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Direito Processo Civil – Teoria e Exercícios para TRF 5ª Região – AJAJ e AJEM.
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AULA 02:
Competência: em razão do valor e da matéria; competência
funcional e territorial; modificações de competência e declaração
de incompetência.
Juiz.
Ministério Público.
SUMÁRIO PÁGINA
Competência. 02 a 13
Juiz. 14 a 19
Ministério Público. 20 a 22
Questões sem Comentários 23 a 32
Questões com Comentários 33 a 67
Olá meus amigos, aqui estamos nós, rumo a mais uma aula.
Mais uma vez, ressalto a grande importância de ler a legislação
pertinente a cada aula nossa. Tenham certeza que o estudo
reiterado da lei fará grande diferença no seu aprendizado.
Por fim, caso desejem entrar em contato comigo, basta enviar e-
mail para: [email protected].
Bem, agora sem mais delongas, vamos à aula e não se esqueçam: a
batalha é longa, mas a vitória é garantida!
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COMPETÊNCIA.
1. Conceito.
Antes de adentramos nos conceito de competência, deve-se deixar bem
claro que todos os juízes, inclusive os órgãos colegiados possuem
jurisdição, o que significa dizer que todos eles possuem o poder de dirimir
conflitos, aplicando a lei aos casos concretos.
Mas por uma questão organizacional para que o exercício da jurisdição
pudesse ser exercido de maneira mais efetiva, o legislador, tendo por
base diversos critérios, distribuiu esta função estatal (a jurisdição) entre
vários órgãos.
Desta forma, a título de exemplo, imaginemos uma ação proposta em
desfavor de um determinado réu, neste caso, o fórum competente para
julgar tal processo será o do domicílio do réu, conforme art. 94 do CPC.
Por isto, podemos conceituar a competência como sendo a limitação
de atuação de cada órgão jurisdicional.
Ademais, a competência é considerada pressuposto processual de
validade subjetivo, uma vez que, incompetente o juízo, a relação
processual estar viciada o que por consequência incorrerá na nulidade dos
atos decisórios.
Ainda, a competência pode ser classificada em:
a) Interna e
b) Internacional
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Por fim, os artigos 86 a 124 do CPC tratam da temática estudada
neste tópico, por isto, não deixem de lê-los. É muito importante!
2. Competência internacional.
Há questões, cuja justiça brasileira possui jurisdição para tratar delas, ou
seja, situações que podem ser examinadas pela justiça do Brasil, por
outro lado, temas que não podem ser apreciados em nosso território e
isto acontece porque tais temáticas não nos dizem respeito e desta forma,
compete à leis estabelecer o que se encontra no âmbito de nossa
jurisdição. Ademais, não há um organismo multinacional ou universal,
que distinga o que cada país pode julgar e o que não pode, devendo a
legislação pátria de cada país definir até onde se estende a sua jurisdição.
Neste sentido, confrontando a jurisdição de outros países, a competência
internacional se divide:
a) Competência concorrente ou cumulativa e
b) Competência exclusiva.
A competência concorrente ou cumulativa encontra-se elencada no
art. 88 do CPC, e nestas situações a ação pode ser ajuizada tanto no
Brasil como no estrangeiro, ou até mesmo em ambos os locais e
ao mesmo tempo.
E isto se dá devido à permissão legal contida no art. 90 do CPC que aduz
que, o ajuizamento de ação perante tribunal estrangeiro não induz
litispendência. Ademais, em conformidade com o art. 105, inciso I,
alínea “i” da CRFB/88, a sentença estrangeira, que for devidamente
homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem eficácia
no Brasil.
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Vejamos a literalidade dos artigos mencionados:
Art. 88 do CPC. É competente a autoridade judiciária brasileira
quando:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver
domiciliado no Brasil;
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no no I, reputa-se domiciliada no
Brasil a pessoa jurídica estrangeira que aqui tiver agência, filial ou
sucursal.
Art. 90 do CPC. A ação intentada perante tribunal estrangeiro não induz
litispendência, nem obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça
da mesma causa e das que lhe são conexas.
Por sua vez, na competência internacional exclusiva, apenas o poder
judiciário brasileiro irá processar estas causas. O art. 89 do CPC descreve
em quais situações a competência da justiça brasileira será considerada
exclusiva. Vejamos:
Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão
de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil,
ainda que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido
fora do território nacional.
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4. Princípios que regem a competência jurisdicional.
Em que pese a grande parte da distribuição da competência encontrar-se
devidamente regulamentada através da CF, do CPC, assim como através
das Leis de Organização Judiciária, os princípios exercem um papel muito
relevante no momento de definir qual é o juízo competente para julgar
determinada ação.
Neste sentido, são princípios que norteiam a competência jurisdicional:
a) Princípio da Competência sobre a Competência; e
b) Princípio da Perpetuação da Competência.
Princípio da Competência sobre a Competência.
O princípio da competência sobre a competência, também denominado de
“kompetezkompetez” é aquele segundo o qual todo juiz tem competência
para ao menos apreciar a própria competência.
Desta forma, por mais incompetente que um magistrado seja para
apreciar uma determinada ação, ele terá competência para aduzir que é
incompetente.
Princípio da Perpetuação da Competência.
O princípio da perpetuação da competência, também chamado de
perpetuatio iurisdicionis, de acordo com o art. 87 do CPC, aduz que a
competência é fixada no momento da propositura da ação, sendo
irrelevantes as modificações posteriores.
Como exemplo, podemos citar a situação em que se firmou competente
para julgar uma ação de divórcio o a cidade de Natal/RN, devido ao local
onde residência a mulher. Caso esta venha a se mudar para outra cidade
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ou outro Estado, a competência não poderá ser modificada, uma vez que
esta se fixou no momento em que a ação foi intentada.
Todavia, o CPC, através do art. 87, 2ª parte, prevê duas exceções ao
princípio da perpetuatio iurisdicionis:
a) Quando houver a supressão do órgão jurisdicional e
b) Quando a competência for alterada em razão da matéria ou
hierarquia.
Neste sentido, se uma determinada comarca for extinta, a competência
passará para o juízo da comerca que incorporou a circunscrição da
comarca extinta. Por outro lado, se for criada uma Vara de Família em
uma determinada comarca, todas as ações que versem a respeito de tal
matéria, serão deslocadas para a Vara de Família.
5. Classificação da competência interna.
A competência interna se classifica em:
a) Competência em razão do valor da causa;
b) Competência em razão do território;
c) Competência em razão da matéria e em Razão da pessoa; e
d) Competência em razão da função.
Competência em razão do valor da causa.
“Este critério não é adotado pelo Código para fixação de competência.
Entretanto, uma vez, fixada a competência de foro, em razão do
território, podem as normas de organização judiciária, segundo previsão
do art. 91, utilizar-se do critério “valor da causa” para criação de juízos
privativos. Pode o legislador estadual, por exemplo, criar varas
especializadas para julgamento de causas cujo valor não exceda a vinte
salários mínimos, varas com competência para julgar causas com valor
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superior a vinte e inferior a cem salários mínimos, e assim por diante”
(Elpídio Donizetti, Curso Didático de Direito Processual Civil, 13ª Ed., Rio
de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p. 230).
Gente, então, o valor da causa constitui critério para definir o
procedimento (sumário, sumaríssimo ou ordinário) a ser observado no
julgamento, nada tendo haver com competência.
Cumpre esclarecer também, que o valor da causa é importante para fixar
o recolhimento das custas, serve como parâmetro para a fixação da multa
para litigação da má-fé, multa por ato atentatório à dignidade da
jurisdição, etc.
Competência em razão do território.
Quando se fala do critério territorial, está se falando do critério
geográfico. Aqui o objetivo do legislador é proteger o interesse privado da
parte.
Desta forma, a competência territorial ou de foro leva em conta a divisão
do território nacional em circunscrições judiciárias.
Competência em razão da matéria e em Razão da pessoa.
A competência em razão da matéria e em razão da pessoa é utilizada na
realidade pela CF e as leis de organização judiciária como critério para
estabelecimento de competência. Na verdade, o CPC não a matéria e a
qualidade das pessoas envolvidas no litígio para definir a competência.
O critério material diz respeito à natureza da lide posta em juízo. Como
sabemos, temos no nosso ordenamento a Justiça Especial e Justiça
Comum. Neste sentido, quando se fala em Justiça Especial, se fala em
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Justiça do Trabalho, Militar e Eleitoral. Por outro lado, quando se fala em
Justiça Comum, se fala em Justiça Estadual e Justiça Federal.
Vejam então, que as normas de organização judiciária, ainda poderão
dividir mais ainda a competência em razão da matéria.
Desta forma, estabelecida qual a justiça competente e em qual foro deve
a ação ser proposta, é a matéria ou a qualidade das pessoas que vai
determinar qual o juízo competente para julgar a demanda.
Vejamos um exemplo prático: Na comarca de Natal, distribuem-se as
ações relativas a direito de família a uma das Varas de Família
(competência em razão da matéria). Por outro lado, nas ações em que
figure o Estado como parte, serão distribuídas a uma das varas de
Fazenda Pública (competência em razão da pessoa).
Competência em razão da função.
O critério em razão da função, leva em consideração quando da fixação
da competência a função de cada órgão jurisdicional para praticar atos do
processo ou o grau de jurisdição.
6. Incompetência absoluta e relativa.
Bem minha gente, como expliquei anteriormente as regras atinentes à
competência são regulamentadas através de normas e princípios.
Ademais, a depender da natureza da norma, a competência poderá ser
classificada como relativa ou absoluta.
Desta forma, teremos a incompetência absoluta sempre quando a
norma que regular a distribuição de competência for de ordem pública, ou
seja, cogente.
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Por outro lado, teremos a incompetência relativa sempre que a norma
infringida for dispositiva e pensada de forma a atender prioritariamente o
interesse privado.
Desta forma, o que percebemos é que o que é relativa ou absoluta é a
incompetência e não a competência.
E mais, a diferença primordial entre a incompetência relativa e absoluta
consiste no regime jurídico próprio que cada uma apresenta.
Agora, vamos ver cada uma das características das incompetências
relativas e absolutas:
Incompetência absoluta:
o Pode ser alegada a qualquer tempo pelas partes,
independentemente de exceção, bem como ser conhecida de
ofício pelo magistrado.
o Pode ser objeto de ação rescisória.
o Não se altera pela vontade das partes, nem por conexão ou
continência.
o Quando for reconhecida, os autos deverão ser remetidos ao
juízo competente, declarando-se nulos todos os atos
decisórios.
Incompetência relativa:
o Somente poderá ser alegada pelo réu no prazo de resposta,
sob pena de preclusão e prorrogação da competência. Desta
forma, não pode ser reconhecida de ofício pelo magistrado.
o Deve ser arguida por meio de exceção instrumental.
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o Não pode ser arguida pelo Ministério Público quando este
atuar como custus legis, salvo se a fizer em benefício do
incapaz.
o As regras atinentes a incompetência relativa podem ser
alteradas pelas partes, assim como em razão da conexão ou
continência.
o Quando reconhecida, os autos serão remetidos ao juízo
competente, não havendo que se falar, contudo, em nulidade
dos autos decisórios.
7. Modificação ou prorrogação da competência.
A modificação da competência é o fenômeno processual consistente em
atribuir competência a um juízo que originariamente não possuía. Desta
forma, como a distribuição da competência é determinada em decorrência
do interesse público ou privado, poderá esta ser modificada, sempre que
prevalecer o interesse privado.
Neste sentido, a competência será relativa (passível de modificação ou
prorrogação), quando for determinada em razão do valor ou do território.
Por outro lado, a competência será absoluta (que não se pode modificar
ou prorrogar) quando for fixada em razão da pessoa, da função e da
matéria.
Abaixo, segue um quadro esquemático onde os critérios de classificação
de competência são divididos em relativos ou absolutos.
Incompetência Relativa Incompetência Absoluta
Competência em razão da pessoa Competência territorial
Competência funcional Competência em razão do valor
Competência em razão da matéria
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Ainda, prestem mais atenção: a prorrogação da competência relativa se
dá em decorrência de disposição legal, nas hipóteses de conexão ou
continência, que se encontram agasalhadas pelos artigos 102 a 104 do
CPC, ou pode se dar também em decorrência da vontade das partes,
quando vierem a eleger foro para dirimir ou conflito ou então deixarem de
excepcionar o foro incompetente.
Por fim, vou deixar aqui uma dica para que vocês se lembrem dos tipos
de competência: VATEPEFUMA.
VA = Valor
TE = Território incompetência RELATIVA
PE = PEssoa
FU = Função incompetência ABSOLUTA
MA = MAtéria
8. Conexão e continência.
Como expliquei acima: a competência relativa poderá ser modifica em
decorrência da conexão ou continência.
Desta forma, teremos a conexão quando duas ou mais ações tiverem em
comum o objeto ou a causa de pedir, conforme reza o art. 103 do CPC.
Art. 103. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando Lhes
for comum o objeto ou a causa de pedir.
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Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade
quanto às partes e a causa de pedir, entretanto o objeto de uma por ser
mais amplo, abrange o objeto das outras, conforme entendimento do art.
104 do CPC.
Art. 104 do CPC. Dá-se a continência entre duas ou mais ações
sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir,
mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras.
Desta forma, nas situações em que ocorra a conexão ou continência de
uma demanda a ser ajuizada, com uma anteriormente proposta, a
distribuição será feita por dependência.
9. Prevenção.
A prevenção pode ser conceituada como sendo a previa definição de
determinado órgão jurisdicional em decorrência de circunstâncias
relativas à demanda ou a recurso anteriormente a ele distribuído.
Em conformidade com o art. 253 do CPC, as causas de qualquer natureza
serão distribuídas por dependência a juízo prevento quando:
I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já
ajuizada;
II - quando, tendo sido extinto o processo, sem julgamento de mérito, for
reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que
sejam parcialmente alterados os réus da demanda;
III - quando houver ajuizamento de ações idênticas, ao juízo prevento.
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10. Conflito de competência.
De acordo com o art. 115 do CPC, teremos conflito de competência
quando:
I - quando dois ou mais juízes se declaram competentes;
II - quando dois ou mais juízes se consideram incompetentes;
III - quando entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da
reunião ou separação de processos.
Teremos o conflito de competência positivo quando dois ou mais juízes se
declararem competentes para julgar determinada demanda.
Por sua vez, teremos o conflito de competência negativo quando dois ou
mais juízes se declararem incompetentes para julgar determinada ação.
Por fim, o conflito de competência poderá ser suscitado por qualquer das
partes, assim como pelo MP ou pelo juiz ao Presidente do Tribunal
hierarquicamente superior aos juízes envolvidos na divergência.
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JUIZ.
1. Poderes, deveres e responsabilidade do juiz.
Bom minha gente, não é novidade para ninguém que a relação jurídica
cria direitos e obrigações para as partes e em uma relação jurídica que
tenha origem em um processo também é da mesma forma. E aqui, autor,
réu e juiz se vinculam, onde cada um possui seus direitos e as respectivas
obrigações.
Aqui, vamos estudar, quais são os direitos e deveres atinentes ao juiz e
como não poderia ser diferente, também aos auxiliares da justiça.
Neste ponto, ressalto a grande importância de ler os artigos de numero
125 a 153 do CPC que tratam da temática em estudo.
2. Igualdade de tratamento à partes.
Em conformidade com o art. 125, inciso I do CPC, o juiz deve dispensar
tratamento isonômico, ou seja, igualitário às partes e aqui encontramos o
princípio constitucional da isonomia.
Desta forma, por exemplo, aberta a possibilidade para uma das partes se
manifestarem no processo, obrigatoriamente deverá ser aberto a
possibilidade do contraditório à outra parte.
Cumpre esclarecer, que a quebra desta igualdade, poderá dar ensejo à
correição parcial ou ao mandado de segurança.
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3. Rápida solução do litígio.
Em conformidade com o art. 125, inciso II do CPC, a celeridade da
prestação jurisdicional é dever do juiz. Ademais, a própria CF assegura
aos litigantes a razoável duração do processo e os meios que garantam a
celeridade de sua tramitação.
4. Repressão aos atos atentatórios à dignidade da Justiça.
De acordo com o art. 125, inciso III e art. 129, ambos do CPC, o
magistrado tem o dever e o poder de reprimir atos que atentem contra a
respeitabilidade e o prestigio de que deve usufruir a Justiça.
Neste sentido, o juiz deve punir o litigante que vier a proceder de má-fé,
e até mesmo advertir a testemunha que esteja mentindo, além de retirar
da audiência pessoas que adotarem comportamento não condizente com
o recinto, etc.
Ademais, o magistrado não deve permitir que as partes se utilizem do
processo para praticar ato simulado ou até mesmo conseguir fim proibido
por lei.
5. Poder dever de prestar a tutela jurisdicional.
Não pode o juiz se eximir de sentenciar ou despachar sob a alegação de
lacuna ou obscuridade da lei.
Nestas situações, não havendo normas legais, devera recorrer à analogia,
aos costumes e aos princípios gerais do direito.
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6. Responsabilidade do juiz.
O art. 133 do CPC elenca as hipóteses em que a irregular atuação do juiz
pode ensejar a responsabilidade civil do magistrado.
São situações em que o juiz responderá por perdas e danos:
I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;
II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que
deva ordenar de ofício, ou a requerimento da parte.
7. Dever de imparcialidade do juiz.
No que tange a este subtópico, tem o juiz o dever de garantir a sua
imparcialidade aos litigantes, e caso ocorra situações em que ponham em
comento a imparcialidade do julgador, este deverá se abster de julgar a
causa, sob pena de ser recusado.
Em conformidade com a lei, o juiz poderá ser afastado da demanda são:
a) Impedimento, conforme art. 134 do CPC E
b) Suspeição, conforme art. 135 do CPC.
Os impedimento são de cunho objetivo, peremptórios e obstaculizam o
exercício da jurisdição contenciosa ou voluntária, podendo ser arguidos no
processo a qualquer tempo, emanando reflexos na coisa julgada, uma vez
que podem ser alegados mesmo após o trânsito em julgado da sentença.
São hipóteses de impedimento do juiz, situação em que é proibido ao
ele exercer as suas funções no processo contencioso ou voluntário:
I - de que for parte;
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito,
funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como
testemunha;
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III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido
sentença ou decisão;
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu
cônjuge ou qualquer parente seu, consanguíneo ou afim, em linha reta;
ou na linha colateral até o segundo grau;
V - quando cônjuge, parente, consanguíneo ou afim, de alguma das
partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau;
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica,
parte na causa.
Por sua vez, a suspeição é considerada pressuposto processual de
validade, mas caso não seja arguida no momento oportuno, será
consumida pelo manto da coisa julgada.
Assim, reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando:
I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;
II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou
de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau;
III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das partes;
IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar
alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para
atender às despesas do litígio;
V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
8. Dos auxiliares da justiça.
Para que ocorra uma perfeita harmonia no funcionamento da Justiça, é
importante que ao lado do juiz, auxiliando-o, exista um determinado
numero de serventuários bem preparados para tanto.
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Neste sentido, em conformidade com o art. 139 do CPC, são auxiliares do
juízo, além de outros, cujas atribuições são determinadas pelas normas
de organização judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o
depositário, o administrador e o intérprete.
Desta forma, tais auxiliares, além de agirem com zelo, devem também
atuar com responsabilidade e boa-fé, possuindo cada um deles as devidas
atribuições.
Cumpre esclarecer, que em conformidade com o art. 140 do CPC, em
cada juízo haverá um ou mais oficiais de justiça, cujas atribuições são
determinadas pelas normas de organização judiciária.
Ademais, incumbe ao escrivão (art. 141 do CPC):
I - redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas precatórias e
mais atos que pertencem ao seu ofício;
II - executar as ordens judiciais, promovendo citações e intimações, bem
como praticando todos os demais atos, que Ihe forem atribuídos pelas
normas de organização judiciária;
III - comparecer às audiências, ou, não podendo fazê-lo, designar para
substituí-lo escrevente juramentado, de preferência datilógrafo ou
taquígrafo;
IV - ter, sob sua guarda e responsabilidade, os autos, não permitindo que
saiam de cartório, exceto:
a) quando tenham de subir à conclusão do juiz;
b) com vista aos procuradores, ao Ministério Público ou à Fazenda
Pública;
c) quando devam ser remetidos ao contador ou ao partidor;
d) quando, modificando-se a competência, forem transferidos a outro
juízo;
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V - dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou
termo do processo, observado o disposto no art. 155.
Caso seja considerado impedido o escrivão, o juiz deverá convocar o
substituto, e, não o havendo, nomeará pessoa idônea para o ato.
No que tange ao oficial de justiça, em conformidade com o art. 143 do
CPC, a este incumbe:
I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e mais
diligências próprias do seu ofício, certificando no mandado o ocorrido,
com menção de lugar, dia e hora. A diligência, sempre que possível,
realizar-se-á na presença de duas testemunhas;
II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;
III - entregar, em cartório, o mandado, logo depois de cumprido;
IV - estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da
ordem.
V - efetuar avaliações.
Por fim, seguindo a regra do art. 144 do CPC, o escrivão e o oficial de
justiça são civilmente responsáveis:
I - quando, sem justo motivo, se recusarem a cumprir, dentro do prazo,
os atos que lhes impõe a lei, ou os que o juiz, a que estão subordinados,
lhes comete;
II - quando praticarem ato nulo com dolo ou culpa.
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MINISTÉRIO PÚBLICO.
1. Aspectos introdutórios.
O MP no Processo Civil, é órgão incumbido de tutelar o interesse público,
sendo que estes compreende os interesses sociais e individuais
indisponíveis, assim como a ordem jurídica na relação processual e nos
procedimento de jurisdição voluntária.
2. Princípios institucionais do MP.
São princípios institucionais do Ministério Público:
a) Unidade;
b) Indivisibilidade e
c) Independência funcional.
De acordo com o princípio da unidade, todos os membros do MP fazem
parte de um só órgão, embora o MPT seja subdividido em Ministério
Público Federal, MP do Trabalho, MP do DF e MP dos Estados.
Cumpre esclarecer, que esta subdivisão se dá em decorrência da forma
federativa que é adotado pelo Brasil e também em decorrência da
distribuição da competência em razão da matéria e das pessoas.
Por sua vez, de acordo com o princípio da indivisibilidade, os membros
do MP “podem ser indiferentemente substituídos por outro em suas
funções, sem que com isso haja alguma alteração subjetiva nos processo
em que oficiam (quem está na relação processual é o Ministério Público,
não a pessoa física de um promotor ou curador)” (Antônio Carlos de
Araújo Cintra e Ada Pellegrini e Cândido Rangel Dinamarco).
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O princípio da independência funcional diz respeito ao fato de que no
exercício de suas funções, o membro do MP tem plena liberdade, agindo
de acordo com sua convicção jurídica.
3. Formas de atuação.
No que diz respeito ao Processo Civil, o MPT poderá atuar:
a) Como parte;
b) Como fiscal da lei ou custus legis.
Atuará como parte quando exercer o direito de ação nos casos previsto no
art. 81 do CPC, por sua vez, atuará como fiscal da lei nas hipóteses
elencadas no art. 82 do CPC. Vejamos:
Art. 81. O Ministério Público exercerá o direito de ação nos casos
previstos em lei, cabendo-lhe, no processo, os mesmos poderes e ônus
que às partes.
Art. 82. Compete ao Ministério Público intervir:
I - nas causas em que há interesses de incapazes;
II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela,
curatela, interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de
última vontade;
III - nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural e
nas demais causas em que há interesse público evidenciado pela natureza
da lide ou qualidade da parte.
Ademais, cumpre esclarecer que o MPT jamais atuará como mandatário
ou procurador da parte. Mesmo nas hipóteses em que a lei prevê a defesa
de terceiros, a atuação do MP é no sentido de tutelar a ordem jurídica ou
interesses sociais e individuais indisponíveis.
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Ainda, quando o MP atuar como fiscal da lei ele:
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os
atos do processo;
II - poderá juntar documentos e certidões, produzir prova em audiência e
requerer medidas ou diligências necessárias ao descobrimento da
verdade.
Quando atuar como parte, não há que se falar em ônus quando se der a
ausência do membro do MP em um processo, uma vez que, nessa
qualidade, lhes cabem os mesmos poderes e ônus que as partes,
conforme entendimento do art. 81 do CPC.
Ainda, em conformidade com o art. 84 do CPC, quando a lei considerar
obrigatória a intervenção do Ministério Público, a parte deverá lhe
promover a intimação sob pena de nulidade do processo.
Vejam que nesta hipótese, para que ocorra a nulidade do processo, tudo
dependerá do MP ter sido intimado ou não.
Por fim, em que pesem as responsabilidades dos membros do MP, o art.
85 do CPC, deixa bem claro que “o órgão do Ministério Público será
civilmente responsável quando, no exercício de suas funções, proceder
com dolo ou fraude’.
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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS.
01. FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário -
Execução de Mandados
O foro contratual pode modificar a competência em razão
a) da hierarquia e da matéria.
b) do valor, apenas.
c) do território, apenas.
d) da hierarquia, apenas.
e) do valor e do território.
02. FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário - Área
Administrativa
João reside em São Paulo.
Pedro reside no Rio de Janeiro.
Ambos possuem propriedades agrícolas em Campo Grande, sendo
vizinhos.
O gado de propriedade de Pedro entrou na propriedade de João e
danificou a plantação.
João deverá propor a ação de reparação de danos na comarca de
a) Rio de Janeiro.
b) Campo Grande.
c) São Paulo.
d) Campo Grande ou do Rio de Janeiro.
e) Rio de Janeiro ou São Paulo.
03. FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário - Área
Judiciária
José, residente e domiciliado fora do Brasil, pretende ajuizar no Brasil
ação fundada em direito real sobre bem móvel em face de João, também
residente e domiciliado fora do Brasil.
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A ação
a) poderá ser proposta em qualquer foro.
b) só poderá ser ajuizada no foro do último domicílio de João no Brasil.
c) só poderá ser ajuizada no foro do último domicílio de José no Brasil.
d) só poderá ser ajuizada no foro do local onde estiver o bem móvel.
e) só poderá ser proposta no foro da última residência de João no Brasil.
04. FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador
A respeito da competência, é correto afirmar que
a) o foro do domicílio do credor é competente para a ação de anulação de
títulos extraviados ou destruídos.
b) a competência é determinada no momento em que ocorre a citação
válida do réu.
c) a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em
regra, no foro da situação da coisa.
d) a ação em que o incapaz for réu se processará no foro do domicílio do
autor.
e) compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer
outra, conhecer das ações relativas a imóveis situados no Brasil.
05. FCC - 2008 - TCE-AL - Procurador
Analise as seguintes assertivas sobre a competência no processo civil:
I. A incompetência em razão da matéria é relativa e deve ser suscitada
mediante exceção.
II. A competência em razão do valor pode ser derrogada pelas partes,
salvo se também estabelecida por critério funcional.
III. A eleição de foro em determinado contrato obriga os herdeiros e
sucessores dos contratantes.
IV. A incompetência em razão do território é absoluta e deve ser argüida
como preliminar na contestação.
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V. A incompetência em razão da hierarquia pode ser reconhecida de
ofício pelo juiz.
Estão corretas as assertivas
a) I, II e III.
b) I, III e V.
c) II, III, e IV.
d) II, III e V.
e) II, IV e V.
06. FCC - 2010 - MPE-SE - Analista - Direito
A respeito das modificações da competência, é INCORRETO afirmar:
a) A competência em razão do valor poderá, na forma da lei, modificar-se
pela conexão ou continência.
b) A ação acessória será proposta perante o juiz competente para a ação
principal.
c) Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o
objeto ou a causa de pedir.
d) O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
e) A competência em razão do território é inderrogável por convenção das
partes.
07. FCC - 2011 - TRE-AP - Analista Judiciário - Área Judiciária
Poderá modificar-se pela conexão ou continência a competência em
razão
a) da matéria e da hierarquia.
b) do valor, apenas.
c) do valor e do território.
d) da hierarquia, apenas.
e) da matéria, apenas.
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08. FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário - Área Judiciária
Em regra, na ação em que for ré a sociedade que carece de
personalidade jurídica, é competente o foro
a) do domicílio do autor.
b) onde a sociedade exerce a sua atividade principal.
c) do domicílio do sócio aparente da sociedade.
d) de qualquer localidade onde a sociedade tenha vínculo comercial.
e) onde a sociedade exerça atividades desde que dentro do Estado em
que está estabelecida.
09. FCC - 2011 - TJ-PE – Juiz
Quanto à competência, é correto afirmar:
a) Argúi-se por meio de exceção a incompetência absoluta.
b) Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, ofereceu exceção
de incompetência.
c) Declarada a incompetência absoluta, sempre se extinguirá o processo
sem resolução do mérito.
d) Em razão da matéria e da hierarquia, a competência é derrogável pela
convenção das partes.
e) O foro contratual é personalíssimo, não obrigando os herdeiros e
sucessores das partes.
10. FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Execução
de Mandados
Considere as seguintes hipóteses:
I. Réu domiciliado no Brasil, de nacionalidade estrangeira.
II. Obrigação que tiver de ser cumprida no Brasil.
III. Inventário e partilha de bens, situados no Brasil, exceto se o autor da
herança for estrangeiro e tiver residido fora do território nacional.
IV. A ação que se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil.
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De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, é competente a
autoridade judiciária brasileira nas hipóteses indicadas SOMENTE em:
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) II, III e IV.
d) III e IV.
e) I e IV.
11. FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Área
Judiciária
O princípio que dispõe que a competência é fixada no momento em que a
ação é proposta, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou
de direito ocorridas posteriormente, exceto quando suprimirem o órgão
judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da
hierarquia, é especificamente o princípio
a) da estabilidade da lide.
b) da perpetuatio jurisdictionis.
c) da inafastabilidade de jurisdição.
d) do devido processo legal.
e) do Juiz natural.
12. FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário -
Execução de Mandados
A respeito das modificações de competência, considere:
I. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o
objeto ou a causa de pedir.
II. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há
identidade entre as partes e a causa de pedir, mas o objeto de uma, por
ser mais amplo, abrange o das outras.
III. A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi
julgado.
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IV. A competência em razão da matéria poderá modificar-se pela conexão
ou continência.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) II e IV.
d) III e IV.
e) I e II.
13. FCC - 2010 - TCE-AP – Procurador
Em matéria de competência e exceções, é correto afirmar:
a) A petição da exceção de incompetência relativa pode ser protocolizada
no juízo de domicílio do réu.
b) O processo ficará suspenso, recebida a alegação de incompetência
absoluta, até que esta seja definitivamente julgada.
c) A decisão que rejeita a exceção de incompetência relativa, depois de
transitado em julgado, comporta ação rescisória.
d) O autor não tem legitimidade para oferecer exceção de impedimento.
e) A produção de prova testemunhal não é admissível no procedimento da
exceção de incompetência relativa.
14. FCC - 2009 - TJ-MS – Juiz (Adaptada)
Achando-se o imóvel situado em mais de um Estado ou Comarca, o foro
será determinado pela prevenção, estendendo-se a competência sobre a
totalidade do imóvel.
15. FCC - 2006 - BACEN - Procurador - Prova 2
Ocorrendo conflito negativo de competência, para as medidas urgentes
poderá o relator designar um dos Juízes para decididas.
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16. FCC - 2006 - TRT-20R - Analista Judiciário - Área Judiciária -
Execução de Mandados
Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz quando
a) ele interveio como mandatário da parte.
b) alguma das partes for sua credora ou devedora.
c) ele for parente, consangüíneo ou afim de alguma das partes, em linha
reta ou, na colateral, até o terceiro grau.
d) seu cônjuge estiver postulando no processo como advogado da parte.
e) ele funcionou no processo como órgão do Ministério Público.
17. FCC - 2007 - TJ-PE - Analista Judiciário - Área Administrativa
(Adaptada)
É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou
voluntário quando nele estiver postulando, como advogado da parte,
qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, na linha colateral até o
segundo grau.
18. FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Área
Administrativa
Segundo o Código de Processo Civil, o Juiz
a) titular que estiver convocado deverá julgar a lide se concluiu a
audiência.
b) poderá se eximir de sentenciar ou despachar alegando lacuna da lei.
c) poderá decidir por equidade, mesmo nos casos não previstos em lei.
d) será considerado impedido para exercer suas funções em processo de
jurisdição contenciosa se alguma das partes for credor de seu cônjuge.
e) poderá de ofício determinar as provas necessárias à instrução do
processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Direito Processo Civil – Teoria e Exercícios para TRF 5ª Região – AJAJ e AJEM.
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19. FCC - 2010 - BAHIAGÁS - Analista de Processos
Organizacionais - Direito
De acordo com o Código de Processo Civil, o ato pelo qual o juiz, no
curso do processo, resolve questão incidente, denomina-se
a) despacho.
b) sentença.
c) ato ordinatório.
d) acórdão.
e) decisão interlocutória.
20. FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Área
Administrativa (Adaptada)
Segundo o Código de Processo Civil, o Juiz poderá de ofício determinar
as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências
inúteis ou meramente protelatórias.
21. FCC - 2009 - TJ-PI - Analista Judiciário - Área Administrativa
Em matéria de valoração da prova pelo juiz, o Código de Processo Civil
adota o princípio da
a) persuasão racional.
b) prova legal.
c) livre convicção.
d) proporcionalidade.
e) oralidade.
22. FCC - 2009 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área
Judiciária (Adaptada)
O Juiz, de conformidade com o Código de Processo Civil sempre poderá
decidir um litígio por equidade.
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23. FCC - 2009 - MPE-SE - Técnico do Ministério Público – Área
Administrativa
Se o processo tramita perante Tribunal de Justiça, o ato processual, cuja
execução deva ser feita por Juiz de Comarca do interior do Estado, deve
ser requisitado através de carta
a) simples.
b) registrada.
c) precatória.
d) rogatória .
e) de ordem.
24. FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário - Área
Administrativa (Adaptada).
O Ministério Público pode recorrer no processo em que oficiou como fiscal
da lei, mesmo que não haja recurso da parte.
25. FCC - 2008 - MPE-CE - Promotor de Justiça • FCC - 2009 - MPE-
CE - Promotor de Justiça.
O membro do Ministério Público estará sujeito à argüição de suspeição, no
processo contencioso, quando, sendo parte principal,
a) for interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
b) receber dádivas depois de iniciado o processo.
c) nele estiver postulando, como advogado da parte, qualquer parente
seu, consangüíneo ou afim, em linha reta.
d) for parente, consangüíneo ou afim, da parte contrária, em linha reta
ou, na colateral, até o terceiro grau.
e) for parente, consangüíneo ou afim, da parte contrária, em linha reta
ou, na colateral, até o quarto grau.
26. FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário - Área
Administrativa.
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No processo “B” o Ministério Público está intervindo como fiscal da Lei.
Neste caso,
o Ministério Público terá vista dos autos depois das partes, sendo
intimado de todos os atos do processo.
27. FCC - 2011 - MPE-CE - Promotor de Justiça.
No processo civil, o Ministério Público no exercício de suas funções, não
poderá ser responsabilizado civilmente, mas somente nos âmbitos
administrativo e criminal.
28. FCC - 2011 - MPE-CE - Promotor de Justiça.
No processo civil, o Ministério Público poderá produzir prova em
audiência, mas não juntar documentos e certidões, o que é privativo das
partes.
29. FCC - 2011 - MPE-CE - Promotor de Justiça (Adaptada).
No processo civil, o Ministério Público intervirá nas causas em que haja
interesses de incapazes, relativas ao estado da pessoa, declaração de
ausência e disposições de última vontade.
GABARITO
1 - E 2 – B 3 - A 4 – E 5 – D
6 – E 7 – C 8 – B 9 – B 10 – B
11 – B 12 - A 13 – A 14–CERTA 15–CERTA
16 - B 17–CERTA 18 – E 19 – E 20–CERTA
21 – A 22–ERRADA 23 - E 24-CERTA 25 – B
26-CERTA 27-ERRADA 28-ERRADA 29-CERTA ***
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QUESTÕES COM COMENTÁRIOS.
01. FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário -
Execução de Mandados
O foro contratual pode modificar a competência em razão
a) da hierarquia e da matéria.
b) do valor, apenas.
c) do território, apenas.
d) da hierarquia, apenas.
e) do valor e do território.
Gabarito: E
Comentário:
Gente, olha só, como bem explica Elpídio Donizetti, “todos os juízes,
incluindo-se os órgãos colegiados, têm jurisdição, ou seja, têm o poder de
dirimir conflitos, aplicando a lei aos casos concretos. Entretanto, por
questão organizacional relativa à divisão do trabalho, o legislador,
levando em conta diversos critérios, distribuiu esse poder (ou função
estatal) entre vários órgãos. Por exemplo, ação que verse sobre direito
pessoal, geralmente, deve ser proposta no foro do domicílio do réu (art.
94); ação de direito real sobre imóveis deve ser proposta no foro da
situação da coisa (art. 95); mandado de segurança contra o Presidente da
República é julgado pelo STF, e assim por diante”. (Curso Didático de
Direito Processual Civil, 13ª Ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p.
225).
E continua o autor: “A essa limitação de atuação de cada órgão
jurisdicional, foro, vara, tribunal, dá-se o nome de competência.
Competência é a demarcação dos limites em que cada juízo pode atuar.
Embora comumente se diga que a competência é a medida da jurisdição,
isto é, a jurisdição para o caso específico, deve-se frisar que a questão
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não é, exatamente, de quantidade, mas dos limites em que cada órgão
poder exerce legitimamente a função jurisdicional” (Curso Didático de
Direito Processual Civil, 13ª Ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p.
225).
No que diz respeito aos “tipos” de competências, estas poderão ser:
a) Competência em Razão do Valor;
b) Competência em Razão do Território;
c) Competência em Razão da Pessoa;
d) Competência em Razão da Função; e
e) Competência em Razão da Matéria.
As duas primeiras espécies de competência (valor e território) são
relativas, enquanto as três últimas (pessoa, função e matérias)são
absolutas.
No que diz respeito ao enunciado da nossa questão, a competência em
razão do valor e do território, pode ser derrogada por convenção das
partes, conforme disposto no art. 111 do CPC.
Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é
inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar a
competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde
serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações”.
02. FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário - Área
Administrativa
João reside em São Paulo.
Pedro reside no Rio de Janeiro.
Ambos possuem propriedades agrícolas em Campo Grande, sendo
vizinhos.
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O gado de propriedade de Pedro entrou na propriedade de João e
danificou a plantação.
João deverá propor a ação de reparação de danos na comarca de
a) Rio de Janeiro.
b) Campo Grande.
c) São Paulo.
d) Campo Grande ou do Rio de Janeiro.
e) Rio de Janeiro ou São Paulo.
Gabarito: B
Comentário:
O caso em comento demonstra a competnecia para ações que visem a
reparação de danos, podendo ser esta contratuais ou extracontratuais e
devem ser propostas no local onde se produziu o dano.
Não devem ser propostas no domicílio do réu.
Entretanto, a competência em questão é relativa, podendo ser derrogada,
prevalecendo o foro de eleição entre as partes.
Art. 100 do CPC. É competente o foro:
V - do lugar do ato ou fato:
a) para a ação de reparação do dano;
03. FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário - Área
Judiciária
José, residente e domiciliado fora do Brasil, pretende ajuizar no Brasil
ação fundada em direito real sobre bem móvel em face de João, também
residente e domiciliado fora do Brasil.
A ação
a) poderá ser proposta em qualquer foro.
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b) só poderá ser ajuizada no foro do último domicílio de João no Brasil.
c) só poderá ser ajuizada no foro do último domicílio de José no Brasil.
d) só poderá ser ajuizada no foro do local onde estiver o bem móvel.
e) só poderá ser proposta no foro da última residência de João no Brasil.
Gabarito: A
Comentário:
Quando a ação for fundada em direito pessoal e em direito real sobre
bens móveis, estas serão propostas, via de regra, no foro do domicílio do
réu.
Agora, se o réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação será
proposta no foro do domicílio do autor.
Entretanto, fiquem atentos para o fato de que se o réu também não tiver
domicilio nem residência no Brasil, a ação será proposta em qualquer
foro.
Mas vejam: As ações aqui são fundadas em direitos reais sobre bens
móveis e não imóveis.
04. FCC - 2011 - PGE-MT – Procurador
A respeito da competência, é correto afirmar que
a) o foro do domicílio do credor é competente para a ação de anulação
de títulos extraviados ou destruídos.
b) a competência é determinada no momento em que ocorre a citação
válida do réu.
c) a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em
regra, no foro da situação da coisa.
Direito Processo Civil – Teoria e Exercícios para TRF 5ª Região – AJAJ e AJEM.
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d) a ação em que o incapaz for réu se processará no foro do domicílio do
autor.
e) compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de
qualquer outra, conhecer das ações relativas a imóveis situados
no Brasil.
Gabarito: E
Comentário:
As respostas para as assertivas, encontram-se todas elencadas no CPC,
vamos conferir!
Letra A – ERRADA.
Não é o foro do domicílio do credor que será competente para a ação de
anulação de títulos extraviadas ou destruídos e sim o foro do domicílio
do devedor, conforme art. 100, inciso III do CPC.
Art. 100 do CPC. É competente o foro:
III - do domicílio do devedor, para a ação de anulação de títulos
extraviados ou destruídos.
Letra B – ERRADA.
A competência será determinada no instante em que a ação é proposta e
não quando ocorre a citação válida do réu.
Art. 87 do CPC. Determina-se a competência no momento em que a
ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de fato ou
de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão
judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da
hierarquia.
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Letra C – ERRADA.
Gente, a ação fundada em direito real sobre bens móveis, via de regra,
não será proposta no foro do domicílio da coisa e sim, via de regra, no
foro do domicílio do réu.
Art. 94 do CPC. A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em
direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do
domicílio do réu.
Letra D – ERRADA.
Nada disto, a ação se processará no foro do domicílio do representante do
incapaz, quando este for réu, conforme art. 98 do CPC.
Art. 98 do CPC. A ação em que o incapaz for réu se processará no foro do
domicílio de seu representante.
Letra E – CERTA.
Questão em conformidade com o art. 89, inciso I do CPC.
Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão
de qualquer outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil.
05. FCC - 2008 - TCE-AL - Procurador
Analise as seguintes assertivas sobre a competência no processo civil:
I. A incompetência em razão da matéria é relativa e deve ser suscitada
mediante exceção.
II. A competência em razão do valor pode ser derrogada pelas partes,
salvo se também estabelecida por critério funcional.
III. A eleição de foro em determinado contrato obriga os herdeiros e
sucessores dos contratantes.
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IV. A incompetência em razão do território é absoluta e deve ser
argüida como preliminar na contestação.
V. A incompetência em razão da hierarquia pode ser reconhecida de
ofício pelo juiz.
Estão corretas as assertivas
a) I, II e III.
b) I, III e V.
c) II, III, e IV.
d) II, III e V.
e) II, IV e V.
Gabarito: D
Comentário:
Item I – ERRADO.
A incompetência relativa é que será declarada mediante exceção,
conforme art. 112 do CPC.
Art. 112 do CPC. Argúi-se, por meio de exceção, a incompetência
relativa.
Ainda, vamos uma explicação para melhor entender a questão: a
depender da natureza da norma, a competência será classificada em
relativa ou absoluta. Será absoluta a competência, se a norma que regula
a distribuição desta, for cogente e de interesse exclusivamente público.
Todavia, a competência será relativa, quando a norma for dispositiva e
tiver como fim maior atender ao interesse privado. A infringência de
normas de interesse público acarreta a incompetência absoluta, e a
infringência de normas de interesse privado, acarreta a incompetência
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relativa, Desta forma, percebemos que o que é absoluta ou relativa, a
rigor não é a competência, mas sim a competência.
Item II – CERTO.
Questão em conformidade com o art. 111 do CPC.
Art. 111 do CPC. A competência em razão da matéria e da hierarquia é
inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar a
competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde
serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações.
Item III – CORRETO.
Questão em conformidade com o art. 111, § 2º do CPC.
Art. 111, § 2º do CPC. O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores
das partes.
Item IV – ERRADO.
Galera, como já explicamos acima, a incompetência em razão do território
é relativa e deve ser arguida por meio de exceção.
Vamos nos lembrar da nossa mnemônica acerca da classificação da
competência: VATEPEFUMA.
VA = Valor
TE = Território incompetência RELATIVA
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PE = PEssoa
FU = Função incompetência ABSOLUTA
MA = MAtéria
Item V – CERTO.
Art. 113 do CPC. A incompetência absoluta deve ser declarada de ofício e
pode ser alegada, em qualquer tempo e grau de jurisdição,
independentemente de exceção.
06. FCC - 2010 - MPE-SE - Analista - Direito
A respeito das modificações da competência, é INCORRETO afirmar:
a) A competência em razão do valor poderá, na forma da lei, modificar-se
pela conexão ou continência.
b) A ação acessória será proposta perante o juiz competente para a ação
principal.
c) Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o
objeto ou a causa de pedir.
d) O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes.
e) A competência em razão do território é inderrogável por
convenção das partes.
Gabarito: E
Comentário:
Letra A – CORRETA.
Art. 102 do CPC. A competência, em razão do valor e do território,
poderá modificar-se pela conexão ou continência, observado o
disposto nos artigos seguintes.
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Letra B – CORRETA.
Art. 108 do CPC. A ação acessória será proposta perante o juiz
competente para a ação principal.
Letra C – CORRETA.
Art. 103 do CPC. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando
lhes for comum o objeto ou a causa de pedir.
Letra D – CORRETA.
Art. 111. § 2o do CPC. O foro contratual obriga os herdeiros e
sucessores das partes.
Letra E – ERRADA.
Art. 111 do CPC. A competência em razão da matéria e da hierarquia é
inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar a
competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde
serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações.
Gente, eu sei que vocês certamente já sabem disto, mas não custa nada
relembrar as características da incompetência relativa:
O único que pode alegá-la é o réu, no prazo de resposta, sob pena
de preclusão e prorrogação da competência;
Deve ser arguida por meio de exceção instrumental, peca autônoma
em relação à contestação e que será autuada em apenso aos autos
principais;
Não pode ser arguida pelo Ministério Público quando este atuar
como custus legis, salvo se o fizer em benefício de incapaz;
As regras de incompetência relativa podem ser alteradas pelas
partes, bem como em razão da conexão ou continência; e
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Uma vez reconhecida, os autos serão remetidos ao juízo
competente, não havendo que se falar, contudo em nulidade dos
atos decisórios.
07. FCC - 2011 - TRE-AP - Analista Judiciário - Área Judiciária
Poderá modificar-se pela conexão ou continência a competência em
razão
a) da matéria e da hierarquia.
b) do valor, apenas.
c) do valor e do território.
d) da hierarquia, apenas.
e) da matéria, apenas.
Gabarito: C
Comentário:
Art. 102 do CPC. A competência, em razão do valor e do território,
poderá modificar-se pela conexão ou continência, observado o
disposto nos artigos seguintes.
08. FCC - 2011 - TRE-RN - Analista Judiciário - Área Judiciária
Em regra, na ação em que for ré a sociedade que carece de
personalidade jurídica, é competente o foro
a) do domicílio do autor.
b) onde a sociedade exerce a sua atividade principal.
c) do domicílio do sócio aparente da sociedade.
d) de qualquer localidade onde a sociedade tenha vínculo comercial.
e) onde a sociedade exerça atividades desde que dentro do Estado em
que está estabelecida.
Gabarito: B
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Comentário:
Art. 100 do CPC. É competente o foro:
IV - do lugar:
c) onde exerce a sua atividade principal, para a ação em que for ré
a sociedade, que carece de personalidade jurídica.
09. FCC - 2011 - TJ-PE – Juiz
Quanto à competência, é correto afirmar:
a) Argúi-se por meio de exceção a incompetência absoluta.
b) Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, ofereceu
exceção de incompetência.
c) Declarada a incompetência absoluta, sempre se extinguirá o
processo sem resolução do mérito.
d) Em razão da matéria e da hierarquia, a competência é derrogável
pela convenção das partes.
e) O foro contratual é personalíssimo, não obrigando os herdeiros e
sucessores das partes.
Gabarito: B
Comentário:
Letra A – ERRADA.
Gente, a incompetência relativa é que deverá ser arguida por meio de
exceção.
Art. 112 do CPC. Argúi-se, por meio de exceção, a incompetência
relativa.
Letra B– CERTA.
Questão em conformidade com o art. 117 do CPC.
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Art.117, CPC. Não pode suscitar conflito a parte que, no processo,
ofereceu exceção de incompetência.
Letra C – ERRADA.
Gente, quando da declaração da incompetência absoluta, somente os
atos decisórios é que serão declarados nulos, não se extinguindo o
processo, uma vez que este será remetido ao juiz competente
para dar andamento no feito.
Art.113, §2º, CPC. Declarada a incompetência absoluta, somente os
atos decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao juiz
competente.
Letra E – ERRADA.
Lembrem-se de nossa dica: VATEPEFUMA.
VA = Valor
TE = Território competência RELATIVA
PE = PEssoa
FU = Função competência ABSOLUTA
MA = MAtéria
Desta forma, a competência em razão da matéria, por se tratar de
incompetência absoluta, uma vez que trata de interesses de ordem
pública, não poderá ser derrogada por convenção das partes. O mesmo se
aplica às competências em razão da pessoa e da função.
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Por outro lado, a incompetência relativa (em razão do valor e do
território), por se tratar de tema de interesse privado, poderá ser
derrogada por convenção das partes.
Art.111, CPC. A competência em razão da matéria e da hierarquia
é inderrogável por convenção das partes; mas estas podem modificar a
competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serão
propostas as ações oriundasde direitos e obrigações.
Letra E – ERRADA.
Pelo contrário, o foro contratual obriga os herdeiros e sucessores.
Art. 111, §2º CPC. O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores
das partes.
10. FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Execução
de Mandados
Considere as seguintes hipóteses:
I. Réu domiciliado no Brasil, de nacionalidade estrangeira.
II. Obrigação que tiver de ser cumprida no Brasil.
III. Inventário e partilha de bens, situados no Brasil, exceto se o autor
da herança for estrangeiro e tiver residido fora do território nacional.
IV. A ação que se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil.
De acordo com o Código de Processo Civil brasileiro, é competente a
autoridade judiciária brasileira nas hipóteses indicadas SOMENTE
em:
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) II, III e IV.
d) III e IV.
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e) I e IV.
Gabarito: C
Comentário:
Item I – CERTO.
Art. 88 do CPC. É competente a autoridade judiciária brasileira
quando:
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver
domiciliado no Brasil.
Item II – CERTO.
Art. 88 do CPC. É competente a autoridade judiciária brasileira
quando:
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação.
Item III – ERRADO.
Gente, não importa se o autor da herança for estrangeiro ou se resida
fora do Brasil. Se os bens se encontram em nosso território, a autoridade
brasileira é que será competente para proceder o inventário e partilha de
bens.
Art. 89 do CPC. Compete à autoridade judiciária brasileira, com
exclusão de qualquer outra:
II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda
que o autor da herança seja estrangeiro e tenha residido fora do território
nacional.
Item IV – CERTO.
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Art. 88 do CPC. É competente a autoridade judiciária brasileira
quando:
III - a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no
Brasil.
11. FCC - 2010 - TRT - 12ª Região (SC) - Analista Judiciário - Área
Judiciária
O princípio que dispõe que a competência é fixada no momento em
que a ação é proposta, sendo irrelevantes as modificações do
estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, exceto
quando suprimirem o órgão judiciário ou alterarem a competência em
razão da matéria ou da hierarquia, é especificamente o princípio
a) da estabilidade da lide.
b) da perpetuatio jurisdictionis.
c) da inafastabilidade de jurisdição.
d) do devido processo legal.
e) do Juiz natural.
Gabarito: B
Comentário:
O princípio da perpetuatio jurisdictionis encontra agasalho legal no art. 87
do CPC, quando este aduz: Determina-se a competência no momento em
que a ação é proposta. São irrelevantes as modificações do estado de fato
ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o órgão
judiciário ou alterarem a competência em razão da matéria ou da
hierarquia.
E conforme bem explica Fredie Didier Jr.: "O dispositivo do art. 87 do CPC
prevê a perpetuatio jurisdictionis, que consiste na regra segunda a qual a
competência fixada no momento da propositura da demanda - com a sua
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distribuição (quando há mais de um juiz ou de um escrivão, art. 263, c/c
art. 251 do CPC) ou com o despacho judicial -, não mais se modifica”.
(Curso de Direito Processual Civil, 11ª ed. pág. 107).
Entretanto, minha gente, tais princípios comportam exceções:
a) supressão do órgão judiciário; e
b) alteração superveniente da competência em razão da matéria ou da
hierarquia, porque são espécies de competência absoluta.
12. FCC - 2010 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário -
Execução de Mandados
A respeito das modificações de competência, considere:
I. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o
objeto ou a causa de pedir.
II. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há
identidade entre as partes e a causa de pedir, mas o objeto de uma, por
ser mais amplo, abrange o das outras.
III. A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi
julgado.
IV. A competência em razão da matéria poderá modificar-se pela
conexão ou continência.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) II e IV.
d) III e IV.
e) I e II.
Gabarito: A
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Comentário:
Item I – CORRETO.
Art. 103 do CPC. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando Ihes
for comum o objeto ou a causa de pedir.
Item II - CORRETO.
Art. 104 do CPC. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre
que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de
uma, por ser mais amplo, abrange o das outras.
Item III- CORRETO.
Exatamente, se uma das ações já foi julgada, a outra deverá ser extinta,
uma vez que se trata de hipótese de litispendência.
Item IV - ERRADO.
A competência em razão da matéria, por tratar-se de matéria de ordem
pública, não poderá ser derrogada por acordo entre as partes. Todavia, a
competência territorial e em razão do valor, por ser tratar de
incompetência relativa, poderá ser derrogada por convenção das partes.
Art. 102 do CPC. A competência, em razão do valor e do território,
poderá modificar-se pela conexão ou continência, observado o disposto
nos artigos seguintes.
13. FCC - 2010 - TCE-AP – Procurador
Em matéria de competência e exceções, é correto afirmar:
a) A petição da exceção de incompetência relativa pode ser
protocolizada no juízo de domicílio do réu.
b) O processo ficará suspenso, recebida a alegação de incompetência
absoluta, até que esta seja definitivamente julgada.
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c) A decisão que rejeita a exceção de incompetência relativa, depois de
transitado em julgado, comporta ação rescisória.
d) O autor não tem legitimidade para oferecer exceção de
impedimento.
e) A produção de prova testemunhal não é admissível no procedimento
da exceção de incompetência relativa.
Gabarito: A
Comentário:
Letra A – CORRETA.
Isso aí, a petição da exceção de incompetência relativa pode ser
protocolizada no juízo de domicílio do réu, conforme entendimento do
art. 305, parágrafo único do CPC.
Art. 305, parágrafo único do CPC. Na exceção de incompetência (art.
112 desta Lei), a petição pode ser protocolizada no juízo de
domicílio do réu, com requerimento de sua imediata remessa ao juízo
que determinou a citação.
Letra B – ERRADA.
A questão fez uma bela de uma confusão. Vamos traduzir um pouquinho
o art. 306 do CPC: Assim que apresentada a exceção de incompetência
relativa, o processo ficará, mas somente enquanto o feito não é julgado
em definitivo.
A questão então ao relacionar incompetência absoluta com exceção de
incompetência, uma vez que a incompetência relativa é que será arguida
por meio de exceção.
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Art. 306 do CPC. Recebida a exceção, o processo ficará suspenso (art.
265, III), até que seja definitivamente julgada.
Art. 112 do CPC. Argúi-se, por meio de exceção, a incompetência
relativa.
Ademais, cumpre esclarecer que ao contrário do que ocorre com a
incompetência relativa, quando a alegação pela parte é indispensável e
provoca a instalação de um incidente no procedimento (exceção de
incompetência), a argüição da incompetência absoluta se realizará
sempre nos próprios autos da causa, e mais, não provoca nenhum
incidente e tão pouco determina a suspensão do processo.
Letra C – ERRADA.
Como a incompetência relativa é matéria que possui natureza de
interesse privado, não encontra respaldo legal para ser rescindida
através de ação rescisória, não sendo incluída sequer no art. 485 do CPC
que trata a respeito de determinada ação.
Agora, ao contrário da incompetência relativa, a incompetência absoluta,
poderá, sim, comportar ação rescisória.
Vamos conferir algumas das características da ação rescisória:
a) Pode ser alegada a qualquer tempo pelas partes,
independentemente de exceção;
b) Podem ser conhecidas de ofício pelo magistrado;
c) Pode ser objeto de ação rescisória;
d) Não se altera pela vontade das partes, nem por conexão ou
continência; e
e) Uma vez reconhecida, as autos deverão ser remetidos ao juízo
competente, declarando-se nulos todos os atos decisórios.
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Letra D – ERRADA.
Ao contrário do que alega a assertiva, a parte (autor ou réu), terá
competência para oferecer exceção de impedimento.
Art. 312 do CPC. A parte oferecerá a exceção de impedimento ou de
suspeição, especificando o motivo da recusa (arts. 134 e 135). A petição,
dirigida ao juiz da causa, poderá ser instruída com documentos em que o
excipiente fundar a alegação e conterá o rol de testemunhas.
Letra E – ERRADA.
Pode sim, ocorrer a produção de prova testemunhal no procedimento da
exceção de incompetência relativa, momento este em que o juiz marcara
audiência de instrução, para sanar tal incidente.
Art. 309. Havendo necessidade de prova testemunhal, o juiz
designará audiência de instrução, decidindo dentro de 10 (dez) dias.
14. FCC - 2009 - TJ-MS – Juiz (Adaptada)
Achando-se o imóvel situado em mais de um Estado ou Comarca, o foro
será determinado pela prevenção, estendendo-se a competência sobre a
totalidade do imóvel.
Gabarito: CERTA
Comentário:
Art. 107 do CPC. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado
ou comarca, determinar-se-á o foro pela prevenção, estendendo-
se a competência sobre a totalidade do imóvel.
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15. FCC - 2006 - BACEN - Procurador - Prova 2
Ocorrendo conflito negativo de competência, para as medidas
urgentes poderá o relator designar um dos Juízes para decididas.
Gabarito: CERTA
Comentário:
Art. 120. Poderá o relator, de ofício, ou a requerimento de qualquer
das partes, determinar, quando o conflito for positivo, seja sobrestado o
processo, mas, neste caso, bem como no de conflito negativo,
designará um dos juízes para resolver, em caráter provisório, as
medidas urgentes.
Bom, resolvida a questão, vamos explicar um pouco mais sobre conflito
positivo e conflito negativo de competência.
Conflito Positivo.
O conflito positivo de competência ocorrerá quando dois juízes se
acharem competentes para julgar uma determinada lide.
Conflito Negativo.
Por outro lado, o conflito negativo de competência se sucederá quando
dois ou mais juízes se julgarem incompetentes para resolver a lide.
16. FCC - 2006 - TRT-20R - Analista Judiciário - Área Judiciária -
Execução de Mandados
Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz quando
a) ele interveio como mandatário da parte.
b) alguma das partes for sua credora ou devedora.
c) ele for parente, consangüíneo ou afim de alguma das partes, em linha
reta ou, na colateral, até o terceiro grau.
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d) seu cônjuge estiver postulando no processo como advogado da parte.
e) ele funcionou no processo como órgão do Ministério Público.
Gabarito: B
Comentário:
As hipóteses de suspeição de parcialidade encontram-se previstas no art.
135 do CPC, enquanto as hipóteses de impedimento, estão elencadas no
art. 134 do CPC.
Vamos conferir!
Art. 135 do CPC. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz,
quando:
I - amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;
II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu
cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral até
o terceiro grau;
III - herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de alguma das
partes;
IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar
alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios
para atender às despesas do litígio;
V - interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
Art. 134 do CPC. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo
contencioso ou voluntário:
I - de que for parte;
II - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito,
funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento
como testemunha;
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III - que conheceu em primeiro grau de jurisdição, tendo-lhe proferido
sentença ou decisão;
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu
cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta;
ou na linha colateral até o segundo grau;
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das
partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau;
VI - quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica,
parte na causa.
17. FCC - 2007 - TJ-PE - Analista Judiciário - Área Administrativa
(Adaptada)
É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo contencioso ou
voluntário quando nele estiver postulando, como advogado da parte,
qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, na linha colateral até o
segundo grau.
Gabarito: CERTA
Comentário:
A questão nos reporta a uma das hipóteses de impedimento,
consubstanciado no art. 134, inciso IV do CPC.
Art. 134 do CPC. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo
contencioso ou voluntário:
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o
seu cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em
linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau.
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18. FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Área
Administrativa
Segundo o Código de Processo Civil, o Juiz
a) titular que estiver convocado deverá julgar a lide se concluiu a
audiência.
b) poderá se eximir de sentenciar ou despachar alegando lacuna da
lei.
c) poderá decidir por equidade, mesmo nos casos não previstos em lei.
d) será considerado impedido para exercer suas funções em processo de
jurisdição contenciosa se alguma das partes for credor de seu cônjuge.
e) poderá de ofício determinar as provas necessárias à instrução
do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente
protelatórias.
Gabarito: E
Comentários:
Letra A – ERRADA.
Meus amigos, a resposta para esta assertiva encontra-se elencada no art.
132 do CPC, mas observem que o examinador fez uma inversão na frase,
suprimindo a palavrinha “salvo”, acabando por inverter completamente o
conceito do dispositivo legal.
Vamos às explicações:
a) Em decorrência do princípio da identidade física do juiz (art. 132 do
CPC), o magistrado que presidiu e concluiu a instrução probatória
fica vinculado ao processo, devendo, assim, ser o prolator da
sentença, exatamente porque estará em melhores condições para
analisar a questão, uma vez que colheu as provas.
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b) Todavia, tal princípio comporta exceções (salvo as exceções),
permitindo assim, a outro juiz julgar a lide, quando:
a. Estiver convocado;
b. Licenciado;
c. Afastado;
d. Promovido; e
e. Aposentado;
Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência
julgará a lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado
por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que
passará os autos ao seu sucessor.
Desta forma, SALVO as situações supramencionadas, o juiz titular o
substituto que concluir a audiência, deverá julgar a lide.
Letra B – ERRADA.
Ao contrário do que aduz a questão, em nenhuma hipótese, poderá o juiz
deixar de sentenciar ou despachar, sobre o pretexto de lacuna ou
obscuridade da lei. Nestes casos, ele deverá recorrer à analogia, aos
costumes e aos princípios gerais do direito.
Art. 126 do CPC. O juiz não se exime de sentenciar ou despachar
alegando lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-
lhe-á aplicar as normas legais; não as havendo, recorrerá à analogia, aos
costumes e aos princípios gerais de direito.
Letra C – ERRADA.
Gente, o juiz somente decidirá por equidade nos casos em que a lei
assim permitir.
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Art. 127. O juiz só decidirá por eqüidade nos casos previstos em lei.
Letra D – ERRADA.
Erra a questão ao dizer que o juiz está impedido, quando na verdade, a
situação retrata hipóteses de suspeição.
Art. 135 do CPC. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz,
quando:
II - alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou
de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau.
Letra E – CERTA.
Assertiva corretíssima, em conformidade com o art. 130 do CPC.
Art. 130 do CPC. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte,
determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as
diligências inúteis ou meramente protelatórias.
19. FCC - 2010 - BAHIAGÁS - Analista de Processos
Organizacionais - Direito
De acordo com o Código de Processo Civil, o ato pelo qual o juiz, no
curso do processo, resolve questão incidente, denomina-se
a) despacho.
b) sentença.
c) ato ordinatório.
d) acórdão.
e) decisão interlocutória.
Gabarito: E
Comentários:
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Letra A – ERRADA.
Art. 162 do CPC. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões
interlocutórias e despachos.
§ 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo,
de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece
outra forma.
Letra B – ERRADA.
Art. 162 do CPC. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões
interlocutórias e despachos.
§ 1o Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas
nos arts. 267 e 269 desta Lei.
Letra C – ERRADA.
Art. 162 do CPC. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões
interlocutórias e despachos.
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista
obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício
pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.
Letra D – ERRADA.
Art. 163 do CPC. Recebe a denominação de acórdão o julgamento
proferido pelos tribunais.
Letra E – ERRADA.
Art. 162 do CPC. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões
interlocutórias e despachos.
§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do
processo, resolve questão incidente.
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20. FCC - 2009 - TRT - 15ª Região - Analista Judiciário - Área
Administrativa (Adaptada)
Segundo o Código de Processo Civil, o Juiz poderá de ofício determinar
as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências
inúteis ou meramente protelatórias.
Gabarito: CERTA
Comentários:
Questão literalidade do art. 130 do CPC: “Caberá ao juiz, de ofício ou a
requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do
processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias”.
21. FCC - 2009 - TJ-PI - Analista Judiciário - Área Administrativa
Em matéria de valoração da prova pelo juiz, o Código de Processo Civil
adota o princípio da
a) persuasão racional.
b) prova legal.
c) livre convicção.
d) proporcionalidade.
e) oralidade.
Gabarito: A
Comentários:
Entendam: o Sistema da Persuasão Racional do Juiz ou do Livre
Convencimento Motivado é o sistema adotado pelo legislador brasileiro.
Desta forma, o magistrado é livre para formar o convencimento acerca
das provas produzidas para o sanar do litígio, todavia, tal convencimento
deve ser racional, o que significa que a sua valoração deve surgir a partir
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do que foi produzido nos autos do processo, permitindo-se às partes
averiguarem por qual motivo o magistrado decidiu por determinada
situação.
Ainda, há de lembrar uma informação muito importante e bastante
cobrada provas de concursos: as provas não possuem valor determinado,
sendo que sua apreciação se dará de acordo com o contexto em que foi
produzida e traçando um paralelo comparativo com outras provas que
foram produzidas pela outra parte.
22. FCC - 2009 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área
Judiciária (Adaptada)
O Juiz, de conformidade com o Código de Processo Civil sempre poderá
decidir um litígio por equidade.
Gabarito: ERRADA
Comentários:
Gente, o juiz somente, e tão somente, poderá decidir uma
determinada ação, um litígio por equidade, somente quando a lei o
autorizar.
Art. 12 CPC, o juiz não decidirá sempre, mas só decidirá por equidade
nos casos previstos em lei.
23. FCC - 2009 - MPE-SE - Técnico do Ministério Público – Área
Administrativa
Se o processo tramita perante Tribunal de Justiça, o ato processual, cuja
execução deva ser feita por Juiz de Comarca do interior do Estado, deve
ser requisitado através de carta
a) simples.
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b) registrada.
c) precatória.
d) rogatória.
e) de ordem.
Gabarito: E
Comentários:
Art. 201 do CPC. Expedir-se-á carta de ordem se o juiz for subordinado
ao tribunal de que ela emanar; carta rogatória, quando dirigida à
autoridade judiciária estrangeira; e carta precatória nos demais casos.
24. FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário - Área
Administrativa (Adaptada).
O Ministério Público pode recorrer no processo em que oficiou como
fiscal da lei, mesmo que não haja recurso da parte.
Gabarito: CERTA
Comentários:
Questão literalidade do art. 499, § 2º do CPC.
Art. 499, § 2o O Ministério Público tem legitimidade para recorrer assim
no processo em que é parte, como naqueles em que oficiou como fiscal da
lei.
25. FCC - 2008 - MPE-CE - Promotor de Justiça
O membro do Ministério Público estará sujeito à argüição de suspeição,
no processo contencioso, quando, sendo parte principal,
a) for interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes.
b) receber dádivas depois de iniciado o processo.
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c) nele estiver postulando, como advogado da parte, qualquer parente
seu, consanguíneo ou afim, em linha reta.
d) for parente, consangüíneo ou afim, da parte contrária, em linha reta
ou, na colateral, até o terceiro grau.
e) for parente, consangüíneo ou afim, da parte contrária, em linha reta
ou, na colateral, até o quarto grau.
Gabarito: B
Comentários:
Letra A – ERRADA.
A questão encontra-se errada uma vez que o MP atua como parte
principal e obviamente terá interesse no julgamento em favor de uma as
partes, conforme entendimento do art. 138, inciso I do CPC.
Art. 138. Aplicam-se também os motivos de impedimento e de suspeição:
I - ao órgão do Ministério Público, quando não for parte, e, sendo parte,
nos casos previstos nos ns. I a IV do art. 135;
Letra B – CERTA.
Art. 135. Reputa-se fundada a suspeição de parcialidade do juiz, quando:
IV - receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar
alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para
atender às despesas do litígio;
Letra C – ERRADA.
A questão erra, pois a hipótese aqui tratada é de impedimento (art. 134,
IV) e não de suspeição.
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Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo
contencioso ou voluntário:
IV - quando nele estiver postulando, como advogado da parte, o seu
cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou afim, em linha reta;
ou na linha colateral até o segundo grau.
Letra D – ERRADA.
A questão erra, pois a hipótese aqui tratada é de impedimento (art. 134,
V) e não de suspeição.
Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo
contencioso ou voluntário:
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das
partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau.
Letra E – ERRADA.
A questão erra, pois a hipótese aqui tratada é de impedimento (art. 134,
V) e não de suspeição.
Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções no processo
contencioso ou voluntário:
V - quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das
partes, em linha reta ou, na colateral, até o terceiro grau.
26. FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário - Área Administrativa
No processo “B” o Ministério Público está intervindo como fiscal da Lei.
Neste caso, o Ministério Público terá vista dos autos depois das partes,
sendo intimado de todos os atos do processo.
Gabarito: CERTA
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Comentários:
Questão literalidade do art. 83, inciso I do CPC.
Art. 83. Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público:
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os
atos do processo;
27. FCC - 2011 - MPE-CE - Promotor de Justiça (Adaptada).
No processo civil, o Ministério Público no exercício de suas funções, não
poderá ser responsabilizado civilmente, mas somente nos âmbitos
administrativo e criminal.
Gabarito: ERRADA
Comentários:
Gente, de acordo com o art. 85 do CPC, o MP poderá, sim ser
responsabilizado por seus atos no âmbito cível, sempre que proceder com
dolo ou fraude.
Art. 85 do CPC. O órgão do Ministério Público será civilmente
responsável quando, no exercício de suas funções, proceder com
dolo ou fraude.
28. FCC - 2011 - MPE-CE - Promotor de Justiça (Adaptada)
No processo civil, o Ministério Público poderá produzir prova em
audiência, mas não juntar documentos e certidões, o que é privativo
das partes.
Gabarito: ERRADA
Comentários:
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Art. 83. Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público:
II - poderá juntar documentos e certidões, produzir prova em
audiência e requerer medidas ou diligências necessárias ao descobrimento
da verdade.
29. FCC - 2011 - MPE-CE - Promotor de Justiça (Adaptada).
No processo civil, o Ministério Público intervirá nas causas em que haja
interesses de incapazes, relativas ao estado da pessoa, declaração de
ausência e disposições de última vontade.
Gabarito: CERTA
Comentários:
Questão pura literalidade do art. 82, incisos I e II do CPC.
Art. 82. Compete ao Ministério Público intervir:
I - nas causas em que há interesses de incapazes;
II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder,
tutela, curatela, interdição, casamento, declaração de ausência e
disposições de última vontade.