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País Exportador INTEGRANDO AS EXPORTAÇÕES DE PRODUTOS ALIMENTARES E BEBIDAS NO SEU «CÓDIGO GENÉTICO», A ACTIVIDADE DA CASA ANGOLA ASSENTA, NA VISÃO DE RUI PEDRO MOREIRA, CEO E NOSSO ENTREVISTADO, NO SERVIÇO QUE É PRESTADO AOS CLIENTES, PERMITINDO O ACESSO, A PARTIR DE UM ÚNICO INTERLOCUTOR, A MAIS DE SEIS MIL REFERÊNCIAS DE PRODUTOS NACIONAIS, E SIMPLIFICANDO O CONTACTO, EM TERMOS ADMINISTRATIVOS E LOGÍSTICOS COM OS MERCADOS EX- TERNOS, NOS QUAIS ANGOLA REPRESENTA CERCA DE 40 POR CENTO DO VOLUME DE NEGÓCIOS. // Rui Pedro Moreira, CEO da Casa Angola NAS ROTAS DA FLEXIBILIDADE DESDE 1932 H istoricamente, a Casa Angola é deten- tora de grandes marcos que moldaram o posicionamento que tem assumido no mercado. Fundada em 1932, em Matosinhos, como uma pequena mercearia, que vendia essencialmente café, era conhecida popular- mente como a «Casa do Café de Angola», devido à proveniência do produto. “À medida que a merce- aria foi crescendo, o café perdeu a importância e o nome foi encurtado para «Casa Angola». Assim se foi mantendo por muitos anos, até ao surgimento do Porto de Leixões. Nessa época, o meu avô viu ali a possibilidade de começar a abastecer as cantinas dos navios, sobretudo frota pesqueira que ia para a faina durante cerca de seis meses”, evoca Rui Pedro Mo- reira, revelando que aí se verificou a primeira opor- tunidade de crescimento da empresa, uma aposta que se revelou ganha. Com a gradual internaciona- lização do Porto de Leixões e o aumento dos fluxos de atracagem de navios de bandeira estrangeira, a casa Angola começou a ter os primeiros contactos com a exportação. A partir de Leixões a Casa Angola estendeu-se a outros portos comerciais portugueses e ao porto de Vigo, na região espanhola da Galiza, pela proximidade geográfica com o Norte de Por- tugal. Esta realidade manteve-se até 1974, ano em que, no seguimento da Revolução do 25 de Abril, Portugal assistiu à perda da frota mercante e dos flu- xos regulares de passageiros e matérias-primas entre a metrópole e as províncias ultramarinas. Parte do negócio que a empresa detinha desapareceu, mas, fruto de alguns conhecimentos, a Casa Angola co- meçou a apostar na exportação propriamente dita, a partir da década de 70, inicialmente com Angola, já como país independente e depois com os restantes PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portu- guesa. “Nos anos 80 começámos a trabalhar o mer- cado dos Estados Unidos da América, na década de 90 voltámo-nos para a Europa, pela primeira vez, e, nos finais dos anos 90 concretizámos as primeiras apostas no mercado asiático e na Austrália. Hoje em dia temos exportações regulares para mais de 49 países situados nos cinco continentes”, destaca o CEO, considerando que este crescimento se baseou numa evolução natural de abertura de mercados ex- ternos aos produtos portugueses. “Felizmente temos uma comunidade portuguesa espalhada por todo o mundo que mantém o apego à produção nacional e se assume como a sua melhor embaixadora”, louva Rui Pedro Moreira. A Casa Angola está a apostar, desde há quatro anos, num projecto de referência na área dos vinhos, de- senvolvendo marcas exclusivas para exportação, entre as quais se destaca a marca Borrelho (www. borrelho.pt). Realizado em parceria com alguns dos mais prestigiados enólogos de Portugal, este traba- lho visa estruturar uma gama de vinhos nacionais, de diferentes regiões e castas, que vá ao encontro das necessidades e das preferências de cada mer- cado, previamente estudadas. “Estamos a produzir vinhos de excelente qualidade, quer para mercados maduros, quer emergentes, com um preço muito competitivo”, afirma o CEO, destacando que não só nesta, mas também noutras áreas de negócio, a Casa Angola tem vindo a dar a mão a pequenos pro- dutores e a marcas que, de outra forma, não teriam oportunidade de fazer exportação, dados os eleva- dos investimentos necessários à concretização deste ambicionado desígnio nacional. // CONTACTOS... Estrada Nacional 107, K, 10 4470-628 Moreira da Maia Portugal Tel.: +351 229.43.6570 Fax: +351 229.43.6571 [email protected] | www.cai-sa.pt

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INTEGRANDO AS EXPORTAÇÕES DE PRODUTOS ALIMENTARES E BEBIDAS NO SEU «CÓDIGO GENÉTICO», A ACTIVIDADE DA CASA ANGOLA ASSENTA, NA VISÃO DE RUI PEDRO MOREIRA, CEO E NOSSO ENTREVISTADO, NO SERVIÇO QUE É PRESTADO AOS CLIENTES, PERMITINDO O ACESSO, A PARTIR DE UM ÚNICO INTERLOCUTOR, A MAIS DE SEIS MIL REFERÊNCIAS DE PRODUTOS NACIONAIS, E SIMPLIFICANDO O CONTACTO, EM TERMOS ADMINISTRATIVOS E LOGÍSTICOS COM OS MERCADOS EX-TERNOS, NOS QUAIS ANGOLA REPRESENTA CERCA DE 40 POR CENTO DO VOLUME DE NEGÓCIOS.

// Rui Pedro Moreira, CEO da Casa Angola

NAS ROTAS DA FLEXIBILIDADE DESDE 1932

Historicamente, a Casa Angola é deten-tora de grandes marcos que moldaram o posicionamento que tem assumido no mercado. Fundada em 1932, em

Matosinhos, como uma pequena mercearia, que vendia essencialmente café, era conhecida popular-mente como a «Casa do Café de Angola», devido à proveniência do produto. “À medida que a merce-aria foi crescendo, o café perdeu a importância e o nome foi encurtado para «Casa Angola». Assim se foi mantendo por muitos anos, até ao surgimento do Porto de Leixões. Nessa época, o meu avô viu ali a possibilidade de começar a abastecer as cantinas dos navios, sobretudo frota pesqueira que ia para a faina durante cerca de seis meses”, evoca Rui Pedro Mo-reira, revelando que aí se verifi cou a primeira opor-tunidade de crescimento da empresa, uma aposta que se revelou ganha. Com a gradual internaciona-lização do Porto de Leixões e o aumento dos fl uxos de atracagem de navios de bandeira estrangeira, a casa Angola começou a ter os primeiros contactos com a exportação. A partir de Leixões a Casa Angola estendeu-se a outros portos comerciais portugueses e ao porto de Vigo, na região espanhola da Galiza, pela proximidade geográfi ca com o Norte de Por-tugal. Esta realidade manteve-se até 1974, ano em que, no seguimento da Revolução do 25 de Abril, Portugal assistiu à perda da frota mercante e dos fl u-

xos regulares de passageiros e matérias-primas entre a metrópole e as províncias ultramarinas. Parte do negócio que a empresa detinha desapareceu, mas, fruto de alguns conhecimentos, a Casa Angola co-meçou a apostar na exportação propriamente dita, a partir da década de 70, inicialmente com Angola, já como país independente e depois com os restantes PALOP – Países Africanos de Língua Ofi cial Portu-guesa. “Nos anos 80 começámos a trabalhar o mer-cado dos Estados Unidos da América, na década de 90 voltámo-nos para a Europa, pela primeira vez, e, nos fi nais dos anos 90 concretizámos as primeiras apostas no mercado asiático e na Austrália. Hoje em dia temos exportações regulares para mais de 49 países situados nos cinco continentes”, destaca o CEO, considerando que este crescimento se baseou numa evolução natural de abertura de mercados ex-ternos aos produtos portugueses. “Felizmente temos uma comunidade portuguesa espalhada por todo o mundo que mantém o apego à produção nacional e se assume como a sua melhor embaixadora”, louva Rui Pedro Moreira.A Casa Angola está a apostar, desde há quatro anos, num projecto de referência na área dos vinhos, de-senvolvendo marcas exclusivas para exportação, entre as quais se destaca a marca Borrelho (www.borrelho.pt). Realizado em parceria com alguns dos mais prestigiados enólogos de Portugal, este traba-lho visa estruturar uma gama de vinhos nacionais, de diferentes regiões e castas, que vá ao encontro das necessidades e das preferências de cada mer-cado, previamente estudadas. “Estamos a produzir vinhos de excelente qualidade, quer para mercados maduros, quer emergentes, com um preço muito competitivo”, afi rma o CEO, destacando que não só nesta, mas também noutras áreas de negócio, a Casa Angola tem vindo a dar a mão a pequenos pro-dutores e a marcas que, de outra forma, não teriam oportunidade de fazer exportação, dados os eleva-dos investimentos necessários à concretização deste ambicionado desígnio nacional.

// CONTACTOS...

Estrada Nacional 107, K, 104470-628 Moreira da MaiaPortugalTel.: +351 229.43.6570 Fax: +351 [email protected] | www.cai-sa.pt

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// José Lourenço LÍDER DO MERCADO NACIONAL NO DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS INFORMÁTICOS DE GESTÃO PARA O SECTOR DOS TRANSPORTES DE MER-CADORIAS, ONDE DETÉM UMA VASTA EXPERIÊNCIA, A LOCALSOFT TEM DIREC-CIONADO NOVAS APOSTAS DE NEGÓCIO PARA AS ÁREAS DA LOGÍSTICA, OFICINAS E SAÚDE, NÃO SÓ EM PORTUGAL, MAS TAMBÉM EM ANGOLA E MOÇAMBIQUE, PAÍSES ONDE ESTÁ PRESENTE DESDE 2010. JOSÉ LOURENÇO, ADMINISTRADOR, É O ROSTO DESTA ENTREVISTA ONDE FICAMOS A CONHECER ESTA EMPRESA QUE QUER CRESCER E CONSOLIDAR A SUA POSIÇÃO EM ÁFRICA.

“Não nascemos no ramo da informática, mas sim no sector da lo-gística e dos trans-

portes. Na base da formação dos nossos colaboradores, temos caminhado cada vez mais na área dos sistemas de infor-mação”, evoca José Lourenço, ciente de uma premissa: “Ao invés de produzirmos software genérico, estamos no mercado a analisar constantemente as necessi-dades dos clientes de modo a produzir soluções de gestão à medida da sua es-pecificidade. Vocacionamo-nos para o desenvolvimento de software vertical, dirigido a soluções de gestão de áreas muito concretas, que integramos depois com o software de gestão da área finan-ceira e contabilística, numa óptica de parceria com diversas empresas que o produzem”. A Localsoft é constituída por um grupo de profissionais detentores de uma vas-ta experiência nos sectores da logística, dos transportes, das oficinas e da saúde, estando estruturada em três pilares orga-nizacionais principais – o Departamento Comercial, o Departamento de Investi-gação e Desenvolvimento e o Departa-mento de Apoio ao Cliente. “Fazemos Desenvolvimento de Software, Imple-mentação e Apoio e também temos uma pequena componente de Hardware e Redes Informáticas para os nossos clien-tes do mercado nacional. Somos líderes de mercado em Portugal, onde estamos instalados nas regiões da Grande Lisboa e do Grande Porto, trabalhamos com clientes das regiões autónomas e apro-veitámos essa experiência de sucesso para nos internacionalizarmos, marcan-do presença em Angola e Moçambique”, revela o administrador, explicando: “Co-meçámos as operações com a empresa portuguesa, a Localsoftware – Sistemas de Gestão, S.A., inicialmente com par-ceiros locais e depois encetámos aquele

UM LEQUE DE SOLUÇÕES DE GESTÃO QUE SE ABRE EM ÁFRICA

que é o processo natural de evolução, abrindo duas empresas de direito local, em Angola, no mês de Julho de 2010, e Moçambique, em Março de 2011”. Em Angola, a TEIA - Tecnologias de Infor-mação de Angola, Lda., é responsável pela área de Implementação e Apoio ao Software que é produzido quer em Mo-çambique, um mercado de proximidade, pela GSM - Global Solutions Mozambi-

que, Lda, na sua unidade de Desenvolvi-mento, quer em Portugal, pela Localsoft. Devido ao forte crescimento no sector da Construção Civil e Obras Públicas, bem como Alugueres de Máquinas e Equipamentos, a Localsoft apostou na localização dos seus produtos para es-

“SOMOS LÍDERES DE MERCADO EM PORTUGAL, ONDE ESTAMOS

INSTALADOS NAS REGIÕES DA GRANDE LISBOA E DO GRANDE

PORTO, TRABALHAMOS COM CLI-ENTES DAS REGIÕES AUTÓNOMAS E APROVEITÁMOS ESSA EXPERIÊNCIA

DE SUCESSO PARA NOS INTERNACIONALIZARMOS,

MARCANDO PRESENÇA EM ANGOLA E MOÇAMBIQUE”

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para o desenvolvimen-to de software vertical, dirigido a soluções de gestão de áreas muito concretas, que integra-mos depois com o soft-ware de gestão da área fi-nanceira e contabilística, numa óptica de parceria com diversas empresas que o produzem”.

// “VOCACIONAMOS-NOS... tes mercados, estando actualmente pre-parada para ajudar estas empresas tan-to na Gestão e Controlo dos Custos das suas Frotas e Oficinas, como também no Controlo Operacional das Cedências e Alugueres desses Equipamentos aos seus Clientes, ou às suas obras internas. Si-multaneamente, criou soluções de apoio à Gestão dos Parques de Contentores, indo desde a Gestão dos Processos de Entradas, Saídas, e Débitos de Estadias, até à Gestão Gráfica dos Parques Físi-cos, mostrando de forma fácil e intuitiva o lay-out dos Parques de Contentores, sugestão de arrumação dos contentores entrados e informação de onde se loca-lizam os contentores a sair. Neste momento, a Localsoft orienta-se como parceiro privilegiado de qual-quer empresa que necessite de definir ou optimizar os seus sistemas de infor-mação no universo dos Transportes e

Logística (Trans-portadores, Arma-zenistas, Frotistas e Oficinas), bem como no sector da Saúde, ao nível de centros tera-pêuticos públicos e privados, onde assumem uma par-ticular importân-cia as clínicas de radiologia, que exigem uma pro-gramação muito cuidada dos tem-pos de operação dos equipamen-tos. Consciente de que o conceito de «Logística» é de tal forma lato que é passível de ser alvo de diferen-tes interpretações, José Lourenço con-sidera-o na óptica da incorporação de valor acrescen-tado às operações de transporte e define que Portu-gal está a evoluir

muito neste sector, um paradigma que espera que venha a despontar em África, continente onde quer crescer, fruto das apostas no mercado angolano e moçam-bicano, que já contam com três anos de actividade. O nosso entrevistado afirma que a tecnologia ao serviço da logísti-ca tem evoluído muito, nomeadamente nos dispositivos de GPS, assumindo-se, na vertente da integração de equipa-mentos, como os «olhos» dos sistemas que são desenvolvidos no quotidiano da Localsoft. “Complementarmente, ou não, com estes sistemas de monitoriza-ção georreferenciada, disponibilizamos as ferramentas para fazer a ponte com a tipologia de carga do veículo, gerimos a sua disponibilidade, sabemos de onde a mercadoria vem e para onde vai, bem como as recomendações sobre o seu transporte. Estes sistemas de gestão de frota permitem fazer a decomposição de custos fixos e variáveis, um aspecto crí-tico das operações, detalhando o custo por quilómetro, essencial na gestão de transportes e análise de rentabilidades”, destaca o Administrador. “Somos parceiros de diversas entidades como a ANTRAM - Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias, a SECTRAM, que acon-selha os nossos produtos aos associa-dos, a INOSAT, na área da localização por GPS e a Multifrota, que representa em Portugal uma marca de tacógrafos, providenciando a gestão dos dados re-colhidos por esses equipamentos, para além de colaborarmos historicamente com a Primavera Software, na integração de sistemas, que se têm vindo a impor em Angola e em Moçambique”, certifi-ca José Lourenço, fazendo um balanço muito positivo da actividade da Local Soft: “Em 2010 contámos com o contri-buto de 23 colaboradores, 400 clientes na área dos transportes e 50 no sector da saúde, tendo atingido 850 mil euros de facturação. Este ano somamos cerca de 600 mil euros em Portugal, aos quais se juntam 240 mil euros realizados em África - 115 mil em Moçambique e 125 mil em Angola -, pelo que vamos fechar 2011 em linha com 2010, com 25 por cento do volume de negócios a ser feito nos mercados africanos”.

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“ARTE, VINHO E PAIXÃO”

Quando, onde e como é que nasceu a Bacalhôa Vi-nhos de Portugal?A Bacalhôa Vinhos de Portugal nasceu em 1922 sob a designação João Pires & Filhos, tendo feito um lon-go percurso desde então, afi rmando-se como um dos mais inovadores produtores de vinhos em Portugal. Nos fi nais dos anos 70 e início dos anos 80, a empresa levou a cabo levou a cabo uma revolução na enologia em Portugal, utilizando técnicas de vinifi cação inova-doras, introduzindo novas castas e vinhos no mer-cado, tendo apresentado um enorme dinamismo e capacidade de inovação, através de uma aposta forte nas mais modernas técnicas de viticultura e enologia. Em 1998, o Comendador José Berardo tornou-se o principal accionista e prosseguiu a missão da empre-sa, investindo no plantio de novas vinhas, na moderni-zação das adegas e na aquisição de novas proprieda-des, iniciando, em 2000, uma parceria com o Grupo Lafi tte Rothschild na Quinta do Carmo. Em 2008 a empresa comprou a totalidade da Quinta do Carmo e tornou-se a maior accionista das Caves Aliança, hoje Aliança Vinhos de Portugal, um dos produtores mais prestigiados nas categorias de espumantes de alta qua-lidade, aguardentes e vinhos de mesa.

Como é que caracteriza o sector organizacional e de produção da Bacalhôa Vinhos de Portugal, em termos da estrutura do grupo? O Grupo Bacalhôa integrou, desde 2008, com a aqui-sição da Aliança Vinhos de Portugal e Quinta do Car-mo, as várias etapas da cadeia de valor do produto. A produção da matéria-prima é da responsabilidade do Departamento de Viticultura que gere mil hectares de vinha espalhados pelas principais regiões produtoras do País, o Departamento de Enologia é coordenado centralmente e integra 4 diretores regionais de enolo-

“A BACALHÔA E ALIANÇA VINHOS DE PORTUGAL GOSTARIA DE O CONVIDAR A VISITAR-NOS, PROVAR OS NOSSOS VINHOS E CONHECER AS NOSSAS QUINTAS QUE, NO SEU CONJUNTO, CONSTITUEM A MAIOR E MELHOR OFERTA DO ENOTURISMO EM PORTUGAL”.

gia, as Operações Industriais são geri-das também de forma integrada, com a centralização de engarrafamentos a ser efectuada em Vila Nogueira de Azeitão, e a gestão comercial e de marketing está também devidamen-te integrada, com a existência duas direcções, Direcção de Marketing & Vendas Mercado Nacional e Direção de Exportação.

Ao nível da oferta fi nal, de que forma é que está estruturada a gama dos vinhos e quais é que são as marcas

próprias da Bacalhôa Vinhos de Portugal? As nossas marcas estão organizadas por quatro seg-mentos, Value for Money (Entrada de Gama), Pre-mium, Quinta e Super Premium. No primeiro seg-mento, criamos vinhos de grande qualidade a preços muito competitivos, produzindo vinhos para o con-sumidor que gosta de beber vinho diariamente. Nos outros três segmentos, os volumes produzidos são mais pequenos, sendo utilizando métodos de produ-ção que requerem um maior investimento, tais como a vinifi cação em barricas novas de carvalho francês, a proveniência das uvas sendo exclusivamente das nossas vinhas, uma selecção cuidada das uvas que escolhemos para cada marca, provêm de uma Quinta específi ca, tal como os vinhos da Quinta da Bacalhôa na Península de Setúbal. O Grupo Bacalhôa tem vá-rias marcas internacionalmente reconhecidas, tais como: no Alentejo, o Alabastro, Quinta do Carmo, Quinta da Terrugem, Monte das Ânforas, em Setúbal, o JP (líder de vendas no Off Trade em Portugal), Quinta da Bacalhôa, Serras de Azeitão ou o Bacalhôa Mos-catel de Setúbal, na Bairrada o Angelus, no Douro o Foral ou Quinta dos Quatro Ventos, o Casal Mendes no Rosé e no Vinho Verde, os nossos reconhecidos es-pumantes Aliança e nas Aguardentes, a Aliança Velha, Antiqua e XO.

Constituindo um factor de prestígio e referência, quer em Portugal, quer além fronteiras, quais é que são os reconhecimentos e prémios atribuídos à Bacalhôa Vi-nhos de Portugal que gostaria de destacar?Recentemente, o nosso Bacalhôa Moscatel de Setúbal 2004 ganhou um dos dez Troféus concedidos pela Decanter Magazine. Foi seleccionado como o me-lhor vinho fortifi cado do mundo, abaixo de dez libras, demonstrando a nossa capacidade de criar grandes vi-

nhos a preços muito competitivos. A Jancis Robinson, prestigiada jornalista inglesa, seleccionou o Tinto da Ânfora 2008 (Alentejo) como um dos TOP 25 melho-res vinhos tintos do ano, no jornal Financial Times. O vinho é apresentado no início da lista organizada por ordem de preço ascendente, o que reafi rma o nosso esforço em produzir vinhos com uma excelente rela-ção preço/qualidade em todos os nossos segmentos e regiões.

Sendo conhecida a longa tradição do Enoturismo no seio da Bacalhôa Vinhos de Portugal, quais é que são as ofertas propostas aos turistas que queiram usufruir de uma experiência única, bem como os projectos futuros nesta área?O lema do nosso Grupo é “Arte, Vinho e Paixão”, sen-do que todo o nosso Enoturismo está focado em pro-porcionar uma experiência que liga o vinho à arte, de uma forma apaixonante. Nas nossas adegas, temos o que chamamos um museu vivo. Quem nos visita pas-seia por entre barricas e garrafas onde o vinho está a envelhecer e fi ca a conhecer grandes obras de arte da colecção do Sr. Comendador José Berardo. Na adega da Bacalhôa Vinhos de Portugal em Vila Nogueira de Azeitão, apresentamos a vinifi cação do Moscatel de Setúbal juntamente com painéis de azulejos desde o século XVI. No Palácio Renascentista da Quinta da Bacalhôa, considerado Património Mundial, conhece-se a história de um dos mais bonitos palácios de Por-tugal e a história da produção de um dos vinhos mais inovadores do século XX. Na Aliança Vinhos de Por-tugal, o Aliança Underground Museum proporciona uma experiência única nas caves subterrâneas utiliza-das para envelhecer os espumantes. Ao longo de 1,5 km, os nossos visitantes fi cam maravilhados com os fósseis e minerais expostos nas paredes, como a arte africana e a colecção Bordalo Pinheiro que apresen-tamos. Na Quinta dos Loridos, temos o maior Jardim Oriental da Europa, o Jardim Buddha Eden um lugar em que convidamos todos a meditar e a descontrair. No futuro, iremos crescer o Aliança Underground Museum, teremos um anfi teatro para proporcionar momentos musicais no Jardim Buddha Eden e ambi-cionamos oferecer todas estas experiências a cada vez mais pessoas.