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INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ PIBID LETRAS COORDENADORA: PROFA. DRA. SILVIA SILVA – IFPA BOLSISTA: CARLA ISABELA PAMPOLHA MARQUES PRIMEIRA MANHÃ DALCIDIO JURANDIR

Primeira Manhã - Dalcídio Jurandir

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Page 1: Primeira Manhã - Dalcídio Jurandir

INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ

PIBID LETRAS

COORDENADORA: PROFA. DRA. SILVIA SILVA – IFPA

BOLSISTA: CARLA ISABELA PAMPOLHA MARQUES

PRIMEIRA MANHÃ DALCIDIO JURANDIR

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Dalcídio Jurandir Pereira (Vila de Ponta de Pedras PA 1909 - Rio de Janeiro RJ

1979).

Romancista, jornalista e professor. Comunista declarado, participante ativo da

Aliança Libertadora Nacional - ALN, na década de 1930, enfrenta perseguições

políticas, é preso duas vezes.

Em 1940 0publica seu primeiro romance, Chove nos Campos de Cachoeira,

iniciando uma série de relatos ficcionais que fica conhecida como Extremo Norte.

Em 1952, viaja para a União Soviética e, apresentado e promovido pelo

romancista Jorge Amado (1912 - 2001), tem uma de suas obras traduzidas para o

russo.

Embora citado entre autores de tendência regionalista, essa é certamente uma

das características de sua obra, focada na Região Norte do Brasil.

Dalcídio se destaca pela complexa construção interior de seus personagens,

individualizando a trama e valorizando as transformações pessoais em seus romances.

Anuncia sua aposentadoria como escritor em 1971.

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PRIMEIRA MANHÃ - Dalcídio Jurandir

A obra de Dalcídio Jurandir, compõe-se de

onze romances, entre os quais dez são de

ambientação amazônica. Desses dez

romances, que formam a chamada “Ciclo do

Extremo Norte”, o personagem Alfredo é

uma espécie de fio condutor, com seu

percurso inquieto pela cidade e pelo interior

do Pará, desvelando, especialmente, o

complexo espaço urbano de Belém, além de

participar ou acompanhar os dramas de vários

outros personagens que cruzam seu caminho.

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Características do Romance

1-    Romance enquadrado na segunda geração modernista;

2-    Universaliza a cultura amazônica;

3-    Mostra o falar regional do povo amazônico;

4-  Dá relevância às crendices do povo amazônico (simpatias, benzedeiras, folclore, causos etc.);

5-  Utiliza das rememorações e digressões (desvio de rumo ou de assunto, evasiva);

6- Utiliza recursos poéticos na sua prosa (rimas, aliterações, metáforas, antíteses, pleonasmos etc.);

7-  O foco narrativo passa da voz de um narrador externo para a voz interna da personagem, causando a quebra na temporalidade e no espaço da narrativa;

8- O enredo deve localizar-se entre 1926, aproximadamente;

9- Mostra diversas temáticas: a descoberta da sexualidade, a adversa realidade escolar, a vida de aparências, a infidelidade amorosa etc.;

10- Enredo quase todo desprovido de ação (as personagens mais pensam que agem);

11- Romance-rito, rito de passagem, romance-grito dos excluídos;

 

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Temática: Os primeiros dias do jovem Alfredo no colegial,descobertas e frustrações em um verdadeiro ritual de passagem do menino para o rapaz.

Espaço: Ruas e bairros principais de Belém o Liceu e a casa da José Pio. No campo da memória Cachoeira e Muaná no Marajó.

Tempo: psicológico, utiliza das rememorações e digressões.

Enredo Linear: O enredo é linear, apesar de um intenso flash-back. O rommance é lento, pois temos pouca ação e muita digressão.

Crítica social: O personagem Alfredo vive em um mundo cercado de mulheres,porém limitadas pela pobreza,ausência,ou baixa escolaridade,mulheres em torno,ou em busca de seus homens.

Alfredo representa o alter-ego do autor Dalcídio Jurandir. Realidade e ficção se misturam em cada frase, pelas ruas de Belém e nas memórias do Marajó.

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Personagens

Alfredo: É o protagonista da história. O enredo tem inicio a partir da narração do seu primeiro dia de aula no ginasial. Das lembranças dos amigos que ficaram em Muaná e as meninas quase namoradas.

Major Alberto – Pai de Alfredo, era advogado, porém pouco advogava, quando o fazia, geralmente não cobrava honorários. Era culto e tinha biblioteca em sua casa.

Dona Amélia - A negra dona Amélia, mãe de Alfredo que sempre sonhou vê-lo doutor. Fazia esforço para manter o filho estudando na capital. Não era casada com Major Alberto, o pai de Alfredo.

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Jovita – Cabocla do Marajó, esposa do coronel. Analfabeta, mas soberba e impiedosa. Ela surrou a filha Luciana,sem piedade,queria marcar a menina com o ferro quente de marcar o gado.

Coronel Braulino Amanajás Boaventura: Dono da fazenda Comonono,casado com a cruel Jovita, era “camuflado” mulherengo. Pai de Luciana e Graziela. Era Intendente de Cachoeira, porém era tosco para o trabalho administrativo e deixava essa parte para o major Alberto.

Luciana - A jovem filha do coronel Braulino e da Jovita, dá “um mau passo” por isso é severamente espancada pela mãe e recebeu um banho de sal. Depois a tia traz a jovem para Belém, mas ela foge e desaparece.

Graziela – Irmã de Luciana, segundo d.Santa era invejosa, tinha inveja de Luciana. Queria aprender vários instrumentos, mais faltava talento, não era inteligente.

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Dona Santa- Parteira, irmã do coronel Braulino. Foi a senhora que narrou o drama da jovem Luciana para o adolescente Alfredo.

Dona Dudu – Costureira, filha da parteira d.Santa,sobrinha do coronel Braulino.Era uma pessoa amarga,gostava das desgraças na família do coronel.

Ana e Dalila – As órfãs que viveram no orfanato. Agora viviam batendo pernas e aprontado pelas ruas. A avó dona Santa não enxergava a realidade, idealizava as netas. Para a revolta de dona Dudu.

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Abigail – Uma vizinha da José Pio. Junto com a prima Ivaína convidaram Alfredo para fazer companhia a dupla, enquanto elas procuravam seus maridos que estavam, provavelmente, aprontado em algum cabaré. Ivaína – A prima de Abgail, calada, séria, o povo falava na José Pio, que o seu marido lhe estuprara na noite de núpcias e ainda a ferida não sarara.

Brasiliana – Mulata de um metro e oitenta,já tinha sido mulher da vida, foi amante do ex-governador, o amigo do coronel. Era contrabandista e conhecia todo mundo no fórum e na alfândega. Morava no anexo da taberna do seu Antonico. Torcia para o coronel ficar viúvo, para ser a dona dos bois do coronel.

Andreza – Amiga de Alfredo que morava em Cachoeira, aparece apenas no plano da memória do rapaz. Ele lembrou do quase beijo que quando eram crianças quase aconteceu.

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Doutor Gurgel – Advogado que a anos defendia o coronel na causa da disputa de terra,contra a família Teixeira. Segundo Brasiliana, doutor Gurgel sangrava o bolso do coronel, com essa causa interminável.

Celeste – Parente de D.Amélia, que falou para dona Dudu,que dona Amélia ficara lhe devendo da época em que Alfredo morou em sua casa, algum tempo atrás.Fato ocorrido no livro anterior,”Passagem dos Inocentes”.

Severino- Pastor Severino que pediu em casamento Luciana, diante da negativa de dona Jovita,teria ficado louco,rasgando páginas da Bíblia. Jogou uma praga na família do coronel.

Professor Benício – Aparece no campo da memória,quando Alfredo tinha quinze anos, o procurou para ter aulas Falou para Alfredo que letras e números são apenas letras e números. O difícil era a ciência do conhecimento feminino.

Antonico – comerciante desonesto,que roubava no peso e no preço.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

vestibularnopara.com.br/resumo-primeira-manha-dalcidio-jurandir