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FACULDADE TECSOMA Curso de Graduação em Biomedicina Luciana Aparecida Ferreira dos Santos PREVALÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS EM ALUNOS DO PRÉ- ESCOLAR GENTE PEQUENA NO MUNICÍPIO DE PARACATU-MG Paracatu-MG 2012

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FACULDADE TECSOMA

Curso de Graduação em Biomedicina

Luciana Aparecida Ferreira dos Santos

PREVALÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS EM ALUNOS DO PRÉ-

ESCOLAR GENTE PEQUENA NO MUNICÍPIO DE PARACATU-MG

Paracatu-MG

2012

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Luciana Aparecida Ferreira dos Santos

PREVALÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS EM ALUNOS DO PRÉ-

ESCOLAR GENTE PEQUENA NO MUNICÍPIO DE PARACATU - MG

Monografia apresentado ao Curso de

Biomedicina, da Faculdade TECSOMA, como

requisito parcial para obtenção do titulo de

Bacharel em Biomedicina.

Orientadora: MSc. Hélica Macedo da Silva

Co-Orientadores: Ana Caroline Mendes de

Almeida, MSc. Claudia Peres da Silva e Esp.

Geraldo Benedito Batista de Oliveira.

Paracatu-MG

2012

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SANTOS, Luciana Aparecida Ferreira dos

Prevalência de Parasitoses Intestinais em alunos do Pré-escolar Gente pequena no

Município de Paracatu-MG./ Luciana Aparecida Ferreira dos Santos. Paracatu, 2012.

49f.

Orientador: Hélica Silva Macedo

Monografia – Faculdade Tecsoma, Curso Biomedicina

1.Parasitoses. 2.Exame parasitológico.3. Escolares. 4.Prevalência. I. Macedo,

Helica. II. Faculdade Tecsoma. III. Titulo.

CDU: 616.008.99

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Luciana Aparecida Ferreira Dos Santos

PREVALÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS EM ALUNOS DO PRÉ-

ESCOLAR GENTE PEQUENA DO MUNICÍPIO DE PARACATU - MG

Monografia apresentado à Disciplina de

Trabalho de Conclusão de Curso II, da

Faculdade TECSOMA como requisito parcial

para obtenção do titulo de Bacharel em

Biomedicina.

Prof.(a): MSc.Helica Silva Macedo

Orientador (a)

Prof(a): MSc.Cláudia Peres da Silva

Coordenador (a) do Curso de Biomedicina

Prof (a): Geraldo Benedito Batista de Oliveira

Orientador Metodológico

Josimar Dornelas Moreira

Paracatu,22 de Junho de 2012

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Dedico esse trabalho aos meus pais pelo incentivo na

concretização desse sonho.

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AGRADECIMENTOS

A alegria do término de um curso perderia todo o brilho e não teria qualquer

sentido, se não fosse compartilhada com pessoas que amo, as quais me incentivaram

quando tudo era apenas um sonho. Nada mais justo do que dedicar este trabalho a essas

pessoas que juntas são a minha vida.

Agradeço primeiramente a Deus, orientador de todos os meus projetos, pelo dom

da vida, da sabedoria, e por mais essa graça alcançada em minha vida;

Agradeço imensamente ao meu pai Dercy, pelo incentivo e carinho e por não

medir esforço na concretização desse sonho;

Agradeço a minha linda mãezinha Luzia por todas as orações concedidas e por

ser minha fortaleza nos momentos difíceis;

Em especial agradeço o meu irmão Deivson, anjo que Deus colocou em minha

vida, pelo incentivo, companheirismo, cumplicidade, parceria e por todo amor dedicado,

pois mesmo distante estava sempre presente em minha vida;

Agradeço a minha cunhada Cintia pelos bons conselhos e carinho;

Agradeço aos meus dois amores, minhas afilhadas Sophia e Vitória pela

compreensão nos momentos ausentes;

Agradeço a Débora Andrade pela amizade e companheirismo e por estado

sempre do meu lado no decorrer dessa caminhada;

Agradeço a Marianna de Almeida, pela boa convivência e pelos bons momentos

compartilhados;

Agradeço aos meus colegas de classe pelo grande aprendizado;

Agradeço a minha orientadora Hélica Macedo pelo apoio, dedicação e

colaboração para que este projeto fosse idealizado;

Agradeço a Diretora da escola Gente Pequena Leila Aparecida Alves e os pais e

responsáveis dos alunos pela cooperação na realização do projeto;

Ao longo desses anos na faculdade pude conviver com pessoas diferentes, cada

uma com seu jeito próprio de ser, com suas peculiaridades, com algumas tive o

privilégio de viver momentos inesquecíveis. Enfim agradeço a todos que me ajudarão

indiretamente ou diretamente na concretização de mais essa etapa em minha vida, a

todos a minha eterna gratidão.

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“Talvez meio caminho andado seja a gente acreditar no que faz. Mas acima

de tudo, o que mais nos incentiva, que mais nos valorizar e também mais nos

torna conscientes de nossa responsabilidade é saber que os outros creem em

nós. E não há palavras que descrevam o que sentimos ao saber dos

sacrifícios a que eles se impõem por crerem não apenas em nós, mas também

no que cremos”.

Albert Einstein

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RESUMO

As parasitoses intestinais são atualmente um dos maiores problemas de saúde pública

dos países em desenvolvimento como o Brasil e constituem uma grande barreira para o

crescimento econômico e médico-sanitário destes países. Estas doenças são causadas

por parasitos presentes no intestino humano, onde provocam irritação da mucosa

intestinal, espoliação e impedem a absorção de nutrientes. É muito frequente a

ocorrência das parasitoses intestinais na infância, principalmente em pré-escolares e

escolares, visto que as crianças estão em constante exposição e nem sempre adotam

medidas básicas de higiene. O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência de

parasitoses intestinais em alunos do pré-escolar Gente Pequena no município de

Paracatu-MG, bem como sua associação com os fatores envolvidos em sua ocorrência.

Para a investigação dos aspectos culturais, ambientais e comportamentais foi realizada

uma entrevista estruturada em forma de questionário padronizado com questões

fechadas aos pais e/ou responsáveis dos escolares. As amostras fecais foram analisadas

pelo método de Hoffmann, Pons e Janer ou Lutz ou método de sedimentação

espontânea para investigação de cistos de protozoários, ovos e larvas de helmintos.

Foram analisadas as amostra fecais de oito alunos demonstrando a inexistência de

parasitoses intestinais no grupo pesquisado. Os resultados obtidos a partir dos exames

de fezes e pela aplicação do questionário não foram totalmente convergentes. Concluiu-

se que as representações sociais e comportamentais do grupo contribuem para a

ausência de parasitoses intestinais. Possivelmente há adoção de medidas profiláticas em

relação à ocorrência de parasitoses intestinais, mas estas ações precisam ser integradas a

um processo contínuo de educação e controle das parasitoses intestinais.

Palavras-chave: Parasitoses. Exame parasitológico de fezes. Escolares. Prevalência.

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ABSTRACT

Intestinal parasitic infections are currently one of the biggest public health problems of

developing countries like Brazil and constitute a major barrier to economic growth and

of health care in these countries. These diseases are caused by parasites present in the

human intestine, where they cause irritation of the intestinal mucosa, theft and prevent

the absorption of nutrients. Very often the occurrence of intestinal parasites in children,

especially preschoolers and school, since children are constantly exposed and do not

always adopt basic hygiene. The aim of this study was to evaluate the prevalence of

intestinal parasites in students of Little People Preschool in Paracatu-MG, as well as its

association with factors involved in its occurrence. For the investigation of cultural,

environmental and behavioral structured interview was carried out in the form of a

standardized questionnaire with closed questions for parents and / or guardians of

students. The fecal samples were analyzed by the method of Hoffman, Pons and Janer

or Lutz or sedimentation method for investigation of protozoan cysts, helminth eggs and

larvae. We analyzed the fecal sample of eight students demonstrating the absence of

intestinal parasites in this group. The results from stool examinations and the

questionnaire were not fully converged. It was concluded that the social and behavioral

representations of the group contribute to the absence of intestinal parasites. Possibly

there is adoption of prophylactic measures on the occurrence of intestinal parasites, but

these actions need to be integrated into a continuous process of education and control of

intestinal parasites.

Keywords: Parasites. Examination of stools. School. Prevalence.

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LISTA DE SIGLAS

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

SUS – Sistema Único de Saúde

ESF - Estratégia de Saúde da Família

HPJ – Sedimentação Espontânea

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Alunos da escola Gente Pequena no ano de 2012 Paracatu-MG, conforme

o sexo ........................................................................................................................ 28

FIGURA 2 - Alunos da escola Gente Pequena no ano 2012 Paracatu-MG, conforme a

idade .......................................................................................................................... 29

FIGURA 3 – Alunos da escola Gente Pequena no ano de 2012 Paracatu-MG, conforme

a procedência da água que bebem ............................................................................... 30

FIGURA 4 – Alunos da escola Gente Pequena no ano de 2012 Paracatu- MG, conforme

o hábito de brincarem na terra .................................................................................... 30

FIGURA 5 – Alunos da escola Gente Pequena no ano de 2012 Paracatu- MG, conforme

a presença de animais na residência ............................................................................ 31

FIGURA 6 – Alunos da escola Gente Pequena no ano de 2012 Paracatu-MG, conforme

o hábito de lavar as mãos após usar o banheiro ........................................................... 31

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12

1.1 Justificativa ........................................................................................................ 13

1.2 Objetivos ............................................................................................................. 14

1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................... 14

1.2.2 Objetivo específicos ........................................................................................... 14

2. REFERENCIAL TEORICO ............................................................................... 15

2.1 Parasitismo ......................................................................................................... 15

2.2 Importâncias do estudo das parasitoses intestinais ........................................... 15

2.3 Parasitoses internais na idade infantil e seus agravantes ................................. 16

2.4 Principais parasitoses intestinais e seus mecanismos de transmissão .............. 17

2.4.1 Amebíase .......................................................................................................... 17

2.4.2 Giardíase .......................................................................................................... 18

2.4.3 Ascaridíase ....................................................................................................... 19

2.4.4 Enterobíase ....................................................................................................... 19

2.4.5 Tricuríase ......................................................................................................... 20

2.4.6 Estrongiloidíase ................................................................................................ 20

2.4.7 Teníase ............................................................................................................. 21

2.4.8 Ancilostomíase .................................................................................................. 22

3 METODOLOGIA .................................................................................................. 23

3.1 Tipo de Estudo..................................................................................................... 23

3.2 Local do estudo .................................................................................................... 23

3.2.1 Caracterização do Município ............................................................................ 23

3.2.2 Caracterização das escolas a serem estudadas .................................................. 24

3.2.3 Delimitação do público alvo .............................................................................. 24

3.2.4 Pesquisa sócio-econômica e cultural ................................................................. 25

3.2.5 Aspectos éticos .................................................................................................. 25

3.2.6 Desenvolvimento do estudo ............................................................................... 25

4 RESULTADO ........................................................................................................ 27

4.1 Pesquisa parasitológica ....................................................................................... 27

3.2 Pesquisa social,econônima,ambiental e comportamental .................................. 28

5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 31

6 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 37

7 CONSIDERAÇÔES FINAIS ................................................................................ 38

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 39

APÊNDICES ............................................................................................................ 43

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1 INTRODUÇÃO

Segundo Belloto e outros (2011) as parasitoses intestinais constituem um dos

principais problemas de saúde pública no mundo, contribuindo para o aumento dos

níveis de morbidade e mortalidade especialmente nos países em desenvolvimento.

Estima-se que nos países em desenvolvimento aproximadamente um terço da população

viva em condições ambientais que promovem a disseminação de infecções parasitárias.

No mundo as infecções por protozoários e helmintos intestinais afetam 3,5 bilhões de

pessoas, originando estas doenças em aproximadamente 450 milhões de indivíduos.

As parasitoses intestinais são doenças cujos agentes etiológicos são helmintos ou

protozoários, sendo que os parasitos em pelo menos uma das fases do ciclo evolutivo

localizam-se no sistema digestivo do homem, podendo gerar diversas alterações

patológicas. (BAPTISTA et al 2006).

Costa e outros (2009) relatam que as helmintoses intestinais humanas ocupam

lugar de destaque entre as doenças parasitárias, destacando-se: Ascaridiose, Tricuríase,

Enterobiose, Ancilostomose e Estrongiloidose. No Brasil os helmintos têm uma vasta

distribuição geográfica, sendo encontrados em zonas rurais e urbanas, com intensidade

variável, segundo o ambiente e espécie parasitária, prevalecendo na maioria das vezes

em níveis elevados onde são precárias as condições socioeconômicas da população.

Dentre as doenças causadas por protozoários, destaca-se a Giardíase frequentemente

encontrada na infância e a Amebíase encontrada também nas populações de alto nível

socioeconômico. Segundo Ferreira e Marchal Junior (1997) as parasitoses intestinais

estão entre os principais problemas de saúde pública no Brasil, porém as investigações

parasitológicas são precárias ou inexistentes. Como fatores de risco associados às altas

taxas de prevalência os autores destacam o comportamento humano.

A transmissão das parasitoses intestinais normalmente ocorre por via oral-fecal,

pela ingestão de ovos de helmintos e cistos de protozoários presentes em alimentos ou

água contaminados ou até mesmo por algum objeto contaminado com fezes, estes

parasitos são capazes de contaminar o solo, a água, o ar e os mais variados tipos de

alimentos. (BELLIN; GRAZZIOTIN, 2011).

Os principais enteroparasitos intestinais são: Ascaris lumbricoides, Trichuris

trichiura, Necator americanus, Ancylostoma duodenale, Entamoeba histolytica e

Giardia lamblia. Os principais danos à saúde de seus portadores são: obstrução

intestinal (Ascaris lumbricoides), a desnutrição (Ascaris lumbricoides e Trichuris

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trichiura), a anemia por deficiência de ferro (ancilostomídeos) e quadros de diarreia e

de má absorção (Entamoeba histolytica e Giardia lamblia), sendo que as manifestações

clínicas são usualmente proporcionais à carga parasitária albergada pelo indivíduo.

(FERREIRA Urbano; FERREIRA Santos; MONTEIRO, 2000).

1.1 Justificativa

Segundo Basso e outros (2008) as enteroparasitoses constituem um grave

problema de saúde pública no Brasil e nos países em desenvolvimento, possuindo

variações de acordo com as condições de saneamento básico, nível socioeconômico,

grau de escolaridade, idade e hábitos de higiene, entre outras variáveis.

De acordo Santos e outros (2010) vários estudos têm nos demonstrado que as

crianças são um grupo mais susceptível para as infecções parasitárias, isso ocorre

devido ao fato de as crianças apresentarem hábitos de higiene inadequados e pela

imaturidade do sistema imune, sendo que nesta faixa etária essas parasitoses podem

desencadear graves alterações fisiológicas. Macedo (2005) ressalta que a ocorrência de

parasitoses na idade infantil, principalmente na idade escolar, é um fator agravante da

subnutrição, podendo levar à morbidade nutricional, geralmente acompanhada de

diarreia crônica. Esses fatores refletem diretamente no rendimento escolar ocasionando

a incapacitação física e intelectual dos indivíduos parasitados.

As parasitoses intestinais normalmente acontecem quando são ingeridas formas

parasitárias em vegetais crus ou quando as crianças põem seus dedos ou brinquedos

sujos de terra em suas bocas, por isso a população de maior risco é constituída de

crianças de baixa faixa etária. (FIGUEIREDO et al. 2011).

Em função das parasitoses intestinais representarem grande ameaça para a saúde

pública, torna-se necessário realizar um estudo relacionado com esta temática. Esse

trabalho justifica-se em avaliar a prevalência de enteroparasitoses que acometem as

crianças em idade escolar, pois estas representam grupo susceptível à infecção por estes

parasitas, devido a hábitos higiênico-comportamentais ainda inadequados. O trabalho

“Prevalência de parasitoses intestinais em alunos do pré-escolar Gente Pequena no

município de Paracatu- MG.” visa especialmente analisar as principais parasitoses

intestinais que provocam importantes patologias humanas.

Em Paracatu dados sobre o assunto são escassos, fazendo-se necessário conhecer

a prevalência de parasitoses nesta população de risco e respectivos fatores envolvidos.

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Além disso, a pesquisa fornecerá meios de permitir o acesso às medidas profiláticas,

que favoreçam a melhoria das condições de saúde das crianças, além de identificar

casos assintomáticos.

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

Este trabalho tem como objetivo geral realizar um levantamento sobre a

prevalência dos parasitas intestinais dos alunos desta escola Gente Pequena da cidade de

Paracatu (MG), bem como sua associação com respectivos fatores envolvidos no

aparecimento destas patologias.

1.2.2 Objetivos específicos

Diagnosticar a presença de parasitos intestinais nas amostras biológicas fecais

dos alunos da escola supracitada, através do método de sedimentação espontânea

no laboratório de parasitologia da Faculdade Tecsoma;

Realizar levantamento com os pais e/ou responsáveis dos alunos sobre os

conhecimentos acerca de vários aspectos relacionados às parasitoses intestinais;

Orientar e esclarecer os pais e/ou responsáveis sobre os riscos das doenças

parasitárias à saúde das crianças e abordar noções básicas de profilaxia através

de reuniões dirigidas.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Parasitismo

Segundo Rey (2010), parasitismo é definido como a relação ecológica entre dois

seres de espécies diferentes, em que há unilateralidade de benefícios e geralmente a

espécie hospedeira é prejudicada. Desse modo o parasito é o agressor e o hospedeiro é

quem alberga o parasito. O hospedeiro sofre constante espoliação, fornecendo alimento

e abrigo para o parasito. Esse tipo de relação tende ao equilíbrio, pois seria prejudicial

ao parasito a morte de seu hospedeiro. (NEVES, 2005).

Costa e outros (2009) afirmam que as infecções parasitárias ocorrem quando há

penetração, desenvolvimento ou multiplicação de um agente infeccioso no homem ou

animal. De acordo com Neves (2005) o parasito precisa do hospedeiro para conseguir

nutrientes e, como consequência o parasito acaba ocasionando alguns danos no

hospedeiro. Portanto, depende de vários fatores para a ocorrência das infecções

parasitárias, destacando-se fatores inerentes ao parasita: números de exemplares,

tamanho, localização, virulência e metabolismo, e fatores inerentes ao hospedeiro:

idade, nutrição, nível de resposta imune, intercorrência de outras doenças, hábitos e uso

de medicamentos. Da associação desses fatores poderemos ter o hospedeiro doente,

portador assintomático e não parasitado. A doença parasitária normalmente acontece

quando o dano ocasionado pelo parasito é grave o bastante para causar mudanças

patológicas no hospedeiro. (ESTRIDGE; REYNOLDS, 2011).

2.2 Importância do estudo das parasitoses intestinais

Para Castro, Viana e Donatele (2004) as parasitoses intestinais constituem um

problema de saúde pública em diversos países, principalmente em países desenvolvidos

como o Brasil. A prevalência dessas parasitoses está fortemente relacionada às

condições ambientais em que o indivíduo vive as condições de alimentação, de

abastecimento de água e de destinação do esgoto e do lixo.

As doenças parasitárias são vistas como indicadores do desenvolvimento

socioeconômico de um país, comprometendo principalmente indivíduos jovens,

desencadeando neles problemas gastrointestinais, baixo rendimento corporal e

consequente atraso no desenvolvimento escolar. Embora os órgãos de saúde mundial

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não meçam esforços para controlar essas enfermidades, não tem ocorrido uma

diminuição nestes índices, considerando especialmente as famílias de baixa renda, cuja

condição de vida precária, má higiene e nutrição, contribuem ainda para a proliferação

das doenças parasitárias. (QUADROS et al. 2004).

Em decorrência aos efeitos maléficos que a parasitoses causam à saúde dos

indivíduos e, sobretudo nas repercussões econômicas dos países, vários programas têm

sido implantados para o controle das parasitoses intestinais em diferentes países, mas,

lamentavelmente, observa-se um descompasso entre o êxito alcançado nos países mais

desenvolvidos e aquele verificado nas economias mais pobres, pois além dos custos

financeiros das medidas técnicas, a falta de projetos educativos com a participação da

comunidade dificulta a implantação de ações de controle. Há que se considerar,

portanto, que além da melhoria das condições sócio-econômicas e de infra-estrutura

geral, o engajamento comunitário é um dos aspectos fundamentais para a implantação,

desenvolvimento e sucesso dos programas de controle. (LUDWIG et al. 1999).

2.3 Parasitoses Intestinais na idade Infantil e seus agravantes

Costa e outros (2009) ressaltam que parasitoses intestinais constituem em um

importante problema de saúde pública e que crianças, principalmente de baixa faixa

etária, representam uma população susceptível para as doenças parasitárias, sendo que

nessa faixa etária o problema se agrava. Apesar das parasitoses isoladamente não

apresentarem alta letalidade, elas podem ser analisadas como co-fatores da mortalidade

infantil. Observa-se enteroparasitos em diferentes faixas etárias sendo que a partir do

primeiro ano de vida ocorre um aumento evolutivo, elevando-se na faixa de 3 a 6 anos.

Essa tendência é amplamente documentada na literatura, sendo que à medida que a

criança ganha autonomia e aumenta seu contato com o ambiente, a criança tende a ficar

mais exposta à contaminação.

De acordo com Barreto (2006) os grupos mais acometidos pelas infecções

parasitárias são constituídos por crianças e adolescentes. Isso ocorre devido a estes

grupos estarem frequentemente expostos a constantes condições de reinfecção, quando

permanecem em ambientes favoráveis à transmissão. Segundo Zaiden e outros (2008) as

parasitoses intestinais podem desencadear alterações no estado físico, psicossomático e

social, interferindo diretamente na qualidade de vida de seus portadores. Estas

alterações ocorrem principalmente em crianças de classe social mais baixa, onde as

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condições sanitárias são precárias, os hábitos de higiene inadequados, em situação de

desnutrição, e em locais de aglomerações tais como creches, escolas, asilos e orfanatos,

pela facilidade de contaminação e disseminação.

Apesar da elevada frequência das parasitoses e da morbidade causada à

população em geral, e mais especificamente à população pediátrica, observa-se a

escassez de estudos acerca desse problema, visando um melhor dimensionamento e

elaboração de medidas de combate por parte das autoridades sanitárias. (MACHADO et

al, 1999).

2.4 Principais Parasitoses Intestinais e seus Mecanismos de Transmissão

2.4.1 Amebíase

De acordo com Silva e outros (2005) a amebíase é uma doença causada pelo

agente etiológico Entamoeba histolytica, considerada uma importante causa de morbi-

mortalidade no homem. Esta parasitose tem ampla distribuição geográfica com elevada

prevalência em regiões tropicais, onde as condições de higiene e educação sanitária são

consideradas precárias. Neves (2005) aborda que amebíase é um importante problema

de saúde pública levando ao óbito anualmente cerca de 100.000 pessoas, sendo a

segunda causa de mortes por parasitoses.

Entre as diferentes espécies de amebas, a Entamoeba histolytica é a única forma

considerada invasiva, tendo prevalência aumentada em regiões tropicais, especialmente

em comunidades que vivem em condições sanitárias inadequadas. Muitas pessoas são

infectadas por amebas comensais Entamoeba coli, Entamoeba hartmanni e Endolimax

nana em diversos países sendo que a maioria dos indivíduos apresenta quadro

assintomático. (BELLOTO et al, 2011).

As infecções pela E. histolytica ocorrem pela ingestão de cistos, a forma

infectante do parasito, que são ingeridos através de água e alimentos contaminados. Os

indivíduos infectados podem se apresentar como portadores sintomáticos e

assintomáticos, os portadores sintomáticos apresentam sintomas discretos como diarreia

leve com fezes líquidas, acompanhada por náuseas e cólicas esporádicas. (MOTTA;

SILVA, 2002).

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2.4.2 Giardíase

A giardíase é uma infecção causada pelo agente etiológico Giardia lamblia,

sendo uma das causas mais comuns de diarreia entre crianças, que muitas vezes podem

apresentar problemas de má nutrição e retardo no desenvolvimento. A Giardíase é uma

doença que acomete principalmente crianças na faixa etária de oito meses a 10-12 anos

sendo que a elevada prevalência em crianças pode ser devido a hábitos higiênicos

inadequados. Já no adulto uma infecção com esse parasita pode conferir certo grau de

resistência às infecções subsequentes. Alta prevalência dessa doença é observada em

regiões tropicais e subtropicais e entre pessoas de baixo nível socioeconômico.

(NEVES, 2005).

De acordo com Silva (2009a) Giardia lamblia é um protozoário flagelado que

parasita o trato intestinal de aves, répteis, mamíferos e humanos. No homem a giardíase

produz um amplo espectro de sintomas, variando desde casos assintomáticos e

sintomáticos. Nos casos assintomáticos observa-se absorção normal e ausência de

alterações na mucosa do intestino, nos casos sintomáticos estes são caracterizados por

infecções severas acompanhadas de diarreias crônicas e má absorção intestinal. Os

casos assintomáticos exercem grande importância epidemiológica, pois são

considerados fontes de infecção da doença através da eliminação das formas císticas

infectantes do parasita.

As infecções por Giardia lamblia acontecem por via oral-fecal, quando se

ingere cisto através de água ou alimentos contaminados. O parasita habita no intestino

de humanos e animais infectados sob uma forma móvel chamada de trofozoíto, que se

move pelo intestino e forma cisto resistente que é eliminado nas fezes para o meio

ambiente. (ESTRIDGE; REYNOLDS, 2011).

Costa e outros (2009) afirmam que estudos atuais vêm demostrando que a

Giardia lamblia pode ser transmitida diretamente de pessoa a pessoa, dispensando a

passagem pelo solo tornando se assim possível o contágio de crianças mesmo em

ambientes saneados, como creches e pré-escolas.

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2.4.3 Ascaridíase

Segundo Neves (2005) a Ascaridíase é uma das helmintíases mais comuns em

regiões tropical e subtropical, como por exemplo, no Brasil. Ascaris lumbricoides é um

parasito encontrado frequentemente nos países pobres. A transmissão no homem

normalmente ocorre quando são ingeridos ovos infectantes com larvas do terceiro

estádio através de ingestão de alimentos ou água contaminada. Vários estudos

demostram que a contaminação das águas de córregos que são utilizadas para irrigação

de hortas, ocasiona a contaminação de verduras com ovos do parasito. Destaca também

a transmissão através de poeiras, aves, e insetos, tais como barata e moscas que são

capazes de veicular mecanicamente ovos de Ascaris lumbricoides.

Rey (2010) aborda que as crianças especialmente em idade escolar e pré-escolar,

são as mais atingidas por esse parasito, sendo que essa elevada incidência em crianças

pode estar atribuída ao fato de elas estarem frequentemente em contato com os ovos do

parasito, por brincarem no chão e por terem hábitos higiênicos inadequados.

2.4.4 Enterobíase

Enterobíase é uma parasitose causada pelo agente etiológico Enterobius

vermicularis, que possui uma distribuição geográfica mundial, tendo incidência elevada

nas regiões de clima temperado. Acomete principalmente indivíduos entre as faixas

etárias de 5 a 15 anos, mas também é encontrado em adultos. Essa helmintose tem

elevada prevalência nas crianças em idade escolar. (NEVES, 2005).

A infecção por Enterobius vermicularis ocorre por dois mecanismos:

heteroinfecção e autoinfecção. Heteroinfecção pela transmissão direta acontece de um

indivíduo para o outro, normalmente pela inalação e ingestão de ovos disseminados por

via aérea. Heteroinfecção indireta acontece da região anal para boca, através de mãos

contaminadas ocorrendo com frequência entre em crianças pequenas e adultos que

cuidam delas. Autoinfecção é a reinfecção com ovos procedentes do mesmo indivíduo.

(REY, 2010).

O sintoma característico da enterobíase é o prurido anal, que se acentua no período

noturno, devido à movimentação do parasito pelo calor do leito, levando o indivíduo

parasitado a coçar-se intensamente produzindo quadro de irritabilidade e insônia. Já nas

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mulheres o verme pode migrar da região anal para a genital ocasionado prurido vulvar e

corrimento vaginal. (CIMERMAN,Bejamin; CIMERMAN,Sergio, 2001).

2.4.5 Tricuríase

Trichuris trichiura é o agente etiológico da doença tricuríase, sendo este parasito

amplamente distribuído em todo o mundo com maior prevalência em regiões de clima

quente e úmido, onde as condições sanitárias precárias favorecem a contaminação

ambiental e a sobrevivência dos ovos do parasito. A transmissão ocorre pela ingestão de

ovos do parasito que são eliminados através das fezes, contaminando o meio ambiente

em locais sem saneamento básico. Esses ovos podem ser disseminados pelo vento ou

pela água, contaminado os alimentos e a água podendo então ser ingeridos. Os ovos do

parasito também podem ser disseminados através de mosca doméstica que veicula os

ovos até o alimento. (NEVES, 2005).

O quadro clínico dessa parasitose está intimamente relacionado à carga

parasitária albergada pelo hospedeiro. A infecção pode ser sintomática ou

assintomática; a infecção sintomática pode estar associada à diarreia crônica, disenteria

ou retardo de crescimento. Se a carga do parasito é pequena o indivíduo pode apresentar

desconforto e distensão abdominal, náusea, flatulência e diarreia. Quando a carga do

parasito é moderada desenvolve-se um quadro de colite crônica com dor abdominal

baixa, diarreia, distensão abdominal, anorexia e perda de peso. A disenteria é comum e

frequente em crianças com intensa carga parasitária. (MOTTA; SILVA, 2002).

2.4.6 Estrongiloidíase

De acordo Rey (2010) a estrongiloidíase é causada pelo parasito Strongyloides

stercoralis, parasito com distribuição mundial principalmente em regiões tropicais

ocorrendo também em países de clima temperado. Segundo Cimerman e Cimerman

(2001) alguns fatores favorecem o aparecimento dessa parasitose destacando-se

deficiência de saneamento básico como falta de instalações sanitárias, defecação no

peridomicílio, ingestão de água e alimentos contaminados, além do não uso de calçados.

Estes são elementos essenciais na transmissão destas parasitoses em países

subdesenvolvidos e desenvolvidos.

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Rey (2010) ressalta que a transmissão no homem acontece por três formas:

hetero ou primo-infecção, autoinfecção externa ou exógena e autoinfecção interna ou

endógena. Hetero ou primo-infecção ocorrer quando larvas filariodes infectantes

penetram através da pele, normalmente ocorre em indivíduos que não têm o hábito de

usar calçados, a penetração ocorre através da pele dos pés normalmente nos espaços

interdigitais. Autoinfecção externa ou exógena acontece quando larvas rabditoides

presentes na região perianal de indivíduos infectados transformam em larvas filarioides

infectantes, penetrando no indivíduo. Esse modo de transmissão ocorre com mais

frequência em crianças, idosos ou pacientes internados que defecam na fralda ou em

indivíduos que têm hábitos de higiene inadequados deixando permanecer restos de fezes

em pelos perianais. Autoinfecção interna ou endógena ocorre quando larvas rabditoides

ainda na luz intestinal de indivíduos infectados transformam em larvas filarioides que

penetram na mucosa intestinal.

2.4.7 Teníase

Segundo Rey (2010) a teníase é uma infecção intestinal humana causada pelos

agentes etiológicos Taenia solium e Taenia saginata, parasitas que na fase adulta têm o

homem como hospedeiro definitivo. O indivíduo parasitado alberga no intestino

delgado o parasito na fase adulta ou reprodutiva, eliminando as proglotes grávidas com

ovos para o seu exterior juntamente com as fezes. Essas proglotes liberam os seus ovos

no meio ambiente mantendo-se infectantes por meses. Um hospedeiro intermediário

próprio, suíno para Taenia solium e bovinos para Taenia saginata, ingere os ovos e

desenvolve a cisticercose. A infecção humana ocorre pela ingestão de carne suína ou

bovina crua ou malcozida, carnes não submetidas à fiscalização sanitária contendo

cisticercos do porco ou do boi infectados.

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2.4.8 Ancilostomíase

Segundo Rey (2010) ancilostomíase é uma doença humana cujos agentes

etiológicos são: Necator americanus e o Ancylostoma duodenale, sendo uma doença

com caráter anêmico conhecida no Brasil por amarelão. De acordo com Motta e Silva

(2002) a infecção por esses parasitos ocorre por via cutânea ou oral. Por via cutânea a

infecção acontece durante o contato com solo contaminado com material fecal contendo

larvas infectantes filarioides. Por via oral ocorre quando são ingeridas larvas infectantes

através de alimentos ou água. Quando o parasito adulto se encontra na fase intestinal

este adere à mucosa duodenal causando danos ao hospedeiro. Os danos resultam no

envolvimento da mucosa pela cápsula bucal do parasito que com objetivo de se nutrir,

suga o sangue da mucosa gerando pequenas úlceras, edema e infiltrado leucocitário e

aumento do peristaltismo. As lesões ocasionadas pelo parasito causam diarreia leve

raramente com sangue, dores abdominais às vezes no epigástrio, anorexia, náuseas e

vômitos, anemia e melena presente nos casos graves.

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3. METODOLOGIA

3.1 Tipo de Estudo

O presente trabalho consiste em uma pesquisa epidemiológica de campo de

caráter exploratório e descritivo seguindo uma abordagem quanti/qualitativa que tem

como objetivo verificar a prevalência de enteroparasitoses intestinais em alunos do pré-

escolar Gente Pequena do município de Paracatu-MG.

O estudo é caracterizado como exploratório, pois se trata da descrição das

características, propriedades ou relações existentes na comunidade, grupo ou realidade

pesquisada. (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007).

De acordo com Gil (2007), “as pesquisas descritivas têm como objetivo

primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno...”.

Segundo Minayo (1993), “Numa busca qualitativa, preocupamo-nos menos

com a generalização e mais com o aprofundamento e abrangência da compreensão, seja de um grupo social, de uma organização, de uma

instituição, de uma política ou de uma representação”.

De acordo com Richardson e outros (1999) o método de abordagem quantitativo

“representa, em princípio, a intenção de garantir a precisão dos resultados, evitar

distorções de análise e interpretação, possibilitando, consequentemente, uma margem de

segurança quanto às interferências”.

3.2 Local do Estudo

3.2.1 Caracterização do Município

Este estudo foi desenvolvido no município de Paracatu-MG, que encontra-se

localizado no noroeste mineiro, a 220 km de Brasília-DF e a 498 km de Belo Horizonte

–MG possui uma população de aproximadamente 84.718 habitantes. Paracatu conta

com 28 estabelecimentos de saúde municipais, 15 privados e nenhum estabelecimento

estadual ou federal de saúde, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e

estatística. (IBGE, 2011).

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A cidade ainda conta com um laboratório Municipal e seis laboratórios

particulares que atendem toda a população. No início do ano de 2012 a cidade possuía

nove pré-escolares da rede municipal.

A assistência prestada em Paracatu pelo SUS é dividida em níveis de

complexidade, sendo que na Atenção Básica 43% da população encontra-se assistida

por 11 Equipes de estratégia de saúde da família (ESF) ficando o restante da população

com o atendimento em Unidades Básicas de Saúde. Em nível de Média Complexidade a

atenção está dividida em três Centros de Saúde. Já a Assistência Hospitalar é prestada

por um hospital municipal e a alta Complexidade é referenciada aos municípios de

Patos de Minas (MG), Unaí (MG), Uberlândia (MG), Uberaba (MG) e Belo Horizonte

(MG), conforme pactuação prévia. (ARANTES, 2009).

3.2.2 Caracterização da escola

A escola Gente Pequena é uma escola da rede municipal, localizada na Rua

Sinfrônio Rosa, 195 no bairro Santana, no município de Paracatu-MG. Esta escola

atende crianças em fase pré-escolar, sendo que no ano de 2012 a escola conta com 111

alunos matriculados.

3.2.3 Delimitação do público alvo

O público alvo foi constituído de alunos com idade de três a cinco anos de

ambos os sexos, tomando como base alunos matriculados na escola Gente Pequenos no

ano de 2012. Os critérios de inclusão dos indivíduos na pesquisa ocorreram mediante a

concordância dos pais e/ou responsáveis através da assinatura do termo de

consentimento livre e esclarecido conforme o APÊNDICE A; preenchimento do

questionário para a coleta de informações epidemiológicas de acordo com APÊNDICE

B; os alunos estarem regularmente matriculados; ter idade de três a cinco anos e

frequentar as aulas.

Foram excluídos do estudo os alunos que não apresentaram as amostras fecais

com o termo de consentimento assinado e preenchimento do questionário, os alunos

que utilizaram antiparasitário nos últimos meses, alunos que não pertenciam a essa

escola, amostras insuficientes ou contaminadas com urinas e alunos maiores de cinco

anos.

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3.2.4 Pesquisa sócio-econômica e cultural

Aspectos sócio econômicos, culturais, ambientais e comportamentais foram

investigados através da aplicação de um questionário padronizado com questões

fechadas aos pais/ou responsáveis dos alunos que participaram do estudo na Escola

Municipal Gente Pequena. Os questionários foram aplicados no dia da reunião de

esclarecimento aos pais/ou responsáveis que concordaram em participar do trabalho.

Combinou-se que os questionários seriam devolvidos no dia da entrega das amostras

fecais, um dia após a primeira visita. Todos os resultados obtidos através do

questionário foram compilados e apresentados através de gráficos e/ou tabelas.

3.2.5 Aspectos éticos

Este estudo foi realizado após autorização da secretaria de educação conforme o

APÊNDICE C, sendo embasado na Resolução do Conselho nacional de saúde 196/96

que procede em qualquer estudo com seres humanos, garantido ao indivíduo

selecionado sua privacidade, sigilo e anonimato. A participação dos alunos ocorreu

mediante a assinatura dos pais ou responsáveis no termo de consentimento livre e

esclarecido que versou sobre os aspectos éticos, tratando com dignidade e respeitando

autonomia da mesma, bem como a garantia da confidência, privacidade e proteção da

imagem, valores culturais, sociais, morais, religiosos, éticos e hábitos comuns, além de

assegurar a inexistência de conflitos de interesse. (BRASIL, 1996).

3.2.6 Desenvolvimento do estudo

Através do agendamento prévio com a direção da escola municipal Gente

Pequena, realizou-se uma reunião com pais e/ou responsáveis com o objetivo de prestar

esclarecimentos sobre as atividades do trabalho e convidá-los a participar da pesquisa;

além de informá-los sobre os cuidados no recolhimento do material fecal.

Ciente das atividades do estudo os pais/ou responsáveis que aceitaram a

participação dos escolares, assinaram um termo de compromisso, atestando seu

consentimento integral, livre e esclarecido sobre o caráter da pesquisa, recebendo todas

as explicações acerca de seus objetivos.

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Para a realização da colheita do material fecal os alunos receberam um coletor

universal e foram instruídos oralmente e através de panfleto sobre os procedimentos

para a colheita da amostra fecal, conforme o APÊNDICE D. As amostras fecais foram

recolhidas na data determinada de um dia após a primeira visita à escola municipal

Gente Pequena e encaminhadas ao Laboratório de Parasitologia da Faculdade Tecsoma

para investigação dos parasitos. O trabalho técnico para a realização dos exames

parasitológicos foi desenvolvido pela aluna envolvida no trabalho através da supervisão

de sua orientadora.

O método de diagnóstico parasitológico empregado foi o de Hoffmann, Pons e

Janer ou Lutz (LUTZ, 1919) ou método de sedimentação espontânea para a verificação

de cistos de protozoários, ovos e larvas de helmintos. O desenvolvimento de método foi

dividido em três etapas: pré-analítica, analítica e pós-analítica; realizou-se a

homogeneização e dissolução das amostras fecais e transferência para cálices de

sedimentação contendo gaze dobrada em quatro partes para a separação dos detritos.

Uma gota do material sedimentado foi transferida para uma lâmina contendo corante

lugol, coberta com lamínula e observada à microscopia óptica de luz, nas objetivas de

dez e quarenta vezes. Para melhor garantia de qualidade do exame e dos resultados,

foram confeccionadas três lâminas da amostra de cada paciente. Os resultados foram

emitidos diretamente aos pais/ou responsáveis em data prévia agendada junto à direção

da escola municipal Gente Pequena de acordo com APÊNDICE E.

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4 RESULTADOS

4.1 Pesquisa parasitológica

Participaram da pesquisa estruturada e parasitológica oito crianças (n=8), das

quais quatro (50%) são do sexo masculino e quatro (50%) do sexo feminino, conforme a

Figura 1.

Figura 01 – Alunos da Escola Gente Pequena, Paracatu (MG) no ano de 2012,

conforme o sexo (n=8), 2012.

Fonte: Elaborado pela Autora, 2012.

Na pesquisa parasitológica realizada pela metodologia de sedimentação

espontânea com análise de três amostras por paciente, não houve nenhum caso positivo

para parasitos intestinais. No questionário, foram relatados três casos de realização de

exame parasitológico de fezes em outra fase da vida das crianças pesquisadas, dos quais

dois não informaram o resultado e um afirmou obtenção de resultado negativo.

Nenhuma das crianças estava em uso de antiparasitários no momento da realização da

pesquisa.

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4.2 Pesquisa social, econômica, ambiental e comportamental

Os resultados da pesquisa social, econômica, ambiental e comportamental

encontram-se listados abaixo.

A idade das crianças oscilou entre 3 e 5 anos, sendo que sete tem cinco anos e

uma tem três anos (Figura 02).

Figura 02 - Alunos da Escola Gente Pequena, Paracatu (MG) no ano de 2012,

conforme a idade (n=8), 2012.

Fonte: Elaborado pela Autora, 2012.

Com relação à renda capital da família, cinco das respostas foram referentes a

dois e três salários mínimos, uma com quatro salários mínimos e duas com apenas um

salário mínimo. Portanto, a renda média per capita da população de estudo foi de 2,5

salários mínimos. O número de pessoas por família foi de três (62,5%) e quatro

(37,5%).

Sete pais informaram consumir água obtida de torneira e um disse obtê-la de

outra forma (mineral engarrafada).

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Figura 03 - Alunos da Escola Gente Pequena, Paracatu (MG) no ano de 2012,

conforme a procedência da água que bebem (n=8), 2012.

Fonte: Elaborado pela Autora, 2012.

Com relação ao tratamento da água que consomem, todas as respostas dos

questionários (100%) foram a filtração.

Foi verificado que duas crianças (25%) têm o hábito de brincar na terra de

acordo com Figura 04.

Figura 04 - Alunos da Escola Gente Pequena, Paracatu (MG) no ano de 2012,

conforme o hábito de brincarem na terra (n=8), 2012.

Fonte: Elaborado pela Autora, 2012.

Com relação à presença de animais na residência, houve apenas um relato

(12,5%), referente a cachorro, de acordo com a Figura 05.

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Figura 05 - Alunos da Escola Gente Pequena, Paracatu (MG) no ano de 2012,

conforme a presença de animais na residência (n=8), 2012.

Fonte: Elaborado pela Autora, 2012.

Houve 100% de respostas positivas para as seguintes atitudes comportamentais:

lavagem de alimentos antes de seu consumo, lavagem das mãos antes das refeições;

assim como todos responderam que sim para o despejo os dejetos (fezes) em esgoto

municipal e que consumem verduras e frutas provenientes de feiras, sacolão ou

supermercados.

Três crianças (37,5%) disseram às vezes lavar as mãos após o uso do banheiro,

conforme a Figura 06.

Figura 06 - Alunos da Escola Gente Pequena, Paracatu (MG) no ano de 2012,

conforme o hábito de lavar as mãos após usar o banheiro (n=8), 2012.

Fonte: Elaborado pela Autora, 2012.

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5 DISCUSSÃO

Segundo Bomfim (2009) existem diversas formas de se determinar a prevalência

de parasitoses intestinais em uma população, como levantamento de dados

epidemiológicos, análise do sedimento fecal, exames imunológicos e determinação

direta por meio de necropsia. Neste trabalho empregou-se dois métodos de estudo:

análise do sedimento fecal e levantamento de dados através de questionário padronizado

sobre aspectos sociais, econômicos, comportamentais e ambientais. A sedimentação

espontânea ou sedimentação de Hoffman, Pons e Janer (HPJ) foi o método empregado

para a detecção de parasitas intestinais, bem como a aplicação de pesquisa estruturada

aos pais ou responsáveis pelos escolares, a fim de correlacionar os dados obtidos.

Conforme Ferreira e Marchal Júnior, a técnica de sedimentação espontânea ou

HPJ possui a vantagem de ser facilmente executada, fornece resultados em tempo

relativamente hábil, não requer materiais sofisticados e possui sensibilidade e

especificidade ótimas. Apesar disso, não é o método mais específico para o diagnóstico

de alguns parasitos. Existem outros métodos de diagnóstico parasitológico,

considerados mais específicos. Podem ser citados os métodos sorológicos, empregados

conforme a suspeita clínica e o período da doença, como hemaglutinação indireta,

imufluorescência indireta, pesquisa de anticorpos específicos e análises moleculares.

(REY, 2010).

Um fator importante para o diagnóstico da estrongiloidíase é que, em vez de

ovos, os pacientes infectados eliminam larvas em suas fezes. Outro ponto que se deve

ser considerado é o ciclo de eliminação dos parasitas, o qual varia diariamente e com

relação ao hidrotermotropismo das larvas desse helminto. Na prática laboratorial, são

empregadas duas técnicas de exame parasitológico de fezes para o diagnóstico da

estrongiloidíase: os métodos Baemann-Moraes e de Rugai, metodologias muito

sensíveis se forem examinadas três amostras fecais, sempre coletadas em dias

subsequentes. É possível também diagnosticar a presença de larvas de S. stercoralis em

material fecal, utilizando-se método de cultivo, com a técnica de Harada-Mori (cultivo

em água destilada) ou técnica proposta por Sato e colaboradores, que semeia as fezes do

paciente em placas de ágar. (PAULA et al, 2000).

Os ovos de ancilostomídeos podem ser identificados por meio de exames de

fezes (sedimentação espontânea) sem tratamentos adicionais, no entanto, pode-se

empregar métodos com maior sensibilidade, como o método de Willis – o qual associa

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técnicas de flutuação - e facilita a identificação dos ovos, pois estes possuem baixo peso

específico. A diferenciação específica e segura dos ovos de ancilostomídeos (Necator

americanus e Ancylostoma duodenale) pode ser realizada após o cultivo dos ovos para a

obtenção de larvas e, posteriormente, análise morfológica das larvas para diagnóstico de

gênero e espécie. Entretanto, este é um procedimento bastante demorado e, na prática

laboratorial, emprega-se as diferenças biológicas e epidemiológicas destas espécies com

fator de diferenciação, visto que o tratamento para ambos é o mesmo.

Outra forma de diagnóstico é o método de Stoll, que fornece resultados da

quantidade de ovos eliminados por miligrama de fezes, o que facilita o tratamento,

principalmente em pacientes anêmicos. O método de Stoll considera leve ou moderada a

infecção com até dez mil ovos por grama de fezes e intensa quando a eliminação é

maior que dez mil ovos por grama de fezes. (REY, 2010; NEVES, 2005; LEÃO, 1997;

FERREIRA;MARCHAL JUNIOR, 1997).

Da mesma forma, o diagnóstico de T. trichiura é mais sensível e específico

quando se emprega o método de Kato-Katz, que também fornece resultados da

quantidade de ovos por grama de fezes. (REY, 2010; NEVES, 2005; CHIEFFI;

GRYSCHEK; AMATO NETO, 2012)

Outro caso particular é o diagnóstico de E. vermicularis, pois geralmente os

ovos não são liberados com as fezes do paciente (as fêmeas efetuam a postura junto à

mucosa perianal, preferencialmente à noite). Assim, os ovos permanecem na mucosa e

pele da região perianal, onde também se encontram as fêmeas, após abandonarem a luz

do intestino. O diagnóstico deve ser feito, portanto, por meio da técnica de raspagem

(ou ''swab") anal que consiste em passar um fita adesiva transparente junto à região

perianal e, em seguida, transferi-la para uma lâmina de microscopia que será examinada

ao microscópio óptico. Como a postura ocorre preferencialmente durante o período

noturno, a melhor ocasião para a realização da raspagem anal é pela manhã, antes do

paciente executar medidas de higiene pessoal. (REY, 2010; NEVES, 2005; CHIEFFI;

GRYSCHEK; AMATO NETO, 2012).

Marconi e Lakatos (2011) afirmam que a pesquisa social por meio de

questionários padronizados tem como vantagens: possibilidade de ser feita em todos os

segmentos da população, fornece amostragem representativa da população estudada,

permite o esclarecimento de dúvidas por parte dos pesquisados, oferece a oportunidade

para avaliar atitudes e condutas, fornece resultados não relatados por pesquisas

posteriores e permite a quantificação e/ou qualificação. No entanto, destacam-se como

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desvantagens a dificuldade de comunicação ou interpretação das informações entre as

partes relacionadas, chances de ocultamento de dados ou subjetivação dos mesmos,

ocupa tempo para sua realização e pequeno grau de controle da situação.

Optou-se pela análise das condições sociais, econômicas, comportamental e

demográfica através de questionário padronizado, assim como diversos autores, como

Silva (2009), Bomfim (2009), Macedo (2005), Coradi (2010), entre outros.

Segundo Macêdo e Paglia (2007), as infecções parasitárias estão intimamente

relacionadas a fatores sociais, econômicos, ambientais e culturais da população. Por

isso, a prevalência é maior em populações com crescimento urbano desordenado, sem

condições sanitárias suficientes ou adequadas, com baixo poder econômico e limitado

acesso às informações sobre hábitos de higiene, além de fatores climáticos que

favorecem a sobrevivência, multiplicação e transmissão dos agentes etiológicos.

Neste trabalho não se detectou parasitas intestinais através da metodologia

empregada para análise. Silva (2009) encontrou 61,11% de resultados negativos e

38,89% de resultados positivos para a presença de parasitas em amostras de fezes de

crianças de uma escola pública da região norte do Rio Grande do Sul. Dos resultados

positivos, 19,44% manifestaram poliparasitismo. Os parasitas detectados foram:

Entamoeba coli, Giardia lamblia, Ascaris lumbricoides, por ordem de maior frequência.

Coradi (2010) encontrou uma taxa de prevalência de 33,9% de parasitas pela

pesquisa coproparasitológica, cujas espécies detectadas foram: Entamoeba coli,

Cryptosporium, Giardia lamblia, Endolimax nana, Blastocystis hominis, Enterobius

vermicularis, Trichuris trichuria, Ascaris lumbricoides e Hymenolepis nana. A maior

prevalência foi de protozoários do que helmintos. Verificou-se co-infecção entre

Entamoeba coli e Cryptosporium, Giardia lamblia e Giardia lamblia e Entamoeba coli.

Bellin e Grazziotin (2011) encontraram uma 8,1% de resultados positivos para

parasitoses intestinais na população de Sananduva, Rio Grande do Sul, sem diferenças

significativas em relação ao sexo das pessoas analisadas. Foram detectados Endolimax

nana, Giardia lamblia, Ascaris lumbricoides e Enterobius vermicularis.

Moitinho e outros (2000) encontraram Ascaris lumbricoides, Hymenolepis nana,

Giardia lamblia, ancilostomídeos, Strongyloides stercoralis, Entamoeba histolytica em

escolares do Paraná.

As parasitoses intestinais estão distribuídas por todo o planeta e constituem

causa de morbidade e mortalidade mundial, sobretudo em países subdesenvolvidos ou

em desenvolvimento, com é o caso do Brasil, com influências de saneamento sanitário,

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nível sócio-econômico, grau de escolaridade, idade e hábitos de higiene individuais. Por

isso, enteroparasitoses são um sério problema de saúde pública mundial, matando

aproximadamente cerca de três milhões de pessoas a cada ano. (PEZZI; TAVARES,

2007; REY, 2010; NEVES, 2005; MACEDO, 2005; MOITINHO et al, 2000).

Nos seres humanos, a infecção pelos protozoários patogênicos se dá pela

ingestão de cistos maduros, através da ingestão de água e alimentos contaminados por

cistos ou fezes de animais e/ou homens contaminados, por meio de moscas ou outros

vetores e fômites diversos, além do contato de pessoas, principalmente em aglomerados.

(CIMERMAN,Benjamin;CIMERMAN,Sergio, 2001; REY, 2010; BELLIN;

GRAZZIOTIN, 2011).

Os resultados da entrevista estruturada mostraram que todas as residências das

crianças inclusas na pesquisa possuem água filtrada para o consumo humano. Bellin e

Grazziotin (2011) obtiveram 100% de respostas positivas para a lavagem de alimentos

antes do consumo e lavagem das mãos antes das refeições. Kunz e outros (2008)

conseguiram associar a presença de parasitoses intestinais em crianças escolares e a alta

exposição das mesmas aos ambientes contaminados em 11,3% dos casos positivos para

parasitas com o mesmo ciclo biológico.

Segundo Pezzi, Tavares (2007), outra preocupação bastante difundida é o

destino do lixo residencial, visto que nos últimos anos o aumento da população urbana

não foi acompanhado pelas melhorias das instalações dos serviços de esgotamento

sanitário, tanto é que as pesquisas nacionais revelam uma taxa de apenas 52,2% de

municípios com assistência aos serviços de saneamento básico. As respostas dos

questionários foram positivas em sua totalidade para o despejo de dejetos humanos em

esgoto municipal.

As parasitoses acometem principalmente crianças e jovens e têm influências

diretas no estado nutricional, evolutivo e no aproveitamento escolar. As principais

complicações verificadas são: alteração do equilíbrio nutricional, indução a

sangramentos intestinais, má absorção de nutrientes essenciais ao funcionamento

orgânico, quadros severos de anemia carencial, redução do apetite, prolapso retal,

capacidade diminuída de trabalho, taxa reduzida de crescimento, obstrução e abscesso

intestinal e alteração no desenvolvimento cognitivo dos infectados, além de quadros de

hipersensibilidade. (PEZZI; TAVARES, 2007; REY, 2010; NEVES, 2005; MOITINHO

et al, 2000).

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Conforme Otta (2009), as consequências das parasitoses intestinais em crianças

escolares são severas, pois estas encontram-se em fase de crescimento e

desenvolvimento acelerados; portanto, constituem um grupo de risco. A autora destaca

em seu estudo a relação das parasitoses intestinais e anemia ferropriva em escolares.

Segundo ela, alguns parasitas têm a capacidade de provocar redução de até 20% do

ferro ingerido na dieta, provocando anemia por deficiência de ferro. Estes organismos

encontram-se fixados às paredes intestinais e tornam-se capazes de ingerir sangue,

segregar anticoagulantes e provocar perdas de sangue pela mecanismo de espoliação. Os

parasitas que têm essa capacidade são: ancilostomídeos, Trichuris trichura, Ascaris

lumbricoides, Strongyloides stercoralis. No estudo, verificou-se um índice de

positividade para as enteroparasitoses de 52,59%, com prevalência de Giardia lamblia e

Endolimax nana; a média de hemoglobina, referência adotada para o diagnóstico de

anemia, foi de 11,7 miligramas por decilitro; a prevalência de anemia moderada foi de

26,7%, sem diferenças significativas em relação aos gêneros. A autora não encontrou

relação entre as parasitoses intestinais com as condições sócio-econômicas da população

de estudo, assim como os índices de anemia ferropriva; mas houve relação inversa entre

o hábito de brincar em praça pública e a presença de anemia

Moitinho e outros (2000) destacam que o controle das parasitoses intestinais

pode ser conseguido através da implantação de medidas integradas que envolvam

parcerias entre instituições acadêmicas, autoridades sanitárias e a comunidade. As

estratégias de ação denotadas pelos autores são: realização de exames parasitológicos

com frequência entre a população, para verificar a eficácia do tratamento e outras

formas de combate a tais doenças; tratamento dos infectados; e educação sanitária,

como palestras informativas acerca dos mecanismos de transmissão, sintomatologia e

medidas de prevenção. Kunz (2008) destaca ainda atividades voltadas para educação

ambiental, como visitas de campo, como forma de combate aos elevados índices de

parasitoses intestinais entre escolares. No estudo, verificou-se que 25% das crianças

possuem o hábito de brincar na terra e 12,5% possuem animais na residência.

Considerando-se que alguns parasitas passam pelo solo em alguma fase de seu

desenvolvimento, pode-se considerar que este seja um fator de risco para a

contaminação parasitária entre a população de estudo.

Coradi (2010) não verificou diferenças significativas entre os sexos de seu grupo

de pesquisa: 47,8% de meninos e 52,2% de meninas, com idade média de 8 anos. A

autora destaca que a maioria das crianças mora em casas de alvenaria, e todas possuem

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banheiros, a maioria deles dentro das instalações residenciais. Com relação à

procedência da água consumida, a maioria das respostas dos questionários foi referente

ao abastecimento público e apenas 33,6% relataram consumir água de poços artesianos

e minas. Os percentuais de serviços públicos de esgoto e coleta de lixo verificados

foram de 66,7% e 75% das residências, respectivamente. No entanto, 78,9% das

crianças consomem água diretamente da torneira. No que tange à economia das famílias

participantes da pesquisa, a renda mensal oscilou na faixa de R$ 500,00 e R$ 1000,00

reais. A maioria dos pais ou responsáveis das crianças relataram ser alfabetizados. A

renda salarial deste estudo condiz com esse autor, visto que a renda média foi de dois

salários mínimos e meio. No estudo, verificou-se que a renda salarial média dos pais das

crianças selecionadas para o estudo foi de dois a três salários mínimos, o que corrobora

com os achados destes autores.

Bellin e Grazziotin (2011) verificaram maior frequência de parasitos intestinais

na faixa etária dos 10 aos 50 anos de idade. O presente estudo foi realizado com

crianças, as quais tiveram idade entre três e cinco anos. Conforme Bomfim (2009), as

parasitoses intestinais são mais prevalentes em crianças, devido à falta de conhecimento

acerca das práticas de higiene, cuidados com alimentos e com o meio ambiente.

Moitinho e outros (2000) realizaram dois levantamentos de parasitoses

intestinais no Paraná, com o objetivo de verificar a eficácia do tratamento e outras

medidas de combate às parasitoses. As espécies identificadas foram Ascaris

lumbricoides, Hymenolepis nana, Giardia lamblia, ancilostomídeos, Strongyloides

stercoralis, Entamoeba histolytica. Não houve diferenças significativas entre os dois

inquéritos. Por isso, os autores afirmam que os altos índices de enteroparasitoses nesta

população estão relacionados à alta exposição da população ao solo contaminado e os

precários hábitos de higiene. Da mesma forma, as baixas taxas de cura podem ser

explicadas por não aderência ao tratamento, uso inadequado dos medicamentos ou

reinfecção durante o período de seguimento.

A hipótese de que as enteroparasitoses são prevalentes entre alunos de escolas

públicas, principalmente quando encontram-se relacionadas os aspectos sociais,

econômicos, culturais e comportamentais, não foi aplicada ao presente estudo, visto que

os resultados coletados pelas duas formas de pesquisa estabelecidas (questionário

padronizado e exame parasitológico de fezes) não são totalmente convergentes. Além

disso, o trabalho tem a limitação de não ter sido contemplado pela maioria dos alunos

da instituição de ensino, a fim de permitir a amostragem de sua população total.

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6 CONCLUSÃO

Os resultados obtidos neste estudo demonstraram que a prevalência de

parasitoses intestinais nas crianças analisadas foi inexistente, não se assemelhando aos

resultados de outros estudos realizados em outras regiões do país. Dessa forma os

resultados foram surpreendentes, considerando que as crianças constituem uma

população susceptível para as doenças parasitárias por apresentarem hábitos de higiene

ainda inadequados. A inexistência de parasitoses intestinais nestas crianças pode estar

relacionada a fatores como o consumo de água tratada, presença de rede de esgoto e

hábitos de higiene adequados, evidenciando que a melhoria no âmbito social,

econômico e higiênico desta população contribui de forma significativa para uma baixa

prevalência de parasitoses intestinais nessa faixa etária considerada.

O trabalho foi de grande valia principalmente pelos vínculos estabelecidos entre

as duas instituições de ensino Faculdade Tecsoma e Escola Municipal Gente Pequena e

pelas atividades de educação em saúde realizadas com os escolares. Portanto, é de

extrema relevância que ações de orientação e conscientização e o incentivo de ação

profilática sejam de caráter contínuo, visando manter os resultados negativos

encontrados neste trabalho e evitar que as parasitoses intestinais ocorram no grupo

estudado.

Acredita-se que se faz necessário realizar novos estudos nesta população, a fim

de se estabelecer os fatores que conduzem aos índices extremamente reduzidos ou

mesmo nulos de parasitoses intestinais.

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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho permitiu observar a inexistência de prevalência para parasitoses

intestinais a partir da análise coproparasitológica dos alunos do pré-escolar Gente

Pequena do município de Paracatu-MG.

Considerando que as crianças representam uma população-alvo para a

ocorrência de parasitoses intestinais, esperava-se que a prevalência destas doenças entre

esses alunos fosse encontrada e que as suas representações sociais e comportamentais

contribuíssem para comportamentos de risco.

Os resultados observados nesta pesquisa demonstram que as medidas profiláticas

devem ser realizadas de forma contínua, contribuindo positivamente para a baixa

prevalência de parasitoses intestinais, principalmente na população de crianças em idade

escolar. Esse trabalho reforça a necessidade de realização de outros inquéritos sobre

parasitoses intestinais em crianças já que informações sobre a prevalência destas

doenças são escassas no município de Paracatu.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96)

Eu,____________________________________________________________________

, RG ___________________, DECLARO para fins de participação em pesquisa, na

condição de representante legal do sujeito objeto da pesquisa, que fui devidamente

esclarecida sobre Projeto de Pesquisa intitulado: “Prevalência de parasitoses intestinais

em alunos do pré-escolar Municipal Gente Pequena no município de Paracatu-MG”

desenvolvido pela acadêmica Luciana Ap. Ferreira dos Santos, estudante do 8º Período

de Biomedicina da Faculdade TECSOMA, quanto aos seguintes aspectos:

O presente estudo justifica-se em realizar um estudo da Prevalência das

principais parasitoses que acomete as crianças com idade escolar, pois estes representam

um grupo susceptível à infecção por estes parasitas, devido há hábitos higiênico-

comportamentais ainda inadequados.

Este estudo tem como objetivo, avaliar a prevalência de parasitoses intestinais

em alunos do pré-escolar Municipal Gente Pequena do Município de Paracatu-MG, bem

como sua associação com os aspectos envolvidos.

Ao representante legal do sujeito objeto deste estudo, serão garantidos os

esclarecimentos que se fizerem necessários, antes e durante o curso do estudo, bem

como o sigilo e privacidade dos dados envolvidos na pesquisa e a liberdade de recusar-

se em participar ou cancelar o seu consentimento sem penalização alguma e sem

qualquer prejuízo. Os dados e informações provenientes deste estudo serão utilizados

com fins de produção do Trabalho de Conclusão de Curso, requisito parcial para a

obtenção do título de Bacharel em Biomedicina.

DECLARO, outrossim, que após convenientemente esclarecido pela

pesquisadora e ter entendido o que me foi explicado, consinto voluntariamente a

participação nesta pesquisa.

Paracatu, de __________________________de 2012

Assinatura do Declarante

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APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO PADRONIZADO PARA OS VOLUNTÁRIOS

1.0 Dados Pessoais:

Nome da

criança:__________________________________________________________

Idade:____ anos Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

2.0 Dados Sócio-Culturais:

Renda familiar: ( ) 1salário mínimo ( ) 2 a 3 salários ( ) 4 ou mais salários

Número de pessoas na família:_________________

2.1 - Procedência (de onde vem) a água de beber:

( ) torneira ( ) rio /ribeirão ( ) poço/mina ( ) outros

Quais?__________________________

2.2 - Tratamento da água de beber:

( ) filtrada ( ) fervida ( ) clorada ( ) não tratada ( ) outros

Quais?_____________________

2.3 – A criança tem o hábito de brincar na terra

( ) Sim ( ) Não

2.4 - Possui animais na residência?

( ) Sim ( ) Não Quais?_____________________

2.5 - Lava bem os alimentos antes de consumir?

( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes

2.6- A criança lava as mãos antes da refeição?

( ) Sim ( ) Não

2.7- A criança lava as mãos após o uso no banheiro?

( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes

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2.8 - Verduras e frutas consumidas no domicilio são procedentes (de onde vem):

( ) da plantação caseira ( ) de feiras, sacolão ou supermercados ( ) outros

Qual?___________

2.9- Destinos dos dejetos (fezes): ( ) esgoto ( ) fossa ( ) meio ambiente

(quintal,mato,rua)

2.10-A criança já fez algum exame parasitológico de fezes?

( ) sim ( ) não

Se o resultado for positivo cite o nome ________________________________

2.11 – A criança esta em uso de algum medicamento antiparasitário?

( ) Sim ( ) Não

Fonte: Adaptado de Macedo, 2005.

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APÊNDICE C - Autorização para coleta de dados

Paracatu, 21 de outubro de 2011.

Assunto: Autorização para coleta de dados para elaboração de Trabalho de Conclusão

de Curso

Prezada Senhora

Vimos através deste, apresentar a proposta de trabalho de conclusão de curso

que será desenvolvido pela acadêmica Luciana Aparecida Ferreira Dos Santos,

regularmente matriculada no 8º Período do Curso de Biomedicina nesta Instituição de

Ensino Superior, intitulada: tema do projeto “Prevalência de parasitoses intestinais em

alunos do pré escolar Gente Pequena do município de Paracatu-MG”.

O presente estudo tem como objetivo avaliar a prevalência de parasitoses

intestinais em alunos do pré-escolar Municipal Gente Pequena do Município de

Paracatu-MG, bem como sua associação com as condições socioeconômicas.

Para a concretização deste trabalho, a acadêmica necessita coletar dados dos

alunos matriculados em ambas as escolas sendo as variáveis catalogadas: nome do

aluno, idade e endereço.

Este trabalho não tem a intenção de denegrir valores, mas contribuir de forma

positiva na continuidade da assistência dessa clientela, também não visa lucros, nem vai

gerar encargos ao município. Após sua conclusão e aprovação, a acadêmica se

compromete a enviar uma cópia do mesmo a esta secretaria para apreciação.

Solicitamos, portanto, a colaboração e permissão de vossa senhoria para a

coleta das informações necessárias ao estudo.

Sem mais para o momento,

Atenciosamente.

__________________________ _____________________________

MCs.Cláudia Peres da Silva Luciana Aparecida Ferreira Dos Santos

Coordenadora do Curso de Biomedicina Acadêmica do Curso de Biomedicina

Ilustríssima Senhora

Maria José Gonçalves

Secretaria da Educação

Paracatu – Minas Gerais

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APÊNDICE D – INFORMATIVO AOS VOLUNTARIOS

INFORMATIVO AOS VOLUNTÁRIOS

Nos próximos dias estarei realizando exames de fezes de todos os alunos dessa

classe. Para colher o material é necessário que siga as seguintes instruções:

1. Você está recebendo um frasco coletor (potinho) onde colocará as fezes.

2. Você deverá defecar em lugar seco e limpo (penico, urinol ou até mesmo em

uma folha de papel limpa). Nunca pegue fezes do vaso ou misturadas com urina.

3. Pegue o frasco e com ajuda da espátula (ou palito de picolé limpo), coloque as

fezes dentro do frasco, enchendo até a metade. Tampe bem quando acabar de

fazer a colheita.

4. É importante que as fezes sejam colhidas assim que defecar. Só coloque fezes da

pessoa que tiver o nome colado no frasco. Nunca misture fezes de outras

pessoas. Após a colheita do material lave bem as mãos com água e sabão.

5. Entregue o material (o frasco com fezes) no dia marcado para entrega.

6. Você será informado sobre o resultado do exame pela direção da escola Gente

Pequena.

AGRADEÇO PELA SUA COLABORAÇÃO!

Fonte: Adaptado de Macedo, 2005.

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APÊNDICE E - LABORATÓRIO ESCOLA DE MEDICINA DIAGNÓSTICA

FACULDADE TECSOMA

Nome:

Data de nascimento:

Data da coleta:

PARASITOLÓGICO

MÉTODO: HPJ - HOFFMAN, PONS E JANER (MOD.)

(CENTRIFUGAÇÃO E SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA)

RESULTADO:

REFERÊNCIA: NEGATIVO

OBS.: COLHIDA(S) 1 AMOSTRA(S) NO MIF.