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Priscila Lima

Priscila Lima. Ao fazer um diagnóstico, está-se criando uma teoria sobre a pessoa que procura a terapia, está-se lançando hipóteses, mapas, que, como

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Priscila Lima

Ao fazer um diagnóstico, está-se criando uma teoria sobre a pessoa que procura a terapia,

está-se lançando hipóteses, mapas, que, como tais, retratam uma cidade ou uma

região como se fossem essa região ou essa cidade, nunca sendo essa região ou essa cidade. Esta condição ‘como se’ não deve nunca ser perdida de vista, sob pena de

reduzir o humano ao mecânico. (Ênio Brito Pinto, 2007)

Crenças Pessoais Interferem completamente no modo operante do trabalho clínico.

Valores humanistaA afirmação da singularidade e a valorização de toda vida humana.

Reconhecimento e InclusãoUma pessoa, antes de tudo, é um ser-humano. Confirmar o outro na sua alteridade.

DROGASUBSTÂNCIAS PSICOATIVASPSICOATIVOSPSICOTRÓPICOS

Qualquer substância não produzida pelo organismo que:

altera a função cerebralmuda a senso-percepção, as

emoções, a motivação e a consciência.

1- O álcool não é droga.2- Uso de drogas só se refere aos jovens.3- Uma explicação é suficiente para

compreender o problema das drogas.

4- Podemos construir uma sociedade sem drogas.

5- A droga leva inevitavelmente a decadência.

7-Todo usuário de drogas e todo dependente é marginal.

Não há sociedades que não tenham as suas droga.

CONSUMO DE DROGAS = FÊNOMENO HUMANO

Culturas diferentes = significados diferentes para o consumo das diferentes substâncias.

Evo Morales, presidente da Bolívia

Indígena dos Andes Bolivianos

1-ANESTESIAR ANGÚSTIAS EXISTENCIAIS

2- CONTATO COM O SOBRENATURAL

3- RITUAIS DE CELEBRAÇÃO

4- FINS TERAPÊUTICOS (aliviar dores)

5-Negação de uma situação vivencial intolerável.

PESSOA

DROGA CONTEXTO

O Todo é diferente da soma das partes

GESTALT

Muitas pessoas experimentam muitas substâncias

potencialmente produtoras de dependência, embora a maioria

não se torne dependente.(OMS, Neurociência: consumo e

dependência de substâncias psicoativas, 2004)

Droga

Pessoa

AMBIENTE AÇÃO

FRONTEIRA de CONTATO

FUNDO- ORGANISMO

Padrões de consumo Estabelecimento de distinção entre

diversos padrões de uso

usuários ocasionais x dependentes

Organização Mundial de Saúde

Prevenção PrimáriaAntes do primeiro contato com o produto.

Prevenção SecundáriaAntes da instalação de uma dependência.

Prevenção TerciáriaAntes do aparecimento de complicações decorrentes do uso.

Desejo ou compulsão Dificuldade em controlar o consumo Abandono de prazeres e interesses

alternativos Muito tempo é gasto em atividades

para obter a substância. Persistência no uso a despeito da

evidência de conseqüências nocivas Estado de abstinência fisiológico

(exceto para alucinógenos) Tolerância

Uma alteração comportamental mal-adaptativa, com elementos fisiológicos e cognitivos, que ocorre quando as concentrações de uma substância no sangue e tecidos declinam em um indivíduo que manteve um uso pesado e prolongado da substância. 

A. Cessação (ou redução) do uso pesado ou prolongado de álcool.

B. Dois (ou mais) dos seguintes sintomas, desenvolvendo-se dentro de algumas horas a alguns dias após o Critério A:

(1) hiperatividade autonômica (por ex., sudorese ou taquicardia)

(2) tremor intensificado(3) insônia(4) náuseas ou vômitos

(5) alucinações ou ilusões visuais, táteis ou auditivas transitórias

(6) agitação psicomotora(7) ansiedade(8) Convulsões  C. Os sintomas no Critério B causam sofrimento

ou prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

D. Os sintomas não se devem a uma condição médica geral nem são melhor explicados por outro transtorno mental.

É a necessidade de crescentes quantidades da substância para atingir a intoxicação (ou o efeito desejado) ou um efeito acentuadamente diminuído com o uso continuado da mesma quantidade da substância. O grau em que a tolerância se desenvolve varia imensamente entre as substâncias. 

Nem tolerância nem abstinência são critérios necessários ou suficientes para um diagnóstico de Dependência de Substância.

Com ou sem dependência fisiológica.

(DSM .IV)

Observa-se um planejamento no sentido de se organizar para o próximo uso da droga.

Quando se tem a droga, ao consumí-la existe dificuldade em deixar uma quantidade para o próximo uso.

Socialmente ou no trabalho a pessoa está primordialmente vinculada a pessoas que usam drogas.

Sempre há um motivo para consumir, seja para celebrar uma conquista ou para aliviar algum problema.

Quando não é possível obter a droga no momento em que se deseja, surge um sentimento de desconforto.

Utiliza-se o dinheiro que estava reservado para outras coisas no consumo de drogas.

Houve tentativa de intorromper o consumo sem sucesso.

Depressores do Sistema Nervoso Central

Perturbadores do Sistema Nervoso Central

Estimulantes do Sistema Nervoso Central

Álcool Opiáceos ópio, morfina,

heroína

Sedativos e hipnóticos barbitúricos

benzodiazepínicos

Solventes

Fases Estimulanteeuforiadesinibição loquacidade (maior facilidade para falar)

Fase Depressorafalta de coordenação motoradescontrole sonoestado de coma

Fígado hepatite alcoólica cirrose

Aparelho digestivo gastritepancreatite

Sistema cardiovascular hipertensão problemas cardíacos

Um estudo realizado com 215 pessoas em tratamento de

dependência química por álcool e outras drogas aponta que 47% dos

homens apresentam alguma disfunção sexual.(UNIFESP,2010)

•Comportamentos de risco•Psicose Alcóolicapredomínio de alucinações relacionadas ao consumo agudo de álcool ou abstinência

Cannabis maconha e haxixe

Alucinógenos LSD ayahuasca

Relaxamento Risos imotivados Vermelhidão nos olhos Diminuição da produção de saliva

(boca seca) Aumento de apetite. Não há registro de morte por

intoxicação por consumo de maconha.

Problemas respiratórios, visto que a fumaça é muito irritante, seu teor de alcatrão é muito alto (maior que do tabaco).

HipertensãoAsma, bronquiteQueda de 50 a 60% na produção de

testosterona Diminui a fertilidade masculina  

Ansiedade intensa e idéias de perseguiçãoPode haver alucinaçõesExacerbação de transtornos psicóticos

pré-existentes

Problemas cognitivos prejuízo na memória

Síndrome amotivacionalproblemas de atenção e motivação

Anfetaminas moderadores de apetite êxtase metilenodióximetanfetamina (MDMA)

Cocaína “crack”

Outros nicotina, cafeína

Estado de excitaçãoHiperatividadeSensação intensa de euforia e poder InsôniaFalta de apetite

desnutrição, fraquezaPerda da sensação de cansaçoDilatação de pupilas e aumento da

temperatura corporal.

Ressecamento das narinas Prejuízo na irrigação sanguínea nasal

pode culminar em necrose Taquicardia, hipertensão e palpitações Morte

diminuição de atividade de centros cerebrais que controlam a respiração.

Convulsões e até coma Parada cardíaca

Principal causa de infarto agudo de miocárdio em jovens (até 40 anos) nos EUA.

O aumento da pressão arterial contribui para a ocorrência de hemorragias, inclusive no cérebro, possibilitando a ocorrência de acidentes vasculares cerebrais.

Comportamento violento e de risco Irritabilidade, tremores Atitudes bizarras Paranóia ou “nóia”

Grande medo nos usuários, passam a vigiar o local onde usam a droga.Grande desconfiança uns dos outros leva àsituações extremas de agressividade.

“Psicose cocaínica”. alucinações e delírios

Queimadura e inflamação na boca, cáries nos dentes

Desnutrição perda da fome e diarréias

Problemas pulmonares tosse e chiados no peito

Acidente Vascular Cerebral (AVC) Infarto

Comprometimento da atençãoPerda da fluência verbalParanóiaSurtos psicóticos Comportamentos agressivos Perda de valores éticos

Quantidade da substância utilizada

Forma e via de utilização

Circunstâncias ambientais

Características de personalidade

Psicodinâmica Teorias comportamentais Genética Neurofarmacologia

Sistemas envolvidos:Opióide Catecolaminas (dopamina) GABA

Inexistência de linearidade etiológicaCAUSA EFEITO

FATORES DE RISCOFATORES DE PROTEÇÃO

Fatores de RiscosAmbientais

•disponibilidade de drogas

•pobreza •mudanças sociais

•cultura do círculo de amigos

•profissão •normas e

atitudes culturais •políticas sobre

drogas •tabaco e álcool

Fatores de Proteção

Ambientais

•situação econômica

•controle de situações

•apoio social•integração social

•acontecimentos positivos da vida

Fatores de RiscosIndividuais

•pré-disposição genética

•vítima de maus-tratos

quando criança•transtornos da personalidade

•problemas de ruptura familiar e

dependência•fracos resultados

escolares •exclusão social

•depressão e comportamento

suicida

Fatores de Proteção

Individuais

•capacidade de resolução

de dificuldades•eficácia

•percepção dos riscos •otimismo

•comportamento favorecendo a saúde

•capacidade de resistência à

pressão social•comportamento geral saudável

Existe uma maior co-morbidade, ou ocorrência conjunta, de

farmacodependências em indivíduos que sofrem de doenças mentais, em

comparação com indivíduos sem qualquer transtorno mental.

O desafio: determinar se os sintomas são devidos a intoxicação, abstinência ou trantorno mental.

Regier et al., 1990

Outro diagnóstico associadoDep. Álcool 37%Dep. de outras drogas 53%

Os transtornos mais comuns :1.Depressão 2.Transtorno bipolar3.Transtorno de ansiedade4.Déficit de atenção e hiperatividade. 5.Transtornos de personalidade e

alimentares também apresentam estreita correlação com o abuso de drogas.

Nóbrega (1994) N = 218

masculinoDepressão Maior 30,5 %Personalidade anti-social 29,4 %

femininoDepressão Maior 50 %Fobias 21,1 %

Da Silveira & Jorge (1997)

Relação temporal entre os transtornos:

Depressão anterior 77,3 %Depressão concomitante 4,5 %Depressão posterior 18,2 %

Da Silveira & Jorge (2004)

211 dependentes, sendo 185 homens e 26 mulheres.

23,4 % da amostra referiu haver tentado suicídio.

Risco de tentativas de suicídio foi 2,17 vezes maior entre os dependentes deprimidos comparativamente aos não deprimidos.

Terra, Da Silveira (2005) N= 300

Fobia específica 30,6 %

Fobia social 24,7 %

T. de ansiedade generalizada 19,3 %

Adultos com TDAH apresentam prevalência na

vida muito maior para transtornos do uso desubstâncias: abuso ou dependência de álcool 33%abuso ou dependência de outras subst.

20%

Uso de álcool é o mais prevalente entre adultos com TDAH, seguido pela maconha,

estimulantes e cocaína.

HIVHepatite C

Tratamento da DependênciaDesintoxicaçãoPrevenção da recaída

Tratamento de transtornos associados

Comorbidades

DesintoxicaçãoSuspensão abrupta

Síndrome de abstinênciamanutenção da homeostase

Medicação sintomáticareações depressivas/ impulsividade

Suporte psicológico

Prevenção da recaída

Farmacoterapia

Abordagem psicológicaPsicoterapias

Grupos de Apoio

Alcoólicos Anônimos (A. A.)

Narcóticos Anônimos (N.A)

NARANOM

• Tratamento medicamentoso com ou sem internação em hospital geral, psiquiátrico ou clínicas especializadas;

• Tratamento não medicamentoso com internação em fazendas de recuperação;

• Tratamento não medicamentoso através do ingresso em grupos de ajuda mútua (AA).

• Tratamento através de técnicas alternativas como acupuntura, florais, homeopatia.

• A cura através da fé.

Ações que visam minimizar riscos e danos de natureza biológica,

psicossocial e econômica provocados ou secundários ao uso/abuso de

drogas sem necessariamente requerer a redução de consumo de

tais substâncias.

Mais HumanoMenos custosa no que se refere aos

recursos financeiros.Mais eficiente quando comparada

com as abordagens tradicionais.Critérios Científicos

eficiência, eficácia e relação custo-benefício

Diante do consumo de bebidas alcoólicas, como a utilização de bebidas com menores teores de álcool.

Inclusão, entre os passageiros de um mesmo veículo, de alguém que não beba e possa dirigir em segurança.

Uso de substitutos de cigarros, como os adesivos de nicotina.

O próprio uso do cinto de segurança nos automóveis é um bom exemplo de RD, cujo objetivo é preservar a vida e minimizar traumatismos durante os acidentes automobilísticos, os quais, na maioria das vezes, de correm do fato de se dirigir de forma perigosa.

Troca de seringas usadas por novas.

Terapia de substituição de uma droga por outra com menos conseqüências negativas para a saúde.

SingularidadesLiberdade de escolhaCidadaniaEducação para autocuidados com a

saúde

As drogascom suas propriedades farmacológicas

O indivíduoCom suas características biológicas e psicológicas peculiares

O contexto ambiental

CETADTEL: 3336-3322

CAPS ADTEL: 3116-4699

PRISCILA [email protected] : (71) 4141-0903/ (71) 9139-2990