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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO TECNÓLOGO EM GESTÃO AMBIENTAL ADILSONRODRIGUES DE ALMEIDA ANÁLISE INTEGRADA E RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

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Preservação Ambiental

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOTECNÓLOGO EM GESTÃO AMBIENTAL

ADILSONRODRIGUES DE ALMEIDA

ANÁLISE INTEGRADA E RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

Araranguá, SC2015.

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ADILSON RODRIGUES DE ALMEIDA

ANÁLISE INTEGRADA E RECUPERAÇÃO DE ÁREAS

DEGRADADAS

Trabalho apresentado ao Curso Tecnólogo em Gestão Ambiental da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina 4º semestre. Orientador: Luciana Andrés Pires, Tiago Garbin, Jossan Batistute, Cristina Célia Krawulski, Fabio Luiz Zanardi Coltro, Gabriel Marcos Domingos de Souza..

Araranguá, SC2015

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1. INTRODUÇÃO

O trabalho aborda análises importantes sobre o meio físico e de

aspectos geológicos e geomorfológicos da área do rio estudada. Em relação a esses

conceitos vimos que Campos (2009), define Geologia como:

A ciência que estuda a Terra, sua formação, composição, seus

processos internos, externos e sua evolução no espaço e no tempo.

Segundo Cerqueira (2006)apud Casseti ( 2006), Geomorfologia é

um conhecimento específico, sistematizado, que tem por objetivo analisar as formas

do relevo, buscando compreender os processos pretéritos e atuais.

Com o considerável crescimento e ocupação do espaço urbano e

demográfico, a região dessa nascente considerada área de recarga do Córrego

Entre Rios, vem sendo degradada com exploração na sua fonte para uso de

produção de hortaliças.

A Lei Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981 define degradação

ambiental como: “A alteração adversa das características do meio ambiente”.

Segundo Kageyama et al 1994, considera área degradada àquela

que por distúrbio, teve eliminado os seus meios de regeneração natural, não sendo,

portanto capaz de regenerar sem a interferência antrópica.

A escolha da área deve-se a alta importância hídrica, biótica e

geomorfológica para a região.

A área do rio se destaca em virtude de sua grande importância como

recarga hídrica que descarrega na barra da praia morro dos conventos e por possuir

forte mudança na vegetação, sedimentação alternando-se em partes sílico-argiloso

para arenoso do decorrer de seu percurso e berçário para peixes.

No decorrer da visita foi realizado a pedido dos moradores locais,

análise da água do Córrego Entre Rios para diagnosticar e monitorar possíveis

anomalias geoquímicas da área em estudo, uma vez que se percebe sua

degradação em virtude dos desequilíbrios e das condições adversas de sua

exploração imprópria para o crescimento das espécies nativas da região provocando

estresse hídrico; degradação das propriedades físicas e químicas.

Baseando-se nas análises e nos dados já levantados, há uma

pequena condutividade eletrolítica, indicando que as atividades carboníferas na

região propicia acidez ao meio aquático e consequentemente, ocorre o aumento de

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íons na forma solubilizada, desta forma colocando em risco a saúde humana e

animal da região.

2. METODOLOGIA2.1 LOCALIZAÇÃO GEOGRAFICA- O Rio Araranguá encontra-se localizado no sul

do Estado de Santa Catarina entre os paralelos 28º 54’ e 28º 55’ S, no município de

Araranguá e entre os meridianos 49º 18’ e 55º W. É o formador principal da bacia

hidrográfica do Rio Araranguá, faz parte do sistema da vertente atlântica, forma com

as bacias dos rios Urussanga e Manpituba, a Região Hidrográfica Estadual do

Extremo Sul de Santa Catarina.

A vegetação do rio Araranguá esta danificada ou seriamente

comprometida, 90% da mata ciliar esta danificada. A principal causa foi o devastador

programa pró-várzea, que dizimou qualquer vegetação que atrapalhasse a expansão

do plantio de arroz. No perímetro urbano quase 50% da margem esta ocupada com

edificações, parte construída antes de 1988.

Figura 1: mapa da cidade de Pirapora MG limite com os municípios de Várzea da Palma e Buritizeiro.

Fonte: www.maps.google.com.br ACESSADO 16 DE MAIO DE 2015 ÀS 20H: 38MIN.

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2.2 DESENVOLVIMENTOS SÓCIOECONOMICO- A econômica do município tem

como principais atividades a agricultura, que movida por cerca de 16% da

população, que reside no meio rural, entre os principais cultivos estão a plantação

de arroz, mandioca, feijão, fumo e milho. O comercio e algumas indústrias, entre

elas a metalúrgica, cerâmica, moveleira e confecções, além do setor de serviços.

A economia da região é voltada para a agricultura de subsistência,

sendo o solo em partes constituído de areia, favorecendo o cultivo de arroz, feijão,

mandioca, milho, leguminosas combinadas com espécies arbóreas sobre a mesma

unidade de manejo da terra, sendo propícia para a pequena agricultura familiar.

Segundo PORTUGAL, Alberto Duque (2004):

A chamada agricultura familiar constituída por pequenos e

médios produtores representa a imensa maioria de produtores

rurais no Brasil.

Percebe-se a existência de áreas alternadas com latossolo eutrófico.

Possuindo abundância de minerais pesados com textura argilosa e relevo

predominante plano, possuindo excelente capacidade de exploração agrícola de alta

fertilidade, tanto do ponto de vista das propriedades físicas quanto químicas apesar

de possuir deficiência de fósforo.

É relevante informar, preliminarmente que foram observadas várias

situações que colocam em risco o equilíbrio ecológico na área tais como: moradias

instaladas muito próximas da nascente, com risco de serem inundadas em épocas

chuvosas, além da criação de gado que provoca a compactação do solo

prejudicando a nascente.

2.3 MEDIDAS PROPOSTASObserva-se a existência de ocupações da área sujeita ao

alagamento. Portanto torna-se necessário ainda recomendar que medidas cabíveis

sejam tomadas nesse sentido.

A medida a serem tomadas nessa área, dessa forma, precisaria da

colaboração do setor público que teria o controle das ocupações irregulares da

região.

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Esse controle é necessário para impedir a ocupação de áreas de

risco e impedir o agravamento das existentes, uma vez que nota-se que a área de

preservação encontra-se em um processo lento e constante de completo abandono

por parte das autoridades públicas e municipais.

Constata-se que a situação de risco existente na área analisada

constitui-se uma importante ferramenta no planejamento do uso e ocupação do solo,

assim como na elaboração de importantes estratégias de intervenção do poder

público junto à população instalada em áreas que deveriam ser consideradas de

preservação ambiental, embora estejam favorecendo sua transformação em uma

área de risco desconsiderando assim a preservação desse ecossistema.

JUSTIFICATIVAO presente trabalho tem sua justificativa em função da relevância

dos conhecimentos adquiridos no curso de Gestão Ambiental, especificamente

destacando a necessidade de usar o planejamento da ocupação urbana aliado aos

conhecimentos científicos disponíveis sobre as consequências das alterações

provocadas pelo homem no meio em que vive.

O planejamento urbano é uma importante ferramenta para gerir de

maneira sustentável e racional a crescente necessidade da ocupação de áreas em

torno das cidades diminuindo as alterações negativas ao meio ambiente.

É importante adotar medidas racionais de conservação, proteção e

recuperação de áreas degradadas para atender as necessidades da atual geração

sem comprometer as futuras.

Define-se recuperação como a “restituição de um ecossistema ou de

uma população silvestre degradada uma condição não degradada que pode ser

diferente de sua condição original [...]” Pires 2010(apud BRASIL, 2000).

Unicamente através do uso racional dos recursos hídricos e

ocupação racional do solo, consegue-se o equilíbrio dos ecossistemas garantindo

um futuro mais sustentável econômico e social que possibilite o desenvolvimento,

reduzindo o consumo dos nossos recursos naturais que são finitos.

Segundo o WWF:

A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o

desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem

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comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras

gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.

OBJETIVO GERAL

Proteger área de preservação.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Plantar árvores nativas na região.

Conseguir maior fiscalização do poder público para a ocupação da região.

Gerir o uso racional da ocupação da área citada.

MATERIAIS E MÉTODOS

Foi utilizada uma imagem do Google acessado gratuitamente em 23

de Maio de 2015 às 20h: 38min via internet, comprovando a veracidade da pesquisa,

uma vez que a área analisada pertence ao município de Araranguá, SC.

O método utilizado foi à pesquisa e consultas bibliográficas, com

registro da área observada em 16/05/2015 às 10h: 00min em anexo.

CRONOGRAMAS

ATIVIDADES MESESJ F M A M J J A S O N D

1- Intervenção por parte da Prefeitura para isolamento da área a ser recuperada

X

2- Levantamentos da área degradada X3- Levantamentos das espécies que vivem neste ecossistema

X X

4 – Palestras educativas com os moradores locais orientando sob o cuidado com a vegetação plantada e as fontes de água que existem em suas propriedades

X X

4 – Plantios das espécies nativas, com ajuda dos moradores.

X

5 – Monitoramento X X X X X X X X X

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Vimos que na área analisada, as situações de riscos estão

associadas à dinâmica de áreas sujeitas a alagamentos em virtude da ocupação

urbana de locais sem planejamento além de degradar o ambiente, coloca em risco à

segurança da população.

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É importante salientar que na área analisada as situações de risco

detectadas ainda são poucas e o risco existente não é muito elevado, levando em

consideração o baixo adensamento da ocupação e o padrão construtivo das

moradias serem relativamente bom. Porém, ocorrendo um processo maior de

adensamento, simultaneamente tende a aumentar a gravidade e os riscos dessa

ocupação sem o devido controle e planejamento.

Cabe aqui lembrar que é necessário insistir na constatação que as

alterações provocadas pelo homem ao meio físico, também interferem na dinâmica

dos processos naturais interrompendo e até mesmo induzindo a ocorrências de

alguns processos negativos como a criação de vetores que propiciem a proliferação

de insetos e animais que podem ser nocivos à saúde humana e de alguns animais.

Observou-se que em consequência da grande parte da população

viver desprovida de capital financeiro, essa é obrigada a habitar as áreas

geomorfologicamente impróprias para ocupação, sujeitando-se cada vez mais aos

processos causadores de riscos.

ANEXOS

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RIO ARARANGUÁ QUE PASSA PELO MEIO DA CIDADE. FOTOGRAFADA EM 04/05/2008 às 10H:

30MIN.

RIO ARARANGUÁ INVADIDO AS RUAS DA CIDADE. FOTOGRAFADA EM 04/05/2008 às 10H:

30MIN.

RIO ARARANGUÁ INVADIDO AS CASAS A BEIRA DO RIO. FOTOGRAFADA EM 04/05/2008 às

10H: 30MIN.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

CERQUEIRA, Marcelo de Souza. Utilização do Geoprocessamento para estudo e ocupação conflitante com a legislação ambiental na Bacia Hidrográfica do Rio Manhuaçu. Viçosa, 2006. Disponível em:

http://www.geo.ufv.br/docs/monografias/marcelo.pdf

WWF. O que é Desenvolvimento Sustentável?. Disponível em http://www.ww.org.br/informações/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel Acessado dia: 04/11/2014.

GONÇALVES, T. M. Cidade e poética - Um estudo de psicologia ambiental sobre o ambiente urbano. Ijuí-RS: Unijuí, 2007. 208 p.

PIRES, Ewerton de Oliveira Pires. Analise integrada do meio ambiente e recuperação de áreas degradadas: gestão ambiental/Everton de Oliveira Pires,

São Paulo: Pearson prentice Hall, 2009.

VILLAÇA, F. Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Nobel / Fapesp / Lincoln

Institute, 1998.

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