Preparação para o Enem 2010- Parte 4

  • Upload
    edumunk

  • View
    224

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    1/24

    Cici Hm sus Tcls

    2010

    Caderno de

    questes

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    2/24

    Chegou o cursopreparatrio da Editora

    Abril para o ovo EnEm.

    20 apostilascopletas1. Cotedo revisado

    e atualizado.2. Ilustraes e grcos que

    facilita o etedieto.

    3. Ceteas de exercciosresolvidos e coetados.

    Toda seaa ua ovaapostila as bacas.

    Garata j o seu.

    OFERTA ESPECIALDE LAnAmEnTO*

    VOL. 1 BIOLOGIA

    R$7,90nAS BAnCAS!

    Apeas

    http://ee2010.abril.co.br

    Site 100% iterativo

    U prograa de estudo copleto para voc detoaro exae e garatir sua vaga a uiversidade.

    Correode Redao

    Tira-dvidas

    Grupos deEstudo

    Gae BixoEvoluo.Quato ais

    voc participa,ais evolui.

    *Dem

    aisvolumes,

    R$14,9

    0cada.

    kwarup.

    com

    +

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    3/24

    Apresentado pela:

    Pz(),

    Stm-s rulhss d rcb-l() st Smuld. L cm t s strus bx:

    1) Cf, lh pic, m m ici. s c lgm , im fcl l.

    2) Pch cm Flh pic rp Pv, pi hv lh vl p bii igil. a z-l lh, i mc p, b limi cl.

    3) Ii, cm pchim l cl, p liv a, B, C, d e c pv.

    4) ai Flh pic rp Pv, p v p lh, m ivi cmpi p.

    5) u m c gfc zl p.

    6) n b m Flh pic rp Pv.

    7) Cl mbix ci ivii mil (cll, pil, c, bl c.). o cllv pmc lig pv.

    8) a 1 (m) h pv, hm ci p ix l, mpc pci uivi.

    9) C l lgm lh, lici imim icl l c cmpl. n ciclm pi.

    10) n pmii hm pci cl m clcl p liz pv.

    11) uiliz p ig p ch ppi c ; m, , pi ci p c pv.

    12) amii mp! o mp l pv (Cici Hm s tclgi Cici nz s tclgi) 4 () h 30 (i) mi.

    13) a mi, g fcl l Flh pic rp Pv.

    Boa prova!

    Realizao:

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    4/24

    CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

    4

    Questo 1

    Desde o m da dcada de 1970, a China vemapresentando modicaes em sua situaodemogrca.

    O ENVELHECIMENTO NA CHINA, 1950-2050

    Parcela da populao (em %)

    Projees: a altas; b mdias; c baixas.

    menos de 15 anos

    mais de 60 anos

    menos de 15 anosmais de 60 anos

    a

    b

    c

    a

    b

    c

    40

    35

    30

    25

    20

    15

    10

    5

    0

    Nmeros (em milhes), projeo mdia

    1950 1975 2000 2025 2050

    1950 1975 2000 2025 2050

    400

    300

    200

    100

    0

    Fonte:Durand, Marie-Franoise; Copinschi, Philippe; Martin, Benoit; Placidi,Delphine. Atlas da Mundializao. So Paulo: Saraiva, 2009, p. 35

    A partir dos grcos e usando seus conhecimentos sobrea estrutura demogrca chinesa, possvel concluir que areferida alterao em sua situao demogrca reexoda combinao dos seguintes fatores:

    a) Rpida urbanizao e taxas de mortalidade altas.b) Acelerao do crescimento econmico e taxas denatalidade elevadas.c) Reduo das taxas de mortalidade infantil e aumento

    expressivo da renda per capita.d) Poltica de controle da natalidade e expressivoprogresso na expectativa mdia de vida.e) Participao crescente da mulher no mercado detrabalho e timas condies sanitrias.

    Questo 2

    Diocina Lopes dos Reis nasceu em 1952, em Lago do Junco,no Maranho.[...] Contou que, desde cedo, teve de aprendera tirar seu sustento colhendo cocos de babau. Mas as terrasem que trabalhava foram tomadas por fazendeiros que no

    permitiam mais o extrativismo. Casou-se e teve cinco lhos.

    [...] Com as mulheres de sua comunidade, criou a Associaodas Mulheres Trabalhadoras Rurais, para garantirem osseus direitos de trabalhar e sustentar suas famlias: Eue as mulheres de outros garimpeiros passamos por muitaagresso e humilhao. Enquanto andvamos sozinhas pelomato, apanhvamos muito. Ento, comeamos a conversarsobre isso; aqui quase todo mundo da comunidade comadree compadre: Comadre, ontem fui para o mato e o cara tomoumeus cocos, at o machado ele pegou e jogou fora.

    Fonte: Site Museu da Pessoa (adaptado). Disponvel em http://www.museudapessoa.net/MuseuVirtual/hmdepoente/depoimentoDepoente.do?action=ver&idDepoenteHome=13929&key=7801&forward=HOME_DEPOIMENTO_

    VER_GER. Acesso em 10 de maro de 2010

    O depoimento, por meio do qual Diocina conta partede sua vida, permite-nos concluir que

    a) as mulheres da comunidade eram empregadas dosfazendeiros que cultivavam o babau.b) a forma como o coco do babau era colhido integra acultura da populao de Lago do Junco.c) as agresses sofridas pelas trabalhadoras rurais naregio do Lago do Junco fazem parte da cultura local.d) o extrativismo do babau uma atividade predatria,

    por isso combatida pelos fazendeiros.e) na produo de coco de babau todos so integrantesde uma mesma famlia.

    Questo 3

    A fora real da xenofobia percebida no fato de que aideologia do capitalismo globalizado dos mercados fracassouredondamente no estabelecimento da livre movimentao

    internacional da fora de trabalho, ao contrrio do queocorreu com o capital e o comrcio.

    Fonte:Hobsbawm, Eric. Globalizao, Democracia e Terrorismo.So Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 91 (com cortes)

    A xenofobia reete o colapso tico do m do sculoXX e incio do sculo XXI, pelo seguinte motivo:

    a) Incentiva o desrespeito s lutas e movimentos sociais.b) Promove a rpida assimilao lingustica de gruposminoritrios.c) Estimula a hostilidade restrita aos grupos religiososprotestantes.d) Provoca prticas policiais violentas para o combate criminalidade.e) Representa uma acelerao da averso descabida aosestrangeiros.

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    5/24

    CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

    5

    Questo 6

    Em maro de 2002, duas colunas de luz preencheramos lugares vazios das Torres Gmeas destrudas no 11 desetembro de 2001. Na solenidade, que assinalou os seismeses dos atentados, rodeado por parentes das vtimas erepresentantes dos Estados que participaram da coalizo

    contra o terror, o presidente dos EUA evocou a causa e amisso nacionais: Cada uma das naes deve saber que,para os Estados Unidos, a guerra ao terror no apenasuma poltica um compromisso. Nessa guerra, no himunidade e no pode existir neutralidade.

    Fonte:Magnoli, Demtrio. O Grande Jogo Poltica, Cultura e Idias emTempo de Barbrie. So Paulo: Ediouro, 2006, p. 42 (com cortes e adaptado)

    Considerando as relaes de poder entre as naes, oepisdio descrito no texto acima apresenta o seguintesignicado histrico-geogrco:

    a) Crise do capitalismo no continente asitico.b) Derrubada do regime fundamentalista islmico.c) Crescimento do poder da Organizao das Naes Unidas.d) Expresso de nascimento e consolidao da Doutrina Bush.e) Adoo de normas ticas de conduta para ofortalecimento do direito internacional.

    Questo 4

    OFrum Social Mundial (FSM) um evento organizadopor movimentos sociais de diversos continentes, com oobjetivo de elaborar alternativas para uma transformaosocial global. Seu slogan Um outro mundo possvel. um espao internacional para a reexo e organizao de

    todos os que se contrapem globalizao neoliberal e estoconstruindo alternativas para favorecer o desenvolvimentohumano e buscar a superao da dominao dos mercadosem cada pas e nas relaes internacionais. O FrumSocial Mundial tem o objetivo de se contrapor ao Frum

    Econmico Mundial de Davos.

    Fonte: Os Movimentos Sociais no Brasil. Disponvel em: . Acesso em 8 de maro de 2010 (adaptado)

    Segundo o texto:

    a) O Frum Econmico Mundial de Davos buscaalternativas para solucionar problemas sociaisdecorrentes da globalizao neoliberal.b) Tanto o Frum Social como o Econmico buscamalternativas para minimizar os efeitos negativos daglobalizao econmica em escala mundial.c) O Frum Econmico Mundial tem como objetivopropor alternativas globalizao neoliberal,contrapondo-se ao Frum Social Mundial.d) O slogan Um outro mundo possvel remete lutados pases neoliberais pela construo de um mundomais humano e justo.e) O Frum Social Mundial tem como objetivo propor

    alternativas globalizao neoliberal, contrapondo-se aoFrum Econmico Mundial de Davos.

    Questo 7

    Promover o respeito s diferenas e garantir o direito

    que todos tm de preservar sua identidade nica, com aslimitaes e habilidades de cada um. Este o objetivo maiordo Projeto Incluso Social, uma iniciativa estratgica doSuperior Tribunal de Justia (STJ) que vai ao encontro davocao de uma corte que trabalha em dia com a cidadania.O projeto, de iniciativa do presidente da Casa, ministroCesar Asfor Rocha, prev diversas prticas inclusivas paraoferecer s pessoas portadoras de decincia acessibilidade

    fsica, digital e social.

    Fonte: Sem espao para a sndrome do preconceito.Coordenadoria de Editoria e Imprensa do STJ. Publicado em 14 de maro de 2010.

    Disponvel em: http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.

    area=398&tmp.texto=96312. Acesso em 14 de maro de 2010

    Da leitura atenta do excerto acima, depreende-se que

    a) a elaborao de projetos de incluso social deresponsabilidade exclusiva dos representantes do PoderLegislativo.b)o projeto do STJ demonstra que, no Brasil, os problemassociais so enfrentados apenas pelo Poder Judicirio.c) o projeto do STJ criou um atrito entre os poderesExecutivo e Judicirio, j que ingressou na rea deatuao do presidente da Repblica.d) o Projeto Incluso Social, desenvolvido pelo STJ,demonstra a participao do Poder Judicirio nasquestes sociais do Brasil.e) a parceria entre os trs Poderes da Repblica foiresponsvel pelo sucesso do Projeto Incluso Social,elaborado pelo STJ.

    Questo 5

    Alguns autores armam que muitas populaestradicionais so fundamentais para a manuteno e geraoda biodiversidade nos ecossistemas. As prticas culturaisde manejo dos recursos naturais desenvolvidas por algumas

    dessas populaes interagem com os processos evolutivosdas espcies h milhares de anos, de modo que a presenadas populaes e o manejo que fazem de determinadosecossistemas so essenciais manuteno da biodiversidade.

    Fonte: Castro Jr., Evaristo et alli. Gesto da biodiversidade e reas protegidas.In : Guerra, A. e Coelho, M. (orgs.). Unidades de Conservao.

    Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009, p. 28 (com cortes)

    Na Amaznia brasileira, um segmento tradicional dapopulao que interage com a biodiversidade regional,conforme o texto acima, encontra-se, explicitamente, em

    a) garimpeiros de ouro de aluvio.b) produtores de carvo vegetal.c) oleiros dos terraos uviais.d) usineiros de ferro-gusa.e) povos indgenas autctones.

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    6/24

    CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

    6

    Questo 8

    As rodovias, quando mal concebidas, esto entre asprincipais causadoras de impactos negativos sobre o meioambiente. Em nome do desenvolvimento, foram construdasrodovias sem o devido planejamento e cuidado com seusimpactos. Essas rodovias tm intensicado a destruio

    ambiental, aumentando a pobreza, particularmente emorestas tropicais.

    Fonte:Florenzano, Teresa (Org.) Geomorfologia.Conceitos e Tecnologias Atuais. So Paulo: Ocina de Textos, 2008, p. 178

    Em reas de encosta com oresta, sobretudo nosperodos chuvosos, rodovias mal planejadas provocam,mais diretamente, o seguinte impacto ambiental:

    a)Assoreamento de rios.b)Escorregamento de terra.c)Contaminao de guas.d)Esterilizao de solos.e)Extino de espcies nativas.

    Questo 9

    UM PLANETA LATA DE LIXO?

    Mars negras, catstrofes industriais ou acidentesnucleares so geralmente alvo de considervel midiatizao,

    contrariamente a formas de poluio difusa produzidaspor atividades industriais e agrcolas, cujas consequnciassanitrias e agrcolas no cessam de aumentar.

    Fonte:Durand, M-F et alli. Atlas da Mundializao.So Paulo: Saraiva, 2009, p. 109

    Em muitas cidades, a poluio industrial pode agravara elevao das temperaturas mdias da atmosfera nasreas centrais, em comparao com as zonas perifricasou com as rurais.

    O agravamento das temperaturas mdias descritoacima caracteriza, especicamente, o seguinte problemae sua consequncia:

    a)Inverso trmica e enfermidades respiratrias.b)Chuva cida e degradao do patrimnio.c)Lixo txico e contaminao dos mananciais.d)Ilha de calor e desconforto ambiental.e) Depleo do oznio e doenas dermatolgicas.

    Questo 10

    Leia o texto sobre a localizao industrial e interpreteo mapa sobre migraes internas nos Estados Unidos.

    Novos ramos industriais baseados em tecnologia de pontaesto provocando profundas transformaes na organizao

    do territrio nos EUA. Nas proximidades dos centros depesquisa de So Francisco, importante a presena deindstrias da rea de informtica. J indstrias ligadas tecnologia aeroespacial disseminou-se por vrios centrosurbanos do pas como, por exemplo, Houston e Cabo Kennedy.

    OESTE

    NORTE-CENTRAL

    NORDESTE

    MIGRAES INTERNAS

    SULLos Angeles

    San Francisco

    Dallas

    Houston

    Fluxo migratrio

    Atrao muito grande

    Atrao grande

    Perda de populao

    Fonte:Ferreira, Graa M. L. Atlas Geogrco: Espao Mundial.So Paulo: Moderna, 2003, p. 37

    Com base nas informaes do texto e na interpretaodo mapa, possvel concluir que, nos EUA, as migraesinternas se associam ao

    a) novo reordenamento espacial que no comporta umnico polo industrial.b) crescimento acelerado do setor industrial, que maior do que o de servios.c) incremento populacional que se manifesta pelodeslocamento de trabalhadores mexicanos.d) intenso uxo de mudanas produtivas, que estolocalizadas nas proximidades da capital do pas.e) concentrao espacial de novos ramos industriais,que representada pelo avano da microeletrnica e datecnologia aeroespacial.

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    7/24

    CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

    7

    Questo 11

    Compare o contedo dos trechos retirados de jornais.

    I.A Organizao Mundial de Comrcio (OMC) conrmouontem a derrota do Brasil na queixa que havia sido aberta

    pelo pas contra as medidas antidumping colocadas pela

    Unio Europia (UE) contra as exportaes da FundioTupy. O pas agora estuda se ir apelar da deciso.Fonte: O Estado de S. Paulo, 8/3/2003 (com cortes)

    II. O governo brasileiro divulgou uma lista de 102 produtosoriundos dos Estados Unidos cujas tarifas de importao

    podero subir at 100%, como retaliao aos subsdiosamericanos ao algodo, autorizada pela Organizao

    Mundial do Comrcio (OMC).Fonte: O Globo, 9/3/2010

    A partir dos textos, possvel reconhecer que aspolticas de subsdios autorizadas pela OMC, apoiandoum dos lados da negociao comercial, representam

    a) benefcio ao comrcio entre pases do continenteamericano, com nfase ao setor metalrgico.b) ao limitada ao setor de produo agropecuria, comdestaque para os pases europeus.c) desenvolvimento da agroindstria brasileira, comadoo de uma poltica de segurana alimentar.d) disputas acirradas nos negcios internacionais, comrisco de abalo na autonomia dos Estados nacionais.e) efeitos multiplicadores positivos no comrciobrasileiro, com base no desenvolvimento das redes de

    circulao de bens industrializados.

    Questo 12

    A revoluo iniciada em 1910 foi um grande movimentopopular, antilatifundirio e anti-imperialista, que foi responsvelpor importantes transformaes no Mxico. Do ponto de vistainstitucional, ocial, considera-se a revoluo como o movimentoque derrubou a ditadura e possibilitou a ascenso de Francisco

    Madero em junho de 1911. No entanto, o movimento

    revolucionrio possua outra dimenso: os camponeses dosul, liderados por Emiliano Zapata, e os do norte, lideradospor Pancho Villa, defendendo a reforma agrria.

    Fonte:A Revoluo Mexicana. 2000. Disponvel em: . Acesso em 7 de

    maro de 2010 (adaptado)

    A leitura do texto acima nos permite concluir que

    a) o movimento popular que derrubou a ditadurano Mxico teve como uma de suas manifestaes aspresses dos camponeses para a realizao de umareforma agrria.b) a Revoluo Mexicana, apesar de promover aderrubada da ditadura de Madero, apresentou umcarter essencialmente burgus, sem a participao dascamadas populares.

    c) Pancho Villa e Emiliano Zapata, lderes do movimentocampons da Revoluo Mexicana, foram os principaisresponsveis pela derrubada da ditadura de Madero em 1911.d) a ditadura implementada aps a Revoluo Mexicanade 1910 foi responsvel pela efetivao do projetode reforma agrria defendido por Emiliano Zapata ePancho Villa.e) a Revoluo Mexicana de 1910, apesar da aparncia

    anti-imperialista, teve total apoio do governo dosEstados Unidos, beneciado pela ascenso do lderpopular Francisco Madero.

    Questo 13

    A revoluo na Rssia atingiu considervel alcance, ainuncia profunda por ela exercida permitiu-lhe abalartodas as relaes de classe, revelar o conjunto dos problemaseconmicos e sociais, e passar, consequentemente, com a

    fatalidade da sua lgica interna, do primeiro estgio darepblica burguesa a estgios cada vez mais elevados, notendo sido a queda do czarismo mais do que um episdiomenor, quase uma bagatela.

    Fonte: Luxemburg, Rosa.A Revoluo Russa. RJ: Vozes, 1990, p. 61

    O conjunto de episdios conhecido como RevoluoRussa apresenta dois momentos distintos: uma faseburguesa e uma socialista. Assinale a alternativa quemais bem expressa o conceito da autora em relao aosefeitos desse processo revolucionrio.

    a) O abalo nas relaes de classe refere-se igualdadepromovida aps a concretizao da Revoluo Russa,uma vez que no Estado sovitico no existiam diferenasentre grupos sociais.b) Aps a queda do czarismo, implementou-se umarepblica burguesa na Rssia, que, ao ser derrubadapela Revoluo Socialista, levou o pas a um estgio maiselevado de organizao.c) A fase burguesa da Revoluo Russa, identicadacomo um estgio mais elevado do processorevolucionrio, foi responsvel pela derrubada do

    czarismo no pas.d) As disputas entre os partidos da Rssia revolucionrialevaram o pas a um caos institucional e promoveramum aumento nos problemas econmicos e sociais,garantindo a manuteno do czarismo.e) O czarismo, o primeiro estgio da RevoluoRussa, foi implantado aps a derrubada dos governosinstitudos, respectivamente, nas fases burguesa esocialista do processo revolucionrio.

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    8/24

    CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

    8

    Questo 14

    O acesso ao conhecimento cientco e tcnico sempreteve importncia na luta competitiva; mas, tambm aqui,

    podemos ver uma renovao de interesse e de nfase, j que,num mundo de rpidas mudanas de gostos e necessidadese de sistemas de produo exveis (em oposio ao mundo

    relativamente estvel do fordismo), o conhecimento daltima tcnica, do mais novo produto, da mais recentedescoberta cientca, implica a possibilidade de alcanaruma importante vantagem competitiva. O prprio saber setorna uma mercadoria-chave, a ser produzida e vendida aquem pagar mais, sob condies que so elas mesmas cadavez mais organizadas em bases competitivas.

    Fonte:Harvey, D. Condio Ps-Moderna.So Paulo: Loyola, 2003, p. 151 (com cortes)

    O processo descrito no texto revela uma mudanarelevante em relao associao contemporneaentre conhecimento, produo econmica e vidasocial. Assinale a alternativa que melhor sintetiza essamudana.

    a) A converso do conhecimento, de mero fator deproduo mercadoria, no sistema produtivo atual.b) A transformao do conhecimento em insumoprodutivo, ao contrrio do que ocorria nas sociedadesindustriais.c) O papel central da tcnica no estabelecimento devantagens comparativas, em decorrncia das mudanassurgidas no sistema fordista.

    d) O carter exvel dos gostos, demandas enecessidades do consumidor determina o grau deutilizao de insumos tecnolgicos na produo.e) A intensicao da competitividade entre os agenteseconmicos, prpria do ambiente de produo doconhecimento e da tecnologia, como universidades ecentros de pesquisa.

    Questo 15

    A acumulao exvel envolve rpidas mudanas dospadres do desenvolvimento desigual, tanto entre setorescomo entre regies geogrcas, criando, por exemplo, umvasto movimento no emprego no chamado setor de servios,bem como conjuntos industriais completamente novos em

    regies at ento subdesenvolvidas. Ela tambm envolve umnovo movimento que chamarei de compresso do espao-tempo; no mundo capitalista, os horizontes temporais datomada de decises privada e pblica se estreitaram.

    Fonte: Harvey, David. Condio ps-moderna. So Paulo: Loyola, 2003, p. 140

    O texto alude a novas distribuies geogrcasda produo econmica. Assinale a alternativaque apresenta fatores que permitiram essa novacongurao produtiva.

    a) Transferncia de centros de pesquisa edesenvolvimento tecnolgico a regies mais pobres.b) Desconcentrao do sistema nanceiro e dos centrosde decises empresariais.c) Desenvolvimento amplo do setor de servios nasnaes menos desenvolvidas.d) Desenvolvimento das telecomunicaes e aumento davelocidade dos transportes.e) Difuso simtrica de novas tecnologias industriais eda produo do conhecimento.

    Questo 16

    A abertura comercial e o acirramento concorrencialderivado da globalizao tm signicado, de fato, um

    gradual encurralamento das opes que se apresentamao mundo rural. Como resultado, o poder de manobra dos

    Estados nacionais para erigir programas de desenvolvimentorural que mantenham alguma autonomia prpria tem sidoigualmente reduzido com o passar dos anos.

    Fonte: Navarro, Z. Desenvolvimento Rural no Brasil: os limites do passado e oscaminhos do futuro.Estudos Avanados, v. 15, n. 43, 2001, p. 91

    Assinale a alternativa que indica uma tecnologiapolmica, introduzida em um perodo relativamenterecente na agricultura brasileira sob a justicativa doacirramento das presses concorrenciais no mercadoexterno.

    a) Uso de defensivos agrcolas mais agressivos no plantiode alimentos.b) Introduo de variedades transgnicas nas lavourasde soja.c) Substituio de mo de obra por mquinas na colheitada cana.d) Alternncia de culturas no plantio de milho e feijo.e) Desenvolvimento de novas variedades de algodo porcentros de pesquisa.

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    9/24

    CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

    9

    Questo 17

    Desregulamentao, exibilizao, terceirizao,downsinzig, empresa enxuta, bem como todo esse receiturioque se esparrama pelo mundo empresarial, so expressesde uma lgica societal onde se tem a prevalncia do capitalsobre a fora humana de trabalho, que considerada somente

    na exata medida em que imprescindvel para a reproduodesse mesmo capital. Isso porque o capital pode diminuiro trabalho vivo, mas no elimin-lo. Pode intensicar suautilizao, pode precariz-lo e mesmo desemprega parcelasimensas, mas no pode extingui-lo.

    Fonte: Antunes, R. Adeus ao Trabalho?.So Paulo: Cortez Editora /Editora Unicamp, 2000, p. 184

    De acordo com o texto, novas tcnicas gerenciaisrepresentam a

    a) eliminao lenta e progressiva do trabalho nasociedade capitalista.b) subordinao da lgica empresarial a receitas que noso adequadas realidade.c) reduo da produtividade do trabalho e da rendadestinada aos trabalhadores.d) exibilizao dos padres de reproduo do capitalem benefcio de uma reorganizao mais produtiva dasociedade.e) submisso da fora de trabalho ao capital, o qual seapropria do trabalho humano apenas para ampliar-se.

    Questo 18

    O processo de modernizao favoreceu, por meio decrditos subsidiados, as propriedades patronais, deixandode lado a agricultura familiar. Esse carter excludenteampliou a ____________________________________ eagravou as disparidades regionais. Ao mesmo tempo, amodernizao provocou a transformao da mo deobra familiar em assalariamento temporrio, agravandoo problema do desemprego e do subemprego volante.

    Como conseqncia desse processo, assistiu-se a intensas_____________________________.Fonte: Ehlers, E. Agricultura sustentvel: origens e perspectivas

    de um novo paradigma.Guaba: Agropecuria, 1999, p. 44

    Assinale a alternativa que preencha adequadamente,na ordem em que se apresentam, as lacunas do texto.

    a) Concentrao de renda; revoltas nos grandes centrosurbanos.b) Reforma agrria; ampliaes da produtividade dotrabalho rural.c) Concentrao fundiria; migraes do campo para acidade.d) Distribuio de renda; contrataes de novosempregados rurais.e) Produo voltada para o mercado interno; disputaspor novos mercados.

    Questo 19

    USINA DE FIO DgUA NO RIO DANbIO, NA USTRIA

    Fonte: Revista VEJA. So Paulo, Abril, p. 110, 4 de abril de 2007

    A usina hidreltrica registrada na foto funciona comturbinas bulbo que so dispostas na horizontal e cujasps so movimentadas pela fora da correnteza do rioDanbio. O gerador ca dentro da turbina, e a guapassa ao redor.

    Comparando o tipo de usina mencionado acima coma usina hidreltrica de Itaipu, no rio Paran, corretoarmar que, na usina austraca, o impacto ambientalprovocado

    a) menor, pois a fonte de energia gerada limpa.b) menor, por no exigir grandes reservatrios de gua.

    c) maior, devido interceptao do uxo de peixes no rio.d) maior, uma vez que o gerador ca dentro da turbinabulbo.e) equivalente, em razo dos distintos climas dos doispases.

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    10/24

    CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

    10

    Questo 21

    O processo poltico brasileiro fortemente inuenciado

    pela propaganda partidria. Historicamente, algunsmarcos importantes merecem destaque: o rdio,como primeiro veculo de massa para a populao noalfabetizada nos anos 30, foi bastante explorado peloento presidente Getlio Vargas; a ampliao gradativada imprensa escrita e o acesso da populao a diferentestipos de publicao trouxeram tambm mudanassignicativas. Merece destaque, ainda, a chegada dateleviso, que transformou de forma radical o processopoltico. A partir da dcada de 1950, seu alcance, por todoo territrio nacional, mudou comportamentos, impingiuvalores, e a poltica, rapidamente, incorporou essa mdia.

    O poder da imagem passou a dizer mais que palavras.Progressivamente, a poltica foi se apropriando dosmesmos mecanismos que a propaganda comercial, capaz decriar hbitos, necessidades, ordem moral, tica e esttica.

    Com base nessa reexo, assinale a alternativa que semostra coerente com as ideias do texto.

    a) Propaganda poltica e propaganda comercial no tmnenhum tipo de relao.b) O rdio pode ser apontado como a mdia precursorada propaganda poltica.c) As palavras possuem maior peso do que as imagens napropaganda poltica.d) A televiso no suplantou a importncia do rdio napropaganda partidria.e) No existe relao nenhuma entre propagandapartidria, moral e tica social.

    Questo 20

    MUDANAS CLIMTICAS

    O aquecimento global apresenta intensidades e efeitosdistintos, de acordo com a rea especca do planeta. Asatividades humanas provocam uma espcie de efeito guarda-

    sol, pois as emisses crescentes de CO2 acarretam aerossisque aumentam a reexo para o espao e diminuem a energiasolar absorvida e convertida em calor no solo. Quanto ao soloem si mesmo, sua explorao modica seu albedo, no sentidode um aumento quando se substitui a oresta por camposcultivados ou pastagens, alterando a paisagem.

    Fonte: Kandel, Robert. O Reaquecimento Climtico.So Paulo: Loyola, 2007, p. 48 (adaptado)

    Nas reas do planeta onde esses aerossis so maisabundantes e a intensicao do efeito guarda-sol particularmente forte, eles devem agir no sentido de um

    a) possvel resfriamento atmosfrico.b) rigoroso reaquecimento atmosfrico.c) ecaz bloqueio do desorestamento.d) espontneo processo de conservao do solo.e) lento processo de fertilizao do solo.

    Questo 22

    Do mesmo modo que o poder, assim tambm a honra dosoberano deve ser maior do que a de qualquer um, ou ade todos os seus sditos. Tal como na presena do senhoros servos so iguais, assim tambm o so os sditos na

    presena do soberano.

    E, embora alguns tenham mais brilho, e outros menos,quando no esto em sua presena, perante ele no brilhammais do que as estrelas na presena do sol.

    Fonte: Hobbes, Thomas. Leviat. Coleo Os Pensadores. So Paulo: AbrilCultural, 1979, p. 112 (com cortes)

    O ato que institui o Governo no de modo algum um

    contrato, mas uma lei; os depositrios do Poder Executivono so absolutamente os senhores do povo, mas seus

    funcionrios; e o povo pode nome-los ou destitu-losquando lhe aprouver. Fazem seno desempenhar seu deverde cidados, sem ter de modo algum o direito de discutir ascondies.

    Fonte: Rousseau, Jean-Jacques. Do Contrato Social. Coleo Os Pensadores.So Paulo: Nova Cultural, 1991, p. 113 (adaptado)

    Assinale a alternativa que mais bem representa arelao entre os excertos acima:

    a)Os textos apresentam vises opostas, uma vez que oprimeiro defende a concentrao de poderes nas mosdo governante e o segundo, a participao popular naorganizao do poder.b)Os textos expressam uma mesma viso em relao

    ao processo de organizao das estruturas do poderpoltico, j que ambos defendem a participao popular.c) Enquanto o primeiro texto exalta a participao popularna escolha do governante, o segundo atribui vontadedivina o direito de algumas pessoas possurem o poder.d) Os dois fragmentos complementam-se, j que oprimeiro trata do incio da formao das chamadasMonarquias Modernas e o segundo, da concretizao desuas estruturas.e) Os excertos defendem uma mesma teoria em relao aopoder poltico: a participao popular deve ser restrita paraevitar a deposio de governantes por meio de revoltas.

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    11/24

    CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

    11

    Questo 24

    Texto IDentre as vrias denies existentes sobre a

    sustentabilidade, podemos estabelecer que o termoimplica na manuteno quantitativa e qualitativa de

    recursos ambientais, sem danicar suas fontes ou limitar acapacidade de suprimento futuro.

    Fonte:Afonso, Cintia. Sustentabilidade. Caminho ou Utopia?So Paulo: Annablume, 2006, p. 11 (com cortes)

    Texto IIDeve-se valorizar, em diferentes escalas geogrcas, a

    manuteno da capacidade de carga dos ecossistemas, ouseja, a capacidade da natureza para absorver e recuperar-se das agresses antrpicas; e privilegiar a conservao deenergia.

    Fonte: Guimares, Roberto. Desenvolvimento Sustentvel. In: Becker,Bertha e Miranda, Mariana (Orgs.) A Geograa Poltica do Desenvolvimento

    Sustentvel. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 1997, p. 33 (adaptado)

    Questo 25

    Analise os textos abaixo.

    Texto I

    OS RECURSOS COMO ARMAS POLTICAS

    Hoje o petrleo, amanh o trigo. Quem sabe? Todos osrecursos so ou podem ser instrumentos de poder. Se verdade que certos recursos conforme a sua capacidade desatisfazer as necessidades fundamentais manifestam uma

    grande permanncia no papel que podem desempenhar, elesno deixam de se ligar ao contexto scio-econmico e scio-

    poltico quanto sua signicao.Fonte:Raffestin, Claude. Por uma Geograa do Poder. So Paulo: tica, 1993,

    p. 251

    Texto II

    IRAQUE ACUSA IR DE INVADIR SEU TERRITRIO

    Governo iraquiano exige que tropas iranianas saiam decampo de petrleo tomado na regio da fronteira; Teer negaincurso. Circunstncias do incidente, situado em rea dereservas disputadas, so confusas; Bagd v provocaes

    frequentes vindas do pas vizinho. Autoridades de Bagdinformaram que militares iranianos avanaram cerca de 300metros no territrio iraquiano.

    Fonte:Folha de S. Paulo. So Paulo. Seo Mundo.p. A16, 19 de dezembro de 2009 (adaptado e com cortes)

    A anlise dos textos I e II conduz concluso de queos recursos em foco assumem signicado mais explcitoquanto

    a) poltica econmica desses dois pases e valorizaodo petrleo no mundo.b) poltica energtica do Oriente Mdio e queda dopreo do barril de petrleo.c) geocultura e s diferentes concepes sobre osrecursos como armas polticas.d) geoeconomia e aos entraves tecnolgicos para elevar aprodutividade extrativa.e) geopoltica e aos impasses para uma plenaestabilizao da zona de fronteira.

    Questo 23

    Uma vez instaurado o regime, um vis que prevaleceumuito evidente do ponto de vista poltico foi o cerceamentodas liberdades democrticas, traduzido pelo controle sobreas entidades representativas de classe e sobre os cidados

    pensantes. No campo das polticas econmicas, presenciou-se

    um grande arrocho salarial sobre os trabalhadores, ao lado deum processo inusitado de concentrao de renda, denominadopor alguns teoria do bolo. Por essa teoria, seria necessriodeixar o bolo (da renda) crescer, para distribu-lo somentequando fosse suciente para todos. Em tal conjuntura, surgiramvrias modalidades de movimentos reivindicatrios, centrados,quase todos, em torno de demandas sociais no satisfeitas.

    Fonte: Mizubuti, Satie. Uma releitura do movimento associativo de bairro.In:Santos, Milton et alli. Territrio, Territrio: Ensaios sobre o Reordenamento

    Territorial. Rio de Janeiro: DP&A, 2006, 2 edio, p. 233

    Sobre a importncia da participao da sociedadebrasileira no processo de transformao da realidadehistrico-geogrca, o par de elementos corretamenterelacionado ao texto acima est em:

    a) Luta sindical contra o neoliberalismo ltimasdcadas do sculo XX.b) Ecloso de movimentos sociais perodo do regimemilitar aps 1964.c) Protestos das mulheres contra a discriminao degnero perodo da era Vargas.d) Campanha pela demarcao de terras indgenas primeira dcada do sculo XXI.

    e) Reivindicao coletiva por melhores salrios perodo imediatamente posterior Segunda GuerraMundial.

    Tendo em vista a noo de desenvolvimentosustentvel, a anlise correta dos textos acima permiteconcluir que

    a)o texto I contradiz parcialmente o texto II.b) o texto I nega completamente o texto II.c)o texto II aprofunda conceitualmente o texto I.d)o texto II contesta supercialmente o texto I.

    e)os textos esto desvinculados tematicamente entre si.

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    12/24

    CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

    12

    Questo 27

    A seguir, foram reproduzidas duas fontes histricasque documentam o perodo da ditadura militarbrasileira (19641985): algumas deliberaes polticasque integram o Ato Institucional n 5 de 1967,considerado o mais autoritrio dos atos institucionais,e a capa comemorativa dos 40 anos da fundao de OPasquim, jornal semanal publicado de 1969 a 1991. O

    Questo 26

    O escritor e cartunista Henrique de Souza Filho,Henl, nasceu a 5 de fevereiro de 1944, em Ribero dasNeves (MG), e faleceu em 4 de janeiro de 1988, no Rio deJaneiro. Foi colaborador de O Pasquim (1969) e, em 1970,lanou a revista Os Fradinhos, seus personagens mais

    famosos que possuam sua marca registrada: a stira ea crtica poltica que retratavam a situao nacional dapoca. Henl atuou em diversos movimentos polticoscombatendo o autoritarismo da ditadura militar.

    Observe a charge a seguir para responder questo:

    Fonte: Disponvel em: http://verdadeirojornalismo.blogspot.com/2008/06/

    henl-o-gnio.html. Acesso em 12 de maro de 2010

    A ditadura militar (19641985) foi, gradativamente,suprimindo os mecanismos legais de participao dapopulao. A organizao poltica do perodo passava aolargo de princpios ticos que garantissem direitos decidadania, o que aparece ironizado na charge.

    Considerando essas informaes e o sentido dacharge, assinale a alternativa que representa osmecanismos polticos da poca.

    a) Havia consulta popular baseada no plebiscito.

    b) As eleies eram indiretas para cargos do Executivo.c) Os governos federais tinham durao de oito anos.d) Havia revezamento de civis e militares na Presidncia.e) Ocorriam eleies diretas para todos os cargos polticos.

    Pasquim, inicialmente, focava assuntos relacionadosao comportamento social, mas, com o passar do tempoe o recrudescimento do regime militar, foi se tornandopolitizado e porta-voz da insatisfao nacional.

    Art 2 - O Presidente da Repblica poder decretar o recessodo Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e das

    Cmaras de Vereadores, por Ato Complementar, em estado desitio ou fora dele, s voltando os mesmos a funcionar quandoconvocados pelo Presidente da Repblica. 1 - Decretado o recesso parlamentar, o Poder Executivocorrespondente ca autorizado a legislar em todas as matriase exercer as atribuies previstas nas Constituies ou na LeiOrgnica dos Municpios.Art 4 - No interesse de preservar a Revoluo, o Presidente daRepblica, ouvido o Conselho de Segurana Nacional, e semas limitaes previstas na Constituio, poder suspender osdireitos polticos de quaisquer cidados pelo prazo de 10 anos ecassar mandatos eletivos federais, estaduais e municipais.

    Fonte:Disponvel em: http://www.acervoditadura.rs.gov.br/.Acesso em 10 de maro de 2010

    Fonte:Disponvel em: http://pasquimtupiniquim.blogspot.com. Acesso em10 de maro de 2010

    Considerando as duas fontes histricas analisadas,assinale a alternativa correta.

    a) O AI-5 retrata a memria ocial da ditadura militare, por esse motivo, a fonte que o historiador devepriorizar nas suas anlises.b) OPasquim, por ser um jornal de humor, no deve serconsiderado como memria relevante do perodo militar.c) As fontes apresentadas pertencem memria doperodo e, por ser ideologicamente distintas, soimportantes na compreenso da ditadura militar.d) Por meio da anlise do AI-5, temos a memria decomo a sociedade reagia em relao ditadura militar.e) O humor de O Pasquim uma fonte histrica maissignicativa que o AI-5, pois registrava a crtica ao regime.

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    13/24

    CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

    13

    Questo 28

    Na dcada de 1970, uma msica de autoria de JooBosco e Aldir Blanc cou famosa na voz de Elis Reginae tornou-se uma espcie de hino do movimento pelaanistia. Em 1979, a Lei da Anistia, assinada pelo governomilitar, foi considerada um importante marco no

    processo de redemocratizao da sociedade brasileira.Leia a seguir trechos de O bado e o Equilirista:

    Meu Brasil!...Que sonha com a volta

    Do irmo do Henl.Com tanta gente que partiu

    Num rabo de fogueteChora!

    A nossa PtriaMe gentilChoram Marias

    E ClarissesNo solo do Brasil...Mas sei, que uma dorAssim pungenteNo h de ser inutilmenteA esperana...Dana na corda bambaDe sombrinhaE em cada passoDessa linhaPode se machucar...Asas!A esperana equilibrista

    Considerando o contexto histrico da dcada de1970 e os sentimentos que a msica retrata, assinale aalternativa correta.

    a) O perodo foi marcado pela supresso dos direitospolticos de muitos brasileiros, que tiveram de se exilarno exterior.b) A anistia poltica restringiu-se aos militares e aoscrimes por esses cometidos contra cidados brasileiros.c) A cassao dos direitos polticos dos opositores doregime foi uma exceo na ditadura militar.

    d) Durante a ditadura militar, todos os cidados tiveramseus direitos de cidadania garantidos pelo regime.e) O sentimento de esperana da populao encontrouressonncia nas aes dos militares durante a ditadura.

    Questo 29

    fantasiosa a imagem construda por certo revisionismohistrico de que o Paraguai pr-1865 promoveu suaindustrializao a partir de dentro, com seus prpriosrecursos, sem depender dos centros capitalistas, a ponto desupostamente tornar-se ameaa aos interesses da Inglaterra

    no Prata. Tambm equivocada a apresentao do Paraguaicomo um Estado onde haveria igualdade social e educaoavanada.

    Fonte: Doratioto, Francisco.Maldita Guerra.SP: Companhia das Letras, 2002, p. 30 (com cortes)

    Apoiado em um discurso de modernizao e progresso,o presidente Carlos Antonio Lopez manteve a centralizao

    poltica e aprofundou o isolamento do pas frente ao capitalinternacional. Ferrovias e pequenas indstrias foramcriadas com a contratao de especialistas estrangeiros, e aeducao continuou a ser estimulada pelo governo. Tudoo que o Paraguai consome, ele mesmo produz. No entanto,essa autonomia era precria. Apesar do desenvolvimentointerno do pas, a pobreza ainda era muito grande. Porm,todos tinham trabalho e a alimentao bsica.

    Fonte: A Guerra do Paraguai Os Protagonistas.Disponvel em: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=12.

    Acesso em 14 de maro de 2010 (adaptado)

    Aps a anlise dos excertos acima, que tratam daGuerra do Paraguai, assinale a alternativa que mais bemexpressa a relao entre eles.

    a) Os dois textos defendem a teoria, expressa pelahistoriograa tradicional, de que a Guerra do Paraguaiaconteceu devido ao crescimento econmico e socialdo Paraguai, o que ameaava os interesses ingleses ebrasileiros na regio sul da Amrica do Sul.b) O segundo texto defende uma nova viso sobre aGuerra do Paraguai, na qual o pas no era uma potnciaeconmica isolada do resto mundo e no apresentavadesenvolvimento social signicativo, enquanto oprimeiro defende essa antiga viso sobre a guerra.c) Os textos defendem uma nova explicao sobre a

    Guerra do Paraguai, que tenta mostrar que a naoparaguaia no se desenvolveu de forma isolada e nemapresentava grande crescimento econmico, a ponto deameaar os interesses ingleses na regio.d) O primeiro fragmento demonstra que as causasque levaram Guerra do Paraguai tinham motivaesexclusivamente econmicas, enquanto o segundodefende a concepo de que o expansionismo paraguaioteria sido a nica causa para o conito.e) O primeiro texto expressa uma nova conceposobre a Guerra do Paraguai, na qual o pas no era umapotncia econmica e social isolada do resto do mundo,enquanto o segundo defende essa viso tradicional dahistria do conito.

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    14/24

    CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

    14

    Questo 31

    A seguir est reproduzido um texto que retrata oprocesso de urbanizao da cidade de So Paulo nocomeo do sculo XX:

    A cidade passa por um amplo processo de urbanizao nodecorrer do primeiro decnio do sculo XX, sob a administraodo conselheiro Antnio Prado. Inspirado no modelo europeu,consolidou as ideias de civilidade e urbanidade em amplossetores da sociedade: servios sanitrios, alargamento de ruas,reformas das praas e dos servios de segurana, construode pontes, reas pblicas de lazer, arborizao etc. Antes dasreformas, a rua de So Joo foi conhecida por muito tempocomo Ladeira do Au, que em tupi-guarani febre ou guaque produz febre, devido a uma bica insalubre que ali existia,aterrada em 1898. Lugar em que is banhavam a esttua deSo Joo, rendendo-lhe homenagem, acabou ganhando o nomedo santo. Com o aterro, foram igualmente higienizadas as

    prticas populares, mcula para a civilizao.

    Fonte: Guimares, Valria. Paixo que mata leitura popular no incio dosculo XX em So Paulo, comunicao publicada nos anais do I Simpsio

    Nacional de Histria Cultural, RS, 2002, GT- Histria Cultural ANPUH-RS,CD-ROM, Ventura Livros/Livraria Terceiro Mundo

    Questo 30

    Leia a seguir o depoimento de um operrio que viveua primeira greve geral em 1917:

    So Paulo uma cidade morta: sua populao estalarmada, os rostos denotam apreenso e pnico, porque

    tudo est fechado, sem o menor movimento. Pelas ruas,afora alguns transeuntes apressados, s circulavam veculosmilitares, requisitados pela Cia. Antrtica e demais indstrias,com tropas armadas de fuzis e metralhadoras. H ordemde atirar para quem que parado na rua. Nos bairros fabrisdo Brs, Mooca, Barra Funda, Lapa, sucederam-se tiroteioscom grupos de populares; em certas ruas j comearam a

    fazer barricadas com pedras, madeiras velhas, carroasviradas e a polcia no se atreve a passar por l, porque dostelhados e cantos partem tiros certeiros. Os jornais saemcheios de notcias sem comentrios quase, mas o que se sabe sumamente grave, prenunciando dramticos acontecimentos.

    Fonte: Dias, Everardo. Histria das Lutas Sociais no Brasil.Apud Bandeira, M. et alia, op. cit., pp. 56-57

    Sobre a greve geral de 1917, podemos considerar que

    a) foi um marco histrico na luta dos trabalhadores pormelhores condies de vida e trabalho.b) o Estado oligrquico interagiu tranquilamente com osgrevistas, considerando suas reivindicaes.c) no houve luta, e sim uma mesa de negociaesenvolvendo sindicato patronal e de trabalhadores.d) o resultado do movimento foi a pronta elaborao de

    legislao que regulamentava o trabalho.e) a populao, acostumada com movimentosreivindicatrios, no temeu a situao de greve.

    Questo 32

    Esta, a terrvel realidade do serto: Tendo como pano de fundoo problema da terra. Consubstanciado no absoluto domnio dolatifundirio sobre a grande massa camponesa. Secundava estasua desgraa a seca inclemente e devastadora do Nordeste. Seusdois maiores inimigos. Com a diferena: a seca peridica, passa;a ao dos proprietrios permanente, eterna, no acaba nunca...

    Por isso famlias inteiras de retirantes, nufragos da penria e daseca, ganhavam as veredas e seguiam para Canudos, na buscada terra da liberdade. Libertao, a Cana de Moiss, a cidadeUtopia de Thomas Morus igualitria, justa, farta, pacca.

    E feliz... Vinham. Alegres de tudo. Canudos um nome mgico.O paraso de que nos narrava a Bblia, descido agora do cu,

    plantado aqui na terra, nossa disposio... Dos sertanejos.

    Fonte: Loures, Guilhon. Antonio Conselheiro.Braslia: LGE Editora, 2004, pp. 113-123 (adaptado)

    Com base na anlise do texto acima, identique seutema central.

    a) O processo de migrao em direo ao arraial deCanudos teve como causa exclusiva a falta de alimentosno Nordeste devido s fortes secas.b) A seca e os grandes proprietrios rurais, os dois

    maiores inimigos do sertanejo, responsveis diretos pelaformao do arraial de Canudos.c) A explorao da mo de obra sertaneja no nordestedo Brasil pode ser apontada como a nica causa para aformao do arraial de Canudos.d) Os sertanejos que se dirigiram a Canudos o faziam coma nica inteno de salvar suas almas, j que acreditavamque o arraial era sua terra prometida.e) A aura divina que envolvia Canudos pode ser explicadapelo fato de seu lder, Antonio Conselheiro, ter sido padreantes de organizar o arraial.

    Considerando o histrico contido no texto e arealidade da cidade de So Paulo hoje, podemos concluirque a urbanizao teve o seguinte efeito sobre suadinmica social:

    a) Consolidou um projeto urbano que privilegia as festaspopulares.b) Ampliou os espaos de manifestao de carter

    popular na cidade.c) Desenvolveu um plano urbanstico que atende sdemandas populares.d) Disciplinou e restringiu as manifestaes de carterpopular.e) Preservou as formas de ocupao do espao do incioda urbanizao.

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    15/24

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    16/24

    CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

    16

    Questo 37

    A especializao exvel a anttese do sistema deproduo incorporado no fordismo. E de uma forma muitoespecca; na fabricao de carros e caminhes hoje, a velhalinha de montagem quilomtrica foi substituda por ilhasde produo especializada. A especializao exvel serve alta tecnologia; graas ao computador, fcil reprogramar econgurar as mquinas industriais. A rapidez das modernascomunicaes tambm favoreceu a especializao exvel,

    pondo dados do mercado global ao alcance imediato daempresa. Alm disso, essa forma de produo exige rpidastomadas de decises, e assim serve ao grupo de trabalho

    pequeno; numa grande pirmide burocrtica, em contraste,

    a tomada de decises perde rapidez medida que osdocumentos sobem ao topo para obter aprovao da sede.

    Fonte: Sennet, R. A Corroso do Carter.Rio de Janeiro: Record, 2009, pp. 59-60 (com cortes)

    Uma das mudanas relevantes que as novastecnologias de produo criaram no mundo do trabalho,de acordo com o texto, a

    a) centralizao dos sistemas fabris em poucos pases.b) reorganizao dos sistemas de gesto e tomada de

    decises.c) burocratizao dos mecanismos gerenciais dasgrandes corporaes.d) substituio do fordismo pelo taylorismo naorganizao produtiva fabril.e) melhoria da remunerao do trabalho nos pases querecebem investimentos produtivos.

    Questo 35

    O cenrio produtivo com o qual nos defrontamos hojerevela fortes sinais de que a produo em massa de

    produtos industriais padronizados, empregando milharesde trabalhadores, pode ser considerada coisa do passado.Os empregados das indstrias esto, cada vez mais,

    produzindo bens especializados em fbricas que empregamconsideravelmente menos funcionrios e utilizam deforma crescente tecnologias altamente informatizadas.H tambm grande alterao na organizao espacialda produo. As empresas so hoje capazes de operar emescala mundial, movimentando-se por distintos pases e/ou regies, beneciando-se de ____________________, dabaixa incidncia de _________________ e das vantagens

    propiciadas por __________________. Outras mudanasrelacionadas a estas tambm so evidentes: a forte tendnciaao desmembramento de grandes empresas em pequenasunidades produtivas descentralizadas; o crescimento denovas formas de propriedade, como o franchising, ou denovos arranjos produtivos como a subcontratao.

    Fonte: Sorj, B. Sociologia e trabalho: mutaes, encontros e desencontros.Rev. Bras. Ci. Soc. [on-line]. 2000, vol. 15, n. 43, pp. 25-34 (com cortes)

    As novas tecnologias permitiram novos arranjosprodutivos, abordados pelo texto. Assinale a alternativacujas expresses preencheriam corretamente, na ordemem que se apresentam, as lacunas do texto acima,considerando as novas formas de territorializao daproduo no espao global.

    a) Escassez de recursos naturais; mo de obraespecializada; sistemas educacionais inecientes.b)Mo de obra barata; recursos naturais; sindicatos fortes.c) Baixos salrios; conitos trabalhistas; isenes scais.d) Mo de obra abundante; qualicao prossional;Estados reguladores.e) Forte atuao sindical; benefcios scais;regulamentaes rgidas.

    Questo 36

    Tempestades de inverno so temidas em Tijuana, porquea maioria da populao de 1,5 milho de habitantesvive em colnias erguidas por eles e que se sustentam

    precariamente nas encostas dos morros erodidos ou ocupampequenos plats. A verdadeira cidade tira seu sustentocomo plataforma manufatureira das gigantes coreanas e

    japonesas. As maquiladoras esto localizadas em parquesindustriais modernos e bem planejados, indistinguveis deseus equivalentes ao norte da fronteira, com amplas ruas

    pavimentadas e um bom sistema de drenagem pluvial. Ascolnias, por outro lado, tero de esperar dcadas por guaencanada e saneamento bsico.

    Fonte: Davis, M. Apologia dos Brbaros.So Paulo: Boitempo, 2008, pp. 209-210 (com cortes)

    O texto faz referncia s maquiladoras, que secaracterizam por ser

    a) empresas de tecnologia de ponta, localizadas ao sul daCalifrnia e no norte do Mxico.b) companhias de telecomunicaes e informticautilizadoras da tecnologia do Vale do Silcio.c) indstrias mexicanas voltadas para o mercado interno

    em crescimento, a partir da urbanizao de regies comoTijuana.d) parques industriais voltados para a produo decosmticos, tendo como mercado a Coreia e o Japo.e) fbricas exportadoras de bens de consumo,beneciadas pelo Nafta e voltadas para o mercado norte-americano.

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    17/24

    CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

    17

    Questo 39

    Conhea Arthur Bispo e a importncia artstica da suaobra:

    Bispo passou anos em um quarto, espcie de cela de 3 mpor 3 m. L construa suas peas. Acreditava ser JesusCristo, que veio reconstruir o mundo para depois entreg-loa Deus. Por isso cou 30 anos confeccionando seu Manto daApresentao, que deveria vestir no dia do Juzo Final. Ao todo

    foram criadas 902 peas com o intuito de marcar a passagemde Deus na Terra. Arthur Bispo no tinha inteno de criarobras de arte. Tudo o que fazia era para Deus. Porm, semo saber, acabou dialogando com o movimento artstico queestava acontecendo na poca, apesar de no possuir nenhumembasamento histrico. Suas peas foram classicadas comoarte vanguardista e comparadas s de Marcel Duchamp e Ren

    Magritte. Fez bandeiras, estandartes e mantos, alm de criarobjetos, modicando e transformando seu signicado inicial,a exemplo das produes elaboradas na dcada de 1960. [...].O Manto da Apresentao, sua pea mais famosa ,[...] nemsempre viaja para as exposies mundo afora devido sua

    fragilidade e importncia, pois feito de cobertor.

    Fonte:Disponvel em Proa Fundacion: http://www.proa.org/exhibiciones/pasadas/inconsciente/salas/id_bispo1.html. Acesso em 12 de maro de 2010

    Considerando as informaes contidas no texto,assinale a alternativa correta:

    a) A produo de Arthur Bispo, em razo de sua situaopessoal, no pode ser considerada arte.b) A inteno religiosa contida na produo de ArthurBispo no a qualica como obra de arte.c) A obra de Arthur Bispo foi classicada como devanguarda e comparada produo de outros artistas.d) Uma das caractersticas da produo de Arthur Bispofoi inspirar-se nas obras de Duchamp e Magritte.e) Os objetos produzidos por Arthur Bispo tinham porobjetivo atender s funcionalidades do cotidiano.

    Questo 38

    A tica do trabalho, como a entendemos comumente,arma o uso autodisciplinado de nosso tempo e o valor dasatisfao adiada. Essa disciplina de tempo moldou a vidados trabalhadores na indstria automobilstica de Willow

    Run e dos padeiros gregos de Boston. Eles deram duro e

    esperaram. Essa tica do trabalho depende de instituiessucientemente estveis para a pessoa praticar o adiamento.A satisfao adiada perde seu valor, porm, num regimecujas instituies mudam rapidamente; torna-se absurdotrabalhar arduamente por muito tempo e para um patroque s pensa em vender o negcio e subir.

    Fonte: Sennet, R. A Corroso do Carter.Rio de Janeiro: Record, 2009, pp. 117-118 (com cortes)

    O texto critica as mudanas produzidas no mundodo trabalho pelos novos padres de organizao daeconomia. Assinale a alternativa que apresenta oargumento utilizado pelo autor nesse trecho.

    a) O desemprego estrutural destri a tica do trabalho eadia a satisfao do trabalhador.b) As constantes mudanas polticas fazem com queas satisfaes do trabalhador sejam permanentementeadiadas.c) A disciplina prpria do trabalho industrial foicorrompida pela introduo de novas mquinas eequipamentos nas linhas de produo.d) A tica do trabalho comprometida pelas contnuasmudanas na estrutura societria das empresas, como

    aquisies e fuses.e) A satisfao dos trabalhadores s possvel se nohouver modicao na gerncia das empresas ondetrabalham.

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    18/24

    CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

    18

    Questo 40

    George Hazeldon, arquiteto ingls estabelecido na fricado Sul, tem um sonho: uma cidade diferente das cidadescomuns, cheia de estrangeiros sinistros que se esgueiram deesquinas escuras, surgem de ruas esqulidas e brotam dedistritos notoriamente perigosos.

    Heritage Park, a cidade que Hazeldon est para construirem 500 acres de terra no muito longe da Cidade doCabo, deve diferenciar-se das outras cidades por seuautocercamento: cercas eltricas de alta voltagem, vigilnciaeletrnica das vias de acesso, barreiras por todo o caminho e

    guardas fortemente armados.Se voc puder se dar ao luxo de comprar uma casa em

    Heritage Park, pode passar boa parte de sua vida afastado dosriscos e perigos da turbulenta, hostil e assustadora selva quecomea logo que terminam os portes da cidade. Tudo o queuma vida agradvel requer est l: Heritage Park ter suas

    prprias lojas, igrejas, restaurantes, teatros, reas de lazer,orestas, um parque central, lagos com salmes, playgrounds,pistas de corrida, campos de esportes e quadras de tnis.

    Fonte: Bauman, Z. Modernidade Lquida.Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001, pp. 107-108 (com cortes)

    Assinale a alternativa que contm dois fenmenosrepresentados pelo relato envolvendo a concepo doHeritage Park.

    a) Segregao espacial e desigualdade social.b) Insegurana urbana e valorizao da ecologia.c) Crescimento urbano e valorizao das diferenas.

    d) Valorizao da natureza e desconcentrao urbana.e) xodo rural e melhoria do planejamento urbano.

    Questo 42

    Leia as armativas:

    1. A organizao do espao resultado da aohumana ao longo do tempo, envolvendo vriasdimenses: econmica, cultural, poltica etc.

    2. A ao popular pode ser proposta pelos indivduose visa a anular atos lesivos ao patrimnio pblico oude entidade de que o Estado participe, moralidadeadministrativa, ao meio ambiente e ao patrimniohistrico e cultural.

    Observe a charge:

    Fonte:Novaes, C. E. & Lobo, Cesar. Cidadania para Principiantes.So Paulo: tica, 2006, p. 187

    A melhor associao entre as armativas e a chargeremete ao reconhecimento da importncia de

    a) ao de grupos sociais a favor da moralidade polticaem todas as instncias da esfera pblica.b) movimento social contra a destruio das orestastropicais e reas de preservao ambiental.c) atos isolados de indivduos preocupados com justadistribuio de renda pela administrao pblica.d) iseno de custas judiciais para o Estado nas aescontra o patrimnio histrico-cultural.e) participao de indivduos ou coletividades natransformao da realidade histrico-geogrca.

    Questo 41

    Leia a notcia abaixo:

    JOVENS DEPOSITAM ESPERANA NOSISTEMA DE COTAS

    STF se prepara para analisar reserva de vaas em

    universidades para nerosAnderson da Silva trabalha como ajudante de pedreiro eestuda para entrar numa universidade pblica. A esperana

    para ele, que ganha R$ 400 por ms, est no sistema de cotas.Se voc no tem renda familiar para te estruturar, para te

    bancar, no tem como voc passar numa faculdade. (...)Para o socilogo Demtrio Magnoli, a poltica de cotas

    funciona apenas como uma barreira entre os mais pobres: como uma fronteira que passa no meio dos nibus, no

    meio das favelas, no meio das periferias, entre pessoas de pelemais clara e os de pele mais escura.

    Este um preo que o pas precisa pagar, segundo omovimento negro:

    Voc tem que tratar desigualmente os desiguais paratorn-los iguais l na frente.

    Fonte:Disponvel em R7 Notcias: http://www.r7.com/.Acesso em 10 de maro de 2010

    Assinale a alternativa que retrata o contedo danotcia:

    a)Na sociedade brasileira existe unanimidade de opiniesa respeito do sistema de cotas.b)O sistema de cotas garante a reparao histrica emrelao desigualdade social.c)O sistema de cotas privilegia pessoas pobres que no

    podem pagar uma universidade.d)O critrio da origem tnica negra dene o acesso dos

    jovens s vagas nas universidades pelo sistema de cotas.e)O sistema de cotas garante o m dos conitos raciais queexistem na sociedade brasileira.

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    19/24

    CinCiaS HUManaS e SUaS TeCnoLogiaS

    19

    Questo 43

    A segurana interna, as crescentes diculdadesde recrutamento e as pssimas condies de vida do

    proletariado rural foram os problemas que Tibrio Gracose disps a resolver durante o seu mandato de tribuno,em 133 a.C. A soluo por ele cuidadosamente planejada,

    uma nica lei agrria, era de concepo simples e de efeitopotencialmente revolucionrio. Graco props restabeleceros camponeses despojados em parcelas de terrenos pblicos.Tibrio Graco e 300 de seus apoiantes foram mortos.

    Fonte: Cornell, Tim e Matthews, John. Roma Legado de um Imprio.Madri:Edies Del Prado, 1996, p. 56-58 (adaptado)

    A histria da Repblica Romana foi marcada por umasrie de crises e por tentativas de solucion-las, comopode ser identicado no texto acima. Aps analis-lo, assinale a alternativa na qual aparece a melhorexplicao para seu contedo.

    a) O tribuno Tibrio Graco e seus seguidores defendiama manuteno do controle estatal sobre todas as terrasfrteis pertencentes a Roma.b) A proposta de Tibrio Graco visava a beneciartanto a elite agrria quanto os camponeses, dividindoigualitariamente as terras entre os dois grupos.c) Tibrio Graco pretendia promover uma reformaagrria por meio da entrega de terras pblicas acamponeses que perderam suas propriedades.d) A morte de Tibrio Graco provocou um aumentonas revoltas populares, forando o governo romano a

    distribuir terras aos camponeses.e) As revoltas camponesas e a perda das terras por partedos soldados levaram o imperador Tibrio Graco apromover uma reforma agrria.

    Questo 44

    Diretas J foi um movimento poltico democrtico comgrande participao popular que ocorreu no ano de 1984.

    Este movimento era favorvel e apoiava a emenda dodeputado Dante de Oliveira que restabeleceria as eleiesdiretas para presidente da Repblica no Brasil. Estes eventos

    populares contaram com a participao de milhares debrasileiros. Em 25 de abril de 1984, a emenda constitucionaldas eleies diretas foi colocada em votao. Porm, paraa desiluso do povo brasileiro, ela no foi aprovada. Aseleies diretas para presidente do Brasil s ocorreriam em

    1989, conforme estabelecido pela Constituio de 1988.

    Fonte:Diretas J. Disponvel em: http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/diretas_ja.htm. Acesso em 8 de maro de 2010 (adaptado)

    O texto acima versa sobre um dos maioresmovimentos populares da histria do Brasil: as DiretasJ!. De acordo com o fragmento:

    a) apesar das manifestaes populares, a EmendaDante de Oliveira foi derrotada, demonstrando que osinteresses das classes dominantes se sobrepem aos dasdemais classes.

    b) as presses populares foram responsveis pelaaprovao da Emenda Dante de Oliveira, que previaeleies diretas para a Presidncia da Repblica para oano de 1989.c) a no aprovao da Emenda Dante de Oliveira estrelacionada s manifestaes populares a ela contrrias,uma vez que a maioria dos brasileiros apoiava o governoem vigor.d) a Constituio de 1988, ao determinar a voltadas eleies diretas para Presidncia da Repblica,incorporou a Emenda Dante de Oliveira ao seu texto,realizando o sonho dos brasileiros, frustrado em 1984.e) a eleio de Dante de Oliveira para a Presidncia daRepblica, em 1989, marcou o m dos governos militarese das eleies indiretas para o cargo, consolidando oregime democrtico brasileiro.

    Questo 45

    Leia as informaes sobre instituies e organizaesinternacionais nos quadros a seguir:

    QUADRO I QUADRO II

    Durante muitos anos, o Brasil rmouacordos com o Fundo MonetrioInternacional (FMI), instituionanceira ligada ONU, com sedeem Washington. Muitos novosemprstimos eram feitos para pagarparcelas da dvida externa. Hoje, asituao mudou, e o pas perdeu oestigma de refm do FMI.

    Considerando a situao de algunspases europeus nos dias atuais,como no exemplo da Grcia, asinstituies monetrias e nanceirasda Unio Europeia em que o BancoCentral Europeu (BCE) um exemplo j detm 1 trilho de euros deemprstimos na forma de crditos scoletividades pblicas.

    A comparao das informaes expostas nos quadros

    I e II revela a seguinte situao como correta:

    a) O Banco Mundial (Bird) se limita a emprestardinheiro aos pases do Terceiro Mundo para obras deinfraestrutura ou a nanci-las.b) O BCE atua na direo de rejeitar a cooperao paraa estabilidade econmica de pases com diculdade nocontinente.c) As instituies econmicas e as organizaes polticasatuam no sentido de promover principalmente acooperao entre os pases de sua rbita de ao.d) Tanto os planos de recuperao econmica do FMIquanto os das instituies monetrias da Unio Europeiapriorizam o estmulo aos gastos militares.e) A ajuda emergencial do FMI e do BCE estcondicionada exigncia de polticas igualitrias depagamento sem respeito s diferenas conjunturais decada Estado europeu.

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    20/2420

    RAsCuNHo

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    21/2421

    RAsCuNHo

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    22/2422

    RAsCuNHo

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    23/24

    O mundo inteiro est

    olhando para o Brasil.

    E existe no Brasil

    uma universidade olhando

    para o mundo.

    TheEconomistNewsp

    aperLimited,

    London(2009)

    Com a Universidade Anhembi Morumbi, voc no precisa sair do Brasil para ter uma formao

    internacional, de alta qualidade e que oferece benefcios diferenciados:

    65.000 vagas de estgio e emprego no Brasil e no mundo.

    Cursos de idiomas a preos reduzidos.

    Financiamentos e programas de bolsas de estudo.

    Certificaes internacionais vlidas no Brasil e no exterior.

    Faz parte da Rede Internacional Laureate, com 50 universidades, em 21 pases.

    Inscreva-se. Vestibular em 23/5.Provas agendadas at 22/5.

    0800 015 9020 www.anhembi.br

    Uma universidade de fronteiras e mentes abertas.

  • 8/8/2019 Preparao para o Enem 2010- Parte 4

    24/24

    O mundo inteiro est

    olhando para o Brasil.

    E existe no Brasil

    uma universidade olhando

    para o mundo.

    Com a Universidade Anhembi Morumbi, voc no precisa sair do Brasil para ter uma formao

    internacional, de alta qualidade e que oferece benefcios diferenciados:

    65.000 vagas de estgio e emprego no Brasil e no mundo.

    Cursos de idiomas a preos reduzidos.

    Financiamentos e programas de bolsas de estudo.

    Certificaes internacionais vlidas no Brasil e no exterior.

    Faz parte da Rede Internacional Laureate, com 50 universidades, em 21 pases.

    Inscreva-se. Vestibular em 23/5.Provas agendadas at 22/5.

    0800 015 9020 www.anhembi.br