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INTRODUÇÃO O presente trabalho e como objetivo tratar sobre um tema muito interessante e fundamental no cotidiano escolar: a inclusão. Educação é um direito de todos. No Brasil este direito apenas foi reconhecido na Constituição Federal de 1988. A sala de aula é o local destinado ao desenvolvimento do ensino e da aprendizagem além de ser um ambiente de diversidade. A escola deve promover o ensino de forma que atenda a todos os alunos de forma indiscriminada. Até o século XVI, não havia na sociedade brasileira uma preocupação em ofertar um atendimento educacional às pessoas que possuíam alguma característica física ou intelectual que as tornava “diferentes” das demais pessoas da sociedade. Hoje, em pleno século XXI, mesmo com inúmeras inovações tecnológicas, onde diversos ramos são reinventados a falta de investimento na área educacional ainda contribui com o aumento da má qualidade da educação. Escolas e/ou instituições especializadas que trabalham com alunos com necessidades educacionais especiais sofrem ainda mais as consequências da falta de verbas e vive um grande desafio: incluir os alunos no ensino regular. O ato de incluir, não deve significar simplesmente matricular as pessoas no ensino regular, mas assegurar ao professor e à escola o suporte necessário à sua ação pedagógica. O grande desafio atual é oferecer aos alunos

Portfólio Corporeidade e inclusão

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Portfólio Corporeidade e inclusão

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Page 1: Portfólio Corporeidade e inclusão

INTRODUÇÃO

O presente trabalho e como objetivo tratar sobre um tema muito

interessante e fundamental no cotidiano escolar: a inclusão.

Educação é um direito de todos. No Brasil este direito apenas foi

reconhecido na Constituição Federal de 1988. A sala de aula é o local

destinado ao desenvolvimento do ensino e da aprendizagem além de ser um

ambiente de diversidade. A escola deve promover o ensino de forma que

atenda a todos os alunos de forma indiscriminada.

Até o século XVI, não havia na sociedade brasileira uma preocupação

em ofertar um atendimento educacional às pessoas que possuíam alguma

característica física ou intelectual que as tornava “diferentes” das demais

pessoas da sociedade. Hoje, em pleno século XXI, mesmo com inúmeras

inovações tecnológicas, onde diversos ramos são reinventados a falta de

investimento na área educacional ainda contribui com o aumento da má

qualidade da educação. Escolas e/ou instituições especializadas que

trabalham com alunos com necessidades educacionais especiais sofrem

ainda mais as consequências da falta de verbas e vive um grande desafio:

incluir os alunos no ensino regular.

O ato de incluir, não deve significar simplesmente matricular as

pessoas no ensino regular, mas assegurar ao professor e à escola o suporte

necessário à sua ação pedagógica. O grande desafio atual é oferecer aos

alunos portadores de necessidades especiais uma escola de qualidade, que

considere os alunos em sua diversidade e enxergue nas diferenças uma

forma de contribuição para a aprendizagem de conteúdos curriculares e

também o incentivo ao respeito ao próximo e a cidadania.

A educação inclusiva ainda é uma área relativamente nova no campo

da Pedagogia. Segundo RODRIGUES, Armindo J. Apud RIBEIRO e BAUMEL

(2003), a educação inclusiva não deve ser tratada como uma abordagem

tradicional onde era sinônimo de uniformização, mas numa abordagem de

atenção a diversidade e a igualdade com respeito pelas diferenças e pelas

necessidades individuais, desenvolvendo as potencialidades de cada aluno

através de percursos individualizados de aprendizagem, respeitando as

características e o ritmo de cada um.

Page 2: Portfólio Corporeidade e inclusão

FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA

ANGELA EUNICE SANTOS DE LIMA, 739072

IARA APARECIDA VALENTIM, 663251

NÁDIA CRISTINA SANTOS SABINO, 655779

PORTFÓLIO DE PESQUISA E PRÁTICA PROFISSIONAL –

CORPOREIDADE E INCLUSÃO

BELO HORIZONTE

2013

Page 3: Portfólio Corporeidade e inclusão

FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA

ANGELA EUNICE SANTOS DE LIMA, 739072

IARA APARECIDA VALENTIM, 663251

MÁRCIA REGINA DE SOUSA MONTESIRO, 772212

NÁDIA CRISTINA SANTOS SABINO, 655779

PORTFÓLIO DE PESQUISA E PRÁTICA PROFISSIONAL –

CORPOREIDADE E INCLUSÃO

Relatório de Portfólio de Pesquisa e Prática Profissional – XXXXXXXXXXXXapresentado à UTA – Corporeidade e inclusão, no curso de Pedagogia a Distância da Faculdade Internacional de Curitiba.Tutor Local: Fernanda NunesCentro Associado: Belo Horizonte

Belo Horizonte

2013

Page 4: Portfólio Corporeidade e inclusão

SUMÁRIO (confirmar se esta ordem está correta!)

INTRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERENCIAS

ANEXOS

Resumo dos artigos

Entrevistas com os cinco profissionais

Reportagens

Fotos

CONCLUSÃO

Page 5: Portfólio Corporeidade e inclusão

INTRODUÇÃO – Angela (no mínimo 1 página)

Page 6: Portfólio Corporeidade e inclusão

DESENVOLVIMENTO – ANGELA

Page 7: Portfólio Corporeidade e inclusão

ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS – NÁDIA

2.2.3 Análise dos dados coletados

A pesquisa foi desenvolvida na EEMLMB situada à rua São José do

Jacurí, número 60, bairro Planalto, CEP 31720-370, Belo Horizonte, MG.

Fone: 31-3443-7477. O e-mail da instituição é: [email protected].

Entidade Mantenedora: Secretaria de Estado de Minas Gerais, o Código da

escola: 2500.

Fundada em Fevereiro de 1986 - autorizada pelo Decreto 25.438/13-

02-86. Autorização funcional: 274/86-22-02-86- MG sem sede própria iniciou

seu funcionamento na Escola Estadual Orôncio Murgel Dutra e na Escola

estadual Minervina Augusta. Em 1996 a Escola foi autorizada a implantar o

ensino médio pelo Decreto-Lei 33.796-24/07/1996. Autorização de

funcionamento Portaria 777/92-MG-22/08/1992 - ocorrendo nessa época a

ampliação da escola com a construção do terceiro prédio. A Escola atende

sua clientela em três turnos – manhã, tarde e noite, sendo 7H às 11H30, 13H

às 17H30 e 18H00 às 22H10 respectivamente.

A EEMLMB atende ao público de classes diferenciadas, na sua maioria

classe baixa oferecendo o Ensino Fundamental II, 6º ao 9º ano/9 e ensino

médio para alunos a partir 10 anos de idade: Ensino fundamental regular – nº

de alunos: 498, Ensino médio regular – nº de alunos: 856, EJA médio – nº de

alunos: 498. Totalizando aproximadamente 1800 alunos matriculados.

Desse total de alunos matriculados, 17 são alunos em processo de

inclusão. Dois desses estão com liberdade assistida; I.M (7°ano) e G.F.L

(9°ano). Os demais com necessidades especiais devido à esquizofrenia,

TDAH, SD, autismo, leptospirose, ceratocone e deficiência auditiva são: V.G e

V.D.E (6°ano), G.J.V, L.D.S, A.D.F.L, G.P.Z e M.G.R (7°ano), M.S.A, T.G.M,

S.L e M.M.P (8°ano), L.C.S.S (9°ano). N.C. (7°ano) sofreu uma lesão cerebral

por afogamento e consequentemente falta de oxigênio no cérebro. L.E.D

(8°ano) e H.Q.P (7°ano) são acompanhadas por um professor de apoio.

Alguns dos alunos acima não são acompanhados por profissionais por

decisão dos pais.

Page 8: Portfólio Corporeidade e inclusão

A escola dispõe de uma diretora, uma vice-diretora, uma especialista –

supervisora, 1 professor para cada disciplina, uma secretária, duas

professoras do uso da biblioteca (PEUB), ASB, 1 porteiro, 3 cantineiras e

duas serviçais.

Segundo a diretora (Qual as iniciais do nome da Senhora

Diretora??) “O papel social da escola é acolher o aluno com necessidades

especiais, inseri-lo na sociedade e na comunidade escolar como indivíduo

capaz. O professor do aluno e os demais professores da escola são

profissionais qualificados que conhecem e respeitam a necessidade do aluno

especial em participar ativamente dos eventos e dia a dia da escola”.

A instituição de ensino possui o PPP que obedece a filosofia de que a

educação é dever da família e do estado. Inspirado nos princípios de

liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e

sua qualificação para o trabalho.

Quanto à formação dos docentes, é pré requisito que o professor tenha

uma graduação, sendo que a escola promove reuniões de estudos com os

mesmos visando à formação continuada. Estes professores trabalham nos

três turnos sendo xxxxx pela manhã, xxxx à tarde e xxxxx à noite. No que diz

respeito a prática pedagógica dos professores, todos os dias as professoras

iniciam as aulas fazendo a chamada para conferir alunos faltosos e/ou

evadidos.

A entrada dos alunos é feita por uma pessoa para executar a tarefa de

receber os alunos e os encaminharem para as respectivas salas. Os mesmos

entram com tolerância de 15 min.

Junto com a comunidade escolar a EEMLMB desenvolve um trabalho

de XXXXXXXXX trazendo benefícios para toda a comunidade e com isso

rompendo os muros escolares unindo escola e comunidade.

Page 9: Portfólio Corporeidade e inclusão

CONSIDERAÇÕES FINAIS – IARA

Pode-se considerar com a construção desse portfólio que, a UTA

Corporeidade e Inclusão a importância para o aprimoramento de novos

conhecimentos no que diz respeito a educação especial , libras – Língua

Brasileira de Sinais e a Educação Física e o esporte na escola.

Não havia na sociedade até o século XVI uma preocupação em

oferecer atendimento educacional às pessoas consideradas “diferentes” das

demais. Na contemporaneidade, a chamada sociedade inclusiva desestabiliza

concepções e estruturas sociais e denuncia atitudes de preconceito e

marginalização a grupos minoritários, como é o caso de pessoas com

deficiência.

O papel do professor assume fundamental importância e já sua ação

mediadora é imprescindível na promoção de culturas e práticas inclusivas no

contexto escolar.

Ainda no que diz respeito à produção deste presente trabalho, através

da realização das “Atividades Práticas” o grupo pôde se aprimorar e descobrir

um pouco da historia dos surdos, suas dificuldades, limitações e desrespeito a

vida desse povo sofrido e humilhado na antiguidade.

O grupo teve a oportunidade de pesquisar sobre a educação física e o

esporte na escola, a importância das brincadeiras pedagógicas que fazem

parte da educação física despertando o entusiasmo, interesse, inclusão e

participação dos alunos.

Além de buscar competências para ser um bom pedagogo ou

profissionais da educação, o grupo concluiu que é preciso se qualificar,

atualizar, ser organizado entre os outros artifícios, sendo muito importante se

dedicar a escola e aos alunos, sempre fazendo o melhor para ambos.

Com a produção deste trabalho de portfólio, o grupo também adquiriu

conhecimentos em educação especial através do período de observação em

uma instituição de ensino. Foi uma experiência rica em aprendizado que

proporcionou ao grupo uma maior familiarização com tema “inclusão e

diversidade”.

Page 10: Portfólio Corporeidade e inclusão

O processo de inclusão tem caminhado lentamente em nosso país e

apresenta muitas variantes, de acordo com cada região, o acesso e a

permanência de todos os alunos na escola são garantidos por lei, porém

esses aspectos somente têm validade se o aluno de fato, sentir-se acolhido

pela comunidade escolar e obter êxito em sua trajetória acadêmica.

Page 11: Portfólio Corporeidade e inclusão

REFERÊNCIAS – TODAS AS INTEGRANTES DO GRUPO

OBS: Todas devem anotar as referencias de onde tem feito suas pesquisas para anexá-las aqui.

Acrescentar aqui os nomes dos livros desta UTA!

Page 12: Portfólio Corporeidade e inclusão
Page 13: Portfólio Corporeidade e inclusão

Resumo dos artigos:

Angela Eunice dos Santos Lima

1º Artigo:

Page 14: Portfólio Corporeidade e inclusão

Angela Eunice dos Santos Lima

2º Artigo:

Page 15: Portfólio Corporeidade e inclusão

Iara Aparecida Valentim

1º Artigo:

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA

Autor??

Notando com satisfação um incremento no envolvimento de governos,

grupos de advocacia, comunidades e pais, e em particular de organizações

de pessoas com deficiências, na busca pela melhoria do acesso á educação

para a maioria daqueles cujas necessidades especiais ainda se encontram

desprovidas; reconhecendo como evidência para tal envolvimento a

participação ativa do alto nível de representantes e de vários governos,

agências especializadas, e organizações intergovernamentais na Conferência

Mundial.

Os delegados da Conferência Mundial de Educação Especial,

representando 88 governos e 25 organizações internacionais em assembléias

em Salamanca, Espanha, entre 7e 10 de junho de 1994, reafirmou

compromisso para com a Educação para Todos, reconhecendo a

necessidade e urgência de educação para as crianças, jovens e adultos com

necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de ensino.

- Toda criança tem direito fundamental á educação, e deve ser dada a

oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem,

- Toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades

de aprendizagem que são únicas,

- Sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais

deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta

diversidade de tais características e necessidades,

- Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso á

escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada

na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades,

Page 16: Portfólio Corporeidade e inclusão

- Escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios

mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades

acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação

para todos; além disso, tais escolas provêem uma educação efetiva á maioria

das crianças e aprimora a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia

de todo o sistema educacional

Estrutura de Ação em Educação Especial

Foi adotada pela conferencia Mundial em Educação Especial

organizada pelo governo da Espanha em cooperação com a UNESCO,

realizada em Salamanca entre7 e 10 de junho de 1994. Seu objetivo é

informar sobre políticas e guias ações governamentais, de organizações

internacionais ou agências nacionais de auxílio, organizações não

governamentais e outras instituições na implementação da Declaração de

Salamanca sobre princípios, Política e prática em Educação Especial. A

Estrutura de Ação baseia-se fortemente na experiência dos países

participantes e também nas resoluções, recomendações e publicações do

Sistema das Nações Unidas e outras organizações inter-governamentais,

especialmente o documento” Procedimentos-Padrões na Equalização de

Oportunidades para pessoas Portadoras de Deficiência.” Tal Estrutura de

Ação também leva em consideração as propostas, direções e recomendações

originadas dos cinco seminários regionais preparatórios da Conferência

Mundial.

O direito de cada criança a educação é proclamado na Declaração

Universal de Direitos Humanos e foi fortemente reconfirmado pela Declaração

Mundial sobre Educação para Todos. Qualquer pessoa portadora de

deficiência tem o direito de expressar seus desejos com relação á sua

educação tanto quanto estes possam ser realizados. Pais possuem o direito

inerente de serem consultados sobre a forma de educação apropriadas ás

necessidades, circunstâncias e aspirações das crianças.

O princípio que orienta esta Estrutura é o de que escolas deveriam

acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas,

intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras, deveriam incluir

Page 17: Portfólio Corporeidade e inclusão

crianças deficientes e super-dotadas, crianças de rua e que trabalham,

crianças de origem remota ou de população nômade, crianças pertencentes a

minorias lingüísticas, étnicas ou culturais, e crianças de outros grupos

marginalizados.Tais condições geram uma variedade de diferentes desafios

aos sistemas escolares.

A Educação Especial incorpora os mais comprovados princípios de

uma forte pedagogia da qual todas as crianças possam se beneficiar.Elas

assume que as diferenças humanas são normais e que, em consonância com

a aprendizagem de ser adaptada ás necessidades da criança, ao invés de se

adaptar a criança ás assunções pré-concebidas a respeito do ritmo e da

natureza do processo de aprendizagem. Uma pedagogia centrada na criança

é beneficial a todos os estudantes e também á sociedade como um todo. A

experiência tem demonstrado que tal pedagogia pode consideravelmente

reduzir a taxa de desistência e repetência escolar e ao mesmo tempo garantir

índices mais altos de rendimento escolar.

Administradores locais e diretores de escolas podem ter um papel

significativo quanto a fazer com que as escolas respondam mais ás crianças

com necessidades educacionais especiais desde que a eles sejam

fornecidos a devida autonomia e adequado treinamento para que o possam

fazê-lo. Os diretores de escola têm a responsabilidade especial de promover

atitudes positivas através da comunidade escolar e cooperação efetiva entre

professores de classe e pessoal de apoio.

O sucesso de escolas inclusivas depende muito da identificação

precoce, avaliação e estimulação de crianças pré- escolares com

necessidades educacionais especiais. A assistência infantil e programas

educacionais para crianças até a idade de seis anos deveriam ser

desenvolvidos e/ou reorientados no sentido de promover o desenvolvimento

físico, intelectual e social e a prontidão para a escolarização.

É uma tarefa a ser dividida entre pais e profissionais, uma atitude positiva da

parte dos pais favorece a integração escolar e social. Pais necessitam de

apoio para que possam assumir seus papéis de pais de uma criança com

necessidades especiais.

Page 18: Portfólio Corporeidade e inclusão

Iara Aparecida Valentim

2º Artigo:

A EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Prof. Dr. Valter Bracht

Universidade Federal do Espírito Santo

O conteúdo de ensino da Educação Física: de atividade física à cultura

corporal de movimento

Foi marcado até recentemente na década de 1980 o entendimento de

conteúdo em Educação Física, pela idéia de atividade, no caso, de uma

atividade física. Enquanto em outras disciplinas escolares o conteúdo sempre

foi entendido como um conhecimento de caráter conceitual, na Educação

Física, ele era visto como principal objetivo melhorar a aptidão física (com

implicações para a saúde), além de influir no comportamento, moldando o

caráter dos alunos. A atividade física mobilizada para atingir esses objetivos

(os chamados meios da Educação Física) assumiu diferentes formas, como a

ginástica, as lutas, os jogos e os esportes.

Esse entendimento conferiu um caráter diferenciado á Educação Física

no que diz respeito ao modo das disciplinas escolares, que caracterizam

normalmente por dispor de um conjunto de conhecimento mais ou menos

estável, registrado e sistematizado em livros-texto ou livros didáticos, incluir

registros sistemáticos dos alunos em seus cadernos e avaliações escritas. No

caso da Educação Física, compreendida como atividade, esses elementos

não faziam sentido, já que não havia conhecimento (embora se buscasse a

transmissão de valores) a ser registrado e, sim, uma atividade física que

impactava o corpo e comportamento dos alunos.

Em função da influência das ciências naturais, particularmente da

Fisiologia e da Biologia, o entendimento de conteúdo da Educação Física

estava baseado numa visão de corpo marcadamente biológica, ou seja, o

corpo e sua atividade física eram entendidos como dimensões de natureza.

Page 19: Portfólio Corporeidade e inclusão

A aptidão física foi por muito tempo o critério fundamental não só para

a seleção dos conteúdos e para sua organização seqüencial, como para a

realização da avaliação.

Nos diferentes níveis de ensino, (particularmente no antigo primeiro

grau), o conteúdo da Educação Física, passou a ser composto

fundamentalmente pelo esporte, nas suas mais variadas modalidades,

distribuídas nas diferentes séries. As modalidades esportivas

Que mais se fizeram presentes e, ainda persistem, são o futebol/futsal,

o voleibol, o basquetebol e o handebol. A proeminência desses esportes

tornou-se tão grande que em alguns contextos são caracterizados como

“quarteto mágico”. Além dessas modalidades, também o atletismo ganhou

destaque e, em algumas poucas escolas que dispõem de piscina, a natação.

Nesse processo, a ginástica passa a ser coadjuvante do esporte

“aquecimento” ou é ensinada nas suas formas esportivas, como a ginástica

olímpica (hoje artística) e a rítmica esportiva. Os jogos, entendidos como pré-

esportivos, são uma forma de iniciar a familiarização do aluno com o esporte.

No planejamento do ensino, os esportes eram distribuídos por bimestres:

voleibol no primeiro bimestre, atletismo no segundo, e assim por diante. A

obra que melhor reflete essa perspectiva de Educação Física é a coordenada

por José Roberto Borsari (1980): educação Física da pré-escola á

universidade: planejamento, programas e conteúdos.

O movimento renovador da educação Física brasileira promoveu uma

“desnaturalização” do seu objeto. Isso quer dizer que o corpo não é mais

entendido somente como uma dimensão da natureza (em nós) e sim,

principalmente, como uma construção cultural, portanto, simbólica. O corpo e

suas práticas expressam a sociedade na qual estão inseridos, ou seja, são

construções históricas. Nesse entendimento, as diferentes práticas corporais

(ou atividades físicas, como eram chamadas) foram construídas pelo homem

em determinado contexto histórico-cultural e com sentidos próprios. Promove-

se, então uma “cultura” do objeto/conteúdo da Educação Física. Assim vão

ser as expressões cultura corporal, cultura de movimento e cultura corporal de

movimento para expressar o objeto/conteúdo de ensino da educação Física.

Page 20: Portfólio Corporeidade e inclusão

Trata-se, portanto, não mais de apenas submeter os alunos a uma

atividade física para “fortificar os corpos”

A função da disciplina Educação Física como a de introduzir os alunos

no universo da cultura corporal de movimento, ou seja propiciar a construção

pelo aluno de um amplo acervo cultural no caso de uma dimensão específica

da cultura, a cultura corporal de movimento. A justificativa é que essa

dimensão da cultura assume importância cada vez maior na vida das

pessoas, de maneira que o exercício pleno da cidadania também passa por

ela. Em cada esquina temos uma academia de ginástica; os meios de

comunicação de massa estão repletos de conteúdos á cultura corporal de

movimento, como esportes competitivos e de aventura, jogos olímpicos, copa

do mundo de futebol.

O conteúdo da educação Física assume assim um duplo caráter: trata-

se de um saber fazer e de um saber sobre esse fazer.

A concepção de cultura corporal amplia a contribuição da educação

Física escolar para o pleno exercício da cidadania, na medida em que,

tomando seus conteúdos e as capacidades que se propõe a desenvolver

como produtos socioculturais, afirma como direito de todos acesso a eles.

Além disso, adota uma perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem

que busca o desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a participação

social e a afirmação de valores e princípios democráticos. O trabalho de

Educação Física abre espaço para que se aprofundem discussões

importantes sobre aspectos éticos e sociais.

Page 21: Portfólio Corporeidade e inclusão

Márcia Regina de Sousa Monteiro

1º Artigo:

Page 22: Portfólio Corporeidade e inclusão

Márcia Regina de Sousa Monteiro

2º Artigo:

Page 23: Portfólio Corporeidade e inclusão

Nádia Cristina Santos Sabino

1º Artigo:

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFESSORES ACERCA DO ALUNO

COM DEFICIÊNCIA: A PRÁTICA EDUCACIONAL E O IDEAL DO AJUSTE

À NORMALIDADE

Carlos Ralph de Musis

Sumaya Persona de Carvalho

A sociedade vê a diferença entre as pessoas como algo que as torna

inferiores às demais mas é necessário que estas pessoas sejam inseridas no

ambiente social, principalmente no que tange a educação.

A educação das pessoas portadoras de deficiência tem sido alvo de

estudos e discussões que levaram ao desenvolvimento de políticas para a

inserção desse aluno no ensino regular, a inclusão do aluno com deficiência

no ensino regular tem merecido destaque, visando a atender, ao máximo, a

capacidade do aluno da escola, porém para que isto ocorra é necessário que

os professores sejam capacitados.

Ao abordar a gênese e o funcionamento das representações sociais,

Moscovici (1978, p.289) cria um modelo calcado em dois processos:

objetivação e ancoragem.

A objetivação e a ancoragem compõem mecanismos para a formação

e manutenção das representações sociais, as quais engendram um tipo

especial de realidade, e constituem um meio pelo qual as relações de poder e

as regulações sociais são percebidas, mantidas e modificadas.

Metodologia

O objetivo desse estudo constituiu que indivíduos que cursavam

Pedagogia em 2001 e 2005 modalidade parcelada e regular, na Universidade

Federal do Mato Grosso (UFMT). Coletamos, respectivamente, amostras de

60 e 47 indivíduos. A partir dessas amostras, avaliamos a hipótese de que um

Page 24: Portfólio Corporeidade e inclusão

saber próprio é a base das concepções, consubstanciadas no senso comum,

efetivam a mescla entre indivíduos e sociedade e definem estruturas mentais

orientadoras do habitus instituído.

O instrumento de coleta de dados consistiu em um questionário com a

seguinte evocativa: “incluir um aluno portador de deficiência em minha sala de

aula...”. Os resultados obtidos foram trabalhados por meio de uma análise de

conteúdo e, posteriormente, hierarquizados mediante estatística coesitiva.

A operacionalização do modelo coesitivo foi efetuada por meio do

Classification Hiérarchique Implicative et Cohesitive (software CHIC). Este

procedimento permitiu a visualização das interrelações das categorias

mapeadas em uma árvore hierárquica em que, a cada nível k da hierarquia

implicativa, forma-se uma classe de regras cuja coesão, de cima para baixo, é

menor que a das classes já formadas e maior que a das classes que virão.

Um nível é tido como significativo quando os índices coesitivos

correspondem a um máximo local (nas árvores coesitivas, os nós implicativos

significativos correspondem às setas em vermelho).

Resultado

A grande maioria de alunos-professores que respondeu ao questionário

e possibilitou a base de dados deste trabalho era do sexo feminino, atingindo

índice de 89%, fato que comprova mais uma vez a predominância da mulher

no magistério de 1° grau (Almeida, 1998).

Na variável idade, observamos uma alta incidência no intervalo de 36-

45 anos.

Quanto à experiência profissional, 27,6% dos pesquisados exercem o

magistério pelo período de 16 a 20 anos. Cerca de 23,4% da amostra tem

pouca experiência, com tempo de magistério de zero a cinco anos e, ainda

nesta amostra, há um índice que vale a pena ser apresentado: 21,27% têm de

11 a 15 anos de profissão.

Os alunos-professores afirmaram que:

Page 25: Portfólio Corporeidade e inclusão

• O professor de aluno com deficiência precisa ter muitas qualidades, ser

capacitado para, somente então, trabalhar com esse aluno. Ele precisa,

ainda, vencer obstáculos de ordem psicossocial.

• O aluno com deficiência é aquele que apresenta dificuldades de

aprendizagem, deficiências sensoriais e superdotação. Isso indicou uma

compreensão ampliada de quem é o aluno portador de deficiência. Eles

salientaram o potencial do aluno na perspectiva da cidadania, viram-no como

pessoa completa que apresenta limitações, mas que precisa de atenção

especial, carinho e amor.

• A educação especial compõe um complexo que mescla o prisma técnico e o

aspecto psicossocial, integrando um todo com “muitas dificuldades”.

As representações de alunos-professores se apoiaram em três aspectos que,

embora não definam objetos de estudo representacionais, caracterizam a

semântica dos discursos proferidos:

• Capacitação – a formação surge como meio para superar as dificuldades. A

busca recorrente da objetivação de uma qualificação idealizada, para

somente depois atuar, indica a legitimação de uma situação que,

provavelmente, eles não desejam enfrentar.

Afetividade – a importância atribuída à mudança de posturas pessoais para

atuar com o aluno teve o amor e o carinho como características modais que,

dessa maneira, afirmam a acepção

destes aspectos associada à boa prática educacional.

• Política educacional – o equacionamento da inclusão social e educacional é

citado como a priori para superar as dificuldades vividas no cotidiano escolar,

o que aponta uma simplificação da relação entre essas instâncias.

A associação entre “relação professor/aluno” e “civilidade” (c6 e c7)

indica um movimento de significações construídas por professores e alunos

que culminam em um esforço identitário.

A noção de bem comum é a base dessa prescrição e manifesta-se na

prática, quando o professor articula uma semântica que desemboca em

representações com referentes éticos, o que conduz seu argumento a dois

estados possíveis:

Page 26: Portfólio Corporeidade e inclusão

• Forte: o professor apreendeu os imperativos éticos da civilidade e, a partir

destes, consegue atingir, pelo menos em parte, a realidade concreta imanente

ao deficiente.

• Fraco: o termo civilidade corresponde a um “lugar-comum”, um clichê

evocado a fim de evitar a crítica a uma realidade concreta.

A relação dinâmica inclusão/exclusão, a começar pela problematização

da chamada normalidade, ao chegar até os movimentos sociais que

atravessam a escola, favorece a desconstrução dos discursos hegemônicos e

abre espaço para a expressão da diferença. Diante disso, Fleuri (2003, p. 28)

mostra que: (...) a problematização dos padrões de normalidade implica

reconsiderar a relação com todas aquelas pessoas que, por suas limitações

físicas, são consideradas “deficientes”. Mas, sobretudo, em questionar as

próprias relações de poder e os próprios dispositivos de elaboração de saber

vigentes na escola, que negam as narrativas e as formações culturais que

nomeiam e constroem as subjetividades, as expressões e as interações dos

estudantes.

As considerações de Fleuri (op. cit.) apontam a constituição histórica

de um viés mercantilista na relação da educação com a sociedade (Bueno,

1997). A não-neutralidade da educação e o seu espaço de reprodução das

desigualdades sociais, na sociedade capitalista, constituem um parâmetro

importante nos estudos das práticas educacionais, feitos por Brandão (1982).

Ele mostra que, em meados da década de 1930, as disciplinas que

compunham o currículo tinham como eixo a natureza humana de forma

genérica e vaga, com princípios pedagógicos vazios de características das

crianças a serem educadas. Na escola nova, o aluno passa a ser o centro do

processo e preconiza-se respeito às diferenças individuais.

Para que um grupo construa uma identidade social e, em decorrência,

potencialize a prática educacional que o define, seus componentes precisam

articular acordos que promovam o bem comum. No entanto, nem sempre o

diferente é identificado como tributário do “bem comum”.

Em termos psicossociais, o indivíduo equaciona essa contradição por

meio da articulação de representações que flexibilizam a acepção do que é

“normal”. Esse movimento pode ser apreendido na estrutura “Inevitabilidade

do desafio” (c1) e “Atributos do professor/formação”

Page 27: Portfólio Corporeidade e inclusão

(c2) e corrobora a explicação “forte” entre “Relação professor/aluno” (c6) e

“Civilidade” (c7): a evocação de aspectos concretos do problema; a

apreensão de que, para superar as dificuldades relacionadas à educação do

deficiente, é necessário um investimento em formação.

Se, em um primeiro momento, há uma impressão de que a formação

seria o parâmetro principal para equacionar o problema, o estudo mostrou o

contrário, ou seja, os indivíduos desenvolveram articulações que remetem

tanto à formação quanto a aspectos subjetivos, como afetividade, civilidade,

desafio e rejeição. O discurso apreendido possibilitou compreender que os

aspectos afetivo e cognitivo fazem parte do discurso dos professores. Se, por

um lado, eles tentam incluir o aluno pela via do afeto, por outro, eles o

excluem sob o enfoque da falta de medidas, de material didático e de

formação adequada para trabalhar com ele.

Houve alunos-professores que afirmaram não entender o mecanismo

da inclusão escolar. Outros a conceberam, porém, como processo. Para

estes, afirmar que o aluno está presente na escola é insuficiente, pois ele

precisaria compartilhar da comunidade escolar e nela atuar.

Para fazer com que o aluno participe, aprenda, se realize e desenvolva

seu potencial, os sujeitos da pesquisa mencionaram, de maneira enfática, que

precisam de capacitação, de formação adequada.

Page 28: Portfólio Corporeidade e inclusão

Nádia Cristina Santos Sabino

2º Artigo:

A prática pedagógica mediada (também) pela língua de sinais:

Trabalhando com sujeitos surdos*

Cristina B.Feitosa de Lacerda **

Cada vez mais pesquisadores e professores têm procurado refletir

sobre as práticas desenvolvidas nos diversos espaços educacionais,

buscando diferentes formas de interagir, modos de construção de

conhecimentos e constituição da intersubjetividade, para melhor compreender

a riqueza do funcionamento humano e as dinâmicas que ocorrem nesse

contexto. Nesse sentido, focalizar o olhar sobre a prática educacional que

envolve.

Os sujeitos surdos podem revelar-se muito interessantes. A educação

dos surdos tem se mostrado sempre como um assunto polêmico. As

propostas educacionais desenvolvidas ao longo do último século não se

mostraram eficientes.

A atual política nacional de educação preconiza a educação

integradora, ou seja, aquela organizada para atender a todos, incluindo os

portadores de necessidades especiais (Alencar 1994). Essa política tem

sustentação em documentos como a “Declaração de Salamanca” (Unesco

1994), resultado de uma conferência realizada em Salamanca (Espanha), em

junho de 1994.

Contudo, a proposta da educação integradora, que vem sendo

praticada há pelo menos três décadas no Brasil, é criticada por muitos, que

entendem que nela subjaz a idéia de que é a criança quem deve se adaptar à

escola, devendo ser inserida em um ambiente educacional o menos restritivo

possível.

A essas idéias contrapõe-se o movimento de inclusão, discutido em

Salamanca.

Durante muitas décadas o trabalho educacional voltado para as

pessoas surdas pautou-se nos princípios do oralismo (Goldfeld 1997). Já em

1926, Vygotsky (1986) criticava as práticas educacionais vigentes para a

Page 29: Portfólio Corporeidade e inclusão

educação dos surdos e também o modo como a língua falada era ensinada,

argumentando que, tal como era realizada, tomava muito tempo da criança,

em geral não lhe ensinando a construir logicamente uma frase.

Diante dessa problemática bastante complexa, vários pesquisadores e

educadores tentam, há algum tempo, buscar soluções mais eficazes para a

educação das pessoas surdas (Ciccone 1996).

Tais problemas motivaram o surgimento de estudos sobre as línguas

de sinais utilizadas pelas comunidades surdas. Tais estudos (Stokoe 1978 e

Volterra 1984, entre outros) revelaram que as línguas de sinais são

verdadeiras

línguas, preenchendo em grande parte os requisitos que a linguística coloca

para as línguas orais.

Com base em tais conclusões, iniciou-se um movimento visando

incorporar as línguas de sinais das comunidades surdas às práticas

educacionais. Surge então a abordagem bilíngüe para a educação de surdos,

a qual preconiza que o surdo deve ser exposto o mais precocemente possível

a uma língua de sinais.

Nesse modelo, o que se propõe é que sejam aprendidas duas línguas,

a língua de sinais e, secundariamente, a língua do grupo ouvinte majoritário.

O objetivo da educação bilíngüe é que a criança surda possa ter um

desenvolvimento cognitivo-lingüístico equivalente ao verificado na criança

ouvinte.

As experiências com educação bilíngüe ainda são recentes, poucos

países têm esse sistema implantado há mais de uma década. Em diversos

países, como no Brasil, as experiências com educação bilíngüe ainda estão

restritas a alguns poucos centros.

Em contrapartida, ao optar pela inserção do aluno surdo na escola

regular, isso precisa ser feito com certos cuidados que visem garantir sua

possibilidade de acesso aos conhecimentos que estão sendo trabalhados,

considerando as peculiaridades lingüisticas desses sujeitos.

Nessa perspectiva, uma possibilidade de inserção do aluno surdo nas

classes regulares é ele ser acompanhado de um intérprete de língua de

sinais.

Page 30: Portfólio Corporeidade e inclusão

É preciso que haja um reconhecimento de que os alunos necessitam

de apoio específico, de forma permanente ou temporária, para alcançar os

objetivos finais da educação e, então, devem ser oferecidos, por exemplo,

apoios tecnológicos e humanos. Um desses apoios humanos é o intérprete de

língua de sinais.

O surdo precisa ser respeitado em sua condição lingüística e, na

medida em que tal condição é respeitada, ele pode se desenvolver e construir

novos conhecimentos de maneira adequada e satisfatória.

Metodolgia

O objeto de estudo é a língua em atividade e a relação dos sujeitos

com ela; reconhecendo o desenvolvimento como um processo dinâmico, em

constante fluxo, busca-se dar conta da continuidade dos fatos, uma vez que a

realidade é vista como um processo em constante movimento, e o foco das

análises está dirigido para a emergência dos processos de mudança e

permanência das dinâmicas próprias de sala de aula e das interações entre

os

sujeitos que constituem o espaço escolar.

O ponto de interesse para análise se concentrará na dinâmica própria

de interlocução que se estabelece em sala de aula, focalizando o papel da

língua de sinais nos processos de interação e como ela contribui para que o

aluno surdo e os alunos ouvintes construam novos conhecimentos.

É possível vislumbrar a multiplicidade de fatores interferentes em uma

prática estruturada e, ao mesmo tempo, mostrar que a língua de sinais pode

estar presente no espaço de sala de aula, colaborando para as relações que

envolvem todo o espaço educacional.

A língua de sinais pode ser acolhida positivamente pelos ouvintes,

possibilitando o rompimento de barreiras sempre tão comuns em relação a

ela.

Page 31: Portfólio Corporeidade e inclusão

Atividades Aplicadas: práticas - Angela

Livro: Fundamentos para Educação Especial

Pág. 61

Em sala de aula

1. leia, na página a seguir, o texto para discussão “o Banco com atendimento

especial”.

2. Em grupo de quatro integrantes, discuta seu ponto de vista sobre a proposta

do Sr. Soares.

3. Cada grupo deve apreciar a proposta em termos em termos positivos e

negativos e depois encontrar argumentos para defender sua opinião, em face

dos argumento contrários.

4. Os grupos reconsideram os pontos de vista como resultado do exercício de

defesa de opiniões.

Questões para avaliação em seu município

1. Realize uma visita a locais que oferecem serviços públicos (bancos,

supermercados, correios, hospitais, etc).

2. Observe se há infraestrutura adequada ao atendimento ás pessoas com

deficiência (vagas, atendimento preferencial, recursos de acessibilidade, etc).

3. Realize uma breve entrevista com funcionário responsável sobre as

vantagens e desvantagens de a empresa ter adotado essas medidas.

P.F: Qual a vantagem da empresa ter adotado uma infraestrutura para

atender pessoas com deficiência?

R.F: A vantagem é incluir pessoas com deficiência entre meio nossos

clientes, a democratização ao acesso da loja, além também de incluí-los ao

meio de nossos funcionários.

P.F: E as desvantagens?

R.F: A única desvantagem foram as obras, onde precisamos isolar uma

grande parte da loja, mas foi a curto prazo.

4. Escreva um texto sintetizando o que você aprendeu com essa experiência?

Page 32: Portfólio Corporeidade e inclusão

Acessibilidade é tornar as coisas acessíveis para qualquer pessoa com

algum tipo de limitação temporária ou permanente e está relacionada em

fornecer condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou

assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações,

dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de

comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com

mobilidade reduzida. Mas ainda nos tempos de hoje, vimos que não é

exatamente assim, durante a observação no meio da cidade que vivemos,

percebemos que ainda há muito o que ser mudado.

No comércio, a infraestrutura deixa a desejar, a muitas lojas que ainda

precisam de adaptações, além de lugares públicos também.

Todos devem ter a consciência urgentemente que precisamos de

mudanças para receber pessoas com alguma deficiência e realmente aceitar

o significado de acessibilidade e inclusão. Enfim, respeitar os deficientes é ter

toda uma série de cuidados para que eles não sejam excluídos do nosso

convívio, e a acessibilidade faz parte desse respeito que devemos ter para

com eles. Ela significa: dar, a essas pessoas, o acesso aos mesmos bens e

serviços disponíveis para os demais cidadãos.

Pág. 113

1. Em duplas, leiam e discutam o quadro a seguir:

Quadro 1 – principais características das escolas inclusivas.

Um senso de

pertencer

Filosofia e visão de que todas as crianças pertencem á escola

e á comunidade e de quem podem aprender juntas

Liderança O diretor envolve-se ativamente com a escola toda no provimento

de estratégias.

Padrão de

excelência

Os altos resultados educacionais refletem as necessidades

individuais do alunos.

Colaboração e

cooperação

Envolvimento de alunos em estratégias de apoio mútuo (ensino de

iguais, sistema de companheirismo, aprendizado cooperativo,

ensino em equipe, coensino, equipe de assistência aluno-

Page 33: Portfólio Corporeidade e inclusão

professor, etc).

Novos papéis e

responsabilidades

Os professores falam menos e assessoram mais, psicólogos

atuam mais junto aos professores nas salas de aula, assim, todo o

pessoal da escola faz parte do processo de aprendizagem.

Parceria com os

pais

Os pais são parceiros igualmente essenciais na educação de seus

filhos.

Acessibilidade Todos os ambientes físicos são tornados acessíveis e, que do

necessário, e oferecida tecnologia assistida.

Ambiente flexíveis

de aprendizagem

Espera-se que os alunos se promovam de acordo com seu estilo e

ritmo individual de aprendizagem e não de uma única maneira

para todos.

Estratégias

baseadas em

pesquisas

Aprendizagem cooperativa, adaptações curricular, ensino de

iguais, instrução assistida por computador, treinamento em

habilidades de estudar etc.

Novas formas de

avaliação escolar

Dependendo cada vez menos de testes padronizados, a escola

usa novas formas para avaliar o progresso de cada aluno rumo

aos respectivos objetivos.

Desenvolvimento

profissional

continuado

Aos professores são oferecidos cursos de aperfeiçoamento

contínuo visando á melhoria de seus conhecimentos e habilidades

para melhor educar seus alunos.

2. Reúnam- se com outras duplas (grupos de quatro ou seis alunos) e

realizem um debate envolvendo a avaliação das práticas que tem sido

realizadas nas escolas, com base nos indicadores apontados.

3. Preparem uma relação com três aspectos que consideram ser os mais

importantes para a construção de escolas inclusivas, e o três aspectos que

mais tem apresentado falhos na prática das escolas.

*Aspectos mais importantes:

1. Colaboração e cooperação – Envolvimento de alunos em estratégias de

apoio mútuo. (ensino de iguais, sistema de companheirismo, aprendizado

Page 34: Portfólio Corporeidade e inclusão

cooperativo, ensino em equipe, coensino, equipe de assistência aluno-

professor, etc).

2. Novos papéis e responsabilidades - Os professores falam menos e

assessoram mais, psicólogos atuam mais junto aos professores nas salas de

aula, assim, todo o pessoal da escola faz parte do processo de

aprendizagem.

3. Parceria com os pais - Os pais são parceiros igualmente essenciais na

educação de seus filhos.

* Aspectos que tem apresentados falhas:

1. Acessibilidade - Todos os ambientes físicos são tornados acessíveis e, que

do necessário, e oferecida tecnologia assistida.

2. Ambiente flexíveis de aprendizagem - Espera-se que os alunos se

promovam de acordo com seu estilo e ritmo individual de aprendizagem e não

de uma única maneira para todos.

3. Desenvolvimento profissional continuado - Aos professores são oferecidos

cursos de aperfeiçoamento contínuo visando á melhoria de seus

conhecimentos e habilidades para melhor educar seus alunos.

4. O grupo deve contribuir sugerindo uma característica da escola inclusiva a

ser apresentada no quadro.

A verdadeira

inclusão

Apresentar medidas que facilitem a convivência entre alunos e

alunos, alunos e professores, professores e pais, o verdadeiro

significado da inclusão.

4. O grupo deve apresentar ás demais equipes o seu trabalho, confrontando

com os resultados do trabalho de cada grupo (consensos e divergências)

5. Cada aluno deve elaborar sugestões para superação das dificuldades

debatidas visando á transformação das escolas em direção á inlcusão.

Qualificar professores;

Qualificar monitores e acompanhantes;

Buscar materiais dirigidos a professores na prática educacional;

Page 35: Portfólio Corporeidade e inclusão

Estabelecer modelos de relações sociais, que reproduzem a lógica da

sociedade.

Livro:Metodologia do ensino de Educação Física (Que livro é este?)

Questão 1

Considerando a Educação Física no espaço escolar, ou seja, o

universo que envolve a Educação Física que evoluiu no âmbito do ensino, as

atividades podem se desenvolver, dependendo da abordagem aplicada pelos

professores. Dentro do panorama escolar da educação física, considerando

as abordagens pedagógicas que auxiliam no desenvolvimento da prática

desportiva, a autora concebe 5 tipos de abordagens: a Abordagem do Ensino

Aberto, a Sistêmica, a Crítico-Superadora, a Crítico-Emancipatória e a

Abordagem dos Parâmetros Curriculares Nacionais.

Considerando essas 5 abordagens, faça uma entrevista com

professores do ensino fundamental e médio, indagando com qual tipo de

abordagem ele se identifica, e após a entrevista, descreva sobre qual

abordagem é a preferida na opinião desses professores.

Dentre todos os professores entrevistados, percebemos que a prática

desportiva mais usada é A abordagem do Ensino Aberto, onde uma

concepção de ensino aberto, os alunos devem participar das decisões, a

relação professor-aluno estabelece-se dentro de uma ação co- participativa

que se amplia de acordo com o amadurecimento e a responsabilidade

assumida pelos integrantes do grupo.

Questão 2

Faça uma entrevista com professores e equipe pedagógica, de uma escola de

sua região, conforme o roteiro das perguntas a serem respondidas.

a) Para esses profissionais, quais são as possibilidades educacionais e

pedagógicas aplicáveis na formação dos alunos de hoje?

Page 36: Portfólio Corporeidade e inclusão

As práticas de gestão nas escolas que apresentam a melhoria dos

resultados educacionais têm sido realizada mediante grande empenho,

criatividade e liderança de seus gestores, a participação efetiva dos diretores

escolares no acompanhamento do processo ensino aprendizagem,

observação da sua efetivação na sala de aula, acompanhados de feedback,

de modo a promover as mudanças necessárias para que os alunos aprendam

mais. Temos muito que caminhar para que as nossas escolas públicas

tenham uma cultura de gestão escolar efetiva, baseada em critérios de

competência tanto da gestão, como de todos os segmentos de atuação da

escola, promovida por essa gestão. Precisamos assentar a gestão da escola

sobre a definição de planos consistentes de ação, com respectivos

parâmetros de qualidade a serem continuamente monitorados e avaliados.

b) Quais argumentos você apresenta a favor do esporte no desenvolvimento

da criança/adolescente?

A educação física poderia ajudar a combater a obesidade o sedentarismo, e

os jovens poderiam ser mais bem orientados para uma vida mais ativa.

A prática de esportes é fundamental para a saúde e bem-estar do ser

humano. Ela ensina valores fundamentais, como a autoconfiança, a inclusão

social, o trabalho em equipe e o respeito pelas outras pessoas. Na infância e

na adolescência, essas atividades ganham uma importância maior para o

desenvolvimento de meninos e meninas. O esporte é importante para a saúde

e para o bem-estar do ser humano. Para a criança pode ser um fator

fundamental de desenvolvimento, desde que contribua de forma positiva para

o seu físico e para a sua mente. Porém não deve ser imposto como obrigação

ou como imposição do desejo dos pais de transformar seus filhos em atletas.

c) Descreva como os meios de comunicação influenciam a prática do esporte.

Os meios de comunicação e de grande influência, pois além de enfatizar certa

compreensão de esporte, de defender ou atacar políticas públicas de esporte,

Page 37: Portfólio Corporeidade e inclusão

enfim, mais do que apenas informar sobre o esporte, a mídia influencia o

esporte, ela mostra regras e deveres de esportistas, e mostra a importância

de se não ter uma vida sedentária.

Questão 3

Torna -se cada dia mais necessário refletir sobre o cotidiano pedagógico na

formação do professor, contudo, o descaso com a prática efetiva da atividade

física extraclasse, ainda chama a atenção, por estar condicionada, em grande

parte, à perda de tempo, ou ao gasto considerado extra, pois nem todas as

pessoas têm condições financeiras de frequentar uma academia e entre

essas, estão muitos alunos que não praticam atividade física extraclasse.

Faça uma tabela com base no modelo a seguir, e entreviste alunos da

Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, em relação à frequência que

os mesmos praticam atividade física extraclasse.

Após essa fase de entrevista, responda:

Por que ainda nos dias atuais, mesmo com a importância difundida em

relação à prática de atividade física, muitos alunos não a consideram como

aspecto importante em suas vidas?

Prática

esportiva

Diariamente 3 ou

4 vezes por semana

1 ou 2 vezes

por semana

A cada 15

dias

Nunca

Freqüenta

Academia

X XX XXXXX

Costuma

Correr ou

x xx xxx

Page 38: Portfólio Corporeidade e inclusão

fazer

caminhadas

Pratica esporte

aos finais de

semana

x xxxxx

Já se

matriculou em

uma academia

xxx xxx xxxxxxx

Depois da pesquisa, percebemos que muitos alunos levam uma vida

sedentária, não praticam nenhuma esporte físico, independente de suas

condições financeiras, os que praticam, só vão academia, para ter o corpo

sarado para impressionar as meninas ao seu redor.

Livro : Libras

Pág. 47

1. Exercite todos os sinais aprendidos. Não deixe de praticá-los, pois o exercício

sistemático evita o aquecimento.

2. Escolha cinco sinais, entre os exemplos dos capítulos, e faça a descrição da

produção desses sinais.

Substantivo

Homem Mulher Menino

Page 39: Portfólio Corporeidade e inclusão

Verbos

Varrer Comer

3. Sintetize os conteúdos da seção “Anotações contextuais” em forma de

esquema, salientando os aspectos que você considera mais relevantes.

Retomando aspectos históricos:

Os primeiros surdos que tiveram acesso á educação foram os filhos da

nobreza européia do século XVI, com finalidade de serem considerados

capazes de herdar títulos e propriedades.Para tanto, deveriam saber falar, ler

e escrever. Entre os educadores dessa época destacam-se Ponce de Leon,

Girolamo Cardano e Juan Pablo Bonet.

O abade Ponce de Leon desenvolveu um alfabeto manual e ganhou

notoriedade ao educar os filhos da corte espanhola.Girolamo Cardano era

médico e educador, foi um dos primeiros a reconhecer que a surdez não

afetava a capacidade de aprender.

A partir do século XVIII, sob a influência do método de I’Epée, a educação

de surdos avança tanto no aspecto quantitativo. Com a difusão da língua de

sinais e o reconhecimento de .que essa era a língua dos surdos, a fundação

de escolas se disseminou.

Os estudos lingüísticos desenvolvidos por Stokoe a partir de 1960, as

criticas aos métodos oralistas, que não apresentaram o resultados

pretendidos, e a mobilização dos mobilização dos movimentos surdos

começam a quebrar o paradigma educacional vigente. A quebra do

paradigma oralista oportunizou o aparecimento de várias propostas

educacionais, com práticas pedagógicas diversas.Essas propostas, de

maneira geral chamada Comunicação Total, combinam língua oral

Page 40: Portfólio Corporeidade e inclusão

manualizada,gestos, fragmentos da língua de sinais e uso de aparelhos de

amplificação sonora.

A Educação de surdos no Brasil

No Brasil, a educação de surdos teve início na segunda metade do século

XIX, com a chegada do educador francês Hernest Huet a convite de D. Pedro

II.

No início, as práticas pedagógicas realizadas no Instituto utilizavam-se de

um alfabeto manual e de um sistema sinalizado derivado da língua de sinais

francesa, juntamente com sinais caseiros trazidos pelo próprios alunos. De

maneira geral, os métodos utilizados na educação de surdos do Brasil

seguiram a trajetória histórica determinada pelas tendências mundiais. Dessa

forma,até 1960, o que se priorizou nas instituições educacionais dedicadas ao

ensino de surdos foi a opção por métodos curativos ou emendativos, cujo o

objetivo era o desenvolvimento da fala.

A idéia do surdo como individuo com direito ao desenvolvimento pleno e

como sujeito social e historicamente inserido só começa a aparecer no curso

educacional brasileiro nas três últimas décadas do século XX.

4. Procure na internet texto sobre a trajetória educacional de surdos no

Brasil. Escolha um texto que você considera interessante e faça uma resenha.

HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DO SURDO NO BRASIL

A história da educação dos surdos no Brasil é iniciada com a decisão de

Dom Pedro II que incumbiu o Marquês de Abrantes para organizar uma

comissão a fim de promover a fundação de um instituto para a educação de

surdos-mudos. Em 1856 essa comissão se reuniu e tomou, como primeira

deliberação à criação do Instituto. Em 26 de setembro de 1857 foi aprovada a

Lei de n. 939 que designava a verba para auxilio orçamentário ao novo

estabelecimento e pensão anual para cada um dos dez alunos que o governo

imperial mandou admitir no Instituto.Assim sendo, Dom Pedro II trouxe para o

Brasil um surdo francês chamado Edward Huet, iniciando assim a educação

dos surdos no Brasil.O trabalho proposto por Huet seguia a Língua de Sinais,

Page 41: Portfólio Corporeidade e inclusão

uma vez que este teria estudado com Clerc no Instituto Francês, podendo-se

deduzir que ele utilizava os sinais e a escrita, sendo considerado inclusive,

como sendo o introdutor da Língua de Sinais Francesa no Brasil.

O primeiro instituto para surdos no Brasil foi fundado em 1857 por Edward

Huet, inicialmente chamado de Imperial Instituto de Surdos-Mudos, passando

a receber o nome de Instituto Nacional de Surdos Mudos, em 1956, e de

Instituto Nacional de Educação de Surdos em 1957. Assim, a proposta de

curriculum apresentado tinha como disciplinas o português, aritmética,

história, geografia, linguagem articulada e leitura sobre os lábios para os que

tivessem aptidão.

Em 1862 Huet deixou o Instituto por problemas pessoais, sendo o seu

cargo de diretor ocupado por Dr. Manuel de Magalhães Couto, que não era

especialista em surdez e conseqüentemente deixou de realizar o treino de

fala e leitura de lábios no Instituto. Por este motivo, após uma inspeção

governamental, em 1868 o Instituto foi considerado um asilo de surdos.Em

1889 o governo determinou que, a leitura dos lábios e a linguagem articulada

deveriam ser ensinadas apenas para aqueles alunos que apresentassem um

bom aproveitamento sem prejudicar a escrita.

Por volta de 1897, o caráter educacional sofria forte influencias da Europa,

inclusive devido às decisões tomadas no Congresso de Milão. Portanto, em

1911, o Instituto Nacional de Surdos (INES) passou a seguir a tendência

mundial, utilizando o oralismo puro em suas salas de aula. Todavia, o uso dos

sinais permanece até 1957, momento em que a proibição é dada como oficial.

É na década de setenta que chega ao Brasil a Comunicação Total, após a

visita de uma professora de surdos à Universidade Gallaudet, nos Estados

Unidos.

Na década de oitenta, são iniciadas as discussões acerca do bilingüismo

no Brasil. Lingüistas brasileiros começaram a se interessar pelo estudo da

Língua de Sinais Brasileira (LIBRAS) e da sua contribuição para a educação

do surdo. A partir das pesquisas desenvolvidas por Lucinda Ferreira Brito

sobre a Língua Brasileira de Sinais, deu-se início as pesquisas, seguindo o

padrão internacional de abreviação das Línguas de Sinais, tendo a brasileira

sida batizada pela professora de LSCB (Língua de Sinais dos Centros

Page 42: Portfólio Corporeidade e inclusão

Urbanos Brasileiros), para diferencia-la da LSKB (Língua de Sinais Kapor

Brasileira), utilizada pelos índios Urubu-Kapor no Estado do Maranhão. A

partir de 1994, Brito passa a utilizar a abreviação LIBRAS (Língua Brasileira

de Sinais), que foi criada pela própria comunidade surda para designar a

LSCB.Todavia, no ano de 1986 a direção do Instituto Nacional de Educação

de Surdos, sob a luz dos efeitos dessa nova era, iniciou o projeto de pesquisa

PAE (Projeto de Alternativas Educacionais), um trabalho de implementação

da Comunicação Total em grupos de alunos ali matriculados.Entretanto esta

perspectiva não tomou corpo, podendo ser observado que, atualmente,

segundo a Procuradoria Geral do Trabalho (2001/2002) foi sancionada, em 24

de abril de 2002, a lei nº 10. 436 que reconhece a Língua Brasileira de Sinais

(LIBRAS) como meio legal de comunicação e expressão. Esta foi vista como

sistema lingüístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical

própria oriunda da comunidade de pessoas surdas do Brasil. Desta maneira,

o sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais,

municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de

formação de educação especial, de Fonoaudiologia e de magistérios, em

seus níveis médios e superior, o ensino das LIBRAS, como parte integrante

dos parâmetros Curriculares Nacionais.

Nesta perspectiva, o surdo, como todos os demais educandos “especiais”,

terá garantido assim, os seus direitos à educação, assegurando uma

formação que lhe dê condições de autonomia no mercado de trabalho, etc.,

ou seja, realmente partindo da educação para a inclusão social em todos os

seus aspectos.(GENIVALDA BARBOSA).

Pág. 70

1. Pesquise na internet pelo menos dois textos que se desenvolvam os temas

identidade e cultura surda. Após a leitura desses textos e o seu confronto com

o estudado no capítulo, produza um texto sintético a partir do seguinte tema:

a importância do grupo cultural na formação da identidade surda.

A identidade surda vem com a construção da identidade cultural dos

sujeitos com as suas particularidades e especificidades que vão além dos

Page 43: Portfólio Corporeidade e inclusão

aspectos clínicos. Com outras palavras, a identidade surda está em constante

descoberta, e necessita se afirmar na cultura quando um sujeito se espelha

em outro semelhante. Há sempre essa necessidade da figura do outro igual. 

As identidades surdas, não se desfazem totalmente com a vivencia em meios

socioculturais ouvintes, porém o encontro surdo-surdo é essencial para a

construção da identidade surda. Uma das dificuldades da aceitação da

identidade surda esta relacionada muitas vezes aos estereótipos, como de

deficiência, pois faz uma composição distorcida e inadequada.

Para formação da identidade surda é essencial à convivência com os

seus pares na escola e pelo sentimento de pertencimento a uma nova

realidade quando se descobrem surdas. Identidade essa que lhes vem,

primeiramente, quando começam a ver os surdos conversando em LIBRAS.

Para a surdez, a palavra cultura representa para os sujeitos surdos como uma afirmação de sua identidade de forma onde se centraliza o seu espaço linguístico. 

A cultura visa uma construção permanente, é também seu objetivo a conquista do reconhecimento dos demais membros do grupo social ao qual pertence.

os Surdos são socialmente e politicamente organizados, possuindo um estilo de viver que é próprio de quem utiliza a visão como meio principalmente de obter conhecimentos. Assim também a cultura surda é mística e híbrida, pois esta não se encontra isolada do mundo, sempre está interagindo com outras culturas evoluindo da mesma forma que o pensamento.Os sujeitos surdos vivem numa sociedade de pessoas que ouvem e falam e que detém uma relação de poder por usar um a língua oral-auditiva, neste caso a Língua Portuguesa, dessa forma acham que as pessoas surdas são: subculturais, não tem cultura própria, têm algumas adequações, deficientes que necessitam entrar na linha da normalização, precisa urgentemente ser igual à maioria, precisam falar, ver, ouvir, andar, fazer parte de uma cultura dita padrão para serem então considerados inclusos na sociedade. 

1. Relacione o trecho a seguir com o conteúdo teórico do capítulo e depois

escreva um pequeno comentário.

As identidades, que eram definidas, tornaram-se temporárias. A

diversidade cultural que o mundo apresenta hoje, as múltiplas e flutuantes

identidades em processo contínuo a defesa do fragmentário, das

Page 44: Portfólio Corporeidade e inclusão

parcialidades e das diferenças, trouxeram, como corolário, uma volatilidade

das identidades que se inscrevem em outra lógica: da lógica da identidade

para a lógica da identificação. Da estabilidade e segurança garantida pelas

identificação rígidas, á impermanência, mutabilidade e fluidez da identificação.

(OLIVEIRA, 2009).

A identidade é algo em questão, em construção, uma construção móvel

que pode frequentemente ser transformada ou estar em movimento, e que

empurra o sujeito em diferentes posições.O mundo do surdo é muito difícil

criar uma cultura surda, suas escolhas ficam a mercê do ouvinte devido à falta

de comunicação entre ambos na construção da condição social. È

imprescindível entender que as manifestações culturais da surdez não são

manifestações de uma cultura patológica, mas de uma cultura legítima, que

só enriquece a visão do que é “ser humano”,o ser que transcende a fala, mas

que não transcende a linguagem.

3. Sinalize para outra pessoa algumas frases que contenham advérbios.

4. Treine os sinais apresentados no repertório do capítulo.

Angela! Por gentileza verifique se após a formatação todas as atividades

estão corretas e se a formatação tb está correta. Obrigada!

Page 45: Portfólio Corporeidade e inclusão

Entrevistas com os cinco profissionais:

1º Profissional: Nádia Cristina

1- A Educação está relacionada aos processos de ensinar e aprender. Teve sua

origem através da transmissão de informações (tradição, cultura, agir

necessários à convivênica) às gerações com o fim de auxiliar na convivência

e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade. A educação

pode se dar de duas formas:

Educação formal — que ocorre nos espaços escolarizados.

Educação informal - acontece também no dia-a-dia, na informalidade, no

cotidiano do cidadão.

O Ensino tem relação com a educação, pois é uma forma sistemática de

transmissão de conhecimentos. Geralmente o ensino é ministrado em

escolas.

Pesquisa é o conjunto de atividades orientadas e planejados pela busca de

um conhecimento. Para o desenvolvimento de uma pesquisa é necessário

leitura e análise de livros, imagens e documentos além da produção de

anotações que servirão de fundação teórica para estudo.

2- A pesquisa é considerada por mim uma aliada, uma ferramenta de grande

utilidade utilizada pelo professor para a aquisição de novos conhecimentos

principalmente no que diz respeito à inclusão. A diversidade é uma realidade

presente nas escolas e não deve ser tratada de qualquer maneira, por isso

cabe ao professor pesquisar e se aprofundar no assunto para lidar melhor

com este fato.

3- Infelizmente ainda podemos perceber que por mais que se fale de inclusão,

diversidade, integração, as escolas e toda a comunidade escolar ainda não

estão totalmente “familiarizadas” com o tema. Ainda há muito que se adaptar

e capacitar profissionais para que os alunos portadores de necessidades

educacionais especiais tenham o mínimo de qualidade e acesso nas escolas

onde estudam.

4- Totalmente a favor, pois o que é considerado “diferente” pela sociedade

necessita aprender e tem muito a nos ensinar.

Page 46: Portfólio Corporeidade e inclusão

5- Diversas adaptações dentre elas a instalação de rampas, guias rebaixadas,

contratação e capacitação dos profissionais que alí atuam dentre eles

intérprete de libras e braile, dentre outros.

6- Dentre as diversas informações contidas no Regimento Escolar podemos

enfatizar que a escola poderá admtir alunos com necessidades especiais e

que as famílias devem apresentar laudo médico com a finalidade de alicerçar

as adequações pedagógicas necessárias, a atuação conjunta da escola,

família e profissionais da área médica e avaliações periódicas realizadas com

os alunos, etc.

7- Sim atende. O processo de inclusão é feito de maneira mais natural possível,

incentivando os demais alunos a aceitarem e respeitarem as diferenças e

tornando-os colaboradores de forma que auxiliem seus colegas no que for

possível. E os profissionais se esforçam para desempenharem seu papel

respeitando cada história de vida.

8- Não. Meu aluno portador de necessidades educacionais especiais utilizava o

mesmo material dos demais colegas de sala sem maiores dificuldades.

Page 47: Portfólio Corporeidade e inclusão

2º profissional: Iara Valentim

1) Educação: significa o meio em que os hábitos, costumes e valores de uma

comunidade são transferidos de uma geração para a geração seguinte, vai se

desenvolvendo através de situações presenciadas e experiências vividas por

cada individuo ao longo de sua vida.

Ensino: É uma forma sistemática de transmissão de conhecimentos utilizados

pelos humanos para instruir e educar seus semelhantes.

Pesquisa: É buscar com cuidado, trata-se de uma investigação feita com

objetivo expresso de obter conhecimento específico estruturado sobre um

assunto preciso.

2) A pesquisa contribue para quem o educador busque constantes atualizações

para oferecer um atendimento educacional de qualidade e eficiente as

práticas pedagógicas.

3) A escola tem sido desafiada a promover processos de ensino e de

aprendizagem que atendam a todos os alunos, indiscriminadamente.

4) É o privilégio de conviver com as diferenças e participar de uma educação

voltada para todos.

5) É necessário estar organizada para favorecer cada aluno, garantindo a

qualidade de ensino; reconhecer e respeitar a diversidade; e responder a

cada educando de acordo com suas potencialidades e necessidades.

6) O desenvolvimento profissional e o currículo como fatores de mudança para

atender á diversidade de alunos, na tentativa de gerar respostas aos desafios

de uma escola de qualidade para todos. Qualidade para todos.

7) Até o momento não surgiu.

8) Não. Porém se houver inclusão a equipe tomará as providências necessárias

para o bom desempenho do aluno.

Page 48: Portfólio Corporeidade e inclusão

3º Profissional: Angela

4º profissional: Angela

5 Profissional: Angela

Page 49: Portfólio Corporeidade e inclusão
Page 50: Portfólio Corporeidade e inclusão

Conclusão: Iara

Page 51: Portfólio Corporeidade e inclusão

Pode-se concluir que as formas que promovem o acesso aos direitos

de cidadania, que resgatam alguns ideais já esquecidos pela humanidade,

como o de civilidade, tolerância e respeito ao outro; contestam-se concepções

relativas ás formas como buscam, simplesmente integrar indivíduos

discriminados (por apresentarem alguma deficiência) em programas sociais

compensatórios.

Construir cidadãos éticos, ativos, participativos, com responsabilidade

diante do outro e preocupados com o universal e não com particularismos, é

priorizar a mobilização e a participação da comunidade educativa na

construção de novos conceitos para a contribuição de uma inclusão

democrática respeitando os direitos de cada um.

A individualidade e o respeito á diversidade faz com que o professor

esteja em permanente processo de aprendizado.

O fato de crianças e jovens (com suas limitações e diversidades)

freqüentarem os mesmos espaços escolares exige do professor, como agente

que promove a aprendizagem, atuar com base em uma pedagogia centrada

no aluno, e não no conteúdo, com ênfase na aprendizagem e não apenas no

ensino.

A escola é um espaço institucional privilegiado destinado a produção

apropriação do saber cientifico pelos homens e é fonte de informações para o

trabalho individual e coletivo, assim como para as instâncias superiores, que

deverão tomar medidas necessárias dentro de sua competência, esteja

empenhado em produzir as condições que possibilitem a transição do saber

espontâneo, da cultura popular ao saber sistematizado da cultura letrada

(re)produzindo em cada ser humano (independente de suas diferenças) a

humanidade construída ao longo dos tempos por outras gerações. Essa é a

tradução mais simples e objetiva que propõe ser uma escola inclusiva. É

importante ressaltar que deve ser um espaço democrático do saber e da

convivência, por meio das diferentes áreas, os alunos devem adquirir

conhecimentos, competências, habilidades e experiência em todos os

aspectos cognitivos, motores, afetivos e sociais, a fim de atuarem no mundo

de forma compromissada, responsável e ética.

Page 52: Portfólio Corporeidade e inclusão