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Produção Nacional de Vacinas, Saúde Pública e Novos Desafios no Brasil
Carla Magda A. S. Domingues Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações Secretaria de Vigilância em Saúde – Ministério da Saúde
Cenário Epidemiológico 1970
Fonte: PNI - 30 anos, Brasília 2003
Doença nº de casos Coef. Incidência (100 mil hab)
Poliomielite 11.545 12,4
Varíola 1.771 1,9
Difteria 10.496 11,2
Coqueluche 81.014 87,0
Sarampo
109.125 117,3
Tuberculose 111.945 120,3
O INÍCIO
O INÍCIO
Ações de imunização eram operacionalizadas
Pelos programas específicos do MS
varíola, tuberculose e febre amarela
Pelas Secretarias Estaduais de Saúde
poliomielite, sarampo e vacina tríplice bacteriana
Necessidade de organização das ações de imunização
A criação do PNI
1973: formulado o Programa Nacional de Imunizações –PNI
1975: institucionalizado pela Lei 6.259/75 e regulamentado pelo Decreto 78.231/76
1977: publicado o primeiro calendário nacional de vacinação de rotina (Portaria do Ministro da Saúde nº 452/1977)
04 vacinas obrigatórias no 1º ano de vida
poliomielite oral DTP sarampo BCG
A PRIMEIRA DÉCADA
Cobertura vacinal, entre as crianças de 1 a 4 anos, 1980
Vacina Cobertura
Poliomielite 94,4
Difteria, Tétano e Coqueluche (DTP)
74,9
Sarampo
74,1
BCG 65,9
Esquema básico completo
38,3
Fonte: PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), 1981
Fortalecimento
Década de 1980: reconhecimento internacional pela capacidade de:
Estender a vacinação a todos os municípios brasileiros
Criar mecanismos para assegurar o suprimento gratuito de imunobiológicos
Efetivar estratégias de mobilização social impactando nas elevação das coberturas (multivacinação em DNV poliomielite)
Implantar o controle de qualidade dos imunobiológicos utilizados (1981- INCQS)
Implantar a Central Nacional de Armazenagem e Distribuição (1982 - CENADI)
Fortalecimento
1980 - Dias Nacionais de vacinação (DNV) contra poliomielite
mostra grande capacidade de mobilização e logística para vacinação em massa:
outros ministérios
governos estaduais e municipais
clubes Rotary e Lions
Sociedades Médicas e outros parceiros
(18 milhões < 5 anos vacinados)
Fortalecimento
1985
Criação do Programa de Auto-Suficiência Nacional em Imunobiológicos - PASNI
Ação coordenada entre os produtores nacionais de imunobiológicos estimulando os investimentos
Melhoria da qualidade da produção nacional, envolvendo laboratórios nacionais:
o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos e (RJ)
o Instituto Butantan (SP);
o Instituto Vital Brazil – IVB (RJ);
o Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR;
o Fundação Ezequiel Dias – FUNED (MG)
Fortalecimento
Década de 1990: ações visando a ampliação e intensificação da vacinação.
1991: Comitê Técnico Assessor em Imunizações (CTAI). Fórum técnico cientifico de apoio ao PNI (Portaria MS nº 389)
No mínimo duas reuniões ordinárias ao ano, contatos permanentes por outros meios de comunicações
Fortalecimento
Década de 1990: ações visando a ampliação e intensificação da vacinação.
O Brasil e outros 37 países das Américas recebem da OPAS a certificação da erradicação da transmissão autóctone do poliovírus selvagem no continente (1994)
Na 24ª Conferência Sanitária Pan-Americana: eliminação do sarampo na Região, até o ano 2000 Último caso autóctone no Brasil nesse mesmo ano
Fortalecimento
Década de 1990: ações visando a ampliação e intensificação da vacinação.
1999: vacina influenza em campanhas anuais para idosos
Fortalecimento Século 21:
Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais – CRIE (2003). Atualmente 42 unidades no país
2004 formaliza a “ Vacinação virou Programa de família” pela Portaria MS nº 597/2004) publica o calendário de vacinação por ciclo de vida
da criança, do adolescente e do adulto e idoso (nove tipos de imunobiológicos )
Criança
1. BCG – ID
2. Hepatite B (mantida dose ao nascer)
3. Penta (DTP/Hib/Hep B)
4. VIP (Vacina Inativada Poliomielite)*
5. VOP (vacina oral contra pólio)*
6. VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano)
7. Vacina Pneumocócica 10 valente
8. Vacina febre amarela
9. Tríplice viral (Sarampo, rubéola, caxumba)
10. DTP (tríplice bacteriana)
11. Vacina meningocócica conjugada tipo C
12. Influenza (campanha anual)
13. Tetraviral (Sarampo, rubéola, caxumba, varicela)
Calendário Nacional de Vacinação: 2013
Adolescente e Adulto
1. Hepatite B *** 2. dT (Dupla tipo adulto) 3. Febre amarela 4. SCR (Tríplice viral)
Idoso
1. Influenza (1 dose anual) 2. Pneumococo 1 dose e reforço único
5 anos depois da 1a dose (acamados, asilados…)
***Hepatite B ampliada para o grupo etário de 49 anos de idade
** Vacinas poliomielite esquema sequencial (VIP e VOP).
1ª e 2ª doses (VIP), 3ª dose e reforço (VOP)
Fortalecimento
Fonte:Sinan e CGPNI
ANO No.
NOTIFICAÇÕES AMPOLAS INVESTIMENTO (R$)
2009 122.091 665.330 R$ 29.641.315,24
2010 119.644 674.900 R$ 29.786.452,50
2011 140.028 712.600 R$ 32.787.496,00
2012 143.014 776.570 R$ 39.306.365,60
2013 71.717 808.630 R$ 30.567.270,70
Notificações ocorrência de eventos com animais peçonhentos e aquisição de soros, 2009 a 2013, Brasil
Fortalecimento
Fortalecimento
Auto-Suficiência Nacional em Imunobiológicos
Ação coordenada entre os produtores nacionais de imunobiológicos estimulando os investimentos
Melhoria da qualidade da produção nacional, envolvendo laboratórios nacionais:
o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos e (RJ)
o Instituto Butantan (SP);
o Instituto Vital Brazil – IVB (RJ);
o Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR;
o Fundação Ezequiel Dias – FUNED (MG)
o Centro de Pesquisa e Produção de Imunobiológicos - CPPI
o Fundação Ataulpho Alves - FAP
Produções Nacionais
Produtos de interesse para o PNI
Desenvolvimento nacional
Acordos de transferência de tecnologia
Produções Nacionais Ano Vacina Produtores
1996 Hepatite B Butantan
1998 Dupla adulto (dT) Butantan
1999 Influenza Haemophilus influenzae tipo b
Butantan - Sanofi Bio Manguinhos - GSK
2003 Tríplice viral Tetravalente (DTP/HIB)
Bio Manguinhos - GSK Bio Manguinhos - Butantan
2006 Rotavírus Humano Bio Manguinhos - GSK
2010 Pneumocócica 10 valente (conjugada) Meningocócica C (conjugada)
Bio Manguinhos - GSK Funed - Novartis
2012 Inativada poliomielite (VIP) Penta (DTP/HIB/Hepatite B)
Bio Manguinhos - Sanofi Bio Manguinhos - Butantan
2013 Tetraviral Bio Manguinhos - GSK
2014 HPV Hepatite A dTpa adulto
Butantan - MSD Butantan - MSD Butantan - GSK
Sucessos
Eliminadas e/ou em processo de eliminação
Poliomielite
Sarampo
Rubéola/SRC (Síndrome de Rubéola Congênita)
TNN (Tétano Neonatal )
Tendência de redução
TA (Tétano Acidental)
Difteria
Meningite por Hib (Haemophilus influenzae tipo b)
Meningite por Streptococcus pneumoniae
Doenças Diarréicas por Rotavírus
Níveis de transmissão controlada
Meningites/Doença Meningocócica (DM); Febre Amarela silvestre
Doenças imunopreveníveis: status (impactos)
Desafios
A complexidade do Programa exige para que seja mantida a sua
eficiência e credibilidade:
Sustentabilidade na produção de imunobiológicos para garantir o
imunobiológico na rede
Manter altas CV e homogeneidade (antigas e novas vacinas)
Ampliar a homogeneidade das coberturas vacinais
Campanha de multivacinação
Monitoramento rápido de coberturas vacinais
Destaque em vermelho para a vacina DTP/Hib. Pacto de gestão do SUS até 2012: homogeneidade de DTP/Hib (70%
dos municipios com CV de ≥95%)
82
,7
81
,6
67
,6 7
9,4
70
,3
70
,4
54
,8
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Homogeneidade de coberturas vacinais por tipo de vacinas em <1 ano de idade e triplice viral em 1 ano, Brasil , 2006 a 2012
BCG Hepatite B Poliomielite
Tetra/Penta (DTP/Hib/HB) Tríplice Viral * Rotavirus*
Desafios
Proporção de abandono de vacinas por estratos em menores de um ano de idade por tipo de vacinas e Unidades Federadas, Brasil, 2012
Fonte:PNI/SVS * Dados finais 2012
A Taxa de abandono é estimada pela diferença entre o número de 1ª dose menos número da últimas doses do esquema vacinal /número de primeiras doses *100 (TA= nº 1as – nº ultimas doses / nº últimas doses*100
Parâmetros PNI: Taxa <5% = baixa; 5<10% média e ≥10% alta
Rotavírus (duas doses) Pneumo 10 (três doses) Meningo C (duas doses)
TA= 8,4% TA= 0,5% TA= 12,7%
Desafios
Melhorar gestão do Programa
Implantar em curto prazo o sistema de informação
nominal nas 34,2 mil salas de vacinas
Ampliar a capacitação para profissionais que atuam nas
salas de vacina (EAD)
Estruturação permanente da Rede de Frio
Ampliação do calendário de vacinação
Desafios
Obrigada pela atenção [email protected]