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PROCESSO ADMINISTRATIVO INTRODUÇÃO

PROCESSO ADMINISTRATIVO INTRODUÇÃO. 1. Autoritarismo Evolução do Direito Público Visão enraizada Jurisprudência conservadora Doutrina silente Direito

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PROCESSO ADMINISTRATIVO

INTRODUÇÃO

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1. AutoritarismoEvolução do

Direito Público

Visão enraizada

Jurisprudência conservadora

Doutrina silente

Direito Administrativ

o

Ramo do direito público dedicado aos princípios e preceitos legais que

regem a atividade estatal

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Visão Anátomo-fisiológica

Estrutura do aparato administrativo(Anatomia)

Dinâmica do aparato administrativo(Fisiologia)

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Agustín A. Gordillo: “El derecho administrativo es por excelência la parte de la

ciência del Derecho que más agudamente plantea el conflicto permanente entre la

autoridade y la liberdad”.

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Indivíduo Administrado

Administração

Estado

Administrado

Indivíduo

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Empecilhos ao equilíbrio na relação administrado/administração• Atitudes da Administração Pública fundadas na crença de

infalibilidade;• Omissão de ponderável parcela da população, pronta para

opinar e sugerir apenas no que diga respeito a seu egoístico interesse;

• Obscuras e confusas construções teóricas do direito administrativo (“poder de polícia”; “insindicabilidade judicial do mérito administrativo”);

• Resistência do administrador em delegar funções e competências.

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2. As Crises dos Processo Administrativo

1988CF/88

Direito de petiçãoDireito de Representação

1999Lei Geral de

Processo Administrativo

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Inexistência da disciplina

normativa do Processo

administrativo

Reforço da autocracia burocrática

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Consequência• A administração se considera senhora e

dona do processo administrativo

Patologias• Resistência em conceder vistas dos autos• Recusa em receber petições

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Princípio Democrático

Participação do administrado na feitura do

querer administrativo

ContraditórioProva

RecursoPublicidade

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AUTORIDADELIBERDADE

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“o problema do direito administrativo é tanto moral,

quanto jurídico” (Salvatore Satta, Intoduzione ad un Corso di

Diritto Amministrativo, Pádua, CEDAM, 1980, p. 52).

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3. Processo administrativo e democracia

Processo Administrativo

Administração em movimento

Instrumento de prevenção à arbitrariedade

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CF/88• Princípios da publicidade e eficiência (art. 37)• Ampliação do direito a informação (Art. 5º, XXXIII, XXXIV e

LXXII)• Garantia do acesso irrestringível à jurisdição (art. 5ª, XXXV)• Direito de petição (Art. 5º, XXXIV)• Aplicação das garantias deferidas ao processo judicial no

processo administrativo

Lei 9.784/99• Consulta pública (art. 31 e 34), audiência pública (art. 32) e

participação popular (art. 33) como instrumentos de formulação das decisões administrativas

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4. Finalidades do processo administrativo

Sentidos Teleológicos

Assegurar a produção e a

eficiência do agir estatal

Maximizar as garantias do administrado

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5. Processo ou procedimento administrativo

Lei 9784/99

• Conjunto sistêmico e sistematizado de atos vocacionados à solução de uma controvérsia administrativa

Lei Estadual SP

10.177/98

• Conjunto de medidas preparatórias à produção de um ato administrativo

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Processo

• Realidade panorâmica: conjunto, teleologicamente concebido, que parte, de regra, de uma provocação ou requerimento e que, por consequência, caminha, mediante a prática de atos instrumentais, para a produção do resultado (decisão)

• Realidade atomizada: caminho que vai do início ao fim do processo (série de atos referentes ao onde, ao como e ao quando, encadeados lógica e juridicamente)

Procedimento• Realidade atomizada; exteriorização do

processo

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Processo Administrativo

• Litigiosidade – relação jurídica

Procedimento Administrativo

• Exercício, sem contraditoriedade, da função administrativa, em busca da prática de um ato administrativo

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6. A Dimensão Temporal do Processo Administrativo

PRAZO• Lapso de tempo traçado

entre a prática de atos processuais

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6.1. Prazo RazoávelPacto de San José da Costa

Rica

• Art. 8º, n. 2

CF/88EC 45/04

• Art. 5º, LXXVIII

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“(...) 3. Merece confirmação o acórdão que julga procedente pedido para que a União e a ANATEL se abstenham de impedir o funcionamento provisório dos serviços de radiodifusão, até que seja decidido o pleito administrativo da recorrida, que, tendo cumprido as formalidades legais exigidas, espera já há cinco anos, sem que tenha obtido uma simples resposta da Administração. 4. A Lei n. 9.784/99 foi promulgada justamente para introduzir no nosso ordenamento jurídico o instituto da mora administrativa como forma de reprimir o arbítrio administrativo, pois, não obstante a discricionariedade que reveste o ato da autorização, não se pode conceber que o cidadão fique sujeito a uma espera abusiva, que não deve ser tolerada e que está sujeita, sim, ao controle do Judiciário, a quem incumbe a preservação dos direitos, posto que visa à efetiva observância da lei em cada caso concreto. 5. O Poder concedente deve observar prazos razoáveis para instrução e conclusão dos processos de outorga de autorização para funcionamento, não podendo estes prolongar-se por tempo indeterminado, sob pena de violação aos princípios da eficiência e da razoabilidade”. (STJ, 1ª T, Resp 690.819-RS, rel. Min. José Delgado, DJU 19.12.2005)