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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2012 Título: O teatro como recurso didático na reconstrução de conteúdos sobre algumas
Parasitoses.
Autor Janete Gava de Salles
Disciplina/Área Ciências
Escola de Implementação do
Projeto e sua localização
Colégio Estadual Padre Anchieta – Ensino
Fundamental e Médio
Município da Escola Assis Chateaubriand
Núcleo Regional de Educação Assis Chateaubriand
Professor Orientador Lourdes Aparecida Della Justina
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Oeste do Paraná –
UNIOESTE
Relação Interdisciplinar Artes e Português
Resumo
Haja vista que as disciplinas com abordagem apenas teórica, em geral, as aulas são cansativas, diminuindo assim o interesse e a concentração, dificultando dessa forma a aprendizagem dos conteúdos. Nessa perspectiva, torna-se necessário para o professor buscar metodologias que busquem amenizar esse abismo. Uma alternativa são as atividades de expressão lúdica que atraem a atenção dos alunos e podem construir um mecanismo que potencializara a aprendizagem. Esta proposta compreende o desenvolvimento de um módulo didático acerca de parasitoses intestinais humanas na metodologia de ensino de momentos pedagógicos (DELIZOICOV; ANGOTTI, 2000). Assim, esta unidade didática não tem a intenção de ensinar teatro e outros recursos lúdicos, mas fazer uso dos mesmos, utilizando-os como instrumentos de ensino de ciências na temática parasitose.
Palavras-chave Ensino de ciências. Lúdico. Teatro. Parasitoses.
Formato do Material Didático Unidade Didática
Público Alvo Alunos do 7º ano do Colégio Estadual Padre Anchieta - Ensino Fundamental e Médio
1. APRESENTAÇÃO
Na presente proposta didático-pedagógica busca-se inserir o teatro, entre
outros recursos lúdicos, como material resultante do PDE (Programa de
Desenvolvimento Educacional), na disciplina de ciências, através da IES (Instituição
de Ensino Superior) Unioeste, campus de Cascavel. A proposta está direcionada
aos alunos do 7º ano do ensino fundamental do Colégio Estadual Padre Anchieta e
elaborado de acordo com as orientações contidas nas Diretrizes Curriculares
Educacionais do estado do Paraná (PARANÁ, 2008), sem perder de vista o Projeto
Pedagógico e o perfil sócio-econômico-cultural dos alunos desta comunidade do
município de Assis Chateaubriand, Oeste do Paraná.
Esta unidade didática, sobre parasitoses humanas tem como objetivo levar o
aluno a conhecer as características gerais, o ciclo de vida, identificar o vetor da
doença, seus sintomas, bem como as medidas profiláticas, através de recursos
lúdicos, tais como: teatro e história em quadrinhos. No caso do teatro este poderá
prevalecer no tempo, ao ser lembrado pelos alunos no decorrer de suas vidas, assim
como os conceitos científicos e outros conhecimentos trabalhados poderão ficar
marcados na memória dos sujeitos. O lúdico, na forma de teatro, poderá propiciar
um novo canal de interatividade, dando ao educando a oportunidade de mostrar os
valores e criatividade, reconstruindo um aprendizado prazeroso e de qualidade.
Ao longo desses anos, trabalhando a disciplina de ciências, percebemos a
dificuldade de concentração e construção dos conteúdos através de uma
metodologia tradicional o que de alguma forma cria um abismo entre o saber do
cotidiano e o saber científico.
Ao pensar em uma nova metodologia encontramos a oportunidade de
desenvolver de forma lúdica o conteúdo sobre parasitoses humanas, trabalhando
em sala o desenvolvimento do conhecimento mediante uma abordagem lúdica.
Deste modo, espera-se que a metodologia diferenciada no ensino de ciências pela
inserção desta abordagem, aponte para resultados benéficos e significativos e que
resultarão numa melhor apropriação dos conteúdos pelos educandos.
Esta unidade didática vem abordar dois parasitas internos causadores da
esquistossomose e ascaridíase pertencentes aos grupos de platelmintos e
nematódeos, respectivamente, onde estudaremos seus ciclos de vida, transmissão,
contaminação, prevenção, tratamento e suas características.
Para o desenvolvimento desta unidade, elaborada segundo os três momentos
pedagógicos de Deizoicov e Angotti (2000), é apresentada com estrutura geral:
problematização inicial, organização do conhecimento e aplicação do conhecimento.
Primeiro momento: Há a aplicação de um questionário para os alunos, como
instrumento pré-avaliativo para levantar quais as percepções que esses possuem
sobre os dois parasitas: platelmintos da espécie Schistosoma mansoni e o
nematódeo Ascaris lumbricoides. Nesta etapa, questionaremos sobre: ciclos de vida,
transmissão, contaminação, características sintomas, prevenção e tratamento.
Segundo momento: Neste momento se faz a apresentação propriamente dita
do conteúdo sobre as parasitoses. Assim, torna-se oportuno uma palestra com
profissional da área da saúde. Também a apresentação em Power Point, pelo
professor, contendo as explicações das características, ciclos de vida,
contaminação, transmissão prevenção e tratamento. E como atividades finais deste
momento pedagógico serão realizadas atividades para melhor reconstrução do
conteúdo, tais como confecção de cartazes, elaboração de histórias em quadrinhos
e discussão e produção de vídeos.
Terceiro momento: Tendo esta unidade atingido seu ponto culminante, será
desenvolvida a atividade lúdica, o teatro.como atividade final O professor dividirá a
turma em dois grupos, onde cada grupo ficará com um tipo de parasitose. Cada
grupo deverá escrever uma peça teatral e posteriormente encenarão suas peças
para este grupo de alunos. Deste modo será possível verificar se houve a
reconstrução do conhecimento, comparando com o primeiro momento.
2. UNIDADE DIDÁTICA
2.1 Primeiro momento pedagógico – problematização inicial
Nesta etapa aplicaremos um questionário investigativo para os alunos em
sala de aula com o intuito de levantar as percepções deles sobre o assunto e
também de provocar uma inquietação, um desejo, uma necessidade de obter outros
saberes, conhecimentos que ainda não possuem sobre o tema parasitoses internas.
Mediante este questionário composto por questões de múltipla escolha e questões
abertas busca-se analisar a percepção, o conhecimento e lançar dúvidas sobre
parasitoses internas. Neste momento os alunos são estimulados a apresentar o que
sabem sobre situações reais vividas no seu cotidiano.
Questionário 1) Você sabe o que é parasitoses internos? ( ) Sim ( ) Não 2) Você já ouviu falar em esquistossomose, ascaridíase, teníase e bicho geográfico ( ) Sim ( ) Não Se ouviu falar, qual(s) deles? ___________________________________________ 3) Esquistossomose, ascaridíase, teníase e bicho geográfico são doenças causadas por: ( ) vermes ( ) protozoários ( ) nematódeos ( ) platelmintos ( ) fungos ( ) não sei 4) Você sabe como ocorre a contaminação desse parasitas? ( ) Sim ( ) Não 5) Você sabe como ocorre a transmissão desses parasitas? ( ) Sim ( ) Não 6)Você sabe a diferença entre transmissão e contaminação? ( ) Sim ( ) Não 7) Você anda descalço? ( ) Diariamente ( ) Nunca ( ) Às vezes 8) Você tem hábito de lavar as mãos antes de se alimentar e após ir ao banheiro? ( ) Sim, sempre ( ) Às vezes ( ) Raramente ( ) Nunca 9) Você tem bicho de estimação? ( ) Sim ( ) Não Se tiver, qual? ______________________________________________________ 10) Você e sua família fazem exame de fezes anualmente? ( ) Sim ( ) Não 11) Você já ouviu falar em uma doença chamada “barriga d'água”. ( ) Sim ( ) Não 12) Você come carne de porco ou de boi? ( ) Sim ( ) Não 13) Se come, qual ou quais dela(s)? ( ) Boi ( ) Porco Ainda! ( ) Bem cozida ( ) Mal cozida
2.2 Segundo momento pedagógico – organização do conhecimento
Nesta etapa vamos trabalhar a inserção do conhecimento sistematizado sobre
o tema parasitoses internas. Inicialmente apresenta-se a fundamentação teórica com
base em alguns autores, tais como Cruz (1995, 2004), Neves (1988), Manfroi, Stein e
Castro (2009), Brito e Favaretto (1997).
Há a nítida relação das parasitoses intestinais com países subdesenvolvidos,
pois existe um paralelo evidente com o déficit da aprendizagem. É sabido que
parasitoses internas atingem a população mais jovem principalmente na idade
escolar, que é responsável por dificultar o desenvolvimento físico e cognitivo por
consequência da desnutrição.
As parasitoses mais comuns são Giárdia lâmblia (giardíase), Ascaris
lumbricoides (ascaridíase), Trichuris (helmintíase) e Ancylostomas duodenalis
(ancilostomose).e suas transmissões e contaminações estão diretamente
relacionadas com as condições de higiene e sanitária de uma comunidade. Portanto
podemos dizer que se trata de um problema que se enquadra na esfera da saúde
pública, necessitando de uma política séria para o saneamento básico (MANFROI;
STEIN; CASTRO, 2009).
Os casos de parasitoses são encontrados em locais onde a população não
tem acesso à rede de esgoto ou, melhor não possuem saneamento básico. A
ignorância básica de higiene pessoal, o cuidado no preparo dos alimentos aumenta
a incidência dessas doenças não só no Brasil como no mundo, sendo que nos
países pobres essa incidência é maior (MAGALHÃES; QUADROS; OLIVEIRA,
2010).
Nesta unidade didática trataremos de duas parasitoses causadas por um
platelminto o Schistosoma mansoni e um nematódeo - o Ascaris lumbricoides, com
seu respectivo ciclo de vida, transmissão, contaminação prevenção e tratamento.
Os platelmintos têm o corpo alongado e mole. No entanto, o esquistossomo
tem o corpo bem pequeno, com apenas alguns centímetros. Conforme colocado na
Figura 1, o macho tem o corpo achatado e a fêmea tem o corpo cilíndrico e um
pouco maior que o macho. Na época da reprodução, as fêmeas se alojam num canal
situado ao longo do corpo dos machos, o canal ginecóforo. Esses vermes são
animais muito simples, não possuem ânus. Têm apenas boca, por isso, que seu
tubo digestivo é incompleto. Os platelmintos também não possuem sistema
circulatório. A condução dos gases e dos nutrientes é feita através da parede do
corpo, de célula a célula.
Figura 1- Schistosoma mansoni macho e fêmea. Fonte: Solange Mara Baron Quinaglia.
A esquistossomose é uma doença comum no Brasil e é causada por um
pequeno verme platelminto denominado Schistosoma mansoni que tem caramujos
com o hospedeiros intermediários. A água é o meio de transmissão e, ao atingir a
fase adulta, vive nos vasos sanguíneos do ser humano. Os vermes adultos vivem
em pequenas veias do intestino e do fígado do organismo doente, denominado
hospedeiro definitivo.
Os hospedeiros intermediários são os caramujos pertencentes ao gênero
Biomphalaria. Esses caramujos vivem e procriam na água doce de córregos,
riachos, valas, alagados, brejos, açudes, represas ou outros locais onde haja pouca
correnteza. Os caramujos jovens alimentam-se de vegetais em decomposição, põem
ovos, dos quais depois de alguns dias nascem novos indivíduos.
O ciclo reprodutivo do verme ocorre em duas fases: uma no interior do
caramujo e outra no organismo do ser humano. Este, quando doente, elimina ovos
do verme juntamente com as fezes. Em contato com a água, os ovos rompem-se e
libertam os miracídios, que são larvas ciliadas, que nadam ativamente e penetram
nos caramujos. Ao final de 20 ou 30 dias, é alcançada a última fase larvária, que são
as cercarias, iniciando-se a sua eliminação. As cercarias libertam-se e nadam
ativamente, podendo permanecer vivas por algumas horas, dependendo das
condições ambientais. Ao penetrar na pele de pessoas, iniciam a nova fase de seu
ciclo. No ser humano, as cercarias alcançam a corrente sanguínea, passando pelos
pulmões e coração, até chegar ao fígado. Este processo dura em torno de 10 dias.
No vigésimo sétimo dia já se encontram vermes acasalados e a postura dos ovos
pode começar no trigésimo dia. A partir do quadragésimo dia, ovos podem ser
encontrados nas fezes.
A transmissão depende da presença de portador humano, eliminando ovos
nas fezes; da existência de hospedeiro intermediário, que é o caramujo; e
finalmente, do contado do homem com a água contendo cercarias de Shistossoma
mansoni. O período de incubação geralmente é de 4 a 6 semanas após a infecção.
O homem, uma vez infectado, pode continuar eliminando ovos por vários anos,
particularmente se ocorrer reinfecção, como pode ser observado na Figura 2.
Figura 2 – Ciclo de vida do parasita causador da esquistossomose. Fonte: Solange Mara Baron
Quinaglia.
A maioria das pessoas é assintomática. Aquelas com sintomas podem se
apresentar em fases agudas ou em fases crônicas. Na fase aguda, alguns sintomas
podem ser: coceira ou vermelhidão no local de penetração da cercaria, podendo
ocorrer emagrecimento, tosse e dor abdominal O fígado fica um pouco aumentado e
doloroso à palpação. Já na fase crônica o sintoma mais comum é a diarreia, mas
também pode acontecer perda de apetite, cansaço e dor abdominal à palpação.
Pode haver aumento do volume abdominal por este motivo a esquistossomose é
também conhecida comumente como barriga d’água. Esta forma é observada
frequentemente nas áreas em que ocorrem mais casos no Brasil: Nordeste e Minas
Gerais.
A esquistossomose é uma das parasitoses cujas medidas de prevenção são
mais complexas. A estratégia contém quatro procedimentos: destruir os vermes no
organismo humano; impedir que os ovos contaminem a água; impedir a penetração
das larvas; e, destruir os caramujos.
No caso dos nematódeos (do grego nematos, “filamentos” e eidos,
“semelhantes”) são todos cilíndricos e alongados. Corpo não segmentado e
revestido de cutícula resistente e quitinosa. Sistema digestório completo, possuindo
boca e orifício retal completo. O sistema locomotor é estruturado em camadas
musculares longitudinais, situadas logo abaixo da epiderme. Todos os nematódeos
têm sexos separados, machos e as fêmeas são distintos. Não há estruturas
flageladas nem ciliadas nesses animais. Nem mesmos os espermatozoides
possuem flagelos. Eles se locomovem por meio de pseudopodes, com movimentos
ameboides Os nematódeos não possuem sangue, sistema circulatório, nem sistema
respiratório. A respiração é anaeróbia.
No caso do Ascaris lumbricoides – lombriga, o macho mede cerca de 20 a 30
cm, é um pouco menor que a fêmea. Apresenta cor leitosa e aparelho digestivo. A
fêmea é mais grossa que o macho com extremidade posterior fortemente encurvada,
enquanto que a fêmea é retilínea conforme demonstrado na Figura 3.
Figura 3 – Ascaris lumbricoides macho e fêmea. Fonte: Solange Mara Baron Quinaglia.
Na boca há três órgãos semelhantes a dentes que são usados para raspar a
parede do intestino do hospedeiro. A lombriga vive no intestino delgado do homem,
principalmente no jejuno e íleo. Podendo ficar preso com auxilio de seus fortes
lábios ou migrarem pela luz intestinal.
As fêmeas das lombrigas chegam a pôr mais ou menos 200.000 ovos por dia,
que são eliminados juntamente com as fezes da pessoa infectada pelo animal.
Desta forma elas são muito prejudiciais à saúde, pois se alimentam de substâncias
necessárias ao nosso organismo, “roubando” tudo o que comemos. Isto pode se
transformar em um grave problema de saúde pública. Nos lugares nos quais não há
rede de esgoto e saneamento básico, as fezes contendo esses ovos são lançadas
ao solo. Os ovos são protegidos por uma membrana que pode resistir por muitos
anos.
O vento ou a água das chuvas podem carregar esses ovos para rios, riachos
e lagos. Se esta água for utilizada para regar verduras, legumes, por exemplo, tanto
o solo como os alimentos ficarão contaminados. O homem, comendo as verduras e
legumes crus e mal lavados pode ingerir os ovos que irão infectar seu organismo.
Conforme veremos na figura 4
Figura 4 – Ciclo de vida do Ascaris lumbricoides. Fonte: Solange Mara Baron Quinaglia
A contaminação também pode ocorrer quando bebemos a água contendo
ovos desse animal ou ao colocarmos as mãos sujas na boca. Os ovos ingeridos
liberam larvas que perfuram o intestino e entram na circulação sanguínea. As larvas
atingem os pulmões, perfuram os alvéolos e chegam à faringe, onde são engolidos.
De volta ao intestino as larvas se desenvolvem até se tornarem lombrigas adultas.
Podemos verificar esta evolução no ciclo da ascaridíase que está exposto na Figura 4.
Quando em grande número as lombrigas causam distúrbios digestivos e
intestinais como cólicas abdominais e diarreia, além de provocarem asfixia no caso
de subirem pelo tubo digestivo e obstruírem a garganta. Em certos casos, é possível
encontrarmos mais de 400 lombrigas no intestino de uma só pessoa. As crianças
são as principais vítimas, pois estas brincam com terra e levam as mãos e os
brinquedos sujos na boca.
Para se evitar a ascaridíase é necessário tomar certas medidas, tais como:
instalação de rede de esgoto, educação sanitária, lavar em água corrente os
alimentos ingeridos crus, medidas de higiene pessoal como lavar as mãos antes das
refeições e após ir ao banheiro.
O tratamento da pessoa infectada deve ser por medicamento específico e
realizar exames de fezes periodicamente em todos os membros da família.
2.2.1 Palestra e apresentação de relatório pelos alunos
No intuito de possibilitar a apropriação do conhecimento e sanar as dúvidas e
curiosidades que foram levantadas com a apresentação do questionário aplicado no
primeiro momento, nesta etapa pedagógica um palestrante da área da saúde tratará
sobre os parasitas mais comuns, dando ênfase ao platelminto Schistosoma mansoni
e o nematódeo Ascaris lumbricoides ressaltando o ciclo de vida, transmissão,
prevenção e tratamento. Estimulando a curiosidade sobre o tema; provocando um
comparativo com as práticas de higiene dos alunos no seu dia a dia e os ideais de
prevenção, bem como, reforçando e possibilitando a discussão sobre o ciclo de vida,
as formas de transmissão, prevenção e tratamento.
Após a palestra abre-se espaço para questionamentos para sanar eventuais
dúvidas que tenham surgido além de possibilitar reconstrução do conhecimento
adquirido.
Como avaliação desta atividade cada educando deverá escrever um relatório
síntese sobre o tema conforme quadro na sequência.
Relatório Nome do Palestrante:____________________________________________ Título: ________________________________________________________ Doenças
Agentes
Causadores Formas de
contaminação Formas de Prevenção
Tratamento
ESQUISTOSSOMOSE
ASCARIDIASE
2.2.2 Apresentação de slides e confecção de cartazes
Nesta atividade será apresentado o conteúdo específico por meio de slides
sobre os dois parasitas internos. Nestes slides encontraremos explicações e figuras
salientando as diferenças do corpo de cada um dos parasitas, assim como a
diferença entre macho e fêmea. Veremos também os seus ciclos de vida bem como
o tratamento, prevenção e sintomas das doenças causadas por esses vermes.
Busca-se desta forma a aquisição do conhecimento científico e a sensibilização
sobre a importância de hábitos higiênicos adequados.
Esse recurso didático possibilitará maior interação dos educandos com o
professor permitindo desvendar os possíveis mitos que esses alunos trazem em seu
senso comum, como ocorre no caso dos dois parasitas mais conhecidos o
Schistosoma mansoni e Ascaris lumbricoides. Após a apresentação, explicação dos
slides e esclarecimento de eventuais dúvidas a turma será dividida em quatro grupos
para que sejam confeccionados cartazes. Divididos os grupos definir-se-ão as
tarefas incumbidas que a cada um. Os desempenhos individuais é que levarão ao
resultado coletivo manifestado no produto final construído pelo grupo. Todos os
componentes devem cooperar no sentido da construção do trabalho, trocando
ideias, sugestões, pesquisando nos livros didáticos, textos de apoio, para que ao
final, juntos elaborem os cartazes contendo as formas de transmissão,
2.2.3 História em quadrinho e desenho sobre o ciclo de vida do Shistosoma mansoni
e do Ascaris lumbricoides
Os educandos individualmente,produzirão uma história em quadrinho e farão
desenhos sobre o ciclo de vida do Schistosoma mansoni e do Ascaris lumbricoides
como forma de memorização do conteúdo. Para tanto será solicitada uma pesquisa
em livros didáticos, internet e em textos de apoio para que tenham subsídio para
confeccionar seus próprios desenhos. Esse recurso pode levar o educando a
desenvolver sua criatividade, exercitar a habilidade em língua portuguesa, nos seus
três eixos: escrita, oralidade e leitura. Através dessa atividades prazerosas o
educando apreende os conteúdos de maneira lúdica, aprimorando seu
conhecimento científico. Deve se lembrar de que também será explorada a
linguagem não verbal através dos desenhos.ocorrendo, assim, a
interdisciplinaridade entre a Ciência, Língua Portuguesa e Arte.
2.2.4 Linguagem visual e comunicação através de filmes curtos retirados da internet,
sobre a transmissão, contaminação e prevenção da esquistossomose e ascaridíase
Os alunos assistirão a vídeos que servirão como material de apoio para sua
produção fora da sala de aula. Estes serão explorados e discutidos, em grupos, os
quais produzirão, em casa um vídeo curto sobre o assunto. Ocorrerá nesse
momento a interação entre os alunos do grupo, e também entre seus familiares que
certamente, direta ou indiretamente, serão envolvidos nessa produção. O lado
cômico e dramático será explorado e cada aluno poderá interpretar diante de uma
câmera digital ou filmadora, usando assim a tecnologia tão presente nos dias atuais.
O meio digital em que estão inseridos fortalecerá o entendimento sobre a
importância de hábitos saudáveis na sua vida e de sua família, bem como formas de
conhecer e prevenir as doenças citadas, fortalecendo ainda mais seu conhecimento.
Referência dos curtas: youtube – ciclo de vida esquistossomose – Bruna Zanatta.
Acesso: 18/10/2012 – 11h40m. Youtube – trabalho de biologia – ascaridíase.flv
Acesso: 18/10/2012 – 14h43m
2.4 Terceiro momento pedagógico – aplicação do conhecimento - produção e
apresentação teatral
Desde a época da propagação da fé religiosa realizada pelos jesuítas em
relação aos indígenas, o teatro vem sendo usado como forma de ensinar e
aperfeiçoar a aprendizagem. Neste momento, ele será simultaneamente uma forma
de reconstrução e avaliação do conteúdo trabalhado, sendo que os próprios
educandos com a mediação da educadora produzirão e encenarão. Serão
compostos para a realização dessa atividade dois grupos e os temas serão
esquistossomose e ascaridíase. A interdisciplinaridade se faz presente no momento
que será explorado as várias formas de linguagem e tipos de conteúdo. O trabalho
em grupo desenvolve as habilidades para a convivência pacífica em sociedade,
respeitando as opiniões e divergências de ideias entre o grupo. Trabalha-se também
a questão do saber ouvir e apreciar, pois faz se necessário a familiarização dos
nossos alunos com formas diversas de apresentações e situações diferentes que
evocarão no decorrer de sua vida adulta. As questões de aproximação e forma de
relacionamento entre educador e educando se fortalece e os laços se ampliam na
medida em que o trabalho ocorre.
Antes da produção teatral, o educador mostrará aos educandos que são
vários os tipos e forma de teatro, os quais citaremos na sequência com base no que
diz Lima (2011). Os alunos poderão optar por uma modalidade de teatro, conforme
abaixo:
Teatro de Mascaras: consiste em vestir mascaras pelos estudantes. Ao
confeccionar suas mascaras podem usar, cartolina, tecido, saco de papel, jornal,
material de sucata, etc.
Teatro de Fantoche: Para confeccionar os fantoches podem ser utilizados:
sucata, fita crepe, saco, durex, rolo de papel higiênico, tinta. Também utilizar luvas,
pintura em meia e mãos com caneta esferográfica, carvão, e tintas especiais. Faz-se
necessário que os alunos explorem todos os movimentos dos organismos
representados.
Teatro de Vara: é uma variação do teatro de fantoche, onde estes são
sustentados por uma vara, podendo ser feito com cartolina, bolinha de isopor, de
papel, colher de pau, palito de churrasco, garfos vestidos com roupas de pano, palito
de picolé, copinhos de plástico sustentados por palitos. Pode representar uma figura
humana ou um animal, basta segurá-lo pela vareta e dar-lhes o movimento de
acordo com a situação.
Teatro com Música: baseado na narração de histórias por meio de
movimentos e dança.
Nas aulas serão desenvolvidos todo o trabalho teatral, escrita, ensaios,
figurino, cenário e apresentação final.
3. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Salienta-se que as retomada das questões iniciais deve ocorrer durante o
desenvolvimento da Unidade Didática. Também outras parasitoses poderão ser
abordadas juntamente com esta unidade. Algumas atividades como teatro poderão
ser desenvolvidas em contra turno.
Essa unidade tem uma abordagem interdisciplinar com português (escrita e
oralidade) e artes (teatro, produção de vídeos e outros), podendo abranger outras
disciplinas como matemática e geografia. No caso da matemática através de
problemas, tabelas e gráficos. Na geografia por meio do estudo das regiões
brasileiras e mundiais em que ocorrem mais casos de parasitoses.
4. REFERÊNCIAS
BRITO, E. A.; FAVARETTO, J. A. Biologia: uma abordagem evolutiva e ecológica. Volume 2. São Paulo: Moderna, 1997. CRUZ, D. Ciências e educação ambiental. Os seres vivos. 14. ed. São Paulo: Ática, 1995. CRUZ, D. Ciências & educação ambiental. Os seres vivos. 2. ed. São Paulo: Ática 2004. DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J.A. Metodologia do ensino de ciências. São Paulo: Cortez, 1994. GUIMARÃES, L R. Série professor em ação: Atividades para aulas de ciências. Ensino fundamental 6º ao 9º ano/Luciana Ribeiro Guimarães. São Paulo: Nova Espiral, 2009.
LIMA, S. V. A. Importância do teatro na educação infantil e ensino fundamental (séries iniciais). 2011. Disponível em: <http:www.artigonal.com/educação-artigo/a-importância-do-teatro-na-educação-infantil-e-ensino-fundamental-séries-iniciais-5106817.htmail>. Acesso: 02/06/2012. MAGALHÃES, E.L.; QUADROS, C. S.; OLIVEIRA, A. L. A abordagem da temática parasitoses intestinais. In: FERRAZ et al. (orgs.) Atas Evento Os estágios supervisionados de ciências e biologia em debate II. Cascavel: Unioeste, 2010. 1 CD.
MANZI, P. Projeto Araribá: Ciências 6ª série. São Paulo: Moderna, Editora Moderna, 2006.
MANFROI, A.; STEIN, AT; CASTRO, F. E. D. Abordagem das Parasitoses Intestinais mais Prevalentes na Infância. In: Projeto Diretrizes. Sociedade Brasileira e Conselho
Federal de Medicina, 2009. Disponível em: <www.projetodiretrizes.org.br/8_volume01-abrodagem.pdf>. Acesso em: 24/05/2012. NEVES, D. P. Parasitologia humana. Rio de Janeiro e São Paulo: 7ª Ed. Livraria Atheneu, 1988.
PARANÁ. Secretaria do Estado de Educação. Diretrizes curriculares de ciências para o ensino fundamental do Paraná. Curitiba: SEED, 2008. MATO GROSSO DO SUL. Secretária de Vigilância em Saúde: esquistossomose mansoni. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/esquistos somose_gve.pdf>. Acesso em 19/11/2012. ZANATTA, B. Ciclo de vida esquistossomose. YOUTUBE. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=nrkRtn>. Acesso em: 18/10/2012. YOUTUBE. Trabalho de biologia: ascaridíase. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=la-NSGLzZQE>. Acesso: 18/10/2012.