carncia, sendo amortizado no prazo mximo de 5 anos, a contar de cada pagamento efetuado, de acordo com os procedimentos aprovados pelo IFAP, I. P., e divulgados no respetivo portal, em www.ifap.pt.

    5 O prazo mximo de amortizao referido no n-mero anterior pode ser prorrogado por mais dois anos, mediante requerimento do beneficirio.

    CAPTULO III

    Procedimento

    Artigo 13.Apresentao das candidaturas

    1 So estabelecidos perodos contnuos para apresen-tao de candidaturas de acordo com o plano de abertura de candidaturas previsto na alnea m) do n. 1 do artigo 31. do Decreto -Lei n. 137/2014, de 12 de setembro, sendo o mesmo divulgado no portal do Portugal 2020, em www.pt -2020.pt, e no portal do PDR 2020, em www.pdr -2020.pt, e publicitado em dois rgos de comunicao social.

    2 A apresentao das candidaturas efetua -se atra-vs de submisso de formulrio eletrnico disponvel no portal do Portugal 2020, em www.pt -2020.pt, ou do PDR 2020, em www.pt -2020.pt, e esto sujeitos a con-firmao por via eletrnica, a efetuar pela autoridade de gesto, considerando -se a data de submisso como a data de apresentao da candidatura.

    Artigo 14.Anncios

    1 Os anncios dos perodos de apresentao das candidaturas so aprovados pelo gestor, aps audio da comisso de gesto, e indicam, nomeadamente, o seguinte:

    a) Os objetivos e as prioridades visadas;b) A tipologia das operaes a apoiar;c) A rea geogrfica elegvel;d) A dotao oramental a atribuir;e) O nmero mximo de candidaturas admitidas por

    beneficirio;f) Os critrios de seleo e respetivos fatores, frmu-

    las, ponderao e critrio de desempate, em funo dos objetivos e prioridades fixados, bem como a pontuao mnima para seleo;

    g) A forma e o nvel dos apoios a conceder, respeitando o disposto no artigo 12.

    2 Os anncios dos perodos de apresentao das candidaturas podem prever dotaes especficas para de-terminadas tipologias de operaes a apoiar.

    3 Os anncios dos perodos de apresentao das candidaturas so divulgados no portal do Portugal 2020, em www.pt -2020.pt, e no portal do PDR 2020, em www.pdr -2020.pt, e publicitados em dois rgos de comunicao social.

    Artigo 15.Anlise e deciso das candidaturas

    1 A autoridade de gesto ou as Direes Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP) analisam e emitem pare-cer sobre as candidaturas, do qual consta a apreciao do cumprimento dos critrios de elegibilidade da operao e do beneficirio, bem como a aplicao dos fatores referidos nos artigos 5., 6. e 7., o apuramento do montante do custo total elegvel e o nvel de apoio previsional.

    2 Sem prejuzo do disposto no n. 3 do artigo 11. do Decreto -Lei n. 159/2014, de 27 de outubro, so solicita-dos aos candidatos, quando se justifique, os documentos exigidos no formulrio de candidatura ou elementos com-plementares, constituindo a falta de entrega dos mesmos ou

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 218 11 de novembro de 2014 5747

    a ausncia de resposta fundamento para a no aprovao da candidatura.

    3 O parecer referido no n. 1 emitido num prazo mximo de 45 dias teis contados a partir da data limite para apresentao das candidaturas e, quando emitido pelas DRAP, remetido autoridade de gesto.

    4 O secretariado tcnico aplica os critrios de sele-o, em funo do princpio da coeso territorial e da do-tao oramental referida no respetivo anncio e submete deciso do gestor a aprovao das candidaturas.

    5 Antes de ser adotada a deciso final os candidatos so ouvidos, nos termos do Cdigo do Procedimento Administrativo, designadamente quanto eventual in-teno de indeferimento total ou parcial e respetivos fundamentos.

    6 As candidaturas so objeto de deciso pelo ges-tor no prazo de sessenta dias teis contados a partir da data limite para a respetiva apresentao, aps audio da comisso de gesto, sendo a mesma comunicada aos candidatos pela autoridade de gesto, no prazo mximo de cinco dias teis a contar da data da sua emisso.

    7 Os projetos de deciso de aprovao da autoridade de gesto relativamente a operaes cujo custo total ele-gvel seja superior a 25 milhes de euros esto sujeitos a homologao pela Comisso Interministerial de Coorde-nao do Acordo de Parceria (CIC Portugal 2020).

    Artigo 16.Transio de candidaturas

    1 As candidaturas que tenham sido objeto de parecer favorvel e que no tenham sido aprovadas por razes de insuficincia oramental transitam para o perodo de apresentao de candidaturas seguinte, sendo sujeitas aplicao dos critrios de seleo deste novo perodo.

    2 A transio referida no nmero anterior aplicvel em dois perodos consecutivos, findos os quais a candi-datura indeferida.

    Artigo 17.Termo de aceitao

    1 A aceitao do apoio efetuada mediante submis-so eletrnica e autenticao de termo de aceitao nos termos do artigo 11. do Decreto -Lei n. 159/2014, de 27 de outubro, de acordo com os procedimentos aprovados pelo IFAP, I. P., e divulgados no respetivo portal, em www.ifap.pt.

    2 O beneficirio dispe de 30 dias teis para a sub-misso eletrnica do termo de aceitao, sob pena de ca-ducidade da deciso de aprovao da candidatura, nos termos do disposto no n. 2 do artigo 21. do Decreto -Lei n. 159/2014, de 27 de outubro, salvo motivo justificado no imputvel ao beneficirio e aceite pela autoridade de gesto.

    Artigo 18.Execuo das operaes

    1 Os prazos mximos para os beneficirios iniciarem e conclurem a execuo fsica e financeira das operaes so, respetivamente, de 6 e 24 meses contados a partir da data da submisso autenticada do termo de aceitao.

    2 Em casos excecionais e devidamente justificados, o gestor pode autorizar a prorrogao dos prazos estabe-lecidos no nmero anterior.

    Artigo 19.Apresentao dos pedidos de pagamento

    1 A apresentao dos pedidos de pagamento efetua -se atravs de submisso de formulrio eletrnico disponvel no portal do Portugal 2020, em www.pt -2020.pt, e no portal do IFAP, I. P., em www.ifap.pt, considerando -se a data de submisso como a data de apresentao do pedido de pagamento.

    2 O pedido de pagamento reporta -se s despesas efetivamente realizadas e pagas, devendo os respetivos comprovativos e demais documentos que o integram ser submetidos eletronicamente de acordo com os procedimen-tos aprovados pelo IFAP, I. P., e divulgados no respetivo portal, em www.ifap.pt.

    3 Apenas so aceites os pedidos de pagamentos re-lativos a despesas pagas por transferncia bancria, dbito em conta ou cheque, comprovados por extrato bancrio, nos termos previstos no termo de aceitao e nos nmeros seguintes.

    4 Pode ser apresentado um pedido de pagamento a ttulo de adiantamento sobre o valor do investimento, no mximo at 50 % da despesa pblica aprovada, mediante a constituio de garantia a favor do IFAP, I. P., correspon-dente a 100 % do montante do adiantamento.

    5 O pagamento proporcional realizao do inves-timento elegvel, devendo o montante da ltima prestao representar, pelo menos, 20 % da despesa total elegvel da operao.

    6 Podem ser apresentados at cinco pedidos de paga-mento por candidatura aprovada, no incluindo o pedido de pagamento a ttulo de adiantamento.

    7 O disposto nos n.os 2, 3, 5 e 6 no aplicvel aos projetos ou componentes dos projetos com custos simpli-ficados, sendo neste caso apresentado um nico pedido de pagamento aps a execuo da operao sujeita a custo simplificado.

    8 Nas operaes referentes s exploraes agrcolas, e relativamente a instalaes pecurias, o ltimo paga-mento do apoio s pode ser efetuado quando o beneficirio demonstrar ser detentor de ttulo de explorao atualizado, nos termos da legislao aplicvel.

    9 Nas operaes referentes transformao e co-mercializao, o ltimo pagamento do apoio s pode ser efetuado quando o beneficirio demonstrar:

    a) Ser detentor da respetiva licena de explorao in-dustrial atualizada, tratando -se do exerccio de atividades sujeitas a licenciamento industrial;

    b) Ser detentor de alvar de licena de utilizao atualizado ou de licena sanitria, tratando -se de estabe-lecimentos comerciais;

    c) Ser detentor de alvar de licena de utilizao atua-lizado, nos casos no abrangidos pelas alneas anteriores.

    Artigo 20.Anlise e deciso dos pedidos de pagamento

    1 O IFAP, I. P., ou as entidades a quem este delegar poderes para o efeito, analisam os pedidos de pagamento e emitem parecer.

    2 Podem ser solicitados aos beneficirios elemen-tos complementares, constituindo a falta de entrega dos mesmos ou a ausncia de resposta fundamento para a no aprovao do pedido.

  • 5748 Dirio da Repblica, 1. srie N. 218 11 de novembro de 2014

    3 Do parecer referido no n. 1 resulta o apuramento da despesa elegvel, o montante a pagar ao beneficirio e a validao da despesa constante do respetivo pedido de pagamento.

    4 O IFAP, I. P., aps a receo do parecer referido nos nmeros anteriores adota os procedimentos necessrios ao respetivo pagamento.

    5 Os critrios de realizao das visitas ao local da operao durante o seu perodo de execuo so defi-nidos de acordo com o disposto no Regulamento (UE) n. 1306/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013.

    Artigo 21.Pagamentos

    1 Os pagamentos dos apoios so efetuados pelo IFAP, I. P., de acordo com o calendrio anual definido antes do incio de cada ano civil, o qual divulgado no respetivo portal, em www.ifap.pt.

    2 Os pagamentos dos apoios so efetuados por trans-ferncia bancria, para a conta referida na alnea i) do n. 1 do artigo 11.

    Artigo 22.Controlo

    A operao, incluindo a candidatura e os pedidos de pagamento, est sujeita a aes de controlo administrativo e in loco a partir da data da submisso autenticada do termo de aceitao, nos termos previstos no Regulamento (UE) n. 1306/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013, no Regulamento Delegado (UE) n. 640/2014, da Comisso, de 11 de maro de 2014, no Re-gulamento de Execuo (UE) n. 809/2014, da Comisso, de 17 de julho de 2014, e demais legislao aplicvel.

    Artigo 23.Redues e excluses

    1 Os apoios objeto da presente portaria esto su-jeitos s redues e excluses previstas no Regulamento (UE) n. 1306/2013, do Parlamento Europeu e do Conse-lho, de 17 de dezembro de 2013, no Regulamento Dele-gado (UE) n. 640/2014, da Comisso, de 11 de maro de 2014, no Regulamento de Execuo (UE) n. 809/2014, da Comisso, de 17 de julho de 2014, e demais legislao aplicvel.

    2 A aplicao de redues e excluses dos apoios concedidos ou a conceder, em caso de incumprimento das obrigaes dos beneficirios previstas no ar-tigo 11. da presente portaria e no artigo 24. do Decreto--Lei n. 159/2014, de 27 de outubro, efetuada de acordo com o previsto no anexo IV presente portaria da qual faz parte integrante.

    3 O incumprimento dos critrios de elegibilidade constitui fundamento suscetvel de determinar a devoluo da totalidade dos apoios recebidos.

    4 recuperao dos montantes indevidamente re-cebidos, designadamente por incumprimento dos critrios de elegibilidade ou de obrigaes dos beneficirios, aplica--se o disposto no artigo 7. do Regulamento de Execuo (UE) n. 809/2014, da Comisso, de 17 de julho de 2014, no artigo 26. do Decreto -Lei n. 159/2014, de 27 de ou-

    tubro, no artigo 12. do Decreto -Lei n. 195/2012, de 13 de agosto, e na demais legislao aplicvel.

    CAPTULO IV

    Disposies finais e transitrias

    Artigo 24.Investimentos excludos

    No so abrangidos pelos apoios previstos na presente portaria os seguintes investimentos no mbito da ao 3.3, Investimento na transformao e comercializao de pro-dutos agrcolas:

    a) Relativos transformao e comercializao de pro-dutos agrcolas provenientes de pases terceiros;

    b) Relativos ao comrcio a retalho;c) Relativos armazenagem frigorfica dos produtos,

    na parte que exceda as capacidades necessrias ao normal funcionamento da unidade de transformao;

    d) Relativos utilizao de subprodutos e resduos agro-pecurios tendo em vista a produo de energias renov-veis, na parte que excede as capacidades provenientes do normal funcionamento da atividade objeto de apoio.

    Artigo 25.Norma transitria

    1 Para o ano de 2014, o perodo de apresentao de candidaturas decorre de 15 de novembro a 31 de dezembro de 2014.

    2 As candidaturas apresentadas, entre 19 de fevereiro e 30 de junho de 2014, ao n. 1.1.1, Modernizao e Capacitao das Empresas da medida n. 1.1, Inovao e Desenvolvimento Empresarial, integrada no subprograma n. 1, Promoo da Competitividade do PRODER que no tenham sido objeto de deciso at data de encer-ramento do perodo de candidaturas referido no nmero anterior, so analisadas e decididas com base nos critrios estabelecidos na presente portaria, mantendo, para todos os efeitos, as respetivas data de apresentao e ordem de submisso.

    3 Para efeitos do disposto no nmero anterior, podem ser solicitados aos candidatos os elementos complementa-res que se revelem necessrios adequao da candidatura para efeitos de monitorizao do programa.

    4 A autoridade de gesto prev uma dotao espec-fica para as operaes relativas s candidaturas referidas no n. 2.

    5 Os candidatos que apresentem candidaturas ao abrigo da presente portaria podem ter que adaptar as suas candidaturas na sequncia da aprovao formal do pro-grama pela Comisso Europeia.

    Artigo 26.Entrada em vigor e produo de efeitos

    1 A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicao.

    2 O artigo 9. produz efeitos a partir da publicao da tabela de custos simplificados e respetivas operaes.

    O Secretrio de Estado da Agricultura, Jos Diogo San-tiago de Albuquerque, em 6 de novembro de 2014.

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 218 11 de novembro de 2014 5749

    ANEXO I

    Sectores industriais enquadrados no PDR 2020

    [a que se refere a alnea a) do n. 2 do artigo 6.]

    (CAE constantes do Decreto -Lei n. 381/2007,de 14 de dezembro)

    CAE(Rev. 3) Designao (

    1)

    10110 Abate de gado (produo de carne).10120 Abate de aves.10130 Fabricao de produtos base de carne.10310 Preparao e conservao de batatas.10320 Fabricao de sumos de frutos e de produtos hortcolas (2).10391 Congelao de frutos e produtos hortcolas.10392 Secagem e desidratao de frutos e produtos hortcolas.10393 Fabricao de doces, compotas, geleias e marmelada.10394 Descasque e transformao de frutos de casca rija comestveis.10395 Preparao e conservao de frutos e produtos hortcolas por

    outros processos.10412 Produo de azeite.

    CAE(Rev. 3) Designao (

    1)

    10510 Indstrias do leite e derivados.10612 Descasque, branqueamento e outros tratamentos do arroz.10810 Indstria do acar.10822 Fabricao de produtos de confeitaria (3).10830 Indstria do caf e do ch (s a torrefao da raiz da chicria).10840 Fabricao de condimentos e temperos (4).10893 Fabricao de outros produtos alimentares diversos, N.E. (5).11021 Produo de vinhos comuns e licorosos.11022 Produo de vinhos espumantes e espumosos.11030 Fabricao de cidra e de outras bebidas fermentadas de frutos.11040 Fabricao de vermutes e de outras bebidas fermentadas no

    destiladas.13105 Preparao e fiao de linho e outras fibras txteis (s a pre-

    parao de linho at fiao).

    (1) Inclui a comercializao por grosso.(2) Apenas a 1. transformao (polpas ou pomes, concentrados e sumos naturais obtidos

    diretamente da fruta e produtos hortcolas) ou transformaes ulteriores quando integradas com a 1. transformao.

    (3) Apenas 1. transformao de frutos em frutos confitados (caldeados, cobertos ou cris-talizados) (posio N.C. 20.06) ou resultantes de transformaes ulteriores quando integradas com a 1. transformao.

    (4) Apenas vinagres de origem vnica quando integradas com a 1. transformao.(5) S o tratamento, liofilizao e conservao de ovos e ovoprodutos.

    ANEXO II

    Despesas elegveis e no elegveis

    (a que se refere o artigo 8.)

    Despesas elegveis ao 3.2 Investimento na explorao agrcola

    Investimentos materiais Investimentos imateriais

    1 Bens imveis Construo e melhoramento, designadamente: 3 As despesas gerais nomeadamente no domnio da eficincia energtica e energias renovveis, software aplicacional, propriedade industrial, diagnsticos, auditorias, planos de marketing e branding e estudos de viabilidade, acompanhamento, projetos de arquitetura, en-genharia associados aos investimentos, at 5 % do custo total elegvel aprovado das restantes despesas.

    1.1 Preparao de terrenos;1.2 Edifcios e outras construes diretamente ligados s atividades

    a desenvolver;1.3 Adaptao de instalaes existentes relacionada com a execuo

    do investimento;1.4 Plantaes plurianuais;1.5 Instalao de pastagens permanentes, nomeadamente operaes

    de regularizao e preparao do solo, desmatao e consolidao do terreno;

    1.6 Sistemas de rega instalao ou modernizao, nomeadamente captao, conduo e distribuio de gua desde que promovam o uso eficiente da gua e sistemas de monitorizao;

    1.7 Despesas de consolidao durante o perodo de execuo da operao.

    2 Bens mveis Compra ou locao compra de novas mquinas e equipamentos, designadamente:

    2.1 Mquinas e equipamentos novos, incluindo equipamentos infor-mticos;

    2.2 Equipamentos de transporte interno, de movimentao de cargas e as caixas e paletes com durao de vida superior a um ano;

    2.3 Equipamentos visando a valorizao dos subprodutos e resduos da atividade.

    Limites s elegibilidades

    4 As caixas e paletes so elegveis na condio de se tratar de uma primeira aquisio ou de uma aquisio suplementar proporcional ao aumento de capacidade projetada;

    5 Contribuies em espcie desde que se refiram ao fornecimento de equipamento ou de trabalho voluntrio no remunerado, at ao limite do autofinanciamento;

    6 As despesas com estudos de viabilidade, projetos de arquitetura, engenharia associados aos investimentos, e a elaborao de estudos podem ser elegveis se efetuados at 6 meses antes da data de apresentao da candidatura;

    7 As despesas em instalaes e equipamentos financiadas atravs de contratos de locao financeira ou de aluguer de longa durao, s so elegveis se for exercida a opo de compra e a durao desses contratos for compatvel com o prazo para apresentao do pedido de pagamento da ltima parcela do apoio;

    8 Para investimentos em sistemas de rega obrigatria a existncia ou instalao, de contadores de medio de consumo de gua.

  • 5750 Dirio da Repblica, 1. srie N. 218 11 de novembro de 2014

    Investimentos materiais Investimentos imateriais e outros

    9 Bens de equipamento em estado de uso; 21 Componentes do imobilizado incorpreo, tais como despesas de constituio, de concursos, de promoo de marcas e mensagens pu-blicitrias;

    10 Compra de terrenos e compra de prdios urbanos, sem estarem completamente abandonados, com vista sua reutilizao na mesma atividade; 22 Juros durante a realizao do investimento e fundo de maneio;

    11 Obras provisrias no diretamente ligadas execuo da operao; 23 Custos relacionados com contratos de locao financeira como a margem do locador, os custos do refinanciamento dos juros, as despesas gerais e os prmios de seguro;

    12 Animais compra;13 Meios de transporte externo;14 Plantas anuais ou plurianuais se a vida til for igual ou inferior a

    2 anos compra e sua plantao;15 Direitos de produo agrcola;

    24 Despesas de pr -financiamento e de preparao de processos de contratao de emprstimos bancrios e quaisquer outros encargos inerentes a financiamentos.

    16 Direitos ao pagamento;17 Trabalhos de reparao e de manuteno;18 Substituio de equipamentos, exceto se esta substituio incluir a

    compra de equipamentos diferentes, quer na tecnologia utilizada, quer na capacidade absoluta ou horria;

    19 Infraestruturas de servio pblico, tais como ramais de caminho -de--ferro, estaes de pr - tratamento de efluentes, estaes de tratamento de efluentes e vias de acesso, exceto se servirem e se localizarem junto da unidade e forem da exclusiva titularidade do beneficirio;

    20 Vedaes (exceo para exploraes com atividade pecuria).Outras despesas no elegveis

    25 Bens cuja amortizao a legislao fiscal permita ser efetuada num nico ano;26 IVA recupervel.27 Despesas que resultem de uma transao entre cnjuges, parentes e afins em linha reta e at ao 3. grau da linha colateral, entre adotantes e

    adotados e, ainda, entre tutores e tutelados, ou entre uma pessoa coletiva e um seu associado, seu cnjuge, parente ou afim em linha reta.

    Despesas elegveis ao 3.3 Investimento na transformao e comercializao de produtos agrcolas

    Investimentos materiais Investimentos imateriais

    1 Bens imveis Construo e melhoramento, designadamente: 3 As despesas gerais nomeadamente no domnio da eficincia energtica e energias renovveis, software aplicacional, propriedade industrial, diagnsticos, auditorias, planos de marketing e branding e estudos de viabilidade, acompanhamento, projetos de arquitetura, engenharia associados aos investimentos, at 5 % do custo total elegvel aprovado das restantes despesas.

    1.1 Vedao e preparao de terrenos;1.2 Edifcios e outras construes diretamente ligados s atividades

    a desenvolver;1.3 Adaptao de instalaes existentes relacionada com a execuo

    do investimento;2 Bens mveis Compra ou locao -compra de novas mquinas e

    equipamentos, designadamente:2.1 Mquinas e equipamentos novos, incluindo equipamentos infor-

    mticos;2.2 Equipamentos de transporte interno, de movimentao de cargas e

    as caixas e paletes com durao de vida superior a um ano;2.3 Caixas isotrmicas, grupos de frio e cisternas de transporte, bem

    como meios de transporte externo, quando estes ltimos sejam utili-zados exclusivamente na recolha e transporte de leite at s unidades de transformao;

    2.4 Equipamentos sociais obrigatrios por determinao da lei;2.5 Automatizao de equipamentos j existentes na unidade;2.6 Equipamentos no diretamente produtivos, nomeadamente equi-

    pamentos visando a valorizao dos subprodutos e resduos destina-dos produo valorizao energtica e equipamentos de controlo da qualidade.

    Limites s elegibilidades

    4 As caixas e paletes so elegveis na condio de se tratar de uma primeira aquisio ou de uma aquisio suplementar proporcional ao aumento de capacidade projetada, no podendo ser vendidas conjuntamente com a mercadoria;

    5 Quando houver componentes de investimento comuns a investimentos excludos e a investimentos elegveis, as despesas elegveis so calculadas proporcionalmente, em funo do peso das quantidades/valores das matrias -primas/produtos de base afetos aos investimentos elegveis nos correspondentes totais utilizados;

    6 Deslocalizao na mudana de localizao de uma unidade existente, ao montante do investimento elegvel da nova unidade, independen-temente de nesta virem tambm a ser desenvolvidas outras atividades, ser deduzido o montante resultante da soma do valor lquido, real ou presumido, da unidade abandonada com o valor das indemnizaes eventualmente recebidas, depois de deduzido o valor, real ou presumido, do terreno onde a nova unidade vai ser implantada; contudo, se o investimento em causa for justificado por imperativos legais ou se o PDM estipular para o local utilizao diferente da atividade a abandonar, no ser feita qualquer deduo relativamente s despesas elegveis. Em nenhuma situao o investimento elegvel corrigido poder ser superior ao investimento elegvel da nova unidade;

    7 As despesas com estudos de viabilidade, projetos de arquitetura, engenharia associados aos investimentos, e a elaborao de estudos podem ser elegveis se efetuados at 6 meses antes da data de apresentao da candidatura;

    8 As despesas em instalaes e equipamentos financiadas atravs de contratos de locao financeira ou de aluguer de longa durao, s so elegveis se for exercida a opo de compra e a durao desses contratos for compatvel com o prazo para apresentao do pedido de pagamento da ltima parcela do apoio.

    Despesas no elegveis ao 3.2 Investimento na explorao agrcola

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 218 11 de novembro de 2014 5751

    Despesas no elegveis ao 3.3 Investimento na transformao e comercializao de produtos agrcolas

    Investimentos materiais Investimentos imateriais e outros

    9 Bens de equipamento em estado de uso; 20 Componentes do imobilizado incorpreo, tais como despesas de constituio, de concursos, de promoo de marcas e mensagens pu-blicitrias;

    10 Compra de terrenos e compra de prdios urbanos, sem estarem completamente abandonados, com vista sua reutilizao na mesma atividade; 21 Juros durante a realizao do investimento e fundo de maneio;

    22 Custos relacionados com contratos de locao financeira como a margem do locador, os custos do refinanciamento dos juros, as despesas gerais e os prmios de seguro;

    11 Obras provisrias no diretamente ligadas execuo da operao;12 Despesas em instalaes e equipamentos financiadas atravs de

    contratos de locao financeira ou de aluguer de longa durao, salvo se for exercida a opo de compra e a durao desses contratos for compatvel com o prazo para apresentao do pedido de pagamento da ltima parcela do apoio;

    23 Despesas de pr -financiamento e de preparao de processos de contratao de emprstimos bancrios e quaisquer outros encargos inerentes a financiamentos;

    24 Indemnizaes pagas pelo beneficirio a terceiros por expropriao, por frutos pendentes ou em situaes equivalentes;

    13 Meios de transporte externo, exceto os previstos em 2.3;14 Equipamento de escritrio e outro mobilirio (fotocopiadoras,

    mquinas de escrever, mquinas de calcular, armrios, cadeiras, sofs, cortinas, tapetes, etc.), exceto equipamentos de telecomunicaes, de laboratrio, de salas de conferncia e de instalaes para exposio, no para venda, dos produtos dentro da rea de implantao das unidades;

    25 Honorrios de arquitetura paisagstica;26 Despesas notariais, de registos, imposto municipal sobre as transmis-

    ses onerosas de imveis (compras de terrenos e de prdios urbanos).

    16 Trabalhos de arquitetura paisagstica e equipamentos de recreio, tais como arranjos de espaos verdes, televises, bares, reas associadas restaurao, etc., exceto os previstos em 2.4;

    17 Substituio de equipamentos, exceto se esta substituio incluir a compra de equipamentos diferentes, quer na tecnologia utilizada, quer na capacidade absoluta ou horria;

    18 Infraestruturas de servio pblico, tais como ramais de caminho -de--ferro, estaes de pr -tratamento de efluentes, estaes de tratamento de efluentes e vias de acesso, exceto se servirem e se localizarem junto da unidade e forem da exclusiva titularidade do beneficirio;

    19 Investimentos diretamente associados produo agrcola com exce-o das mquinas de colheita, quando associadas a outros investimentos.

    Outras despesas no elegveis

    27 Contribuies em espcie28 IVA;29 Despesas realizadas antes da data de apresentao das candidaturas, exceto as despesas gerais referidas em 3;30 Bens cuja amortizao a legislao fiscal permita ser efetuada num nico ano;31 Despesas com pessoal, inerentes execuo da operao, quando esta seja efetuada por administrao direta e sem recurso a meios humanos

    excecionais e temporrios;32 Despesas que resultem de uma transao entre cnjuges, parentes e afins em linha reta e at ao 3. grau da linha colateral, entre adotantes e

    adotados e entre tutores e tutelados, ou entre uma pessoa coletiva e um seu associado, seu cnjuge, parente ou afim em linha reta.

    ANEXO III

    Nveis de apoio

    (a que se refere o n. 2 do artigo 12.)

    Ao 3.2 Investimento na explorao agrcola

    I . . . . . . . . . . . . . . . Taxa base . . . . . . . . . . . . . . . . 30 %.Majoraes tendo por referncia

    a taxa base.Regies menos desenvolvidas ou zonas com condicionantes naturais ou outras especfi-

    cas 10 p.p.Quando o beneficirio pertence a uma organizao ou agrupamento de produtores 10 p.p.Quando o projeto est associado a seguro de colheitas 5 p.p.

    Taxa mxima . . . . . . . . . . . . . . Regies menos desenvolvidas 50 %.Outras regies 40 %.

    II. . . . . . . . . . . . . . . Majoraes adicionais aplicadas taxa de apoio que resulta da aplicao das taxas em I.

    Jovens agricultores em primeira instalao 10 p.p.No caso de investimentos a realizar pelas organizaes ou agrupamentos de produtores no

    mbito de uma fuso 20 p.p.III [No aplicvel a jo-

    vens agricultores].Taxa mxima aplicvel compra

    de tratores e outras mquinas motorizadas matriculadas.

    Regies menos desenvolvidas ou zonas com condicionantes naturais ou outras especfi-cas 40 %.

    Outras regies 30 %.

    Ao 3.3 Investimento transformao e comercializao de produtos agrcolas

    Taxa base . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35 % nas regies menos desenvolvidas.25 % nas outras regies.

    Majoraes tendo por referncia a taxa base . . . . . . . . 10 p.p. Projetos promovidos por organizaes ou agrupamento de produtores;20 p.p. Investimentos a realizar pelas organizaes ou agrupamentos de produtores no

    mbito de uma fuso;10 p.p. Operaes no mbito da PEI.

  • 5752 Dirio da Repblica, 1. srie N. 218 11 de novembro de 2014

    ANEXO IV

    Redues e excluses

    (a que se refere o n. 2 do artigo 23.)

    1 O incumprimento das obrigaes previstas no artigo 11. da presente portaria e no artigo 24. do Decreto -Lei n. 159/2014, de 27 de outubro, determina a aplicao das seguintes redues ou excluses:

    Obrigaes dos beneficirios Consequncias do incumprimento

    a) Executar a operao nos termos e condies aprovados . . . . . . . . . . . Reduo dos pagamentos dos apoios, j realizados ou a realizar, numa percentagem de 2 % a 100 %.

    b) Cumprir a legislao e normas obrigatrias relacionadas com a natureza do investimento.

    Reduo dos pagamentos dos apoios, j realizados ou a realizar, numa percentagem de 2 % a 100 %.

    c) Cumprir os normativos legais em matria de contratao pblica rela-tivamente execuo das operaes, quando aplicvel.

    Reduo dos pagamentos dos apoios, j realizados ou a realizar, de acordo com as orientaes da Comisso para determinao das correes a aplicar s despesas cofinanciadas em caso de incumprimento das regras de contratos pblicos.

    d) Proceder publicitao dos apoios que lhes forem atribudos, nos termos da legislao comunitria aplicvel e das orientaes tcnicas do PDR 2020.

    Reduo dos pagamentos dos apoios, j realizados ou a realizar, numa percentagem de 5 %.

    e) Manter um sistema de contabilidade organizada ou simplificada nos termos da legislao em vigor.

    Reduo dos pagamentos dos apoios, j realizados ou a realizar, numa percentagem de 5 % a 100 %.

    f) Manter a atividade e as condies legais necessrias ao exerccio da mesma durante o perodo de cinco anos a contar da data de assinatura do termo de aceitao, ou at data da concluso da operao, se esta ultrapassar os cinco anos.

    Reduo dos pagamentos dos apoios, j realizados ou a realizar, numa percentagem de 5 % a 100 %.

    g) No locar ou alienar os investimentos cofinanciadas, durante o perodo de cinco anos a contar da data de assinatura do termo de aceitao, ou at data da concluso da operao, se esta ultrapassar os cinco anos, sem prvia deciso da Autoridade de Gesto.

    Excluso dos pagamentos dos apoios, j realizados, relativos aos inves-timentos onerados ou alienados.

    h) Garantir que todos os pagamentos e recebimentos referentes operao so efetuados atravs de uma nica, ainda que no exclusiva, conta bancria do beneficirio, exceto em situaes devidamente justificadas.

    Excluso dos pagamentos dos apoios j realizados, relativos aos inves-timentos pagos por conta que no a conta nica e no exclusiva, em situaes no devidamente justificadas (*).

    i) Para os beneficirios do apoio ao 3.2. Investimentos na explora-o agrcola, manter o registo da respetiva explorao no Sistema de Identificao Parcelar.

    Reduo dos pagamentos dos apoios, j realizados ou a realizar, numa percentagem de 5 % a 100 %.

    j) Para os beneficirios do apoio ao 3.3, Investimentos na transfor-mao e comercializao de produtos agrcolas, possuir uma situa-o financeira e econmica equilibrada, com uma autonomia financeira (AF) ps -projeto igual ou superior a 20 %, aferida no momento do ltimo pagamento.

    Reduo dos pagamentos dos apoios, j realizados ou a realizar, numa percentagem de 5 % a 100 %.

    k) Permitir o acesso aos locais de realizao das operaes e queles onde se encontrem os elementos e documentos necessrios ao acompanha-mento e controlo do projeto aprovado.

    Excluso dos pagamentos dos apoios, j realizados ou a realizar.

    l) Conservar os documentos relativos realizao da operao, sob a forma de documentos originais ou de cpias autenticadas, em suporte digital, quando legalmente admissvel, ou em papel, durante o prazo de trs anos, a contar da data do encerramento ou da aceitao da Comisso Europeia sobre a declarao de encerramento do PDR, consoante a fase do encerramento da operao tenha sido includo, ou pelo prazo fixado na legislao nacional aplicvel ou na legislao especfica em matria de auxlios de Estado, se estas fixarem prazo superior.

    Reduo dos pagamentos dos apoios, j realizados ou a realizar, numa percentagem de 2 % a 100 %.

    m) Dispor de um processo relativo operao, preferencialmente em suporte digital, com toda a documentao relacionada com a mesma devidamente organizada, incluindo o suporte de um sistema de conta-bilidade para todas as transaes referentes operao.

    Reduo dos pagamentos dos apoios, j realizados ou a realizar, numa percentagem de 2 % a 100 %.

    n) Assegurar o fornecimento de elementos necessrios s atividades de monitorizao e de avaliao das operaes e participar em processos de inquirio relacionados com as mesmas.

    Reduo dos pagamentos dos apoios, j realizados ou a realizar, numa percentagem de 2 % a 100 %.

    o) Adotar comportamentos que respeitem os princpios da transparncia, da concorrncia e da boa gesto dos dinheiros pblicos, de modo a prevenir situaes suscetveis de configurar conflito de interesses, designadamente nas relaes estabelecidas entre os beneficirios e os seus fornecedores ou prestadores de servios.

    Reduo dos pagamentos dos apoios, j realizados ou a realizar, numa percentagem de 2 % a 100 %

    (*) Na aceo do n. 3 do artigo 35. do Regulamento Delegado (UE) n. 640/2014, da Comisso, de 11 de maro de 2014.

    2 O disposto no nmero anterior no prejudica, de-signadamente, a aplicao:

    a) Do mecanismo de suspenso do apoio, previsto no artigo 36. do Regulamento Delegado (UE) n. 640/2014, da Comisso, de 11 de maro de 2014;

    b) Da excluso prevista, designadamente, nas alneas a) a f) do n. 2 do artigo 64. do Regulamento (UE) n. 1306/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013;

    c) Dos n.os 1, 5 e 6 do artigo 35. do Regulamento Delegado (UE) n. 640/2014, da Comisso, de 11 de maro de 2014;

  • Dirio da Repblica, 1. srie N. 218 11 de novembro de 2014 5753

    d) Do artigo 63. do Regulamento de Execuo (UE) n. 809/2014, da Comisso, de 17 de julho de 2014;

    e) De outras cominaes, designadamente de natureza penal, que ao caso couberem.

    3 A medida concreta das redues previstas no n. 1 determinada em funo da gravidade, extenso, durao e recorrncia do incumprimento, nos termos previstos no n. 3 do artigo 35. do Regulamento Delegado (UE) n. 640/2014, da Comisso, de 11 de maro de 2014, com base em grelha de ponderao, a divulgar no portal do PDR 2020, em www.pdr -2020.pt, e no portal do IFAP, em www.ifap.pt.

    MINISTRIO DA SADE

    Portaria n. 231/2014de 11 de novembro

    Os Institutos de Oncologia de Francisco Gentil de Lisboa, de Coimbra e do Porto, criados respetivamente em 1923, 1962 e 1974, so centros de referncia em oncologia, dota-dos de natureza e personalidade jurdicas prprias e rgos de fiscalizao e administrao autnomos, dedicados ao diagnstico e tratamento do cancro, investigao e ao ensino em oncologia, ao rastreio e ao registo oncolgico e ainda, em colaborao com outras entidades do Servio Nacional de Sade (SNS), preveno da doena e pro-moo da sade.

    Os Institutos articulavam -se entre si atravs da comis-so coordenadora, criada por despacho n. 17926/2008, de 25 de junho, possibilitando que as atividades em prol da sua misso, fossem organizadas e exercidas de forma conciliada, atravs da coordenao entre os trs estabele-cimentos hospitalares, permitindo promover a sua atuao e maximizar os ganhos em sade.

    Em 2012, atravs do despacho n. 42/2012, do Minis-trio da Sade, foi criado um Grupo de Trabalho para a reorganizao dos Institutos de Oncologia.

    A Portaria n. 76 -B/2014, de 26 de maro, criou o Grupo Hospitalar Instituto Portugus de Oncologia Francisco Gentil, composto pelos trs Institutos, que permite a adoo de medidas comuns e uniformes, com vista a otimizar os recursos do SNS.

    Constitudo o Grupo Hospitalar Instituto Portugus de Oncologia Francisco Gentil cumpre aprovar o seu Re-gulamento Interno que defina as competentes estruturas organizativas comuns que o integram e estabelea as regras de funcionamento dos rgos de coordenao comum do grupo.

    Assim:Ao abrigo do disposto no artigo 10. do Decreto -Lei

    n. 284/99, de 26 de julho, e nos termos do disposto no artigo 4. da Portaria n. 76 -B/2014, de 26 de maro, manda o Governo, pelo Secretrio de Estado da Sade, o seguinte:

    Artigo 1.Objeto

    aprovado o Regulamento Interno do Grupo Hospitalar Instituto Portugus de Oncologia Francisco Gentil, anexo presente portaria, da qual faz parte integrante.

    Artigo 2.Entrada em vigor

    A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicao.

    O Secretrio de Estado da Sade, Manuel Ferreira Tei-xeira, em 29 de outubro de 2014.

    ANEXO

    REGULAMENTO INTERNO DO GRUPO HOSPITALARINSTITUTO PORTUGUS

    DE ONCOLOGIA FRANCISCO GENTIL

    CAPTULO I

    Disposies gerais

    Artigo 1.Objeto

    O presente Regulamento estabelece os princpios de gesto e as regras de funcionamento do Grupo Hospitalar do Instituto Portugus de Oncologia de Francisco Gentil, adiante designado por GHIPOFG ou Grupo, bem como a sua estrutura organizativa e respetivas competncias.

    Artigo 2.Composio

    Integram o GHIPOFG o Instituto Portugus de Oncolo-gia de Lisboa Francisco Gentil, E. P. E., o Instituto Portu-gus de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil, E. P. E., e o Instituto Portugus de Oncologia do Porto Francisco Gentil, E. P. E.

    Artigo 3.Regime jurdico

    O GHIPOFG rege -se pelo disposto no Decreto -Lei n. 284/99, de 26 de julho, para os grupos de hospitais sob coordenao comum, pela Portaria n. 76 -B/2014, de 26 de maro de 2014, adiante designada por Portaria e restantes normas legais aplicveis ao funcionamento dos grupos hospitalares, bem como pelas disposies do presente Regulamento.

    Artigo 4.Misso

    Compete, em geral, ao GHIPOFG coordenar as ativi-dades de prestao de cuidados de sade, de formao de profissionais, de investigao em oncologia e de registo oncolgico da responsabilidade dos hospitais do grupo, bem como, as aes de preveno primria, secundria e de rastreio, em colaborao com os demais servios, organismos e entidades do Servio Nacional de Sade (SNS), apoiando -os no mbito da oncologia, nos termos do artigo 2. da Portaria.

    Artigo 5.Objetivos

    O GHIPOFG tem como principal objetivo o desenvol-vimento de sinergias entre as entidades hospitalares que o