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PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
Professor PDE/2010
Título
Estratégias diferenciadas de ensino de Língua
Portuguesa, como incentivo à leitura e à
escrita.
Autor Elza Costa Rosa Mangger
Escola de Atuação Colégio Estadual Princesa Isabel
Município da escola Cerro Azul
Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Norte
Orientador Luciana Pereira da Silva
Instituição de Ensino Superior Universidade Tecnológica Federal do Paraná
- UTFPR
Área do Conhecimento Língua Portuguesa
Produção didático-pedagógica
Caderno pedagógico
Público alvo
Alunos
Localização
Col. Est. Princesa Isabel
Rua: Romário Martins, 120
Cerro Azul - PR
Apresentação
Caderno pedagógico de Língua Portuguesa,
com perspectivas de contribuição e como
hipóteses de superação de alguns problemas
relacionados ao processo ensino-
aprendizagem na escola. O objetivo é de
inovarmos a nossa prática pedagógica em
sala de aula trabalhando de forma
diferenciada, para fazer com que os alunos
sintam curiosidade e busquem com mais
autonomia, formando leitores e escritores
competentes, melhorando a qualidade de
ensino. É preciso mobilizá-los e motivá-los a
buscar conhecimentos, incutindo assuntos
ligados à realidade do aluno, ampliando sua
visão de mundo e sobressaindo-se para
enfrentar a competitividade no mercado de
trabalho, percebendo sentido nos estudos e
não frequentando a escola somente como
obrigação.
Palavras-chave Leitura; escrita; oralidade.
PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional
Núcleo Regional de Educação - AMN
Elza Costa Rosa Mangger
Estratégias de ensino diferenciado em Língua Portuguesa como
incentivo à leitura e à escrita
Curitiba - PR
2011
Elza Costa Rosa Mangger
Estratégias de ensino diferenciado em Língua Portuguesa como
incentivo à leitura e à escrita
Caderno Pedagógico produzido e disponível para consulta e reflexão didática a todos os professores da Rede Pública Estadual, principalmente de Língua Portuguesa, do Colégio Estadual Princesa Isabel de Cerro Azul, apresentado pelo Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, oferecido pela SEED-PR e orientado pela Profª Drª Luciana Pereira da Silva da UTFPR.
Curitiba - PR
2011
Agradecimentos
Há um tempo determinado para todas as coisas. Nesse ano de 2010 foi
minha hora para ingressar no PDE. Oportunidade essa, propiciada para ampliação
dos conhecimentos na área de formação e inovação da prática em sala de aula.
Sem a ajuda de meu marido, não conseguiria ter o conforto e a mordomia
para viajar 80 km até chegar ao local dos cursos, com uma condução e um motorista
responsável, para deixar-me na porta da universidade e ser apanhada novamente
ao final da aula.
Minha ajudante nos afazeres domésticos, sempre com muita calma, cuidava
dos meus filhos, que compreendiam a minha ausência durante a realização desse
programa.
Denunciando-me quanto à falta de experiência em relação às tecnologias,
pedia auxílio à sobrinha querida. Porém, esse desconforto só me fez evoluir.
As preces feitas em meu favor que com certeza aconteceram, não foram em
vão. Pois diante das dificuldades e dos problemas encontrados, à frente estava a
solução.
A companhia dos colegas de curso e as experiências trocadas só me fizeram
crescer.
A contribuição de minha orientadora foi muito gratificante, pois a sua
exigência foi construtiva para a busca de experiências e aprendizagens
significativas.
O apoio e a disponibilidade dos profissionais da educação envolvidos nesse
processo, como os representantes, coordenadores e ministradores dos cursos foi
excepcional. Sempre nos orientando de maneira competente e produtiva.
Muito obrigada por tudo!
Sumário
Apresentação ............................................................................................................ 04
Introdução ................................................................................................................. 05
Unidade 01 ................................................................................................................ 07
Unidade 02 ................................................................................................................ 08
Unidade 03 ................................................................................................................ 09
Unidade 04 ................................................................................................................ 15
Unidade 05 ................................................................................................................ 22
Unidade 06 ................................................................................................................ 24
Referências ............................................................................................................... 26
4
Apresentação
É com muito carinho que elaboro esse material com perspectivas de
contribuição, e como hipótese de superação dos problemas relacionados ao
processo ensino-aprendizagem na escola. Esse caderno será disponibilizado como
consulta proposta principalmente para os professores de Língua Portuguesa da
Rede Pública Estadual, e a todos os profissionais da educação, pois a leitura e a
escrita estão presentes em todas as áreas disciplinares.
Como cada professor poderá incentivar a leitura em sua disciplina?
O objetivo é de inovarmos a nossa prática pedagógica trabalhando de forma
diferenciada, provocando curiosidade fazendo com que os alunos busquem com
autonomia, formando leitores e escritores competentes e melhorando a qualidade de
ensino.
O que fazer para inovar a sua prática pedagógica?
Se repensarmos a escola fazendo uma reflexão didática, apresentando um
repertório de atividades que despertem no aluno o desejo e a necessidade de
crescer, podemos melhorar os resultados das provas estaduais e nacionais e em
contrapartida a imagem que muitos têm da escola pública.
É preciso mobilizá-los e motivá-los a buscar conhecimentos incutindo
assuntos ligados à realidade da vida do aluno, ampliando sua visão de mundo,
sobressaindo-se para enfrentar a competitividade no mercado de trabalho,
percebendo sentido nos estudos e não frequentando a escola somente como
obrigação.
Entre todas as dificuldades, os problemas relacionados à leitura e à produção
de textos parecem ser os mais preocupantes. Os alunos não possuem assiduidade
quanto à leitura, resultando na falta de argumentos no momento de colocar as ideias
no papel.
5
Introdução
Recomenda-se trabalhar com diversos gêneros textuais e de forma
diferenciada que faça o aluno pensar, tentar cativá-los e fazer com que adquiriram
conhecimentos através dessas leituras propostas.
De acordo com Bamberger (1987) é preciso que os alunos dominem com
eficiência, os diferentes escritos que circulam na sociedade.
Alves (2002) apud Guimarães (2007) provoca ao dizer que é preciso
ultrapassar os cinco sentidos e chegar ao sexto sentido, por ser o único que permite
que se tenha prazer com as coisas que não existem e estão ausentes. Esse poder
presente e pouco desenvolvido se chama pensamento. Ensinar a pensar é, portanto,
tarefa do sexto sentido:
Ensinar a pensar é ensinar o pensamento a dançar no espaço onde as coisas que não existem, existam. (ALVES, 2002, p.169)
De acordo com o velejador Lars Grael (em uma entrevista sobre a educação
no Brasil, no governo ainda de Fernando Henrique Cardoso), diante da pergunta: O
que mudaria na escola, o velejador diz que:
É preciso ensinar o aluno a manter o interesse. Hoje as crianças e adolescentes têm muitos outros estímulos e o colégio acaba tendo que competir com eles. Diz ainda que incentiva a educação dos filhos, fazendo passeios culturais. (GRAEL, 1995)
O trabalho pedagógico com diversos gêneros proporciona o desenvolvimento
da autonomia do aluno no processo de leitura e produção textual. É por meio dos
gêneros que as práticas de linguagem incorporam-se nas atividades dos alunos. O
sucesso dessa proposta pedagógica depende de uma mudança de concepção de
ensino de produção escrita, que requer do professor a atuação como mediador de
conhecimentos e orientador nas produções dos alunos. Os professores enfrentam
dificuldades na mudança de sua prática pedagógica, pelo fato dos livros didáticos
não apresentarem atividades propostas que atinjam à expectativa de um trabalho
que aborde os gêneros em toda a sua dimensão. (LOPES-ROSSI, 2002)
Os gêneros textuais existem em grande quantidade. Eles são formados por
sequências diferenciadas, denominados tipos textuais. Portanto, não se confunde
6
gênero com a noção de tipo. Os tipos são designados como narrativos, descritivos,
argumentativos, expositivos ou injuntivos. (KOCH & ELIAS, 2006)
A metodologia aplicada é resultante dos estudos realizados nos cursos do
PDE. Será trabalhado em sala de aula com temas envolvendo qualidade de vida.
Atividades relacionadas ao cotidiano dos alunos, como: alimentação, exercícios
físicos etc.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2009 apresentou
resultados de pesquisa com a população brasileira, afirmando que a obesidade está
aumentando não apenas na população adulta, como também em crianças e
adolescentes.
Por isso, o cuidado com a alimentação, aliado à prática regular de atividade
física, é fundamental para a manutenção de nossa saúde, propondo aos alunos uma
reflexão referente a esses fatores, pois as informações sobre o exercício e a saúde
devem começar desde o 1º ano do Ensino Fundamental, o que nem sempre
acontece.
E como fechamento do projeto, a produção do texto expositivo com o tema
“Respeito à vida”, proporcionando as informações e conhecimentos adquiridos
durante o processo de estudo com os temas: alimentação saudável e exercícios
físicos. Essas atividades podem ser feitas em parceria com outras disciplinas, como:
Ciências e Educação Física.
Os alunos serão solicitados a realizar as tarefas: Individualmente ou em
duplas, sempre mediados pelo professor. O projeto será desenvolvido nas 8ªs séries
do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Princesa Isabel de Cerro Azul, no 2º
semestre de 2011.
7
UNIDADE 01
Mobilização quanto ao incentivo à leitura
Os passeios culturais caracterizam-se como uma estratégia eficiente de
incentivo à leitura, entre outros passeios pedagógicos que devem ser feitos nas
outras disciplinas, como meios para incrementar e concretizar as aulas. A troca de
livros entre os colegas, também é uma ótima forma de socialização entre os alunos
e incentivo à leitura.
ATIVIDADE 01
Passeios culturais
Apresentação da proposta aos alunos, para interação do projeto que será
desenvolvido durante o semestre.
Visitar todos os espaços culturais que houver na cidade, como: biblioteca
escolar, biblioteca pública, casa da cultura e academia de ginástica como forma de
conhecer o patrimônio, o seu acervo, certificar se todos possuem cadastro e
administrar a escolha de livros quando necessária. Entrevistar o responsável por
essa repartição sobre os procedimentos e as normas estabelecidas no ambiente,
como forma também de desenvolver a oralidade.
Quanto à troca de livros, estabelece-se um dia para os alunos levarem pra
escola um livro de seu próprio acervo, expõe-se na sala, faz-se a propaganda e as
trocas. Pode ser feita também com revistas, entre outros.
Pesquisa na comunidade escolar sobre leitura realizada pelos alunos das 8ªs
séries mediados pelo professor, fazendo levantamento dos que não possuem
cadastro na biblioteca e incentivá-los a fazer.
Construir gráficos para observar resultados.
8
UNIDADE 02
Leitura e escrita
Segundo Possenti (1996), ler e escrever não são tarefas extras que possam
ser sugeridas aos alunos como lição de casa, mas são atividades essenciais.
Portanto, seu lugar privilegiado, embora não exclusivo, é a própria sala de aula.
Bamberger (1987) relata que o desafio é de formar leitores que saibam
escolher o material escrito adequado para buscar solução de problemas que devem
enfrentar, formar seres humano críticos, capazes de ler nas entrelinhas e abandonar
as atividades mecânicas e sem sentido, que distanciam os alunos da leitura
espontânea. Conseguir que os alunos planejem suas produções de acordo com
cada situação social.
O interesse só será realidade se o indivíduo sentir que vale a pena, se ele der
conta do que a leitura poderá fazer pelos seus interesses pessoais, profissionais e
sociais.
Qualquer pessoa que leia meia hora por dia ficará surpreso com o grande
progresso que terá na leitura, e fará com que adquira habilidade para ler. As
pessoas que leem palavra por palavra, devagarinho, não compreendem a história,
nem as ideias. Com a prática, pode-se aprender a ler, de uma só vez, grupos de
palavras que não podem ser separadas, a ler depressa sem se apressar e
compreender melhor o que lê, começando pelos livros que se ajustarem mais ao seu
nível de leitura.
ATIVIDADE 02
Confecção de portfólios
Todos os passeios e livros lidos pelos alunos participantes do projeto serão
registrados formando um portfólio criativo, como forma de contribuição para o
desenvolvimento da escrita dos alunos. Ao final do semestre será feita uma
exposição de portfólios, com a participação dos alunos fazendo a recepção dos
visitantes e explicando o objetivo da atividade.
9
UNIDADE 03
Coerência e coesão
De acordo com Koch & Elias (2006), um texto pode ser coerente e acharmos
incoerente, por não vermos sentido ou não compreendermos devido à falta de
conhecimentos lingüísticos (de língua), enciclopédicos (de mundo), textuais (do
texto) e interacionais (da situação comunicativa).
A coerência e a coesão se diferenciam da seguinte forma: as marcas de
coesão encontram-se no texto, enquanto a coerência depende dos conhecimentos
citados acima.
Van Dijk & Kintsch (1983) apud Koch & Elias (2006), mencionam diversos
tipos de coerência: coerência sintática, coerência semântica, coerência temática,
coerência pragmática, coerência estilística, coerência genérica.
- Coerência sintática: Diz respeito à organização das palavras, em especial uso do
conector “mas”. “Eu sei que o nosso amor só tem causado dores e sofrimento, mas
não consigo viver sem você.
- Coerência semântica: Refere-se ao significado das palavras e às relações de
sentido, por exemplo: “Da janela de seu quarto voltado para o oeste, podia apreciar
o nascer do sol”.
- Coerência temática: Quando o texto não foge do tema proposto. O interlocutor não
pode ter dificuldade em perceber a presença do tema no texto. E quando houver
alguns desvios do tema, devem-se usar meios para voltar ao assunto, como:
Voltando ao assunto, retomando o que eu vinha dizendo etc.
- Coerência pragmática: Os atos de fala do texto devem estar em condições para
serem realizados. Pedir algo que não seja impossível de ser realizado.
- Coerência estilística: O autor do texto deve utilizar a variedade de língua adequada
para cada situação. Não podemos usar o mesmo vocabulário para falar com uma
autoridade e com os amigos. Devemos ter o conhecimento prévio do nosso
interlocutor, para não sermos incoerente.
- Coerência genérica: Diz respeito aos gêneros textuais. Cada gênero tem a sua
característica, mas, podemos variar o estilo ou a sua forma composicional.
10
ATIVIDADE 03
Montando o quebra-cabeça
A primeira atividade será sobre alimentação saudável. Inicia-se com uma
provocação na classe, sobre em que consiste uma alimentação saudável, colocando
em tópicos na lousa pelo professor e em seguida questionando sobre a alimentação
da classe e quais os malefícios causados por uma má alimentação.
Em seguida, serão exibidos alguns vídeos retirados do you tube, mostrando a
importância de uma alimentação equilibrada em qualquer estágio de vida.
Posteriormente os alunos serão organizados em duplas que receberão o texto
“Nosso corpo necessita de vários nutrientes”. O texto será fragmentado, sem
ordenação das partes, provocando a necessidade do aluno ler para ordenar as
ideias, promovendo a coerência, coesão textual e assimilação do conteúdo.
Nosso corpo necessita de vários nutrientes
Ter uma alimentação adequada é fundamental para a saúde.
Porém, é preciso saber o que é uma alimentação adequada. Nosso corpo
necessita de vários nutrientes. A falta deles pode provocar problemas, mas o
excesso também.
Então, como saber o que comer e qual a quantidade adequada de cada
alimento?
11
Vamos a algumas informações básicas e úteis.
Em primeiro lugar, evite os alimentos com muita gordura ou óleo. A pequena
quantidade diária de lipídios de que o corpo precisa normalmente já é fornecida com
ingestão dos alimentos que possuem lipídios em sua constituição.
Os lipídios são muito calóricos e, por isso, podem causar obesidade.
Os médicos já comprovaram que a obesidade oferece sérios riscos para o
sistema circulatório, em especial para o coração.
Alguns lipídios, principalmente as gorduras, favorecem o aumento da
produção de colesterol, uma substância de que o corpo necessita de pequena
quantidade, mas que em excesso é prejudicial à saúde cardíaca.
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Os carboidratos são fundamentais para suprir energia para a realização das
suas atividades. Arroz, pão e massas são fontes importantes de amido. Porém, um
carboidrato, que em excesso também pode engordar.
O açúcar da cana é um carboidrato que, em excesso, não é benéfico.
As pessoas diabéticas devem ter especial atenção ao consumo de
carboidratos. Elas devem seguir rigorosamente as instruções do médico.
Refrigerantes, doces e guloseimas em grande quantidade engordam. O consumo
excessivo também interfere no apetite, e, com isso, a pessoa não ingere a
quantidade necessária de proteínas, de vitaminas e de fibras. O organismo humano
necessita de pequena quantidade diária de vitaminas e de minerais. Mas esses
diferem em qualidade e quantidade nos diversos alimentos. Por isso é importante ter
uma alimentação variada.
A diversidade de alimentos garante que a falta de determinada vitamina ou
mineral numa refeição provavelmente será suprida numa das próximas refeições.
Comer todos os dias exatamente o mesmo tipo de alimento pode acarretar a
falta de nutrientes, o que logo se refletirá em algum problema de saúde.
Frutas e verduras são ricas em vitaminas e em sais minerais. Além disso, elas
também contêm fibras da dieta, necessárias ao bom funcionamento do intestino.
Um mineral muito importante para o ser humano é o cálcio, que entra na
constituição dos ossos e regula o funcionamento dos músculos.
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Fontes importantes de cálcio são o leite e seus derivados, como queijo,
iogurte e requeijão.
Texto extraído do Livro didático do 8º ano de Ciências.
ATIVIDADE 04
Qual é o seu perfil em relação à alimentação?
Marque abaixo as opções que têm a ver com você:
1- ( ) Come sempre pensando em que tipo de alimentação está ingerindo.
2- ( ) Não ingere muita gordura.
3- ( ) Às refeições não toma sucos artificiais ou refrigerantes.
4- ( ) Não exagera na ingestão de doces.
5- ( ) Come frutas quase todos os dias.
6- ( ) Verduras e legumes fazem parte do seu prato.
7- ( ) Abusa nos doces, comidas gordurosas e refrigerantes de vez em
quando e em festas.
8- ( ) Costuma ingerir bastante água durante o dia.
Aqui estão alguns exemplos mais importantes que devemos refletir em
relação a nossa alimentação e bem-estar. Quanto mais opções você marcou, mais
cuidado você está tendo com sua própria saúde e em contrapartida, respeitando sua
própria vida.
Propõe-se seguir em casa, cada dia uma dessas orientações em que você
deixou de assinalar.
Em seguida será construído um gráfico para observar o progresso no final do
trabalho.
14
ATIVIDADE 05
Anúncio publicitário
Ainda fazendo parte desse assunto, lembramos da feira orgânica “Vida
saudável”, situada na Rua da Cidadania. Não visitamos pelo fato dos horários de
funcionamento não coincidirem com o turno de aula dos alunos. Mas faremos a
produção de um anúncio publicitário sobre a feira para ser publicado em alguns
setores de acesso dos alunos, e aula expositiva pelo professor sobre os malefícios
que os fertilizantes trazem à saúde.
Os alunos farão a segunda pesquisa na comunidade escolar que será sobre a
qualidade de vida dos professores e funcionários em relação à alimentação, gráficos
para comparar resultados no final do projeto e cartazes referentes ao tema para
conscientização.
15
UNIDADE 04
Leitura compreensiva
Lê-se para compreender e escreve-se para ser compreendido. A leitura e a
escrita constituem os eixos norteadores da ação pedagógica na sala de aula de
Língua Portuguesa. Uma das formas de se demonstrar compreensão da leitura é
seguir corretamente as instruções contidas no texto lido. (MOURA, 2007)
De acordo com Lerner (2002), os alunos estão acostumados com a prática da
leitura compreensiva literalmente antes de fazer uma interpretação ou uma leitura
crítica. Devem-se mudar as práticas escolares, mostrar os efeitos nocivos dos
métodos e procedimentos tradicionais que são tão tranqüilizadores, e tornar públicas
as vantagens das estratégias didáticas que realmente contribuem para formar
leitores e escritores autônomos. Para que a leitura se transforme num objeto de
aprendizagem, é necessário que tenha sentido e objetivos para o aluno.
Koch & Elias (2006), descrevem que quando lemos para nos mantermos
informados, para realizar um trabalho acadêmico, para resolver uma situação-
problema ou por mero prazer, estamos lendo com um objetivo. E são esses
objetivos do leitor que orientam os modos de leitura que deverá realizar, com mais
tempo ou maior atenção. E cada leitura apresenta um sentido, dependendo da visão
de mundo de cada leitor.
Nas Diretrizes Curriculares (2008), confirma-se que no processo de ensino-
aprendizagem é importante ter claro que quanto maior o contato com a linguagem
nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se tem de entender o texto, seus
sentidos, suas intenções e visões de mundo.
A intertextualidade é um dos temas a que se tem dedicado a Linguística
Textual. Sempre produzimos um texto recorrendo a outros. Às vezes, sem a fonte
ser explicitada, percebe-se na leitura, dependendo do conhecimento do leitor e do
seu repertório de leitura. Ela sempre acontece quando em um texto está inserido
outro texto. Para o processo de compreensão e produção de sentido, esse
conhecimento é de extrema importância. (KOCH & ELIAS, 2006)
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, (Paraná, 2008:14):
16
Os conteúdos disciplinares devem ser tratados na escola de modo contextualizado, estabelecendo entre eles, relações interdisciplinares e colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresenta quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Desta perspectiva propõe-se que tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e econômicas, presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem.
De acordo com Carrel, Gajdusek & Wise (1998) apud Joly (2005), é relevante
que os alunos de qualquer nível de ensino, saibam como utilizar as estratégias
metacognitivas de leitura de modo a facilitar a sua compreensão.
Duke & Pearson (2002), Kopke (1997) apud Joly (2005), afirmam ter três
momentos para utilização de estratégias de leitura. Antes da leitura, quando se faz
uma análise global do texto e predições, incluindo títulos, tópicos e figuras. Durante
a leitura, ao se selecionar e relacionar as informações relevantes entre si e com
conhecimento prévio do leitor. Depois, quando se revê, reflete sobre o significado da
mensagem do texto.
ANTES DA LEITURA
1- Fazer perguntas sobre o conteúdo do texto.
2- Ver como é a organização do texto.
3- Organizar um roteiro para ler.
4- Levantar hipóteses sobre o conteúdo do texto.
DURANTE A LEITURA
1- Fazer comentários críticos sobre o texto.
2- Opinar sobre as informações do texto.
3- Parar de ler, para ver se estou entendendo.
4- Reler trechos quando encontro uma informação que tenho dificuldade de
entendimento.
5- Reler em voz alta os trechos que não compreendi.
6- Voltar a ler alguns parágrafos ou páginas já lidas quando me distraio.
7- Verificar se as hipóteses que fiz sobre o conteúdo do texto estão certas ou
erradas.
17
8- Grifar o texto para destacar as informações que acho importante.
9- Fazer anotações ao lado do texto.
10- Consultar o dicionário para entender o significado de palavras novas.
11- Fixar a atenção em determinados trechos do texto.
12- Fazer anotações sobre os pontos mais importantes do texto.
13- Ler novamente trechos do texto quando não entendo a relação entre as
informações.
14- Relacionar o assunto do texto com o que já conheço sobre o assunto.
15- Deduzir informações do texto que leio para compreendê-lo.
16- Analisar se as informações são lógicas e fazem sentido.
17- Ler com atenção e devagar para ter certeza que estou entendendo o
texto.
18- Reler trechos para relacionar as informações do texto.
19- Concentrar-se na leitura quando o texto é difícil.
20- Questionar o texto para entendê-lo melhor.
21- Ficar atento aos nomes, datas, épocas e locais que aparecem no texto
para compreendê-lo.
22- Fazer suposições sobre o significado de um trecho do texto quando não
entendo.
23- Interpretar o que o autor quis dizer.
24- Ler em voz alta quando o texto é difícil.
25- Diferenciar as informações da opinião do autor.
APÓS A LEITURA
1- Pensar sobre por que fiz algumas suposições certas e outras erradas
sobre o texto.
2- Relembrar os principais pontos do texto para verificar se o compreendi
totalmente.
3- Escrever com minhas palavras as informações que destaquei como mais
importantes.
4- Fazer lista dos tópicos mais importantes do texto.
5- Fazer um resumo do texto para organizar as informações mais
importantes.
18
6- Verificar se atingi o objetivo que havia estabelecido para a leitura.
7- Identificar as dicas do texto que me permitiram fazer as hipóteses corretas
sobre o conteúdo antes da leitura.
8- Fazer um esquema do texto para relacionar as informações importantes.
9- Copiar os trechos mais importantes do texto.
10- Listar as informações que entendi com facilidade.
ATIVIDADE 06 Preenchendo lacunas
A técnica de cloze é exercitada para avaliar a compreensão da leitura, e
deverá preencher as lacunas, fazendo com que cada elemento de coesão pertença
a uma categoria gramatical, em que poderá ou não usar esse tipo de estratégia. O
aluno poderá usar uma palavra aceitável, sem ser a mesma do texto original.
O tema é sobre a prática de exercícios físicos, e é provocado com
comentários sobre a assiduidade nas aulas de Educação Física. Há possibilidades
de continuar se exercitando ao término do Ensino Médio?
Exercício Físico e Saúde
Em qualquer .............., o exercício físico tem papel .............. na saúde, no
.......estar e na criação de estilos de vida mais...........................
Traz muito......................, é recomendado para todas as idades, sendo que
para os............. é sempre melhor consultar um.............. antes de começar a.............
exercícios físicos. Para um .............desenvolvimento e crescimento, começar a
atividade física desde ...............é o ideal. Jovens e adultos leva uma .......... mais
tranqüila e ..................quando tem o .................de se exercitarem.
O importante é sempre fazer um exercício em que se ...................Qualquer
exercício é bom, ainda mais quando combinado a uma ....................nutritiva.
Principalmente para quem quer perder.................., um bom .................aeróbico e
.....................balanceada são necessários.
Um ponto é não fazer exercício nem quando estiver em................e nem com
o estômago......................
A ....................física não poderá ser esgotante ou dolorosa para ........
resultado, mas deverá sempre ser..............de uma forma regular.
19
ATIVIDADE 07
Exercícios físicos e seus benefícios
Será desenvolvida uma atividade de leitura de uma listagem com 17 benefícios da
atividade física com explicações sobre cada item, gráfico referente à pesquisa
realizada em conjunto com o tema acima e cartazes para conscientização.
- Preparo físico.
- Diminui a ansiedade desligando-se dos problemas.
- Descarrega a energia negativa do organismo.
- Libera toxinas.
- Melhora a concentração e disposição.
- Melhora a autoestima.
- Entra em forma.
- Melhora a circulação sanguínea.
- Evita a osteoporose.
- Controla o apetite.
- Firma a musculatura.
- Ativa a digestão.
- Alivia a TPM.
- Mantém a juvenilidade.
- Evita câncer de mama.
- Controla o colesterol.
- Controla a pressão arterial.
20
ATIVIDADE 08
Jogando dominó
Em seguida será refletido sobre os benefícios acima, com uma atividade em
forma de dominó.
- Preparo físico: Se exercitar sempre, para obter capacidade para enfrentar qualquer
obstáculo.
- Diminui a ansiedade desligando-se dos problemas: Se alguma coisa não anda bem
na nossa vida, ficamos ansiosos. Os exercícios fazem com que isso amenize.
- Descarrega a energia negativa do organismo: No final do dia sempre estamos
estressados com todas as atividades enfrentadas.
- Libera toxinas: O excesso de gordura, agrotóxicos, é liberado lentamente do nosso
corpo. A atividade física acelera esse processo.
- Melhora a concentração e disposição: Os exercícios ativam os músculos e o
sangue circula mais.
- Melhora a autoestima: O corpo ficará mais bonito e acaba gostando mais de si
mesmo.
- Entra em forma: Elimina as gorduras localizadas.
- Melhora a circulação sanguínea: No momento do exercício físico, o sangue circula
três vezes mais rápido.
- Evita a osteoporose: Os exercícios físicos fortalecem os ossos.
21
- Controla o apetite: Não devemos comer demais nem de menos, mas se alimentar
com moderação.
- Firma a musculatura: Exercícios regulares eliminam a flacidez.
- Ativa a digestão: O sangue circula mais rapidamente ao redor do aparelho
digestivo.
- Alivia a TPM: As mulheres ficam menos tensas no início do período menstrual.
- Mantém a juvenilidade: Quem se exercita se sente jovem.
- Evita câncer de mama: Exercita a musculatura.
- Controla o colesterol: O sangue circula mais rapidamente e elimina o excesso
dessa substância.
- Controla a pressão arterial: O sangue circula normal.
22
UNIDADE 05
Texto expositivo
O texto expositivo apresenta informações sobre um objeto ou fato específico.
Deve-se apresentar bastante informação, caso se trate de algo novo ou polêmico,
para informar aos leitores, sobre as possibilidades de análise do assunto. O texto
expositivo deve ser abrangente e deve ser compreendido por diferentes tipos de
pessoas.
Esse tipo de texto pode aparecer em diversos gêneros. Normalmente tem-se
dificuldade para argumentar dentro dessa tipologia, por falta de leitura prévia,
inexperiência ou falta de treino.
O texto expositivo diz respeito a fatos concretos e referências reais.
A estrutura do texto expositivo é a introdução (apresentação geral do tema),
levantar um questionamento, responder esse questionamento e apresentar um
fechamento. Por exemplo:
Leitura é questão de sobrevivência
Leitura é a base para o avanço cognitivo de todo o cidadão. Ler não é
somente decodificar, mas, compreender e fazer uma leitura com sentido.
Como fazer para que o indivíduo goste e tenha habilidade para ler, amplie
sua visão de mundo, se sobressaia em todas as disciplinas na escola e enfrente a
competitividade no mercado de trabalho com sucesso?
O contato com a leitura deve acontecer desde os primeiros anos de vida e a
escola deverá ser o ambiente privilegiado para desenvolver projetos de incentivo à
leitura por meio de passeios culturais, como visitas às bibliotecas com empréstimos
de livros, espaço de 15’ diários destinados a uma leitura livresca simbólica para toda
a comunidade escolar e propondo-se a leitura propriamente dita em sua casa.
O incentivo à leitura também é compromisso dos professores de todas as
disciplinas, trabalhando de forma diferenciada, provocando curiosidade, interesse
em ler, até conscientizarmos os alunos da importância da leitura.
23
No entanto, o prazer de ter lido poderá vir mais tarde, quando os
questionamentos acima estiverem concretizados.
ATIVIDADE 09
Produção textual
Os alunos serão informados sobre o texto expositivo, e em seguida
produzirão o texto com o tema “Respeito à vida”, um tema em que todas as
informações e conhecimentos adquiridos nas atividades propostas sobre
alimentação saudável e exercícios físicos, poderão ser inseridos em seu texto.
Em sua casa ou na escola, os alunos poderão ser pesquisadores autônomos,
fazendo uso do laboratório de informática no contraturno, e de outros recursos
como: livros, revistas e jornais disponíveis nas bibliotecas, para se inteirarem sobre
os assuntos e sobressaírem na atividade final.
Também serão registradas algumas informações sobre os livros lidos, em seu
portfólio.
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UNIDADE 06
Análise textual
De acordo com Possenti (1996), os alunos devem revisar suas produções
descobrindo seus problemas de escrita, fazendo com que esse papel não seja
assumido somente pelo professor. Assim são geradas novas aprendizagens, são
encontradas novas possibilidades de avaliação e poderá ser um praticante
autônomo e competente da escrita.
Quanto à correção de escritos dos alunos, (Possenti, 1996:44), instrui que:
Professores desesperados poderiam verificar duas coisas nos textos de seus alunos que cometem erros de ortografia: classificar os tipos de erros e em seguida fazer contagens do seguinte tipo: para cada tipo de erro possível, quantas vezes os alunos acertam e quantas vezes erram. Minha experiência é que os acertos são sempre mais numerosos do que os erros. Na hora de avaliar, os professores aceitariam tirar um ponto para cada erro e dar um ponto para cada acerto?
Pécora (1989) afirma também, que a partir das condições de produção do
texto, pode-se estabelecer um quadro de características que deverá permitir uma
reavaliação das dificuldades encontradas pelos estudantes para o cumprimento da
tarefa de escrever, e auxiliar o levantamento de hipóteses quanto às fontes dessas
dificuldades.
ATIVIDADE 10
Revisando seus escritos
Os alunos deverão revisar por si mesmos seus escritos, como instrumento
para modificações pertinentes e processo recursivo, se o que está sendo expresso
será entendido pelos interlocutores.
Posteriormente, será feita análise dos textos pelo professor, acompanhada de
aula expositiva salientando as principais recorrências de erros, dificuldades e
problemas nas redações analisadas. Sabendo que o erro será considerado como
algo natural e como ponto de partida de uma nova reflexão e parte constitutiva da
aprendizagem.
O professor fará uma aula expositiva sobre formatação básica e proporá a
reescrita dos textos: digitados e impressos no laboratório de informática, mediados
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pelo professor. Para que os alunos escrevam dirigindo-se a algum destinatário ou a
determinado público, os textos serão colados em seu portfólio, para serem lidos pela
comunidade escolar na exposição de portfólios.
ATIVIDADE 11
Exposição de portfólios
Ao final do semestre, será feita uma exposição de portfólios, na Semana
Cultural e Esportiva da escola, com a participação dos alunos fazendo a recepção
dos visitantes e explicando o objetivo da atividade.
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Referências
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CANTO, Eduardo Leite do. Ciências Naturais: aprendendo com o cotidiano. São
Paulo, Moderna, 2009.
KOCH, Ingedore Villaça & ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do
texto. São Paulo, Contexto, 2006.
LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: o rela, o possível e o necessário. Porto
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LOPES-ROSSI, Maria Aparecida Garcia (Org.) Gêneros discursivos no ensino de
leitura e produção de textos. Taubaté: Cabral Editora e Livraria Universitária, 2002.
MOURA, Denilda. Leitura e escrita: a competência comunicativa. Maceió – AL.
Edufal, 2007.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua
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PÉCORA, Alcir. Problemas de redação. São Paulo, Martins Fontes, 1989.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. São Paulo, Mercado
de Letras, 1996.
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Entrevista sobre Educação no Brasil.
Disponível no site: WWW.educarparacrescer.abril.com.br
Acessado em 25 de maio de 2011.
GUIMARÃES, Luciana Guedes. Tinha uma leitura no meio do caminho: formação do
leitor. Dissertação (Mestrado em Educação) Faculdade de Educação, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, 2007.
Disponível no site: WWW.google.com.br
Acessado em 24 de maio de 2011.
JOLY, M.C.R. A. Escala de estratégias de leitura – Formato Ensino Médio (EELEM).
Relatório de pesquisa. Universidade São Francisco. Itatiba, SP. 2005
Disponível no site: WWW.googleacademico.com.br
Acessado em 19 de julho de 2011.
MARCUSCHI, Luís Antônio. Gêneros textuais & Ensino. Rio de Janeiro, Lucerna,
2002.
Disponível no site: WWW.googleacademico.com.br
Acessado em 11 de maio de 2011.