PREPARAÇÃO PARA O EXAME DE BIOLOGIA E GEOLOGIA_GEO

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    PREPARAO PARA O EXAME DE BIOLOGIA E GEOLOGIA

    GEOLOGIA - 10 ANO

    A TERRA E OS SEUS SUBSISTEMAS EM INTERACO

    Sistema isolado - No h possibilidade de troca de matria nem de energia atravs das suas

    fronteiras.

    Sistema fechado Ocorrem intercmbios energticos atravs dos seus limites, mas no h

    permuta de matria.

    Sistema aberto Ocorre intercmbio de energia e de matria atravs das respectivas

    fronteiras.

    A Terra considerada um sistema fechado, no entanto, no o verdadeiramente.

    Os subsistemas hidrosfera, atmosfera, geosfera e biosfera podem ser considerados enormes

    reservatrios de matria e energia.

    TERRA

    Possui duas fontes de energia:

    Externa Interna

    Energia proveniente de sol:

    - Activa o movimento

    atmosfrico;

    - Impulsiona o ciclo da gua;

    - Mantm a temperatura

    necessria vida na Terra;

    - utilizada pelos seres vivos.

    - Desintegrao de elementos

    radioactivos;

    - Calor remanescente da origem

    da Terra;

    - Energia trmica da Terra.

    ATMOSFERA

    GEOSFERA

    BIOSFERA

    HIDROSFERA

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    GEOSFERA representada pela parte slida da Terra, quer superficial, quer profunda da

    Terra. A geosfera fornece muitos dos materiais necessrios manuteno da vida terrestre.

    Ex: Rochas e solos.

    HIDROSFERA constituda pelos reservatrios de gua que existem na terra. Ex: Oceanos,

    lagos, rios

    ATMOSFERA formada pela camada gasosa que envolve os outros subsistemas, podendo

    penetrar nestes.

    BIOSFERA Conjuntos de seres vivos que povoam a Terra.

    1. AS ROCHAS, ARQUIVOS QUE RELATAM A HISTRIA DA TERRA

    ROCHAS SEDIMENTARES Formadas pela deposio de materiais provenientes de outras

    rochas preexistentes ou de materiais originados pela actividade dos seres vivos.

    ROCHAS MAGMTICAS Resultam da consolidao de mamas em profundidade ou

    superfcie.

    ROCHAS METAMRFICAS Originam-se a partir de rochas preexistentes, quando

    experimentam alteraes mineralgicas e estruturais, devido essencialmente, a presses e

    temperaturas elevadas.

    Rochas

    magmticas

    Solidificao

    Metamorfismo

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    A TERRA UM PLANETA EM MUDANA

    PRINCIPIOS BSICOS DO RACIOCINIO GEOLGICO

    CATASTROFISMO Foi o principio mais aceite ate meados dos sculo XVIII e o seu principal

    defensor foi Cuvier. Segundo a teoria do catastrofismo, as grandes alteraes ocorridas superfcie da terra foram provocadas por catstrofes, como por exemplo, grandes inundaes.

    UNIFORMITARISMO No sculo XVIII, Hutton, afirmou que os aspectos geolgicos podem ser

    explicados luz de processos ocorrentes na actualidade. Ele reconheceu que as montanhas

    no so permanentes, mas que foram esculpidas nas suas formas actuais e desgastadas por

    agentes erosivos lentos que ainda actuam na actualidade. O tempo requerido para este

    processo seria muito longo.

    O uniformitarismo, embora no seja uma oposio total ao catastrofismo, pressupe trs

    princpios orientadores originais:

    As leis naturais so constantes no espao e no tempo; Deve explicar-se o passado a partir do que se observa hoje, isso , as causas que

    provocaram determinados fenmenos no passado so idnticas s que provocam o

    mesmo tipo de fenmeno actualmente princpio do actualismo ou princpio das

    causas actuais;

    A maior parte das mudanas so lentas e graduais.NEOCATASTROFISMO (Explicao mais aceite para explicar a extino dos dinossauros) Esta

    nova teoria reconhece o uniformitarismo como guia principal que permite entender os

    processos gerais terrestres, mas no exclui que fenmenos catastrficos ocasionais tenhamcontribudo para eventuais alteraes da superfcie terrestre.

    MOBILISMO GEOLGICO

    O dinamismo terrestre no se manifesta apenas atravs de mudanas nos seres vivos, mas

    tambm na prpria actividade do planeta. Os vulces e os sismos so provas dessa actividade.

    TEORIA DA MOBILIDADE CONTINENTAL SEGUNDO WEGENER

    Wegener admitiu a hiptese de que os continentes estiveram unidos, h cerca de 225 M.a.,

    num supercontinente, a Pangeia, rodeado por um s oceano chamado Pantalassa. Essesupercontinente ter-se-ia fragmentado em dois continentes: um a norte, chamado Laurssia, e

    outro a sul, a Gonduana. Diferentes dados apoiam a hiptese de existncia de Gonduana,

    formada por continentes que hoje se encontram separados:

    O traado complementar das zonas costeiras de continentes hoje separados, como,por exemplo, a frica e a Amrica do Sul;

    A identidade de camadas rochosas com a mesma idade em certas regies de vrioscontinentes actualmente distantes;

    Os testemunhos fsseis de Glossopteris, que aparece fossilizado exclusivamente emfrica, na Amrica do Sul, na ndia, na Austrlia e na Antrctida.

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    Inicialmente a ndia estava colada frica mas desprendeu-se h cerca de 70milhes de anos. Mais tarde chocou com a sia, e enrugou os contornos que chocaram

    formando assim a cordilheira dos Himalaias.

    As montanhas e as cordilheiras mais recentes so formaes orognicas, poisformaram-se devido a embates com outros continentes. Estas montanhas acabaro

    por ser mais tarde completamente erodidas.

    H 60 milhes de anos a Amrica do Norte e a Amrica do Sul estavam separadas e sse ligaram h cerca de 2 milhes de anos.

    AS PLACAS TECTNICAS E OS SEUS MOVIMENTOS

    No manto existe, a partir da profundidade mdia de 100 km, uma camada slida, mas plstica

    chamada astenosfera. A zona slida e rgida, externa relativamente astenosfera, designa-se

    por litosfera. A litosfera constituda por crosta ocenica, por crosta continental e pela parte

    mais externa do manto.

    Considera-se a litosfera dividida em pores chamadas placas litosfricas, cuja espessura de

    cerca de 100 km.

    LIMITES DIVERGENTES situam-se nas dorsais ocenicas e so zonas onde gerada crostaocenica. As dorsais ocenicas so extensas cadeias de montanhas geralmente com um vale

    central RIFTE com paredes em degrau e cortadas por falhas transversais.

    LIMITES CONVERGENTES localizam-se nas zonas de fossa onde se verifica destruio da placa

    litosfrica que mergulha. Por esta razo tambm chamada zona de subduco.

    LIMITES CONSERVATIVOS localizam-se em determinadas falhas, chamadas falhas

    transformantes. Estas falhas cortam transversalmente as dorsais ocenicas e ao longo delas

    no se verifica destruio nem alastramento, mas apenas o deslizamento de uma placa em

    relao outra.

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    FORMAO DO SISTEMA SOLAR

    TEORIA NEBULAR REFORMULADA

    Segundo esta teoria no enorme espao que separa as diferentes estrelas da nossa galxia havianbula formada por gases e uma poeira muito difusa que teria sido o ponto de partida para a

    gnese do sistema solar.

    1. A nbula ter-se-ia contrado graas existncia de foras de atraco gravtica entre asdiferentes partculas que a constituam;

    2. A contraco da nbula proto-solar provocaria o aumento da sua velocidade derotao;

    3. Lentamente a nbula teria comeado a arrefecer e a adquirir a forma de um discomuito achatado, em torno de uma massa de gs densa e luminosa em posio central,

    que seria o proto-sol;4. Durante o arrefecimento do disco nebular, verificar-se-ia a condensao dos materiais

    da nbula em gros slidos, mas no de modo uniforme. As regies situadas na

    periferia, em contacto com o espao intersideral eram mais rapidamente arrefecidas

    do que as prximas da estrela em formao, o proto-sol. Ora, a cada temperatura

    corresponde a condensao de um tipo de material com determinada composio

    qumica, o que leva a uma zona mineralgica de acordo com a distncia ao sol;

    5. No referido disco, a fora da gravidade provocaria a aglutinao de poeirasconstitudas por diferentes minerais, que formariam pequenos corpos chamados

    planetesimais. Os maiores desses corpos atrairiam os mais pequenos, verificando-se a

    coliso e o aumento progressivo das dimenses, o que levou formao de

    planetesimais com alguns quilmetros.

    6. Todo este processo, denominado acreo, desencadeou um bombardeamento cadavez maior, formando-se corpos chamados protoplanetas.

    7. Finalmente os protoplanetas, por acreo, de novos materiais, teriam dado lugar aosplanetas.

    A teoria nebular reformulada corroborada por:

    Uma idade idntica para todos os corpos do sistema solar;

    VIA LCTEA

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    SISTEMA SOLAR

    SATLITES ASTERIDES E COMETAS

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    Regularidade das rbitas planetrias que so rbitas elipsides, quase circulares: Todas as rbitas so quase complanares, formando um disco, com

    algumas excepes, como a rbita de Pluto;

    Os movimentos dos planetas nas suas rbitas so todos no mesmosentido;

    Todos os planetas tm movimento de rotao no mesmo sentido exceptoVnus e rano);

    A densidade dos planetas mais prximos do sol superior dos planetasmais afastados, o que esta de acordo com a posio em que se formaram

    na nbula em rotao.

    PLANETAS, ASTEROIDES E COMETAS

    PLANETAS

    PLANETAS PRINCIPAIS descrevem as suas rbitas em torno do sol;

    PLANETAS SECUNDRIOS ou SATLITES descrevem translaes em torno do planeta

    principal.

    PKANETAS TELRICOS Mercrio, Vnus, Terra, Marte.

    Caractersticas:

    So essencialmente constitudos por materiais slidos;

    Apresentam-se estruturados em camadas; Parece terem um ncleo metlico;

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    A densidade elevada; Tm um dimetro inferior ou sensivelmente prximo do da Terra; Foram modificados por impactos que geraram crateras; As atmosferas, quando existentes, so geralmente pouco extensas relativamente s

    dimenses dos respectivos planetas;

    Os movimentos de rotao que descrevem so lentos; Possuem poucos satlites, e, em alguns casos no possuem mesmo nenhuns;

    PLANETAS GIGANTES (OU GASOSOS) Jpiter, Saturno, rano, Neptuno

    Caractersticas:

    Possuem dimetros bastantes superiores aos dos planetas telricos; Tm baixa densidade; So essencialmente formados por gases;

    Possuem um pequeno ncleo; Movem-se com maior velocidade; Tm, na generalidade, inmeros satlites.

    ASTERIDES corpos rochosos de forma irregular que se deslocam geralmente entre as

    rbitas de Marte e Jpiter.

    COMETAS corpos muito primitivos do sistema solar, rochosos, com rbitas muito excntricas

    relativamente ao sol. So constitudas por NCLEO, CABELEIRA e CAUDA.

    O ncleo dos cometas formado por rochas e envolvido por gua e gases congelados. Quando

    os cometas se aproximam do sol, geralmente, ao intersectarem a rbita de Jpiter, aquecem e

    dilatam, libertando gases contidos nas cavidades do material rochoso constituinte do ncleo.

    Esses gases exercem presso e provocam a fragmentao desse material. As partculas slidas

    so desprendidas e os gases libertados ficam retidos em torno do cometa, constituindo a

    cabeleira do cometa.

    METEOROIDES corpos de dimenses variveis, provenientes do espao, que se tornam

    incandescentes ao atravessar a atmosfera. O rasto luminoso deixado por eles ao atravessar a

    atmosfera chama-se meteoro. Quando uma parte do meteorides consegue atingir asuperfcie, tem o nome de meteorito.

    TIPOS DE METEORITOS:

    SIDERITOS (metlicos) so constitudos essencialmente por ferro e nquel.

    AERLITOS (rochosos) so constitudos por materiais rochosos;

    SIDERLITOS (mistura de metlicos e rochosos) so constitudos por silicatos, ferro e nquel.

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    A TERRA ACREO E DIFERENCIAO

    No inicio da sua formao a Terra teria, provavelmente, uma estrutura homognea, com uma

    distribuio regular do ferro, dos silicatos e da gua.

    Durante a acreo a Terra poderia ter comeado a aquecer ao efeito de trs fontes calorficasdiferentes:

    Impacto dos planetesimais a energia cintica era convertida em calor aquando doimpacto dos planetesimais. Grande parte desse calor irradiava para o espao mas uma

    parcela importante fica retida no planeta.

    Se a acreo se processasse a um ritmo elevado, a zona aquecida pelo impacto seria

    coberta por um novo material, antes de toda a energia anteriormente desenvolvida

    ter voltado ao espao, ficado retida e podendo aquecer o interior.

    Compresso conduziria tambm a um aumento de temperatura. As zonas internasdo planeta eram comprimidas sob o peso crescente da acumulao de novosmateriais.

    O calor resultante da compresso no podia irradiar para o espao devido baixa

    condutividade trmica das rochas. Como resultado o calor acumulava-se e a

    temperatura aumentava no interior da Terra.

    Desintegrao radioactiva os tomos de certos elementos radioactivos, como ournio e o trio, desintegraram-se espontaneamente, emitindo energia e

    transformando-se noutros mais estveis. Esse calor flui com dificuldade devido fraca

    condutividade trmica das rochas ficando armazenado no interior do globo terrestre.

    Diferenciao:

    Como o ponto de fuso de uma substncia aumenta com a profundidade, visto que a presso

    tambm aumenta, a determinada profundidade o ferro comeou a fundir. Sendo o ferro mais

    denso que os outros elementos comuns, teve tendncia para migrar para o centro do planeta,

    deslocando-se os materiais menos densos para a superfcie.

    A fuso e o aprofundamento do ferro conduziram a formao de um ncleo lquido no centro.

    Durante a formao do ncleo, aquando da deslocao do ferro para o centro da terra,

    ocorreu um aquecimento suficiente para elevar a temperatura da Terra a cerca de 2000C, o

    que ter causado a fuso de uma grande parte dos seus materiais. Os materiais menos densos

    migraram para a superfcie, arrefeceram e criaram a crosta primitiva.

    Na crosta recm-formada, e ainda muito quente, os fenmenos de vulcanismo seriam

    generalizados. O vapor de gua libertado durante os fenmenos de vulcanismo, ter-se-ia

    condensado por arrefecimento originando abundantes chuvas, que caindo sobre o planeta, j

    arrefecido, se acumularam, constituindo assim os oceanos primitivos. Em simultneo, durante

    os fenmenos de magmatismo generalizado, ter-se-ia formado a atmosfera primitiva.

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    A TERRA E OS OUTROS PLANETAS TELRICOS

    MANIFESTAES DE ACTIVIDADE GEOLGICA

    De origem interna, pode considerar-se o calor remanescente, resultante da:

    Acreo do planeta; Contraco gravitacional; Radioactividade resultante de istopos constituintes do planeta.

    Agentes externos:

    O calor irradiado pelo sol; A energia cintica resultante do impacto meteortico.

    Na Terra, a energia solar o motor que acciona os agentes atmosfricos responsveis pela

    meteorizao e eroso.

    A TERRA UM PLANETA A PROTEGER

    AS FACES DA TERRA CONTINENTES E FUNDOS OCENICOS

    reas continentais

    ESCUDOS so vastas extenses em que afloram rochas de idade pr-cmbrica que formam osncleos de cada continente.

    PLATAFORMAS ESTVEIS correspondem a zonas dos escudos que no afloram porque esto

    cobertas por sedimentos. Estes sedimentos so de origem marinha, tendo sido depositados no

    decurso de fases de subida do nvel das guas do mar.

    CINTURAS OROGNICAS RECENTES enormes cadeias alongadas de montanhas resultantes da

    coliso continente - continente ou placa ocenica continente. Estas cadeias (andes,

    Himalaias, ) esto ainda em formao.

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    FUNDOS OCENICO

    Do domnio continental fazem parte:

    PLATAFORMA CONTINENTAL faz parte da crosta continental e prolonga o continentesobre o mar, podendo atingir a profundidade de 200m.

    TALUDE CONTINENTAL representa o limite da parte imersa do domnio continental. uma zona de forte declive, cuja profundidade passa de 200m para 2500m.

    Do domnio ocenico fazem parte:

    PLANCIES ABISSAIS de profundidade compreendida entre 2500m e 6000m. Nasplancies abissais podem existir fossas.

    DORSAIS OCENICAS situam-se na parte intermdia ou nos bordos dos fundosocenicos, geralmente, na parte central de algumas dorsais existe um rifte. As dorsais

    so cortadas por falhas transversais. As encostas destas montanhas so constitudas

    por lavas consolidadas, dispostas em faixas paralelas para um e outro lado rifte.

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    MTODOS PARA O ESTUDO DO INTERIOR DA GEOSFERA

    MTODOS DIRECTOS

    Observao e estudo directo visvel da superfcie terrestre visvel;

    Explorao de jazigos minerais efectuados em minas e escavaes; Sondagens; Estudo de magmas e xenlitos os vulces lanam para o exterior, materiais oriundos

    de profundidades que podem atingir de 100 a 150 km de profundidade, ou mais. So

    como janelas para o interior da terra.

    MTODOS INDIRECTOS

    Planetologia e astrogeologia as tcnicas aplicadas no estudo de outros planetas dosistema solar podem ser usadas no estudo da Terra.

    Mtodos geofsicos:

    GRAVITMERIAestudo de variaes no campo gravtico da terra anomalias gravimtricas. Apresena de rochas menos densas, como um doma-salino, d origem a anomalias

    gravimtricas negativas; a presena de rochas mais densas, como uma intruso magmtica,

    leva a anomalias gravimtricas positivas.

    DENSIDADE A densidade global da Terra cerca de 5,5. As rochas da superfcie so muito

    menos densas. Uma ilao a retirar dessa constatao que devem existir materiais de

    densidade muito superior no interior do planeta.

    GEOMAGNETISMO A Terra tem um campo magntico invisvel. Sob a aco desse campo, um

    corpo magnetizado, uma agulha magntica, por exemplo, orienta-se, ficando a ponta azul

    voltada para o plo norte magntico.

    Durante o arrefecimento do magma, formam-se cristais, que podem ficar magnetizados

    instantaneamente quando a temperatura desce abaixo de um certo valor ponto de Curie.

    Os cristais funcionam ento como imanes fsseis, com uma polaridade magntica idntica docampo magntico na altura da sua formao.

    Certas rochas retm, pois, uma memria do campo magntico terrestre no tempo da sua

    formao, chamado paleomagnetismo.

    As inverses magnticas apresentam-se simtricas de e de outro lado do rifte, isto deve-se ao

    facto de a lava oriunda do manto solidificar ao chegar superfcie, originando basalto que

    alastra para um lado e para o outro, constituindo, assim, o fundo ocenico. Ao dar-se a

    solidificao os cristais magnetizam-se de acordo como a polaridade do campo magntico

    terrestre nesse momento.

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    SISMOLOGIA - estudo dos sismos e da propagao das ondas ssmicas.GEOTERMISMO - estudo da energia trmica da Terra.

    Gradiente geotrmico - a taxa de variao da temperatura com a profundidade, ou seja, o

    aumento da temperatura por quilmetro de profundidade, admite-se que este diminui com a

    profundidade.

    VULCANOLOGIA

    A actividade vulcnica pode ter contrapartidas econmicas que se vo diversificando:

    Utilizao agrcola nos solos, que so muito frteis devido deposio das cinzasvulcnicas;

    Explorao de vrios produtos minerais, como enxofre, cobre, ferro, platina ediamantes em alguns casos.

    Interesse turstico. Aproveitamento da energia geotrmica.

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    VULCANISMO ERUPTIVO

    Uma erupo vulcnica caracteriza-se pela emisso de lava, gases e materiais slidos de

    dimenses variadas, os piroclastos.

    A lava resulta do magma.

    O magma constitudo por uma mistura de silicatos fundidos, cristais em suspenso, e por

    diversos gases dissolvidos na mistura fundidasubstncias volteis.

    Cmaras magmticas grandes reservatrios de magma.

    Bolsadas magmticas pequenos depsitos de magma.

    Estes reservatrios so rodeados por rochas da crosta, as rochas encaixantes.

    Caldeiras as caldeiras de colapso formam-se devido ao afundamento da parte central do

    vulco, quando a lava expelida, forma-se um vazio na cmara magmtica,

    consequentemente o tecto rui dando origem a uma caldeira.

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    Erupes fissurais neste tipo de erupes a lava expulsa no atravs de uma chamin

    cilndrica mas sim atravs de fendas alongadas, que por vezes atingem vrios quilmetros de

    comprimento.

    Estas erupes esto associadas a magmas baslticos e verificam-se nos fundos ocenicos.

    TIPOS DE ERUPES VULCNICAS

    ERUPES EXPLOSIVAS As lavas so muito viscosas, fluem com dificuldade e impedem a

    libertao dos gases. Ocorrem, por isso, violentas exploses.

    H formao de domas ou cpulas, dentro da prpria cratera, noutras situaes a lava

    solidifica mesmo dentro da chamin vulcnica, formando, agulhas vulcnicas.

    Nas erupes explosivas os cones so altos e estreitos, formados pela acumulao de

    piroclastos e lava solidificada.

    ERUPES EFUSIVAS o magma fluido, a libertao de gases fcil e a erupo calma,

    com derramamento de lava abundante a altssima temperatura.

    H formao de mantos de lava, se os terrenos forem planos; se houver declive acentuado

    formam-se correntes de lava.

    Nas erupes efusivas os cones so baixos e largos, pois a lava espalha-se por grandes

    superfcies.

    O vulcanismo do fundo dos oceanos do tipo efusivo.

    ERUPES MISTAS assumem aspectos intermdios, entre os descritos, observando-se fases

    explosivas que alternam com fases efusivas, com predomnio de uma ou de outra conforme os

    casos.

    Nas erupes intermdias formam-se cones mistos, em que alternam as camadas de lava com

    camadas de piroclastos.

    PRODUTOS EXPELIDOS PELOS VULCES

    NATUREZA DAS LAVAS

    Os magmas podem ser:

    Bsicos 45% a 50% de slica (tipo fissural e efusivo); Intermdios 50% a 70% de slica; cidos superior a 70% de slica;

    EFUSIVASEXPLOSIVAS

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    Quanto maior for a riqueza em slica de uma lava, mais baixa a temperatura necessria

    para a manter no estado liquido e maior a sua viscosidade.

    LAVAS BSICAS tm composio semelhante do basalto, possuem baixa viscosidade, etemperaturas que oscilam entre os 1100C e os 1200C. Erupes efusivas.

    LAVAS CIDAS apresentam temperaturas entre os 800C e os 1000C, so muito viscosas.

    Erupes explosivas.

    MAGMA COM MAIS TEMPERATURA MAGMA MAIS FLUIDO

    Lavas encordoadasquando a superfcie externa da lava relativamente lisa, mas contorcida

    em pregas ou dobras lembrando cordas. ARREFECIMENTO MAIS LENTO

    Lavas escoriceas a superfcie externa da lava rompe-se durante o arrefecimento, tornando-

    se extremamente rugosa, irregular e formada por fragmentos porosos. ARREFECIMENTO MAIS

    RPIDO.

    Pedra-pomes de cor clara resultante de lavas cidas e associadas a erupes explosivas, so

    extremamente porosas e tem imensos vacolos.

    Escrias de cor escura, associadas a magmas fluidos, bsicos ou intermdios. Tm

    porosidade varivel.

    PIROCLASTOS podem ser piroclastos de queda ou piroclastos de fluxo.

    Piroclastos de queda so fragmentos que so projectados e devido ao peso acabam por cair,

    constituindo assim os piroclastos de queda.

    Os piroclastos de queda podem classificar-se como:

    Bombas ou blocos dimetro maior que 64 mm; Lapili ou bagacina dimetro entre 2 e 64 mm; Cinza menor que 2 mm;

    Piroclastos de fluxo h piroclastos que podem movimentar-se, ao longo das vertentes,

    envolvidos em gua ou em gases, constituindo assim os piroclastos de fluxo. Ex: nuvens

    ardentes.

    VULCANISMO RESIDUAL

    As emisses de gases designam-se por fumarolas.

    Quando abundam os compostos de enxofre, designam-se por sulfataras; Se predomina o CO2, designam-se mofetas;

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    A emisso de repuxos intermitentes designa-se por giseres.

    frequente que as guas subterrneas sejam sobreaquecidas, essas guas quentes podem

    botar a superfcie, constituindo as guas termais, se essas guas tm origem magmtica

    designam-se guas juvenis.

    VULCES E TECTNICA DE PLACAS

    A actividade vulcnica coincide essencialmente com as zonas de fronteiras de placas; O tipo de actividade vulcnica depende do contexto tectnico. Zonas de subduco vulcanismo explosivo; Zonas de rifte vulcanismo efusivo.

    Fronteiras divergentes das placas litosfricas grande actividade vulcnica nas zonas de rifte.

    Fronteiras convergentes das placas litosfricas a cintura mais espectacular ocorre ao longo

    das margens do pacfico.

    Vulces intraplacas existe, por vezes, actividade vulcnica no interior das placas litosfricas.

    Frequentemente, esse vulcanismo origina ilhas que emergem das guas.

    Esses centros de actividade vulcnica designados pontos quentes, podem estar representados

    por vulces isolados ou por grupos de vulces nos fundos ocenicos.

    Admite-se que os pontos quentes se relacionam com as plumas trmicas, que so longas

    colunas de material quente e pouco denso que sobem atravs do manto at base dalitosfera. As plumas trmicas terminam em forma de cogumelo. Devido subida o material

    experimente uma descompresso, o que pode levar sua fuso, originando uma fonte de

    magma que alimenta o vulco superfcie da terra.

    Os pontos quentes mantm uma posio fixa no manto e originam vulces.

    Noutros casos a placa desloca-se sobre o ponto quente, afastando-se da fonte de magma de

    vido ao seu movimento. O vulco formado extingue-se, originando outro sobre o ponto

    quente.

    O ponto quente mantm-se estacionrio, e os penachos de magma furam a placa, originado

    um vulco, cria-se assim uma ilha, ou uma cadeia de ilhas que se afastam do ponto quente

    devido ao movimento da placa.

    Com o tempo forma-se uma cadeia de vulces e ilhas.

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    MINIMIZAO DE RISCOS VULCNICOS PREVISO E PREVENO

    Vulco activo quando entrou em actividade recentemente ou, pelo menos, numperodo em que tenha havido registo histrico dessa erupo.

    Vulco extinto se, se apresenta muito erodido, sem sinais de futura actividade, nohavendo registo histrico de erupo.

    Vulco adormecido se no h memria de erupes e o vulco no evidencia sinaisde actividade, mas ainda no est completamente erodido.

    Diferentes tecnologias permitem detectar fenmenos precursores de uma erupo:

    Detectar a deformao do cone vulcnico clinmetro; Determinar variaes do campo magntico atravs de magnetmetros; Registar sismos; Registar a variao de temperatura das fumarolas, de fontes termais, da gua dos

    lagos e de poos prximos;

    Detectar variaes sbitas de temperatura do solo das proximidades do vulco; Analisar a composio qumica de gases libertados; Detectar variaes da fora gravtica gravmetros.

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    SISMOLOGIA

    Um sismo um movimento vibratrio brusco da superfcie terrestre, a maior parte das vezes,

    devido a uma sbita libertao de energia em zonas instveis do interior da Terra.

    Macrossismos so os sismos que so sentidos pela populao;

    Microssismos estes sismos no causam danos significativos ou so mesmo imperceptveis.

    CAUSAS DOS SISMOS

    Sismos de colapsoso devidos ao abatimento de grutas ou cavernas;

    Sismos vulcnicos so provocados por fortes presses que vulco experimenta antes de uma

    erupo e por movimentos de massas magmticas relacionados com fenmenos de

    vulcanismo.

    Sismos tectnicos so devidos a movimentos tectnicos.

    A crosta terrestre est constantemente a ser distorcida por foras, que podem ser:

    Compressivas os materiais so comprimidos, tendendo a diminuir a distncia entreas massas rochosas;

    Distensivas levam ao estiramento e alongamento do material, aumentando adistncia entre as duas massas rochosas;

    Cisalhamento os materiais so submetidos a presses que provocam movimentoshorizontais, experimentando alongamento na direco do movimento e estreitamento

    na direco perpendicular do alongamento.

    TEORIA DO RESSALTO ELSTICO

    Segundo a teoria do ressalto elstico, as rochas, quando sujeitas a foras contnuas,

    armazenam energia durante longos perodos de tempo, deformando-se.

    Se as tenses num dado momento ultrapassarem o limite de plasticidade das rochas, d-se a

    ruptura e deslocao, como enorme libertao da energia acumulada, o que provoca um

    sismo.

    Um acidente tectnico em que a ruptura das rochas acompanhada da deslocao dos blocosdesigna-se, falha.

    EFEITOS DOS SISMOS ONDAS SISMICAS

    Um sismo no um fenmeno isolado. Frequentemente so precedidos de pequenos abalos

    abalos premonitrios.

    Aps o abalo inicial, seguem-se tambm muitas vezes, abalos de menor intensidade

    designados rplicas.

    A zona do interior do globo onde tem origem a ruptura designa-se foco ssmico ou hipocentro.

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    O epicentro a zona da superfcie do globo onde o sismo sentido em primeiro lugar.

    ONDAS SSMICAS

    ONDAS SISMICAS

    Podem ser

    Ondas de volume (de profundidade) Ondas longas (superficiais)

    Podem ser Podem ser

    P (primrias) S (secundrias) Ondas de

    Rayleigh

    Ondas de

    Love

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    Ondas P estas ondas so caracterizadas pela vibrao das partculas paralelamente

    direco de propagao, provocam variaes no volume do material.

    Estas ondas propagam-se em meios slidos, lquidos e gasosos.

    Ondas S as partculas vibram num plano perpendicular direco de propagao. Estoondas provocam variaes da forma do material mas no do volume, apenas se propagam em

    meios slidos.

    ONDAS SUPERFICIAIS

    Propagam-se ao longo de toda a superfcie do globo. So as responsveis pela maior parte das

    destruies quando ocorre um terramoto.

    Ondas de Love as partculas vibram horizontalmente, fazendo a direco de vibrao um

    ngulo recto com a direco de propagao.

    Ondas de Rayleigh as partculas descrevem um movimento elptico, num plano

    perpendicular direco de propagao.

    Sismgrafo aparelho especializado usado para medir e registar as ondas ssmicas, o registo

    do sismgrafo o sismograma.

    Determinar a distncia epicentral (para distncias >100km)[(Diferena tempo chegada S e P)-1] x 1000 = DE km

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    INTENSIDADE SISMICA E MAGNITUDE

    Intensidade este parmetro baseada nos efeitos produzidos pelos sismos nas pessoas,

    objectos e estruturas, aps a ocorrncia de um sismo so feitos inquritos e entrevistas s

    populaes, que se destinam a recolher os seus depoimentos sobre observaes que fizeram

    durante o sismo, bem como dos prejuzos causados.

    Para a intensidade consideramos a escala de Mercalli modificada, com doze graus escritos em

    numerao romana.

    A determinao da intensidade de um sismo em vrios locais da regio onde foi sentido e

    localizado o epicentro pode ser feito atravs de uma carta de isossistas. Para osso traa-se em

    torno do epicentro linhas curvas, denominadas isossistas, que delimitam os domnios de igual

    intensidade ssmica.

    SISMOS E TECTNICA DE PLACAS

    Existem reas de grande actividade ssmica, contrastando com outras mais estveis:

    Cintura circumpacficadesignada por anel de fogo do Pacfico, onde se registam80% dos sismos terrestres;

    Cintura mediterrnico-asitica estende-se desde Gibraltar at ao sudoeste Asitico; Zonas correspondentes s grandes cristas ocenicas; Fronteiras convergentes

    A observao da repartio dos sismos ao longo destas margens activas mostra o mesmo

    padro de distribuio: inicialmente sismos de foco pouco profundo e depois focos de sismosprogressivamente mais profundos, medida que se avana no sentido do continente ou arco

    de ilhas.

    A repartio dos focos ssmicos ao nvel das fossas faz-se segundo um plano inclinado

    chamado plano de Benioff.

    Por exemplo na fossa do Japo, o plano de Benioff revela o aprofundamento ou subduco da

    placa pacfica sob a placa euro-asitica, at que a placa que mergulha se torne menos rgida

    devido ao aumento da temperatura.

    Nos casos de convergncia entre uma placa ocenica e uma placa com poro continental aplaca ocenica, mais densa, que mergulha sob a placa continental, menos densa.

    FRONTEIRAS DIVERGENTES sismos que ocorrem ao longo das cristas ocenicas, onde h

    alastramento do fundo ocenico so sismos de foco pouco profundo e geralmente de menor

    magnitude que os sismos das fronteiras convergentes. Estes sismos tm foco ao longo das

    falhas paralelas ao rifte.

    FRONTEIRAS CONSERVATIVAS ao longo das falhas transformantes, a duas placas movem-se

    horizontalmente em sentidos contrrios.

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    MINIMIZAO DE RISCOS SSMICOS PREVISO E PREVENO

    Entre as medidas preventivas podem salientar-se:

    Estudo geolgico dos terrenos;

    Construes parasssmicas; Formao de pessoal; Planos de evacuao; Educao da populao.

    DESCONTINUIDADES INTERNAS DA GEOSFERA REVELADAS POR SISMOLOGIA

    A velocidade das ondas ssmicas aumenta com a rigidez dos materiais e diminui

    proporcionalmente sua densidade.

    Descontinuidade de Mohorovicic Mohorovicic verificou que nos sismogramas de estaes

    situadas a algumas centenas de quilmetros do epicentro, havia registo de ondas P seguidas

    de ondas S e depois novamente ondas P seguidas e ondas S, ou seja havia repetio dos dois

    tipos de ondas, o que no se verificava nos sismogramas obtidos em estaes mais prximas

    do epicentro ou mais longnquas. Mohorovicic imaginou que os dois conjuntos de ondas P e os

    dois conjuntos de ondas S teriam partido do foco ao mesmo tempo, s que teriam seguido

    trajectrias diferentes e, por isso, gastaram tambm tempos diferentes.

    No interior da terra, a uma profundidade mdia de 35 a 40 km, existe uma superfcie de

    descontinuidade que separa a crosta do manto, formados por materiais de composio ecaractersticas diferentesdescontinuidade de Mohorovicic.

    As ondas ssmicas que atingem essa superfcie reflectem-se ou refractam-se. As que se

    refractam no manto aumentam significativamente de velocidade, o que denuncia uma

    composio diferente.

    Descontinuidade de Gutenberg um sismo com foco no Qunia, por exemplo, origina ondas

    que se propagam para o hemisfrio norte e para o hemisfrio sul. Alguns minutos depois ser

    sentido na Etipia, na Turquia e na Rssia.

    H, porm, uma zona da superfcie terrestre em no so registadas ondas P e S directas, ouseja, ondas que atingem a superfcie sem experimentarem desvios significativos da trajectria.

    De um modo geral, quando ocorre um sismo verifica-se a existncia de uma zona em que as

    ondas ssmicas P e S directas no so registadas por qualquer sismgrafo. Esta zona situa-se

    entre os 103 e os 143 a partir do epicentro e denomina-se zona de sombra ssmica.

    Nas regies que se localizam para alm dos 143 j so registadas ondas P, mas no ondas S,

    ou seja, as ondas S no se propagam a partir de 103 de ngulo epicentral.

    Aos 2900 km de profundidade, a velocidade das ondas P tem um abaixamento abrupto,

    interrompendo-se a propagao de ondas S.

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    profundidade de cerca 2900 km de profundidade localiza-se uma superfcie de

    descontinuidadedescontinuidade de Gutenberg, que separa o manto do ncleo terrestre.

    Atravs do manto, o aumento progressivo mais rpido da rigidez do que da densidade

    explica o aumento da velocidade das ondas.

    A constituio do ncleo deve ser muito diferente da do manto, dado o diferente

    comportamento das ondas ssmicas, diversos dados geofsicos sugerem que o ncleo seja

    constitudo por material extremamente denso, predominantemente algum ferro e algum

    nquel. Como as ondas S deixam de se propagar a partir dessa profundidade, pode admitir-se

    que esse material esteja fundido, ou que se comporta como um liquido. Esta hiptese

    explica tambm a queda de velocidade das ondas P, que passariam a propagar-se num meio

    muito denso e pouco rgido.

    Descontinuidade de Wiechert/Lehmann a cerca de 5140 km de profundidade a velocidade

    das ondas P volta a aumentar, o que sugere a existncia de uma nova superfcie dedescontinuidade que separa o ncleo externo do ncleo interno descontinuidade de

    Wiechert/Lehmann. O ncleo interno deve ser slido e com composio idntica do ncleo

    externo, pois a velocidade das ondas P maior que a prevista para um ncleo totalmente

    liquido.

    A razo da passagem de lquido a slido deve residir no efeito da presso sob o ponto de

    fuso do ferro. Nas zonas prximas do centro da Terra a presso deve ser milhes de vezes

    superior presso atmosfrica e o seu efeito deve sobrepor-se ao da temperatura, ficando o

    ferro no estado slido.

    A presso aumenta o ponto de fuso dos materiais.

    ZONA DE BAIXA VELOCIDADE

    No manto aproximadamente a partir da profundidade 100 km a velocidade das ondas P baixa

    de 8,5 km/s para 7,5 km/s. A partir dos 200 km de profundidade a velocidade comea a

    aumentar ligeiramente.

    A zona compreendida entre as profundidades de 100 km e 200 km, em que a velocidade das

    ondas mais baixa, chamada zona de baixa velocidade Astenosfera.

    Como h um abaixamento da velocidade das ondas, pode admitir-se que embora a

    composio seja idntica, o material deve ser menos rgido, menos elstico e mais plstico que

    nas regies abaixo e acima dela.

    Uma hiptese a formular que a essas profundidades as temperaturas sejam suficientemente

    altas para provocar a fuso parcial de alguns constituintes dos peridotitos.

    ESTRUTURA INTERNA DA GEOSFERA

    Que dados contribuem para a compreenso da estrutura do globo terrestre?

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    Presso sabe-se que a presso aumenta com a profundidade. A taxa de variao da presso

    com a profundidade denomina-se gradiente geobrico. A presso altera a estrutura dos

    minerais tornando-os mais densos, e faz subir o ponto de fuso dos mesmos.

    Temperatura aumenta tambm com a profundidade.

    Densidade dos materiais aumenta tambm com a profundidade. possvel de terminar a

    densidade mdia do planeta, que , segundo clculos, cerca de 5,5. Como muitos materiais na

    crosta so muito menos densos, ento tem de se admitir que no interior do globo devem

    existir materiais muito densos.

    MODELO SEGUNDO A COMPOSIO QUIMICA

    CROSTA a zona mais superficial do globo terrestre. Apresenta caractersticas diferentes nas

    zonas continentais e nas zonas ocenicas.

    Crosta continental tem uma espessura mdia de 35 a 40 km, podendo atingir os 70km sob as grandes cadeias montanhosas.

    essencialmente constituda por rochas siliciosas. A densidade mdia de 2,7.

    Crosta ocenica menos espessa e de natureza basltica, tem densidade 3,0 oumesmo um pouco mais.

    (A PLACA MAIS DENSA A QUE MERGULHA)

    MANTO estende-se desde a base da crosta at profundidade de 2883 km. formado por

    rocha slida, admitindo-se que seja do tipo peridotitos. A densidade deve variar entre 0s 3,3 eos 5,5.

    Manto superior estende-se at a profundidade de 700 km, aproximadamente. Manto inferior estende-se entre os 700 km e os 2883 km de profundidade.

    NCLEO ocupa a parte central da Terra, constitudo por materiais muito densos, variando

    de densidade entre 10 e 13 ou 14. constitudo essencialmente por ferro e nquel.

    A existncia de campo magntico terrestre tambm sugere a existncia de um ncleo

    metlico.

    Ncleo externo est compreendido entre os 2883km e os 5140 km. Ncleo interno tem um raio de 1231 km. Inicia-se profundidade de 5140 km e

    estende-se at ao centro.

    MODELO SEGUNDO AS PROPRIEDADES FSICAS

    LISTOSFERA Compreende a crosta e a parte mais externa do manto superior.

    Os materiais esto no estado slido e so rgidos. A litosfera est dividida em placas que se

    movimentam.

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    O limite inferior da litosfera marcado por um abaixamento da velocidade das ondas ssmicas

    que ultrapassam esse limite e no por uma mudana de composio.

    ASTENOSFERA um abaixamento da velocidade das ondas ssmicas a partir da base da

    litosfera verifica-se at uma profundidade de cerca de 200 km. Depois essa velocidade volta a

    aumentar novamente. A zona compreendida entre a base da litosfera e cerca de 350 km deprofundidade designada por astenosfera.

    Nesta zona a temperatura e a presso conjugam-se de modo que as rochas se aproximam do

    ponto de fuso.

    Alguns materiais podem mesmo fundir parcialmente, formando-se uma pequena percentagem

    de material lquido, assim a rocha perde rigidez, tornando-se mais plstica.

    MESOSFERA estende-se desde a base da astenosfera at a fronteira do manto com o ncleo.

    Abaixo da astenosfera a rocha torna-se novamente mais rgida, porque os efeitos da presso

    sobrepe-se aos efeitos das altas temperaturas.

    NCLEO (endosfera) na passagem para o ncleo moda a composio e as propriedades

    fsicas, distingue-se ento:

    Ncleo externo como as ondas S no atravessam o ncleo externo e as ondas Pexperimentam uma diminuio de velocidade, presume-se que o ncleo externo esteja

    fundido.

    Ncleo interno o aumento da velocidade das ondas P que o atravessam sugere queeste se encontra no estado slido.

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    GEOLOGIA - 11 ANO

    FORMAO DE ROCHAS SEDIMENTARES

    A gnese das rochas sedimentares implica duas etapas:

    - Elaborao dos materiais que as vo constituir SEDIMENTOGNESE

    - Evoluo posterior dos sedimentos DIAGNESE

    SEDIMENTOGNESE:

    - Meteorizao

    - Eroso;

    - Transporte;

    - Sedimentao.

    METEORIZAO Quando as rochas afloram ficam expostas aco de agentes variados, tais

    como, ar, gua, vento, mudanas de temperatura, os prprios seres vivos. Estes agentes

    provocam a alterao qumica e fsica das rochas.

    METEORIZAO FISICA - Provoca nas rochas uma desagregao em fragmentos de dimenses

    cada vez menores, mas que retm as caractersticas do material original. Ex: Efeito do gelo,

    actividade biolgica, descompresso superfcie, aco mecnica da gua e do vento,

    dilatao e contraco trmica.

    METEORIZAO QUIMICA A maioria dos minerais gerados em profundidade torna-se instvel

    em condies superficiais. Esses minerais experimentam decomposio qumica traduzida pela

    alterao da estrutura interna, podendo verificar-se remoo ou introduo de elementos.

    Os principais agentes desta alterao mineralgica so a gua com substncias dissolvidas, o

    oxignio e dixido de carbono atmosfricos a ainda as diferentes substncias produzidas

    pelos seres vivos.

    CARBONATAO:

    Meteoriza o Qumica

    Meteoriza o Fsica

    METEORIZAO QUIMICA

    Carbonatao Hidrlise Oxidao

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    Por exemplo, o CO2 pode reagir com gua, formando cido carbnico que se dissocia.

    Por sua vez, as guas acidificadas podem reagir, por exemplo com calcite (carbonato de clcio),

    mineral que faz parte dos calcrios formando produtos solveis.

    O clcio e hidrogenocarbonato so removidos em soluo deixando somente as impurezas

    insolveis.

    O calcrio geralmente contm, slica e argila misturadas, e como essas substncias no solveis

    ficam no local, preenchendo bolsas e depresses. Esses depsitos geralmente avermelhados

    devido presena de xido de ferro, denominam-se terra rossa.

    HIDRLISE:

    Os feldspatos, minerais muito frequentes em muitos tipos de rochas, nomeadamente nosgranitos, so tambm facilmente alterados pelas guas acidificadas, experimentando reaces

    de hidrlise.

    Nesta reaco o io potssio e a slica so removidos em soluo. Forma-se um mineral novo, a

    caulinite. Esta transformao designa-se por caulinizao.

    OXIDAO:

    O oxignio tambm muito importante na meteorizao qumica, provocando oxidaes.

    Muitos minerais contem ferro. Esse ferro pode ser facilmente oxidado, passando de ferroso

    (Fe2+) a frrico (Fe3+). Esta oxidao muito rpida em presena de gua e origina um mineral

    novo a hematite.

    H2O + CO2 H2CO3 H+ + HCO3

    -

    cido carbnico Io hidrogenocarbonato

    CaCO3 + H2CO3 Ca2+ +2(HCO3

    -)

    Carbonato de clcio cido carbnico Ioclcio

    Io hidrogenocarbonato

    2 KAlSi3O8 + 2 H2CO3 + H2O Al2Si2O5(OH)4 + 4 SiO2 + 2 K+ + 2 HCO3

    -

    Feldspato cido Carbnico Caulinite Slica Iopotssio

    Io

    hidrogenocarbonato

    4 FeO + O2 2 Fe2O3

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    TRANSPORTE E SEDIMENTAAO

    Os materiais resultantes da meteorizao das rochas podem ficar acumulados no local de

    origem, formando depsitos residuais, mas na maior parte dos casos so transportados,

    principalmente pela gua e pelo vento para outros locais. Alguns so transportados em

    soluo, outros sob forma de detritos. Durante o transporte sofrem vrias alteraes, podendo

    destacar-se as seguintes:

    ARREDONDAMENTO Os fragmentos devido aos choques entre eles e ao atrito com asrochas da superfcie, vo perdendo as arestas e vrtices, ficando progressivamente

    mais lisos e curvos, consequentemente os fragmentos inicialmente angulosos tornam-se mais redondos. Pelo grau de arredondamento pode-se determinar a durao de

    transporte.

    GRANOTRIAGEM As partculas so seleccionadas e separadas de acordo com otamanho, a forma e a densidade. Um sedimento considera-se bem calibrado quando

    os detritos tm aproximadamente o mesmo tamanho. O vento e os rios so bons

    agentes de granotriagem.

    SEDIMENTAO Deposio dos detritos no local final, quando o agente transportadorperde energia, os materiais no podendo seguir viagem depositam-se (depositam-se

    primeiro os detritos de maiores dimenses).

    A deposio d-se, em regra, segundo camadas sobrepostas horizontais e paralelas.

    As diferentes camadas denominam-se estratos e diferem umas das outras pela cor, pela

    composio ou pela granulidade.

    xido ferroso xido frrico (hematite)

    Estrato A

    Tecto

    Muro

    Junta de estratificao

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    Nem sempre a estratificao originalmente horizontal, quando o agente de transporte, vento

    ou gua, desliza sobre uma superfcie inclinada, so depositadas camadas de sedimentostambm inclinadas.

    Em sedimentos fluviais e elicos so tambm frequentes casos de estratificao entrecruzada.

    Este tipo de estratificao revela uma variao na intensidade e/ou direco do agente de

    transporte. Se a direco ou a velocidade da corrente se altera, tambm a orientao dos

    estratos subsequentes muda relativamente aos estratos inferiores.

    DIAGNESE:

    Atravs dos processos diagnicos, os sedimentos transformam-se em rochas sedimentares

    com diferentes graus de evoluo.

    COMPACO E DESIDRATAO medida que a sedimentao prossegue, novas camadas se

    vo sobrepondo, o que vai aumentar a presso a que as camadas inferiores ficam sujeitas.

    DIAGNESE

    CIMENTAOCOMPACO DESIDRATAO

    DESIDRA

    TAO

    COMPA

    CO

    Sada de H2O

    gua

    Sedimento

    (60% de gua)

    Aumentam os

    pontos de contactoentre as partculas

    RochaCompacta

    (10% de gua)

    - Mais densa;

    - Menos volumosa;

    - Menos H2O;

    - Mais compacta.

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    A compaco acentua estratificao e os minerais achatados podem ficar alinhados

    perpendicularmente direco da presso.

    CIMENTAO - Os espaos vazios entre os detritos so preenchidas por materiais de

    neoformao, resultantes da precipitao de substncias dissolvidas na gua de circulao.

    Estes materiais constituem um cimento que liga os detritos, formando uma rocha consolidada.

    muito frequente que o cimento resulte da precipitao de carbonato de clcio ou slica,

    formando um cimento muito duro.

    Quando os sedimentos so muito finos, os poros so demasiados pequenos para a circulaode gua. A consolidao , ento, devida compaco, ficando as partculas cada vez mais

    prximas.

    Noutras situaes, nos interstcios entre os sedimentos de maiores dimenses, depositam-se

    partculas muito finas transportadas pela gua, formando uma matriz que liga os materiais.

    Rocha formada a mais profundidade Rocha mais densa Menos porosa

    IDENTIFICAAO DE MINERAIS

    Embora e composio qumica e arranjo estrutural das partculas constituintes dos minerais

    sejam prprios de cada mineral, a determinao destas caractersticas requer uso de material

    avanado de laboratrio, nem sempre acessvel maioria das pessoas.

    As propriedades de estudo dos minerais podem ser:

    Propriedades fsicas; Propriedades qumicas.

    PROPRIEDADES FSICAS

    Propriedades pticas

    Propriedades mecnicas

    Densidade

    Cor Risca Brilho

    Dureza Clivagem Fractura

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    COR DOS MINERAIS

    Minerais idiocromticos so minerais que mostram uma cor caracterstica e prpria, como o

    verde para a malaquite, o cinzento para a galenite e o amarelo para o lato.

    Minerais alocromticos so minerais que no apresentam cor constante. O quartzo, porexemplo, pode ser incolor, branco, rseo, violeta, amarelo, ou mesmo negro.

    Como a cor raramente nica para cada mineral e porque a verdadeira cor pode ser alterada,

    esta caracterstica no constitui uma caracterstica muito fivel na identificao dos minerais.

    RISCA OU TRAO

    Risca ou trao corresponde cor do mineral, quando reduzido a p.

    Esta propriedade importante na identificao de minerais, porque mesmo que a cor varie

    entre limites amplo, a risca mantm-se normalmente constante, podendo, em certos casos,ser diferente da prpria cor do mineral.

    A risca pode ser facilmente determinada friccionando o mineral sobre uma placa de porcelana

    fosca, que muito dura. Se o mineral for menos duro que a porcelana deixa nesta um trao

    constitudo pelo p do mesmo e cuja cor facilmente identificvel.

    Geralmente, os minerais alocromticos, tm risca incolor, ou, pelo menos, cinzento-clara.

    Brilho ou lustre o brilho consiste no efeito produzido pela qualidade e intensidade da luz

    reflectida numa superfcie de fractura recente do material

    Brilho dos minerais

    Brilho metlico Brilho no metlico ou

    vulgar

    Sedoso ou acetinado Vtreo Adamantino

    Nacarado

    Resinoso

    Ceroso

    Gorduroso

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    CLIVAGEM E FRACTURA

    Clivagemconsiste na tendncia que um mineral tem de se dividir segundo superfcies planas

    e brilhantes, em determinadas direces.

    A clivagem est relacionada com a textura do cristal, resultando a arranjo dos tomos ou ies edo facto de as ligaes qumicas serem mais fracas numas direces do que noutras. Separam-

    se mais facilmente os planos ligados entre si com foras dbeis.

    Fractura o quartzo, por exemplo, no apresenta clivagem visvel e, quando se bate,

    desagrega-se em fragmentos com superfcies mais ou menos irregulares, sem direco

    privilegiada. Esta propriedade clivagem revela que todas as ligaes so igualmente fortes,

    qualquer que seja a ligao considerada. As superfcies de fractura no se repetem

    paralelamente entre si e podem apresentar diferentes aspectos.

    DUREZA

    Dureza consiste na resiste na resistncia que o mineral oferece abraso, ou seja, a ser

    riscado (sulcado) por outro mineral ou por determinados objectos.

    Para determinar a dureza relativa entre dois minerais, A e B, basta fazer deslizar sob presso

    uma aresta viva de A sobre uma superfcie do mineral B e proceder ao ensaio inverso, ou seja,

    tentar riscar A com uma aresta viva de B. O material mais duro deve deixar um sulco no

    mineral menos duro.

    Usualmente, a determinao da dureza dos minerais feita em relao aos termos de uma

    escala de dureza. Uma das escalas mais conhecidas a escala Mohs.

    Esta escala constituda por 10 termos, colocados por ordem crescente de dureza, desde o

    menos duro, o talco, at ao mais duro, o diamante.

    Qualquer mineral da escala risca todos os que esto abaixo dele, no sendo riscado por eles.

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    Se o mineral risca e riscado por determinado termo, ou ento, no se riscammutuamente, a dureza do mineral ser a correspondente desse termo.

    Se o mineral risca determinado termo, por exemplo, a calcite, no sendo riscado porela e riscado pelo termo imediatamente superior, neste caso a fluorite, no a

    riscando, a dureza do mineral fica compreendida entre esses dois termos. usual

    expressar-se pela dureza do termo inferior acrescida de 0,5. Seria ento, no nosso

    exemplo, 3,5.

    ENSAIOS PRELIMINARES

    Os ensaios preliminares permitem delimitar zonas da escala em qual a dureza do mineral em

    estudo deve situar-se. Dentro do intervalo considerado os termos devem iniciar-se pelo termo

    de maior dureza.

    DENSIDADE

    A densidade de um mineral, utilizando a balana de Jolly, consiste na relao, entre o peso de

    um determinado volume de material e o peso de igual volume de gua a 4C. O quartzo tem

    densidade 2,6, o que significa que determinada amostra de quartzo 2,6 vezes mais pesadaque igual volume de gua.

    PROPRIEDADES QUMICAS

    Alguns testes qumicos podem ser utilizados para fazer o diagnstico de minerais.

    o caso do sabor salgado da halite ou ento da efervescncia produzida por aco de um

    cido, por exemplo, o cido clordrico sobre a calcite.

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    CLASSIFICAO DAS ROCHAS SEDIMENTARES

    ROCHAS DETRTICAS So predominantemente constitudas por sedimentos de origem

    detrtica.

    ROCHAS CONGLOMERTICAS:

    BRECHAS - So rochas formadas por materiais angulosos que podem ser cimentados.Entre os elementos maiores, existe uma matriz constituda por elementos mais finos e

    pelo cimento silicioso que os aglutina.

    CONGLOMERADOS So originados pela cimentao de calhaus rolados. Na matrizexistem elementos de menores dimenses aglutinados pelo cimento.

    ROCHAS ARENTICAS:

    As areias so rochas desagregadas que podem ser observadas em diferentes ambientes: rios e

    margens, praias, nas dunas litorais e nos desertos.

    As areias podem ser:

    Areias fluviais Angulosas ou sub-roladas, grosseiras ou finas, grau de granotriagemvarivel.

    Areias marinhas Arredondas, polidas, brilhantes, geralmente bem calibradas. Areias elicas Bem arredondadas, baas, muito bem seleccionadas. Areias glacirias Muito angulosas e mal calibradas.

    As areias so, geralmente muito permeveis.

    ROCHAS SEDIMENTARES

    ROCHAS DETRTICAS ROCHAS QUIMIOGNICAS ROCHAS BIOGNICAS

    ROCHAS DETRITICAS

    ROCHAS CONGLOMERTICASROCHAS ARENITICAS

    ROCHAS SLTICASROCHAS ARGILOSAS

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    ROCHAS SLTICAS Resultam da consolidao de siltes depositados, tem uma composio

    mineralgica varivel.

    ROCHAS ARGILOSAS So constitudas por materiais muito pequenos, predominando os

    minerais de argila resultantes da meteorizao qumica de vrios minerais.

    As argilas raramente so puras, apresentando diversos minerais associados, que incluem

    partculas finssimas de feldspatos, de micas e at de quartzo. Quando so puras, so brancas,

    designando-se por caulino.

    As argilas so rochas pouco duras, friveis, isto , reduzem-se facilmente a p, e geralmente,

    tem um cheiro caracterstico a barro quando humedecidas. So muito plsticas, deformando-

    se facilmente sem ruptura sob aco de presses.

    Estas rochas so vidas de gua, absorvendo-a rapidamente quando esto secas. Contudo

    quando esto secas tornam-se praticamente impermeveis.

    Porque que o argilito uma rocha frivel?

    Porque como no h cimento as partculas desintegram-se mais facilmente.

    ROCHAS QUIMIOGNICAS

    So formadas, essencialmente, por materiais resultantes da precipitao de substncias em

    soluo.

    Entre esses processos pode destacar-se a evaporao da gua onde as substncias esto

    dissolvidas o que leva formao de cristais que se acumulam constituindo os evaporitos.

    CALCRIOS DE PRECIPITAO

    Os calcrios so rochas constitudas essencialmente por calcite. Estes calcrios resultam da

    precipitao de carbonato de clcio.

    O CO2 reage com a gua formando cido carbnico. Essas guas acidificadas provocam a

    meteorizao qumica dos calcrios.

    As guas acidificadas que circulam nos macios calcrios vo meteorizando quimicamente

    essas rochas, resultando da reaco hidrogenocarbonato de clcio, que solvel.

    ROCHAS QUIMIOGNICAS

    CALCRIOS DE PRECIPITAO ROCHAS SALINAS - EVAPORITOS

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    Em consequncia dessa reaco, a rocha fica esculpida por sulcos e cavidades que parecem

    autnticos rendilhados, sendo designados lapis.

    Formam-se tambm aberturas que estabelecem a ligao entre a superfcie e uma rede de

    cavidades e de galerias que foram geradas pelo mesmo processo do interior macio. Esses

    grandes espaos so designados por grutas.

    Ao gotejar do tecto de uma gruta, por exemplo, cada gota abandona no local de

    desprendimento uma pelcula de carbonato de clcio (CaCO3) que, por acumulao sucessiva

    ao longo de muitos milhares anos forma estruturas ascendentes designadas estalactites.

    O gotejar constante sobre o solo da gruta tambm leva acumulao sucessiva de pelculas de

    CaCO3, que formam estruturas ascendentes designadas estalagmites.

    Quando uma estalactite e uma estalagmite se juntam formam uma coluna.

    Na gua que flui sobre o cho da gruta pode ainda haver precipitao, formando camadassobrepostas de calcite, que originam uma rocha calcria designada por travertino.

    ROCHAS SALINAS EVAPORITOS

    As rochas designadas por evaporitos resultam da precipitao de sais dissolvidos, devido

    evaporao da gua que os contm em soluo.

    medida que ocorre a evaporao da gua, os sais menos solveis precipitam em primeiro

    lugar, seguindo-se sucessivamente, a precipitao dos sais progressivamente mais solveis que

    se vo sobrepondo aos j formados.

    GESSO Quimicamente sulfato de clcio hidratado (CaSO42 H2O), formando cristais

    transparentes ou massas brancas, de aspecto sedoso, fibroso ou granular.

    SAL -GEMA: constitudo, essencialmente, por halite, quimicamente cloreto de sdio.

    O sal-gema pouco denso e muito plstico.

    Na natureza, os depsitos profundos de sal-gema, quando sob presso, podem ascender

    atravs de zonas dbeis da crosta, formando grandes massas de sal, chamadas domas salinos,

    ou diapiros.

    ROCHAS BIOGNICAS

    Os sedimentos que constituem as rochas biognicas podem ser constitudos por detritos

    orgnicos ou por materiais resultantes de uma aco bioqumica.

    CALCRIOS BIOGNICOS

    Aps a morte, de certos organismos aquticos, estes depositam-se nos fundos do mar,

    formando um sedimento biognico. A parte orgnica normalmente decomposta e as conchas

    acabem por ser cimentadas, evoluindo para calcrios consolidados. So calcrios biognicos ,

    os calcrios numulticos, os calcrios conquferos e os calcrios recifais.

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    CARVES E PETRLEOS

    Embora o petrleo no seja uma rocha no sentido comum do termo, uma vez que lquido,

    ele encontra-se exclusivamente no interior de rochas sedimentares e forma-se a partir de

    sedimentos biognicos, a sua matria inicial foi, pois, matria proveniente de seres vivos,

    principalmente seres fotossintticos.

    Estes seres convertem a energia luminosa do solo em energia qumica armazenada nos

    compostos orgnicos que constituem as suas estruturas. Em meios sedimentares alimentados

    por grandes quantidades de detritos orgnicos provenientes dos seres considerados, quando,

    esses detritos devido a um aprofundamento acelerado ficam rapidamente afastados do meio

    oxidante, transformam-se, de acordo com as condies e com a natureza dos detritos, em

    carves ou petrleos.

    Os carves e o petrleo so designados por combustveis fsseis, devido ao facto de estes

    representarem a energia solar, captada, transformada, armazenada e preservada durantemilhes de anos.

    A evoluo da matria orgnica para formar carves ou petrleos s possvel em meios

    muito especiais. Estes meios caracterizam-se por condies anaerbias e so ambientes

    lagunares costeiros ou meios lacustres. Nessas bacias, medida que ocorre a sedimentao,

    devido a fenmenos tectnicos, o fundo experimenta movimentos de subsidncia, ou seja, vai

    aprofundado progressivamente.

    Em consequncia desse rebaixamento, as camadas sedimentares tambm afundam

    rapidamente (cerca de 1cm por sculo), ficando num ambiente privado de oxignio. Neste

    ambiente, os detritos orgnicos so transformados mas escapam a uma mineralizao

    completa.

    As transformaes so devidas aco de microrganismos anaerbios e s novas condies de

    temperatura e de presso que, como sabe, aumentam com a profundidade.

    CARVES Em alguns ambientes continentais propcios, geralmente pantanosos, ou zonas de

    difcil drenagem de gua, a parte inferior dos musgos ou de outras plantas herbceas

    transforma-se devido aco de microrganismos anaerbios num produto carbonoso, rico em

    matrias volteis, chamado turfa.

    Como nestes locais no existe aprofundamento, ou muito reduzido, as turfas so pobres

    em carbono e no evoluem, geralmente para verdadeiros carves.

    A turfa no considerado carvo verdadeiro porque formou-se superfcie e no sofreu

    subsidncia (aprofundamento).

    subsidncia rpida A quantidade de materiais menor

    Maior espessura Aprofundamento mais lento

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    Em bacias costeiras lagunares, os detritos so abundantes e aprofundam rapidamente sendo

    recobertos por sedimentos terrgenos. A matria orgnica acumulada, proveniente de flora

    continental rica em celulose e lenhina e evolui por diagnese, para carves hmicos.

    Durante o aprofundamento, sob aco de bactrias anaerbias, os detritos vegetais so

    transformados, formando uma pasta, na qual ainda se reconhecem melhor ou pior, restosvegetais.

    medida que o afundamento prossegue, o aumento da presso e temperatura, associado

    presena de substncias txicas, resultantes do metabolismo das bactrias, provoca a morte

    das mesmas. Nestas novas condies h perda de gua e de substncias volteis e um

    enriquecimento relativo em carbono incarbonizaao. Consoante o grau de evoluo

    formam-se assim diferentes carves, tais como, lignitos, em que a estrutura fibrosa dos

    vegetais ainda visvel, depois carvo betuminoso, e por fim, antracito.

    A turfa o produto menos evoludo, com enorme quantidade de gua e de substnciasvolteis e baixa percentagem de carbono.

    Os lignitos tm percentagens de substncias volteis elevadas, enquanto a percentagem de

    carbono em relao aos antracitos mais baixa.

    O antracito pelo contrrio, tem uma elevada percentagem de carbono (ultrapassando por

    vezes os 90%), enquanto a percentagem de volteis muito reduzida (no ultrapassa os 10%).

    Da que, por combusto, no forme fumos e liberte maior quantidade de calor do que os

    outros carves.

    O aumento do teor em carbono depende da idade, quanto mais antigos so os carves, maisricos so em carbono, e das condies de presso e temperatura a que estiveram sujeitos.

    PETROLEOS Os produtos petrolferos naturais incluem materiais gasosos, lquidos e slidos

    nas condies PTN. Os produtos slidos designam-se por, asfaltos ou betumes, os lquidos por

    petrleo bruto ou nafta e os gasosos por gs natural.

    Quimicamente o petrleo constitudo, essencialmente, por misturas de hidrocarbonetos que

    derivam, principalmente da parte lipdica da matria orgnica. Admite-se que o material que

    PETROLEO

    constitudo por 3 fases

    Petrleo bruto (fraco liquida); Gs natural (fraco gasosa); Asfalto (fraco slida).

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    se transforma em petrleo constitudo principalmente por plncton. Os petrleos formam-se

    pois em ambientes que permitem o desenvolvimento de plncton abundante

    A matria orgnica acumulada profundidade de 2000 a 2000m, em ambiente anaerbio e em

    determinadas condies de temperatura, transformada em hidrocarbonetos lquidos que

    constituem o petrleo e em alguns hidrocarbonetos gasosos e slidos que ficam em soluo.

    Este processo extremamente lento. A rocha onde decorre todo este processo designa-se por

    rocha me.

    Sob a influncia de presses os hidrocarbonetos fluidos, como so pouco densos, migram darocha me, acumulando-se em rochas porosas e permeveis (arenitos, conglomerados, rochas

    carbonatadas) que constituem a rocha armazm ou rocha reservatrio. Sobre esta rocha

    existe uma cama impermevel (rochas argilosas) que impede a migrao e disperso do

    petrleo superfcie. Esta barreira impermevel designa-se por rocha-cobertura.

    A rocha armazm e a rocha-cobertura impedem o movimento do petrleo superfcie,

    constituem, por isso, a armadilha petrolfera.

    Rocha cobertura

    (impermevel)

    Rocha reservatrioRocha me

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    ROCHAS SEDIMENTARES, ARQUIVOS HISTORICOS DA TERRA

    O estudo dos sedimentos e das rochas sedimentares permite no s fazer a datao de muitas

    formaes mas tambm reconstituir ambientes antigos ou peloambientes em que a gnese

    dessas rochas ocorreu.

    As rochas sedimentares so habitualmente estratificadas e frequentemente fossilferas. Alem

    disso, preservam determinadas estruturas que ajudam a desvendar as condies da sua

    formao, como por exemplo:

    Marcas de ondulao as marcas de ondulao que se observam em praias actuaisaparecem tambm preservadas em alguns arenitos antigos, dando-nos informao

    sobre o ambiente sedimentar em que a rocha se formou.

    Fendas de dessecao ou fendas de retraco estas fendas que frequentemente seobservam em terrenos argilosos actuais, observam-se tambm conservadas em rochas

    antigas. Marcas de gotas de chuva Pegadas de animais, pistas de reptao, fezes fossilizadas.

    O PRESENTE A CHAVE DO PASSADO

    PRINCIPIO DAS CAUSAS ACTUAIS OU PRINCIPIO DO ACTUALISMO Segundo este principio

    pode-se explicar o passado a partir do que se observa hoje, isto , causas que provocaram

    determinados fenmenos no passado so idnticas s que provocam o mesmo tipo de

    fenmenos no presente.

    FOSSEIS Nas rochas sedimentares aparecem frequentemente restos ou simples vestgios de

    seres vivos que viveram em tempos geolgicos anteriores poca actual. Esses vestgios

    designam-se por FOSSEIS E SO CONTEMPORNEOS DA GNESE DA ROCHA QUE OS

    CONTM.

    Processos de fossilizao:

    MUMIFICAO os organismos, ou partes deles, so preservados sem alterao oucom pequenas modificaes. Este processo acontece quando o organismo

    totalmente envolvido num meio assptico, como seja, resina fssil ou mbar, gelo,

    alcatro, etc.

    MOLDAGEM o organismo imprimem um molde sem sedimentos finos que oenvolvem ou preenchem. O organismo pode depois ser destrudo mas o molde

    persiste.

    Molde interno os sedimentos preenchem a concha queposteriormente dissolvida ficando apenas o molde da superfcie

    interna;

    Molde externo a concha imprime o molde da superfcie externa nossedimentos, sendo depois removida.

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    MINERALIZAAO Os constituintes de partes duras, como ossos, conchas, etc., sosubstitudos por minerais transportados em soluo nas guas subterrneas e que

    precipitam;

    MARCAS FOSSEIS So pegadas, marcas de reptao, fezes fossilizadas queconstituem evidncias da existncia do ser vivo que deixou essa marca.

    DATAAO RELATIVA DAS ROCHAS

    PRINCPIO DA SOBREPOSIO De acordo com o princpio da sobreposio, numa srie de

    estratos na sua posio original, qualquer estrato mais recente do que os estratos que

    esto abaixo e dele e mais antigo do que os que a ele se sobrepem. Assim, um conjunto

    vertical de estratos forma uma sequncia estratigrfica e representa um registo cronolgico da

    histria geolgica da regio.

    Nesta cronologia, pode dizer-se que uma camada de rocha mais antiga do que outra mas no

    pode dizer quanto anos mais velha, nem seque quantos anos tem.

    As grandes descontinuidades no registo geolgico, marcadas pela ausncia de camadas mais

    ou menos espessas, designam-se por discordncias estratigrficas ou lacunas que podem ser

    explicadas por ausncias de sedimentaes no local ou por eroso de camadas que existiram.

    PRINCPIO DA CONTINUIDADE Em diferentes pontos da Terra pode haver a mesma

    sequncia estratigrfica, mesmo faltando um elemento tm a mesma idade, ou seja, a

    correlao entre estratos distanciados lateralmente.

    PRINCPIO DA INDENTIDADE PALEONTOLGICA Este princpio admite que os grupos defosseis aparecem numa ordem definida e que se pode reconhecer determinado perodo

    Estrato A

    Estrato B

    Estrato C

    O estrato A o mais recente

    O estrato C o mais antigoO estrato B mais recente que o C,

    e mais antigo que o A

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    geolgico pelas caractersticas dos fosseis. Mas no so quaisquer fosseis que nos permitem

    datar terrenos, apenas os fosseis de idade nos do esta possibilidade.

    FOSSEIS DE IDADE So fsseis correspondentes a grupos de seres vivos que viveram durante

    um perodo de tempo curto e tiveram uma grande rea de disperso.

    Os fosseis de idade permitem compara diferentes camadas eventualmente muito distantes, as

    camadas que apresentam os mesmos fsseis tm a mesma idades.

    PRINCPIO DA INTERSECO E PRINCPIO DA INCLUSO

    Segundo o princpio da interseco, toda a estrutura que intersecta outra mais recente do

    que ela.

    De acordo com o principio da incluso, fragmentos de rochas incorporados ou includos numa

    rocha so mais antigos que a rocha que os engloba.

    RECONSTITUIO DE PALEOAMBIENTES

    Caracteres texturais, mineralgicos, qumicos, paleontolgicos e estruturais, permitem definir

    o ambiente de sedimentao e de formao das rochas. As caractersticas consideradas

    constituem a fcies da rocha.

    FSSEIS DE FCIES So fsseis que permitem, muitas vezes, reconstituir os ambientes em

    que, no passado, as rochas que os contm foram geradas. Tm particular importncia como

    fosseis de fcies os fsseis de organismos que viveram apenas em condies muito restritas.

    A

    B

    C

    D

    E

    G

    F

    I

    O filo H mais recente do que as rochas

    A, B, C, D, E, G e I.

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    MAGMATISMO ROCHAS MAGMTICAS

    DIVERSIDADE DE MAGMAS

    A formao de rochas magmticas est em grande parte relacionada com a mobilidade da

    litosfera e ocorre, em regra, nos limites convergentes e divergentes das rochas litosfricas.

    Rochas intrusivas (ou plutonitos) quando o magma consolida no interior da Terra;

    Rochas extrusivas (ou vulcanitos) quando o magma consolida superfcie.

    Vulcanismo manifestao do magmatismo mais comum nos limites de placas riftes, mas

    pode tambm ocorrer nas zonas de subduco (fossas).

    TIPOS DE MAGMAS

    Magma basltico (bsico)contm cerca de 50% de slica e uma pequena quantidadede gases. BASALTO (arrefecimento superfcie) e o GRABRO (arrefecimento em

    profundidade);

    Magma andestico contm cerca de 60% de slica e bastantes gases dissolvidos.ANDESITO (arrefecimento superfcie) e DIORITO (arrefecimento em profundidade);

    Magma riolticocontm cerca de 70% de slica e uma elevada quantidade de gases.RILITO (arrefecimento superfcie) e GRANITO (arrefecimento em profundidade);

    Magmas baslticos so os magmas que por consolidao do origem aos fundos ocenicos.

    Estes magmas so expelidos ao longo dos pontos quentes, tendo-se originado a partir de

    rochas do manto.

    Se a ascenso muito rpida, pode no haver tempo para a cristalizao e, ento, formam-se

    rochas com textura vtrea, ou mistura amorfa, ou seja, no houve tempo para a formao e

    organizao dos cristais.

    Magmas andesticos - formam-se em especial nas zonas de subduco e relacionam-se com

    zonas altamente vulcnicas.

    Magmas riolticos os magmas riolticos parecem formar-se a partir da fuso parcial das

    rochas constituintes da crosta continental.

    Estes magmas tendem a ser muito ricos em gases, porque resultam da fuso das rochas da

    crosta continental, muito rica em gua e dixido de carbono. Durante a fuso os gases

    concentram-se no magma.

    A presena de gua faz baixar o ponto de fuso dos minerais. No entanto, esse efeito deixa de

    se verificar a baixas presses.

    Para constiturem um rilito, esses magmas devem atingir a superfcie com uma temperatura

    de cerca de 800C. As zonas da Terra onde parece verificar-se estas condies, situa-se na

    crosta terrestre e em locais onde se d a formao de grandes cadeias montanhosas, devido

    ao choque entre placas.

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    CRISTAIS

    Os principais factores que afectam a cristalizao so:

    A agitao do meio;

    O tempo; O espao disponvel; A temperatura.

    Ou seja, quanto mais calmo estiver o meio, quanto mais lento for o processo e quanto maior o

    espao disponvel, mais desenvolvidos e perfeitos os cristais so.

    As formas dos cristais, contudo, no dependem apenas das condies externas que

    determinam a sua gnese. So tambm factores internos que contribuem para a sua

    organizao espacial interna e, consequentemente, para as formas que assumem.

    A estrutura cristalina implica uma disposio ordenada dos tomos ou ies, que formam uma

    rede tridimensional que segue um modelo geomtrico caracterstico de cada espcie mineral.

    A rede constituda por unidades de forma paralelepipdica que constituem a malha

    elementar ou motivo cristalino, que se repetem. Num cristal, os ns correspondem s

    partculas elementares, as fiadas so alinhamentos de partculas e os planos reticulares so

    planos definidos por duas fiadas no paralelas.

    Por vezes, as partculas no chegam a atingir o estado cristalino. A textura fica desordenada,

    designando-se a matria, nestas condies, por textura amorfa ou vtrea.

    SILICATOS PRINCIPAIS CONSTITUINTES DAS ROCHAS

    Aproximadamente 95% do peso e do volume da crosta terrestre so formados por minerais

    pertencentes ao grupo dos silicatos. A estrutura mais comum dos silicatos o tetraedro (SiO4)4-

    ISOMORFISMO E POLIMORFISMO

    Isomorfismo existem substncias que, embora quimicamente diferentes, apresentam a

    estrutura interna idntica e formas externas semelhantes, designando-se assim por

    substncias isomorfas.

    Em casos de substncias isomorfas, pode ocorrer a substituio, na rede estrutural, de um tipo

    de io por outro diferente. Esta substituio s possvel se houver afinidade qumica entre

    essas partculas e os raios dos ies intersubstituiveis forem semelhantes.

    A conjuntos de minerais como estes, que mantendo a estrutura interna, variam de

    composio, chama-se srie isomorfa ou soluo slida, e os cristais constitudos designam-se

    por cristais de misturas, misturas slidas ou misturas isomorfas.

    o caso, por exemplo das plagiclases, que so silicatos em que o Na+ e o Ca+ se podem

    intersubstituir.

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    Polimorfismo pode ainda ocorrer na natureza minerais que, apesar de terem a mesma

    composio qumica, apresentam redes cristalinas diferentes polimorfismo. O carbonato de

    clcio pode formar dois minerais diferentes, a calcite e a aragonite, tambm o carbono pode

    cristalizar em dois minerais diferentes, o diamante a grafite.

    DIFERENCIAAO MAGMTICA

    Um s magma pode originar diversos tipos de rochas, visto ser constitudo por uma mistura

    complexa que ao solidificar origina diferentes associaes de minerais.

    Como a cristalizao desses minerais ocorre a temperaturas diferentes, formam-se durante o

    processo diferentes associaes de cristais e um magma residual. A composio do magma

    residual vai mudando conforme a temperatura vai baixando, podendo originar rochas

    diferentes do magma original. Pode, ento, afirmar-se que existe uma diferenciao

    magmtica por , isto , realizada em tempos diferentes.

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    Segundo Bowen, existem duas sries de reaces que se designam respectivamente, por srie

    dos minerais ferromagnesianos ou srie descontnua e srie das plagiclases ou srie

    continua.

    Estas sries reflectem fenmenos que ocorrem simultaneamente medida que a temperatura

    do magma vai baixando, se no houver separao dos minerais que se vo formando.

    Durante o arrefecimento do magma, na srie descontnua, primeiro formam-se as olivinas,

    cujo ponto de fuso mais elevado. Posteriormente cristalizam as piroxenas, depois as

    anfbolas e, por fim, a biotite. Se, porm, estes minerais no se separarem do banho

    magmtico, podem reagir com ele produzindo outros. Por exemplo, se a reaco da olivina

    leva formao de piroxenas, que, por sua vez, reagindo com o magma envolvente originam

    as anfbolas, as quais seguidamente podem originar a biotite.

    Simultaneamente, com a cristalizao da olivina forma-se a anortite (rica em Ca) da srie

    contnua. medida que a temperatura vai descendo na rede cristalina da anortite o clcio vai

    sendo, progressivamente substitudo por sdio em todas as propores, originando a srie de

    plagiclases sucessivamente mais ricas em sdio (albite rica em Na). Essa substituio faz-se

    de forma contnua, dependendo da composio do magma inicial.

    A temperaturas mais baixas o magma residual formar feldspato potssico, moscovite e

    finalmente quartzo, que cristaliza entre os cristais j formados.

    Se, durante a consolidao, os cristais se forem separando do lquido remanescente, um

    mesmo magma original pode dar origem a rochas diferentes.

    So vrias a formas pelas quais os cristais podem ser separados do magma residual:

    Compresso do local onde se formam os cristais se o local onde se formam oscristais for comprimido, o liquido residual tende a escapar por pequenas fendas,

    enquanto os cristais ficam no local da sua gnese.

    Diferenciao gravtica se os cristais so mais densos ou menos densos do que oliquido residual, eles deslocam-se para o fundo ou para o cimo da cmara magmtica,

    respectivamente. Eles tendem a acumular-se por ordem da sua formao e por ordem

    das suas densidades.

    Suponhamos que os cristais de olivina, piroxenas e algumas plagiclases calcossdicas se

    separam do restante magma, formando uma rocha - o gabro. O magma residual fica ento

    bastante rico em slica, alumnio e potssio, porque a maioria do ferro, clcio e magnsio j se

    esgotou. Este magma residual pode migrar para um contexto diferente daquele em que se

    geraram os primeiros cristais de olivina, piroxenas e plagiclases calcossdicas. O resultado

    pode ser a formao de uma rocha como o granito, composto essencialmente por quartzo,

    moscovite e feldspato potssico. Nesta situao o magma que originou o granito foi o

    resultado da diferenciao magmtica operada num magma de natureza basltica.

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    DIVERSIDADE DE ROCHAS MAGMTICAS

    Composio mineralgica

    Uma das propriedades que pode dar a ideia da composio das rochas a tonalidade geral que

    apresentam. Minerais como o quartzo, feldspatos (ortclase e plagiclases) e a moscovite sominerais de cores claras e pouco densos, chamados minerais flsicos. A biotite, as piroxenas,

    as anfbolas e a olivina pelo facto de serem ricas em ferro e magnsio, apresentam cores

    escuras e so designadas por minerais mficos.

    Quando os minerais predominantes so flsicos, como no caso das rochas cidas, essas rochas

    so claras e denominam-se leucocratas.

    Se os minerais predominantes so mficos, o que acontece nas rochas bsicas, as rochas

    resultantes designam-se melanocratas.

    Se as rochas apresentam colorao intermdia, designam-se mesocratas.

    Textura o aspecto geral da rocha resultante das dimenses, da forma e do arranjo dos

    minerais constituintes. A viscosidade e o tempo de arrefecimento dos magmas so factores

    que interferem no tamanho dos cristais que as rochas apresentam.

    As texturas podem ser:

    Granular as dimenses dos cristais tm, em geral, 1mm ou mais de dimetro. Istoacontece porque durante o arrefecimento do magma, a matria organiza-se formando

    cristais relativamente desenvolvidos e visveis a olho nu. Este tipo de textura

    caracterstico das rochas intrusivas;

    Agranular a maioria destes cristais tm dimenses microscpicas, podendo existirpequenas pores de uma espcie de vidro em que os tomos no se organizam em

    minerais individualizados. Neste tipo de rochas o aspecto mais ou menos

    homogneo. Esta textura caracterstica das rochas resultantes de magmas que

    ascendem rapidamente superfcie.

    FAMILIAS DE ROCHAS MAGMTICAS

    As plagiclases encontram-se em todas as rochas magmticas, embora se verifique um

    predomnio dos termos mais sdicos na leucocratas, sendo substitudos pelos mais ricos emclcio nas melanocratas.

    A tonalidade geral das rochas tambm vai variando, pois est relacionada com a composio

    qumica. Quanto mais abundantes forem os minerais ferromagnesianos, mais escuras so as

    rochas. Deste modo, os basaltos e os gabros so rochas mais escuras.

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    DEFORMAES NAS ROCHAS

    a mobilidade da litosfera e o peso das camadas suprajacentes que provocam, ao longo dos

    tempos, tenses, ou seja, foras aplicadas por unidade de rea que vo originar deformaes

    nas rochas. Na maior parte dos casos correspondem a alteraes da forma e do volume

    simultaneamente.

    As rochas no so elsticas, so mais plsticas por isso no voltam posio inicial.

    MECANISMOS DE DEFORMAO

    Foras compressivas

    Provocam:

    Dobras;

    Falhas compressivas.

    Foras distensivas

    Provocam:

    Estiramento; Falhas distensivas.

    Foras de cisalhamento

    Provocam:

    Cisalhamento; Falha de desligamento.

    Tenses de compresso actuam sobre a rocha e tendem a reduzir o seu volume, podendo

    originar a sua fractura.

    Tenses de distenso ou de traco as foras aplicadas tendem a alongar ou fracturar a

    rocha.

    Tenses de Cisalhamento provocam movimentos paralelos em sentidos opostos.

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    Deformao elstica a deformao reversvel e proporcional ao esforo aplicado. Quando

    cessa a fora deformadora, o material recupera o estado primitivo. Como exemplo, temo o

    comportamento de uma mola elstica, qual se aplica um dado esforo que no ultrapasse

    determinado limite, limite de elasticidade.

    O campo de deformao elstica nas rochas , geralmente, muito limitado, e, quando ultrapassado o limite de elasticidade as rochas adquirem um comportamento plstico ou

    entram em rotura.

    Deformao plstica acima do limite de elasticidade, o material fica deformado

    permanentemente sem rotura se no for ultrapassado o limite de plasticidade. Esta

    deformao pode ser evidenciada em plasticina ou em barro que, quando modelados,

    conservam a deformao. A deformao chamada deformao contnua, quando no se

    verificam descontinuidades entre as partes contguas do material deformado. Ex: dobras.

    Deformao por rotura quando ultrapassado o limite de plasticidade, a rocha cede e entraem rotura. Essas deformaes podem ser consideradas deformaes contnuas. Ex: falhas.

    As rochas podem ter um comportamento frgil, quando sob aces de tenso entram

    facilmente em rotura, ou um comportamento dctil, se experimentam deformaes

    permanentes, entrando contudo mais dificilmente em rotura.

    Em geral as rochas so materiais pouco plsticos, que entram facilmente em rotura, isto ,

    manifestam um comportamento frgil. A rotura ocorre principalmente quando esto prximas

    da superfcie.

    A profundidades elevadas e sob a aco de grandes tenses e temperaturas, as rochas entramem rotura mais dificilmente, revelando ento um comportamento dctil.

    INFLUNCIA DE FACTORES AMBIENTAIS NA DEFORMAO DAS ROCHAS

    Tenso confinante ou litosttica a tenso resultante do peso das camadas suprajacentes.

    Esta tenso aumenta a ductilidade da rocha, aumentando o campo de plasticidade e,

    consequentemente, a resistncia rotura.

    Tenso no litosttica ou dirigida ocorre quando um corpo est sujeito a foras de

    intensidade diferente nas diversas direces.

    Temperatura aumenta tambm a plasticidade. Por exemplo, um vidro que se partiu

    temperatura ambiente pode ser reciclado, porque os bocados resultantes podem ser

    aquecidos tornando-se moldveis.

    Do mesmo modo que a presso, a temperatura aumenta tambm com a profundidade e,

    consequentemente, aumenta o limite de plasticidade das rochas.

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    Contedo em fluidos de um modo geral, faz tambm aumenta a plasticidade das rochas.

    uma situao anloga que se verifica num ramo hmido de uma rvore que flecte mais

    facilmen