24
ÀS SEXTAS EM CONJUNTO COM O PÚBLICO POR 1,60 Director Henrique Dias Freire • Ano XXV • Edição 1095 • Semanário à sexta-feira • 11 de Janeiro de 2013 • Preço 1 PUB > Orçamentos das autarquias encolhem este ano face a 2012, à semelhança do que se havia registado no ano passado em com- paração com 2011. A contracção dos gastos não obsta, no entan- to, a que seja de relevo o montante que as autarquias vão injectar na economia real, em grande medida através do pagamento da dívida acumulada que será liquidada com os fundos disponibi- lizados pelo Estado para pagamento da dívida de curto prazo com base no Plano de Apoio à Economia Local p. 2 Câmaras orçamentam 873 milhões para 2013 D.R. GNR de Lagos pode assentar praça em Vila do Bispo Assine o Descubra as vantagens no interior Ganhe um plano de saúde Belleform Plus com descontos até 60% em medicina dentária, estética e ginásio > O autarca José Amarelinho determinou o desembolso de perto de 13 mil euros para evitar o encerramento sazonal da Pou- sada da Juventude de Aljezur. O acordo com a Movijovem evita assim que a localidade perca temporariamente esta valência hoteleira p. 4 Câmara evita fecho da Pousada da Juventude ALJEZUR EM FOCO 2 ALGARVE COM MAIS TURISTAS EM DEZEMBRO 3 CÂMARA DE ALJEZUR INVESTE 13 MIL EUROS PARA EVITAR FECHO DA POUSADA DA JUVENTUDE 4 GNR DE LAGOS PODE IR PARA VILA DO BISPO 5 TAVIRA ACTIVA INCUBADORA COM LIVTC PORTUGAL 6 CAJUDA À FRENTE DO OLHANENSE 7 CLASSIFICADOS 9 Incubadora empresarial arranca com empresa tecnológica Tavira: > 6 Veja anúncio pág. 12 PUB CA Soluções de Reforma Vila Real e Ayamonte criam eurocidade Cooperação transfronteiriça: A terceira eurocidade ibérica nasceu em pleno Guadiana a bordo de um ferry, símbolo da velha relação entre Ayamonte e Vila Real > 8 > 5 D.R. D.R.

Postal11JAN1095

  • Upload
    postal

  • View
    228

  • Download
    3

Embed Size (px)

DESCRIPTION

• Esta sexta-feira nas bancas com o PÚBLICO e o Caderno de Artes & Letras CULTURA.SUL • PARTILHE o que é indispensável saber sobre o Algarve :)Portimão contesta fusão dos hospitais de Faro e Barlavento » Câmaras orçamentam 873 milhões para 2013 » Vila Real e Ayamonte criam eurocidade » TAVIRA: Incubadora empresarial arranca com empresa tecnológica » GNR de Lagos pode ir para Vila do Bispo » Câmara evita fecho da Pousada da Juventude » Hotelaria algarvia não baixou em Dezembro » Cajuda regressa como treinador do Olhanense vinte anos depois » Sebastião Antunes em Santo Estêvão » Tavira candidata estrada Conceição - Cabanas ao QREN » A Câmara do lado, por Ana Amorim Dias » Consultório da DECO: Ficha de Informação Normalizada • E AINDA Caderno de Artes & Letras CULTURA.SUL • SAIBA como poupar milhares de euros ao assinar o POSTAL por 30€ anuais com o Plano de Saúde gratuito em medicina dentária, estética e ginásio • NÃO PERCA O POSTAL de dia 1: o indispensável sob

Citation preview

Page 1: Postal11JAN1095

às sextas emconjunto com oPúblico Por €1,60

Director Henrique Dias Freire • Ano XXV • Edição 1095 • Semanário à sexta-feira • 11 de Janeiro de 2013 • Preço € 1

PUB

> Orçamentos das autarquias encolhem este ano face a 2012, à semelhança do que se havia registado no ano passado em com-paração com 2011. A contracção dos gastos não obsta, no entan-to, a que seja de relevo o montante que as autarquias vão injectar na economia real, em grande medida através do pagamento da dívida acumulada que será liquidada com os fundos disponibi-lizados pelo Estado para pagamento da dívida de curto prazo com base no Plano de Apoio à Economia Local p. 2

Câmaras orçamentam 873 milhões para 2013

d.r.

GNR de Lagos pode assentar praça em Vila do Bispo

Assine o

Descubra as vantagens no interior

Ganhe um

plano de saúde Belleform Plus com descontos até 60% em medicina dentária, estética e ginásio

> O autarca José Amarelinho determinou o desembolso de perto de 13 mil euros para evitar o encerramento sazonal da Pou-sada da Juventude de Aljezur.O acordo com a Movijovem evita assim que a localidade perca temporariamente esta valência hoteleira p. 4

Câmara evita fecho da Pousada da Juventude

aljezur

em foco 2 algarve com mais turistas em dezembro 3 câmara de aljezur investe 13 mil euros para evitar fecho da pousada da juventude 4 gnr

de lagos pode ir para vila do bispo 5 tavira activa incubadora com livtc portugal 6 cajuda à frente do olhanense 7 classificados 9

Incubadoraempresarial arranca com empresa tecnológica

Tavira:

> 6

Veja anúncio pág. 12

PUB

CA Soluções de Reforma

Vila Real e Ayamonte criam eurocidade

Cooperação transfronteiriça: A terceira eurocidade ibérica nasceu em pleno Guadiana a bordo de um ferry, símbolo da velha relação entre Ayamonte e Vila Real > 8

> 5

d.r

.

d.r

.

Page 2: Postal11JAN1095

ZZZ pág. ##

ZZZ pág. ##

2 | 11 de Janeiro de 2013

em foco

Ricardo [email protected]

As CâmArAs AlgArviAs anunciaram os respectivos or-çamentos para 2013 e prevê-em gastar aproximadamente 873 milhões de euros durante um ano de crise profunda, me-nos 57,8 milhões de euros do que o orçamentado para despe-sa durante 2012, que se cifrou em 930,8 milhões.

Uma queda de 6,2% que só não é maior porque a análise dos orçamentos só pode ser feita à luz de critérios exclusi-vamente contabilísticos, o que obriga a considerar nos orça-mentos de 2013 a dívida tran-sitada de anos anteriores que será paga através das verbas do Plano de Apoio à Economia Local (PAEL) – criado pelo Go-verno para sanear a dívida de curo prazo das autarquias – ou reformulada através da contrac-ção de empréstimos que trans-formarão a dívida à economia

real em dívida bancária.Não fosse este fenómeno e

o trambolhão da despesa au-tárquica por terras do Algarve seria monumental, basta olhar para as descidas nos orçamen-tos da maioria das autarquias com Loulé à cabeça, que corta 24,4 milhões de euros, Albufei-ra, que aperta o cinto em 13,9 milhões, Tavira que contrai 11,3 milhões ou Faro que reduz 9,8 milhões na quinta maior desci-da orçamental logo depois de Silves que reduz a despesa em 10,6 milhões de euros.

Do lado das subidas o ranking conta à cabeça com Vila Real de Santo António, qu aumenta a despesa em ter-mos contabilísticos em 35,7 milhões de euros, seguida da Câmara de Portimão que sobe 4,1 milhões e Vila do Bispo, cujo orçamento cresce cerca de 400 mil euros.

Nestes casos, não obstante, as subidas de Vila Real e Porti-mão são o reflexo da inclusão

das verbas do PAEL e de em-préstimos relativos ao reequilí-brio financeiro das respectivas contas nas receitas, porque na prática os orçamentos, extirpa-dos destes valores, decrescem substancialmente.

Mais dinheiro para a econo-Mia real O que mais importa é que as câmaras vão injectar mais dinheiro na economia real do que fizeram em 2012. Apesar da contracção da despe-sa efectivada em 2013, descer o valor da dívida que será liqui-dada a fornecedores durante este ano é suficiente para se poder afirmar que a economia real, as empresas e prestadores de bens e serviços, vão ter um maior encaixe financeiro oriun-do dos cofres autárquicos, pon-do fim a um longo calvário de suporte das finanças autárqui-cas à custa das colossais dívidas aos privados.

Mais relevante é que as em-presas privadas, que já tinham

facturado as verbas em dívi-da, vão finalmente receber as quantias sobre as quais já há anos haviam liquidado IVA, pondo assim termo a um du-plo e inadmissível financia-mento das administrações públicas pela ausência de pa-gamento e pala injecção de receitas nos cofres do Estado sob a forma de imposto.

Balão de oxigénio tardou deMasiado para Muitos Não desprezando o facto de que a in-jecção de liquidez na economia real será um facto em 2013 e que pode ser determinante para muitas empresas regionais e na-cionais, o Estado, nomeadamen-te as autarquias, se governaram com o que não era seu, pagam agora em cumprimento tardio da sua condição de “bons pa-gadores” o que deviam há anos e passam incólumes, ou quase, enquanto co-responsáveis pelo fecho de empresas e pela perda de muitas centenas de postos de

trabalho.Os decisores e responsáveis

políticos de décadas de gestão desregrada passam ao lado da consciência face aos portugue-ses afectados pelas suas decisões e face ao endividamento das ge-rações futuras.

Porque não se ignore, a dívida que agora o Estado paga através do PAEL é dívida que se soma à pesada herança dos encargos plurianuais das autarquias, não se apaga, não se esquece, apenas se transforma e nessa medida o que apenas tem de positivo é o fenómeno do aumento de liqui-dez e a imposiçãoo de limites reforçados à criação de novos monstros ocultos contabilísti-camente em receitas levadas ao extremo da ficção.

o fiM do princípio do equilí-Brio orçaMental falseado Resta sobre tudo isto o consolo, ainda por comprovar em últi-ma racio de que as autarquias obrigadas a orçamentos de base zero sejam de futuro realistas quantos às suas possibilida-des de arrecadaçãoo de receita e previsão de despesa e que a primeira destas não seja ape-nas um número cuja definição obedece tão somente ao princí-pio do equilíbrio orçamental a todo o custo.

Resta esperar maior clareza nas contas públicas e uma reto-ma que apesar de tardia possa fazer regressar o país a alguma normalidade já longínqua por entre tantos esforços.

Câmaras vão gastar 873 milhões de euros em 2013Orçamentos descem mas vai chegar mais dinheiro à economia real

Ô A Câmara de Portimão mantém a primeira posição acerca do orçamento

pub

d.r.

Rua de Santo António, n.º 68 - 5º Esq. 8000 - 283 FaroTelef.: 289 820 850 ¦ Fax: 289 878 342

[email protected] ¦ www.advogados.com.pt

Autarquia 2013 2012 Variação

Portimão 191,9 187,8 +4,1Loulé 124,9 149,4 -24,4Albufeira 99,8 113,7 -13,9VRSA 85,6 49,9 +35,7Faro 72,6 82,4 -9,8Lagos 66,6 73 -6,4Olhão 40,4 43,7 -3,3Silves 37 47,6 -10,6Tavira 30,5 41,8 -11,3Lagoa 30,4 38,6 -8,2Castro Marim 24 28,5 -4,5Vila do Bispo 17,6 17,2 +0,4Monchique 14,8 17,3 -2,5Aljezur 13 13,2 -0,2São Brás 12,4 13,3 -0,9Alcoutim 11,9 13,3 -1,4

Conheça os valores comparativos de 2012 e 2013 nos orçamentos camarários:

ficha técnica

Sede: Rua Dr. Silvestre Falcão, n.º 13 C - 8800-412 Tavira - Algarve Tel: 281 320 900 | Fax: 281 320 909 E-mail: [email protected]

Director: Henrique Dias(CP 3259).

Director Comercial: Basílio Pires Editor: Ricardo Claro (CP 9238). Redacção: Cristina Mendonça (CP 3258), Helga Simão, Humberto Ricardo (CP 388), Pedro Ruas. Design: Profissional Gráfica. Colaboradores fotográficos: José A. N. Encarnação “MIRA” Colaboradores: Beja Santos (defe-sa do consumidor), Nelson Pires (CO76). Departamento Comercial, Publicidade e Assinaturas: Anabela Gonçalves, José Francisco. Propriedade do título: Henrique Manuel Dias Freire, inscrito sob o nº 211 612 no Registo das Empresas Jornalísticas. Edição: Postal do Algarve - Publicações e Editores, Lda. Contribuinte nº 502 597 917. Depósito Legal: nº 20779/88. Registo do Título (dgcs): nº 111 613. Impressão: Naveprinter Distribuição: Banca - Logista, à sexta-feira com o Público/VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda e CTT.

Membro: APCT - Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação; API - Associação Portuguesa de Imprensa.

Tiragem desta edição:8.693 exemplares

Page 3: Postal11JAN1095

região

11 de Janeiro de 2013 | 3

A ocupAção médiA por quar-to nas unidades hoteleiras do Algarve em Dezembro foi de 23,2%, valor que representa uma subida de 1,1% relativa-mente ao mesmo período de 2011, segundo dados da prin-cipal associação regional do sector.

A Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) divulgou os números do último mês de 2012, frisando que o valor global registado na região foi “próximo do valor verificado em 2011” e representou um aumento do volume de vendas de 1,4%, comparativamente com o período homólogo do ano transacto.

O presidente da AHETA, Eli-

dérico Viegas, afirmou à Lusa que a “subida verificada é re-sidual, porque apenas foram contabilizados os empreen-dimentos que estão efectiva-mente em funcionamento” e “não estão incluídas as unida-des que encerraram” em época baixa.

“Se as que estão encerradas fossem contabilizadas, tería-mos uma tendência negativa, porque há muito mais empre-endimentos encerrados do em 2011”, acrescentou Elidérico Viegas, sem quantificar ao certo o número de unidades que fecharam portas para o Inverno.

AlgArve com mAis ingleses e holAndeses As principais

subidas foram verificadas nos mercados britânico (mais 1,8%) e holandês (mais 0,3), enquanto as maiores descidas foram sentidas nos mercados português (menos 0,8%) e ale-mão (menos 0,4).

Quanto às zonas de distri-buição da ocupação hoteleira, os dados da AHETA apontam para tendências positivas em Carvoeiro/Armação de Pêra (mais 3,4%) e Albufeira (mais 2,2). Já Portimão/Praia da Ro-cha foi a zona do Algarve que mais quebra sentiu (menos 2,6).

A taxa de ocupação mé-dia mais alta foi a de Mon-te Gordo/Vila Real de Santo António, com 44,9%, tendo a mais baixa sido registada

em Lagos/Sagres, com 13,9%, segundo a principal associa-ção hoteleira do Algarve.

“Por categorias, a princi-pal descida registou-se nos hotéis e aparthotéis de 5 es-trelas (menos 3,0%). Os al-deamentos e apartamentos turísticos de 5 e 4 estrelas (+2,6%) e os hotéis e apar-thotéis de 3 estrelas (mais 2,3%) foram os que apre-sentaram as maiores subi-das nas ocupações”, referiu ainda a AHETA.

A associação hoteleira algarvia sublinhou que os hotéis e aparthotéis de 3 estrelas “foram os que apre-sentaram a ocupação mais elevada, com 33,6%, enquan-to a mais baixa foi regista-da nos de 5 estrelas, com 15,7%. Lusa

Algarve com mais turistas em DezembroTaxa de ocupação hoteleira sobe 1,1% face ao mesmo período de 2011

dr

Ô Elidérico diz que não foram contabilizadas as unidades fechadas

pub

pub

MUNDITÁLIA Importação e Exportação Lda

Morada: Estação de Loulé, Passagem de Nível 6 A, 8100-306 Loulé +351 289 356 580 • +351 289 356 581 • [email protected]

PORTASGRADESAUTOMATISMOSPARAFUSARIA E FIXAÇÃOMOLAS TÉCNICASWPC

A solução da fábrica para os profissionais com ou sem serviço de montagem

Cartório Notarial em TaviraBruno Filipe Torres Marcos

NotárioEXTRATO DE JUSTIFICAÇÃO

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Justificação outorgada em dezoito de Dezembro de dois mil e doze, exarada a folhas cento e catorze e seguintes do Livro de notas para escrituras diversas número Trinta e dois – A do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Filipe Tor-res Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A, freguesia de Tavira (Santa Maria):

A) CIDÁLIA MARIA LOPES CRISTINA PEREIRA, casada com João Manuel Pinto Pereira sob o regime da comunhão de adquiridos, natural da freguesia de Faro (Sé), concelho de Faro, contribuinte fiscal número 182846792, residente em 1 Impasse des Cormorans, 34130 Mudaison, França, através de procurador;

B) PAULA MARIA LOURENÇO CRISTINA PIRES, natural da dita freguesia de Faro (Sé), casada com Paulo Jorge dos Santos Pires sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua Dr. Emílio José Campos Coroa, lote C, 2.º esquerdo, em Faro, contribuinte fiscal número 207692661; e

C) CARLOS JOSÉ LOURENÇO CRISTINA, solteiro, maior, na-tural da dita freguesia de Faro (Sé), residente na Rua Projectada à Patinha, n.º 6, rés-do-chão direito, em Olhão, contribuinte fiscal número 164913670;

- declararam que são donos e legítimos possuidores, com ex-clusão de outrem, na proporção de metade a favor da justifican-te referida em A), de um quarto a favor da justificante referida em B) e de um quarto a favor do justificante referido em C), do prédio rústico composto por terra de cultura e pastagem, com a área de doze mil metros quadrados, sito em Vale do Linho, freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, que confronta do Norte com Manuel Mendes, do Sul e Poente com Ilda Teixeira da Palma, e do Nascente com António Francisco Rosário, ins-crito na respectiva matriz sob o artigo 4284, com o valor patri-monial tributário de 73,28 €, igual ao atribuído, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Tavira.

- Que este prédio, com a indicada composição e área, veio à posse de cada um dos justificantes, em data imprecisa do ano de mil novecentos e noventa, ainda no estado de solteiros – sendo a justificante referida em B), à data, ainda menor de quinze anos de idade –, e portanto com a natureza de bem próprio das justificantes referidas em A) e B), por partilha me-ramente verbal feita com os demais interessados, na sequência do óbito de Custódia Maria Mendes que também usava e era conhecida por Custódia Anica da Palma, residente que foi em Passa Frio, freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, avó dos justificantes, nunca chegando a outorgar a respectiva escritura, não tendo deste modo título que lhe permitam fazer o registo do prédio em seu nome.

- Que, porém, há mais de vinte anos, têm semeando a terra, amanhando-a e limpando-a, tratado das culturas, colhido os respectivos frutos, nele pastando os animais, e dele retirando os respectivos rendimentos, agindo com a convicção de serem comproprietários daquele bem, nas respectivas proporções e como tal sempre por todos foram reputados.

- Que aquele prédio acima referido foi possuído dentro de um espírito de compropriedade, participando nas vantagens e nos encargos do prédio na proporção da quota de cada um e res-peitando em relação ao outro comproprietário o uso a que os consortes têm direito, verificando-se assim uma situação de composse.

- Que nos termos expostos, os justificantes vêm exercendo a composse sobre o mencionado bem, com a indicada compo-sição, ostensivamente, à vista de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, em paz, continuamente, há mais de vinte anos, pelo que a propriedade dos mesmos, foi por eles adquirida por usucapião, nas referidas proporções.

Tavira, 18 de Dezembro de 2012.

O Notário,

Bruno Filipe Torres Marcos

Conta registada sob o n.º 2/1873

(POSTAL do ALGARVE, nº 1095, de 11 de Janeiro de 2013)

NOTARIADO PORTUGUÊSJOAQUIM AUGUSTO LUCAS DA SILVA

NOTÁRIO em TAVIRANos termos do Artº. 100, nº. 1, do Código do Notariado, na redacção que lhe foi dada pelo Dec-Lei nº. 207/95, de 14 de Agosto, faço saber que no dia vinte e um de Dezembro de dois mil e doze, de folhas vinte e quatro a folhas vinte e cinco verso, do livro de notas para escrituras diversas número cento e ses-senta e dois - A, deste Cartório, foi lavrada uma escritura de justificação, na qual:

JOSÉ MANUEL MESTRE CUSTÓDIO, NIF 168.596.806, soltei-ro, maior, natural da freguesia de Santa Maria, concelho de Ta-vira, residente no sítio dos Cintados, Caixa Postal 475-D, Santa Maria, Tavira, declarou:

Que, com exclusão de outrem, é dono e legítimo possuidor dos seguintes prédios rústicos, todos sitos na freguesia de Santa Maria, concelho de Tavira e não descritos na Conservatória do Registo Predial de Tavira, a saber:

a) Prédio sito em Corgo dos Valinhos, composto por terra de cultura, inscrito na matriz sob o artigo 19.900, com o valor patrimonial tributário e igual ao atribuído de OITO EUROS E SESSENTA E UM CÊNTIMOS, com a área de seiscentos e cin-quenta metros quadrados, que confronta do norte com João Gonçalves, do sul com Joaquim António Custódio, do nascente com José Francisco Romeira e do poente com Manuel Custódio e outros.

b) Prédio sito em Valinhos, composto por terra de pastagem e de cultura, inscrito na matriz sob o artigo 19.936, com o valor patrimonial tributário e igual ao atribuído de QUINZE EUROS E OITENTA E UM CÊNTIMOS, com a área de mil oitocentos e cinquenta metros quadrados, que confronta do norte com João Gonçalves, do sul com Joaquim António Custódio, do nascente com Isabel Teresa e do poente com João Gonçalves.

c) Prédio sito em Valinhos, composto por terra de cultura e pas-tagem, figueiras e amendoeira, inscrito na matriz sob o artigo 19.940, com o valor patrimonial tributário e igual ao atribuído de VINTE E UM EUROS E CINQUENTA E NOVE CÊNTIMOS, com a área de mil e duzentos metros quadrados, que confronta do norte e poente com Joaquim António Custódio e do sul e nas-cente com João Gonçalves.

d) Prédio sito em Valinhos, composto por terra de cultura e pas-

tagem, figueiras e alfarrobeira, inscrito na matriz sob o artigo 19.942, com o valor patrimonial tributário e igual ao atribuído de TRINTA E SETE EUROS E QUARENTA E UM CÊNTIMOS, com a área de dois mil trezentos e cinquenta metros quadrados, que confronta do norte com Joaquim António Custódio, do sul e po-ente com João Gonçalves e do nascente com Manuel António.

e) Prédio sito em Barranco do Pereiro, composto por vinha de vinho, terra de cultura e pastagem, figueiras e amendoeiras, inscrito na matriz sob o artigo 19.949, com o valor patrimonial tributário e igual ao atribuído de QUARENTA E SEIS EUROS E DOIS CÊNTIMOS, com a área de mil e cem metros quadrados, que confronta do norte com João Gonçalves, do sul com Ma-nuel José, do nascente com Joaquim António Custódio e do poente com Isabel Pereira da Palma.

Que adquiriu os mencionados prédios por meio de compra ver-bal e nunca reduzida a escritura pública, feita a Maria Mariana Nunes, viúva, residente no sitio da Baleeira, Caixa Postal 475-D, Santa Maria, Tavira e a Gualdina Mariana Nunes e marido Martinho Jacinto Rodrigues, casados sob o regime da comu-nhão geral de bens, residente no sitio de Campinas, Chelote, Faro, já falecidos, no ano de mil novecentos e oitenta e nove, em data que não é possível precisar.

Que desde esse ano possui os prédios em nome próprio, usu-fruindo dos mesmos, cuidando e cultivando a terra, fazendo as respectivas sementeiras, colhendo os frutos, pagando as contribuições e impostos devidos, sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exer-ceu sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pacífica, contínua e pública, pelo que adquiriu os prédios por usucapião.

Que atribui a esta justificação o valor total de cento e vinte e nove euros e quarenta e quatro cêntimos.

Vai conforme o original.

Tavira, aos 21 de Dezembro de 2012

A funcionária por delegação de poderes;

Ana Margarida Silvestre Francisco – Inscrita na O.N. sob o n.º 87/1

Conta registada sob o nº. PA1577/2012 Factura nº. 01601

(POSTAL do ALGARVE, nº 1095, de 11 de Janeiro de 2013)

pub

Page 4: Postal11JAN1095

4 | 11 de Janeiro de 2013

região

Câmara de Aljezur investe 13 mil euros para evitar fecho da Pousada da JuventudeAcordo com Movijovem impediu situação de ‘lay-off’ para os funcionários

d.r.

A CâmArA de Aljezur in-vestiu cerca de 13 mil euros para evitar o fecho temporá-rio da Pousada da Juventude da Praia da Arrifana na época baixa, aguardando agora que a tutela decida sobre o mo-delo de exploração e finan-ciamento.

O presidente da Câmara, José Amarelinho, explicou à Lusa que a pousada de Al-jezur era uma das que pode-riam vir a encerrar até Mar-ço, mas a autarquia chegou a acordo com a Movijovem, cooperativa que está sob a tu-tela da Secretaria de Estado do Desporto e da Juventude e gere a rede de pousadas, para evitar o fecho temporário e o ‘lay-off’ dos trabalhadores durante quatro meses.

O autarca disse que a tute-la está a preparar “um docu-mento estratégico que visa uma nova abordagem a esta problemática das pousadas e que tem a ver com a sua ex-ploração e sustentabilidade”.

O município recebeu a ga-rantia de que, quando o mo-delo estiver pronto, a câmara “será convidada a participar nas reuniões para dar a opi-nião como parte interessada neste processo”.

“O que ia acontecer em Aljezur, e aconteceu, creio eu, por muitas outras pousa-das a nível nacional, foi que a Movijovem fez contas e, atendendo aos custos de ex-ploração, iria fechar a pousa-da no primeiro trimestre do ano, mas seria um fecho tem-

porário, sendo que, sempre que houvesse um grupo com número de pessoas conside-rável, seria aberta”, afirmou José Amarelinho.

Pousada serve Público li-gado ao surf Ao saber da hipótese de encerramento, o autarca ficou “preocupado”, contactou outros presidentes de câmara em situação idên-tica e soube que algumas “câmaras se predispuseram a acertar valores trimestrais para que as pousadas não en-cerrassem durante os meses de época baixa, nomeada-mente em situações em que os protocolos em vigor já tinham cessado, como era o caso concreto do município de Aljezur”.

“O protocolo já tinha ter-minado e eles preparavam-se para fechar temporariamen-te todo o mês de Dezembro e até Março. Acertámos um valor que rondou os 13 mil euros para que a pousada funcionasse nestes quatro meses e se evitasse a situação de ‘lay-off’ para os funcioná-rios”, contou.

O autarca recordou que a pousada da Praia da Arrifa-na serve um público muito específico e ligado ao surf, modalidade que é importan-te na quebra da sazonalida-de e justificou a abertura da pousada, pelo que seria “uma mais-valia continuar aberta”.

Questionado sobre se a câ-mara fez um investimento de cerca de 13 mil para manter

a pousada aberta no Inverno, o autarca respondeu que “na prática foi isso”, mas subli-nhou que esse valor vai ago-ra “entrar em linha de conta para o valor que for determi-

nado em protocolo para o resto do ano e para os anos que se seguem” no âmbito da análise que a tutela está a realizar caso a caso em cada pousada. Lusa

pub

Tavira activa incubadora com LIVTC Portugal pág. 6

Ô José Amarelinho evitou encerramento temporário da pousada

Page 5: Postal11JAN1095

região

11 de Janeiro de 2013 | 5

Ricardo Claro/Lusaricardo [email protected]

A AssembleiA municipAl de lAgos aprovou, por unanimi-dade, uma moção em que exi-ge a manutenção em Lagos de um Posto Territorial da GNR, a funcionar em boas condições e em instalações condignas.

Aquela Assembleia Muni-cipal reconhece que o actual posto, a funcionar nas insta-lações de um antigo conven-to se encontram degradadas, mas afirma que a autarquia avançou com várias soluções para a sua relocalização, ten-do a última sido as instalações desactivadas da Escola Básica 2, 3 n.º 1 de São João, pelo que rejeita a proposta do Ministério da Administração Interna no sentido de que os militares agora estacionados em Lagos sejam transferidos para as instalações do novo Posto da GNR de Vila do Bis-po, que aquele Ministério considera terem sido sobredi-mensionadas, sendo por isso capazes de albergar ambos os destacamentos.

A Assembleia Municipal considera que “com esta po-sição, o Governo despreza o papel determinante da GNR, que tem a seu cargo a segu-rança pública das zonas mais rurais do concelho de Lagos e especialmente as zonas tu-rísticas da Meia-Praia/Ria de Alvor e Praia da Luz, onde se concentra o maior número de

empreendimentos turísticos e segundas residências”.

Depois das actuais instala-ções da GNR de Lagos terem sido consideradas inadequa-das, a câmara disponibilizou--se para ceder as instalações da Escola Básica 2, 3, n.º 1 de São João, que está desactivada.

Júlio Barroso lamentou que não tenha sido objecto de ne-gociações entre o Ministério da Administração Interna (MAI) e o executivo municipal e con-testou a retirada da GNR para o novo quartel de Vila do Bis-po, a cerca de 20 quilómetros de Lagos, que deverá entrar em funcionamento em breve. O autarca estranhou ainda a falta de diálogo entre o MAI e

a autarquia.Também os deputados Pau-

lo Sá e António Filipe questio-naram o MAI sobre as razões da retirada daquela força de segurança do concelho, apesar de existir uma opção de relo-calização dentro do concelho e alertam o aumento do senti-mento de insegurança.

Os deputados do PCP con-testam a hipótese de desloca-ção para Vila do Bispo apre-sentada pelo MAI.

No pedido de esclarecimen-tos enviado ao MAI, os depu-tados questionam ainda o ca-lendário previsto para as obras de remodelação e recuperação do edifício cedido pela Câmara de Lagos.

GNR de Lagos pode ir para Vila do BispoCâmara e parlamentares do PCP preocupados

d.r.

Ô Júlio Barroso estranha falta de diálogo do Governo

Rua José Pires Padinha n.º 2 - 8800-354 Tavira (

281 326 244

Já reabriu com nova Gerência

Restaurante América

Ambiente acolhedor

P Almoço: Prato do diaP Jantar: Ementa variada

pub

Cartório Notarial em Tavira Bruno Filipe Torres Marcos

NotárioExtrato de Escritura de Justificação

CERTIFICO, para efeitos de publicação, nos termos do artigo 100.º do Código do Notariado que, por escritura pública de Jus-tificação outorgada em catorze de Setembro de dois mil e doze, exarada a folhas sessenta e cinco e seguintes do Livro de notas para escrituras diversas número Trinta – A, do Cartório Notarial em Tavira, do Notário privado Bruno Filipe Torres Marcos, sito na Rua da Silva, n.º 17-A, freguesia de Tavira (Santa Maria):

LUDGERO MARTINS COELHO, solteiro, maior, natural da fre-guesia e concelho de Albufeira, residente em Maritenda, caixa postal 207-Z, 8100-084 Boliqueime, Loulé, contribuinte fiscal número 189077565, titular do bilhete de identidade número 9676213, emitido em 27.07.2006 pelos SIC em Faro, declarou:

- Que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do prédio rústico composto por terra de pastagem, com a área de treze mil e duzentos metros quadrados, sito em Pias, freguesia da Conceição, concelho de Tavira, que confronta do Norte com Maria Custódia, do Sul com Jacinto Domingues Rodrigues, do Nascente com Alice Maria e do Poente com ribeiro, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 2754, com o valor patrimonial tributário de 57,47 €, igual ao atribuído, não descrito na Con-servatória do Registo Predial de Tavira.

- Que este prédio, com a indicada composição e área, veio à

sua posse, em data imprecisa do ano de mil novecentos e oi-tenta e oito, por compra meramente verbal feita a Mateus José Fernandes e mulher Guiomar Gonçalves Fernandes, residentes no Sítio da Nora, Fazfato, em Conceição de Tavira, nunca che-gando a outorgar a respectiva escritura, não tendo deste modo título que lhe permita fazer o registo do prédio em seu nome.

- Que, porém, há mais de vinte anos, de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, ou seja, com o conhecimento de toda a gente, sem violência nem oposição de ninguém, reiterada e ininterruptamente, na convicção de não lesar quaisquer direi-tos de outrem e ainda convencido de ser titular do respectivo direito de propriedade e assim o julgando as demais pessoas, tem possuído aquele prédio – amanhando e limpando a ter-ra, nele pastando os animais, e dele retirando os respectivos rendimentos – pelo que, tendo em consideração as referidas características de tal posse, adquiriu o referido prédio por USU-CAPIÃO, o que invoca.

Tavira, 14 de Setembro de 2012.

O Notário,

Bruno Filipe Torres Marcos

Conta registada sob o n.º 2/1355

(POSTAL do ALGARVE, nº 1095, de 11 de Janeiro de 2013)

NOTÁRIAÂngela Maria Guerreiro Relvas

CertificadoCertifico, para efeitos de publicação, nos termos do disposto no artigo cem, número um do Código do Notariado, que em vinte e sete de Dezembro do ano de dois mil e doze, foi exarada neste Cartório Notarial em Olhão, sito na Rua Miguel Torga, Bloco Norte, loja um – B, no Livro número Cento e Nove – A de notas para escrituras diversas, de folhas setenta e uma a folhas setenta e duas verso, uma escritura de Justifica-ção, na qual, Porfírio Martins Horta, divorciado, natural da freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, residente na Rua José Fernandes de Lisboa, lote 4 – 3º esquerdo, freguesia e concelho de Olhão, contribuinte fiscal número: 121 338 029, portador do Cartão de Cidadão número 02289266 4ZZ2 válido até 17.08.2015, emitido pela República Portuguesa, declarou que é dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrem, do prédio rústico, sito em Feiteira, freguesia de Cachopo, conce-lho de Tavira, composto de terreno de regadio com figueiras, ameixeiras, pereiras, oliveiras e videiras, com a área de mil e quatrocentos metros quadrados, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 32.923, com o valor patrimonial tributável, igual ao atribuído, de 296,00€, confrontando a norte com Vivaldo Horta e Manuel de Horta, a sul e nascente com Estrada Nacional e a poente com Escola Primária e outros, não descrito na Conser-vatória do Registo Predial de Tavira.

Que adquiriu este prédio em data que não sabe precisar, do

mês de Agosto do ano de mil novecentos e noventa e um, por partilha meramente verbal, com os demais interessados e nun-ca reduzida a escritura pública, na herança por óbito de seu pai Francisco Horta, à data casado com Maria Teresa Martins, sob o regime da comunhão geral de bens, residente que foi em Feiteira, freguesia de Cachopo, concelho de Tavira, falecido em treze de Julho de mil novecentos e noventa e um.

Que, desde aquela data, portanto há mais de vinte anos, possui o dito prédio sem a menor oposição de quem quer que fosse desde o seu início, posse que exerceu sem interrupção e os-tensivamente, com conhecimento de toda a gente, sendo por isso uma posse pública, pacífica e contínua, tratando da terra e das árvores, apanhando os seus frutos, pagando as respectivas contribuições e impostos, pelo que o adquiriu por usucapião, não podendo provar pelos meios normais o seu direito.

Que à data do início da posse era casado com Mary Oliveira Horta sob o regime da comunhão de adquiridos, da qual ficou, posteriormente, viúvo. Tendo contraído segundas núpcias com Rosineia Leticio sob o regime da comunhão de adquiridos, da qual é actualmente divorciado.

Está conforme o original.

Cartório Notarial em Olhão, a Cargo da Notária Ângela Maria Guerreiro Relvas, aos três de Janeiro do ano dois mil e treze.

A Notária,

Ângela Maria Guerreiro Relvas

Conta nº. 01/2013.

(POSTAL do ALGARVE, nº 1095,de 11 de Janeiro de 2013)

pub

CÂMARA MUNICIPAL DE TAVIRAEDITAL Nº 2/2013

Jorge Manuel do Nascimento Botelho

Presidente da Câmara Municipal de Tavira

TORNA PÚBLICO, que em reunião de Câmara Municipal, realizada no dia 08 janeiro de 2013 foram tomadas as seguintes deliberações:

1. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 1/2013/CM, referente ao parecer genérico favorável para celebração e renovação de contratos de prestação de serviços - LOE 2013;

2. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 2/2013/CM, referente à prorrogação da mobilidade de trabalhadores;

3. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 3/2013/CM, referente à suspensão do mapa de pessoal aprovado para 2013;

4. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 4/2013/CM, referente à Criação de áreas de atu-ação e processo de seleção para atribuição de duas licenças para o exercício da atividade de guardas-noturnos - zonas 3 e 4 - Freguesia de Santa Maria;

Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume.

Paços do Concelho, 08 de janeiro do ano 2013

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL,

Jorge Manuel Nascimento Botelho

(POSTAL do ALGARVE, nº 1095, de 11 de Janeiro de 2013)

pub

pub

Page 6: Postal11JAN1095

6 | 11 de Janeiro de 2013

região

A EMPET insTAlA a primeira start-up na Incubadora de Empresas de Tavira e dá um passo significativo na mate-rialização do seu plano e na concreti-zação de um espaço de apoio às em-presas que se pretendem estabelecer no concelho.

O projecto que a EMPET – Parques Empresarias de Tavira, se encontra a

desenvolver para a constituição de uma incubadora de empresas, per-mitirá a capitalização e apoio neces-sário à sólida criação de empresas que progressivamente venham a localizar a sua actividade numa área devida-mente qualificada e infra-estruturada.

Embora numa fase ainda embrio-nária de desenvolvimento do proces-

so de instalação, é desde já objectivo agregar massa crítica determinante para o sucesso do projecto.

A LIVTC Portugal Lda, start-up na área da Digital Home Technology, cuja actividade teve início no Reino Unido, funda este projecto com a ga-rantia de ser uma mais-valia na massa crítica que se pretende incorporar no

conceito e estrutura da incubadora de empresas.

Importa realçar que após uma proof of concept bem sucedida, a LIVTC Portugal escolheu Tavira e o Algarve para criar a sua sede em Por-tugal dedicada às área de investiga-ção, desenvolvimento e produção de novos produtos, pretendendo através de Tavira conquistar a entrada em di-versos mercados. A LIVTC tem uma oferta inovadora na medida em que oferece soluções prontas a usar a pre-ços acessíveis de hi-fi digital e som & imagem multi-sala.

Apoio dA EMpET foi fundAMEnTAl Para Amélia Santos, sócia-gestora da LIVTC, “o apoio da EMPET para o es-tabelecimento da empresa em Tavira foi muito importante. Estamos certos que a rede da incubadora nos permi-tirá expandir ainda mais a nossa rede de parcerias onde já se incluem diver-sas empresas inglesas e portuguesas na área de hi-fi e de casa digital, tais como, a Majik House, a Adventures in Hi-Fi ou a MyAudiophilestore. Tavira e o Algarve em geral oferecem uma excelente qualidade de vida e pos-suem boas ligações internacionais, factores que foram determinantes na escolha do local para a nossa sede em Portugal”.

A EMPET – Parques Empresariais de Tavira E.M., no reconhecimento de que as entidades públicas devem estabelecer relações de colaboração

recíproca com vista à satisfação do interesse publico, designadamente, ao crescimento da economia e em-prego do concelho, promove através do projecto “Ativar Tavira” o impulso necessário ao acolhimento de novas empresas através da Incubadora de Empresas de Tavira.

Para João Pedro Rodrigues, pre-sidente da EMPET, “a instalação da LIVTC é um momento marcante no impulso que desejamos para a In-cubadora de Empresas de Tavira e o facto de ser uma empresa da área tec-nológica é significativo para a massa crítica que queremos agregar, mas o programa da incubadora prevê em-presas multissectores, com enfoque nas áreas da Economia do Mar, Agri-cultura e Agroindústria e Turismo.”

Após a ligação entre o município de Tavira e o New Jersey Institute of Technology, que promoveu uma relação privilegiada na adopção de um modelo de incubação e transfe-rência de tecnologia de reconheci-mento internacional e a estreita co-laboração com a Algardata, para a definição do mapa de necessidades tecnológicas a ser implementadas, a EMPET e Tavira estão em condições de oferecer os melhores recursos às empresas instaladas, dotando os pólos de negócios das mais recen-tes tecnologias, promovendo uma maior capacidade de competitivida-de capaz de dar resposta às exigên-cias de mercado.

Tavira activa incubadora com LIVTC PortugalEmpresa na área da Digital Home Technology arranca em breve

d.r.

Ô A LIVTC Portugal escolheu Tavira para criar a sua sede

pub

Ayamonte e Vila Real mais unidas do que nunca pág. 8

Page 7: Postal11JAN1095

O treinadOr português Ma-nuel Cajuda regressou na passada terça-feira ao coman-do técnico do Olhanense, su-cedendo a Sérgio Conceição e estando já a orientar o treino.

O treinador, de 61 anos na-tural de Olhão, volta ao clu-be que treinou nas épocas de 1985/86 e 1986/87 e, depois, em 1988/89, e no qual alinhou também como jogador.

Cajuda, cuja última experi-ência profissional remontava à época passada na União de Leiria, foi apresentado oficial-mente após o treino matinal, que serviu para preparar a recepção do Olhanense ao Moreirense, na passada quar-ta-feira, em jogo da terceira jornada da terceira fase da Taça da Liga.

No campeonato, após a 13.ª jornada, o Olhanense ocupa a oitava posição, com 14 pon-tos, menos 21 do que o líder Benfica.

Na passada segunda-feira, Sérgio Conceição, de 38 anos, deixou o comando técnico do Olhanense, após um ano no cargo, justificando que já não se revia no projecto do clube.

“No fundo, é com tristeza que já não me revejo mais nes-te projecto. É o fim de um ci-clo. Pedi para sair porque não

me sentia com motivação, não me sentia dentro daquilo que era o projecto do Olhanense para o resto da época”, adian-tou o técnico. Sérgio Concei-ção e o presidente do clube, Isidoro Sousa, lado a lado, optaram por não especificar os motivos que estiveram na base da decisão. Lusa

11 de Janeiro de 2013 | 7

região

Cajuda à frente do OlhanenseTreinador regressa após mais de vinte anos

D.R.

Ô Manuel Cajuda regressa ao clube onde já jogou

Real MarinaHotel & Spa

Criamosmomentos

únicospara si

Real Marina Hotel & Spa - OlhãoInfo e reservas Spa:

289 091 310 - spa @realmarina.com

pub

pub

Page 8: Postal11JAN1095

8 | 11 de Janeiro de 2013

região

Agora parece que é moda. Esgotam os mandatos e, não se podendo voltar a can-didatar, viram-se para a Câmara do lado. Pro-curam apoios, forjam alianças, preparam as campanhas e, com al-guma sorte e jeito, lá se instalam na vizinhança.

Sempre encarei as autárquicas como uma escolha que não deve depender muito da cor política de cada eleitor. Trata-se de um caso à parte em que, mais que a esquerda ou direita, o que deve importar são questões como as capa-cidades e projectos do candidato e, sobretudo, a sua ligação à autar-quia. Ora, é exactamen-te neste último ponto que toda a celeuma se me levanta: qual é a le-gitimidade funcional de se governar locais e gentes cuja realidade se desconhece quase na totalidade? Não é essa a essência que rege a própria existência do poder local? Ou será que pensam que a ex-periência adquirida ao longo dos muitos anos passados noutras Câ-maras os prepara para tudo?

Descarto da minha escolha os candidatos que já esgotaram os mandatos na vizinhan-ça e se vêm candidatar ao meu concelho. Não que não lhes reconheça o valor pessoal e polí-tico, entendam-me, mas porque continuo a acreditar (não sei muito bem como) que quem se candidata vem por bem, capacitado e decidido a resolver os problemas que são, aci-ma de tudo, os proble-mas da SUA gente.

OPINIãO

A Câmara do lado

Ana Amorim Dias - [email protected]

Casa do Povo

sebastião antunes em santo EstêvãoO CiClO CantautOres pro-movido pela Casa do Povo de Santo Estêvão abre 2013 com um concerto de Sebas-tião Antunes.

No próximo sábado, dia 12, a partir das 22.30, o espaço da Casa do Povo da freguesia tavi-rense acolhe os acordes da gui-tarra e a voz do cantautor que se apresenta num concerto in-timista que viajará pelas notas do trabalho discográfico “A Cor da Música”.

As músicas tradicionais, os instrumentos, as técnicas e as

suas composições estarão em evidência. Um desafio acústico, a solo, para o mentor do grupo Quadrilha que não deixará de interpretar também algumas das novas músicas do último CD “Com um abraço”.

O trabalho de Sebastião An-tunes reflete os sons tradicio-nais portugueses, bem como a música do Norte de África, Celta e o folk europeu, mais concretamente, das Ilhas Britâ-nicas, motivos bastantes para não perder mais este espectá-culo em Santo Estêvão. RC Ô sebastião antunes vai interpretar músicas do seu último Cd

Ricardo [email protected]

um ferry em plena fOz dO Guadiana foi o palco escolhi-do para a assinatura entre o presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, Luís Go-mes, e o Alcaide de Ayamonte, António Rodríguez Castillo, do protocolo que dá origem à primeira eurocidade no quadro das regiões transfronteiriças do Algarve e Andaluzia.

A cerimónia, que teve lugar na passada quarta-feira duran-te a tarde, contou ainda com a presença do secretário de Es-tado da Administração Local e Reforma Administrativa, Pau-lo Simões Júlio, pelo lado de Portugal, e da secretária geral da Ação Exterior da Junta da Andaluzia, Maria Sol García, e do representante do governo regional da Junta de Andalu-zia em Huelva, José Fiscal, pelo lado espanhol.

A presidir ao evento esteve David Santos, na qualidade presidente da Eurorregião Alentejo-Algarve-Andaluzia e presidente da Comissão de Co-ordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve.

Terceira experiência em por-Tugal A criação da eurocidade Ayamonte – Vila Real de Santo António constitui a terceira ex-periência no país nesta matéria depois dos exemplos anterio-res que unem Chaves a Verín e

Tui a Velença, ambos os casos no norte transmontano.

A nova eurocidade é criada no âmbito da euroregião Al-garve – Alentejo – Andaluzia, que é presidida pela região portuguesa actualmente e que tem no âmbito do desenvolvi-mento das regiões transfron-teiriças europeias o desafio de diluir as fronteiras da União Europeia muito para além da abolição física das linhas de fronteira.

Com o objectivo de maximi-xar a cooperação entre zonas transfronteiriças e de ultrapas-sar os obstáculos inerentes ao relacionamento institucional e estratégico resultantes da cria-ção de sinergias entre zonas da Europa sujeitas a governos e organizações administrativas diversas, a criação das eurore-giões e de eurocidades é um passo fundamental naquele que é um dos desafios da Eu-ropa da actualidade, a criação efectiva da Europa das regiões em complementaridade da Eu-ropa das nações.

a visão de luís gomes Para Luís Gomes, autarca de Vila Real de Santo António, ouvi-do pelo POSTAL, mais do que um passo na união de povos transfronteiriços, que sempre partilharam uma existência próxima e comum em muitos aspectos das suas vidas quoti-dianas, a criação da eurocida-de representa “um passo no

sentido de uma nova cultura de relacionamento estratégico para as cidades dum lado e do outro do Guadiana”.

“Trata-se de zonas com gran-de homogeneidade no que res-peita a condições e objectivos, não obstante as diferenças que existem entre as comunidades de cada lado da fronteira, uma homogeneidade que em tudo justifica o aprofundamento da aproximação e a dissolu-ção das fronteiras e do que aquelas implicam em muitos aspectos”, defende o autarca vilarealense.

Na prática, o edil destaca que “a assumpção da existên-

cia da euroregião e da euroci-dade é uma realidade que mais do que vincular as comunida-des e as autarquias, vincula os Estados que patrocinam o seu desenvolvimento na prossecu-ção dos objectivos da União Europeia”.

Assim, o desenvolvimento prático das sinergias entre as diferentes valências de cada uma das cidades integrantes contará com o empenho e apoio das respectivas admi-nistrações tutelares, ultrapas-sando-se potenciais entraves ao desenvolvimento das par-cerias entre as duas autarquias e comunidades.

ayamonte e vila Real mais unidas do que nuncaEurocidade nasce no meio do Guadiana

d.r.

Ô Luís Gomes e antónio Rodríguez Castillo

d.r.

Ficha de Informa-ção Normalizada

“Quais as informações presentes na Ficha de In-formação Normalizada que são entregues no banco?”

a dECo responde...

O direito à informação está consagrado na relação entre banco e cliente, para que este possa analisar e esco-lher com rigor a proposta mais adequada ao seu perfil.Neste sentido, o crédito à habitação e demais produtos bancários não fogem à regra e dispõem de um instru-mento que reúne toda a in-formação relevante da apli-c aç ão f i n a nc e i r a q u e pretendemos subscrever, a ficha de informação norma-lizada (FIN), que obedece a um modelo definido pelo Banco de Portugal.A FIN é entregue com a si-mulação ou aprovação do crédito, seja ao balcão, no portal na internet ou através de outro meio.Tradicionalmente a FIN divi-de-se em três secções. A pri-meira identifica as partes envolvidas e caracterizando o produto, as garantias e os seguros. A segunda inclui um plano financeiro e a terceira indica os documentos neces-sários à aprovação do crédito.Saliente-se que existem duas fichas de informação nor-malizada, uma entregue no momento da simulação das condições do crédito e a outra no da aprovação do contrato.Apenas a que é entregue no momento da aprovação do contrato tem prazo de vali-dade, durante o qual o banco não pode alterar as condições negociadas. No entanto, se isso acontecer e comprometer a compra da casa, o cliente deve ser com-pensado por eventuais per-das, por exemplo, o sinal entregue ao vendedor.O Banco de Portugal fiscali-za esta regra por meio de visitas anónimas às institui-ções e inspecções aos sites de internet dos bancos.Acresce que, se durante a validade, o banco tentar mo-dificar as condições da FIN entregue na aprovação do crédito, formalize queixa no livro de reclamações.Caso algumas destas regras não sejam cumpridas, pode-rá sempre reclamar junto do Banco de Portugal, no Portal do Cliente Bancário, dispo-nível em clientebancario.bportugal.pt.

Consultóriodo Consumidor

Page 9: Postal11JAN1095

ZZZ pág. ## anúncios

11 de Janeiro de 2013 | 9

pub

CÂMARA MUNICIPAL DE FAROEDITAL Nº 238/2012

Expropriação no âmbito da empreitada “Beneficiação da EN125-4 (entre Valados e Goncinha)

José Macário Correia, Presidente da Câmara Municipal de Faro, TORNA PÚBLICO, em conformidade com o Código das Expropriações, aprovado pela Lei nº 168/99, de 18 de setembro, que não tendo sido possível contatar os proprietários das parcelas de terreno abaixo identificadas, necessárias à realização da obra em epígrafe, vem por este meio proceder às seguintes notificações:

A) Maria Isidora Barros Almeida, Florentino Rosa Almeida e José Francisco Catarina Almeida:

De que no âmbito da empreitada de beneficiação da EN125-4 entre Valados e Goncinha se torna necessário expropriar a parcela denominada 35B, com a área de 108m2, sita em Valados, freguesia de Santa Bárbara de Nexe, concelho de Faro e inscrita na matriz predial rústica sob o artigo 216, seção O, propriedade dos ora notificados, encontrando-se a proposta de aquisição da parcela por via do direito privado à sua disposição na Câmara Municipal de Faro, no Departamento de Projetos, Obras e Equipamentos Municipais situado no Largo de São Luís, Ed. Celeiros II, nº 11C, 1º andar, 8000 143 Faro ou no Departamento de Administração e Finanças (SCN), Largo da Sé, 8004 001 Faro.

B) Idalinda Rosa Catarina, José Francisco Catarina Almeida, José Luís Catarina Isidoro, Maria Izidora Barros Almeida, Florentino Rosa Almeida e Amanda Victoria Zuydervelt:

De que a Câmara Municipal, na sua reunião de 21/03/2012 deliberou por unanimidade, nos termos da proposta nº 61/2012/CM:

1) Iniciar o processo de expropriação por utilidade pública das parcelas de terreno nº 33, 35, 35B e 54, todas da freguesia de Santa Bárbara de Nexe, concelho de Faro, necessárias à execução da empreitada de “Beneficiação da EN125-4 entre Valados e Goncinha.

2) Requerer a declaração de utilidade pública das parcelas acima identificadas, nos termos do disposto nos artigos 1º, 10º, 11º, 12º, 13º e 15º do Código das Expropriações, aprovado pela Lei nº 168/99, de 18 de Setembro, na alínea c) do nº 7 do artigo 64º da Lei nº 169/99, de 18/09, na redação da Lei nº 5-A/2002, de 11/01 e alíneas a) do artigo 13º e artigos 16º e 18º da lei nº 159/99, de 14/9.

3) Reforçar o pedido para que venha a ser declarada a utilidade pública com caráter de urgência da expropriação;

4) Requerer autorização para a posse administrativa para de imediato iniciar a obra na parte a expropriar de acordo com o estabelecido no artigo 15º do Código das Expropriações e art. 103º da Lei nº 2110 de 19/08/1961.

C) Amanda Victoria Zuydervelt e Thierry Brotons

De que a Câmara Municipal, na sua reunião de 19/09/2012 deliberou por unanimidade, nos termos da proposta nº 169/2012/CM:

1) Retificar a deliberação de Câmara de 21/03/2012, de forma a incluir os interessados Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Algarve, CRL, titular de hipoteca voluntária e Fazenda Nacional, titular de penhora sobre a parcela 54, respetivamente, tendo os interessados sido notificados das deliberações acima citadas.

Para constar e legais efeitos se publica o presente edital e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares públicos do costume, na Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Nexe e publicado em dois números seguidos de dois jornais mais lidos na região, sendo um destes de âmbito nacional.

Faro, 5 de Novembro de 2012

O Presidente da Câmara,

José Macário Correia

(POSTAL do ALGARVE, nº 1095, de 11 de Janeiro de 2013)

Parcela Proprietário Morada

35B Idalinda Rosa Catarina Valados, 8000 000 Stª. Bárbara de Nexe

35B José Francisco Catarina Almeida Cx Postal 439E, Esteval, 8135 017 Almancil

35B José Luís Catarina Isidoro Valados, 8000 000 Stª. Bárbara de Nexe

35B Florentino Rosa Almeida Valados, 8000 000 Stª. Bárbara de Nexe

35B Maria Isidora Barros Almeida 15 Kenbrook House, Leighton Road,

Kentish Town, London NW5, Inglaterra

54 Amanda Victoria Zyudervelt Rua Ataíde de Oliveira 140, 8000 219 Faro

54 Thierry Brotons Quinta das Palmeiras Lote 71, 8700 000 Olhão

CÂMARA MUNICIPAL DE TAVIRAEDITAL Nº 65/2012

Jorge Manuel do Nascimento Botelho

Presidente da Câmara Municipal de Tavira

TORNA PÚBLICO que, em reunião de Câmara Municipal, realizada no dia 28 dezembro de 2012, foram tomadas as seguin-tes deliberações:

1. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 247/2012/CM, referente à atribuição de auxílios económicos para livros escolares a alunos do 1º ciclo do ensino básico - 3.ª fase;

2. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número proposta número 248/2012/CM, referente O Pontão - Associação de Solidariedade Social da Conceição de Tavira - Constituição de Hipoteca;

3. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 249/2012/CM, referente ao adenda ao contrato de concessão de uso privativo do domínio público de posto de abastecimento de combustíveis sito na Horta do Carmo;

4. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 250/2012/CM, referente à 11ª alteração às Grandes Opções do Plano e 20ª alteração ao Orçamento;

5. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 251/2012/CM, referente à atribuição de apoio à ACTA - A Companhia de Teatro do Algarve;

6. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 252/2012/CM, referente à apoios ao abrigo do RMAAD - 17ª Feira da Caça, Pesca e Mundo Rural e 38ª Volta ao Algarve em Bicicleta.

Para constar e produzir efeitos legais se publica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume.

Paços do Concelho, 28 de dezembro do ano 2012

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL,

Jorge Manuel Nascimento Botelho

(POSTAL do ALGARVE, nº 1095, de 11 de Janeiro de 2013)

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE TAVIRAEDITAL

JOSÉ OTÍLIO PIRES BAÍA, Presidente da Assembleia Municipal de Tavira.

TORNA PÚBLICO, que em sessão ordinária da Assembleia Municipal de Tavira, realizada no dia 21 de dezembro de 2012, foram tomadas as seguintes deliberações:

1. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 219/2012/CM, referente à determinação da taxa da derrama;

2. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 220/2012/CM, referente à taxa municipal de direitos de passagem;

3. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 221/2012/CM, referente avaliação do ativo imobilizado do Município de Tavira;

4. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 226/2012/CM, referente à E35/10/CP – Parque Verde do rio Séqua – relatório final e repartição de encargos;

5. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 227/2012/CM, referente à Atualização da Tabela de Taxas, Mapa de Pessoal e Grandes Opções do Plano e Orçamento;

6. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 228/2012/CM, referente à Assunção de Compromissos Plurianuais – Final de 2012;

7. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 231/2012/CM, referente às Despesas de Representação – Pes-soal dirigente;

8. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 232/2012/CM, referente ao Regulamento para os Cargos de Direção Intermédia de 3º Grau;

9. Aprovada por unanimidade a proposta da Câmara Municipal número 235/2012/CM, referente à Casa do Algarve – Revogação da adesão;

10. Aprovada por maioria a proposta da Câmara Municipal número 237/2012/CM, referente ao Novo Plano de Liquidação dos Pagamentos em atraso.

Para constar e produzir efeitos legais se pu-blica o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares de costume

Paços do Concelho, aos 21 dias do mês de dezembro do ano 2012

O Presidente da Assembleia Municipal,

José Otílio Pires Baía

(POSTAL do ALGARVE, nº 1095, de 11 de Janeiro de 2013)

pub

pub

publicite a sua empresa

Contacte-nos: 281 320 900

Page 10: Postal11JAN1095

anúncios ı classificados

10 | 11 de Janeiro de 2013

Farmácias de Serviço

ALBUFEIRA

ARMAÇÃO DE PÊRA

FARO

LAGOA

LAGOS

LOULÉ

MONCHIQUE

OLHÃO

PORTIMÃO

QUARTEIRA

SÃO BART. DE MESSINES

SÃO BRÁS DE ALPORTEL

SILVES

TAVIRA

VILA REAL de STº ANTÓNIO

SEXTA SÁBADO DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA

Alves Sousa Santos Pinto Santos Pinto Santos Pinto Santos Pinto Santos Pinto Santos Pinto

Edite - Edite - Sousa - Central

Almeida Montepio Higiene Caniné Pereira Penha Baptista

Lagoa José Maceta José Maceta José Maceta José Maceta José Maceta José Maceta

Silva Telo Neves Ribeiro Lacobrigense Silva Telo

Avenida Martins Chagas Pinheiro Pinto Avenida Martins

Hygia Hygia Hygia Moderna Moderna Moderna Moderna

Olhanense Da Ria Nobre Rocha Pacheco Progresso Olhanse

Pedra Moderna Carvalho Rosa Amparo Arade Guilherme

Miguel Algarve Algarve Algarve Algarve Algarve Algarve

- Sequeira Sequeira - - - -

Dias Neves S. Brás S. Brás S. Brás Dias Neves S. Brás Dias Neves

- - Cruz de Portugal Guerreiro - João de Deus -

Montepio Mª Aboim Mª Aboim Central Félix Sousa Montepio

Pombalina Carrilho Carrilho Carrilho Carrilho Carrilho Carrilho

Acordos com:Medis, Multicare,C.G.D., Allianz

Acordos com:Multicare, C.G.D.,Allianz

ConsultasDias úteis: 9:30 - 12:30 | 15:00 - 20:00Sábado: 9:30 - 13:00

- Horário:

CirurgiaExames diagnóstico

DomicíliosBanhos e tosquias

www.vet-tavira.comtel. / fax.: 281 323 492Rua Chefe António Afonso, 17 (junto à Ponte de Santiago)

URGÊNCIAS 24h:969 561 548

Tractor - Rega, Lda

Rua de Santo António, n.º 68 - 5º Esq. 8000 - 283 FaroTelef.: 289 820 850 ¦ Fax: 289 878 342

[email protected] ¦ www.advogados.com.pt

Tlm. - 966 574 669 E-mail - [email protected]

Rua Alexandre Herculano, nº248800-394 TAVIRA · tel.: / fax: 281 322 162

F A R M Á C I A

FÉLIX FRANCOProprietário e Director TécnicoDr. António Manuel S. P. Faleiro

Serviços Prestadosü Funerais ü Trasladações ü Cremaçõesü Preparação estética do falecidoü Manutenção de jazigos e campas

SERVIÇOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS

ALAGOAA G Ê N C I A F U N E R Á R I A

281 322 652968 700 767918 530 058 / 966 088 [email protected]

())*

Trav. Zacarias Guerreiro nº 2(Largo de S. Francisco)(Centro de Tavira)8800 – 740 Tavira

Sempre a seu ladonos momentos difíceis da vida...

Temos ao seu dispor uma linha de créditoaté 24 meses sem juros financiada

por uma instituição bancária credível

SERVIÇO PERMANENTE24H

JUNTO AO HOSPITAL VELHO EM TAVIRA

Page 11: Postal11JAN1095

ZZZ pág. ##

11 de Janeiro de 2013 | 11

anúncios ı necrologia

FUNERAIS | CREMAÇÕES | TRASLADAÇÕES ARTIGOS RELIGIOSOS

MANUTENÇÃO DE CAMPAS E JAZIGOS FLORES

Funerárias:Sítio da PalmeiraLUZ DE TAVIRATel. /Fax: 281 961 170

Av. Maria LizardaMONCARAPACHOTel: 289 798 380

Rua Soledade 19OLHÃOTel. 289 713 534

Tlms: 966 019 297 (Carlos Palma) 963 907 469 (Gonçalo Correia) [email protected] - www.funeraria correia.pt

SERVIÇO PERMANENTE 24h

FUNERAIS - CREMAÇÕES - TRASLADAÇÕES PARA TODO O PAÍS E ESTRANGEIRO

ATENDIMENTO PERMANENTE - OFERTA DE ANÚNCIO DE NECROLOGIA E CARTÕES MEMÓRIA

Tel. : 281 323 205 - Fax: 281 323 514 • 965 484 819 / 917 764 557

Artigos Funerários e Religiosos / Catálogo de Lápides e Campas

AGÊNCIA FUNERÁRIA

Santos & Bárbara, Lda

SANTIAGO - TAVIRACOVA DA PIEDADE - ALMADA

VÍTOR LUÍS CAVACO DOS SANTOS

24-04-1964 / 24-12-2012

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última mora-da ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

SANTA MARIA - TAVIRA

MANUEL DO CARMO MARTINS DE JESUS

25-06-1939 / 27-12-2012

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

CONCEIÇÃO - TAVIRA

JOSÉ DOMINGUES

11-03-1928 / 21-12-2012

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos o acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

AGÊNCIA FUNERÁRIA

Empresarecomendada

TAVIRARua Dr. Miguel Bombarda n.º 25Tel. - 281 323 983 - 281 381 881

LUZ DE TAVIRAEN 125, n.º 32 – Tel. - 281 961 455

VILA REAL STO. ANTÓNIORua 25 de Abril n.º 32 – Tel. - 281 541 414

FUNERÁRIA PATROCÍNIO Tlm. - 968 685 719 Rua João de Deus, n.º 86 – Tel. -281 512 736

IDALÉCIO PEDRO Tlm. - 964 006 390

Serviços Fúnebres Locais Urna pinho estofada 650 m

Solicite orçamento antes de decidir

TaviraTlm. – 969 003 042

Emergência 24 horasPedro - 965 040 428

Vila Real Sto. AntónioTlm. – 962 406 031

[email protected][email protected]

[email protected]

Urna pinho e caixão zinco estofado 950 mIncluíndo coroa de flores artificiais c/ moldura, cartões

memoriais, livro de condolências e serviço de água no velório

TAVIRA

NATÍLIA BÁRBARA DA CONCEIÇÃO

80 ANOSAGRADECIMENTO

A sua querida família cumpre o doloroso dever de agradecer reconhecidamente a todas as pessoas que assistiram ao funeral do seu ente querido, realizado no dia 19 de Dezembro, para o Cemi-tério de Tavira, bem como a todos os amigos que manifestaram o seu pesar e solidariedade.Agradecem também a todos os que rezaram Missa do 7º Dia, pelo seu eterno descanso.Um agradecimento muito especial a toda a equipa do Lar da Pe-gada - Santa Maria pelo excelente trabalho, empenho e carinho.

“Paz à sua Alma”“Serviços Fúnebres efectuados

pela Agência Funerária Pedro & Viegas, Ldª”Tavira • Luz • V.R.Stº António

Telm. 964 006 390 - 965 040 428

GALABOVO - BULGÁRIACABANAS DE TAVIRA

JECA GOCHEVA TONEVA

10-12-1946 / 21-12-2012

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última mora-da ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

SANTIAGO - TAVIRASANTA LUZIA - TAVIRA

FRANCISCO CASIMIRO DA CRUZ

04-03-1938 / 29-12-2012

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm por este meio agradecer a todos quantos se dignaram acompanhar o seu ente querido à sua última mora-da ou que, de qualquer forma, lhes manifestaram o seu pesar.

VAQUEIROS - ALCOUTIMSANTA MARIA - TAVIRA

ERMELINDA CLAUDINA DA SILVA GONÇALVES

23-01-1945 / 19-12-2012

AGRADECIMENTOOs seus familiares vêm, por este meio, agradecer a todos quantos a acompanharam em vida e nas suas cerimónias exéquias ou que de algum modo lhes manifestaram o seu sentimento e amizade.

Page 12: Postal11JAN1095

O municípiO de Tavira, lide-rado por Jorge Botelho, for-malizou a candidatura ao Pro-grama Operacional Algarve 21 para o financiamento do arran-jo urbanístico da ligação entre Conceição e Cabanas.

Esta enquadra-se no âmbi-to do regulamento específico para as Acções de Valoriza-ção do Litoral do Eixo Prio-ritário 2 - Protecção e Qua-lificação Ambiental, sendo o valor total do investimen-to apresentado de cerca de 3.698 mil euros, co-financia-do pelo FEDER a 70%.

A intervenção será desen-volvida no Caminho Munici-pal 1238 ao quilómetro 140 e visa o arranjo urbanísti-co do acesso entre as duas freguesias, abrangendo as especialidades de traçado,

terraplenagens, pavimenta-ção, sinalização e segurança rodoviária e obras acessó-rias, incluindo um muro de contenção.

Em linhas gerais, a elabo-ração do projecto executada pelos serviços municipais considerou a optimização de uma solução do ponto de vista técnico-económico equilibrada, cumprindo os requisitos impostos e as se-guintes condições: conforto e segurança para os utentes, mínimo impacto na zona afectada, mínima afecta-ção dos terrenos limítrofes, compensação do movimen-to de terras, mínima altera-

ção das funções normais da envolvente durante a execu-ção da obra e embelezamen-to da área de intervenção.

O traçado desenvolvido apresenta caraterísticas geo-métricas marcadamente ur-banas, que foram objecto de estudo cuidado no sentido da preservação e seguran-ça deste tipo de ambiente. Previu-se a inserção de pas-seios novos e o alargamento dos existentes, permitindo a melhoria das condições de circulação e segurança dos peões. Para a elaboração do presente projecto, foi exe-cutado um levantamento topográfico, abrangendo

toda a área de intervenção.Esta obra vai funcionar

como um complemento à requalificação paisagística da marginal de Cabanas, concluída em 2010 pela sociedade Polis da Ria For-mosa, uma vez que o acesso candidatado é a única liga-ção existente entre a ER 125 e a referida marginal.

Por proposta do Execu-tivo Municipal esta obra está incluída nas Gran-des Opções do Plano e no Orçamento Municipal de 2013, tendo sido um dos projectos mais votados no TOP’2013 - Tavira com Or-çamento Participativo.

última

Ô Jorge Botelho, presidente da Câmara de Tavira, aposta nas acessibilidades do concelho

Tavira candidata estrada Conceição - Cabanas ao QRENMunicípio apresenta candidatura para conclusão da ligação ao PO Algarve 21poRTimão contesta fusão

dos hospitais de Faro e Barlaventod.r.

Tiragem desta edição:8.693 exemplares

o poSTAL regressa no dia 1 de Fevereiro

tel 281 325 647 • fax 281 325 781 • tlm 917 811 380 • [email protected] Baltazar G. Lobato, 4-A (em frente às Escolas Primárias da Estação da CP) 8800-743 Tavira

à Levantamentos Topográficosà Medições de Áreas à Implantação de Edifíciosà Implantação de Urbanizaçõesà Cálculos de Volumes de Terrasà Executam-se trabalhos com GPS

FAZEMOS TODO O TIPO DE TRABALHOS TOPOGRÁFICOS

pub

pub

a assembleia municipal de pOrTimãO aprovou por unani-midade uma moção apresen-tada pelo Bloco de Esquerda que condena a intenção de fundir o Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA) com o Hospital de Faro.

Segundo os subscrito-res da moção, a Adminis-tração Regional de Saúde teria “proposto ao Minis-tério da Saúde a fusão das duas instituições, e já es-tará redigido o antepro-jecto do Decreto-Lei con-sumando a fusão, sendo, portanto, plausível que, caso essa proposta avance, haja efectivamente lugar a fecho de serviços, transfe-rência de pessoal para Faro e desqualificação técnica e

profissional do Hospital de Portimão”.

A Assembleia Municipal lembra que “o CHBA serve também as populações da Costa Vicentina que, a con-sumar-se transferência de serviços para Faro, ficarão a distância significativa do local de prestação de cui-dados” e afirma que “mais lamentável ainda é o secre-tismo em que todo o pro-cesso se está a desenrolar, em que um projecto que, a ser aprovado, irá afectar decisivamente e de forma muito negativa o futuro dos cuidados de saúde no Algarve e está a ser elabo-rado sem qualquer discus-são, ou mesmo informação ao público”.

Page 13: Postal11JAN1095

Epidemia de leitura à solta em Silves

p. 11

jan

| 201

3 • N

º 53

• M

ensa

l • O

Cul

tura

.Sul

faz

part

e in

tegr

ante

da

ediç

ão d

o PO

STAL

do

ALGA

RVE

e nã

o po

de s

er v

endi

do s

epar

adam

ente

jANEiRO • Mensalmente com o POSTAL em conjunto com o PúbLiCO www.issuu.com/postaldoalgarve

8.693 ExEMPLARES

Page 14: Postal11JAN1095

11.01.2013 2 Cultura.Sul

Ficha Técnica

Direcção:GORDAAssociação Sócio-Cultural

Director:Henrique Dias Freire

Editor: Ricardo Claro

Paginação: Postal do Algarve

Responsáveis pelas secções:» juventude, artes e ideias: Jady Batista» livro.S: Adriana Nogueira

» momento.S: Vítor Correia» panorâmica.S: Ricardo Claro» patrimónios.S: Isabel Soares

Colaboradores:AGECAL, ALFA, CRIA, Cineclube de-Faro, Cineclube de Tavira, DRCAlg, DREAlg, António Pina, Pedro Jubi-

lot. Nesta edição: António Pina, Ema-nuel Sancho, Marisa Madeira, Paulo Pires e Rogério v Fontes

Parceiros:Direcção Regional de Cultura do Al-garve, Direcção Regional de Educa-ção do Algarve, Postal do Algarve

e-mail:[email protected]

on-line: www.issuu.com/postaldoalgarve

Tiragem: 8.693 exemplares

Ricardo ClaroEditor do CULTURA.SUL

A criação e expressão culturais são um fenómeno do domínio do contínuo, não compagináveis com os devaneios limitativos dos anos civis, mas questões há que afectam a Cultura e que, essas sim, se vêem condicionadas com o andar do calendário. Exemplo disto mesmo são as questões do financiamento da Cultura no domínio da Administração Desconcentrada do Estado.

Neste início de 2013, em que pela primeira vez tenho a honra de assinar o editorial do Cultura.Sul, cabe-me dar nota de que - não obstante as contingências orçamentais – o Orçamento de Estado reservou para a Cultura verba equivalente à de 2012.

No âmbito da Direcção Regio-nal de Cultura (DRC) do Algarve contaremos com verbas também equivalentes a 2012, para o fun-cionamento da DRC Algarve e no domínio da previsão de re-ceitas próprias do organismo.

As novidades não estão aqui. Antes estão num aumento do orçamento de investimento, que promete 250 mil euros cujo des-tino será sobretudo a área patri-monial através de candidaturas ao QREN. A isto soma-se um au-mento de 75 para 140 mil euros da dotação para o apoio à acção cultural, quase 50% mais do que em 2012.

É sempre pouco, a Cultura mereceria mais necessariamen-te, mas as novidades não são de somenos importância numa época em que tudo parece min-guar e em que muito ameaça de-sagregar-se, jogando janela fora anos de investimento em prol de um Portugal melhor.

Cultura e SustentabilidadeEspaço AGECAL

É a palavra da moda - uma caixa onde quase tudo cabe. Os ambientalistas adotaram-na há muito na sequência do uso abu-sivo e irreversível dos recursos naturais. Os economistas refe-rem-se à explosão do binómio produção-consumo verificado no último quarto do século XX. Os liberais usam-na como escudo e arma contra tudo o que se move. Nas últimas décadas, o conceito evoluiu, sendo peça chave de documentos fundamentais para os nossos dias (ex. Agenda 21/ONU). Desmontado, segundo o

conceito oficial, resulta em três dimensões (social, económica e ambiental) a que alguns preten-dem, nos últimos anos, acres-centar-lhe mais duas (política e cultural). A natureza sistémica da Sustentabilidade assemelha--se a uma balança de vários pra-tos em permanente equilíbrio instável – tudo em nome de um amanhã mais justo.

De que maneira as teorias da sustentabilidade se aplicam ao setor da cultura? Terá esta que se preocupar com o assunto? Será justo considerar uma relação di-reta entre o investimento financei-ro (económico) e a sua relevância para a vida das pessoas (social, cultural)? Será eticamente aceitá-vel o consumo energético despro-porcionado (económico, ambien-tal) face aos níveis de utilização (social, cultural)? Que tipo de exemplo estaremos a transmitir às novas gerações (política) se não utilizarmos os recursos de forma racional? A cultura deve ou não pensar na sua sustenta-bilidade económica? Não será

muitas vezes apenas a força dos dinheiros públicos a manterem estruturas em funcionamento quando a sua sustentabilidade social ou cultural já não o justi-fica? A intervenção do Estado cria desiquilíbrios ou corrige-os?

Alguma cultura nunca teve de se preocupar com sustentabilida-des. Quase sempre estatal, muni-cipal ou fortemente subsidiada, sempre aceitou a sua natureza dependente. Esta condição, que aconselha contenção no discur-so e moderação nas ideias, aman-sou-lhe os ímpetos em troca do conforto e da estabilidade – do ordenado ao fim do mês e dos fi-nanciamentos certos. Qual o pa-pel e os limites do Serviço Públi-co? E o da Cultura Oficial?

Não parece haver dúvidas de que o Estado tem responsabili-dades inalienáveis. Arquivos, bi-bliotecas e alguns museus, por exemplo, vivem nos limites da educação formal e são exem-plos inquestionáveis de serviço público. Outros museus (muse-ologia social), algum teatro e o

associativismo em geral, situam--se claramente no lado de cá da cultura. Necessitam de um espa-ço de liberdade de expressão e de intervenção política só possível num contexto de autonomia ou mesmo independência e distan-ciamento em relação aos poderes políticos e económicos.

Finalmente, na base da estrutu-ra encontramos o associativismo: a última e a mais determinante reserva de poder e liberdade dos cidadãos – força política, empre-endedora e geradora de protago-nismo social. Por ser potencial-mente incómoda para o poder político-partidário, temos vindo a assistir ao seu progressivo es-vaziamento, provocado por uma ação invasiva e paternalista do poder político que a visa manter numa situação de menoridade e dependência permanente.

A instabilidade e os períodos de crise geram frequentemente mudanças. Para a cultura, talvez seja a oportunidade para uma ne-cessária redefinição dos papéis e dos limites.

Juventude, artes e ideias

Muito se fala da crise em que vi-vemos, muito se discute sobre os apoios à cultura. Ambas as ques-tões são verdade e estão intrinse-camente interligadas.

O que fazer quando temos que optar entre atribuir um subsídio

a uma associação cultural, com-prar um espectáculo para o nosso auditório, apoiar um grupo de jo-vens na produção de um qualquer espectáculo ou auxiliar as muitas famílias carenciadas do nosso concelho?

A resposta é simples e clara, po-rém, não posso de forma alguma deixar de apoiar a cultura, deixar de incentivar todos quantos se en-tregam à produção artística nas suas mais diversas formas, propor-cionando aos restantes cidadãos verdadeiros momentos de prazer.

Há que acompanhar os novos tempos! Temos que redefinir prioridades e apostar na cultura como forma de educar públicos. Para tal, é necessário formar os mais jovens e apostar em novos valores com especial atenção aos

filhos da terra, seja na produção, seja no consumo. Ao habituarmos os mais jovens a viver a cultura es-tamos a criar os artistas e o públi-co de amanhã.

A isto chama-se também, cida-dania!

Estamos perante um novo pa-radigma. Para tal, foi nossa opção imediata direccionar toda a estra-tégia de acção apoiando os mais jovens através da Casa da Juventu-de, bem como procurar parcerias com outras entidades públicas e privadas.

Não é um trabalho com resulta-dos imediatos, mas é sem dúvida alguma um esforço de todos nós para que possamos ter num futu-ro muito próximo novos valores, novos públicos.

Para que esta estratégia seja um

sucesso é necessário o esforço de todos. Nós tentamos fazer o nosso melhor!

Olhar em frente!

Novo ano Cultural

António PinaVice-presidente da Câmara Municipal de Olhão

Emanuel SanchoVice-presidente da Direção da AGECAL- Associação de Gestores Culturais do Algarve

Page 15: Postal11JAN1095

11.01.2013  3Cultura.Sul

cinema

Cineclube de Tavira

SESSÕES REGULARESCine-Teatro António Pinheiro | 21.30 horas

17 JAN | Looper (Looper - Reflexo Assassino) Rian Johnson – E.U.A./China 2012 (119’) M/16

24 JAN | Bellamy, Claude Chabrol – França 2009 (110’) M/12

31 JAN | Poulet aux Prunes (Gali-nha com Ameixas), Vincent Paron-naud e Marjane Satrapi – França/Alemanha/Bélgica 2011 (93’) M/12

PROGRAMAÇÃOwww.cineclube-tavira.com 281 320 594 | 965 209 198 | [email protected] Regressando à regularidade dos

três primeiros anos de actividade do Cineclube de Tavira (Abril 1999 – Fevereiro 2011), a partir deste mês de Janeiro apenas exibiremos os nos-sos habituais filmes de qualidade às quintas-feiras. A redução de sessões deve-se a dois factores: a revogação (pelo Município) do protocolo entre o Município e o Cineclube de Tavira, cujo objectivo era dar continuidade às sessões do fim-de-semana no Ci-ne-teatro António Pinheiro, e a ine-xistência de qualquer tipo de apoio autárquico ou institucional para o ano de 2012.

Continuamos a não ter qualquer previsão de apoio autárquico ou institucional para o ano de 2013.

No entanto, contando com o rece-bimento do Município da ajuda fi-nanceira às Mostras de Cinema 2011 e graças ao sucesso do leilão de obras de arte, prevemos conseguir conti-

nuar a exibir filmes até pelo menos ao final do mês de Fevereiro. Apro-veitamos a ocasião para agradecer a todos os artistas e particulares que gentilmente ofereceram as 92 obras

de arte leiloadas e, last but not least, aos licitadores e compradores!

A maneira mais simples, mais agradável, mais enriquecedora e me-nos dispendiosa de ajudarem o Ci-neclube de Tavira (no dia 8 de Abril de 2013 a nossa associação poderá cumprir 14 anos) é apenas uma: dis-frutem das nossas sessões de cinema de qualidade enquanto cá estamos. Já no próximo dia 17 podem come-çar bem o ano cinematográfico com Looper – Reflexo Assassino.

O valor do nosso bilhete de entra-da continua baixo: quatro euros para o público, apenas dois para os sócios e para qualquer portador de cartão de estudante ou de sócio do INATEL. Até muito em breve!

“EXPERIMENTAÇÕES”Até 26 JAN | Biblioteca Municipal LídiaJorge - AlbufeiraExposição de pintura de Clara Andrade. A ar-tista frequentou o curso de pintura na Socie-dade de Belas Artes e tem trabalhos realizados em óleo e acrílico sobre tela e técnicas mistas

“ALEXANDRA RECORDA AMÁLIA”12 JAN | 21.30 | Auditório Municipalde OlhãoEspectáculo que conta a história da vida de Amália Rodrigues, documentada com ima-gens alusivas à narração, relatando os factos de maior relevo desde a sua infância até à mortede

staq

ue

Cineclube com sessões às quintas-feiras

Cena do filme Looper – Reflexo Assassino

Espaço CRIA

… 3, 2, 1: Feliz 2013 para a Cultura!

Depois de um Natal gratinado de momentos familiares bem tempera-dos, já estou em modo “que venha mais um ano!”. Ainda não comprei as passas, nem escolhi a melhor ca-deira para contabilizar (no topo) os primeiros segundos de 2013, e já iniciei alguns pedidos mentais para o novo ano. Porém, irei precisar da ajuda de muitas pessoas, muitas mes-mo, porque não visto um fato azul justo ao corpo nem tenho uma capa vermelha.

Antes de relevar os meus desejos para 2013, irei fazer uma curta via-gem ao passado: 6 de dezembro, Faro, Faculdade de Economia da Universidade do Algarve, evento INOVAR ALGARVE – Ciclo de Confe-rências, sessão ‘Artes e Património: Medias, Artes e Tecnologias’. Esta iniciativa pretendeu evidenciar o potencial de comercialização do Co-nhecimento produzido na região do Algarve e estreitar a relação entre a Universidade e o tecido empresarial, através da articulação entre a inves-tigação produzida e as necessidades das empresas. A sessão ‘Artes e Patri-mónio: Medias, Artes e Tecnologias’ foi integrada neste evento porque estas são áreas-âncora da Universi-dade do Algarve. Com esta sessão pretendeu-se proporcionar o en-contro entre agentes que têm tra-balhado para alicerçar e alavancar estas áreas; expor trabalhos desen-volvidos no campo da investigação e evidenciar o empreendedorismo existente nestes setores; identificar necessidades; perspectivar novas medidas futuras e criar novas siner-

gias entre investigadores, profissio-nais, empresas e a Universidade.

Este encontro revelou que, para o novo ano (e próximos), será pos-sível fazer-se muito, mesmo sob as atrocidades da bruxa má “Crise”, pois, tal como acontece em qual-quer história, os heróis são-no após vencerem vários obstáculos, armadi-lhas e inimigos. Eis alguns dos heróis que estiveram presentes na sessão: Argo (Arte, Património & Cultura), Tertúlia Algarvia, Devir/CAPa, LAC (Laboratório de Atividade Culturais), ETIC_Algarve, We Make Productions, KotoStudios, Design Thinking, New Lights Pictures, SPIC Soluctions e O Bolo-Rei. O heroísmo de todos re-quer duas características essenciais: paixão e acreditar. Na sessão ‘Artes e Património: Medias, Artes e Tecno-logias’, a presença de investigadores da Universidade do Algarve espelhou que os trabalhos de investigação são, cada vez mais, desenvolvidos através do uso das novas tecnologias, que primam pela inovação e que preten-dem a criação de novos instrumentos para identificação do património e

da criação artística da região. A expo-sição dos trabalhos aguçou a neces-sidade de parceria e complementari-dade entre setores e profissionais. No final da sessão, Dália Paulo,diretora regional de Cultura do Algarve, re-feriu, e muito bem, as intenções da Convenção de Faro (2005): universali-zar o património, as artes e a criação artística como um todo. É com base neste princípio que continua a ser importante valorizar o património, proclamar o papel da criação artísti-ca, cultural e tecnológica, e fazer-se a ligação entre educação, formação, investigação, produção e ciência. É crucial o trabalho corporativo para identificação de fragilidades em prol da colmatação das mesmas, para que a Cultura ganhe uma nova importân-cia tanto para a sociedade como para a economia e política.

Para este fim, a Comissão Euro-peia tem revelado estar ciente e sen-sível quanto ao estado da Cultura, como revela o documento “Promo-ting cultural and creative sectors for growth and jobs in the UE” onde se preveem novas medidas de atuação.

O documento revela que, na Euro-pa, oito milhões e meio de pessoas trabalham no setor criativo (inclui a arquitetura, o artesanato, o patri-mónio cultural, o design, os festi-vais, a moda, o cinema, a música, as artes do espetáculo, as artes visuais, as bibliotecas, as editoras, a rádio e a televisão) e que o setor representa cerca de 4,5 % do PIB da UE, dando um contributo significativo para ou-tras indústrias, onde cada vez mais a inovação assenta na criatividade.

Posto isto, revelo finalmente os meus desejos para 2013: mais va-lorização do Património material e imaterial; mais envolvimento entre tradição e criação contemporânea; mais apoios à formação, criação e produção; mais educação pela Arte; mais valor acrescentado à Cultura; mais empreendedorismo criativo e cultural; mais redes de trabalho entre profissionais, criadores, investigado-res e universidades… Não poupei nos pedidos (sempre mais!) e espero que a par e passo o cenário mude.

Votos de um 2013 repleto de boas experiências culturais!

Marisa MadeiraCRIA - Divisão de Empreendedorismoe Transferência de Tecnologia

Page 16: Postal11JAN1095

11.01.2013 4 Cultura.Sul

Sónia Guerreiro Tomé nasceu em Faro no ano subsequente à revolução de 1974 e em 1999 terminou a licen-ciatura em Antropologia no ISCTE--IUL, a mesma universidade que em 2009 a veria terminar o mestrado em Sociologia.

Em breve verá a luz do dia a obra A água dá, a água tira, uma versão revista da tese de mestrado da in-vestigadora, que Sónia Tomé define como “um estudo sociológico de for-te cariz antropológico”, feito sob a orientação de Pedro Prista a quem ficou reservado o trabalho de prefa-ciar o livro.

A água doce e potável é um dos temas centrais da actualidade e da visão sobre a existência sustentável da humanidade.

A premência desta importante te-mática coloca a análise do comple-xo envolvente do tema na ordem do dia hoje, como o colocava em 2005, quando - em plena seca extrema - o

trabalho de campo que sustentou a tese de mestrado que origina a pu-blicação se iniciou.

A água, bem de uso primordial, a relação dos povos ao longo dos tem-pos com o seu uso, em momentos de extrema abundância e ausência, são património inalienável do Algarve e nessa perspectiva este estudo que se debruça “sobre a Cultura Tradi-cional da Água no Barrocal Algar-vio, Freguesias de Querença, Tôr e Salir do Concelho de Loulé, é uma obra que procura dar a conhecer o modo como no Barrocal Algarvio, zona clássica de regime torrencial mediterrânico, onde a precipitação apresenta uma elevada variabilidade espacial e temporal, as populações locais gerem os perigos/riscos deri-vados da escassez ou do excesso de água, no contexto de uma agricultu-ra tradicional de sequeiro e de rega-dio, com base no saber tradicional”, refere Sonia Tomé.

Dividido em três partes – O Barro-cal Algarvio; Água, Hortas e Identi-dade e Conclusões – a obra permite ainda acesso a um conjunto de grá-ficos que ilustram os aspectos mais importantes tratados ao longo do trabalho desenvolvido pela investi-gadora algarvia.

Espaço ainda nas 249 páginas a apresentar em breve para um Diá-rio Fotográfico que percorre o tempo do trabalho de campo entre 2005 e 2008.

A forma como a água é gerida pe-las populações algarvias em análise compõe também um retrato para memória futura do modus operan-di das comunidades e dos impactos que um bem essencial determina na vida dos povos.

A não perder um estudo que aju-da a compreender a importância da água para o Algarve, para o país e o mundo à luz da análise de uma de-terminada comunidade em concreto.

• InvestIgação em lIvro

A água dá, a água tira: um estudo sociológico por Sónia Tomé

panorâmica Ricardo Claro

•no escaparate

Choques Mentais é o livro de estreia de Eduardo Catarino

“Se pensarmos naquilo que defini-mos como ‘sorte’, então estamos a sugerir que algo de bom acontece casualmente. Uma casualidade é por definição uma ocorrência espo-rádica, pontual, sem causa concreta e sem lógica de ser. O acaso não é previsível, porque não surge de ne-nhum padrão concreto. É um aca-so, porque simplesmente surge, por vezes do nada. Com esta definição, uma equipa que está constantemen-te a gozar de sorte, logicamente já não está a beneficiar de uma ocor-rência pontual, ou seja, não pode ser sorte!”, eis a sinopse da primeira obra de Eduardo Catarino, lançada na FNAC de Albufeira no passado mês de Novembro.

Trinta e seis artigos de reflexão reunidos numa obra e que se de-bruçam, como o autor referiu ao Cultura.Sul, “sobre a sociedade, a humanidade e a vida, entre muitos outros assuntos que dizem respeito a todos nós”.

Três anos a escrever e a partilhar o produto desse labor com “amigos e familiares” e em blogues diversos na

internet, que levaram à compilação sob a forma de livro do pensamento do autor, nascido em Frankfurt em 1971, cidade alemã que o acolheu nos primeiros 22 anos de vida.

Eduardo Catarino escolheria en-tretanto o sotavento algarvio, mais propriamente Cacela Velha, para lar, numa vida marcada pelas via-gens feitas por lazer e dever profis-sional aos quatro cantos do mun-do, onde refere, “procurei sempre conhecer e aprender o melhor que existe em cada país e em cada pes-soa com que me cruzei”.

Para o novel escritor, o interesse da obra está no facto de que “qual-quer pessoa da nossa sociedade se deve interessar por questionar a sua vida e o seu ambiente”. “No Choques Mentais são feitas algumas perguntas impertinentes e as conclu-sões podem ser válidas para qualquer um a nível global ou local”, diz, con-cluindo que “a minha perspectiva é sempre uma mistura de todas as in-fluências que me tocaram aqui e nas minhas viagens, mas sempre de um ponto de partida local”.

A obra lançada na FNAC de Albu-feira pode ser adquirida por enco-menda naquele espaço ou através do sítio da internet wook ou, ainda, através do facebook em www.face-book.com/choquesmentais.

O pensamento vertido nos textos compilados em Choques Mentais desafia a consciência no confronto com o conhecimento acumulado e apresentado sob a forma de senso co-mum, exactamente aquele que teima-mos muitas vezes em ignorar.

Um desafio que se lança para um encontro com esse mesmo senso com um trecho da obra: “Se é verdade que não se percebe ao certo porque é que nós (humanos) vivemos e morremos, de onde viemos ou para onde vamos, também é um facto inegável que o ser humano é a única espécie que não faz falta nenhuma ao planeta Terra.

Tal como se aprende na escola, nós estamos acima de todas as espécies. Não fazemos falta a outras espécies para que elas sobrevivam e, em boa verdade, o nosso Planeta estaria em muito melhor estado se não fosse a humanidade a destruí-lo.” Eduardo Catarino (à direita) na sessão de lançamento

Page 17: Postal11JAN1095

11.01.2013  5Cultura.Sul

panorâmica •Nova obra de Carlos CampaNiço

Os Demónios de Álvaro Cobra pelas mãos da editora Leya

Carlos Campaniço é o escritor que lançará muito em breve com a chan-cela da Leya Os Demónios de Álvaro Cobra. Alentejano de nascimento e “algarvio” por escolha, o autor falou com o Cultura.Sul sobre a nova obra entretanto já premiada e sobre a ex-periência da escrita.

Cultura.Sul (C.S) - Porquê a esco-lha do século XIX como enquadra-mento temporal para a obra?

Carlos Campaniço (CC) - Não há uma razão objectiva. A escolha pode ser vista como sendo um perí-odo mais apelativo para o exercício da imaginação, mas não existe um evento determinado que justificasse a opção pelo século XIX, não há uma revolução ou um qualquer facto his-tórico retratado que determinasse o enquadramento temporal.

Escolhi o século XIX porque o po-voado que criei, as personagens e o tipo de limitação do conhecimento que marcam o momento da acção são mais compreensíveis à luz da vida no século XIX.

C.S - O Alentejo de onde é natu-ral é o cenário escolhido para Os Demónios de Álvaro Cobra, é uma homenagem?

CC - É uma homenagem, mas é, mais do que isso, uma paixão. Já Horácio dizia que se deve escrever sobre aquilo que se conhece bem e eu conheço bem as características do Alentejo.

Há também uma ligação afectiva, umbilical, que passa muito além do conhecimento da vida da agricultura ou da vida campesina, implica domi-nar os tempos da vida quotidiana de um determinada realidade, sobre os ciclos da vida nessa realidade.

Por outro lado, o conhecimento da realidade alentejana, nomeadamente do ponto de vista sociológico deixa--me mais à vontade, se por um lado a escolha do enquadramento temporal pode tornar a escrita mais complexa pela distância face ao século XIX, por outro a escolha de um espaço físico que domino torna-a mais confortável.

C.S - Já Molinos era uma aldeia nas proximidades de Safara, a sua terra natal. Esta predilecção pela criação de aldeias naquele enqua-dramento geográfico, em detri-mento de um local existente de facto, são uma fuga à escrita so-bre uma terra que efectivamente habitou?

CC - Não. Temos escritores que

criaram uma determinada povoação e sobre elas escrevem vários roman-ces. No meu caso este é um enquadra-mento geográfico que vai crescendo com Safara como centro desse mun-do, não para evitar personagens, nes-te caso concreto, porque não há um conflito de classes dominante – ao contrário do que sucedia em Molinos – mas como enquadramento que se vai construindo em momentos e es-paços que se vão criando, aliás Mo-linos volta a surgir neste livro como referencia geográfica.

Por outro lado, o romance A Ilha das Duas Primaveras teve um enqua-dramento geográfico completamen-te diferente, não há pois uma fuga a uma realidade que se experienciou pessoalmente e nessa medida não há uma fuga a Safara.

C.S - Vive no Algarve há muito tempo, não há uma atracção para a criação de um enquadramento literário na região?

CC - Vivo no Algarve por escolha e convicção, mas surgem soluções e ideias para a escrita e vão sendo ca-nalizadas e limadas e no meu caso foram direccionadas para o Alente-jo, sem nenhum regionalismo exacer-bado latente.

No meu caso, como lhe disse, o co-nhecimento profundo da realidade alentejana foi determinante na defi-nição do espaço.

Já escrevi sobre o Algarve, a minha tese de mestrado que deu origem a um ensaio, “Da Serra de Tavira ao Rif Marroquino”, debruça-se sobre a região, a publicação a par de outras pessoas da revista al Gharb é outro exemplo da minha proximidade com o Algarve.

C.S - Álvaro Cobra é mais santo ou mais bruxo, ou caracteriza-se pelo conflito entre estes dois aparentes opostos?

CC - Os críticos literários e filólogos poderão mais tarde informar que esta obra se enquadra dentro do realismo fantástico, uma corrente da literatura pouco explorada, mas a obra é mar-cadamente do universo do fantástico.

A novidade está, julgo eu analisan-do o que escrevi, numa deriva face a esta corrente do fantástico, onde há uma exploração da condição humana como em todo o realismo, aqui não se sabe se a fama de bruxo ou de san-to são práticas exactas ou se resultam antes de mais e sobretudo da percep-ção que as pessoas fazem no âmbito do imaginário colectivo.

Há fenómenos na obra em que a base está muito no boato, no diz que

disse, como acontece sobre o suposto crescimento de escamas que afecta Álvaro Cobra. Há um casamento en-tre o fantástico e o boato que para a população que toma estas situações como suas são inquestionáveis.

C.S - Falava da condição huma-na, vê-a como pedra de toque da sua obra?

CC - Não pretendo que os meus li-vros sejam uma arma, naquele senti-do da “cantiga é uma arma”, mas são sempre munidos de uma humanida-de que eu quero que seja um traço marcante e aí há sempre três grupos que me merecem especial atenção, os pobres, as crianças e as mulheres.

Nesta obra também esta caracterís-tica está presente, muito embora seja um livro com uma carga mais leve.

C.S - Mas diz que Álvaro Cobra se debate com as suas inumanidades...

CC - Sem querer revelar de mais, o quadro pode ser desenhado deste modo: trata-se de uma aldeia para-da, sem novidades, que se debate com problemas gravíssimos de fome e da resistência a ciclos muito vio-lentos de secas e chuvas abundantes e neste espaço nasce Álvaro Cobra,

numa família dissonante face à res-tante comunidade.

Quer ele, quer a família são muito diferentes e nessa medida a dinâmi-ca da acção parte desta singularidade capaz de gerar a dúvida sobre se será santo ou bruxo.

C.S - Álvaro Cobra está ciente da sua condição e da mística entoura-ge que o envolve?

CC - É consciente e não lhe é estra-nha a sua singularidade que desde cedo o acompanha.

C.S - Três romances e um ensaio no seu percurso, o romance é a es-colha por excelência?

CC - De facto a minha escolha vai para o romance, muito embora consi-dere a poesia uma arte sublime e me atraia também a área da investigação histórica, donde decerto nasceriam, caso a tivesse escolhido, obras com outras características.

C.S - Como é que experimenta o acto da escrita?

CC - Para mim é um acto lúdico embora muito trabalhoso e muitas vezes tenebroso, na medida em que em certos momentos chegamos a be-

cos sem saída para os quais se têm de encontrar soluções adequadas. Mas para mim a escrita tem dois níveis, o da linguagem e o do enredo, que seguem a par e passo, porém, separa-dos. Importa por um lado a qualida-de literária dos textos e a qualidade intrínseca da trama criada

A trama tem que ser cativante para o leitor, mas considero que não se deve descurar a qualidade da escrita literária, não sei se o consigo fazer em última racio, mas esforço-me nesse sentido.

C.S - Deslumbra-se com as tramas que cria enquanto soluções encon-tradas para o acto criativo?

CC - Por vezes fico contente com as soluções, mas há sempre os momen-tos em que a solução não surge, não é óbvia, não se alcança e em que ainda que momentaneamente significa al-guma frustação para o escritor.

Importa não esquecer algo que, para mim, tem especial importância e que se prende com a originalidade. Não quero que a minha obra seja o decalque de outras, sabemos que está quase tudo inventado mas a novidade deve ser sempre valorizada, quer ao ní-vel da trama, quer ao nível da escrita.

C.S - Há uma escrita literária alentejana?

CC - Não creio, há um modo de es-tar e de ser alentejano mas não uma escrita. Há escritores alentejanos, como os há de tantos outros sítios, há obras passadas no Alentejo, como em tantas ouras paragens mas, não há uma escrita alentejana.

C.S - A obra vai ser editada pela Leya e já recebeu o Prémio Literário Cidade de Almada, que importância têm estes acontecimentos?

CC - Este ano [2012] em termos daquilo que é o meu percurso en-quanto escritor aconteceram três factos que são para mim marcantes. Por um lado o facto de a Leya ter em Março aceite editar esta obra e por via disso, o segundo facto, ter como editora a Maria do Rosário Pereira, e ainda o facto de ter recebido o pré-mio literário, que consubstancia mais de que um simples reconhecimento um desafio e uma responsabilidade acrescida.

Não fico efusivo com nenhum destes três acontecimentos, mas es-tou contente com o começo de um caminho, porque ainda não cheguei a lado nenhum no sentido de um suposto prestígio enquanto escritor, apenas estou no começo.

Escritor recebeu o Prémio Cidade de Almada 2012

Ricardo Claro

Page 18: Postal11JAN1095

Tent

ações

Paulo Miranda JoalheiroLojas: Forum Algarve - loja 035 Faro 289 865 433Baixa de Faro - Rua de Santo António, 21 289 821 441www.paulomirandajoalheiro.com [email protected]

Caxemir Interiores Rua João Árias - Tavira 281 324 594www.caxemir.pt [email protected]

desi

gn p

osta

l do

alga

rve

- pro

ibid

a a

repr

oduç

ão

Real Marina Hotel & Spa - OlhãoInfo e reservas:SPA: 289 091 310 [email protected]: 289 091 300 [email protected]

JantaresDomingos:Vamos aos Fados Restaurante do Real

Quartas-feiras:Bossa N’ Jazz & Mario Spencer Restaurante do Real

Preço por pessoa: 22,50 €Até 5 anos - grátis | dos 6 aos 12 anos - 50% de desconto

COntaCtOS:

Caxemir Interiores

A Caxemir Interiores é muito mais do que um espaço dedicado aos objectos de decoração, onde arte e bom gosto se apresentam a cada cliente como uma panóplia de solu-ções para as suas necessidades de criar espaços e ambintes únicos e requintados.Às peças de mobiliário e decoração, aos cortinados e papéis de parede e à iluminação, a Caxemir Interiores une a capacidade de pensar projec-tos de decoração à medida de cada cliente.Ouvi-lo, percebê-lo e compreender cada um dos seus desejos e ideias são o primeiro passo a que a Caxe-mir Interiores se propõe para reali-zar em pleno a sua concepção de ambiente perfeito.Peça a peça, pormenor após porme-nor, criamos o seu mundo a pensar em si.

www.caxemir.pt

personalizamosà medida

com qualidadee originalidade

ApartamentosMoradias

EmpreendimentosHotéis

Escritórios

MobiliárioDecoraçãoIluminaçãoCortinados

Papel de Parede

Real Marina Hotel & Spa

O Spa do Real Marina Hotel & Spa em Olhão mantém em 2013 as portas abertas para quem deseja momentos únicos num espaço criado a pensar em si.Dê a si mesmo um mimo e descubra tudo o que lhe reservamos neste novo ano.

GueSS JouRneyPreço 149 €Paulo Miranda Joalheiro

MICHael KoRS RunwayPreço 245 €Paulo Miranda Joalheiro

SeIKo SolaRPreço 340 €Paulo Miranda Joalheiro

anel VeRdeGReen Preço 305 €Paulo Miranda Joalheiro

HeRMèS HeuRe HPreço 1.800 €Paulo Miranda Joalheiro

Page 19: Postal11JAN1095

11.01.2013  7Cultura.Sul

momento Vítor Correia

Audições

no TEMPO

Espaço ALFA

O que fez a minha Kodak aos 12 anos?

Rogério v FontesPresidente da Assembleia Geral da ALFA

Lembro-me do meu “caixote”, uma Kodak, nome genérico das primeiras máquinas fotográficas. Graças a este caixote Kodak eu comecei a descobrir as maravilhas da Fotografia, a realida-de e a fantasia. Tinha eu 12 anos, em 1953. Clec-clac, era o som mais fas-cinante do meu registo fotográfico. Tenho-o ainda na memória. O resul-tado vê-lo-ia mês e meio depois, após tirar as 12 fotos, de tamanho 12x9.

Estávamos no período pós 2ª Guer-ra Mundial. O plano Marshall recupe-rava a Europa e o Japão destruídos. A Ciência aliada à Indústria acelerou o

progresso no mundo.A Óptica e a Electrónica, deram um

avanço considerável à Fotografia. O Japão tomou a dianteira à Europa para não mais perder a liderança. O mercado requer e o Japão responde com novas ideias no Universo da Imagem. Novos conceitos, SLR e D--SLR, materializam, hoje, o progres-so tecnológico, abrindo aos adeptos e entusiastas da Fotografia, novas oportunidades para mais e inesque-cíveis emoções.

Perante a admirável Natureza do Algarve, fico maravilhado com o que se depara à minha frente. É a serra com florestas e riachos, é o mar com actividade piscatória e desporto náu-tico, é a Ria Formosa com uma vida imensa e aves migratórias, é a paisa-gem marinha ou os recortes da cos-ta, de dia, de noite, ao crepúsculo, as tempestades e relâmpagos, astros e corpos celestes, ali mesmo, todo este deslumbramento de excelência à nossa mercê, onde o Universo co-meça quando nos sentamos, à sua janela, em contemplação única. Não preciso de ser astrofísico para captar imagens dos astros ou arrastá-los

no céu. Criar, experimentar e voltar a criar, com uma D-SLR na mão, a emoção transborda por vezes do meu peito.

Se a fotografia nocturna de cidades o atrai, ao nascer ou ao pôr-do-sol, o Algarve é cheio de lugares de muita fascinação. Quando pensarmos foto-

grafar o quê, de certeza que o Algar-ve tem. Não é preciso ir mais longe. Basta programar antecipadamente as emoções, a descoberta e as surpresas estão lá, à nossa espera.

Segredos? Que material utilizar? Como preparar? Procure www.alfa.pt quanto à sua formação. Escreva-nos.

Ah! Lembre-se que a melhor má-quina fotográfica é aquela que você tem nas suas mãos.

O que fez a minha Kodak aos 12 anos? Uma grande paixão que, ainda hoje, arde intensamente no meu pei-to, em busca do “belo” que, espero, ainda encontrar.

filho da terra - serra de monchique - rogerio v fontes

Page 20: Postal11JAN1095

11.01.2013 8 Cultura.Sul

“SEBASTIÃO ANTUNES”12 JAN | 22.30 | Casa do Povo de Santo Estêvão- TaviraVocalista do grupo Quadrilha tocará guitarra e voz, devidamente acompanhado, num ambiente inti-mista onde apresenta todo o tipo de sonoridades

“HUMIDADE NA PAREDE”Até 23 JAN | Galeria Artadentro - FaroTrata-se de um projecto de desenho da autoria de Vasco Vidigal e Ana André, concebido para integrar a iniciativa Desenha 2012

destaque

Espaço Cultura

Proteção dos bens culturais algarvios: um ano excecional

Sendo o património cultural um valioso elemento na diferenciação dos territórios, um dos eixos estra-tégicos da DRCAlgarve passa pela proteção da riquíssima herança cultural que marca a trajetória histórica do território algarvio. O conjunto dos bens culturais imó-veis da região constitui um impor-tante ativo de desenvolvimento, que a administração pública tem obrigação de proteger, e cuja pro-teção jurídica é a medida de maior importância para a sua preservação física. Conforme a Lei 107/2001 – a lei de bases do património cultu-ral português, que é uma das mais avançadas do mundo nesta ma-téria – a proteção dos bens cultu-rais assenta na inventariação e na classificação. Se bem que o Algarve conte com uma notável densidade de bens culturais imóveis inventa-riados – mais de dois milhares de sítios arqueológicos e edifícios his-tóricos oficialmente referenciados, a que não é estranha a mais anti-ga carta arqueológica regional do país, que Estácio da Veiga publicou em finais do século XIX –, os pro-cedimentos burocráticos de clas-sificação de cerca de meia centena

desses imóveis arrastaram-se, em alguns casos, desde os anos 80 do passado século.

No entanto, o ano agora findo foi excecional em termos de proteção legal da herança cultural algarvia. Enquanto em 2010 e 2011 se assis-tira ao arquivamento, por impo-sição legal, de diversos daqueles processos de classificação – essen-cialmente por deficiências de ins-trução administrativa – em 2012, num inédito esforço concertado entre a Direção-Geral do Patrimó-nio Cultural e a Direção Regional de Cultura do Algarve – similar ao das restantes Direções Regionais –, foram concluídos procedimentos de classificação referentes a mais de uma dezena de bens imóveis de interesse cultural, ficando também praticamente concluídos os proce-dimentos classificatórios referentes a quase três dezenas de outros imó-veis, com audiência pública de inte-ressados já concluída ou em curso e cuja conclusão, com publicação em Decreto ou Portaria, não poderá ul-trapassar a data de 30 de junho de 2013, como previsto no Decreto-Lei n.º 265/2012, de 28 de dezembro.

Dois deles, objeto de Decreto,

com a categoria de Monumento Nacional: Forte de São Sebastião, com os baluartes e revelins exte-riores que o ligavam ao Castelo de Castro Marim, e Muralhas e Porta da Almedina de Silves, comple-mentando finalmente a proteção legal da Alcáçova medieval-islâ-mica, classificada logo em 1910, e incluindo também um tramo da muralha do arrabalde ocidental que a arqueologia pôs entretanto a descoberto na antiga Xilb.

Nos restantes bens imóveis, ob-jeto de Portaria de classificação em 2012 com a categoria de Mo-numento de Interesse Público, in-cluem-se a «Calçadinha» – único bem cultural imóvel até agora clas-

sificado no município de São Brás de Alportel –, a Igreja de Nossa Se-nhora das Ondas em Tavira – onde atualmente decorre uma aprofun-dada intervenção de conservação e restauro promovida pelo municí-pio –, e ainda o Convento de Nossa Senhora da Graça em Tavira, a Igre-ja e Convento do Carmo em Tavira, a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco em Faro, o Café Aliança em Faro, a Torre de Bias em Olhão e a Igreja da Soledade em Olhão.

No horizonte mais próximo da Direção Regional de Cultura do Al-garve está, agora, a conclusão, du-rante os primeiros meses de 2013, dos processos em fase de conclu-são, entre os quais se conta a clas-

sificação de mais dois Monumentos Nacionais: o Ribat da Arrifana em Vale da Telha (Aljezur) – um extra-ordinário testemunho do povoa-mento islâmico no território hoje português – e a ampliação da classi-ficação dos Monumentos de Alcalar (Portimão) – um dos mais notáveis conjuntos de templos funerários megalíticos da Europa, de que uma parte foi classificada logo em 1910 mas a que se foram acrescentando outros edifícios tumulares e o po-voado do 3.º milénio anterior à era cristã, que a arqueologia entretanto descobriu.

Direcção Regionalde Cultura do Algarve

« Num esforço concertado entre a Direção-Geral do Património Cultural e a Di-reção Regional de Cultura do Algarve, foram concluídos em 2012 os processos de classificação referentes a mais de uma dezena de bens imóveis de interesse cultural no Algarve, ficando também praticamente concluídos os procedimentos referentes a quase três dezenas de outros imóveis.

Porta da Almedina Silves

Forte de São Sebastião em Castro Marim

Page 21: Postal11JAN1095

11.01.2013  9Cultura.Sul

Contos de Inverno na Ria Formosa

O Último Banho

Apesar de já estarem de férias as crianças estão estranhamente cal-mas e quietas. Não se afastam muito, querem estar por perto, expectan-tes pela boa nova - um menino está para nascer lá em casa. E dali não querem sair.

Vá lá meninos, já tomaram o pequeno-almoço, estão de férias, vão apanhar ar puro, vão andar de bicicleta.

Ou vão ali até ao pinhal lá ao fun-do dar uma volta, visitar a ecoteca, brincar, e tragam-nos um presente giro, dedicado a este dia.

Como sendo na verdade aqui-lo que realmente queriam, não se ouvem comentários nem contes-tação. Encorajados pelas sugestões de ambos os progenitores, os irmãos calçam as botas e saem para uma aventura na floresta, como lhe cha-mam. E lá seguem o seu caminho, descontraídos, passeando sem saber porquê ou para quê. Percebem que irão descobrir a resposta à medida que avançarem e que o desafio é le-var de volta algo que justifique a sua caminhada deste dia.

Atiram pedras às árvores. De perto e depois mais de longe. Gritam alto tentando recolher os sons num eco sempre difícil de obter. Arrastam os pés no musgo, na terra, levantam pó. Correm de braços abertos. Cansam--se. Sentam-se encostados à mesma árvore mas sem se verem. Tentam adivinhar os pensamentos um do outro, nesse jogo em que sempre não conseguem chegar a uma con-clusão sobre a veracidade das carac-terísticas que as pessoas apontam à sua específica natalidade. De novo se levantam para andar à roda sobre si mesmos de olhos fechados até ca-

írem tontos.Recuperados e com fome deci-

dem abrir as mochilas retirando as sandes, as melhores do mundo, que o pai Zé lhes prepara para os seus piqueniques. Com cavalinha sem pele e sem espinha, cebola, pickles e um cheirinho de maionese. Ou as de requeijão com finas rodelas de to-mate, um pouco de rúcula e um fio de azeite. Um manjar para pequenos deuses que os faz ficarem depois re-pousados olhando para o céu atra-vés dos ramos dos pinheiros que filtram os raios de sol ou observan-do as nuvens a passar imaginando que figuras lhes pretendem mostrar. Ganha o que conseguir ver um anjo. Tudo acaba em gargalhadas com có-cegas à mistura.

Levantam-se finalmente concor-dando que há uma tarefa a fazer e já não têm muito tempo que por es-tes dias anoitece cedo. Andam muito às voltas por ali na sua demanda até que se julgam meio perdidos vendo o sol já a pôr-se. Não estão habitua-dos a andar assim tão livres na na-tureza. As escolas têm poucas árvo-res, as cidades não têm parques, os centros comerciais não têm jardins. Sentem que arrefeceu muito ao lus-co-fusco. Não sabem porque não se encontra a bússola no bolso da mo-chila. Mas lembram-se que podem procurar a estrela que lhes indique o caminho de regresso. Têm frio e vão olhando para o céu. Depois come-çam a confiar que o trajecto indica-do por Vénus, a dita estrela da tarde, é mesmo o certo. Finalmente, quan-do deixam para trás a última árvore surgem lá mais à frente, os néones da cidade e dos prédios com luzes enfeitando as varandas. Factos que indicam a proximidade do mundo a que se chamou civilizado, talvez porque aí vivem os chamados civis, deve ser por isso. Eles que por esta hora de início de noite já andam muito atarefados levando as mãos cheias de sacos. Hoje, a maior par-te deles parece especialmente feliz como se algo de diferente estivesse para acontecer.

Cansados, mas com uma etérea felicidade estampada nos rostos chegam a casa cuja porta se abre sem terem de tocar. Depositam ali mesmo no hall de entrada, o peque-

no pinheiro, as pinhas resinosas e o azevinho que carregavam nos bra-ços, mas com o cuidado necessá-rio para não sujarem os sacos azul claro e castanho ali já prontos para quando muito em breve o momento chegar. O pai diz-lhes que têm uma banheira cheia de água quente à sua espera. Percebem que a missão não mencionada foi cumprida. Passam antes pela cozinha para deixar um ramalhete de lírios que a mãe agra-dece sorridente apesar de não se po-der afastar do fogão, de onde lhes dirige o olhar mais terno e confiante sorriso que uma criatura pode alme-jar. Por força das circunstâncias será a última vez que os gémeos, de nove anos feitos há bem pouco, tomarão banho juntos. A espuma do creme vai diluir-se na água que arrefece na banheira. Deste lugar no tempo não

vivido historicamente a que chama-mos infância, estes anjos em breve serão despojados das suas armadu-ras e passarão a estar expostos nas suas alegrias e amarguras.

Jantam a ementa que levou todo o dia a confeccionar. Peixe seco guisa-do com batatas; peru assado no for-no com castanhas; leite-creme com puré de maçã; banana frita panada; pastéis fritos com recheio de batata--doce.

Ao serão o pai coloca uma rode-la de vinil no prato do gira-discos. Poisa-lhe a agulha nas estrias ex-teriores. Recosta-se feliz a escutar Chet Baker enquanto os miúdos decoram o pinheiro, orgulhosos do seu achado. Penduram-lhe enfeites coloridos. De seguida fazem uma co-roa de azevinho que atam com um laço encarnado, colocando-o sobre

a porta da sala. A brincadeira resulta em cheio. Quando a mãe se assoma à porta, para dizer que vai para o quarto descansar, pára sob o arran-jo, e logo o pai se levanta, dirige-se para ela e dá-lhe um beijo na boca. Como numa tradição estrangeira que aprenderam num filme. Mas eles também querem a sua parte de mimo antes de irem para a cama.

No dia seguinte Sílvia, David e José preparam fatias douradas para a mesa do pequeno-almoço quan-do ouvem os passos arrastados de Maria.

Bom dia mãe! Estávamos à tua espera. Vem ver as prendas.

Bom dia! responde estremunha-da. Pergunta: que dia é hoje ?

Hoje é dia de….Esperem lá meninos… acho que

me rebentaram as águas.

Pedro [email protected]

“13º FESTIVAL DE MÚSICA AL-MUTAMID”26 JAN | 21.30 | Cine-Teatro LouletanoNadia Baroud (voz), Salah Achit (mondol), Abdel Louzare (violino), F. Depiaggi (nay e percussões) e Amaj (dança oriental e kabylie) trazem a Loulé os sons da música argelina

“RETALHOS”Até dia 28 JAN | Galeria de Arte PintorSamora Barros - AlbufeiraAnabela Alambre, pintora natural de Albu-feira, dá a conhecer as suas telas que versam sobre a temática do papel

destaque

Page 22: Postal11JAN1095

11.01.2013 10 Cultura.Sul

Este Natal, recebi o último livro de Mário de Carvalho, O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel.

Tenho uma relação literária de muitos anos com este autor, relação que se aprimorou com a leitura de Quatrocentos Mil Sestércios seguido de O Conde Jano (1991) e Um deus passean-do pela brisa da tarde (1994), visto que se passam na minha área de eleição: a antiguidade (mais precisamente na época romana). Aliás, o mundo anti-go está presente em muitas referências que surgem nos seus livros (veja-se o exemplo do divertido conto que deu o título ao livro A inaudita guerra da Ave-nida Gago Coutinho, de 1983, em que a deusa grega da história, Clio, adorme-ce e mistura os fios do séc. XX com o séc. XII, provocando uma balbúrdia na Avenida Gago Coutinho, em Lisboa, devido ao confronto da PSP e depois das Forças Armadas Portuguesas com um exército de Mouros que vinha re-conquistar a cidade). E tal como eu re-paro na antiguidade, outros repararão na idade média, na moderna, nesta ou naquela referência literária, consoante os gostos e leituras de cada um. Mas todos reconhecerão características do nosso país e de cada um de nós naque-les mundos que o autor inventa. Não importa que estejamos em Svidânia ou Carvangel e queiramos ir para Shande-noor, ou Ashitueba, ou Katzenjammer ou não queiramos ir a nenhum lugar: qualquer destas terras de nomes raros e, ao mesmo tempo, com uma sonori-dade que não nos é estranha (princi-palmente para quem saiba alemão ou russo) tem pedaços de tantas outras que conhecemos; qualquer daquelas personagens tem alguma coisa de al-guém com quem nos damos ou de quem ouvimos falar; e alguns sabem mesmo a que livro está a personagem a referir-se ou a música que toca.

O Varandim inicia o volume e vai até à p. 82. Daí até ao fim (p. 221), temos a segunda história, Ocaso em Carvangel. O Varandim passa-se numa cidade pa-cata, onde se deu um atentado à bom-ba, esperando-se a decisão do grão-du-que sobre o destino dos anarquistas. Todos pedem a pena de morte, menos um velho caixeiro, respeitado por to-dos (é a personagem mais simpática da novela), à volta de quem a narrativa gira. Tudo porque vive na única casa que vai ter vista para a execução.

Ocaso em Carvangel narra a expecta-

tiva da chegada de um navio à cidade, onde a presença sobranceira de um ca-nhão domina. Poder-se-ia dizer que, simbolicamente, o canhão está sem-pre pronto a disparar tal como o barco está sempre quase a chegar...

Humor surrealista

Mário de Carvalho tem um humor que se aproxima do surrealismo, sem se enredar no nonsense absoluto. Uma das situações que descreve pisca o

olho ao ambiente popularizado pelo grupo britânico Monty Python: na p.181 faz-nos lembrar uma célebre cena de «A Vida de Brian», em que quatro revolucionários contrários ao domínio romano, intitulando--se a Frente do Povo Judaico (Judean People’s Front) afirmam que odeiam, ainda mais do que o invasor, a Frente do Povo da Judeia (People’s Front of Judea), outro grupo revolucionário. Aqui, temos um trio de anarquistas (da Junta Universal Libertadora) que procura fazer uma bomba, mas que se interroga se o livro com a receita terá sido adulterado pelo antiquário que lho vendeu, por estar do lado de Óskar Keil, um outro anarquista pertencente a um grupo rival, a Liga Libertadora dos Povos:

«De facto Óskar Keil podia ser pode-roso, tinha relações por todo o lado, e todas as derivações iam dar a fontes

de riqueza e poder. É evidente que não hesitaria em subornar um velho antiquário e pô-lo ao seu serviço, de maneira a sabotar as intenções da Junta Universal Libertadora, em prol da sua fútil e retórica Liga Libertadora dos Povos, cuja existência, aliás, tinha sido altamente contestada no congres-so de Höheit. E assim lhes frustraria o mérito da explosão e afundamento do Maria Speranza, metendo a ridícula a gloriosa junta».

Este Maria Speranza é o navio que

vai possibilitar a viagem por que todos anseiam. Paradoxalmente, a cidade de Carvangel fervilha de vida, mas uma vida a que poderíamos chamar adia-da, pois todos aguardam o transporte – desde os que sempre lá viveram até aos que para lá se dirigiram para po-derem apanhar o barco – que os levará a um destino melhor, impossibilitan-do relações de alguma permanência, pois tal não é compatível com uma partida iminente. Mas não é só o des-tino, mas a viagem, que faz sonhar os homens, como acontece com o padre Gütig, que se imagina a tocar violon-celo num concerto, no navio.

Ironia e cinismo

O humor irónico é também uma constante, sendo conseguido pelo modo como as situações são descri-tas, estando acompanhado, frequen-

temente, por um cinismo elegante, que critica a hipocrisia de gentes e instituições. Numa clara referência à hoje tão falada violação do segredo de justiça, que envolve do mais alto ao mais baixo, diz (pp.47-48): «An-tes da notícia em letra de forma, já toda a gente conhecia os termos da confirmação da sentença pelo grão--duque e ninguém saberia explicar exactamente por que vias. Do prín-cipe não cabe falar porque o respei-to e veneração da linhagem impedi-

riam que alguém lançasse qualquer suspeita sobre inconfidências junto do monteiro, do reposteiro-mor, do mordomo, do mestre de esgrima, dos oficias às ordens, do escrivão da puridade, do condestável, do mestre de dança, da prima-dona Auf, da ac-triz Kode, da marquesa de Backe e da baronesa de Khrocks. Quanto ao primeiro-ministro era ele o apuro máximo de discrição e austeridade de palavras, incapaz de comentar negócios de Estado com alguém que não fosse a mulher, o filho mais ve-lho ou o conselheiro aposentado com quem jogava um voltarete severo em alguns serões e que, mesmo no caso de lapso proferido ou sugerido pelo interlocutor, não teria mais ninguém a quem o revelar senão a governanta, o cocheiro, o mordomo, o jardineiro e os trinta ou quarenta cavalheiros, to-dos, aliás, reservados e tumulares, que

almoçava, cada semana no seu clube».Portanto, dado que nenhum des-

tes intervenientes desta enorme lista de pessoas a quem os segredos eram contados poderia ser o autor da sua revelação, como se sabia tudo? O narrador apresenta, então, a sua tese: porque «cada palavra proferida criava ela própria as suas réplicas, e estas, não se encontrando confinadas, poderiam inopinadamente surgir nos locais mais inesperados». Pois «seria preciso ter-se um rebarbativo espí-rito céptico, carregado de cinismo e desconfiança, para supor alguém ca-paz de repetir informações prestadas num contexto confidencial».

O poder dos nomes

Situando ambas as histórias num país com ressonâncias do leste e do império austro-húngaro, Mário de Carvalho elege nomes que nos condu-zem a essas paragens. O Varandim co-meça com uma epígrafe de um autor por si inventado, remetendo para um livro, também ele forjado, Os Sabres de Mensur, numa alusão a um tipo de esgrima praticada por estudantes em países como a Alemanha, Áustria ou Suíça, em especial no século XIX, que deixava marcas no rosto dos compe-tidores, que as exibiam com orgulho.

Logo na primeira página, ficamos a saber o nome da cidade onde se vai passar a ação: Svidânia, num apor-tuguesamento do nome russo para «adeus». E depois, é só usar um dicio-nário de alemão, alguma imaginação e procurar relações. Em O Ocaso em Carvangel há um padre jesuíta que se chama Schlachten, que significa «abater», em alemão, contrastando com o padre da terra, que se alheia com a sua música, mas que respeita as idiossincrasias de cada um, que se chama Gütig – amável, bondoso.

Para finalizar, chamo a atenção para os neologismos, que, por se-guirem a regra da formação das pa-lavras, fazem-nos crer que somos nós que não as conhecemos. Tomando o exemplo da classificação das espé-cies animais, as famílias terminam em –idae (em latim, -ídeos, em por-tuguês) e as subfamílias em –inae (em latim, que deu -íneos em por-tuguês). É assim que temos os nos-sos gatinhos lá de casa a pertencer à família Felidae (felídeos), à subfa-mília felinae (felinos) e ao género felis, mais propriamente felis silvestris catus. Portanto, um zogantíneo será um animal, mas não procure no di-cionário. Porém, a sua imaginação poderá voar para o sabor de legumes delicados como os liscorilhos e gas-piteias, de regópola tostada ou ovos de zonocapo...

Nas cidades de Mário de Carvalho, Svidânia e Carvangel

Adriana NogueiraClassicistaProfessora da Universidade do [email protected]

livro

Último livro de Mário de Carvalho chama-se O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel

Page 23: Postal11JAN1095

11.01.2013  11Cultura.Sul

Paulo PiresProgramador do Departamento Socio--cultural do Município de Silves

Bibliotecas

Voluntariado de leitura em Silves

Em Silves há palavras que voam e batem às portas. O que aconte-ce quando entram dentro de casa ninguém sabe realmente. Há quem diga que é uma espécie de vírus contagioso, conhecido pelo nome de POESIA.

Sonhei que havia no Algarve uma epidemia. De palavras, sol-tas e livres, com ou sem rima, que invadiam aldeias, vilas e cidades. Batiam às portas, com educação, ou esgueiravam-se pelas janelas, com discrição. Palavras mouras, judias, cristãs. Palavras escritas ou ditas, malditas ou sãs. Para que conste, reza a história que a epidemia começou em Silves.

[Carlos Café, professor de Filosofia]

A Biblioteca Municipal de Silves está a implementar um projeto de Voluntariado de Leitura nas várias freguesias do concelho, o qual visa a promoção da leitura e do livro, contribuindo assim quer para uma maior generalização do acesso à Cul-tura por parte da população local, quer para o combate ao isolamento e à exclusão social, quer ainda para o estímulo e consolidação de boas práticas de cidadania ativa, envol-vimento comunitário e integração sociocultural.

Esta dinâmica iniciada ainda em 2012 insere-se no projeto plurianual de promoção da leitura e da literacia “A minha Freguesia a Ler+”, apresen-tado publicamente em Silves em no-

vembro de 2012 por Fernando Pinto do Amaral (comissário do Plano Na-cional de Leitura), Dália Paulo (dire-tora regional de Cultural do Algarve) e Rogério Pinto (presidente do Mu-nicípio de Silves), e coordenado por Paulo Pires (programador e media-dor de leitura do Departamento So-ciocultural do Município de Silves).

O projeto em causa conta com as parcerias do Plano Nacional de Lei-tura, Secretaria de Estado da Cultu-ra/Direção Regional de Cultura do Algarve, projeto “Voluntários de Leitura” do Centro de Investigação para Tecnologias Interativas (CITI) da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Fundação Calouste Gul-benkian e jornal Terra Ruiva (media partner).

Este ambicioso e pioneiro proje-to pretende criar nos próximos anos uma rede cooperante de bibliotecas de pequena/média dimensão prio-ritariamente nas sedes das associa-ções culturais e recreativas das várias freguesias do concelho de Silves, vi-sando uma difusão da leitura mais abrangente e baseada numa lógica de maior proximidade e articulação com os agentes culturais e popula-ções mais distanciados da sede do concelho. Uma primeira biblioteca já foi criada em meados de 2012 e está aberta à comunidade local, oferecendo uma dinâmica cultural regular na Casa do Povo de Alcanta-rilha, Pêra e Armação de Pêra.

Paralelamente, estão a organizar--se núcleos de voluntários de lei-tura em várias freguesias do con-celho, os quais contribuirão quer para a dinamização regular dessas bibliotecas (funcionando também, internamente, como clubes de leitu-ra), quer também para a realização de atividades de incentivo à leitura noutros contextos, exteriores à bi-blioteca, e públicos-alvo (das crian-ças aos seniores) das freguesias em que se integram.

Nesta linha, foram criados dois grupos de voluntários respetiva-mente nas freguesias de Silves e de

Alcantarilha, os quais já estão a de-senvolver ações no terreno (desde dezembro de 2012), quer em do-micílios previamente sinalizados e contactados (de idosos e outros ci-dadãos isolados/excluídos e caren-ciados), quer em cafés/pastelarias, repartições públicas, instituições privadas de solidariedade social, as-sociações culturais e noutros contex-tos públicos.

Os voluntários apresentam as suas sugestões de leitura, de acordo com os seus gostos pessoais, e articulam entre si, com a coordenação da Bi-blioteca Municipal, os conteúdos, formatos e intervenções a realizar no terreno, de acordo com o perfil

de cada público-alvo visado. Nesta primeira fase, nas 32 ações já realiza-das, foram usados sobretudo textos de autores contemporâneos em lín-gua portuguesa, nas áreas da poesia, prosa poética e conto, como Al Ber-to, Álvaro Magalhães, Ana Hatherly, António Gedeão, António Lobo An-tunes, António Ramos Rosa, Boss AC, David Mourão-Ferreira, Eugénio de Andrade, Gonçalo M. Tavares, Jorge Palma, José Afonso, José Fanha, José Luís Peixoto, José Saramago, Ma-nuel António Pina, Miguel Esteves Cardoso, Miguel Torga, Nuno Júdice, Rui Zink, Vinicius de Moraes, entre outros.

Privilegiou-se a leitura em voz

alta, encenada ou não, de textos de autor, a narração de histórias da tra-dição oral e, complementarmente, a interpretação de alguns interlúdios instrumentais e do canto de alguns poemas musicados, bem como a tro-ca informal e em grupo de experi-ências suscitadas pelos livros e dos benefícios dos mesmos.

Para saber mais sobre o Volun-tariado de Leitura no concelho de Silves basta contactar a Biblioteca Municipal (tel. 282 442 112 ou [email protected]) ou aceder à plataforma online do projeto, em http://aminhafreguesiaalermais.blo-gspot.pt, onde existe muita informa-ção atualizada (fotografias, vídeos, posts, antologias de textos literários, links de interesse, etc.) sobre as dinâ-micas em curso.

Saiba mais sobre este projecto no sítio da internet:

http://aminhafreguesiaalermais.blogspot.pt

Page 24: Postal11JAN1095

11.01.2013 12 Cultura.Sul

NOTA: Os dados recolhidos são processados automaticamente e destinam-se à gestão da sua assinatura e apresentação de novas propostas. O seu fornecimento é facultativo. Nos termos da lei é garantido ao cliente o direito de acesso aos seus dados e respectiva actualização.Caso não pretenda receber outras propostas comerciais, assinale aqui.

Assine o

NOME __________________________________________________________________________________________________________________________ DATA DE NASCIMENTO _______ ⁄ ________ ⁄ ____________

MORADA __________________________________________________________________________________________ CÓD. POSTAL _________ - _____ — ________________________________________________

Assine através de TRANSFERÊNCIA BANCÁRIA

NIB

NIF TEL

BANCO _______________________________________________________________________________________________

BALCÃO ______________________________________________

AUTORIZAÇÃO DE PAGAMENTO - por débito na conta abaixo indicada, queiram proceder, até nova comunicação, aos pagamentos das subscrições que vos forem apresentadas pelo editor do jornal POSTAL do ALGARVE. Esta assinatura renova-se automaticamente. Qualquer alteração deverá ser-nos comunicada com uma antecedência mínima de 30 dias.

NOME DO TITULAR __________________________________________________________________________

30 ¤

Assine através de DINHEIRO, CHEQUE ou VALE POSTAL, à ordem de Postal do Algarve.35 ¤

(50 Edições) Portugal 30 ¤ I Europa 50 ¤ I Resto Do Mundo 80 ¤

Envie este cupão para:POSTAL DO ALGARVE - Rua Dr. Silvestre Falcão, nº 13 C, 8800-412 Tavira

EMAIL _______________________________________________________ PROFISSÃO ________________________________

_______________________________________________________________________________ASSINATURA IDÊNTICA À CONSTANTE NA FICHA DO BANCO DO TITULAR DA CONTA.

Assine o

Vantagens únicas com o seu jornal

Poupeaté 60%

no seunovo sorriso

O POSTAL aposta, no ano em que come-mora 25 anos, em ter cada vez mais e melhores vantagens para os seus leito-res e, muito em particular, para os seus assinantes.Agora os assinantes que subscrevam a assinatura anual do POSTAL vão receber absolutamente grátis um Plano de Saú-de Belleform Plus numa parceria entre

o prestigiado Instituto e o seu jornal de sempre.

As Vantagens

Com o Plano de Saúde Belleform Plus que lhe será oferecido após o envio do cupão de assinatura que disponibilizamos abai-xo, os assinantes do POSTAL passam a

ter acesso a descontos até 60% em me-dicina dentária, estética e ginásio, numa oferta exclusiva do POSTAL.Uma oportunidade única para um plano de saúde desenhado a pensar em si e a que pode aceder de forma gratuita assi-nando o POSTAL.Sempre consigo, muito mais do que in-formação damos-lhe muitas vantagens!

pub