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Proposta de: María Olatz Cases Vincent Brackelaire Versão 1.2 Setembro 2006 Produto 3: Base Metodológica para a Gestão de Corredores no Brasil

Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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Page 1: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

Proposta deMariacutea Olatz Cases

Vincent Brackelaire

Versatildeo 12Setembro 2006

Produto 3Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no

Brasil

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SUMAacuteRIOApresentaccedilatildeoParte I Marco conceitual1 Que Entendemos por Corredor2 Que Entendemos por Gestatildeo do Corredor3 Elementos Transversais da Gestatildeo Adaptativa nos Corredores4 O Enfoque Ecossistecircmico nos Corredores5 Os Componentes do Corredor

51Unidades de Conservaccedilatildeo52 Terras Indiacutegenas53 Outras Aacutereas Protegidas54 As Aacutereas de Interstiacutecio55 O Espaccedilo Urbano dentro do Corredor

6 O Sistema de Gestatildeo do Corredor7 A Questatildeo LegalParte II Estabelecimento8 A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do Corredor9 A Questatildeo da Escala Espacial e Temporal10As Etapas para o Estabelecimento do Corredor11O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores Sociais12As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida Parte III Planejamento13O Papel do Planejamento no Corredor14As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento15As Etapas do Planejamento16A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no CorredorParte IV Atuaccedilatildeo17Algumas Dificuldades da Atuaccedilatildeo nos Corredores18A Atuaccedilatildeo de Forma Paralela ao Planejamento19As Formas de Atuaccedilatildeo nos Corredores

191 A Atuaccedilatildeo mediante Projetos192 A Atuaccedilatildeo mediante a Articulaccedilatildeo Inter-institucional193 A Atuaccedilatildeo ldquoCorrenterdquo de cada Instituiccedilatildeo de Forma Coordenada

20Fatores-chave do Sucesso na AtuaccedilatildeoParte V Monitoramento da Efetividade21Embasamento teoacuterico do Monitoramento22As Etapas do Monitoramento23Exemplos de Indicadores para o MonitoramentoBIBLIOGRAFIA

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ApresentaccedilatildeoOs Corredores Ecoloacutegicos ou de Biodiversidade satildeo estrateacutegias que foram

desenvolvidas para aumentar a eficaacutecia na conservaccedilatildeo da biodiversidade No Brasil existem diferentes experiecircncias que vecircm sendo implantadas pela iniciativa governamental e natildeo-governamental Este documento visa oferecer uma base metodoloacutegica para a gestatildeo dos Corredores no Brasil perante a diversidade de taacuteticas e estrateacutegias que estatildeo sendo implementadas O objetivo eacute apresentar os aspectos metodoloacutegicos da implantaccedilatildeo de corredores para que sirvam como suporte apoio ou sustentaacuteculo quando aplicados agrave realidade local de cada corredor Com o estabelecimento da base metodoloacutegica para a gestatildeo de corredores pretende-se aumentar o entendimento sobre o modelo de sua gestatildeo e sua dinacircmica esclarecendo as ideacuteias sobre os seus componentes e como estes operam

Este documento foi elaborado levando em consideraccedilatildeo numerosos documentos teacutecnicos sobre as experiecircncias de corredores no Brasil e compilando informaccedilotildees de diversas fontes as quais aparecem na Bibliografia Contudo vale a pena destacar a influecircncia recebida dos resultados do I e II Seminaacuterios dos Corredores organizados pelo IBAMA em e setembro de 2004 e da Oficina ldquoAplicaccedilatildeo do Enfoque Ecossistecircmico agrave Gestatildeo de Corredores em Ameacuterica do Sulrdquo organizada pela UICN-Sul em Junho de 2004 e tambeacutem estaacute fortemente baseado nos documentos produzidos pela IUCN sobre o enfoque ecossistecircmico principalmente apoacutes a leitura de SHEPHERD (2005)

O documento foi dividido em cinco partes como aparece na Figura no 1

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Corredores no Brasil

Figura 1 Divisatildeo do documento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco Conceitual

Parte II Estabelecimento

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitoramento da Efetividade

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A primeira parte trata sobre o marco conceitual para a gestatildeo de corredores As outras quatro consideram as diferentes etapas do ciclo de gestatildeo dos corredores Estas diferentes etapas da gestatildeo natildeo acontecem de forma estanque e independente O mais provaacutevel eacute que exista uma sobreposiccedilatildeo entre umas e outras ao longo do processo da gestatildeo dos corredores Cada uma das partes do documento inicia-se com uma apresentaccedilatildeo que introduz ao que vai ser tratado posteriormente aleacutem de embasar cada etapa dentro do ciclo de gestatildeo

Bla bla bla bla

ATENCcedilAtildeO

Destaque em amarelo para desenvolver ainda um pouco mais

Fonte diferente de Arial ldquocopiadordquo ipsis litteris do artigo de planejamento dos corredores

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se

o marco conceitual da gestatildeo de corredores no Brasil O marco conceitual expressa o conceito de corredor e sua funccedilatildeo vital e contempla as principais ideacuteias relacionadas com os distintos componentes que formam os corredores e os processos que nele acontecem Tambeacutem considera alguns pensamentos preliminares sobre como esses componentes e processos estatildeo conectados

Aqui tambeacutem seratildeo indicadas quais satildeo as caracteriacutesticas conceituais implicitamente desejaacuteveis no corredor em relaccedilatildeo com as variaacuteveis ambientais sociais e econocircmicas

Bla bla bla

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Que Entendemos por CorredorQue Entendemos por Gestatildeo do

Corredor Elementos Transversais da Gestatildeo

Adaptativa dos CorredoresO Enfoque Ecossistecircmico nos

CorredoresOs Componentes do Corredor

As Unidades de ConservaccedilatildeoAs Terras IndiacutegenasOutras aacutereas protegidasAs Aacutereas de InterstiacutecioO espaccedilo urbano dentro do

corredorO Sistema de Gestatildeo do CorredorA Questatildeo Legal

Parte IMarco

Conceitual

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1 Que Entendemos por Corredor

HistoacutericoConceitoArtiacuteculo de Olatz ndash 2 ou 3Corredores e Reservas da Biosfera os tipos de corredorCorredor de aacutereas protegidasQual eacute a funccedilatildeo vital do corredorA funccedilatildeo vital eacute entendida como uma qualidade essencial que se ausente

descaracteriza-o como tal A funccedilatildeo vital do corredor eacute ldquoconciliar a conservaccedilatildeo da biodiveridade com o processo de desenvolvimento socioeconocircmico regional para a reduccedilatildeo das desigualdades e a promoccedilatildeo da saudaacutevel qualidade de vida das populaccedilotildees residentesrdquo (1ordm seminaacuterio corredores)

eacute um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada e participativa mediante uma abordagem ambiental econocircmica social cultural institucional e de cidadania

Eacute uma forma de aplicar o Princiacutepio 10 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve perseguir um balanccedilo e integraccedilatildeo entre a conservaccedilatildeo e o uso da diversidade bioloacutegicardquo

Caracteriacutesticas conceituais implicitamente desejaacuteveis no corredor em relaccedilatildeo com as variaacuteveis ambientais sociais e econocircmicas

Apropriaccedilatildeo do conceito de corredor por parte da sociedade para que este subsista a longo prazo

Vontade poliacutetica para trabalhar no formato de corredor e consideraacute-lo nos mais altos niacuteveis do executivo (ex junto agrave secretaria de planejamento)

Fomentar alto grau de cooperaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo institucional

Incentivar a articulaccedilatildeo dos diferentes atores realizando os papeacuteis de mediador e facilitador de processos

Negociar eou resolver os conflitos mediante princiacutepios melhor do que mediante posiccedilotildees

Trabalho em rede institucional

2 Que Entendemos por Gestatildeo do Corredor Gestatildeo planejamento implementaccedilatildeo monitoramento corregir

A gestatildeo bioregional

GESTAtildeO adaptativa

A gestatildeo adaptativa surge quando se reconheceu que sempre existe um grau importante de incerteza no processo de planejamento e implementaccedilatildeo pois continuamente aparecem eventos natildeo controlados Eacute impossiacutevel controlar todas as variaacuteveis e componentes que interagem no corredor Uma gestatildeo estaacutetica que assume a existecircncia de total certeza da situaccedilatildeo enxerga de uma forma muito simplista um corredor Assim a gestatildeo adaptativa estaacute baseada em reconhecer que o manejo dos recursos naturais eacute sempre experimental e que se pode aprender a

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partir da implementaccedilatildeo de atividades melhorando o manejo com base no aprendido (IUCN 2000) Assim a gestatildeo adaptativa pressupotildee o planejamento a implementaccedilatildeo e o monitoramento contiacutenuo para controlar as suposiccedilotildees do plano e as consequumlecircncias do manejo e se adaptar agraves mudanccedilas necessaacuterias A gestatildeo adaptativa requer uma resposta raacutepida eficiente e efetiva portanto eacute muito importante atuar no momento apropriado (Adaptado de COURRAU 2004248-262)

Os corredores haacute Problemas e com pouca experiecircncia

3 Elementos Transversais da Gestatildeo Adaptativa dos CorredoresEm todas essas fases existem ainda outros elementos indispensaacuteveis para o

sucesso da gestatildeo dos corredores que devem ser desenvolvidos de forma transversal esses elementos satildeo principalmente

A comunicaccedilatildeo A participaccedilatildeo A transparecircncia A capacitaccedilatildeo

A comunicaccedilatildeo eacute um componente fundamental na gestatildeo do corredor alem de ser a base da participaccedilatildeo Ela eacute essencial para

Conhecer as necessidades interesses preferecircncias restriccedilotildees e potencialidades dos diferentes atores envolvidos

Garantir sua integraccedilatildeo no trabalho de corredor e

Conseguir a credibilidade na estrateacutegia de gestatildeo que se estaacute propondo

A comunicaccedilatildeo deve partir de um princiacutepio baacutesico a utilizaccedilatildeo de uma linguagem comum Portanto natildeo deve ser entendida como um mero processo unilateral de transmissatildeo de informaccedilatildeo Deve entender-se como um processo interativo no qual se proporciona e se recebe informaccedilatildeo de forma clara e compreensiacutevel para todas as partes

A participaccedilatildeo nos corredores deve ser a mais ampla possiacutevel em todas as fases da gestatildeo de todos os setores da sociedade e do governo Uma participaccedilatildeo adequada depende de tempo e de recursos financeiros portanto deve ser previamente planejada com o maacuteximo de detalhe inclusive porque o processo decisoacuterio coletivo eacute extremamente complexo Contudo o sucesso da gestatildeo do corredor depende diretamente do niacutevel e abrangecircncia da participaccedilatildeo A estrateacutegia e meacutetodos utilizados para garantir uma gestatildeo realmente participativa dependeratildeo das condiccedilotildees do corredor Em todo caso a participaccedilatildeo pode ser desenvolvida de forma gradual estendendo-se o processo desde aacutereas ou iniciativas piloto ateacute atingir toda a extensatildeo do corredor

A participaccedilatildeo deve acontecer em todas as fases do ciclo de gestatildeo do corredor

No seu estabelecimento mediante consultas sobre os seus limites

No seu planejamento mediante um processo conjunto de tomada de decisotildees

Na constituiccedilatildeo de alianccedilas para a atuaccedilatildeo conjunta

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No monitoramento da sua efetividade e

Na prestaccedilatildeo de contas dos recursos utilizados que procedam de um fundo especiacutefico para o corredor

O principal instrumento para efetivar a participaccedilatildeo eacute o Comitecirc de Gestatildeo do corredor mas natildeo pode ser o uacutenico Eacute necessaacuterio estabelecer outros foros de discussatildeo e de tomadas de decisatildeo para garantir uma completa participaccedilatildeo de todos os envolvidos

A transparecircncia tambeacutem estaacute vinculada agrave comunicaccedilatildeo e agrave participaccedilatildeo mas bla bla bla eacute uma forma de obter credibilidade e confianccedila

A gestatildeo de um corredor supotildee a realizaccedilatildeo de mudanccedilas mudanccedilas no uso dos recursos naturais mudanccedilas nos modelos de gestatildeo ambiental mudanccedilas nos modelos de tomadas de decisatildeo etc As mudanccedilas natildeo sempre satildeo aceitas por todas as partes havendo oposiccedilatildeo por parte dos que tem sucesso sob as condiccedilotildees atuais Em qualquer caso os agentes das mudanccedilas satildeo as pessoas pelo que natildeo eacute possiacutevel pensar em mudanccedilas sem considerar o fortalecimento de capacidades A capacitaccedilatildeo deve ser entendida na sua forma mais abrangente mas principalmente deve ter como objetivo a potenciaccedilatildeo da lideranccedila e o desenvolvimento de capacidades no niacutevel local

Outros puacuteblicos-alvos da capacitaccedilatildeo deveratildeo ser

A Unidade de Gestatildeo do Corredor

Os teacutecnicos das unidades de conservaccedilatildeo federais estaduais e municipais

Os poliacuteticos e administradores do mais alto escalatildeo dos oacutergatildeos federais estaduais e municipais

Os jornalistas e profissionais dos meios de comunicaccedilatildeo

4 O Enfoque Ecossistecircmico nos CorredoresO Enfoque Ecossistecircmico eacute uma estrateacutegia para a gestatildeo integrada dos

recursos terrestres hiacutedricos e vivos que estaacute sendo apoiada e desenvolvida pela IUCN para introduzir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica na tomada de decisotildees Esse enfoque foi adotado em 1995 pela 2ordf Conferecircncia das Partes da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica como marco de accedilatildeo principal Em 2000 apoacutes um longo processo de consulta e discussatildeo a 5ordf Conferecircncia das Partes emitiu a Decisatildeo V6 onde foram apresentados os doze princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e a metodologia operacional para sua aplicaccedilatildeo

A proposta do Enfoque Ecossistecircmico natildeo eacute um meacutetodo ou modelo novo eacute uma abordagem que engloba o melhor do que foi aprendido na conservaccedilatildeo nos uacuteltimos anos O caraacuteter diferenciador deste enfoque frente a outras muitas abordagens integradas radica na proposta de balancear

a utilizaccedilatildeo de metodologias cientiacuteficas apropriadas que lidam com as estruturas processos funccedilotildees e interaccedilotildees entre organismos e seu meio ambiente

e a colocaccedilatildeo das pessoas no centro do manejo da biodiversidade

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Portanto o Enfoque Ecossistecircmico pode ser entendido como uma compilaccedilatildeo ou sistematizaccedilatildeo de outras estrateacutegias integradas para cumprir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica Eacute um marco metodoloacutegico geral para apoiar decisotildees na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e no planejamento (UNEPCBDCOP7 2004 UNEPCBDCOP5 2000 SMITH e MALTBY 2003)

O Enfoque Ecossistecircmico estaacute estreitamente ligado agrave atuaccedilatildeo no formato de corredor pois ambas as iniciativas pretendem conciliar a conservaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel Uma primeira aproximaccedilatildeo do enfoque ecossistecircmico aplicado aos corredores foi feita por ANDRADE (2004) cujas consideraccedilotildees foram incluiacutedas na seguinte tabela

Tabela 1 Princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e consideraccedilotildees sobre sua aplicaccedilatildeo a corredores (Traduccedilatildeo ao portuguecircs de UNEPCBDCOP5 2000 e ANDRADE A 2004 p 17-20)

PRINCIacutePIOS DO ENFOQUE ECOSSISTEcircMICOPRINCIacutePIOS CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE SUA APLICACcedilAtildeO A

CORREDORESPrinciacutepio 1 A eleiccedilatildeo dos objetivos da gestatildeo dos recursos terrestres hiacutedricos e vivos deve estar em matildeos da sociedade

- Os corredores constituem uma proposta de planejamento e ordenamento do territoacuterio portanto devem basear-se em decisotildees sociais- Articulaccedilatildeo de prioridades de conservaccedilatildeo com outras formas de uso da terra em um espaccedilo geograacutefico especiacutefico- Avaliaccedilatildeo de sistemas de planejamento e ordenamento existentes- Identificaccedilatildeo dos principais conflitos pelo uso e ocupaccedilatildeo do territoacuterio- Identificaccedilatildeo dos setores envolvidos e estabelecimento de mecanismos de participaccedilatildeo de todos os setores

Princiacutepio 2 A gestatildeo deve estar descentralizada ao niacutevel apropriado mais baixo

- Estabelecimento da escala da estrateacutegia segundo os objetivos e prioridades de conservaccedilatildeo- Conhecimento da estrutura poliacutetico-administrativa e niacuteveis de gestatildeo de aacutereas protegidas nacionais regionais etc- Identificaccedilatildeo dos niacuteveis de gestatildeo mais apropriados para cada objetivo

Princiacutepio 3 Os administradores de ecossistemas devem ter em conta os efeitos (reais ou possiacuteveis) de suas atividades nos ecossistemas adjacentes e em outros ecossistemas

- Avaliaccedilatildeo do impacto das formas atuais do uso da terra com os sistemas de aacutereas protegidas e funcionalidade ecoloacutegica regional- Conhecimento do estado de fragmentaccedilatildeo dos ecossistemas e sua relaccedilatildeo com as formas de uso da terra existentes- Avaliaccedilatildeo do impacto do uso da terra sobre o funcionamento dos ecossistemas- Avaliaccedilatildeo da dinacircmica temporal dos ecossistemas e sua articulaccedilatildeo com as aacutereas protegidas

Princiacutepio 4 Reconhecendo os possiacuteveis benefiacutecios derivados de sua gestatildeo eacute necessaacuterio compreender e manejar o ecossistema num contexto econocircmico Este tipo de programa de gestatildeo de ecossistemas deveriaa) Diminuir as distorccedilotildees do mercado que repercutem negativamente na diversidade bioloacutegicab) Orientar os incentivos para

- Pesquisa sobre incentivos econocircmicos orientados agrave promoccedilatildeo da conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e conectividade de ecossistemas- Estabelecimento de mecanismos de valoraccedilatildeo e pagamento por serviccedilos ambientais associados agrave conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade

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promover a conservaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel da diversidade bioloacutegicac) Procurar na medida do possiacutevel incorporar os custos e os benefiacutecios no ecossistema de que se tratePrinciacutepio 5 A conservaccedilatildeo da estrutura e o funcionamento dos ecossistemas deveria ser um objetivo prioritaacuterio do enfoque ecossistecircmico para manter os serviccedilos dos ecossistemas

- Aumento do conhecimento da estrutura e funccedilatildeo dos ecossistemas e estabelecimento de uma linha-base incluindo processos essenciais como a fragmentaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo das estrateacutegias de manejo e praacuteticas orientadas agrave restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade- Conhecimento do papel que cumprem os diferentes componentes estruturais e funcionais dos ecossistemas na conectividade tanto biofiacutesicos como culturais (fluxos cercas vivas etc)

Princiacutepio 6 A gestatildeo dos ecossistemas deve ser realizada dentro dos limites de seu funcionamento

- Caracterizaccedilatildeo do uso da terra sua dinacircmica e influecircncia em aacutereas protegidas e aacutereas prioritaacuterias de conservaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo de praacuteticas natildeo sustentaacuteveis e estabelecimento de mecanismos de melhora que promovam a conservaccedilatildeo e a conectividade- Caracterizaccedilatildeo dos processos de fragmentaccedilatildeo e sua relaccedilatildeo com paisagens culturais- A conectividade da paisagem requer estender o conceito de espaccedilos protegidos aleacutem do seus limites administrativos- Estabelecimento de sistemas de monitoramento e avaliaccedilatildeo permanentes

Princiacutepio 7 O enfoque ecossistecircmico se deve aplicar agraves escalas espaciais e temporais apropriadasPrinciacutepio 8 Reconhecendo as diversas escalas temporais e os efeitos retardados que caracterizam os processos dos ecossistemas se deveriam estabelecer objetivos de longo prazo na gestatildeo dos ecossistemasPrinciacutepio 9 A gestatildeo deve reconhecer que mudanccedilas no ecossistema satildeo inevitaacuteveisPrinciacutepio 10 O enfoque ecossistecircmico deve buscar o equiliacutebrio apropriado e a integraccedilatildeo entre a conservaccedilatildeo e o uso da diversidade bioloacutegicaPrinciacutepio 11 O enfoque ecossistecircmico deve considerar todas as formas de informaccedilatildeo relevante incluindo os conhecimentos as inovaccedilotildees e as praacuteticas cientiacuteficas indiacutegenas e locaisPrinciacutepio 12 O enfoque ecossistecircmico deve envolver todos os setores relevantes da sociedade e das disciplinas cientiacuteficas

Em vista disso os princiacutepios do enfoque ecossistecircmico devem ser considerados no estabelecimento planejamento e implementaccedilatildeo de corredores Contudo a IUCN reconhece que natildeo existe uma uacutenica via de aplicaccedilatildeo do Enfoque

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Ecossistecircmico devendo-se considerar os diferentes princiacutepios de maneira flexiacutevel e dar a cada um a relevacircncia apropriada de acordo com as circunstacircncias locais

5 Os Componentes do Corredor

51 As Unidades de Conservaccedilatildeo

Tambeacutem falar de mosaicos de unidades de conservaccedilatildeo

52 As Terras IndiacutegenasProblemas indiacutegenas e conservaccedilatildeo

53 Outras aacutereas protegidasReserva legal APP

54 O Espaccedilo Urbano dentro do Corredor

55 As Aacutereas de Interstiacutecio

6 O Sistema de Gestatildeo do CorredorUnidade de Gestatildeo

Tratar sobre a sostenibilidade financeira da unidade de gestatildeo

D) Sistema e Instrumentos de Gestatildeo de Corredores Ecoloacutegicos apresentar os sistemas e instrumentos de gestatildeo (em todas as 3 etapas - planejamento implementaccedilatildeo e monitoramento) estabelecidos abordando no miacutenimo os seguintes aspectos

quanto agrave estrutura de gestatildeo descrevendo como se processa a formaccedilatildeo de foacuteruns consultivos e deliberativos e suas caracteriacutesticas por exemplo paritaacuterios legiacutetimos representativos e funcionais e

quanto aos instrumentos legais discriminar quais satildeo os instrumentos legais mais adequados para promover a gestatildeo de corredores ecoloacutegicos

Um sistema de coordenaccedilatildeo de accedilotildees e tomada de decisotildees Deveraacute ser implantado gradualmente ou seja a representatividade do sistema de gestatildeo iraacute aumentando conforme vai aumentando a integraccedilatildeo com os diversos atores sociais Eacute uma aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 2 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO manejo deve ser descentralizado no niacutevel mais baixo apropriadordquo

Conselho

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Paridade sociedade e governo dentro do governo (federal estadual e municipal)

Legitimidade

Representatividade

Capacitaccedilatildeo para a governabilidade

Em aacutereas de sobreposiccedilatildeo entre Corredores e Reservas da Biosfera os Conselhos poderatildeo ser uacutenicos

7 A Questatildeo LegalFortalecer o sistema de gestatildeo mediante instrumentos legais para a tomada de

decisotildees

Existe muita demanda do reconhecimento legal dos corredores ecoloacutegicos Benefiacutecios

Limitaccedilotildees

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ApresentaccedilatildeoO objetivo da Parte II eacute mostrar como se podem

iniciar os trabalhos para o estabelecimento de um corredor antes de passar para o seu planejamento portanto indicar-se-atildeo os primeiros passos necessaacuterios para o estabelecimento do corredor desde o momento em que um grupo de pessoas fica motivado com a ideacuteia de trabalhar nesse formato

A maioria das vezes esta fase de implantaccedilatildeo dos corredores natildeo eacute explicitada no histoacuterico dos corredores De fato poucas experiecircncias brasileiras mencionam esta fase de forma expliacutecita Poreacutem ela eacute muito importante para o sucesso do corredor pois representa o momento em que se buscam as primeiras alianccedilas o apoio financeiro e as

oportunidades de atuaccedilatildeo aleacutem de ser o momento em que se identificam aqueles elementos que tecircm que ser inicialmente considerados como a escala de trabalho

Na fase de estabelecimento eacute quando se iniciam os trabalhos de integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais para o trabalho do corredor poreacutem esta atividade deve ser visualizada como um processo ao longo de toda a vida do corredor

As etapas aqui descritas natildeo satildeo as uacutenicas que poderatildeo ser desenvolvidas para o estabelecimento do corredor Outras atividades poderatildeo ser necessaacuterias de acordo com as caracteriacutesticas locais e as circunstacircncias especiacuteficas de cada corredor Inclusive algumas das etapas agora descritas poderatildeo fazer parte da seguinte fase de planejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do Corredor

As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores Sociais

As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

Parte IIEstabeleciment

o

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8 A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do CorredorA maioria dos corredores surge como a ideacuteia de um grupo de pessoas ante a

constataccedilatildeo de determinados problemas ambientais numa determinada aacuterea As indicaccedilotildees da necessidade de estabelecer um corredor podem ser dentre outras

A constataccedilatildeo da fragmentaccedilatildeo da paisagem com pequenos resiacuteduos da matriz original

A percepccedilatildeo da dinacircmica da paisagem onde os ecossistemas alterados estatildeo aumentando

A constataccedilatildeo de mudanccedilas de haacutebitos da populaccedilatildeo que podem levar a uma degradaccedilatildeo ambiental

A pressatildeo de certos grupos de atores sociais que demandam uma maior atenccedilatildeo aos seus problemas sociais e ambientais

Essas indicaccedilotildees podem aparecer de forma isolada ou conjugada Elas podem ser o resultado de um levantamento que esteja sendo realizado no marco de um programa ou projeto jaacute existentes ou podem ser o resultado de um levantamento que jaacute esteja sendo feito com o propoacutesito especiacutefico de estabelecer um corredor Contudo na maioria das vezes essas indicaccedilotildees aparecem de forma difusa e baseada em palpites intuiccedilotildees ou informaccedilotildees parciais

O grupo inicial de pessoas que fica motivado para o estabelecimento do Corredor pode ser representativo tanto da sociedade local como de instacircncias mais afastadas da aacuterea como ONGs nacionais ou oacutergatildeos governamentais federais o que influenciaraacute posteriormente na estrateacutegia de consulta e integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais Caso o corredor tenha surgido nas instacircncias locais se deveraacute iniciar um processo de envolvimento dos atores sociais de baixo para cima (estrateacutegia bottom-up) caso tenha surgido em instacircncias mais centralizadas se deveraacute iniciar um processo de envolvimento de cima para baixo (estrateacutegia top-down)

9 A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

A escala deve estar em funccedilatildeo da capacidade de gestatildeo e das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas da regiatildeo

Aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 7 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve ser desenvolvido na escala espacial e temporal apropriadardquo De acordo com SHEPHERD (2005) o tamanho apropriado eacute aquele que manteacutem as capacidades funcionais e eacute viaacutevel permite conseguir uma capacidade de manejo conhecimentos e experiecircncias e leva em consideraccedilatildeo os limites administrativos e legais

A questatildeo da escala temporal eacute tratada pelo Princiacutepio 8 ver boa traduccedilatildeo As metas devem expressar-se para o longo prazo contudo seraacute inevitaacutevel que algumas requeiram de modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees no caminho para alcanccedilaacute-las

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Caso existam partes do corredor onde natildeo se conte com a colaboraccedilatildeo de nenhuma organizaccedilatildeo social ou instituiccedilatildeo os limites deveratildeo ser repensados buscando um balanccedilo entre o ideal e o possiacutevel (adaptado de SHEPHERD 2005)

Se deve pensar no longo prazo ir aleacutem da vida de um projeto que usualmente eacute de cinco anos

O tempo para os comunitaacuterios e populaccedilotildees tradicionais corre em outra velocidade e os tempos das comunidades devem ser respeitados

10 As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

101 Constataccedilatildeo da necessidade de trabalhar no formato de corredor

102 Formaccedilatildeo de um Grupo de Trabalho InicialEste Grupo de Trabalho Inicial tem como funccedilatildeo principal organizar o

estabelecimento do corredor e a sua coordenaccedilatildeo nesta fase

Coordenaccedilatildeo do corredor nesta fase de estabelecimento a coordenaccedilatildeo pode ser desempenhada pelo grupo de trabalho que se formou Ou pode com o desenho inicial do corredor surgir uma estrutura de coordenaccedilatildeo preliminar juntando os principais atores que se aderiram agrave ideacuteia de corredor

Consideraccedilotildees de possibilidades da gestatildeo

103 Busca do envolvimento inicial para apoio teacutecnico poliacutetico e financeiro (alianccedilas iniciais)

Esta etapa eacute o iniacutecio da aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 1 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoOs objetivos de manejo das terras aacuteguas e recursos vivos satildeo de mateacuteria de interesse da sociedaderdquo e do Princiacutepio 12 ldquoO manejo de ecossistemas deve envolver todos os setores relevantes da sociedade assim como as disciplinas cientiacuteficasrdquo Estes princiacutepios seratildeo aplicados em outras etapas posteriores

104 Desenho inicial do corredorA definiccedilatildeo dos limites do corredor eacute uma das decisotildees mais complexas e

relevantes para a sua gestatildeo com grandes implicaccedilotildees socioeconocircmicas ecoloacutegicas institucionais e de gestatildeo Portanto aconselha-se a identificaccedilatildeo dos limites mediante aproximaccedilotildees sucessivas ao longo do tempo levando em consideraccedilatildeo diversos criteacuterios que seratildeo identificados de acordo com as caracteriacutesticas locais e a dinacircmica regional

O primeiro desenho do corredor poderaacute ser traccedilado pelo Grupo de Trabalho Inicial de forma independente ou com a participaccedilatildeo de pesquisadores eou representantes de instituiccedilotildees governamentais e natildeo-governamentais e da

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sociedade local Neste momento trata-se apenas de identificar o desenho preliminar do corredor que serviraacute como base para a anaacutelise dos principais atores sociais do corredor e as consultas iniciais Portanto eacute apenas a proposta preliminar para uma discussatildeo posterior mais abrangente e participativa

A identificaccedilatildeo dos limites deve ser realizada com fundamento em criteacuterios previamente identificados De uma maneira geral entende-se por criteacuterio aquela caracteriacutestica ou propriedade que serve de base para comparaccedilatildeo julgamento ou apreciaccedilatildeo Para a identificaccedilatildeo dos limites do corredor podem-se utilizar criteacuterios ecoloacutegicos esteacuteticos soacutecio-econocircmicos institucionais de gestatildeo etc A praacutetica no trabalho de corredores demonstra que o principal criteacuterio para a sua delimitaccedilatildeo eacute a existecircncia de unidades de conservaccedilatildeo ou terras indiacutegenas jaacute criadas ou homologadas o que poderia ser denominado de conectividade legal

Poreacutem aleacutem desse criteacuterio deveratildeo ser identificados outros levando em consideraccedilatildeo a funccedilatildeo vital do corredor eou os problemas que se pretendem resolver ou minimizar Recomenda-se que sejam identificados primeiramente os criteacuterios de decisatildeo para depois aplicaacute-los e desenhar os limites

De forma geral podemos identificar vaacuterios grupos de criteacuterios

a) os criteacuterios fiacutesicos relativos a bacias hidrograacuteficas principalmente e unidades geomorfoloacutegicas quando conveniente

b) os criteacuterios ecoloacutegicos principalmente relativos agraves ecorregiotildees1

c) os criteacuterios funcionais relativos agraves questotildees da paisagem como fragmentaccedilatildeo (tamanho diversidade e proximidade do fragmentos) e representatividade

d) os criteacuterios culturais relativos agraves manifestaccedilotildees principalmente em relaccedilatildeo com o envolvimento do homem com a natureza

e) os criteacuterios poliacutetico-administrativos relativos a limites municipais estaduais ou nacionais principalmente e sedes municipais e estaduais quando conveniente

f) os criteacuterios de gestatildeo relativos agrave capacidade e viabilidade da gestatildeo do corredor como territoacuterio e a outras consideraccedilotildees administrativas e legais

g) os criteacuterios de tempo relativos agrave priorizaccedilatildeo da implementaccedilatildeo e a sua viabilidade no longo prazo

Estes criteacuterios devem ser aplicados como filtros que vatildeo conformando um espaccedilo determinado Ainda que natildeo contemplados nessa listagem os criteacuterios da conveniecircncia e oportunidade devem ser tambeacutem oportunamente considerados nos momentos finais do desenho Consideram-se como criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade aqueles por exemplo a inclusatildeo de aacutereas prioritaacuterias para a conservaccedilatildeo ou de espaccedilos submetidos a alta pressatildeo antroacutepica

Desta forma o desenho inicial do corredor deveraacute ser realizado segundo os seguintes passos

1 Aqui entende-se como ecorregiatildeo o conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que compartem uma grande maioria de espeacutecies e dinacircmicas ecoloacutegicas e similares condiccedilotildees ambientais e interagem ecologicamente de forma criacutetica para sua persistecircncia no longo prazo Sobre as ecorregiotildees de Ameacuterica Latina e Caribe consultar DINERSTEIN et al (1995)

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Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

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DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

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OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SUMAacuteRIOApresentaccedilatildeoParte I Marco conceitual1 Que Entendemos por Corredor2 Que Entendemos por Gestatildeo do Corredor3 Elementos Transversais da Gestatildeo Adaptativa nos Corredores4 O Enfoque Ecossistecircmico nos Corredores5 Os Componentes do Corredor

51Unidades de Conservaccedilatildeo52 Terras Indiacutegenas53 Outras Aacutereas Protegidas54 As Aacutereas de Interstiacutecio55 O Espaccedilo Urbano dentro do Corredor

6 O Sistema de Gestatildeo do Corredor7 A Questatildeo LegalParte II Estabelecimento8 A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do Corredor9 A Questatildeo da Escala Espacial e Temporal10As Etapas para o Estabelecimento do Corredor11O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores Sociais12As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida Parte III Planejamento13O Papel do Planejamento no Corredor14As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento15As Etapas do Planejamento16A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no CorredorParte IV Atuaccedilatildeo17Algumas Dificuldades da Atuaccedilatildeo nos Corredores18A Atuaccedilatildeo de Forma Paralela ao Planejamento19As Formas de Atuaccedilatildeo nos Corredores

191 A Atuaccedilatildeo mediante Projetos192 A Atuaccedilatildeo mediante a Articulaccedilatildeo Inter-institucional193 A Atuaccedilatildeo ldquoCorrenterdquo de cada Instituiccedilatildeo de Forma Coordenada

20Fatores-chave do Sucesso na AtuaccedilatildeoParte V Monitoramento da Efetividade21Embasamento teoacuterico do Monitoramento22As Etapas do Monitoramento23Exemplos de Indicadores para o MonitoramentoBIBLIOGRAFIA

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ApresentaccedilatildeoOs Corredores Ecoloacutegicos ou de Biodiversidade satildeo estrateacutegias que foram

desenvolvidas para aumentar a eficaacutecia na conservaccedilatildeo da biodiversidade No Brasil existem diferentes experiecircncias que vecircm sendo implantadas pela iniciativa governamental e natildeo-governamental Este documento visa oferecer uma base metodoloacutegica para a gestatildeo dos Corredores no Brasil perante a diversidade de taacuteticas e estrateacutegias que estatildeo sendo implementadas O objetivo eacute apresentar os aspectos metodoloacutegicos da implantaccedilatildeo de corredores para que sirvam como suporte apoio ou sustentaacuteculo quando aplicados agrave realidade local de cada corredor Com o estabelecimento da base metodoloacutegica para a gestatildeo de corredores pretende-se aumentar o entendimento sobre o modelo de sua gestatildeo e sua dinacircmica esclarecendo as ideacuteias sobre os seus componentes e como estes operam

Este documento foi elaborado levando em consideraccedilatildeo numerosos documentos teacutecnicos sobre as experiecircncias de corredores no Brasil e compilando informaccedilotildees de diversas fontes as quais aparecem na Bibliografia Contudo vale a pena destacar a influecircncia recebida dos resultados do I e II Seminaacuterios dos Corredores organizados pelo IBAMA em e setembro de 2004 e da Oficina ldquoAplicaccedilatildeo do Enfoque Ecossistecircmico agrave Gestatildeo de Corredores em Ameacuterica do Sulrdquo organizada pela UICN-Sul em Junho de 2004 e tambeacutem estaacute fortemente baseado nos documentos produzidos pela IUCN sobre o enfoque ecossistecircmico principalmente apoacutes a leitura de SHEPHERD (2005)

O documento foi dividido em cinco partes como aparece na Figura no 1

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Corredores no Brasil

Figura 1 Divisatildeo do documento

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Corredores

Parte IMarco Conceitual

Parte II Estabelecimento

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitoramento da Efetividade

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A primeira parte trata sobre o marco conceitual para a gestatildeo de corredores As outras quatro consideram as diferentes etapas do ciclo de gestatildeo dos corredores Estas diferentes etapas da gestatildeo natildeo acontecem de forma estanque e independente O mais provaacutevel eacute que exista uma sobreposiccedilatildeo entre umas e outras ao longo do processo da gestatildeo dos corredores Cada uma das partes do documento inicia-se com uma apresentaccedilatildeo que introduz ao que vai ser tratado posteriormente aleacutem de embasar cada etapa dentro do ciclo de gestatildeo

Bla bla bla bla

ATENCcedilAtildeO

Destaque em amarelo para desenvolver ainda um pouco mais

Fonte diferente de Arial ldquocopiadordquo ipsis litteris do artigo de planejamento dos corredores

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se

o marco conceitual da gestatildeo de corredores no Brasil O marco conceitual expressa o conceito de corredor e sua funccedilatildeo vital e contempla as principais ideacuteias relacionadas com os distintos componentes que formam os corredores e os processos que nele acontecem Tambeacutem considera alguns pensamentos preliminares sobre como esses componentes e processos estatildeo conectados

Aqui tambeacutem seratildeo indicadas quais satildeo as caracteriacutesticas conceituais implicitamente desejaacuteveis no corredor em relaccedilatildeo com as variaacuteveis ambientais sociais e econocircmicas

Bla bla bla

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Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Que Entendemos por CorredorQue Entendemos por Gestatildeo do

Corredor Elementos Transversais da Gestatildeo

Adaptativa dos CorredoresO Enfoque Ecossistecircmico nos

CorredoresOs Componentes do Corredor

As Unidades de ConservaccedilatildeoAs Terras IndiacutegenasOutras aacutereas protegidasAs Aacutereas de InterstiacutecioO espaccedilo urbano dentro do

corredorO Sistema de Gestatildeo do CorredorA Questatildeo Legal

Parte IMarco

Conceitual

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1 Que Entendemos por Corredor

HistoacutericoConceitoArtiacuteculo de Olatz ndash 2 ou 3Corredores e Reservas da Biosfera os tipos de corredorCorredor de aacutereas protegidasQual eacute a funccedilatildeo vital do corredorA funccedilatildeo vital eacute entendida como uma qualidade essencial que se ausente

descaracteriza-o como tal A funccedilatildeo vital do corredor eacute ldquoconciliar a conservaccedilatildeo da biodiveridade com o processo de desenvolvimento socioeconocircmico regional para a reduccedilatildeo das desigualdades e a promoccedilatildeo da saudaacutevel qualidade de vida das populaccedilotildees residentesrdquo (1ordm seminaacuterio corredores)

eacute um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada e participativa mediante uma abordagem ambiental econocircmica social cultural institucional e de cidadania

Eacute uma forma de aplicar o Princiacutepio 10 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve perseguir um balanccedilo e integraccedilatildeo entre a conservaccedilatildeo e o uso da diversidade bioloacutegicardquo

Caracteriacutesticas conceituais implicitamente desejaacuteveis no corredor em relaccedilatildeo com as variaacuteveis ambientais sociais e econocircmicas

Apropriaccedilatildeo do conceito de corredor por parte da sociedade para que este subsista a longo prazo

Vontade poliacutetica para trabalhar no formato de corredor e consideraacute-lo nos mais altos niacuteveis do executivo (ex junto agrave secretaria de planejamento)

Fomentar alto grau de cooperaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo institucional

Incentivar a articulaccedilatildeo dos diferentes atores realizando os papeacuteis de mediador e facilitador de processos

Negociar eou resolver os conflitos mediante princiacutepios melhor do que mediante posiccedilotildees

Trabalho em rede institucional

2 Que Entendemos por Gestatildeo do Corredor Gestatildeo planejamento implementaccedilatildeo monitoramento corregir

A gestatildeo bioregional

GESTAtildeO adaptativa

A gestatildeo adaptativa surge quando se reconheceu que sempre existe um grau importante de incerteza no processo de planejamento e implementaccedilatildeo pois continuamente aparecem eventos natildeo controlados Eacute impossiacutevel controlar todas as variaacuteveis e componentes que interagem no corredor Uma gestatildeo estaacutetica que assume a existecircncia de total certeza da situaccedilatildeo enxerga de uma forma muito simplista um corredor Assim a gestatildeo adaptativa estaacute baseada em reconhecer que o manejo dos recursos naturais eacute sempre experimental e que se pode aprender a

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partir da implementaccedilatildeo de atividades melhorando o manejo com base no aprendido (IUCN 2000) Assim a gestatildeo adaptativa pressupotildee o planejamento a implementaccedilatildeo e o monitoramento contiacutenuo para controlar as suposiccedilotildees do plano e as consequumlecircncias do manejo e se adaptar agraves mudanccedilas necessaacuterias A gestatildeo adaptativa requer uma resposta raacutepida eficiente e efetiva portanto eacute muito importante atuar no momento apropriado (Adaptado de COURRAU 2004248-262)

Os corredores haacute Problemas e com pouca experiecircncia

3 Elementos Transversais da Gestatildeo Adaptativa dos CorredoresEm todas essas fases existem ainda outros elementos indispensaacuteveis para o

sucesso da gestatildeo dos corredores que devem ser desenvolvidos de forma transversal esses elementos satildeo principalmente

A comunicaccedilatildeo A participaccedilatildeo A transparecircncia A capacitaccedilatildeo

A comunicaccedilatildeo eacute um componente fundamental na gestatildeo do corredor alem de ser a base da participaccedilatildeo Ela eacute essencial para

Conhecer as necessidades interesses preferecircncias restriccedilotildees e potencialidades dos diferentes atores envolvidos

Garantir sua integraccedilatildeo no trabalho de corredor e

Conseguir a credibilidade na estrateacutegia de gestatildeo que se estaacute propondo

A comunicaccedilatildeo deve partir de um princiacutepio baacutesico a utilizaccedilatildeo de uma linguagem comum Portanto natildeo deve ser entendida como um mero processo unilateral de transmissatildeo de informaccedilatildeo Deve entender-se como um processo interativo no qual se proporciona e se recebe informaccedilatildeo de forma clara e compreensiacutevel para todas as partes

A participaccedilatildeo nos corredores deve ser a mais ampla possiacutevel em todas as fases da gestatildeo de todos os setores da sociedade e do governo Uma participaccedilatildeo adequada depende de tempo e de recursos financeiros portanto deve ser previamente planejada com o maacuteximo de detalhe inclusive porque o processo decisoacuterio coletivo eacute extremamente complexo Contudo o sucesso da gestatildeo do corredor depende diretamente do niacutevel e abrangecircncia da participaccedilatildeo A estrateacutegia e meacutetodos utilizados para garantir uma gestatildeo realmente participativa dependeratildeo das condiccedilotildees do corredor Em todo caso a participaccedilatildeo pode ser desenvolvida de forma gradual estendendo-se o processo desde aacutereas ou iniciativas piloto ateacute atingir toda a extensatildeo do corredor

A participaccedilatildeo deve acontecer em todas as fases do ciclo de gestatildeo do corredor

No seu estabelecimento mediante consultas sobre os seus limites

No seu planejamento mediante um processo conjunto de tomada de decisotildees

Na constituiccedilatildeo de alianccedilas para a atuaccedilatildeo conjunta

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No monitoramento da sua efetividade e

Na prestaccedilatildeo de contas dos recursos utilizados que procedam de um fundo especiacutefico para o corredor

O principal instrumento para efetivar a participaccedilatildeo eacute o Comitecirc de Gestatildeo do corredor mas natildeo pode ser o uacutenico Eacute necessaacuterio estabelecer outros foros de discussatildeo e de tomadas de decisatildeo para garantir uma completa participaccedilatildeo de todos os envolvidos

A transparecircncia tambeacutem estaacute vinculada agrave comunicaccedilatildeo e agrave participaccedilatildeo mas bla bla bla eacute uma forma de obter credibilidade e confianccedila

A gestatildeo de um corredor supotildee a realizaccedilatildeo de mudanccedilas mudanccedilas no uso dos recursos naturais mudanccedilas nos modelos de gestatildeo ambiental mudanccedilas nos modelos de tomadas de decisatildeo etc As mudanccedilas natildeo sempre satildeo aceitas por todas as partes havendo oposiccedilatildeo por parte dos que tem sucesso sob as condiccedilotildees atuais Em qualquer caso os agentes das mudanccedilas satildeo as pessoas pelo que natildeo eacute possiacutevel pensar em mudanccedilas sem considerar o fortalecimento de capacidades A capacitaccedilatildeo deve ser entendida na sua forma mais abrangente mas principalmente deve ter como objetivo a potenciaccedilatildeo da lideranccedila e o desenvolvimento de capacidades no niacutevel local

Outros puacuteblicos-alvos da capacitaccedilatildeo deveratildeo ser

A Unidade de Gestatildeo do Corredor

Os teacutecnicos das unidades de conservaccedilatildeo federais estaduais e municipais

Os poliacuteticos e administradores do mais alto escalatildeo dos oacutergatildeos federais estaduais e municipais

Os jornalistas e profissionais dos meios de comunicaccedilatildeo

4 O Enfoque Ecossistecircmico nos CorredoresO Enfoque Ecossistecircmico eacute uma estrateacutegia para a gestatildeo integrada dos

recursos terrestres hiacutedricos e vivos que estaacute sendo apoiada e desenvolvida pela IUCN para introduzir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica na tomada de decisotildees Esse enfoque foi adotado em 1995 pela 2ordf Conferecircncia das Partes da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica como marco de accedilatildeo principal Em 2000 apoacutes um longo processo de consulta e discussatildeo a 5ordf Conferecircncia das Partes emitiu a Decisatildeo V6 onde foram apresentados os doze princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e a metodologia operacional para sua aplicaccedilatildeo

A proposta do Enfoque Ecossistecircmico natildeo eacute um meacutetodo ou modelo novo eacute uma abordagem que engloba o melhor do que foi aprendido na conservaccedilatildeo nos uacuteltimos anos O caraacuteter diferenciador deste enfoque frente a outras muitas abordagens integradas radica na proposta de balancear

a utilizaccedilatildeo de metodologias cientiacuteficas apropriadas que lidam com as estruturas processos funccedilotildees e interaccedilotildees entre organismos e seu meio ambiente

e a colocaccedilatildeo das pessoas no centro do manejo da biodiversidade

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Portanto o Enfoque Ecossistecircmico pode ser entendido como uma compilaccedilatildeo ou sistematizaccedilatildeo de outras estrateacutegias integradas para cumprir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica Eacute um marco metodoloacutegico geral para apoiar decisotildees na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e no planejamento (UNEPCBDCOP7 2004 UNEPCBDCOP5 2000 SMITH e MALTBY 2003)

O Enfoque Ecossistecircmico estaacute estreitamente ligado agrave atuaccedilatildeo no formato de corredor pois ambas as iniciativas pretendem conciliar a conservaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel Uma primeira aproximaccedilatildeo do enfoque ecossistecircmico aplicado aos corredores foi feita por ANDRADE (2004) cujas consideraccedilotildees foram incluiacutedas na seguinte tabela

Tabela 1 Princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e consideraccedilotildees sobre sua aplicaccedilatildeo a corredores (Traduccedilatildeo ao portuguecircs de UNEPCBDCOP5 2000 e ANDRADE A 2004 p 17-20)

PRINCIacutePIOS DO ENFOQUE ECOSSISTEcircMICOPRINCIacutePIOS CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE SUA APLICACcedilAtildeO A

CORREDORESPrinciacutepio 1 A eleiccedilatildeo dos objetivos da gestatildeo dos recursos terrestres hiacutedricos e vivos deve estar em matildeos da sociedade

- Os corredores constituem uma proposta de planejamento e ordenamento do territoacuterio portanto devem basear-se em decisotildees sociais- Articulaccedilatildeo de prioridades de conservaccedilatildeo com outras formas de uso da terra em um espaccedilo geograacutefico especiacutefico- Avaliaccedilatildeo de sistemas de planejamento e ordenamento existentes- Identificaccedilatildeo dos principais conflitos pelo uso e ocupaccedilatildeo do territoacuterio- Identificaccedilatildeo dos setores envolvidos e estabelecimento de mecanismos de participaccedilatildeo de todos os setores

Princiacutepio 2 A gestatildeo deve estar descentralizada ao niacutevel apropriado mais baixo

- Estabelecimento da escala da estrateacutegia segundo os objetivos e prioridades de conservaccedilatildeo- Conhecimento da estrutura poliacutetico-administrativa e niacuteveis de gestatildeo de aacutereas protegidas nacionais regionais etc- Identificaccedilatildeo dos niacuteveis de gestatildeo mais apropriados para cada objetivo

Princiacutepio 3 Os administradores de ecossistemas devem ter em conta os efeitos (reais ou possiacuteveis) de suas atividades nos ecossistemas adjacentes e em outros ecossistemas

- Avaliaccedilatildeo do impacto das formas atuais do uso da terra com os sistemas de aacutereas protegidas e funcionalidade ecoloacutegica regional- Conhecimento do estado de fragmentaccedilatildeo dos ecossistemas e sua relaccedilatildeo com as formas de uso da terra existentes- Avaliaccedilatildeo do impacto do uso da terra sobre o funcionamento dos ecossistemas- Avaliaccedilatildeo da dinacircmica temporal dos ecossistemas e sua articulaccedilatildeo com as aacutereas protegidas

Princiacutepio 4 Reconhecendo os possiacuteveis benefiacutecios derivados de sua gestatildeo eacute necessaacuterio compreender e manejar o ecossistema num contexto econocircmico Este tipo de programa de gestatildeo de ecossistemas deveriaa) Diminuir as distorccedilotildees do mercado que repercutem negativamente na diversidade bioloacutegicab) Orientar os incentivos para

- Pesquisa sobre incentivos econocircmicos orientados agrave promoccedilatildeo da conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e conectividade de ecossistemas- Estabelecimento de mecanismos de valoraccedilatildeo e pagamento por serviccedilos ambientais associados agrave conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade

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promover a conservaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel da diversidade bioloacutegicac) Procurar na medida do possiacutevel incorporar os custos e os benefiacutecios no ecossistema de que se tratePrinciacutepio 5 A conservaccedilatildeo da estrutura e o funcionamento dos ecossistemas deveria ser um objetivo prioritaacuterio do enfoque ecossistecircmico para manter os serviccedilos dos ecossistemas

- Aumento do conhecimento da estrutura e funccedilatildeo dos ecossistemas e estabelecimento de uma linha-base incluindo processos essenciais como a fragmentaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo das estrateacutegias de manejo e praacuteticas orientadas agrave restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade- Conhecimento do papel que cumprem os diferentes componentes estruturais e funcionais dos ecossistemas na conectividade tanto biofiacutesicos como culturais (fluxos cercas vivas etc)

Princiacutepio 6 A gestatildeo dos ecossistemas deve ser realizada dentro dos limites de seu funcionamento

- Caracterizaccedilatildeo do uso da terra sua dinacircmica e influecircncia em aacutereas protegidas e aacutereas prioritaacuterias de conservaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo de praacuteticas natildeo sustentaacuteveis e estabelecimento de mecanismos de melhora que promovam a conservaccedilatildeo e a conectividade- Caracterizaccedilatildeo dos processos de fragmentaccedilatildeo e sua relaccedilatildeo com paisagens culturais- A conectividade da paisagem requer estender o conceito de espaccedilos protegidos aleacutem do seus limites administrativos- Estabelecimento de sistemas de monitoramento e avaliaccedilatildeo permanentes

Princiacutepio 7 O enfoque ecossistecircmico se deve aplicar agraves escalas espaciais e temporais apropriadasPrinciacutepio 8 Reconhecendo as diversas escalas temporais e os efeitos retardados que caracterizam os processos dos ecossistemas se deveriam estabelecer objetivos de longo prazo na gestatildeo dos ecossistemasPrinciacutepio 9 A gestatildeo deve reconhecer que mudanccedilas no ecossistema satildeo inevitaacuteveisPrinciacutepio 10 O enfoque ecossistecircmico deve buscar o equiliacutebrio apropriado e a integraccedilatildeo entre a conservaccedilatildeo e o uso da diversidade bioloacutegicaPrinciacutepio 11 O enfoque ecossistecircmico deve considerar todas as formas de informaccedilatildeo relevante incluindo os conhecimentos as inovaccedilotildees e as praacuteticas cientiacuteficas indiacutegenas e locaisPrinciacutepio 12 O enfoque ecossistecircmico deve envolver todos os setores relevantes da sociedade e das disciplinas cientiacuteficas

Em vista disso os princiacutepios do enfoque ecossistecircmico devem ser considerados no estabelecimento planejamento e implementaccedilatildeo de corredores Contudo a IUCN reconhece que natildeo existe uma uacutenica via de aplicaccedilatildeo do Enfoque

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Ecossistecircmico devendo-se considerar os diferentes princiacutepios de maneira flexiacutevel e dar a cada um a relevacircncia apropriada de acordo com as circunstacircncias locais

5 Os Componentes do Corredor

51 As Unidades de Conservaccedilatildeo

Tambeacutem falar de mosaicos de unidades de conservaccedilatildeo

52 As Terras IndiacutegenasProblemas indiacutegenas e conservaccedilatildeo

53 Outras aacutereas protegidasReserva legal APP

54 O Espaccedilo Urbano dentro do Corredor

55 As Aacutereas de Interstiacutecio

6 O Sistema de Gestatildeo do CorredorUnidade de Gestatildeo

Tratar sobre a sostenibilidade financeira da unidade de gestatildeo

D) Sistema e Instrumentos de Gestatildeo de Corredores Ecoloacutegicos apresentar os sistemas e instrumentos de gestatildeo (em todas as 3 etapas - planejamento implementaccedilatildeo e monitoramento) estabelecidos abordando no miacutenimo os seguintes aspectos

quanto agrave estrutura de gestatildeo descrevendo como se processa a formaccedilatildeo de foacuteruns consultivos e deliberativos e suas caracteriacutesticas por exemplo paritaacuterios legiacutetimos representativos e funcionais e

quanto aos instrumentos legais discriminar quais satildeo os instrumentos legais mais adequados para promover a gestatildeo de corredores ecoloacutegicos

Um sistema de coordenaccedilatildeo de accedilotildees e tomada de decisotildees Deveraacute ser implantado gradualmente ou seja a representatividade do sistema de gestatildeo iraacute aumentando conforme vai aumentando a integraccedilatildeo com os diversos atores sociais Eacute uma aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 2 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO manejo deve ser descentralizado no niacutevel mais baixo apropriadordquo

Conselho

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Paridade sociedade e governo dentro do governo (federal estadual e municipal)

Legitimidade

Representatividade

Capacitaccedilatildeo para a governabilidade

Em aacutereas de sobreposiccedilatildeo entre Corredores e Reservas da Biosfera os Conselhos poderatildeo ser uacutenicos

7 A Questatildeo LegalFortalecer o sistema de gestatildeo mediante instrumentos legais para a tomada de

decisotildees

Existe muita demanda do reconhecimento legal dos corredores ecoloacutegicos Benefiacutecios

Limitaccedilotildees

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ApresentaccedilatildeoO objetivo da Parte II eacute mostrar como se podem

iniciar os trabalhos para o estabelecimento de um corredor antes de passar para o seu planejamento portanto indicar-se-atildeo os primeiros passos necessaacuterios para o estabelecimento do corredor desde o momento em que um grupo de pessoas fica motivado com a ideacuteia de trabalhar nesse formato

A maioria das vezes esta fase de implantaccedilatildeo dos corredores natildeo eacute explicitada no histoacuterico dos corredores De fato poucas experiecircncias brasileiras mencionam esta fase de forma expliacutecita Poreacutem ela eacute muito importante para o sucesso do corredor pois representa o momento em que se buscam as primeiras alianccedilas o apoio financeiro e as

oportunidades de atuaccedilatildeo aleacutem de ser o momento em que se identificam aqueles elementos que tecircm que ser inicialmente considerados como a escala de trabalho

Na fase de estabelecimento eacute quando se iniciam os trabalhos de integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais para o trabalho do corredor poreacutem esta atividade deve ser visualizada como um processo ao longo de toda a vida do corredor

As etapas aqui descritas natildeo satildeo as uacutenicas que poderatildeo ser desenvolvidas para o estabelecimento do corredor Outras atividades poderatildeo ser necessaacuterias de acordo com as caracteriacutesticas locais e as circunstacircncias especiacuteficas de cada corredor Inclusive algumas das etapas agora descritas poderatildeo fazer parte da seguinte fase de planejamento

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Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do Corredor

As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores Sociais

As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

Parte IIEstabeleciment

o

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8 A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do CorredorA maioria dos corredores surge como a ideacuteia de um grupo de pessoas ante a

constataccedilatildeo de determinados problemas ambientais numa determinada aacuterea As indicaccedilotildees da necessidade de estabelecer um corredor podem ser dentre outras

A constataccedilatildeo da fragmentaccedilatildeo da paisagem com pequenos resiacuteduos da matriz original

A percepccedilatildeo da dinacircmica da paisagem onde os ecossistemas alterados estatildeo aumentando

A constataccedilatildeo de mudanccedilas de haacutebitos da populaccedilatildeo que podem levar a uma degradaccedilatildeo ambiental

A pressatildeo de certos grupos de atores sociais que demandam uma maior atenccedilatildeo aos seus problemas sociais e ambientais

Essas indicaccedilotildees podem aparecer de forma isolada ou conjugada Elas podem ser o resultado de um levantamento que esteja sendo realizado no marco de um programa ou projeto jaacute existentes ou podem ser o resultado de um levantamento que jaacute esteja sendo feito com o propoacutesito especiacutefico de estabelecer um corredor Contudo na maioria das vezes essas indicaccedilotildees aparecem de forma difusa e baseada em palpites intuiccedilotildees ou informaccedilotildees parciais

O grupo inicial de pessoas que fica motivado para o estabelecimento do Corredor pode ser representativo tanto da sociedade local como de instacircncias mais afastadas da aacuterea como ONGs nacionais ou oacutergatildeos governamentais federais o que influenciaraacute posteriormente na estrateacutegia de consulta e integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais Caso o corredor tenha surgido nas instacircncias locais se deveraacute iniciar um processo de envolvimento dos atores sociais de baixo para cima (estrateacutegia bottom-up) caso tenha surgido em instacircncias mais centralizadas se deveraacute iniciar um processo de envolvimento de cima para baixo (estrateacutegia top-down)

9 A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

A escala deve estar em funccedilatildeo da capacidade de gestatildeo e das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas da regiatildeo

Aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 7 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve ser desenvolvido na escala espacial e temporal apropriadardquo De acordo com SHEPHERD (2005) o tamanho apropriado eacute aquele que manteacutem as capacidades funcionais e eacute viaacutevel permite conseguir uma capacidade de manejo conhecimentos e experiecircncias e leva em consideraccedilatildeo os limites administrativos e legais

A questatildeo da escala temporal eacute tratada pelo Princiacutepio 8 ver boa traduccedilatildeo As metas devem expressar-se para o longo prazo contudo seraacute inevitaacutevel que algumas requeiram de modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees no caminho para alcanccedilaacute-las

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Caso existam partes do corredor onde natildeo se conte com a colaboraccedilatildeo de nenhuma organizaccedilatildeo social ou instituiccedilatildeo os limites deveratildeo ser repensados buscando um balanccedilo entre o ideal e o possiacutevel (adaptado de SHEPHERD 2005)

Se deve pensar no longo prazo ir aleacutem da vida de um projeto que usualmente eacute de cinco anos

O tempo para os comunitaacuterios e populaccedilotildees tradicionais corre em outra velocidade e os tempos das comunidades devem ser respeitados

10 As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

101 Constataccedilatildeo da necessidade de trabalhar no formato de corredor

102 Formaccedilatildeo de um Grupo de Trabalho InicialEste Grupo de Trabalho Inicial tem como funccedilatildeo principal organizar o

estabelecimento do corredor e a sua coordenaccedilatildeo nesta fase

Coordenaccedilatildeo do corredor nesta fase de estabelecimento a coordenaccedilatildeo pode ser desempenhada pelo grupo de trabalho que se formou Ou pode com o desenho inicial do corredor surgir uma estrutura de coordenaccedilatildeo preliminar juntando os principais atores que se aderiram agrave ideacuteia de corredor

Consideraccedilotildees de possibilidades da gestatildeo

103 Busca do envolvimento inicial para apoio teacutecnico poliacutetico e financeiro (alianccedilas iniciais)

Esta etapa eacute o iniacutecio da aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 1 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoOs objetivos de manejo das terras aacuteguas e recursos vivos satildeo de mateacuteria de interesse da sociedaderdquo e do Princiacutepio 12 ldquoO manejo de ecossistemas deve envolver todos os setores relevantes da sociedade assim como as disciplinas cientiacuteficasrdquo Estes princiacutepios seratildeo aplicados em outras etapas posteriores

104 Desenho inicial do corredorA definiccedilatildeo dos limites do corredor eacute uma das decisotildees mais complexas e

relevantes para a sua gestatildeo com grandes implicaccedilotildees socioeconocircmicas ecoloacutegicas institucionais e de gestatildeo Portanto aconselha-se a identificaccedilatildeo dos limites mediante aproximaccedilotildees sucessivas ao longo do tempo levando em consideraccedilatildeo diversos criteacuterios que seratildeo identificados de acordo com as caracteriacutesticas locais e a dinacircmica regional

O primeiro desenho do corredor poderaacute ser traccedilado pelo Grupo de Trabalho Inicial de forma independente ou com a participaccedilatildeo de pesquisadores eou representantes de instituiccedilotildees governamentais e natildeo-governamentais e da

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sociedade local Neste momento trata-se apenas de identificar o desenho preliminar do corredor que serviraacute como base para a anaacutelise dos principais atores sociais do corredor e as consultas iniciais Portanto eacute apenas a proposta preliminar para uma discussatildeo posterior mais abrangente e participativa

A identificaccedilatildeo dos limites deve ser realizada com fundamento em criteacuterios previamente identificados De uma maneira geral entende-se por criteacuterio aquela caracteriacutestica ou propriedade que serve de base para comparaccedilatildeo julgamento ou apreciaccedilatildeo Para a identificaccedilatildeo dos limites do corredor podem-se utilizar criteacuterios ecoloacutegicos esteacuteticos soacutecio-econocircmicos institucionais de gestatildeo etc A praacutetica no trabalho de corredores demonstra que o principal criteacuterio para a sua delimitaccedilatildeo eacute a existecircncia de unidades de conservaccedilatildeo ou terras indiacutegenas jaacute criadas ou homologadas o que poderia ser denominado de conectividade legal

Poreacutem aleacutem desse criteacuterio deveratildeo ser identificados outros levando em consideraccedilatildeo a funccedilatildeo vital do corredor eou os problemas que se pretendem resolver ou minimizar Recomenda-se que sejam identificados primeiramente os criteacuterios de decisatildeo para depois aplicaacute-los e desenhar os limites

De forma geral podemos identificar vaacuterios grupos de criteacuterios

a) os criteacuterios fiacutesicos relativos a bacias hidrograacuteficas principalmente e unidades geomorfoloacutegicas quando conveniente

b) os criteacuterios ecoloacutegicos principalmente relativos agraves ecorregiotildees1

c) os criteacuterios funcionais relativos agraves questotildees da paisagem como fragmentaccedilatildeo (tamanho diversidade e proximidade do fragmentos) e representatividade

d) os criteacuterios culturais relativos agraves manifestaccedilotildees principalmente em relaccedilatildeo com o envolvimento do homem com a natureza

e) os criteacuterios poliacutetico-administrativos relativos a limites municipais estaduais ou nacionais principalmente e sedes municipais e estaduais quando conveniente

f) os criteacuterios de gestatildeo relativos agrave capacidade e viabilidade da gestatildeo do corredor como territoacuterio e a outras consideraccedilotildees administrativas e legais

g) os criteacuterios de tempo relativos agrave priorizaccedilatildeo da implementaccedilatildeo e a sua viabilidade no longo prazo

Estes criteacuterios devem ser aplicados como filtros que vatildeo conformando um espaccedilo determinado Ainda que natildeo contemplados nessa listagem os criteacuterios da conveniecircncia e oportunidade devem ser tambeacutem oportunamente considerados nos momentos finais do desenho Consideram-se como criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade aqueles por exemplo a inclusatildeo de aacutereas prioritaacuterias para a conservaccedilatildeo ou de espaccedilos submetidos a alta pressatildeo antroacutepica

Desta forma o desenho inicial do corredor deveraacute ser realizado segundo os seguintes passos

1 Aqui entende-se como ecorregiatildeo o conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que compartem uma grande maioria de espeacutecies e dinacircmicas ecoloacutegicas e similares condiccedilotildees ambientais e interagem ecologicamente de forma criacutetica para sua persistecircncia no longo prazo Sobre as ecorregiotildees de Ameacuterica Latina e Caribe consultar DINERSTEIN et al (1995)

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Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

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IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

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OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

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SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 3: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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ApresentaccedilatildeoOs Corredores Ecoloacutegicos ou de Biodiversidade satildeo estrateacutegias que foram

desenvolvidas para aumentar a eficaacutecia na conservaccedilatildeo da biodiversidade No Brasil existem diferentes experiecircncias que vecircm sendo implantadas pela iniciativa governamental e natildeo-governamental Este documento visa oferecer uma base metodoloacutegica para a gestatildeo dos Corredores no Brasil perante a diversidade de taacuteticas e estrateacutegias que estatildeo sendo implementadas O objetivo eacute apresentar os aspectos metodoloacutegicos da implantaccedilatildeo de corredores para que sirvam como suporte apoio ou sustentaacuteculo quando aplicados agrave realidade local de cada corredor Com o estabelecimento da base metodoloacutegica para a gestatildeo de corredores pretende-se aumentar o entendimento sobre o modelo de sua gestatildeo e sua dinacircmica esclarecendo as ideacuteias sobre os seus componentes e como estes operam

Este documento foi elaborado levando em consideraccedilatildeo numerosos documentos teacutecnicos sobre as experiecircncias de corredores no Brasil e compilando informaccedilotildees de diversas fontes as quais aparecem na Bibliografia Contudo vale a pena destacar a influecircncia recebida dos resultados do I e II Seminaacuterios dos Corredores organizados pelo IBAMA em e setembro de 2004 e da Oficina ldquoAplicaccedilatildeo do Enfoque Ecossistecircmico agrave Gestatildeo de Corredores em Ameacuterica do Sulrdquo organizada pela UICN-Sul em Junho de 2004 e tambeacutem estaacute fortemente baseado nos documentos produzidos pela IUCN sobre o enfoque ecossistecircmico principalmente apoacutes a leitura de SHEPHERD (2005)

O documento foi dividido em cinco partes como aparece na Figura no 1

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores no Brasil

Figura 1 Divisatildeo do documento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco Conceitual

Parte II Estabelecimento

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitoramento da Efetividade

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A primeira parte trata sobre o marco conceitual para a gestatildeo de corredores As outras quatro consideram as diferentes etapas do ciclo de gestatildeo dos corredores Estas diferentes etapas da gestatildeo natildeo acontecem de forma estanque e independente O mais provaacutevel eacute que exista uma sobreposiccedilatildeo entre umas e outras ao longo do processo da gestatildeo dos corredores Cada uma das partes do documento inicia-se com uma apresentaccedilatildeo que introduz ao que vai ser tratado posteriormente aleacutem de embasar cada etapa dentro do ciclo de gestatildeo

Bla bla bla bla

ATENCcedilAtildeO

Destaque em amarelo para desenvolver ainda um pouco mais

Fonte diferente de Arial ldquocopiadordquo ipsis litteris do artigo de planejamento dos corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se

o marco conceitual da gestatildeo de corredores no Brasil O marco conceitual expressa o conceito de corredor e sua funccedilatildeo vital e contempla as principais ideacuteias relacionadas com os distintos componentes que formam os corredores e os processos que nele acontecem Tambeacutem considera alguns pensamentos preliminares sobre como esses componentes e processos estatildeo conectados

Aqui tambeacutem seratildeo indicadas quais satildeo as caracteriacutesticas conceituais implicitamente desejaacuteveis no corredor em relaccedilatildeo com as variaacuteveis ambientais sociais e econocircmicas

Bla bla bla

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Que Entendemos por CorredorQue Entendemos por Gestatildeo do

Corredor Elementos Transversais da Gestatildeo

Adaptativa dos CorredoresO Enfoque Ecossistecircmico nos

CorredoresOs Componentes do Corredor

As Unidades de ConservaccedilatildeoAs Terras IndiacutegenasOutras aacutereas protegidasAs Aacutereas de InterstiacutecioO espaccedilo urbano dentro do

corredorO Sistema de Gestatildeo do CorredorA Questatildeo Legal

Parte IMarco

Conceitual

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1 Que Entendemos por Corredor

HistoacutericoConceitoArtiacuteculo de Olatz ndash 2 ou 3Corredores e Reservas da Biosfera os tipos de corredorCorredor de aacutereas protegidasQual eacute a funccedilatildeo vital do corredorA funccedilatildeo vital eacute entendida como uma qualidade essencial que se ausente

descaracteriza-o como tal A funccedilatildeo vital do corredor eacute ldquoconciliar a conservaccedilatildeo da biodiveridade com o processo de desenvolvimento socioeconocircmico regional para a reduccedilatildeo das desigualdades e a promoccedilatildeo da saudaacutevel qualidade de vida das populaccedilotildees residentesrdquo (1ordm seminaacuterio corredores)

eacute um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada e participativa mediante uma abordagem ambiental econocircmica social cultural institucional e de cidadania

Eacute uma forma de aplicar o Princiacutepio 10 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve perseguir um balanccedilo e integraccedilatildeo entre a conservaccedilatildeo e o uso da diversidade bioloacutegicardquo

Caracteriacutesticas conceituais implicitamente desejaacuteveis no corredor em relaccedilatildeo com as variaacuteveis ambientais sociais e econocircmicas

Apropriaccedilatildeo do conceito de corredor por parte da sociedade para que este subsista a longo prazo

Vontade poliacutetica para trabalhar no formato de corredor e consideraacute-lo nos mais altos niacuteveis do executivo (ex junto agrave secretaria de planejamento)

Fomentar alto grau de cooperaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo institucional

Incentivar a articulaccedilatildeo dos diferentes atores realizando os papeacuteis de mediador e facilitador de processos

Negociar eou resolver os conflitos mediante princiacutepios melhor do que mediante posiccedilotildees

Trabalho em rede institucional

2 Que Entendemos por Gestatildeo do Corredor Gestatildeo planejamento implementaccedilatildeo monitoramento corregir

A gestatildeo bioregional

GESTAtildeO adaptativa

A gestatildeo adaptativa surge quando se reconheceu que sempre existe um grau importante de incerteza no processo de planejamento e implementaccedilatildeo pois continuamente aparecem eventos natildeo controlados Eacute impossiacutevel controlar todas as variaacuteveis e componentes que interagem no corredor Uma gestatildeo estaacutetica que assume a existecircncia de total certeza da situaccedilatildeo enxerga de uma forma muito simplista um corredor Assim a gestatildeo adaptativa estaacute baseada em reconhecer que o manejo dos recursos naturais eacute sempre experimental e que se pode aprender a

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partir da implementaccedilatildeo de atividades melhorando o manejo com base no aprendido (IUCN 2000) Assim a gestatildeo adaptativa pressupotildee o planejamento a implementaccedilatildeo e o monitoramento contiacutenuo para controlar as suposiccedilotildees do plano e as consequumlecircncias do manejo e se adaptar agraves mudanccedilas necessaacuterias A gestatildeo adaptativa requer uma resposta raacutepida eficiente e efetiva portanto eacute muito importante atuar no momento apropriado (Adaptado de COURRAU 2004248-262)

Os corredores haacute Problemas e com pouca experiecircncia

3 Elementos Transversais da Gestatildeo Adaptativa dos CorredoresEm todas essas fases existem ainda outros elementos indispensaacuteveis para o

sucesso da gestatildeo dos corredores que devem ser desenvolvidos de forma transversal esses elementos satildeo principalmente

A comunicaccedilatildeo A participaccedilatildeo A transparecircncia A capacitaccedilatildeo

A comunicaccedilatildeo eacute um componente fundamental na gestatildeo do corredor alem de ser a base da participaccedilatildeo Ela eacute essencial para

Conhecer as necessidades interesses preferecircncias restriccedilotildees e potencialidades dos diferentes atores envolvidos

Garantir sua integraccedilatildeo no trabalho de corredor e

Conseguir a credibilidade na estrateacutegia de gestatildeo que se estaacute propondo

A comunicaccedilatildeo deve partir de um princiacutepio baacutesico a utilizaccedilatildeo de uma linguagem comum Portanto natildeo deve ser entendida como um mero processo unilateral de transmissatildeo de informaccedilatildeo Deve entender-se como um processo interativo no qual se proporciona e se recebe informaccedilatildeo de forma clara e compreensiacutevel para todas as partes

A participaccedilatildeo nos corredores deve ser a mais ampla possiacutevel em todas as fases da gestatildeo de todos os setores da sociedade e do governo Uma participaccedilatildeo adequada depende de tempo e de recursos financeiros portanto deve ser previamente planejada com o maacuteximo de detalhe inclusive porque o processo decisoacuterio coletivo eacute extremamente complexo Contudo o sucesso da gestatildeo do corredor depende diretamente do niacutevel e abrangecircncia da participaccedilatildeo A estrateacutegia e meacutetodos utilizados para garantir uma gestatildeo realmente participativa dependeratildeo das condiccedilotildees do corredor Em todo caso a participaccedilatildeo pode ser desenvolvida de forma gradual estendendo-se o processo desde aacutereas ou iniciativas piloto ateacute atingir toda a extensatildeo do corredor

A participaccedilatildeo deve acontecer em todas as fases do ciclo de gestatildeo do corredor

No seu estabelecimento mediante consultas sobre os seus limites

No seu planejamento mediante um processo conjunto de tomada de decisotildees

Na constituiccedilatildeo de alianccedilas para a atuaccedilatildeo conjunta

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No monitoramento da sua efetividade e

Na prestaccedilatildeo de contas dos recursos utilizados que procedam de um fundo especiacutefico para o corredor

O principal instrumento para efetivar a participaccedilatildeo eacute o Comitecirc de Gestatildeo do corredor mas natildeo pode ser o uacutenico Eacute necessaacuterio estabelecer outros foros de discussatildeo e de tomadas de decisatildeo para garantir uma completa participaccedilatildeo de todos os envolvidos

A transparecircncia tambeacutem estaacute vinculada agrave comunicaccedilatildeo e agrave participaccedilatildeo mas bla bla bla eacute uma forma de obter credibilidade e confianccedila

A gestatildeo de um corredor supotildee a realizaccedilatildeo de mudanccedilas mudanccedilas no uso dos recursos naturais mudanccedilas nos modelos de gestatildeo ambiental mudanccedilas nos modelos de tomadas de decisatildeo etc As mudanccedilas natildeo sempre satildeo aceitas por todas as partes havendo oposiccedilatildeo por parte dos que tem sucesso sob as condiccedilotildees atuais Em qualquer caso os agentes das mudanccedilas satildeo as pessoas pelo que natildeo eacute possiacutevel pensar em mudanccedilas sem considerar o fortalecimento de capacidades A capacitaccedilatildeo deve ser entendida na sua forma mais abrangente mas principalmente deve ter como objetivo a potenciaccedilatildeo da lideranccedila e o desenvolvimento de capacidades no niacutevel local

Outros puacuteblicos-alvos da capacitaccedilatildeo deveratildeo ser

A Unidade de Gestatildeo do Corredor

Os teacutecnicos das unidades de conservaccedilatildeo federais estaduais e municipais

Os poliacuteticos e administradores do mais alto escalatildeo dos oacutergatildeos federais estaduais e municipais

Os jornalistas e profissionais dos meios de comunicaccedilatildeo

4 O Enfoque Ecossistecircmico nos CorredoresO Enfoque Ecossistecircmico eacute uma estrateacutegia para a gestatildeo integrada dos

recursos terrestres hiacutedricos e vivos que estaacute sendo apoiada e desenvolvida pela IUCN para introduzir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica na tomada de decisotildees Esse enfoque foi adotado em 1995 pela 2ordf Conferecircncia das Partes da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica como marco de accedilatildeo principal Em 2000 apoacutes um longo processo de consulta e discussatildeo a 5ordf Conferecircncia das Partes emitiu a Decisatildeo V6 onde foram apresentados os doze princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e a metodologia operacional para sua aplicaccedilatildeo

A proposta do Enfoque Ecossistecircmico natildeo eacute um meacutetodo ou modelo novo eacute uma abordagem que engloba o melhor do que foi aprendido na conservaccedilatildeo nos uacuteltimos anos O caraacuteter diferenciador deste enfoque frente a outras muitas abordagens integradas radica na proposta de balancear

a utilizaccedilatildeo de metodologias cientiacuteficas apropriadas que lidam com as estruturas processos funccedilotildees e interaccedilotildees entre organismos e seu meio ambiente

e a colocaccedilatildeo das pessoas no centro do manejo da biodiversidade

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Portanto o Enfoque Ecossistecircmico pode ser entendido como uma compilaccedilatildeo ou sistematizaccedilatildeo de outras estrateacutegias integradas para cumprir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica Eacute um marco metodoloacutegico geral para apoiar decisotildees na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e no planejamento (UNEPCBDCOP7 2004 UNEPCBDCOP5 2000 SMITH e MALTBY 2003)

O Enfoque Ecossistecircmico estaacute estreitamente ligado agrave atuaccedilatildeo no formato de corredor pois ambas as iniciativas pretendem conciliar a conservaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel Uma primeira aproximaccedilatildeo do enfoque ecossistecircmico aplicado aos corredores foi feita por ANDRADE (2004) cujas consideraccedilotildees foram incluiacutedas na seguinte tabela

Tabela 1 Princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e consideraccedilotildees sobre sua aplicaccedilatildeo a corredores (Traduccedilatildeo ao portuguecircs de UNEPCBDCOP5 2000 e ANDRADE A 2004 p 17-20)

PRINCIacutePIOS DO ENFOQUE ECOSSISTEcircMICOPRINCIacutePIOS CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE SUA APLICACcedilAtildeO A

CORREDORESPrinciacutepio 1 A eleiccedilatildeo dos objetivos da gestatildeo dos recursos terrestres hiacutedricos e vivos deve estar em matildeos da sociedade

- Os corredores constituem uma proposta de planejamento e ordenamento do territoacuterio portanto devem basear-se em decisotildees sociais- Articulaccedilatildeo de prioridades de conservaccedilatildeo com outras formas de uso da terra em um espaccedilo geograacutefico especiacutefico- Avaliaccedilatildeo de sistemas de planejamento e ordenamento existentes- Identificaccedilatildeo dos principais conflitos pelo uso e ocupaccedilatildeo do territoacuterio- Identificaccedilatildeo dos setores envolvidos e estabelecimento de mecanismos de participaccedilatildeo de todos os setores

Princiacutepio 2 A gestatildeo deve estar descentralizada ao niacutevel apropriado mais baixo

- Estabelecimento da escala da estrateacutegia segundo os objetivos e prioridades de conservaccedilatildeo- Conhecimento da estrutura poliacutetico-administrativa e niacuteveis de gestatildeo de aacutereas protegidas nacionais regionais etc- Identificaccedilatildeo dos niacuteveis de gestatildeo mais apropriados para cada objetivo

Princiacutepio 3 Os administradores de ecossistemas devem ter em conta os efeitos (reais ou possiacuteveis) de suas atividades nos ecossistemas adjacentes e em outros ecossistemas

- Avaliaccedilatildeo do impacto das formas atuais do uso da terra com os sistemas de aacutereas protegidas e funcionalidade ecoloacutegica regional- Conhecimento do estado de fragmentaccedilatildeo dos ecossistemas e sua relaccedilatildeo com as formas de uso da terra existentes- Avaliaccedilatildeo do impacto do uso da terra sobre o funcionamento dos ecossistemas- Avaliaccedilatildeo da dinacircmica temporal dos ecossistemas e sua articulaccedilatildeo com as aacutereas protegidas

Princiacutepio 4 Reconhecendo os possiacuteveis benefiacutecios derivados de sua gestatildeo eacute necessaacuterio compreender e manejar o ecossistema num contexto econocircmico Este tipo de programa de gestatildeo de ecossistemas deveriaa) Diminuir as distorccedilotildees do mercado que repercutem negativamente na diversidade bioloacutegicab) Orientar os incentivos para

- Pesquisa sobre incentivos econocircmicos orientados agrave promoccedilatildeo da conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e conectividade de ecossistemas- Estabelecimento de mecanismos de valoraccedilatildeo e pagamento por serviccedilos ambientais associados agrave conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade

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promover a conservaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel da diversidade bioloacutegicac) Procurar na medida do possiacutevel incorporar os custos e os benefiacutecios no ecossistema de que se tratePrinciacutepio 5 A conservaccedilatildeo da estrutura e o funcionamento dos ecossistemas deveria ser um objetivo prioritaacuterio do enfoque ecossistecircmico para manter os serviccedilos dos ecossistemas

- Aumento do conhecimento da estrutura e funccedilatildeo dos ecossistemas e estabelecimento de uma linha-base incluindo processos essenciais como a fragmentaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo das estrateacutegias de manejo e praacuteticas orientadas agrave restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade- Conhecimento do papel que cumprem os diferentes componentes estruturais e funcionais dos ecossistemas na conectividade tanto biofiacutesicos como culturais (fluxos cercas vivas etc)

Princiacutepio 6 A gestatildeo dos ecossistemas deve ser realizada dentro dos limites de seu funcionamento

- Caracterizaccedilatildeo do uso da terra sua dinacircmica e influecircncia em aacutereas protegidas e aacutereas prioritaacuterias de conservaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo de praacuteticas natildeo sustentaacuteveis e estabelecimento de mecanismos de melhora que promovam a conservaccedilatildeo e a conectividade- Caracterizaccedilatildeo dos processos de fragmentaccedilatildeo e sua relaccedilatildeo com paisagens culturais- A conectividade da paisagem requer estender o conceito de espaccedilos protegidos aleacutem do seus limites administrativos- Estabelecimento de sistemas de monitoramento e avaliaccedilatildeo permanentes

Princiacutepio 7 O enfoque ecossistecircmico se deve aplicar agraves escalas espaciais e temporais apropriadasPrinciacutepio 8 Reconhecendo as diversas escalas temporais e os efeitos retardados que caracterizam os processos dos ecossistemas se deveriam estabelecer objetivos de longo prazo na gestatildeo dos ecossistemasPrinciacutepio 9 A gestatildeo deve reconhecer que mudanccedilas no ecossistema satildeo inevitaacuteveisPrinciacutepio 10 O enfoque ecossistecircmico deve buscar o equiliacutebrio apropriado e a integraccedilatildeo entre a conservaccedilatildeo e o uso da diversidade bioloacutegicaPrinciacutepio 11 O enfoque ecossistecircmico deve considerar todas as formas de informaccedilatildeo relevante incluindo os conhecimentos as inovaccedilotildees e as praacuteticas cientiacuteficas indiacutegenas e locaisPrinciacutepio 12 O enfoque ecossistecircmico deve envolver todos os setores relevantes da sociedade e das disciplinas cientiacuteficas

Em vista disso os princiacutepios do enfoque ecossistecircmico devem ser considerados no estabelecimento planejamento e implementaccedilatildeo de corredores Contudo a IUCN reconhece que natildeo existe uma uacutenica via de aplicaccedilatildeo do Enfoque

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Ecossistecircmico devendo-se considerar os diferentes princiacutepios de maneira flexiacutevel e dar a cada um a relevacircncia apropriada de acordo com as circunstacircncias locais

5 Os Componentes do Corredor

51 As Unidades de Conservaccedilatildeo

Tambeacutem falar de mosaicos de unidades de conservaccedilatildeo

52 As Terras IndiacutegenasProblemas indiacutegenas e conservaccedilatildeo

53 Outras aacutereas protegidasReserva legal APP

54 O Espaccedilo Urbano dentro do Corredor

55 As Aacutereas de Interstiacutecio

6 O Sistema de Gestatildeo do CorredorUnidade de Gestatildeo

Tratar sobre a sostenibilidade financeira da unidade de gestatildeo

D) Sistema e Instrumentos de Gestatildeo de Corredores Ecoloacutegicos apresentar os sistemas e instrumentos de gestatildeo (em todas as 3 etapas - planejamento implementaccedilatildeo e monitoramento) estabelecidos abordando no miacutenimo os seguintes aspectos

quanto agrave estrutura de gestatildeo descrevendo como se processa a formaccedilatildeo de foacuteruns consultivos e deliberativos e suas caracteriacutesticas por exemplo paritaacuterios legiacutetimos representativos e funcionais e

quanto aos instrumentos legais discriminar quais satildeo os instrumentos legais mais adequados para promover a gestatildeo de corredores ecoloacutegicos

Um sistema de coordenaccedilatildeo de accedilotildees e tomada de decisotildees Deveraacute ser implantado gradualmente ou seja a representatividade do sistema de gestatildeo iraacute aumentando conforme vai aumentando a integraccedilatildeo com os diversos atores sociais Eacute uma aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 2 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO manejo deve ser descentralizado no niacutevel mais baixo apropriadordquo

Conselho

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Paridade sociedade e governo dentro do governo (federal estadual e municipal)

Legitimidade

Representatividade

Capacitaccedilatildeo para a governabilidade

Em aacutereas de sobreposiccedilatildeo entre Corredores e Reservas da Biosfera os Conselhos poderatildeo ser uacutenicos

7 A Questatildeo LegalFortalecer o sistema de gestatildeo mediante instrumentos legais para a tomada de

decisotildees

Existe muita demanda do reconhecimento legal dos corredores ecoloacutegicos Benefiacutecios

Limitaccedilotildees

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ApresentaccedilatildeoO objetivo da Parte II eacute mostrar como se podem

iniciar os trabalhos para o estabelecimento de um corredor antes de passar para o seu planejamento portanto indicar-se-atildeo os primeiros passos necessaacuterios para o estabelecimento do corredor desde o momento em que um grupo de pessoas fica motivado com a ideacuteia de trabalhar nesse formato

A maioria das vezes esta fase de implantaccedilatildeo dos corredores natildeo eacute explicitada no histoacuterico dos corredores De fato poucas experiecircncias brasileiras mencionam esta fase de forma expliacutecita Poreacutem ela eacute muito importante para o sucesso do corredor pois representa o momento em que se buscam as primeiras alianccedilas o apoio financeiro e as

oportunidades de atuaccedilatildeo aleacutem de ser o momento em que se identificam aqueles elementos que tecircm que ser inicialmente considerados como a escala de trabalho

Na fase de estabelecimento eacute quando se iniciam os trabalhos de integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais para o trabalho do corredor poreacutem esta atividade deve ser visualizada como um processo ao longo de toda a vida do corredor

As etapas aqui descritas natildeo satildeo as uacutenicas que poderatildeo ser desenvolvidas para o estabelecimento do corredor Outras atividades poderatildeo ser necessaacuterias de acordo com as caracteriacutesticas locais e as circunstacircncias especiacuteficas de cada corredor Inclusive algumas das etapas agora descritas poderatildeo fazer parte da seguinte fase de planejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do Corredor

As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores Sociais

As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

Parte IIEstabeleciment

o

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8 A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do CorredorA maioria dos corredores surge como a ideacuteia de um grupo de pessoas ante a

constataccedilatildeo de determinados problemas ambientais numa determinada aacuterea As indicaccedilotildees da necessidade de estabelecer um corredor podem ser dentre outras

A constataccedilatildeo da fragmentaccedilatildeo da paisagem com pequenos resiacuteduos da matriz original

A percepccedilatildeo da dinacircmica da paisagem onde os ecossistemas alterados estatildeo aumentando

A constataccedilatildeo de mudanccedilas de haacutebitos da populaccedilatildeo que podem levar a uma degradaccedilatildeo ambiental

A pressatildeo de certos grupos de atores sociais que demandam uma maior atenccedilatildeo aos seus problemas sociais e ambientais

Essas indicaccedilotildees podem aparecer de forma isolada ou conjugada Elas podem ser o resultado de um levantamento que esteja sendo realizado no marco de um programa ou projeto jaacute existentes ou podem ser o resultado de um levantamento que jaacute esteja sendo feito com o propoacutesito especiacutefico de estabelecer um corredor Contudo na maioria das vezes essas indicaccedilotildees aparecem de forma difusa e baseada em palpites intuiccedilotildees ou informaccedilotildees parciais

O grupo inicial de pessoas que fica motivado para o estabelecimento do Corredor pode ser representativo tanto da sociedade local como de instacircncias mais afastadas da aacuterea como ONGs nacionais ou oacutergatildeos governamentais federais o que influenciaraacute posteriormente na estrateacutegia de consulta e integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais Caso o corredor tenha surgido nas instacircncias locais se deveraacute iniciar um processo de envolvimento dos atores sociais de baixo para cima (estrateacutegia bottom-up) caso tenha surgido em instacircncias mais centralizadas se deveraacute iniciar um processo de envolvimento de cima para baixo (estrateacutegia top-down)

9 A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

A escala deve estar em funccedilatildeo da capacidade de gestatildeo e das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas da regiatildeo

Aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 7 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve ser desenvolvido na escala espacial e temporal apropriadardquo De acordo com SHEPHERD (2005) o tamanho apropriado eacute aquele que manteacutem as capacidades funcionais e eacute viaacutevel permite conseguir uma capacidade de manejo conhecimentos e experiecircncias e leva em consideraccedilatildeo os limites administrativos e legais

A questatildeo da escala temporal eacute tratada pelo Princiacutepio 8 ver boa traduccedilatildeo As metas devem expressar-se para o longo prazo contudo seraacute inevitaacutevel que algumas requeiram de modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees no caminho para alcanccedilaacute-las

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Caso existam partes do corredor onde natildeo se conte com a colaboraccedilatildeo de nenhuma organizaccedilatildeo social ou instituiccedilatildeo os limites deveratildeo ser repensados buscando um balanccedilo entre o ideal e o possiacutevel (adaptado de SHEPHERD 2005)

Se deve pensar no longo prazo ir aleacutem da vida de um projeto que usualmente eacute de cinco anos

O tempo para os comunitaacuterios e populaccedilotildees tradicionais corre em outra velocidade e os tempos das comunidades devem ser respeitados

10 As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

101 Constataccedilatildeo da necessidade de trabalhar no formato de corredor

102 Formaccedilatildeo de um Grupo de Trabalho InicialEste Grupo de Trabalho Inicial tem como funccedilatildeo principal organizar o

estabelecimento do corredor e a sua coordenaccedilatildeo nesta fase

Coordenaccedilatildeo do corredor nesta fase de estabelecimento a coordenaccedilatildeo pode ser desempenhada pelo grupo de trabalho que se formou Ou pode com o desenho inicial do corredor surgir uma estrutura de coordenaccedilatildeo preliminar juntando os principais atores que se aderiram agrave ideacuteia de corredor

Consideraccedilotildees de possibilidades da gestatildeo

103 Busca do envolvimento inicial para apoio teacutecnico poliacutetico e financeiro (alianccedilas iniciais)

Esta etapa eacute o iniacutecio da aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 1 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoOs objetivos de manejo das terras aacuteguas e recursos vivos satildeo de mateacuteria de interesse da sociedaderdquo e do Princiacutepio 12 ldquoO manejo de ecossistemas deve envolver todos os setores relevantes da sociedade assim como as disciplinas cientiacuteficasrdquo Estes princiacutepios seratildeo aplicados em outras etapas posteriores

104 Desenho inicial do corredorA definiccedilatildeo dos limites do corredor eacute uma das decisotildees mais complexas e

relevantes para a sua gestatildeo com grandes implicaccedilotildees socioeconocircmicas ecoloacutegicas institucionais e de gestatildeo Portanto aconselha-se a identificaccedilatildeo dos limites mediante aproximaccedilotildees sucessivas ao longo do tempo levando em consideraccedilatildeo diversos criteacuterios que seratildeo identificados de acordo com as caracteriacutesticas locais e a dinacircmica regional

O primeiro desenho do corredor poderaacute ser traccedilado pelo Grupo de Trabalho Inicial de forma independente ou com a participaccedilatildeo de pesquisadores eou representantes de instituiccedilotildees governamentais e natildeo-governamentais e da

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sociedade local Neste momento trata-se apenas de identificar o desenho preliminar do corredor que serviraacute como base para a anaacutelise dos principais atores sociais do corredor e as consultas iniciais Portanto eacute apenas a proposta preliminar para uma discussatildeo posterior mais abrangente e participativa

A identificaccedilatildeo dos limites deve ser realizada com fundamento em criteacuterios previamente identificados De uma maneira geral entende-se por criteacuterio aquela caracteriacutestica ou propriedade que serve de base para comparaccedilatildeo julgamento ou apreciaccedilatildeo Para a identificaccedilatildeo dos limites do corredor podem-se utilizar criteacuterios ecoloacutegicos esteacuteticos soacutecio-econocircmicos institucionais de gestatildeo etc A praacutetica no trabalho de corredores demonstra que o principal criteacuterio para a sua delimitaccedilatildeo eacute a existecircncia de unidades de conservaccedilatildeo ou terras indiacutegenas jaacute criadas ou homologadas o que poderia ser denominado de conectividade legal

Poreacutem aleacutem desse criteacuterio deveratildeo ser identificados outros levando em consideraccedilatildeo a funccedilatildeo vital do corredor eou os problemas que se pretendem resolver ou minimizar Recomenda-se que sejam identificados primeiramente os criteacuterios de decisatildeo para depois aplicaacute-los e desenhar os limites

De forma geral podemos identificar vaacuterios grupos de criteacuterios

a) os criteacuterios fiacutesicos relativos a bacias hidrograacuteficas principalmente e unidades geomorfoloacutegicas quando conveniente

b) os criteacuterios ecoloacutegicos principalmente relativos agraves ecorregiotildees1

c) os criteacuterios funcionais relativos agraves questotildees da paisagem como fragmentaccedilatildeo (tamanho diversidade e proximidade do fragmentos) e representatividade

d) os criteacuterios culturais relativos agraves manifestaccedilotildees principalmente em relaccedilatildeo com o envolvimento do homem com a natureza

e) os criteacuterios poliacutetico-administrativos relativos a limites municipais estaduais ou nacionais principalmente e sedes municipais e estaduais quando conveniente

f) os criteacuterios de gestatildeo relativos agrave capacidade e viabilidade da gestatildeo do corredor como territoacuterio e a outras consideraccedilotildees administrativas e legais

g) os criteacuterios de tempo relativos agrave priorizaccedilatildeo da implementaccedilatildeo e a sua viabilidade no longo prazo

Estes criteacuterios devem ser aplicados como filtros que vatildeo conformando um espaccedilo determinado Ainda que natildeo contemplados nessa listagem os criteacuterios da conveniecircncia e oportunidade devem ser tambeacutem oportunamente considerados nos momentos finais do desenho Consideram-se como criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade aqueles por exemplo a inclusatildeo de aacutereas prioritaacuterias para a conservaccedilatildeo ou de espaccedilos submetidos a alta pressatildeo antroacutepica

Desta forma o desenho inicial do corredor deveraacute ser realizado segundo os seguintes passos

1 Aqui entende-se como ecorregiatildeo o conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que compartem uma grande maioria de espeacutecies e dinacircmicas ecoloacutegicas e similares condiccedilotildees ambientais e interagem ecologicamente de forma criacutetica para sua persistecircncia no longo prazo Sobre as ecorregiotildees de Ameacuterica Latina e Caribe consultar DINERSTEIN et al (1995)

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

32

Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

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COSTA E Gestatildeo estrateacutegica Satildeo Paulo Saraiva 2005

COURRAU J El manejo adaptativo en las AP Em Arguedas m E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004 p 248-262

DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

OECD Towards sustainable development environmental indicators Paris OECD 1998 (Versatildeo em portuguecircs em httpwwwoecdorgdataoecd27452345364pdf) acesso em 11102005

OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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Page 4: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A primeira parte trata sobre o marco conceitual para a gestatildeo de corredores As outras quatro consideram as diferentes etapas do ciclo de gestatildeo dos corredores Estas diferentes etapas da gestatildeo natildeo acontecem de forma estanque e independente O mais provaacutevel eacute que exista uma sobreposiccedilatildeo entre umas e outras ao longo do processo da gestatildeo dos corredores Cada uma das partes do documento inicia-se com uma apresentaccedilatildeo que introduz ao que vai ser tratado posteriormente aleacutem de embasar cada etapa dentro do ciclo de gestatildeo

Bla bla bla bla

ATENCcedilAtildeO

Destaque em amarelo para desenvolver ainda um pouco mais

Fonte diferente de Arial ldquocopiadordquo ipsis litteris do artigo de planejamento dos corredores

4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se

o marco conceitual da gestatildeo de corredores no Brasil O marco conceitual expressa o conceito de corredor e sua funccedilatildeo vital e contempla as principais ideacuteias relacionadas com os distintos componentes que formam os corredores e os processos que nele acontecem Tambeacutem considera alguns pensamentos preliminares sobre como esses componentes e processos estatildeo conectados

Aqui tambeacutem seratildeo indicadas quais satildeo as caracteriacutesticas conceituais implicitamente desejaacuteveis no corredor em relaccedilatildeo com as variaacuteveis ambientais sociais e econocircmicas

Bla bla bla

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

5

Toacutepicos

Que Entendemos por CorredorQue Entendemos por Gestatildeo do

Corredor Elementos Transversais da Gestatildeo

Adaptativa dos CorredoresO Enfoque Ecossistecircmico nos

CorredoresOs Componentes do Corredor

As Unidades de ConservaccedilatildeoAs Terras IndiacutegenasOutras aacutereas protegidasAs Aacutereas de InterstiacutecioO espaccedilo urbano dentro do

corredorO Sistema de Gestatildeo do CorredorA Questatildeo Legal

Parte IMarco

Conceitual

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

1 Que Entendemos por Corredor

HistoacutericoConceitoArtiacuteculo de Olatz ndash 2 ou 3Corredores e Reservas da Biosfera os tipos de corredorCorredor de aacutereas protegidasQual eacute a funccedilatildeo vital do corredorA funccedilatildeo vital eacute entendida como uma qualidade essencial que se ausente

descaracteriza-o como tal A funccedilatildeo vital do corredor eacute ldquoconciliar a conservaccedilatildeo da biodiveridade com o processo de desenvolvimento socioeconocircmico regional para a reduccedilatildeo das desigualdades e a promoccedilatildeo da saudaacutevel qualidade de vida das populaccedilotildees residentesrdquo (1ordm seminaacuterio corredores)

eacute um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada e participativa mediante uma abordagem ambiental econocircmica social cultural institucional e de cidadania

Eacute uma forma de aplicar o Princiacutepio 10 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve perseguir um balanccedilo e integraccedilatildeo entre a conservaccedilatildeo e o uso da diversidade bioloacutegicardquo

Caracteriacutesticas conceituais implicitamente desejaacuteveis no corredor em relaccedilatildeo com as variaacuteveis ambientais sociais e econocircmicas

Apropriaccedilatildeo do conceito de corredor por parte da sociedade para que este subsista a longo prazo

Vontade poliacutetica para trabalhar no formato de corredor e consideraacute-lo nos mais altos niacuteveis do executivo (ex junto agrave secretaria de planejamento)

Fomentar alto grau de cooperaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo institucional

Incentivar a articulaccedilatildeo dos diferentes atores realizando os papeacuteis de mediador e facilitador de processos

Negociar eou resolver os conflitos mediante princiacutepios melhor do que mediante posiccedilotildees

Trabalho em rede institucional

2 Que Entendemos por Gestatildeo do Corredor Gestatildeo planejamento implementaccedilatildeo monitoramento corregir

A gestatildeo bioregional

GESTAtildeO adaptativa

A gestatildeo adaptativa surge quando se reconheceu que sempre existe um grau importante de incerteza no processo de planejamento e implementaccedilatildeo pois continuamente aparecem eventos natildeo controlados Eacute impossiacutevel controlar todas as variaacuteveis e componentes que interagem no corredor Uma gestatildeo estaacutetica que assume a existecircncia de total certeza da situaccedilatildeo enxerga de uma forma muito simplista um corredor Assim a gestatildeo adaptativa estaacute baseada em reconhecer que o manejo dos recursos naturais eacute sempre experimental e que se pode aprender a

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partir da implementaccedilatildeo de atividades melhorando o manejo com base no aprendido (IUCN 2000) Assim a gestatildeo adaptativa pressupotildee o planejamento a implementaccedilatildeo e o monitoramento contiacutenuo para controlar as suposiccedilotildees do plano e as consequumlecircncias do manejo e se adaptar agraves mudanccedilas necessaacuterias A gestatildeo adaptativa requer uma resposta raacutepida eficiente e efetiva portanto eacute muito importante atuar no momento apropriado (Adaptado de COURRAU 2004248-262)

Os corredores haacute Problemas e com pouca experiecircncia

3 Elementos Transversais da Gestatildeo Adaptativa dos CorredoresEm todas essas fases existem ainda outros elementos indispensaacuteveis para o

sucesso da gestatildeo dos corredores que devem ser desenvolvidos de forma transversal esses elementos satildeo principalmente

A comunicaccedilatildeo A participaccedilatildeo A transparecircncia A capacitaccedilatildeo

A comunicaccedilatildeo eacute um componente fundamental na gestatildeo do corredor alem de ser a base da participaccedilatildeo Ela eacute essencial para

Conhecer as necessidades interesses preferecircncias restriccedilotildees e potencialidades dos diferentes atores envolvidos

Garantir sua integraccedilatildeo no trabalho de corredor e

Conseguir a credibilidade na estrateacutegia de gestatildeo que se estaacute propondo

A comunicaccedilatildeo deve partir de um princiacutepio baacutesico a utilizaccedilatildeo de uma linguagem comum Portanto natildeo deve ser entendida como um mero processo unilateral de transmissatildeo de informaccedilatildeo Deve entender-se como um processo interativo no qual se proporciona e se recebe informaccedilatildeo de forma clara e compreensiacutevel para todas as partes

A participaccedilatildeo nos corredores deve ser a mais ampla possiacutevel em todas as fases da gestatildeo de todos os setores da sociedade e do governo Uma participaccedilatildeo adequada depende de tempo e de recursos financeiros portanto deve ser previamente planejada com o maacuteximo de detalhe inclusive porque o processo decisoacuterio coletivo eacute extremamente complexo Contudo o sucesso da gestatildeo do corredor depende diretamente do niacutevel e abrangecircncia da participaccedilatildeo A estrateacutegia e meacutetodos utilizados para garantir uma gestatildeo realmente participativa dependeratildeo das condiccedilotildees do corredor Em todo caso a participaccedilatildeo pode ser desenvolvida de forma gradual estendendo-se o processo desde aacutereas ou iniciativas piloto ateacute atingir toda a extensatildeo do corredor

A participaccedilatildeo deve acontecer em todas as fases do ciclo de gestatildeo do corredor

No seu estabelecimento mediante consultas sobre os seus limites

No seu planejamento mediante um processo conjunto de tomada de decisotildees

Na constituiccedilatildeo de alianccedilas para a atuaccedilatildeo conjunta

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No monitoramento da sua efetividade e

Na prestaccedilatildeo de contas dos recursos utilizados que procedam de um fundo especiacutefico para o corredor

O principal instrumento para efetivar a participaccedilatildeo eacute o Comitecirc de Gestatildeo do corredor mas natildeo pode ser o uacutenico Eacute necessaacuterio estabelecer outros foros de discussatildeo e de tomadas de decisatildeo para garantir uma completa participaccedilatildeo de todos os envolvidos

A transparecircncia tambeacutem estaacute vinculada agrave comunicaccedilatildeo e agrave participaccedilatildeo mas bla bla bla eacute uma forma de obter credibilidade e confianccedila

A gestatildeo de um corredor supotildee a realizaccedilatildeo de mudanccedilas mudanccedilas no uso dos recursos naturais mudanccedilas nos modelos de gestatildeo ambiental mudanccedilas nos modelos de tomadas de decisatildeo etc As mudanccedilas natildeo sempre satildeo aceitas por todas as partes havendo oposiccedilatildeo por parte dos que tem sucesso sob as condiccedilotildees atuais Em qualquer caso os agentes das mudanccedilas satildeo as pessoas pelo que natildeo eacute possiacutevel pensar em mudanccedilas sem considerar o fortalecimento de capacidades A capacitaccedilatildeo deve ser entendida na sua forma mais abrangente mas principalmente deve ter como objetivo a potenciaccedilatildeo da lideranccedila e o desenvolvimento de capacidades no niacutevel local

Outros puacuteblicos-alvos da capacitaccedilatildeo deveratildeo ser

A Unidade de Gestatildeo do Corredor

Os teacutecnicos das unidades de conservaccedilatildeo federais estaduais e municipais

Os poliacuteticos e administradores do mais alto escalatildeo dos oacutergatildeos federais estaduais e municipais

Os jornalistas e profissionais dos meios de comunicaccedilatildeo

4 O Enfoque Ecossistecircmico nos CorredoresO Enfoque Ecossistecircmico eacute uma estrateacutegia para a gestatildeo integrada dos

recursos terrestres hiacutedricos e vivos que estaacute sendo apoiada e desenvolvida pela IUCN para introduzir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica na tomada de decisotildees Esse enfoque foi adotado em 1995 pela 2ordf Conferecircncia das Partes da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica como marco de accedilatildeo principal Em 2000 apoacutes um longo processo de consulta e discussatildeo a 5ordf Conferecircncia das Partes emitiu a Decisatildeo V6 onde foram apresentados os doze princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e a metodologia operacional para sua aplicaccedilatildeo

A proposta do Enfoque Ecossistecircmico natildeo eacute um meacutetodo ou modelo novo eacute uma abordagem que engloba o melhor do que foi aprendido na conservaccedilatildeo nos uacuteltimos anos O caraacuteter diferenciador deste enfoque frente a outras muitas abordagens integradas radica na proposta de balancear

a utilizaccedilatildeo de metodologias cientiacuteficas apropriadas que lidam com as estruturas processos funccedilotildees e interaccedilotildees entre organismos e seu meio ambiente

e a colocaccedilatildeo das pessoas no centro do manejo da biodiversidade

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Portanto o Enfoque Ecossistecircmico pode ser entendido como uma compilaccedilatildeo ou sistematizaccedilatildeo de outras estrateacutegias integradas para cumprir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica Eacute um marco metodoloacutegico geral para apoiar decisotildees na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e no planejamento (UNEPCBDCOP7 2004 UNEPCBDCOP5 2000 SMITH e MALTBY 2003)

O Enfoque Ecossistecircmico estaacute estreitamente ligado agrave atuaccedilatildeo no formato de corredor pois ambas as iniciativas pretendem conciliar a conservaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel Uma primeira aproximaccedilatildeo do enfoque ecossistecircmico aplicado aos corredores foi feita por ANDRADE (2004) cujas consideraccedilotildees foram incluiacutedas na seguinte tabela

Tabela 1 Princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e consideraccedilotildees sobre sua aplicaccedilatildeo a corredores (Traduccedilatildeo ao portuguecircs de UNEPCBDCOP5 2000 e ANDRADE A 2004 p 17-20)

PRINCIacutePIOS DO ENFOQUE ECOSSISTEcircMICOPRINCIacutePIOS CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE SUA APLICACcedilAtildeO A

CORREDORESPrinciacutepio 1 A eleiccedilatildeo dos objetivos da gestatildeo dos recursos terrestres hiacutedricos e vivos deve estar em matildeos da sociedade

- Os corredores constituem uma proposta de planejamento e ordenamento do territoacuterio portanto devem basear-se em decisotildees sociais- Articulaccedilatildeo de prioridades de conservaccedilatildeo com outras formas de uso da terra em um espaccedilo geograacutefico especiacutefico- Avaliaccedilatildeo de sistemas de planejamento e ordenamento existentes- Identificaccedilatildeo dos principais conflitos pelo uso e ocupaccedilatildeo do territoacuterio- Identificaccedilatildeo dos setores envolvidos e estabelecimento de mecanismos de participaccedilatildeo de todos os setores

Princiacutepio 2 A gestatildeo deve estar descentralizada ao niacutevel apropriado mais baixo

- Estabelecimento da escala da estrateacutegia segundo os objetivos e prioridades de conservaccedilatildeo- Conhecimento da estrutura poliacutetico-administrativa e niacuteveis de gestatildeo de aacutereas protegidas nacionais regionais etc- Identificaccedilatildeo dos niacuteveis de gestatildeo mais apropriados para cada objetivo

Princiacutepio 3 Os administradores de ecossistemas devem ter em conta os efeitos (reais ou possiacuteveis) de suas atividades nos ecossistemas adjacentes e em outros ecossistemas

- Avaliaccedilatildeo do impacto das formas atuais do uso da terra com os sistemas de aacutereas protegidas e funcionalidade ecoloacutegica regional- Conhecimento do estado de fragmentaccedilatildeo dos ecossistemas e sua relaccedilatildeo com as formas de uso da terra existentes- Avaliaccedilatildeo do impacto do uso da terra sobre o funcionamento dos ecossistemas- Avaliaccedilatildeo da dinacircmica temporal dos ecossistemas e sua articulaccedilatildeo com as aacutereas protegidas

Princiacutepio 4 Reconhecendo os possiacuteveis benefiacutecios derivados de sua gestatildeo eacute necessaacuterio compreender e manejar o ecossistema num contexto econocircmico Este tipo de programa de gestatildeo de ecossistemas deveriaa) Diminuir as distorccedilotildees do mercado que repercutem negativamente na diversidade bioloacutegicab) Orientar os incentivos para

- Pesquisa sobre incentivos econocircmicos orientados agrave promoccedilatildeo da conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e conectividade de ecossistemas- Estabelecimento de mecanismos de valoraccedilatildeo e pagamento por serviccedilos ambientais associados agrave conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade

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promover a conservaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel da diversidade bioloacutegicac) Procurar na medida do possiacutevel incorporar os custos e os benefiacutecios no ecossistema de que se tratePrinciacutepio 5 A conservaccedilatildeo da estrutura e o funcionamento dos ecossistemas deveria ser um objetivo prioritaacuterio do enfoque ecossistecircmico para manter os serviccedilos dos ecossistemas

- Aumento do conhecimento da estrutura e funccedilatildeo dos ecossistemas e estabelecimento de uma linha-base incluindo processos essenciais como a fragmentaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo das estrateacutegias de manejo e praacuteticas orientadas agrave restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade- Conhecimento do papel que cumprem os diferentes componentes estruturais e funcionais dos ecossistemas na conectividade tanto biofiacutesicos como culturais (fluxos cercas vivas etc)

Princiacutepio 6 A gestatildeo dos ecossistemas deve ser realizada dentro dos limites de seu funcionamento

- Caracterizaccedilatildeo do uso da terra sua dinacircmica e influecircncia em aacutereas protegidas e aacutereas prioritaacuterias de conservaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo de praacuteticas natildeo sustentaacuteveis e estabelecimento de mecanismos de melhora que promovam a conservaccedilatildeo e a conectividade- Caracterizaccedilatildeo dos processos de fragmentaccedilatildeo e sua relaccedilatildeo com paisagens culturais- A conectividade da paisagem requer estender o conceito de espaccedilos protegidos aleacutem do seus limites administrativos- Estabelecimento de sistemas de monitoramento e avaliaccedilatildeo permanentes

Princiacutepio 7 O enfoque ecossistecircmico se deve aplicar agraves escalas espaciais e temporais apropriadasPrinciacutepio 8 Reconhecendo as diversas escalas temporais e os efeitos retardados que caracterizam os processos dos ecossistemas se deveriam estabelecer objetivos de longo prazo na gestatildeo dos ecossistemasPrinciacutepio 9 A gestatildeo deve reconhecer que mudanccedilas no ecossistema satildeo inevitaacuteveisPrinciacutepio 10 O enfoque ecossistecircmico deve buscar o equiliacutebrio apropriado e a integraccedilatildeo entre a conservaccedilatildeo e o uso da diversidade bioloacutegicaPrinciacutepio 11 O enfoque ecossistecircmico deve considerar todas as formas de informaccedilatildeo relevante incluindo os conhecimentos as inovaccedilotildees e as praacuteticas cientiacuteficas indiacutegenas e locaisPrinciacutepio 12 O enfoque ecossistecircmico deve envolver todos os setores relevantes da sociedade e das disciplinas cientiacuteficas

Em vista disso os princiacutepios do enfoque ecossistecircmico devem ser considerados no estabelecimento planejamento e implementaccedilatildeo de corredores Contudo a IUCN reconhece que natildeo existe uma uacutenica via de aplicaccedilatildeo do Enfoque

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Ecossistecircmico devendo-se considerar os diferentes princiacutepios de maneira flexiacutevel e dar a cada um a relevacircncia apropriada de acordo com as circunstacircncias locais

5 Os Componentes do Corredor

51 As Unidades de Conservaccedilatildeo

Tambeacutem falar de mosaicos de unidades de conservaccedilatildeo

52 As Terras IndiacutegenasProblemas indiacutegenas e conservaccedilatildeo

53 Outras aacutereas protegidasReserva legal APP

54 O Espaccedilo Urbano dentro do Corredor

55 As Aacutereas de Interstiacutecio

6 O Sistema de Gestatildeo do CorredorUnidade de Gestatildeo

Tratar sobre a sostenibilidade financeira da unidade de gestatildeo

D) Sistema e Instrumentos de Gestatildeo de Corredores Ecoloacutegicos apresentar os sistemas e instrumentos de gestatildeo (em todas as 3 etapas - planejamento implementaccedilatildeo e monitoramento) estabelecidos abordando no miacutenimo os seguintes aspectos

quanto agrave estrutura de gestatildeo descrevendo como se processa a formaccedilatildeo de foacuteruns consultivos e deliberativos e suas caracteriacutesticas por exemplo paritaacuterios legiacutetimos representativos e funcionais e

quanto aos instrumentos legais discriminar quais satildeo os instrumentos legais mais adequados para promover a gestatildeo de corredores ecoloacutegicos

Um sistema de coordenaccedilatildeo de accedilotildees e tomada de decisotildees Deveraacute ser implantado gradualmente ou seja a representatividade do sistema de gestatildeo iraacute aumentando conforme vai aumentando a integraccedilatildeo com os diversos atores sociais Eacute uma aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 2 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO manejo deve ser descentralizado no niacutevel mais baixo apropriadordquo

Conselho

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Paridade sociedade e governo dentro do governo (federal estadual e municipal)

Legitimidade

Representatividade

Capacitaccedilatildeo para a governabilidade

Em aacutereas de sobreposiccedilatildeo entre Corredores e Reservas da Biosfera os Conselhos poderatildeo ser uacutenicos

7 A Questatildeo LegalFortalecer o sistema de gestatildeo mediante instrumentos legais para a tomada de

decisotildees

Existe muita demanda do reconhecimento legal dos corredores ecoloacutegicos Benefiacutecios

Limitaccedilotildees

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ApresentaccedilatildeoO objetivo da Parte II eacute mostrar como se podem

iniciar os trabalhos para o estabelecimento de um corredor antes de passar para o seu planejamento portanto indicar-se-atildeo os primeiros passos necessaacuterios para o estabelecimento do corredor desde o momento em que um grupo de pessoas fica motivado com a ideacuteia de trabalhar nesse formato

A maioria das vezes esta fase de implantaccedilatildeo dos corredores natildeo eacute explicitada no histoacuterico dos corredores De fato poucas experiecircncias brasileiras mencionam esta fase de forma expliacutecita Poreacutem ela eacute muito importante para o sucesso do corredor pois representa o momento em que se buscam as primeiras alianccedilas o apoio financeiro e as

oportunidades de atuaccedilatildeo aleacutem de ser o momento em que se identificam aqueles elementos que tecircm que ser inicialmente considerados como a escala de trabalho

Na fase de estabelecimento eacute quando se iniciam os trabalhos de integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais para o trabalho do corredor poreacutem esta atividade deve ser visualizada como um processo ao longo de toda a vida do corredor

As etapas aqui descritas natildeo satildeo as uacutenicas que poderatildeo ser desenvolvidas para o estabelecimento do corredor Outras atividades poderatildeo ser necessaacuterias de acordo com as caracteriacutesticas locais e as circunstacircncias especiacuteficas de cada corredor Inclusive algumas das etapas agora descritas poderatildeo fazer parte da seguinte fase de planejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do Corredor

As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores Sociais

As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

Parte IIEstabeleciment

o

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8 A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do CorredorA maioria dos corredores surge como a ideacuteia de um grupo de pessoas ante a

constataccedilatildeo de determinados problemas ambientais numa determinada aacuterea As indicaccedilotildees da necessidade de estabelecer um corredor podem ser dentre outras

A constataccedilatildeo da fragmentaccedilatildeo da paisagem com pequenos resiacuteduos da matriz original

A percepccedilatildeo da dinacircmica da paisagem onde os ecossistemas alterados estatildeo aumentando

A constataccedilatildeo de mudanccedilas de haacutebitos da populaccedilatildeo que podem levar a uma degradaccedilatildeo ambiental

A pressatildeo de certos grupos de atores sociais que demandam uma maior atenccedilatildeo aos seus problemas sociais e ambientais

Essas indicaccedilotildees podem aparecer de forma isolada ou conjugada Elas podem ser o resultado de um levantamento que esteja sendo realizado no marco de um programa ou projeto jaacute existentes ou podem ser o resultado de um levantamento que jaacute esteja sendo feito com o propoacutesito especiacutefico de estabelecer um corredor Contudo na maioria das vezes essas indicaccedilotildees aparecem de forma difusa e baseada em palpites intuiccedilotildees ou informaccedilotildees parciais

O grupo inicial de pessoas que fica motivado para o estabelecimento do Corredor pode ser representativo tanto da sociedade local como de instacircncias mais afastadas da aacuterea como ONGs nacionais ou oacutergatildeos governamentais federais o que influenciaraacute posteriormente na estrateacutegia de consulta e integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais Caso o corredor tenha surgido nas instacircncias locais se deveraacute iniciar um processo de envolvimento dos atores sociais de baixo para cima (estrateacutegia bottom-up) caso tenha surgido em instacircncias mais centralizadas se deveraacute iniciar um processo de envolvimento de cima para baixo (estrateacutegia top-down)

9 A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

A escala deve estar em funccedilatildeo da capacidade de gestatildeo e das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas da regiatildeo

Aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 7 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve ser desenvolvido na escala espacial e temporal apropriadardquo De acordo com SHEPHERD (2005) o tamanho apropriado eacute aquele que manteacutem as capacidades funcionais e eacute viaacutevel permite conseguir uma capacidade de manejo conhecimentos e experiecircncias e leva em consideraccedilatildeo os limites administrativos e legais

A questatildeo da escala temporal eacute tratada pelo Princiacutepio 8 ver boa traduccedilatildeo As metas devem expressar-se para o longo prazo contudo seraacute inevitaacutevel que algumas requeiram de modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees no caminho para alcanccedilaacute-las

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Caso existam partes do corredor onde natildeo se conte com a colaboraccedilatildeo de nenhuma organizaccedilatildeo social ou instituiccedilatildeo os limites deveratildeo ser repensados buscando um balanccedilo entre o ideal e o possiacutevel (adaptado de SHEPHERD 2005)

Se deve pensar no longo prazo ir aleacutem da vida de um projeto que usualmente eacute de cinco anos

O tempo para os comunitaacuterios e populaccedilotildees tradicionais corre em outra velocidade e os tempos das comunidades devem ser respeitados

10 As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

101 Constataccedilatildeo da necessidade de trabalhar no formato de corredor

102 Formaccedilatildeo de um Grupo de Trabalho InicialEste Grupo de Trabalho Inicial tem como funccedilatildeo principal organizar o

estabelecimento do corredor e a sua coordenaccedilatildeo nesta fase

Coordenaccedilatildeo do corredor nesta fase de estabelecimento a coordenaccedilatildeo pode ser desempenhada pelo grupo de trabalho que se formou Ou pode com o desenho inicial do corredor surgir uma estrutura de coordenaccedilatildeo preliminar juntando os principais atores que se aderiram agrave ideacuteia de corredor

Consideraccedilotildees de possibilidades da gestatildeo

103 Busca do envolvimento inicial para apoio teacutecnico poliacutetico e financeiro (alianccedilas iniciais)

Esta etapa eacute o iniacutecio da aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 1 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoOs objetivos de manejo das terras aacuteguas e recursos vivos satildeo de mateacuteria de interesse da sociedaderdquo e do Princiacutepio 12 ldquoO manejo de ecossistemas deve envolver todos os setores relevantes da sociedade assim como as disciplinas cientiacuteficasrdquo Estes princiacutepios seratildeo aplicados em outras etapas posteriores

104 Desenho inicial do corredorA definiccedilatildeo dos limites do corredor eacute uma das decisotildees mais complexas e

relevantes para a sua gestatildeo com grandes implicaccedilotildees socioeconocircmicas ecoloacutegicas institucionais e de gestatildeo Portanto aconselha-se a identificaccedilatildeo dos limites mediante aproximaccedilotildees sucessivas ao longo do tempo levando em consideraccedilatildeo diversos criteacuterios que seratildeo identificados de acordo com as caracteriacutesticas locais e a dinacircmica regional

O primeiro desenho do corredor poderaacute ser traccedilado pelo Grupo de Trabalho Inicial de forma independente ou com a participaccedilatildeo de pesquisadores eou representantes de instituiccedilotildees governamentais e natildeo-governamentais e da

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sociedade local Neste momento trata-se apenas de identificar o desenho preliminar do corredor que serviraacute como base para a anaacutelise dos principais atores sociais do corredor e as consultas iniciais Portanto eacute apenas a proposta preliminar para uma discussatildeo posterior mais abrangente e participativa

A identificaccedilatildeo dos limites deve ser realizada com fundamento em criteacuterios previamente identificados De uma maneira geral entende-se por criteacuterio aquela caracteriacutestica ou propriedade que serve de base para comparaccedilatildeo julgamento ou apreciaccedilatildeo Para a identificaccedilatildeo dos limites do corredor podem-se utilizar criteacuterios ecoloacutegicos esteacuteticos soacutecio-econocircmicos institucionais de gestatildeo etc A praacutetica no trabalho de corredores demonstra que o principal criteacuterio para a sua delimitaccedilatildeo eacute a existecircncia de unidades de conservaccedilatildeo ou terras indiacutegenas jaacute criadas ou homologadas o que poderia ser denominado de conectividade legal

Poreacutem aleacutem desse criteacuterio deveratildeo ser identificados outros levando em consideraccedilatildeo a funccedilatildeo vital do corredor eou os problemas que se pretendem resolver ou minimizar Recomenda-se que sejam identificados primeiramente os criteacuterios de decisatildeo para depois aplicaacute-los e desenhar os limites

De forma geral podemos identificar vaacuterios grupos de criteacuterios

a) os criteacuterios fiacutesicos relativos a bacias hidrograacuteficas principalmente e unidades geomorfoloacutegicas quando conveniente

b) os criteacuterios ecoloacutegicos principalmente relativos agraves ecorregiotildees1

c) os criteacuterios funcionais relativos agraves questotildees da paisagem como fragmentaccedilatildeo (tamanho diversidade e proximidade do fragmentos) e representatividade

d) os criteacuterios culturais relativos agraves manifestaccedilotildees principalmente em relaccedilatildeo com o envolvimento do homem com a natureza

e) os criteacuterios poliacutetico-administrativos relativos a limites municipais estaduais ou nacionais principalmente e sedes municipais e estaduais quando conveniente

f) os criteacuterios de gestatildeo relativos agrave capacidade e viabilidade da gestatildeo do corredor como territoacuterio e a outras consideraccedilotildees administrativas e legais

g) os criteacuterios de tempo relativos agrave priorizaccedilatildeo da implementaccedilatildeo e a sua viabilidade no longo prazo

Estes criteacuterios devem ser aplicados como filtros que vatildeo conformando um espaccedilo determinado Ainda que natildeo contemplados nessa listagem os criteacuterios da conveniecircncia e oportunidade devem ser tambeacutem oportunamente considerados nos momentos finais do desenho Consideram-se como criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade aqueles por exemplo a inclusatildeo de aacutereas prioritaacuterias para a conservaccedilatildeo ou de espaccedilos submetidos a alta pressatildeo antroacutepica

Desta forma o desenho inicial do corredor deveraacute ser realizado segundo os seguintes passos

1 Aqui entende-se como ecorregiatildeo o conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que compartem uma grande maioria de espeacutecies e dinacircmicas ecoloacutegicas e similares condiccedilotildees ambientais e interagem ecologicamente de forma criacutetica para sua persistecircncia no longo prazo Sobre as ecorregiotildees de Ameacuterica Latina e Caribe consultar DINERSTEIN et al (1995)

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Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

BIBLIOGRAFIAANDRADE A Enfoque ecosisteacutemico y corredores bioloacutegicos Em Cracco M y Guerrero E (Editores) Aplicacioacuten del Enfoque Ecosisteacutemico a la Gestioacuten de Coredores em Ameacuterica del Sur Memorias del Taller Regional 3 l 5 de junio Quito Ecuador IUCN 2004 p 17-20

ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

CASES O 2005 ldquoO papel do planejamento nos corredoresrdquo In Gestatildeo integrada de ecossistemas aplicada a corredores ecoloacutegicos Moacir Arruda (organizador) Brasiacutelia IBAMA Pp 55-71

COSTA E Gestatildeo estrateacutegica Satildeo Paulo Saraiva 2005

COURRAU J El manejo adaptativo en las AP Em Arguedas m E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004 p 248-262

DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

OECD Towards sustainable development environmental indicators Paris OECD 1998 (Versatildeo em portuguecircs em httpwwwoecdorgdataoecd27452345364pdf) acesso em 11102005

OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 5: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se

o marco conceitual da gestatildeo de corredores no Brasil O marco conceitual expressa o conceito de corredor e sua funccedilatildeo vital e contempla as principais ideacuteias relacionadas com os distintos componentes que formam os corredores e os processos que nele acontecem Tambeacutem considera alguns pensamentos preliminares sobre como esses componentes e processos estatildeo conectados

Aqui tambeacutem seratildeo indicadas quais satildeo as caracteriacutesticas conceituais implicitamente desejaacuteveis no corredor em relaccedilatildeo com as variaacuteveis ambientais sociais e econocircmicas

Bla bla bla

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Que Entendemos por CorredorQue Entendemos por Gestatildeo do

Corredor Elementos Transversais da Gestatildeo

Adaptativa dos CorredoresO Enfoque Ecossistecircmico nos

CorredoresOs Componentes do Corredor

As Unidades de ConservaccedilatildeoAs Terras IndiacutegenasOutras aacutereas protegidasAs Aacutereas de InterstiacutecioO espaccedilo urbano dentro do

corredorO Sistema de Gestatildeo do CorredorA Questatildeo Legal

Parte IMarco

Conceitual

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

1 Que Entendemos por Corredor

HistoacutericoConceitoArtiacuteculo de Olatz ndash 2 ou 3Corredores e Reservas da Biosfera os tipos de corredorCorredor de aacutereas protegidasQual eacute a funccedilatildeo vital do corredorA funccedilatildeo vital eacute entendida como uma qualidade essencial que se ausente

descaracteriza-o como tal A funccedilatildeo vital do corredor eacute ldquoconciliar a conservaccedilatildeo da biodiveridade com o processo de desenvolvimento socioeconocircmico regional para a reduccedilatildeo das desigualdades e a promoccedilatildeo da saudaacutevel qualidade de vida das populaccedilotildees residentesrdquo (1ordm seminaacuterio corredores)

eacute um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada e participativa mediante uma abordagem ambiental econocircmica social cultural institucional e de cidadania

Eacute uma forma de aplicar o Princiacutepio 10 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve perseguir um balanccedilo e integraccedilatildeo entre a conservaccedilatildeo e o uso da diversidade bioloacutegicardquo

Caracteriacutesticas conceituais implicitamente desejaacuteveis no corredor em relaccedilatildeo com as variaacuteveis ambientais sociais e econocircmicas

Apropriaccedilatildeo do conceito de corredor por parte da sociedade para que este subsista a longo prazo

Vontade poliacutetica para trabalhar no formato de corredor e consideraacute-lo nos mais altos niacuteveis do executivo (ex junto agrave secretaria de planejamento)

Fomentar alto grau de cooperaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo institucional

Incentivar a articulaccedilatildeo dos diferentes atores realizando os papeacuteis de mediador e facilitador de processos

Negociar eou resolver os conflitos mediante princiacutepios melhor do que mediante posiccedilotildees

Trabalho em rede institucional

2 Que Entendemos por Gestatildeo do Corredor Gestatildeo planejamento implementaccedilatildeo monitoramento corregir

A gestatildeo bioregional

GESTAtildeO adaptativa

A gestatildeo adaptativa surge quando se reconheceu que sempre existe um grau importante de incerteza no processo de planejamento e implementaccedilatildeo pois continuamente aparecem eventos natildeo controlados Eacute impossiacutevel controlar todas as variaacuteveis e componentes que interagem no corredor Uma gestatildeo estaacutetica que assume a existecircncia de total certeza da situaccedilatildeo enxerga de uma forma muito simplista um corredor Assim a gestatildeo adaptativa estaacute baseada em reconhecer que o manejo dos recursos naturais eacute sempre experimental e que se pode aprender a

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

partir da implementaccedilatildeo de atividades melhorando o manejo com base no aprendido (IUCN 2000) Assim a gestatildeo adaptativa pressupotildee o planejamento a implementaccedilatildeo e o monitoramento contiacutenuo para controlar as suposiccedilotildees do plano e as consequumlecircncias do manejo e se adaptar agraves mudanccedilas necessaacuterias A gestatildeo adaptativa requer uma resposta raacutepida eficiente e efetiva portanto eacute muito importante atuar no momento apropriado (Adaptado de COURRAU 2004248-262)

Os corredores haacute Problemas e com pouca experiecircncia

3 Elementos Transversais da Gestatildeo Adaptativa dos CorredoresEm todas essas fases existem ainda outros elementos indispensaacuteveis para o

sucesso da gestatildeo dos corredores que devem ser desenvolvidos de forma transversal esses elementos satildeo principalmente

A comunicaccedilatildeo A participaccedilatildeo A transparecircncia A capacitaccedilatildeo

A comunicaccedilatildeo eacute um componente fundamental na gestatildeo do corredor alem de ser a base da participaccedilatildeo Ela eacute essencial para

Conhecer as necessidades interesses preferecircncias restriccedilotildees e potencialidades dos diferentes atores envolvidos

Garantir sua integraccedilatildeo no trabalho de corredor e

Conseguir a credibilidade na estrateacutegia de gestatildeo que se estaacute propondo

A comunicaccedilatildeo deve partir de um princiacutepio baacutesico a utilizaccedilatildeo de uma linguagem comum Portanto natildeo deve ser entendida como um mero processo unilateral de transmissatildeo de informaccedilatildeo Deve entender-se como um processo interativo no qual se proporciona e se recebe informaccedilatildeo de forma clara e compreensiacutevel para todas as partes

A participaccedilatildeo nos corredores deve ser a mais ampla possiacutevel em todas as fases da gestatildeo de todos os setores da sociedade e do governo Uma participaccedilatildeo adequada depende de tempo e de recursos financeiros portanto deve ser previamente planejada com o maacuteximo de detalhe inclusive porque o processo decisoacuterio coletivo eacute extremamente complexo Contudo o sucesso da gestatildeo do corredor depende diretamente do niacutevel e abrangecircncia da participaccedilatildeo A estrateacutegia e meacutetodos utilizados para garantir uma gestatildeo realmente participativa dependeratildeo das condiccedilotildees do corredor Em todo caso a participaccedilatildeo pode ser desenvolvida de forma gradual estendendo-se o processo desde aacutereas ou iniciativas piloto ateacute atingir toda a extensatildeo do corredor

A participaccedilatildeo deve acontecer em todas as fases do ciclo de gestatildeo do corredor

No seu estabelecimento mediante consultas sobre os seus limites

No seu planejamento mediante um processo conjunto de tomada de decisotildees

Na constituiccedilatildeo de alianccedilas para a atuaccedilatildeo conjunta

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

No monitoramento da sua efetividade e

Na prestaccedilatildeo de contas dos recursos utilizados que procedam de um fundo especiacutefico para o corredor

O principal instrumento para efetivar a participaccedilatildeo eacute o Comitecirc de Gestatildeo do corredor mas natildeo pode ser o uacutenico Eacute necessaacuterio estabelecer outros foros de discussatildeo e de tomadas de decisatildeo para garantir uma completa participaccedilatildeo de todos os envolvidos

A transparecircncia tambeacutem estaacute vinculada agrave comunicaccedilatildeo e agrave participaccedilatildeo mas bla bla bla eacute uma forma de obter credibilidade e confianccedila

A gestatildeo de um corredor supotildee a realizaccedilatildeo de mudanccedilas mudanccedilas no uso dos recursos naturais mudanccedilas nos modelos de gestatildeo ambiental mudanccedilas nos modelos de tomadas de decisatildeo etc As mudanccedilas natildeo sempre satildeo aceitas por todas as partes havendo oposiccedilatildeo por parte dos que tem sucesso sob as condiccedilotildees atuais Em qualquer caso os agentes das mudanccedilas satildeo as pessoas pelo que natildeo eacute possiacutevel pensar em mudanccedilas sem considerar o fortalecimento de capacidades A capacitaccedilatildeo deve ser entendida na sua forma mais abrangente mas principalmente deve ter como objetivo a potenciaccedilatildeo da lideranccedila e o desenvolvimento de capacidades no niacutevel local

Outros puacuteblicos-alvos da capacitaccedilatildeo deveratildeo ser

A Unidade de Gestatildeo do Corredor

Os teacutecnicos das unidades de conservaccedilatildeo federais estaduais e municipais

Os poliacuteticos e administradores do mais alto escalatildeo dos oacutergatildeos federais estaduais e municipais

Os jornalistas e profissionais dos meios de comunicaccedilatildeo

4 O Enfoque Ecossistecircmico nos CorredoresO Enfoque Ecossistecircmico eacute uma estrateacutegia para a gestatildeo integrada dos

recursos terrestres hiacutedricos e vivos que estaacute sendo apoiada e desenvolvida pela IUCN para introduzir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica na tomada de decisotildees Esse enfoque foi adotado em 1995 pela 2ordf Conferecircncia das Partes da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica como marco de accedilatildeo principal Em 2000 apoacutes um longo processo de consulta e discussatildeo a 5ordf Conferecircncia das Partes emitiu a Decisatildeo V6 onde foram apresentados os doze princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e a metodologia operacional para sua aplicaccedilatildeo

A proposta do Enfoque Ecossistecircmico natildeo eacute um meacutetodo ou modelo novo eacute uma abordagem que engloba o melhor do que foi aprendido na conservaccedilatildeo nos uacuteltimos anos O caraacuteter diferenciador deste enfoque frente a outras muitas abordagens integradas radica na proposta de balancear

a utilizaccedilatildeo de metodologias cientiacuteficas apropriadas que lidam com as estruturas processos funccedilotildees e interaccedilotildees entre organismos e seu meio ambiente

e a colocaccedilatildeo das pessoas no centro do manejo da biodiversidade

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Portanto o Enfoque Ecossistecircmico pode ser entendido como uma compilaccedilatildeo ou sistematizaccedilatildeo de outras estrateacutegias integradas para cumprir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica Eacute um marco metodoloacutegico geral para apoiar decisotildees na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e no planejamento (UNEPCBDCOP7 2004 UNEPCBDCOP5 2000 SMITH e MALTBY 2003)

O Enfoque Ecossistecircmico estaacute estreitamente ligado agrave atuaccedilatildeo no formato de corredor pois ambas as iniciativas pretendem conciliar a conservaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel Uma primeira aproximaccedilatildeo do enfoque ecossistecircmico aplicado aos corredores foi feita por ANDRADE (2004) cujas consideraccedilotildees foram incluiacutedas na seguinte tabela

Tabela 1 Princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e consideraccedilotildees sobre sua aplicaccedilatildeo a corredores (Traduccedilatildeo ao portuguecircs de UNEPCBDCOP5 2000 e ANDRADE A 2004 p 17-20)

PRINCIacutePIOS DO ENFOQUE ECOSSISTEcircMICOPRINCIacutePIOS CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE SUA APLICACcedilAtildeO A

CORREDORESPrinciacutepio 1 A eleiccedilatildeo dos objetivos da gestatildeo dos recursos terrestres hiacutedricos e vivos deve estar em matildeos da sociedade

- Os corredores constituem uma proposta de planejamento e ordenamento do territoacuterio portanto devem basear-se em decisotildees sociais- Articulaccedilatildeo de prioridades de conservaccedilatildeo com outras formas de uso da terra em um espaccedilo geograacutefico especiacutefico- Avaliaccedilatildeo de sistemas de planejamento e ordenamento existentes- Identificaccedilatildeo dos principais conflitos pelo uso e ocupaccedilatildeo do territoacuterio- Identificaccedilatildeo dos setores envolvidos e estabelecimento de mecanismos de participaccedilatildeo de todos os setores

Princiacutepio 2 A gestatildeo deve estar descentralizada ao niacutevel apropriado mais baixo

- Estabelecimento da escala da estrateacutegia segundo os objetivos e prioridades de conservaccedilatildeo- Conhecimento da estrutura poliacutetico-administrativa e niacuteveis de gestatildeo de aacutereas protegidas nacionais regionais etc- Identificaccedilatildeo dos niacuteveis de gestatildeo mais apropriados para cada objetivo

Princiacutepio 3 Os administradores de ecossistemas devem ter em conta os efeitos (reais ou possiacuteveis) de suas atividades nos ecossistemas adjacentes e em outros ecossistemas

- Avaliaccedilatildeo do impacto das formas atuais do uso da terra com os sistemas de aacutereas protegidas e funcionalidade ecoloacutegica regional- Conhecimento do estado de fragmentaccedilatildeo dos ecossistemas e sua relaccedilatildeo com as formas de uso da terra existentes- Avaliaccedilatildeo do impacto do uso da terra sobre o funcionamento dos ecossistemas- Avaliaccedilatildeo da dinacircmica temporal dos ecossistemas e sua articulaccedilatildeo com as aacutereas protegidas

Princiacutepio 4 Reconhecendo os possiacuteveis benefiacutecios derivados de sua gestatildeo eacute necessaacuterio compreender e manejar o ecossistema num contexto econocircmico Este tipo de programa de gestatildeo de ecossistemas deveriaa) Diminuir as distorccedilotildees do mercado que repercutem negativamente na diversidade bioloacutegicab) Orientar os incentivos para

- Pesquisa sobre incentivos econocircmicos orientados agrave promoccedilatildeo da conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e conectividade de ecossistemas- Estabelecimento de mecanismos de valoraccedilatildeo e pagamento por serviccedilos ambientais associados agrave conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade

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promover a conservaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel da diversidade bioloacutegicac) Procurar na medida do possiacutevel incorporar os custos e os benefiacutecios no ecossistema de que se tratePrinciacutepio 5 A conservaccedilatildeo da estrutura e o funcionamento dos ecossistemas deveria ser um objetivo prioritaacuterio do enfoque ecossistecircmico para manter os serviccedilos dos ecossistemas

- Aumento do conhecimento da estrutura e funccedilatildeo dos ecossistemas e estabelecimento de uma linha-base incluindo processos essenciais como a fragmentaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo das estrateacutegias de manejo e praacuteticas orientadas agrave restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade- Conhecimento do papel que cumprem os diferentes componentes estruturais e funcionais dos ecossistemas na conectividade tanto biofiacutesicos como culturais (fluxos cercas vivas etc)

Princiacutepio 6 A gestatildeo dos ecossistemas deve ser realizada dentro dos limites de seu funcionamento

- Caracterizaccedilatildeo do uso da terra sua dinacircmica e influecircncia em aacutereas protegidas e aacutereas prioritaacuterias de conservaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo de praacuteticas natildeo sustentaacuteveis e estabelecimento de mecanismos de melhora que promovam a conservaccedilatildeo e a conectividade- Caracterizaccedilatildeo dos processos de fragmentaccedilatildeo e sua relaccedilatildeo com paisagens culturais- A conectividade da paisagem requer estender o conceito de espaccedilos protegidos aleacutem do seus limites administrativos- Estabelecimento de sistemas de monitoramento e avaliaccedilatildeo permanentes

Princiacutepio 7 O enfoque ecossistecircmico se deve aplicar agraves escalas espaciais e temporais apropriadasPrinciacutepio 8 Reconhecendo as diversas escalas temporais e os efeitos retardados que caracterizam os processos dos ecossistemas se deveriam estabelecer objetivos de longo prazo na gestatildeo dos ecossistemasPrinciacutepio 9 A gestatildeo deve reconhecer que mudanccedilas no ecossistema satildeo inevitaacuteveisPrinciacutepio 10 O enfoque ecossistecircmico deve buscar o equiliacutebrio apropriado e a integraccedilatildeo entre a conservaccedilatildeo e o uso da diversidade bioloacutegicaPrinciacutepio 11 O enfoque ecossistecircmico deve considerar todas as formas de informaccedilatildeo relevante incluindo os conhecimentos as inovaccedilotildees e as praacuteticas cientiacuteficas indiacutegenas e locaisPrinciacutepio 12 O enfoque ecossistecircmico deve envolver todos os setores relevantes da sociedade e das disciplinas cientiacuteficas

Em vista disso os princiacutepios do enfoque ecossistecircmico devem ser considerados no estabelecimento planejamento e implementaccedilatildeo de corredores Contudo a IUCN reconhece que natildeo existe uma uacutenica via de aplicaccedilatildeo do Enfoque

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Ecossistecircmico devendo-se considerar os diferentes princiacutepios de maneira flexiacutevel e dar a cada um a relevacircncia apropriada de acordo com as circunstacircncias locais

5 Os Componentes do Corredor

51 As Unidades de Conservaccedilatildeo

Tambeacutem falar de mosaicos de unidades de conservaccedilatildeo

52 As Terras IndiacutegenasProblemas indiacutegenas e conservaccedilatildeo

53 Outras aacutereas protegidasReserva legal APP

54 O Espaccedilo Urbano dentro do Corredor

55 As Aacutereas de Interstiacutecio

6 O Sistema de Gestatildeo do CorredorUnidade de Gestatildeo

Tratar sobre a sostenibilidade financeira da unidade de gestatildeo

D) Sistema e Instrumentos de Gestatildeo de Corredores Ecoloacutegicos apresentar os sistemas e instrumentos de gestatildeo (em todas as 3 etapas - planejamento implementaccedilatildeo e monitoramento) estabelecidos abordando no miacutenimo os seguintes aspectos

quanto agrave estrutura de gestatildeo descrevendo como se processa a formaccedilatildeo de foacuteruns consultivos e deliberativos e suas caracteriacutesticas por exemplo paritaacuterios legiacutetimos representativos e funcionais e

quanto aos instrumentos legais discriminar quais satildeo os instrumentos legais mais adequados para promover a gestatildeo de corredores ecoloacutegicos

Um sistema de coordenaccedilatildeo de accedilotildees e tomada de decisotildees Deveraacute ser implantado gradualmente ou seja a representatividade do sistema de gestatildeo iraacute aumentando conforme vai aumentando a integraccedilatildeo com os diversos atores sociais Eacute uma aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 2 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO manejo deve ser descentralizado no niacutevel mais baixo apropriadordquo

Conselho

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Paridade sociedade e governo dentro do governo (federal estadual e municipal)

Legitimidade

Representatividade

Capacitaccedilatildeo para a governabilidade

Em aacutereas de sobreposiccedilatildeo entre Corredores e Reservas da Biosfera os Conselhos poderatildeo ser uacutenicos

7 A Questatildeo LegalFortalecer o sistema de gestatildeo mediante instrumentos legais para a tomada de

decisotildees

Existe muita demanda do reconhecimento legal dos corredores ecoloacutegicos Benefiacutecios

Limitaccedilotildees

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ApresentaccedilatildeoO objetivo da Parte II eacute mostrar como se podem

iniciar os trabalhos para o estabelecimento de um corredor antes de passar para o seu planejamento portanto indicar-se-atildeo os primeiros passos necessaacuterios para o estabelecimento do corredor desde o momento em que um grupo de pessoas fica motivado com a ideacuteia de trabalhar nesse formato

A maioria das vezes esta fase de implantaccedilatildeo dos corredores natildeo eacute explicitada no histoacuterico dos corredores De fato poucas experiecircncias brasileiras mencionam esta fase de forma expliacutecita Poreacutem ela eacute muito importante para o sucesso do corredor pois representa o momento em que se buscam as primeiras alianccedilas o apoio financeiro e as

oportunidades de atuaccedilatildeo aleacutem de ser o momento em que se identificam aqueles elementos que tecircm que ser inicialmente considerados como a escala de trabalho

Na fase de estabelecimento eacute quando se iniciam os trabalhos de integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais para o trabalho do corredor poreacutem esta atividade deve ser visualizada como um processo ao longo de toda a vida do corredor

As etapas aqui descritas natildeo satildeo as uacutenicas que poderatildeo ser desenvolvidas para o estabelecimento do corredor Outras atividades poderatildeo ser necessaacuterias de acordo com as caracteriacutesticas locais e as circunstacircncias especiacuteficas de cada corredor Inclusive algumas das etapas agora descritas poderatildeo fazer parte da seguinte fase de planejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do Corredor

As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores Sociais

As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

Parte IIEstabeleciment

o

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8 A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do CorredorA maioria dos corredores surge como a ideacuteia de um grupo de pessoas ante a

constataccedilatildeo de determinados problemas ambientais numa determinada aacuterea As indicaccedilotildees da necessidade de estabelecer um corredor podem ser dentre outras

A constataccedilatildeo da fragmentaccedilatildeo da paisagem com pequenos resiacuteduos da matriz original

A percepccedilatildeo da dinacircmica da paisagem onde os ecossistemas alterados estatildeo aumentando

A constataccedilatildeo de mudanccedilas de haacutebitos da populaccedilatildeo que podem levar a uma degradaccedilatildeo ambiental

A pressatildeo de certos grupos de atores sociais que demandam uma maior atenccedilatildeo aos seus problemas sociais e ambientais

Essas indicaccedilotildees podem aparecer de forma isolada ou conjugada Elas podem ser o resultado de um levantamento que esteja sendo realizado no marco de um programa ou projeto jaacute existentes ou podem ser o resultado de um levantamento que jaacute esteja sendo feito com o propoacutesito especiacutefico de estabelecer um corredor Contudo na maioria das vezes essas indicaccedilotildees aparecem de forma difusa e baseada em palpites intuiccedilotildees ou informaccedilotildees parciais

O grupo inicial de pessoas que fica motivado para o estabelecimento do Corredor pode ser representativo tanto da sociedade local como de instacircncias mais afastadas da aacuterea como ONGs nacionais ou oacutergatildeos governamentais federais o que influenciaraacute posteriormente na estrateacutegia de consulta e integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais Caso o corredor tenha surgido nas instacircncias locais se deveraacute iniciar um processo de envolvimento dos atores sociais de baixo para cima (estrateacutegia bottom-up) caso tenha surgido em instacircncias mais centralizadas se deveraacute iniciar um processo de envolvimento de cima para baixo (estrateacutegia top-down)

9 A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

A escala deve estar em funccedilatildeo da capacidade de gestatildeo e das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas da regiatildeo

Aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 7 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve ser desenvolvido na escala espacial e temporal apropriadardquo De acordo com SHEPHERD (2005) o tamanho apropriado eacute aquele que manteacutem as capacidades funcionais e eacute viaacutevel permite conseguir uma capacidade de manejo conhecimentos e experiecircncias e leva em consideraccedilatildeo os limites administrativos e legais

A questatildeo da escala temporal eacute tratada pelo Princiacutepio 8 ver boa traduccedilatildeo As metas devem expressar-se para o longo prazo contudo seraacute inevitaacutevel que algumas requeiram de modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees no caminho para alcanccedilaacute-las

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Caso existam partes do corredor onde natildeo se conte com a colaboraccedilatildeo de nenhuma organizaccedilatildeo social ou instituiccedilatildeo os limites deveratildeo ser repensados buscando um balanccedilo entre o ideal e o possiacutevel (adaptado de SHEPHERD 2005)

Se deve pensar no longo prazo ir aleacutem da vida de um projeto que usualmente eacute de cinco anos

O tempo para os comunitaacuterios e populaccedilotildees tradicionais corre em outra velocidade e os tempos das comunidades devem ser respeitados

10 As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

101 Constataccedilatildeo da necessidade de trabalhar no formato de corredor

102 Formaccedilatildeo de um Grupo de Trabalho InicialEste Grupo de Trabalho Inicial tem como funccedilatildeo principal organizar o

estabelecimento do corredor e a sua coordenaccedilatildeo nesta fase

Coordenaccedilatildeo do corredor nesta fase de estabelecimento a coordenaccedilatildeo pode ser desempenhada pelo grupo de trabalho que se formou Ou pode com o desenho inicial do corredor surgir uma estrutura de coordenaccedilatildeo preliminar juntando os principais atores que se aderiram agrave ideacuteia de corredor

Consideraccedilotildees de possibilidades da gestatildeo

103 Busca do envolvimento inicial para apoio teacutecnico poliacutetico e financeiro (alianccedilas iniciais)

Esta etapa eacute o iniacutecio da aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 1 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoOs objetivos de manejo das terras aacuteguas e recursos vivos satildeo de mateacuteria de interesse da sociedaderdquo e do Princiacutepio 12 ldquoO manejo de ecossistemas deve envolver todos os setores relevantes da sociedade assim como as disciplinas cientiacuteficasrdquo Estes princiacutepios seratildeo aplicados em outras etapas posteriores

104 Desenho inicial do corredorA definiccedilatildeo dos limites do corredor eacute uma das decisotildees mais complexas e

relevantes para a sua gestatildeo com grandes implicaccedilotildees socioeconocircmicas ecoloacutegicas institucionais e de gestatildeo Portanto aconselha-se a identificaccedilatildeo dos limites mediante aproximaccedilotildees sucessivas ao longo do tempo levando em consideraccedilatildeo diversos criteacuterios que seratildeo identificados de acordo com as caracteriacutesticas locais e a dinacircmica regional

O primeiro desenho do corredor poderaacute ser traccedilado pelo Grupo de Trabalho Inicial de forma independente ou com a participaccedilatildeo de pesquisadores eou representantes de instituiccedilotildees governamentais e natildeo-governamentais e da

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sociedade local Neste momento trata-se apenas de identificar o desenho preliminar do corredor que serviraacute como base para a anaacutelise dos principais atores sociais do corredor e as consultas iniciais Portanto eacute apenas a proposta preliminar para uma discussatildeo posterior mais abrangente e participativa

A identificaccedilatildeo dos limites deve ser realizada com fundamento em criteacuterios previamente identificados De uma maneira geral entende-se por criteacuterio aquela caracteriacutestica ou propriedade que serve de base para comparaccedilatildeo julgamento ou apreciaccedilatildeo Para a identificaccedilatildeo dos limites do corredor podem-se utilizar criteacuterios ecoloacutegicos esteacuteticos soacutecio-econocircmicos institucionais de gestatildeo etc A praacutetica no trabalho de corredores demonstra que o principal criteacuterio para a sua delimitaccedilatildeo eacute a existecircncia de unidades de conservaccedilatildeo ou terras indiacutegenas jaacute criadas ou homologadas o que poderia ser denominado de conectividade legal

Poreacutem aleacutem desse criteacuterio deveratildeo ser identificados outros levando em consideraccedilatildeo a funccedilatildeo vital do corredor eou os problemas que se pretendem resolver ou minimizar Recomenda-se que sejam identificados primeiramente os criteacuterios de decisatildeo para depois aplicaacute-los e desenhar os limites

De forma geral podemos identificar vaacuterios grupos de criteacuterios

a) os criteacuterios fiacutesicos relativos a bacias hidrograacuteficas principalmente e unidades geomorfoloacutegicas quando conveniente

b) os criteacuterios ecoloacutegicos principalmente relativos agraves ecorregiotildees1

c) os criteacuterios funcionais relativos agraves questotildees da paisagem como fragmentaccedilatildeo (tamanho diversidade e proximidade do fragmentos) e representatividade

d) os criteacuterios culturais relativos agraves manifestaccedilotildees principalmente em relaccedilatildeo com o envolvimento do homem com a natureza

e) os criteacuterios poliacutetico-administrativos relativos a limites municipais estaduais ou nacionais principalmente e sedes municipais e estaduais quando conveniente

f) os criteacuterios de gestatildeo relativos agrave capacidade e viabilidade da gestatildeo do corredor como territoacuterio e a outras consideraccedilotildees administrativas e legais

g) os criteacuterios de tempo relativos agrave priorizaccedilatildeo da implementaccedilatildeo e a sua viabilidade no longo prazo

Estes criteacuterios devem ser aplicados como filtros que vatildeo conformando um espaccedilo determinado Ainda que natildeo contemplados nessa listagem os criteacuterios da conveniecircncia e oportunidade devem ser tambeacutem oportunamente considerados nos momentos finais do desenho Consideram-se como criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade aqueles por exemplo a inclusatildeo de aacutereas prioritaacuterias para a conservaccedilatildeo ou de espaccedilos submetidos a alta pressatildeo antroacutepica

Desta forma o desenho inicial do corredor deveraacute ser realizado segundo os seguintes passos

1 Aqui entende-se como ecorregiatildeo o conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que compartem uma grande maioria de espeacutecies e dinacircmicas ecoloacutegicas e similares condiccedilotildees ambientais e interagem ecologicamente de forma criacutetica para sua persistecircncia no longo prazo Sobre as ecorregiotildees de Ameacuterica Latina e Caribe consultar DINERSTEIN et al (1995)

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Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

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IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

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IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

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OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 6: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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1 Que Entendemos por Corredor

HistoacutericoConceitoArtiacuteculo de Olatz ndash 2 ou 3Corredores e Reservas da Biosfera os tipos de corredorCorredor de aacutereas protegidasQual eacute a funccedilatildeo vital do corredorA funccedilatildeo vital eacute entendida como uma qualidade essencial que se ausente

descaracteriza-o como tal A funccedilatildeo vital do corredor eacute ldquoconciliar a conservaccedilatildeo da biodiveridade com o processo de desenvolvimento socioeconocircmico regional para a reduccedilatildeo das desigualdades e a promoccedilatildeo da saudaacutevel qualidade de vida das populaccedilotildees residentesrdquo (1ordm seminaacuterio corredores)

eacute um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada e participativa mediante uma abordagem ambiental econocircmica social cultural institucional e de cidadania

Eacute uma forma de aplicar o Princiacutepio 10 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve perseguir um balanccedilo e integraccedilatildeo entre a conservaccedilatildeo e o uso da diversidade bioloacutegicardquo

Caracteriacutesticas conceituais implicitamente desejaacuteveis no corredor em relaccedilatildeo com as variaacuteveis ambientais sociais e econocircmicas

Apropriaccedilatildeo do conceito de corredor por parte da sociedade para que este subsista a longo prazo

Vontade poliacutetica para trabalhar no formato de corredor e consideraacute-lo nos mais altos niacuteveis do executivo (ex junto agrave secretaria de planejamento)

Fomentar alto grau de cooperaccedilatildeo e coordenaccedilatildeo institucional

Incentivar a articulaccedilatildeo dos diferentes atores realizando os papeacuteis de mediador e facilitador de processos

Negociar eou resolver os conflitos mediante princiacutepios melhor do que mediante posiccedilotildees

Trabalho em rede institucional

2 Que Entendemos por Gestatildeo do Corredor Gestatildeo planejamento implementaccedilatildeo monitoramento corregir

A gestatildeo bioregional

GESTAtildeO adaptativa

A gestatildeo adaptativa surge quando se reconheceu que sempre existe um grau importante de incerteza no processo de planejamento e implementaccedilatildeo pois continuamente aparecem eventos natildeo controlados Eacute impossiacutevel controlar todas as variaacuteveis e componentes que interagem no corredor Uma gestatildeo estaacutetica que assume a existecircncia de total certeza da situaccedilatildeo enxerga de uma forma muito simplista um corredor Assim a gestatildeo adaptativa estaacute baseada em reconhecer que o manejo dos recursos naturais eacute sempre experimental e que se pode aprender a

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partir da implementaccedilatildeo de atividades melhorando o manejo com base no aprendido (IUCN 2000) Assim a gestatildeo adaptativa pressupotildee o planejamento a implementaccedilatildeo e o monitoramento contiacutenuo para controlar as suposiccedilotildees do plano e as consequumlecircncias do manejo e se adaptar agraves mudanccedilas necessaacuterias A gestatildeo adaptativa requer uma resposta raacutepida eficiente e efetiva portanto eacute muito importante atuar no momento apropriado (Adaptado de COURRAU 2004248-262)

Os corredores haacute Problemas e com pouca experiecircncia

3 Elementos Transversais da Gestatildeo Adaptativa dos CorredoresEm todas essas fases existem ainda outros elementos indispensaacuteveis para o

sucesso da gestatildeo dos corredores que devem ser desenvolvidos de forma transversal esses elementos satildeo principalmente

A comunicaccedilatildeo A participaccedilatildeo A transparecircncia A capacitaccedilatildeo

A comunicaccedilatildeo eacute um componente fundamental na gestatildeo do corredor alem de ser a base da participaccedilatildeo Ela eacute essencial para

Conhecer as necessidades interesses preferecircncias restriccedilotildees e potencialidades dos diferentes atores envolvidos

Garantir sua integraccedilatildeo no trabalho de corredor e

Conseguir a credibilidade na estrateacutegia de gestatildeo que se estaacute propondo

A comunicaccedilatildeo deve partir de um princiacutepio baacutesico a utilizaccedilatildeo de uma linguagem comum Portanto natildeo deve ser entendida como um mero processo unilateral de transmissatildeo de informaccedilatildeo Deve entender-se como um processo interativo no qual se proporciona e se recebe informaccedilatildeo de forma clara e compreensiacutevel para todas as partes

A participaccedilatildeo nos corredores deve ser a mais ampla possiacutevel em todas as fases da gestatildeo de todos os setores da sociedade e do governo Uma participaccedilatildeo adequada depende de tempo e de recursos financeiros portanto deve ser previamente planejada com o maacuteximo de detalhe inclusive porque o processo decisoacuterio coletivo eacute extremamente complexo Contudo o sucesso da gestatildeo do corredor depende diretamente do niacutevel e abrangecircncia da participaccedilatildeo A estrateacutegia e meacutetodos utilizados para garantir uma gestatildeo realmente participativa dependeratildeo das condiccedilotildees do corredor Em todo caso a participaccedilatildeo pode ser desenvolvida de forma gradual estendendo-se o processo desde aacutereas ou iniciativas piloto ateacute atingir toda a extensatildeo do corredor

A participaccedilatildeo deve acontecer em todas as fases do ciclo de gestatildeo do corredor

No seu estabelecimento mediante consultas sobre os seus limites

No seu planejamento mediante um processo conjunto de tomada de decisotildees

Na constituiccedilatildeo de alianccedilas para a atuaccedilatildeo conjunta

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No monitoramento da sua efetividade e

Na prestaccedilatildeo de contas dos recursos utilizados que procedam de um fundo especiacutefico para o corredor

O principal instrumento para efetivar a participaccedilatildeo eacute o Comitecirc de Gestatildeo do corredor mas natildeo pode ser o uacutenico Eacute necessaacuterio estabelecer outros foros de discussatildeo e de tomadas de decisatildeo para garantir uma completa participaccedilatildeo de todos os envolvidos

A transparecircncia tambeacutem estaacute vinculada agrave comunicaccedilatildeo e agrave participaccedilatildeo mas bla bla bla eacute uma forma de obter credibilidade e confianccedila

A gestatildeo de um corredor supotildee a realizaccedilatildeo de mudanccedilas mudanccedilas no uso dos recursos naturais mudanccedilas nos modelos de gestatildeo ambiental mudanccedilas nos modelos de tomadas de decisatildeo etc As mudanccedilas natildeo sempre satildeo aceitas por todas as partes havendo oposiccedilatildeo por parte dos que tem sucesso sob as condiccedilotildees atuais Em qualquer caso os agentes das mudanccedilas satildeo as pessoas pelo que natildeo eacute possiacutevel pensar em mudanccedilas sem considerar o fortalecimento de capacidades A capacitaccedilatildeo deve ser entendida na sua forma mais abrangente mas principalmente deve ter como objetivo a potenciaccedilatildeo da lideranccedila e o desenvolvimento de capacidades no niacutevel local

Outros puacuteblicos-alvos da capacitaccedilatildeo deveratildeo ser

A Unidade de Gestatildeo do Corredor

Os teacutecnicos das unidades de conservaccedilatildeo federais estaduais e municipais

Os poliacuteticos e administradores do mais alto escalatildeo dos oacutergatildeos federais estaduais e municipais

Os jornalistas e profissionais dos meios de comunicaccedilatildeo

4 O Enfoque Ecossistecircmico nos CorredoresO Enfoque Ecossistecircmico eacute uma estrateacutegia para a gestatildeo integrada dos

recursos terrestres hiacutedricos e vivos que estaacute sendo apoiada e desenvolvida pela IUCN para introduzir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica na tomada de decisotildees Esse enfoque foi adotado em 1995 pela 2ordf Conferecircncia das Partes da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica como marco de accedilatildeo principal Em 2000 apoacutes um longo processo de consulta e discussatildeo a 5ordf Conferecircncia das Partes emitiu a Decisatildeo V6 onde foram apresentados os doze princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e a metodologia operacional para sua aplicaccedilatildeo

A proposta do Enfoque Ecossistecircmico natildeo eacute um meacutetodo ou modelo novo eacute uma abordagem que engloba o melhor do que foi aprendido na conservaccedilatildeo nos uacuteltimos anos O caraacuteter diferenciador deste enfoque frente a outras muitas abordagens integradas radica na proposta de balancear

a utilizaccedilatildeo de metodologias cientiacuteficas apropriadas que lidam com as estruturas processos funccedilotildees e interaccedilotildees entre organismos e seu meio ambiente

e a colocaccedilatildeo das pessoas no centro do manejo da biodiversidade

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Portanto o Enfoque Ecossistecircmico pode ser entendido como uma compilaccedilatildeo ou sistematizaccedilatildeo de outras estrateacutegias integradas para cumprir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica Eacute um marco metodoloacutegico geral para apoiar decisotildees na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e no planejamento (UNEPCBDCOP7 2004 UNEPCBDCOP5 2000 SMITH e MALTBY 2003)

O Enfoque Ecossistecircmico estaacute estreitamente ligado agrave atuaccedilatildeo no formato de corredor pois ambas as iniciativas pretendem conciliar a conservaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel Uma primeira aproximaccedilatildeo do enfoque ecossistecircmico aplicado aos corredores foi feita por ANDRADE (2004) cujas consideraccedilotildees foram incluiacutedas na seguinte tabela

Tabela 1 Princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e consideraccedilotildees sobre sua aplicaccedilatildeo a corredores (Traduccedilatildeo ao portuguecircs de UNEPCBDCOP5 2000 e ANDRADE A 2004 p 17-20)

PRINCIacutePIOS DO ENFOQUE ECOSSISTEcircMICOPRINCIacutePIOS CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE SUA APLICACcedilAtildeO A

CORREDORESPrinciacutepio 1 A eleiccedilatildeo dos objetivos da gestatildeo dos recursos terrestres hiacutedricos e vivos deve estar em matildeos da sociedade

- Os corredores constituem uma proposta de planejamento e ordenamento do territoacuterio portanto devem basear-se em decisotildees sociais- Articulaccedilatildeo de prioridades de conservaccedilatildeo com outras formas de uso da terra em um espaccedilo geograacutefico especiacutefico- Avaliaccedilatildeo de sistemas de planejamento e ordenamento existentes- Identificaccedilatildeo dos principais conflitos pelo uso e ocupaccedilatildeo do territoacuterio- Identificaccedilatildeo dos setores envolvidos e estabelecimento de mecanismos de participaccedilatildeo de todos os setores

Princiacutepio 2 A gestatildeo deve estar descentralizada ao niacutevel apropriado mais baixo

- Estabelecimento da escala da estrateacutegia segundo os objetivos e prioridades de conservaccedilatildeo- Conhecimento da estrutura poliacutetico-administrativa e niacuteveis de gestatildeo de aacutereas protegidas nacionais regionais etc- Identificaccedilatildeo dos niacuteveis de gestatildeo mais apropriados para cada objetivo

Princiacutepio 3 Os administradores de ecossistemas devem ter em conta os efeitos (reais ou possiacuteveis) de suas atividades nos ecossistemas adjacentes e em outros ecossistemas

- Avaliaccedilatildeo do impacto das formas atuais do uso da terra com os sistemas de aacutereas protegidas e funcionalidade ecoloacutegica regional- Conhecimento do estado de fragmentaccedilatildeo dos ecossistemas e sua relaccedilatildeo com as formas de uso da terra existentes- Avaliaccedilatildeo do impacto do uso da terra sobre o funcionamento dos ecossistemas- Avaliaccedilatildeo da dinacircmica temporal dos ecossistemas e sua articulaccedilatildeo com as aacutereas protegidas

Princiacutepio 4 Reconhecendo os possiacuteveis benefiacutecios derivados de sua gestatildeo eacute necessaacuterio compreender e manejar o ecossistema num contexto econocircmico Este tipo de programa de gestatildeo de ecossistemas deveriaa) Diminuir as distorccedilotildees do mercado que repercutem negativamente na diversidade bioloacutegicab) Orientar os incentivos para

- Pesquisa sobre incentivos econocircmicos orientados agrave promoccedilatildeo da conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e conectividade de ecossistemas- Estabelecimento de mecanismos de valoraccedilatildeo e pagamento por serviccedilos ambientais associados agrave conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade

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promover a conservaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel da diversidade bioloacutegicac) Procurar na medida do possiacutevel incorporar os custos e os benefiacutecios no ecossistema de que se tratePrinciacutepio 5 A conservaccedilatildeo da estrutura e o funcionamento dos ecossistemas deveria ser um objetivo prioritaacuterio do enfoque ecossistecircmico para manter os serviccedilos dos ecossistemas

- Aumento do conhecimento da estrutura e funccedilatildeo dos ecossistemas e estabelecimento de uma linha-base incluindo processos essenciais como a fragmentaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo das estrateacutegias de manejo e praacuteticas orientadas agrave restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade- Conhecimento do papel que cumprem os diferentes componentes estruturais e funcionais dos ecossistemas na conectividade tanto biofiacutesicos como culturais (fluxos cercas vivas etc)

Princiacutepio 6 A gestatildeo dos ecossistemas deve ser realizada dentro dos limites de seu funcionamento

- Caracterizaccedilatildeo do uso da terra sua dinacircmica e influecircncia em aacutereas protegidas e aacutereas prioritaacuterias de conservaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo de praacuteticas natildeo sustentaacuteveis e estabelecimento de mecanismos de melhora que promovam a conservaccedilatildeo e a conectividade- Caracterizaccedilatildeo dos processos de fragmentaccedilatildeo e sua relaccedilatildeo com paisagens culturais- A conectividade da paisagem requer estender o conceito de espaccedilos protegidos aleacutem do seus limites administrativos- Estabelecimento de sistemas de monitoramento e avaliaccedilatildeo permanentes

Princiacutepio 7 O enfoque ecossistecircmico se deve aplicar agraves escalas espaciais e temporais apropriadasPrinciacutepio 8 Reconhecendo as diversas escalas temporais e os efeitos retardados que caracterizam os processos dos ecossistemas se deveriam estabelecer objetivos de longo prazo na gestatildeo dos ecossistemasPrinciacutepio 9 A gestatildeo deve reconhecer que mudanccedilas no ecossistema satildeo inevitaacuteveisPrinciacutepio 10 O enfoque ecossistecircmico deve buscar o equiliacutebrio apropriado e a integraccedilatildeo entre a conservaccedilatildeo e o uso da diversidade bioloacutegicaPrinciacutepio 11 O enfoque ecossistecircmico deve considerar todas as formas de informaccedilatildeo relevante incluindo os conhecimentos as inovaccedilotildees e as praacuteticas cientiacuteficas indiacutegenas e locaisPrinciacutepio 12 O enfoque ecossistecircmico deve envolver todos os setores relevantes da sociedade e das disciplinas cientiacuteficas

Em vista disso os princiacutepios do enfoque ecossistecircmico devem ser considerados no estabelecimento planejamento e implementaccedilatildeo de corredores Contudo a IUCN reconhece que natildeo existe uma uacutenica via de aplicaccedilatildeo do Enfoque

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Ecossistecircmico devendo-se considerar os diferentes princiacutepios de maneira flexiacutevel e dar a cada um a relevacircncia apropriada de acordo com as circunstacircncias locais

5 Os Componentes do Corredor

51 As Unidades de Conservaccedilatildeo

Tambeacutem falar de mosaicos de unidades de conservaccedilatildeo

52 As Terras IndiacutegenasProblemas indiacutegenas e conservaccedilatildeo

53 Outras aacutereas protegidasReserva legal APP

54 O Espaccedilo Urbano dentro do Corredor

55 As Aacutereas de Interstiacutecio

6 O Sistema de Gestatildeo do CorredorUnidade de Gestatildeo

Tratar sobre a sostenibilidade financeira da unidade de gestatildeo

D) Sistema e Instrumentos de Gestatildeo de Corredores Ecoloacutegicos apresentar os sistemas e instrumentos de gestatildeo (em todas as 3 etapas - planejamento implementaccedilatildeo e monitoramento) estabelecidos abordando no miacutenimo os seguintes aspectos

quanto agrave estrutura de gestatildeo descrevendo como se processa a formaccedilatildeo de foacuteruns consultivos e deliberativos e suas caracteriacutesticas por exemplo paritaacuterios legiacutetimos representativos e funcionais e

quanto aos instrumentos legais discriminar quais satildeo os instrumentos legais mais adequados para promover a gestatildeo de corredores ecoloacutegicos

Um sistema de coordenaccedilatildeo de accedilotildees e tomada de decisotildees Deveraacute ser implantado gradualmente ou seja a representatividade do sistema de gestatildeo iraacute aumentando conforme vai aumentando a integraccedilatildeo com os diversos atores sociais Eacute uma aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 2 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO manejo deve ser descentralizado no niacutevel mais baixo apropriadordquo

Conselho

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Paridade sociedade e governo dentro do governo (federal estadual e municipal)

Legitimidade

Representatividade

Capacitaccedilatildeo para a governabilidade

Em aacutereas de sobreposiccedilatildeo entre Corredores e Reservas da Biosfera os Conselhos poderatildeo ser uacutenicos

7 A Questatildeo LegalFortalecer o sistema de gestatildeo mediante instrumentos legais para a tomada de

decisotildees

Existe muita demanda do reconhecimento legal dos corredores ecoloacutegicos Benefiacutecios

Limitaccedilotildees

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ApresentaccedilatildeoO objetivo da Parte II eacute mostrar como se podem

iniciar os trabalhos para o estabelecimento de um corredor antes de passar para o seu planejamento portanto indicar-se-atildeo os primeiros passos necessaacuterios para o estabelecimento do corredor desde o momento em que um grupo de pessoas fica motivado com a ideacuteia de trabalhar nesse formato

A maioria das vezes esta fase de implantaccedilatildeo dos corredores natildeo eacute explicitada no histoacuterico dos corredores De fato poucas experiecircncias brasileiras mencionam esta fase de forma expliacutecita Poreacutem ela eacute muito importante para o sucesso do corredor pois representa o momento em que se buscam as primeiras alianccedilas o apoio financeiro e as

oportunidades de atuaccedilatildeo aleacutem de ser o momento em que se identificam aqueles elementos que tecircm que ser inicialmente considerados como a escala de trabalho

Na fase de estabelecimento eacute quando se iniciam os trabalhos de integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais para o trabalho do corredor poreacutem esta atividade deve ser visualizada como um processo ao longo de toda a vida do corredor

As etapas aqui descritas natildeo satildeo as uacutenicas que poderatildeo ser desenvolvidas para o estabelecimento do corredor Outras atividades poderatildeo ser necessaacuterias de acordo com as caracteriacutesticas locais e as circunstacircncias especiacuteficas de cada corredor Inclusive algumas das etapas agora descritas poderatildeo fazer parte da seguinte fase de planejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do Corredor

As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores Sociais

As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

Parte IIEstabeleciment

o

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8 A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do CorredorA maioria dos corredores surge como a ideacuteia de um grupo de pessoas ante a

constataccedilatildeo de determinados problemas ambientais numa determinada aacuterea As indicaccedilotildees da necessidade de estabelecer um corredor podem ser dentre outras

A constataccedilatildeo da fragmentaccedilatildeo da paisagem com pequenos resiacuteduos da matriz original

A percepccedilatildeo da dinacircmica da paisagem onde os ecossistemas alterados estatildeo aumentando

A constataccedilatildeo de mudanccedilas de haacutebitos da populaccedilatildeo que podem levar a uma degradaccedilatildeo ambiental

A pressatildeo de certos grupos de atores sociais que demandam uma maior atenccedilatildeo aos seus problemas sociais e ambientais

Essas indicaccedilotildees podem aparecer de forma isolada ou conjugada Elas podem ser o resultado de um levantamento que esteja sendo realizado no marco de um programa ou projeto jaacute existentes ou podem ser o resultado de um levantamento que jaacute esteja sendo feito com o propoacutesito especiacutefico de estabelecer um corredor Contudo na maioria das vezes essas indicaccedilotildees aparecem de forma difusa e baseada em palpites intuiccedilotildees ou informaccedilotildees parciais

O grupo inicial de pessoas que fica motivado para o estabelecimento do Corredor pode ser representativo tanto da sociedade local como de instacircncias mais afastadas da aacuterea como ONGs nacionais ou oacutergatildeos governamentais federais o que influenciaraacute posteriormente na estrateacutegia de consulta e integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais Caso o corredor tenha surgido nas instacircncias locais se deveraacute iniciar um processo de envolvimento dos atores sociais de baixo para cima (estrateacutegia bottom-up) caso tenha surgido em instacircncias mais centralizadas se deveraacute iniciar um processo de envolvimento de cima para baixo (estrateacutegia top-down)

9 A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

A escala deve estar em funccedilatildeo da capacidade de gestatildeo e das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas da regiatildeo

Aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 7 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve ser desenvolvido na escala espacial e temporal apropriadardquo De acordo com SHEPHERD (2005) o tamanho apropriado eacute aquele que manteacutem as capacidades funcionais e eacute viaacutevel permite conseguir uma capacidade de manejo conhecimentos e experiecircncias e leva em consideraccedilatildeo os limites administrativos e legais

A questatildeo da escala temporal eacute tratada pelo Princiacutepio 8 ver boa traduccedilatildeo As metas devem expressar-se para o longo prazo contudo seraacute inevitaacutevel que algumas requeiram de modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees no caminho para alcanccedilaacute-las

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Caso existam partes do corredor onde natildeo se conte com a colaboraccedilatildeo de nenhuma organizaccedilatildeo social ou instituiccedilatildeo os limites deveratildeo ser repensados buscando um balanccedilo entre o ideal e o possiacutevel (adaptado de SHEPHERD 2005)

Se deve pensar no longo prazo ir aleacutem da vida de um projeto que usualmente eacute de cinco anos

O tempo para os comunitaacuterios e populaccedilotildees tradicionais corre em outra velocidade e os tempos das comunidades devem ser respeitados

10 As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

101 Constataccedilatildeo da necessidade de trabalhar no formato de corredor

102 Formaccedilatildeo de um Grupo de Trabalho InicialEste Grupo de Trabalho Inicial tem como funccedilatildeo principal organizar o

estabelecimento do corredor e a sua coordenaccedilatildeo nesta fase

Coordenaccedilatildeo do corredor nesta fase de estabelecimento a coordenaccedilatildeo pode ser desempenhada pelo grupo de trabalho que se formou Ou pode com o desenho inicial do corredor surgir uma estrutura de coordenaccedilatildeo preliminar juntando os principais atores que se aderiram agrave ideacuteia de corredor

Consideraccedilotildees de possibilidades da gestatildeo

103 Busca do envolvimento inicial para apoio teacutecnico poliacutetico e financeiro (alianccedilas iniciais)

Esta etapa eacute o iniacutecio da aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 1 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoOs objetivos de manejo das terras aacuteguas e recursos vivos satildeo de mateacuteria de interesse da sociedaderdquo e do Princiacutepio 12 ldquoO manejo de ecossistemas deve envolver todos os setores relevantes da sociedade assim como as disciplinas cientiacuteficasrdquo Estes princiacutepios seratildeo aplicados em outras etapas posteriores

104 Desenho inicial do corredorA definiccedilatildeo dos limites do corredor eacute uma das decisotildees mais complexas e

relevantes para a sua gestatildeo com grandes implicaccedilotildees socioeconocircmicas ecoloacutegicas institucionais e de gestatildeo Portanto aconselha-se a identificaccedilatildeo dos limites mediante aproximaccedilotildees sucessivas ao longo do tempo levando em consideraccedilatildeo diversos criteacuterios que seratildeo identificados de acordo com as caracteriacutesticas locais e a dinacircmica regional

O primeiro desenho do corredor poderaacute ser traccedilado pelo Grupo de Trabalho Inicial de forma independente ou com a participaccedilatildeo de pesquisadores eou representantes de instituiccedilotildees governamentais e natildeo-governamentais e da

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sociedade local Neste momento trata-se apenas de identificar o desenho preliminar do corredor que serviraacute como base para a anaacutelise dos principais atores sociais do corredor e as consultas iniciais Portanto eacute apenas a proposta preliminar para uma discussatildeo posterior mais abrangente e participativa

A identificaccedilatildeo dos limites deve ser realizada com fundamento em criteacuterios previamente identificados De uma maneira geral entende-se por criteacuterio aquela caracteriacutestica ou propriedade que serve de base para comparaccedilatildeo julgamento ou apreciaccedilatildeo Para a identificaccedilatildeo dos limites do corredor podem-se utilizar criteacuterios ecoloacutegicos esteacuteticos soacutecio-econocircmicos institucionais de gestatildeo etc A praacutetica no trabalho de corredores demonstra que o principal criteacuterio para a sua delimitaccedilatildeo eacute a existecircncia de unidades de conservaccedilatildeo ou terras indiacutegenas jaacute criadas ou homologadas o que poderia ser denominado de conectividade legal

Poreacutem aleacutem desse criteacuterio deveratildeo ser identificados outros levando em consideraccedilatildeo a funccedilatildeo vital do corredor eou os problemas que se pretendem resolver ou minimizar Recomenda-se que sejam identificados primeiramente os criteacuterios de decisatildeo para depois aplicaacute-los e desenhar os limites

De forma geral podemos identificar vaacuterios grupos de criteacuterios

a) os criteacuterios fiacutesicos relativos a bacias hidrograacuteficas principalmente e unidades geomorfoloacutegicas quando conveniente

b) os criteacuterios ecoloacutegicos principalmente relativos agraves ecorregiotildees1

c) os criteacuterios funcionais relativos agraves questotildees da paisagem como fragmentaccedilatildeo (tamanho diversidade e proximidade do fragmentos) e representatividade

d) os criteacuterios culturais relativos agraves manifestaccedilotildees principalmente em relaccedilatildeo com o envolvimento do homem com a natureza

e) os criteacuterios poliacutetico-administrativos relativos a limites municipais estaduais ou nacionais principalmente e sedes municipais e estaduais quando conveniente

f) os criteacuterios de gestatildeo relativos agrave capacidade e viabilidade da gestatildeo do corredor como territoacuterio e a outras consideraccedilotildees administrativas e legais

g) os criteacuterios de tempo relativos agrave priorizaccedilatildeo da implementaccedilatildeo e a sua viabilidade no longo prazo

Estes criteacuterios devem ser aplicados como filtros que vatildeo conformando um espaccedilo determinado Ainda que natildeo contemplados nessa listagem os criteacuterios da conveniecircncia e oportunidade devem ser tambeacutem oportunamente considerados nos momentos finais do desenho Consideram-se como criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade aqueles por exemplo a inclusatildeo de aacutereas prioritaacuterias para a conservaccedilatildeo ou de espaccedilos submetidos a alta pressatildeo antroacutepica

Desta forma o desenho inicial do corredor deveraacute ser realizado segundo os seguintes passos

1 Aqui entende-se como ecorregiatildeo o conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que compartem uma grande maioria de espeacutecies e dinacircmicas ecoloacutegicas e similares condiccedilotildees ambientais e interagem ecologicamente de forma criacutetica para sua persistecircncia no longo prazo Sobre as ecorregiotildees de Ameacuterica Latina e Caribe consultar DINERSTEIN et al (1995)

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Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 7: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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partir da implementaccedilatildeo de atividades melhorando o manejo com base no aprendido (IUCN 2000) Assim a gestatildeo adaptativa pressupotildee o planejamento a implementaccedilatildeo e o monitoramento contiacutenuo para controlar as suposiccedilotildees do plano e as consequumlecircncias do manejo e se adaptar agraves mudanccedilas necessaacuterias A gestatildeo adaptativa requer uma resposta raacutepida eficiente e efetiva portanto eacute muito importante atuar no momento apropriado (Adaptado de COURRAU 2004248-262)

Os corredores haacute Problemas e com pouca experiecircncia

3 Elementos Transversais da Gestatildeo Adaptativa dos CorredoresEm todas essas fases existem ainda outros elementos indispensaacuteveis para o

sucesso da gestatildeo dos corredores que devem ser desenvolvidos de forma transversal esses elementos satildeo principalmente

A comunicaccedilatildeo A participaccedilatildeo A transparecircncia A capacitaccedilatildeo

A comunicaccedilatildeo eacute um componente fundamental na gestatildeo do corredor alem de ser a base da participaccedilatildeo Ela eacute essencial para

Conhecer as necessidades interesses preferecircncias restriccedilotildees e potencialidades dos diferentes atores envolvidos

Garantir sua integraccedilatildeo no trabalho de corredor e

Conseguir a credibilidade na estrateacutegia de gestatildeo que se estaacute propondo

A comunicaccedilatildeo deve partir de um princiacutepio baacutesico a utilizaccedilatildeo de uma linguagem comum Portanto natildeo deve ser entendida como um mero processo unilateral de transmissatildeo de informaccedilatildeo Deve entender-se como um processo interativo no qual se proporciona e se recebe informaccedilatildeo de forma clara e compreensiacutevel para todas as partes

A participaccedilatildeo nos corredores deve ser a mais ampla possiacutevel em todas as fases da gestatildeo de todos os setores da sociedade e do governo Uma participaccedilatildeo adequada depende de tempo e de recursos financeiros portanto deve ser previamente planejada com o maacuteximo de detalhe inclusive porque o processo decisoacuterio coletivo eacute extremamente complexo Contudo o sucesso da gestatildeo do corredor depende diretamente do niacutevel e abrangecircncia da participaccedilatildeo A estrateacutegia e meacutetodos utilizados para garantir uma gestatildeo realmente participativa dependeratildeo das condiccedilotildees do corredor Em todo caso a participaccedilatildeo pode ser desenvolvida de forma gradual estendendo-se o processo desde aacutereas ou iniciativas piloto ateacute atingir toda a extensatildeo do corredor

A participaccedilatildeo deve acontecer em todas as fases do ciclo de gestatildeo do corredor

No seu estabelecimento mediante consultas sobre os seus limites

No seu planejamento mediante um processo conjunto de tomada de decisotildees

Na constituiccedilatildeo de alianccedilas para a atuaccedilatildeo conjunta

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No monitoramento da sua efetividade e

Na prestaccedilatildeo de contas dos recursos utilizados que procedam de um fundo especiacutefico para o corredor

O principal instrumento para efetivar a participaccedilatildeo eacute o Comitecirc de Gestatildeo do corredor mas natildeo pode ser o uacutenico Eacute necessaacuterio estabelecer outros foros de discussatildeo e de tomadas de decisatildeo para garantir uma completa participaccedilatildeo de todos os envolvidos

A transparecircncia tambeacutem estaacute vinculada agrave comunicaccedilatildeo e agrave participaccedilatildeo mas bla bla bla eacute uma forma de obter credibilidade e confianccedila

A gestatildeo de um corredor supotildee a realizaccedilatildeo de mudanccedilas mudanccedilas no uso dos recursos naturais mudanccedilas nos modelos de gestatildeo ambiental mudanccedilas nos modelos de tomadas de decisatildeo etc As mudanccedilas natildeo sempre satildeo aceitas por todas as partes havendo oposiccedilatildeo por parte dos que tem sucesso sob as condiccedilotildees atuais Em qualquer caso os agentes das mudanccedilas satildeo as pessoas pelo que natildeo eacute possiacutevel pensar em mudanccedilas sem considerar o fortalecimento de capacidades A capacitaccedilatildeo deve ser entendida na sua forma mais abrangente mas principalmente deve ter como objetivo a potenciaccedilatildeo da lideranccedila e o desenvolvimento de capacidades no niacutevel local

Outros puacuteblicos-alvos da capacitaccedilatildeo deveratildeo ser

A Unidade de Gestatildeo do Corredor

Os teacutecnicos das unidades de conservaccedilatildeo federais estaduais e municipais

Os poliacuteticos e administradores do mais alto escalatildeo dos oacutergatildeos federais estaduais e municipais

Os jornalistas e profissionais dos meios de comunicaccedilatildeo

4 O Enfoque Ecossistecircmico nos CorredoresO Enfoque Ecossistecircmico eacute uma estrateacutegia para a gestatildeo integrada dos

recursos terrestres hiacutedricos e vivos que estaacute sendo apoiada e desenvolvida pela IUCN para introduzir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica na tomada de decisotildees Esse enfoque foi adotado em 1995 pela 2ordf Conferecircncia das Partes da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica como marco de accedilatildeo principal Em 2000 apoacutes um longo processo de consulta e discussatildeo a 5ordf Conferecircncia das Partes emitiu a Decisatildeo V6 onde foram apresentados os doze princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e a metodologia operacional para sua aplicaccedilatildeo

A proposta do Enfoque Ecossistecircmico natildeo eacute um meacutetodo ou modelo novo eacute uma abordagem que engloba o melhor do que foi aprendido na conservaccedilatildeo nos uacuteltimos anos O caraacuteter diferenciador deste enfoque frente a outras muitas abordagens integradas radica na proposta de balancear

a utilizaccedilatildeo de metodologias cientiacuteficas apropriadas que lidam com as estruturas processos funccedilotildees e interaccedilotildees entre organismos e seu meio ambiente

e a colocaccedilatildeo das pessoas no centro do manejo da biodiversidade

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Portanto o Enfoque Ecossistecircmico pode ser entendido como uma compilaccedilatildeo ou sistematizaccedilatildeo de outras estrateacutegias integradas para cumprir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica Eacute um marco metodoloacutegico geral para apoiar decisotildees na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e no planejamento (UNEPCBDCOP7 2004 UNEPCBDCOP5 2000 SMITH e MALTBY 2003)

O Enfoque Ecossistecircmico estaacute estreitamente ligado agrave atuaccedilatildeo no formato de corredor pois ambas as iniciativas pretendem conciliar a conservaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel Uma primeira aproximaccedilatildeo do enfoque ecossistecircmico aplicado aos corredores foi feita por ANDRADE (2004) cujas consideraccedilotildees foram incluiacutedas na seguinte tabela

Tabela 1 Princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e consideraccedilotildees sobre sua aplicaccedilatildeo a corredores (Traduccedilatildeo ao portuguecircs de UNEPCBDCOP5 2000 e ANDRADE A 2004 p 17-20)

PRINCIacutePIOS DO ENFOQUE ECOSSISTEcircMICOPRINCIacutePIOS CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE SUA APLICACcedilAtildeO A

CORREDORESPrinciacutepio 1 A eleiccedilatildeo dos objetivos da gestatildeo dos recursos terrestres hiacutedricos e vivos deve estar em matildeos da sociedade

- Os corredores constituem uma proposta de planejamento e ordenamento do territoacuterio portanto devem basear-se em decisotildees sociais- Articulaccedilatildeo de prioridades de conservaccedilatildeo com outras formas de uso da terra em um espaccedilo geograacutefico especiacutefico- Avaliaccedilatildeo de sistemas de planejamento e ordenamento existentes- Identificaccedilatildeo dos principais conflitos pelo uso e ocupaccedilatildeo do territoacuterio- Identificaccedilatildeo dos setores envolvidos e estabelecimento de mecanismos de participaccedilatildeo de todos os setores

Princiacutepio 2 A gestatildeo deve estar descentralizada ao niacutevel apropriado mais baixo

- Estabelecimento da escala da estrateacutegia segundo os objetivos e prioridades de conservaccedilatildeo- Conhecimento da estrutura poliacutetico-administrativa e niacuteveis de gestatildeo de aacutereas protegidas nacionais regionais etc- Identificaccedilatildeo dos niacuteveis de gestatildeo mais apropriados para cada objetivo

Princiacutepio 3 Os administradores de ecossistemas devem ter em conta os efeitos (reais ou possiacuteveis) de suas atividades nos ecossistemas adjacentes e em outros ecossistemas

- Avaliaccedilatildeo do impacto das formas atuais do uso da terra com os sistemas de aacutereas protegidas e funcionalidade ecoloacutegica regional- Conhecimento do estado de fragmentaccedilatildeo dos ecossistemas e sua relaccedilatildeo com as formas de uso da terra existentes- Avaliaccedilatildeo do impacto do uso da terra sobre o funcionamento dos ecossistemas- Avaliaccedilatildeo da dinacircmica temporal dos ecossistemas e sua articulaccedilatildeo com as aacutereas protegidas

Princiacutepio 4 Reconhecendo os possiacuteveis benefiacutecios derivados de sua gestatildeo eacute necessaacuterio compreender e manejar o ecossistema num contexto econocircmico Este tipo de programa de gestatildeo de ecossistemas deveriaa) Diminuir as distorccedilotildees do mercado que repercutem negativamente na diversidade bioloacutegicab) Orientar os incentivos para

- Pesquisa sobre incentivos econocircmicos orientados agrave promoccedilatildeo da conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e conectividade de ecossistemas- Estabelecimento de mecanismos de valoraccedilatildeo e pagamento por serviccedilos ambientais associados agrave conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade

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promover a conservaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel da diversidade bioloacutegicac) Procurar na medida do possiacutevel incorporar os custos e os benefiacutecios no ecossistema de que se tratePrinciacutepio 5 A conservaccedilatildeo da estrutura e o funcionamento dos ecossistemas deveria ser um objetivo prioritaacuterio do enfoque ecossistecircmico para manter os serviccedilos dos ecossistemas

- Aumento do conhecimento da estrutura e funccedilatildeo dos ecossistemas e estabelecimento de uma linha-base incluindo processos essenciais como a fragmentaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo das estrateacutegias de manejo e praacuteticas orientadas agrave restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade- Conhecimento do papel que cumprem os diferentes componentes estruturais e funcionais dos ecossistemas na conectividade tanto biofiacutesicos como culturais (fluxos cercas vivas etc)

Princiacutepio 6 A gestatildeo dos ecossistemas deve ser realizada dentro dos limites de seu funcionamento

- Caracterizaccedilatildeo do uso da terra sua dinacircmica e influecircncia em aacutereas protegidas e aacutereas prioritaacuterias de conservaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo de praacuteticas natildeo sustentaacuteveis e estabelecimento de mecanismos de melhora que promovam a conservaccedilatildeo e a conectividade- Caracterizaccedilatildeo dos processos de fragmentaccedilatildeo e sua relaccedilatildeo com paisagens culturais- A conectividade da paisagem requer estender o conceito de espaccedilos protegidos aleacutem do seus limites administrativos- Estabelecimento de sistemas de monitoramento e avaliaccedilatildeo permanentes

Princiacutepio 7 O enfoque ecossistecircmico se deve aplicar agraves escalas espaciais e temporais apropriadasPrinciacutepio 8 Reconhecendo as diversas escalas temporais e os efeitos retardados que caracterizam os processos dos ecossistemas se deveriam estabelecer objetivos de longo prazo na gestatildeo dos ecossistemasPrinciacutepio 9 A gestatildeo deve reconhecer que mudanccedilas no ecossistema satildeo inevitaacuteveisPrinciacutepio 10 O enfoque ecossistecircmico deve buscar o equiliacutebrio apropriado e a integraccedilatildeo entre a conservaccedilatildeo e o uso da diversidade bioloacutegicaPrinciacutepio 11 O enfoque ecossistecircmico deve considerar todas as formas de informaccedilatildeo relevante incluindo os conhecimentos as inovaccedilotildees e as praacuteticas cientiacuteficas indiacutegenas e locaisPrinciacutepio 12 O enfoque ecossistecircmico deve envolver todos os setores relevantes da sociedade e das disciplinas cientiacuteficas

Em vista disso os princiacutepios do enfoque ecossistecircmico devem ser considerados no estabelecimento planejamento e implementaccedilatildeo de corredores Contudo a IUCN reconhece que natildeo existe uma uacutenica via de aplicaccedilatildeo do Enfoque

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Ecossistecircmico devendo-se considerar os diferentes princiacutepios de maneira flexiacutevel e dar a cada um a relevacircncia apropriada de acordo com as circunstacircncias locais

5 Os Componentes do Corredor

51 As Unidades de Conservaccedilatildeo

Tambeacutem falar de mosaicos de unidades de conservaccedilatildeo

52 As Terras IndiacutegenasProblemas indiacutegenas e conservaccedilatildeo

53 Outras aacutereas protegidasReserva legal APP

54 O Espaccedilo Urbano dentro do Corredor

55 As Aacutereas de Interstiacutecio

6 O Sistema de Gestatildeo do CorredorUnidade de Gestatildeo

Tratar sobre a sostenibilidade financeira da unidade de gestatildeo

D) Sistema e Instrumentos de Gestatildeo de Corredores Ecoloacutegicos apresentar os sistemas e instrumentos de gestatildeo (em todas as 3 etapas - planejamento implementaccedilatildeo e monitoramento) estabelecidos abordando no miacutenimo os seguintes aspectos

quanto agrave estrutura de gestatildeo descrevendo como se processa a formaccedilatildeo de foacuteruns consultivos e deliberativos e suas caracteriacutesticas por exemplo paritaacuterios legiacutetimos representativos e funcionais e

quanto aos instrumentos legais discriminar quais satildeo os instrumentos legais mais adequados para promover a gestatildeo de corredores ecoloacutegicos

Um sistema de coordenaccedilatildeo de accedilotildees e tomada de decisotildees Deveraacute ser implantado gradualmente ou seja a representatividade do sistema de gestatildeo iraacute aumentando conforme vai aumentando a integraccedilatildeo com os diversos atores sociais Eacute uma aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 2 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO manejo deve ser descentralizado no niacutevel mais baixo apropriadordquo

Conselho

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Paridade sociedade e governo dentro do governo (federal estadual e municipal)

Legitimidade

Representatividade

Capacitaccedilatildeo para a governabilidade

Em aacutereas de sobreposiccedilatildeo entre Corredores e Reservas da Biosfera os Conselhos poderatildeo ser uacutenicos

7 A Questatildeo LegalFortalecer o sistema de gestatildeo mediante instrumentos legais para a tomada de

decisotildees

Existe muita demanda do reconhecimento legal dos corredores ecoloacutegicos Benefiacutecios

Limitaccedilotildees

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ApresentaccedilatildeoO objetivo da Parte II eacute mostrar como se podem

iniciar os trabalhos para o estabelecimento de um corredor antes de passar para o seu planejamento portanto indicar-se-atildeo os primeiros passos necessaacuterios para o estabelecimento do corredor desde o momento em que um grupo de pessoas fica motivado com a ideacuteia de trabalhar nesse formato

A maioria das vezes esta fase de implantaccedilatildeo dos corredores natildeo eacute explicitada no histoacuterico dos corredores De fato poucas experiecircncias brasileiras mencionam esta fase de forma expliacutecita Poreacutem ela eacute muito importante para o sucesso do corredor pois representa o momento em que se buscam as primeiras alianccedilas o apoio financeiro e as

oportunidades de atuaccedilatildeo aleacutem de ser o momento em que se identificam aqueles elementos que tecircm que ser inicialmente considerados como a escala de trabalho

Na fase de estabelecimento eacute quando se iniciam os trabalhos de integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais para o trabalho do corredor poreacutem esta atividade deve ser visualizada como um processo ao longo de toda a vida do corredor

As etapas aqui descritas natildeo satildeo as uacutenicas que poderatildeo ser desenvolvidas para o estabelecimento do corredor Outras atividades poderatildeo ser necessaacuterias de acordo com as caracteriacutesticas locais e as circunstacircncias especiacuteficas de cada corredor Inclusive algumas das etapas agora descritas poderatildeo fazer parte da seguinte fase de planejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do Corredor

As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores Sociais

As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

Parte IIEstabeleciment

o

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8 A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do CorredorA maioria dos corredores surge como a ideacuteia de um grupo de pessoas ante a

constataccedilatildeo de determinados problemas ambientais numa determinada aacuterea As indicaccedilotildees da necessidade de estabelecer um corredor podem ser dentre outras

A constataccedilatildeo da fragmentaccedilatildeo da paisagem com pequenos resiacuteduos da matriz original

A percepccedilatildeo da dinacircmica da paisagem onde os ecossistemas alterados estatildeo aumentando

A constataccedilatildeo de mudanccedilas de haacutebitos da populaccedilatildeo que podem levar a uma degradaccedilatildeo ambiental

A pressatildeo de certos grupos de atores sociais que demandam uma maior atenccedilatildeo aos seus problemas sociais e ambientais

Essas indicaccedilotildees podem aparecer de forma isolada ou conjugada Elas podem ser o resultado de um levantamento que esteja sendo realizado no marco de um programa ou projeto jaacute existentes ou podem ser o resultado de um levantamento que jaacute esteja sendo feito com o propoacutesito especiacutefico de estabelecer um corredor Contudo na maioria das vezes essas indicaccedilotildees aparecem de forma difusa e baseada em palpites intuiccedilotildees ou informaccedilotildees parciais

O grupo inicial de pessoas que fica motivado para o estabelecimento do Corredor pode ser representativo tanto da sociedade local como de instacircncias mais afastadas da aacuterea como ONGs nacionais ou oacutergatildeos governamentais federais o que influenciaraacute posteriormente na estrateacutegia de consulta e integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais Caso o corredor tenha surgido nas instacircncias locais se deveraacute iniciar um processo de envolvimento dos atores sociais de baixo para cima (estrateacutegia bottom-up) caso tenha surgido em instacircncias mais centralizadas se deveraacute iniciar um processo de envolvimento de cima para baixo (estrateacutegia top-down)

9 A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

A escala deve estar em funccedilatildeo da capacidade de gestatildeo e das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas da regiatildeo

Aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 7 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve ser desenvolvido na escala espacial e temporal apropriadardquo De acordo com SHEPHERD (2005) o tamanho apropriado eacute aquele que manteacutem as capacidades funcionais e eacute viaacutevel permite conseguir uma capacidade de manejo conhecimentos e experiecircncias e leva em consideraccedilatildeo os limites administrativos e legais

A questatildeo da escala temporal eacute tratada pelo Princiacutepio 8 ver boa traduccedilatildeo As metas devem expressar-se para o longo prazo contudo seraacute inevitaacutevel que algumas requeiram de modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees no caminho para alcanccedilaacute-las

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Caso existam partes do corredor onde natildeo se conte com a colaboraccedilatildeo de nenhuma organizaccedilatildeo social ou instituiccedilatildeo os limites deveratildeo ser repensados buscando um balanccedilo entre o ideal e o possiacutevel (adaptado de SHEPHERD 2005)

Se deve pensar no longo prazo ir aleacutem da vida de um projeto que usualmente eacute de cinco anos

O tempo para os comunitaacuterios e populaccedilotildees tradicionais corre em outra velocidade e os tempos das comunidades devem ser respeitados

10 As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

101 Constataccedilatildeo da necessidade de trabalhar no formato de corredor

102 Formaccedilatildeo de um Grupo de Trabalho InicialEste Grupo de Trabalho Inicial tem como funccedilatildeo principal organizar o

estabelecimento do corredor e a sua coordenaccedilatildeo nesta fase

Coordenaccedilatildeo do corredor nesta fase de estabelecimento a coordenaccedilatildeo pode ser desempenhada pelo grupo de trabalho que se formou Ou pode com o desenho inicial do corredor surgir uma estrutura de coordenaccedilatildeo preliminar juntando os principais atores que se aderiram agrave ideacuteia de corredor

Consideraccedilotildees de possibilidades da gestatildeo

103 Busca do envolvimento inicial para apoio teacutecnico poliacutetico e financeiro (alianccedilas iniciais)

Esta etapa eacute o iniacutecio da aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 1 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoOs objetivos de manejo das terras aacuteguas e recursos vivos satildeo de mateacuteria de interesse da sociedaderdquo e do Princiacutepio 12 ldquoO manejo de ecossistemas deve envolver todos os setores relevantes da sociedade assim como as disciplinas cientiacuteficasrdquo Estes princiacutepios seratildeo aplicados em outras etapas posteriores

104 Desenho inicial do corredorA definiccedilatildeo dos limites do corredor eacute uma das decisotildees mais complexas e

relevantes para a sua gestatildeo com grandes implicaccedilotildees socioeconocircmicas ecoloacutegicas institucionais e de gestatildeo Portanto aconselha-se a identificaccedilatildeo dos limites mediante aproximaccedilotildees sucessivas ao longo do tempo levando em consideraccedilatildeo diversos criteacuterios que seratildeo identificados de acordo com as caracteriacutesticas locais e a dinacircmica regional

O primeiro desenho do corredor poderaacute ser traccedilado pelo Grupo de Trabalho Inicial de forma independente ou com a participaccedilatildeo de pesquisadores eou representantes de instituiccedilotildees governamentais e natildeo-governamentais e da

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sociedade local Neste momento trata-se apenas de identificar o desenho preliminar do corredor que serviraacute como base para a anaacutelise dos principais atores sociais do corredor e as consultas iniciais Portanto eacute apenas a proposta preliminar para uma discussatildeo posterior mais abrangente e participativa

A identificaccedilatildeo dos limites deve ser realizada com fundamento em criteacuterios previamente identificados De uma maneira geral entende-se por criteacuterio aquela caracteriacutestica ou propriedade que serve de base para comparaccedilatildeo julgamento ou apreciaccedilatildeo Para a identificaccedilatildeo dos limites do corredor podem-se utilizar criteacuterios ecoloacutegicos esteacuteticos soacutecio-econocircmicos institucionais de gestatildeo etc A praacutetica no trabalho de corredores demonstra que o principal criteacuterio para a sua delimitaccedilatildeo eacute a existecircncia de unidades de conservaccedilatildeo ou terras indiacutegenas jaacute criadas ou homologadas o que poderia ser denominado de conectividade legal

Poreacutem aleacutem desse criteacuterio deveratildeo ser identificados outros levando em consideraccedilatildeo a funccedilatildeo vital do corredor eou os problemas que se pretendem resolver ou minimizar Recomenda-se que sejam identificados primeiramente os criteacuterios de decisatildeo para depois aplicaacute-los e desenhar os limites

De forma geral podemos identificar vaacuterios grupos de criteacuterios

a) os criteacuterios fiacutesicos relativos a bacias hidrograacuteficas principalmente e unidades geomorfoloacutegicas quando conveniente

b) os criteacuterios ecoloacutegicos principalmente relativos agraves ecorregiotildees1

c) os criteacuterios funcionais relativos agraves questotildees da paisagem como fragmentaccedilatildeo (tamanho diversidade e proximidade do fragmentos) e representatividade

d) os criteacuterios culturais relativos agraves manifestaccedilotildees principalmente em relaccedilatildeo com o envolvimento do homem com a natureza

e) os criteacuterios poliacutetico-administrativos relativos a limites municipais estaduais ou nacionais principalmente e sedes municipais e estaduais quando conveniente

f) os criteacuterios de gestatildeo relativos agrave capacidade e viabilidade da gestatildeo do corredor como territoacuterio e a outras consideraccedilotildees administrativas e legais

g) os criteacuterios de tempo relativos agrave priorizaccedilatildeo da implementaccedilatildeo e a sua viabilidade no longo prazo

Estes criteacuterios devem ser aplicados como filtros que vatildeo conformando um espaccedilo determinado Ainda que natildeo contemplados nessa listagem os criteacuterios da conveniecircncia e oportunidade devem ser tambeacutem oportunamente considerados nos momentos finais do desenho Consideram-se como criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade aqueles por exemplo a inclusatildeo de aacutereas prioritaacuterias para a conservaccedilatildeo ou de espaccedilos submetidos a alta pressatildeo antroacutepica

Desta forma o desenho inicial do corredor deveraacute ser realizado segundo os seguintes passos

1 Aqui entende-se como ecorregiatildeo o conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que compartem uma grande maioria de espeacutecies e dinacircmicas ecoloacutegicas e similares condiccedilotildees ambientais e interagem ecologicamente de forma criacutetica para sua persistecircncia no longo prazo Sobre as ecorregiotildees de Ameacuterica Latina e Caribe consultar DINERSTEIN et al (1995)

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Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 8: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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No monitoramento da sua efetividade e

Na prestaccedilatildeo de contas dos recursos utilizados que procedam de um fundo especiacutefico para o corredor

O principal instrumento para efetivar a participaccedilatildeo eacute o Comitecirc de Gestatildeo do corredor mas natildeo pode ser o uacutenico Eacute necessaacuterio estabelecer outros foros de discussatildeo e de tomadas de decisatildeo para garantir uma completa participaccedilatildeo de todos os envolvidos

A transparecircncia tambeacutem estaacute vinculada agrave comunicaccedilatildeo e agrave participaccedilatildeo mas bla bla bla eacute uma forma de obter credibilidade e confianccedila

A gestatildeo de um corredor supotildee a realizaccedilatildeo de mudanccedilas mudanccedilas no uso dos recursos naturais mudanccedilas nos modelos de gestatildeo ambiental mudanccedilas nos modelos de tomadas de decisatildeo etc As mudanccedilas natildeo sempre satildeo aceitas por todas as partes havendo oposiccedilatildeo por parte dos que tem sucesso sob as condiccedilotildees atuais Em qualquer caso os agentes das mudanccedilas satildeo as pessoas pelo que natildeo eacute possiacutevel pensar em mudanccedilas sem considerar o fortalecimento de capacidades A capacitaccedilatildeo deve ser entendida na sua forma mais abrangente mas principalmente deve ter como objetivo a potenciaccedilatildeo da lideranccedila e o desenvolvimento de capacidades no niacutevel local

Outros puacuteblicos-alvos da capacitaccedilatildeo deveratildeo ser

A Unidade de Gestatildeo do Corredor

Os teacutecnicos das unidades de conservaccedilatildeo federais estaduais e municipais

Os poliacuteticos e administradores do mais alto escalatildeo dos oacutergatildeos federais estaduais e municipais

Os jornalistas e profissionais dos meios de comunicaccedilatildeo

4 O Enfoque Ecossistecircmico nos CorredoresO Enfoque Ecossistecircmico eacute uma estrateacutegia para a gestatildeo integrada dos

recursos terrestres hiacutedricos e vivos que estaacute sendo apoiada e desenvolvida pela IUCN para introduzir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica na tomada de decisotildees Esse enfoque foi adotado em 1995 pela 2ordf Conferecircncia das Partes da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica como marco de accedilatildeo principal Em 2000 apoacutes um longo processo de consulta e discussatildeo a 5ordf Conferecircncia das Partes emitiu a Decisatildeo V6 onde foram apresentados os doze princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e a metodologia operacional para sua aplicaccedilatildeo

A proposta do Enfoque Ecossistecircmico natildeo eacute um meacutetodo ou modelo novo eacute uma abordagem que engloba o melhor do que foi aprendido na conservaccedilatildeo nos uacuteltimos anos O caraacuteter diferenciador deste enfoque frente a outras muitas abordagens integradas radica na proposta de balancear

a utilizaccedilatildeo de metodologias cientiacuteficas apropriadas que lidam com as estruturas processos funccedilotildees e interaccedilotildees entre organismos e seu meio ambiente

e a colocaccedilatildeo das pessoas no centro do manejo da biodiversidade

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Portanto o Enfoque Ecossistecircmico pode ser entendido como uma compilaccedilatildeo ou sistematizaccedilatildeo de outras estrateacutegias integradas para cumprir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica Eacute um marco metodoloacutegico geral para apoiar decisotildees na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e no planejamento (UNEPCBDCOP7 2004 UNEPCBDCOP5 2000 SMITH e MALTBY 2003)

O Enfoque Ecossistecircmico estaacute estreitamente ligado agrave atuaccedilatildeo no formato de corredor pois ambas as iniciativas pretendem conciliar a conservaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel Uma primeira aproximaccedilatildeo do enfoque ecossistecircmico aplicado aos corredores foi feita por ANDRADE (2004) cujas consideraccedilotildees foram incluiacutedas na seguinte tabela

Tabela 1 Princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e consideraccedilotildees sobre sua aplicaccedilatildeo a corredores (Traduccedilatildeo ao portuguecircs de UNEPCBDCOP5 2000 e ANDRADE A 2004 p 17-20)

PRINCIacutePIOS DO ENFOQUE ECOSSISTEcircMICOPRINCIacutePIOS CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE SUA APLICACcedilAtildeO A

CORREDORESPrinciacutepio 1 A eleiccedilatildeo dos objetivos da gestatildeo dos recursos terrestres hiacutedricos e vivos deve estar em matildeos da sociedade

- Os corredores constituem uma proposta de planejamento e ordenamento do territoacuterio portanto devem basear-se em decisotildees sociais- Articulaccedilatildeo de prioridades de conservaccedilatildeo com outras formas de uso da terra em um espaccedilo geograacutefico especiacutefico- Avaliaccedilatildeo de sistemas de planejamento e ordenamento existentes- Identificaccedilatildeo dos principais conflitos pelo uso e ocupaccedilatildeo do territoacuterio- Identificaccedilatildeo dos setores envolvidos e estabelecimento de mecanismos de participaccedilatildeo de todos os setores

Princiacutepio 2 A gestatildeo deve estar descentralizada ao niacutevel apropriado mais baixo

- Estabelecimento da escala da estrateacutegia segundo os objetivos e prioridades de conservaccedilatildeo- Conhecimento da estrutura poliacutetico-administrativa e niacuteveis de gestatildeo de aacutereas protegidas nacionais regionais etc- Identificaccedilatildeo dos niacuteveis de gestatildeo mais apropriados para cada objetivo

Princiacutepio 3 Os administradores de ecossistemas devem ter em conta os efeitos (reais ou possiacuteveis) de suas atividades nos ecossistemas adjacentes e em outros ecossistemas

- Avaliaccedilatildeo do impacto das formas atuais do uso da terra com os sistemas de aacutereas protegidas e funcionalidade ecoloacutegica regional- Conhecimento do estado de fragmentaccedilatildeo dos ecossistemas e sua relaccedilatildeo com as formas de uso da terra existentes- Avaliaccedilatildeo do impacto do uso da terra sobre o funcionamento dos ecossistemas- Avaliaccedilatildeo da dinacircmica temporal dos ecossistemas e sua articulaccedilatildeo com as aacutereas protegidas

Princiacutepio 4 Reconhecendo os possiacuteveis benefiacutecios derivados de sua gestatildeo eacute necessaacuterio compreender e manejar o ecossistema num contexto econocircmico Este tipo de programa de gestatildeo de ecossistemas deveriaa) Diminuir as distorccedilotildees do mercado que repercutem negativamente na diversidade bioloacutegicab) Orientar os incentivos para

- Pesquisa sobre incentivos econocircmicos orientados agrave promoccedilatildeo da conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e conectividade de ecossistemas- Estabelecimento de mecanismos de valoraccedilatildeo e pagamento por serviccedilos ambientais associados agrave conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade

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promover a conservaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel da diversidade bioloacutegicac) Procurar na medida do possiacutevel incorporar os custos e os benefiacutecios no ecossistema de que se tratePrinciacutepio 5 A conservaccedilatildeo da estrutura e o funcionamento dos ecossistemas deveria ser um objetivo prioritaacuterio do enfoque ecossistecircmico para manter os serviccedilos dos ecossistemas

- Aumento do conhecimento da estrutura e funccedilatildeo dos ecossistemas e estabelecimento de uma linha-base incluindo processos essenciais como a fragmentaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo das estrateacutegias de manejo e praacuteticas orientadas agrave restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade- Conhecimento do papel que cumprem os diferentes componentes estruturais e funcionais dos ecossistemas na conectividade tanto biofiacutesicos como culturais (fluxos cercas vivas etc)

Princiacutepio 6 A gestatildeo dos ecossistemas deve ser realizada dentro dos limites de seu funcionamento

- Caracterizaccedilatildeo do uso da terra sua dinacircmica e influecircncia em aacutereas protegidas e aacutereas prioritaacuterias de conservaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo de praacuteticas natildeo sustentaacuteveis e estabelecimento de mecanismos de melhora que promovam a conservaccedilatildeo e a conectividade- Caracterizaccedilatildeo dos processos de fragmentaccedilatildeo e sua relaccedilatildeo com paisagens culturais- A conectividade da paisagem requer estender o conceito de espaccedilos protegidos aleacutem do seus limites administrativos- Estabelecimento de sistemas de monitoramento e avaliaccedilatildeo permanentes

Princiacutepio 7 O enfoque ecossistecircmico se deve aplicar agraves escalas espaciais e temporais apropriadasPrinciacutepio 8 Reconhecendo as diversas escalas temporais e os efeitos retardados que caracterizam os processos dos ecossistemas se deveriam estabelecer objetivos de longo prazo na gestatildeo dos ecossistemasPrinciacutepio 9 A gestatildeo deve reconhecer que mudanccedilas no ecossistema satildeo inevitaacuteveisPrinciacutepio 10 O enfoque ecossistecircmico deve buscar o equiliacutebrio apropriado e a integraccedilatildeo entre a conservaccedilatildeo e o uso da diversidade bioloacutegicaPrinciacutepio 11 O enfoque ecossistecircmico deve considerar todas as formas de informaccedilatildeo relevante incluindo os conhecimentos as inovaccedilotildees e as praacuteticas cientiacuteficas indiacutegenas e locaisPrinciacutepio 12 O enfoque ecossistecircmico deve envolver todos os setores relevantes da sociedade e das disciplinas cientiacuteficas

Em vista disso os princiacutepios do enfoque ecossistecircmico devem ser considerados no estabelecimento planejamento e implementaccedilatildeo de corredores Contudo a IUCN reconhece que natildeo existe uma uacutenica via de aplicaccedilatildeo do Enfoque

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Ecossistecircmico devendo-se considerar os diferentes princiacutepios de maneira flexiacutevel e dar a cada um a relevacircncia apropriada de acordo com as circunstacircncias locais

5 Os Componentes do Corredor

51 As Unidades de Conservaccedilatildeo

Tambeacutem falar de mosaicos de unidades de conservaccedilatildeo

52 As Terras IndiacutegenasProblemas indiacutegenas e conservaccedilatildeo

53 Outras aacutereas protegidasReserva legal APP

54 O Espaccedilo Urbano dentro do Corredor

55 As Aacutereas de Interstiacutecio

6 O Sistema de Gestatildeo do CorredorUnidade de Gestatildeo

Tratar sobre a sostenibilidade financeira da unidade de gestatildeo

D) Sistema e Instrumentos de Gestatildeo de Corredores Ecoloacutegicos apresentar os sistemas e instrumentos de gestatildeo (em todas as 3 etapas - planejamento implementaccedilatildeo e monitoramento) estabelecidos abordando no miacutenimo os seguintes aspectos

quanto agrave estrutura de gestatildeo descrevendo como se processa a formaccedilatildeo de foacuteruns consultivos e deliberativos e suas caracteriacutesticas por exemplo paritaacuterios legiacutetimos representativos e funcionais e

quanto aos instrumentos legais discriminar quais satildeo os instrumentos legais mais adequados para promover a gestatildeo de corredores ecoloacutegicos

Um sistema de coordenaccedilatildeo de accedilotildees e tomada de decisotildees Deveraacute ser implantado gradualmente ou seja a representatividade do sistema de gestatildeo iraacute aumentando conforme vai aumentando a integraccedilatildeo com os diversos atores sociais Eacute uma aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 2 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO manejo deve ser descentralizado no niacutevel mais baixo apropriadordquo

Conselho

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Paridade sociedade e governo dentro do governo (federal estadual e municipal)

Legitimidade

Representatividade

Capacitaccedilatildeo para a governabilidade

Em aacutereas de sobreposiccedilatildeo entre Corredores e Reservas da Biosfera os Conselhos poderatildeo ser uacutenicos

7 A Questatildeo LegalFortalecer o sistema de gestatildeo mediante instrumentos legais para a tomada de

decisotildees

Existe muita demanda do reconhecimento legal dos corredores ecoloacutegicos Benefiacutecios

Limitaccedilotildees

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ApresentaccedilatildeoO objetivo da Parte II eacute mostrar como se podem

iniciar os trabalhos para o estabelecimento de um corredor antes de passar para o seu planejamento portanto indicar-se-atildeo os primeiros passos necessaacuterios para o estabelecimento do corredor desde o momento em que um grupo de pessoas fica motivado com a ideacuteia de trabalhar nesse formato

A maioria das vezes esta fase de implantaccedilatildeo dos corredores natildeo eacute explicitada no histoacuterico dos corredores De fato poucas experiecircncias brasileiras mencionam esta fase de forma expliacutecita Poreacutem ela eacute muito importante para o sucesso do corredor pois representa o momento em que se buscam as primeiras alianccedilas o apoio financeiro e as

oportunidades de atuaccedilatildeo aleacutem de ser o momento em que se identificam aqueles elementos que tecircm que ser inicialmente considerados como a escala de trabalho

Na fase de estabelecimento eacute quando se iniciam os trabalhos de integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais para o trabalho do corredor poreacutem esta atividade deve ser visualizada como um processo ao longo de toda a vida do corredor

As etapas aqui descritas natildeo satildeo as uacutenicas que poderatildeo ser desenvolvidas para o estabelecimento do corredor Outras atividades poderatildeo ser necessaacuterias de acordo com as caracteriacutesticas locais e as circunstacircncias especiacuteficas de cada corredor Inclusive algumas das etapas agora descritas poderatildeo fazer parte da seguinte fase de planejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do Corredor

As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores Sociais

As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

Parte IIEstabeleciment

o

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8 A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do CorredorA maioria dos corredores surge como a ideacuteia de um grupo de pessoas ante a

constataccedilatildeo de determinados problemas ambientais numa determinada aacuterea As indicaccedilotildees da necessidade de estabelecer um corredor podem ser dentre outras

A constataccedilatildeo da fragmentaccedilatildeo da paisagem com pequenos resiacuteduos da matriz original

A percepccedilatildeo da dinacircmica da paisagem onde os ecossistemas alterados estatildeo aumentando

A constataccedilatildeo de mudanccedilas de haacutebitos da populaccedilatildeo que podem levar a uma degradaccedilatildeo ambiental

A pressatildeo de certos grupos de atores sociais que demandam uma maior atenccedilatildeo aos seus problemas sociais e ambientais

Essas indicaccedilotildees podem aparecer de forma isolada ou conjugada Elas podem ser o resultado de um levantamento que esteja sendo realizado no marco de um programa ou projeto jaacute existentes ou podem ser o resultado de um levantamento que jaacute esteja sendo feito com o propoacutesito especiacutefico de estabelecer um corredor Contudo na maioria das vezes essas indicaccedilotildees aparecem de forma difusa e baseada em palpites intuiccedilotildees ou informaccedilotildees parciais

O grupo inicial de pessoas que fica motivado para o estabelecimento do Corredor pode ser representativo tanto da sociedade local como de instacircncias mais afastadas da aacuterea como ONGs nacionais ou oacutergatildeos governamentais federais o que influenciaraacute posteriormente na estrateacutegia de consulta e integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais Caso o corredor tenha surgido nas instacircncias locais se deveraacute iniciar um processo de envolvimento dos atores sociais de baixo para cima (estrateacutegia bottom-up) caso tenha surgido em instacircncias mais centralizadas se deveraacute iniciar um processo de envolvimento de cima para baixo (estrateacutegia top-down)

9 A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

A escala deve estar em funccedilatildeo da capacidade de gestatildeo e das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas da regiatildeo

Aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 7 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve ser desenvolvido na escala espacial e temporal apropriadardquo De acordo com SHEPHERD (2005) o tamanho apropriado eacute aquele que manteacutem as capacidades funcionais e eacute viaacutevel permite conseguir uma capacidade de manejo conhecimentos e experiecircncias e leva em consideraccedilatildeo os limites administrativos e legais

A questatildeo da escala temporal eacute tratada pelo Princiacutepio 8 ver boa traduccedilatildeo As metas devem expressar-se para o longo prazo contudo seraacute inevitaacutevel que algumas requeiram de modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees no caminho para alcanccedilaacute-las

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Caso existam partes do corredor onde natildeo se conte com a colaboraccedilatildeo de nenhuma organizaccedilatildeo social ou instituiccedilatildeo os limites deveratildeo ser repensados buscando um balanccedilo entre o ideal e o possiacutevel (adaptado de SHEPHERD 2005)

Se deve pensar no longo prazo ir aleacutem da vida de um projeto que usualmente eacute de cinco anos

O tempo para os comunitaacuterios e populaccedilotildees tradicionais corre em outra velocidade e os tempos das comunidades devem ser respeitados

10 As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

101 Constataccedilatildeo da necessidade de trabalhar no formato de corredor

102 Formaccedilatildeo de um Grupo de Trabalho InicialEste Grupo de Trabalho Inicial tem como funccedilatildeo principal organizar o

estabelecimento do corredor e a sua coordenaccedilatildeo nesta fase

Coordenaccedilatildeo do corredor nesta fase de estabelecimento a coordenaccedilatildeo pode ser desempenhada pelo grupo de trabalho que se formou Ou pode com o desenho inicial do corredor surgir uma estrutura de coordenaccedilatildeo preliminar juntando os principais atores que se aderiram agrave ideacuteia de corredor

Consideraccedilotildees de possibilidades da gestatildeo

103 Busca do envolvimento inicial para apoio teacutecnico poliacutetico e financeiro (alianccedilas iniciais)

Esta etapa eacute o iniacutecio da aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 1 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoOs objetivos de manejo das terras aacuteguas e recursos vivos satildeo de mateacuteria de interesse da sociedaderdquo e do Princiacutepio 12 ldquoO manejo de ecossistemas deve envolver todos os setores relevantes da sociedade assim como as disciplinas cientiacuteficasrdquo Estes princiacutepios seratildeo aplicados em outras etapas posteriores

104 Desenho inicial do corredorA definiccedilatildeo dos limites do corredor eacute uma das decisotildees mais complexas e

relevantes para a sua gestatildeo com grandes implicaccedilotildees socioeconocircmicas ecoloacutegicas institucionais e de gestatildeo Portanto aconselha-se a identificaccedilatildeo dos limites mediante aproximaccedilotildees sucessivas ao longo do tempo levando em consideraccedilatildeo diversos criteacuterios que seratildeo identificados de acordo com as caracteriacutesticas locais e a dinacircmica regional

O primeiro desenho do corredor poderaacute ser traccedilado pelo Grupo de Trabalho Inicial de forma independente ou com a participaccedilatildeo de pesquisadores eou representantes de instituiccedilotildees governamentais e natildeo-governamentais e da

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sociedade local Neste momento trata-se apenas de identificar o desenho preliminar do corredor que serviraacute como base para a anaacutelise dos principais atores sociais do corredor e as consultas iniciais Portanto eacute apenas a proposta preliminar para uma discussatildeo posterior mais abrangente e participativa

A identificaccedilatildeo dos limites deve ser realizada com fundamento em criteacuterios previamente identificados De uma maneira geral entende-se por criteacuterio aquela caracteriacutestica ou propriedade que serve de base para comparaccedilatildeo julgamento ou apreciaccedilatildeo Para a identificaccedilatildeo dos limites do corredor podem-se utilizar criteacuterios ecoloacutegicos esteacuteticos soacutecio-econocircmicos institucionais de gestatildeo etc A praacutetica no trabalho de corredores demonstra que o principal criteacuterio para a sua delimitaccedilatildeo eacute a existecircncia de unidades de conservaccedilatildeo ou terras indiacutegenas jaacute criadas ou homologadas o que poderia ser denominado de conectividade legal

Poreacutem aleacutem desse criteacuterio deveratildeo ser identificados outros levando em consideraccedilatildeo a funccedilatildeo vital do corredor eou os problemas que se pretendem resolver ou minimizar Recomenda-se que sejam identificados primeiramente os criteacuterios de decisatildeo para depois aplicaacute-los e desenhar os limites

De forma geral podemos identificar vaacuterios grupos de criteacuterios

a) os criteacuterios fiacutesicos relativos a bacias hidrograacuteficas principalmente e unidades geomorfoloacutegicas quando conveniente

b) os criteacuterios ecoloacutegicos principalmente relativos agraves ecorregiotildees1

c) os criteacuterios funcionais relativos agraves questotildees da paisagem como fragmentaccedilatildeo (tamanho diversidade e proximidade do fragmentos) e representatividade

d) os criteacuterios culturais relativos agraves manifestaccedilotildees principalmente em relaccedilatildeo com o envolvimento do homem com a natureza

e) os criteacuterios poliacutetico-administrativos relativos a limites municipais estaduais ou nacionais principalmente e sedes municipais e estaduais quando conveniente

f) os criteacuterios de gestatildeo relativos agrave capacidade e viabilidade da gestatildeo do corredor como territoacuterio e a outras consideraccedilotildees administrativas e legais

g) os criteacuterios de tempo relativos agrave priorizaccedilatildeo da implementaccedilatildeo e a sua viabilidade no longo prazo

Estes criteacuterios devem ser aplicados como filtros que vatildeo conformando um espaccedilo determinado Ainda que natildeo contemplados nessa listagem os criteacuterios da conveniecircncia e oportunidade devem ser tambeacutem oportunamente considerados nos momentos finais do desenho Consideram-se como criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade aqueles por exemplo a inclusatildeo de aacutereas prioritaacuterias para a conservaccedilatildeo ou de espaccedilos submetidos a alta pressatildeo antroacutepica

Desta forma o desenho inicial do corredor deveraacute ser realizado segundo os seguintes passos

1 Aqui entende-se como ecorregiatildeo o conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que compartem uma grande maioria de espeacutecies e dinacircmicas ecoloacutegicas e similares condiccedilotildees ambientais e interagem ecologicamente de forma criacutetica para sua persistecircncia no longo prazo Sobre as ecorregiotildees de Ameacuterica Latina e Caribe consultar DINERSTEIN et al (1995)

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Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

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IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

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OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 9: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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Portanto o Enfoque Ecossistecircmico pode ser entendido como uma compilaccedilatildeo ou sistematizaccedilatildeo de outras estrateacutegias integradas para cumprir os objetivos da Convenccedilatildeo sobre Diversidade Bioloacutegica Eacute um marco metodoloacutegico geral para apoiar decisotildees na elaboraccedilatildeo de poliacuteticas e no planejamento (UNEPCBDCOP7 2004 UNEPCBDCOP5 2000 SMITH e MALTBY 2003)

O Enfoque Ecossistecircmico estaacute estreitamente ligado agrave atuaccedilatildeo no formato de corredor pois ambas as iniciativas pretendem conciliar a conservaccedilatildeo com o desenvolvimento sustentaacutevel Uma primeira aproximaccedilatildeo do enfoque ecossistecircmico aplicado aos corredores foi feita por ANDRADE (2004) cujas consideraccedilotildees foram incluiacutedas na seguinte tabela

Tabela 1 Princiacutepios do Enfoque Ecossistecircmico e consideraccedilotildees sobre sua aplicaccedilatildeo a corredores (Traduccedilatildeo ao portuguecircs de UNEPCBDCOP5 2000 e ANDRADE A 2004 p 17-20)

PRINCIacutePIOS DO ENFOQUE ECOSSISTEcircMICOPRINCIacutePIOS CONSIDERACcedilOtildeES SOBRE SUA APLICACcedilAtildeO A

CORREDORESPrinciacutepio 1 A eleiccedilatildeo dos objetivos da gestatildeo dos recursos terrestres hiacutedricos e vivos deve estar em matildeos da sociedade

- Os corredores constituem uma proposta de planejamento e ordenamento do territoacuterio portanto devem basear-se em decisotildees sociais- Articulaccedilatildeo de prioridades de conservaccedilatildeo com outras formas de uso da terra em um espaccedilo geograacutefico especiacutefico- Avaliaccedilatildeo de sistemas de planejamento e ordenamento existentes- Identificaccedilatildeo dos principais conflitos pelo uso e ocupaccedilatildeo do territoacuterio- Identificaccedilatildeo dos setores envolvidos e estabelecimento de mecanismos de participaccedilatildeo de todos os setores

Princiacutepio 2 A gestatildeo deve estar descentralizada ao niacutevel apropriado mais baixo

- Estabelecimento da escala da estrateacutegia segundo os objetivos e prioridades de conservaccedilatildeo- Conhecimento da estrutura poliacutetico-administrativa e niacuteveis de gestatildeo de aacutereas protegidas nacionais regionais etc- Identificaccedilatildeo dos niacuteveis de gestatildeo mais apropriados para cada objetivo

Princiacutepio 3 Os administradores de ecossistemas devem ter em conta os efeitos (reais ou possiacuteveis) de suas atividades nos ecossistemas adjacentes e em outros ecossistemas

- Avaliaccedilatildeo do impacto das formas atuais do uso da terra com os sistemas de aacutereas protegidas e funcionalidade ecoloacutegica regional- Conhecimento do estado de fragmentaccedilatildeo dos ecossistemas e sua relaccedilatildeo com as formas de uso da terra existentes- Avaliaccedilatildeo do impacto do uso da terra sobre o funcionamento dos ecossistemas- Avaliaccedilatildeo da dinacircmica temporal dos ecossistemas e sua articulaccedilatildeo com as aacutereas protegidas

Princiacutepio 4 Reconhecendo os possiacuteveis benefiacutecios derivados de sua gestatildeo eacute necessaacuterio compreender e manejar o ecossistema num contexto econocircmico Este tipo de programa de gestatildeo de ecossistemas deveriaa) Diminuir as distorccedilotildees do mercado que repercutem negativamente na diversidade bioloacutegicab) Orientar os incentivos para

- Pesquisa sobre incentivos econocircmicos orientados agrave promoccedilatildeo da conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e conectividade de ecossistemas- Estabelecimento de mecanismos de valoraccedilatildeo e pagamento por serviccedilos ambientais associados agrave conservaccedilatildeo restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade

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promover a conservaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel da diversidade bioloacutegicac) Procurar na medida do possiacutevel incorporar os custos e os benefiacutecios no ecossistema de que se tratePrinciacutepio 5 A conservaccedilatildeo da estrutura e o funcionamento dos ecossistemas deveria ser um objetivo prioritaacuterio do enfoque ecossistecircmico para manter os serviccedilos dos ecossistemas

- Aumento do conhecimento da estrutura e funccedilatildeo dos ecossistemas e estabelecimento de uma linha-base incluindo processos essenciais como a fragmentaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo das estrateacutegias de manejo e praacuteticas orientadas agrave restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade- Conhecimento do papel que cumprem os diferentes componentes estruturais e funcionais dos ecossistemas na conectividade tanto biofiacutesicos como culturais (fluxos cercas vivas etc)

Princiacutepio 6 A gestatildeo dos ecossistemas deve ser realizada dentro dos limites de seu funcionamento

- Caracterizaccedilatildeo do uso da terra sua dinacircmica e influecircncia em aacutereas protegidas e aacutereas prioritaacuterias de conservaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo de praacuteticas natildeo sustentaacuteveis e estabelecimento de mecanismos de melhora que promovam a conservaccedilatildeo e a conectividade- Caracterizaccedilatildeo dos processos de fragmentaccedilatildeo e sua relaccedilatildeo com paisagens culturais- A conectividade da paisagem requer estender o conceito de espaccedilos protegidos aleacutem do seus limites administrativos- Estabelecimento de sistemas de monitoramento e avaliaccedilatildeo permanentes

Princiacutepio 7 O enfoque ecossistecircmico se deve aplicar agraves escalas espaciais e temporais apropriadasPrinciacutepio 8 Reconhecendo as diversas escalas temporais e os efeitos retardados que caracterizam os processos dos ecossistemas se deveriam estabelecer objetivos de longo prazo na gestatildeo dos ecossistemasPrinciacutepio 9 A gestatildeo deve reconhecer que mudanccedilas no ecossistema satildeo inevitaacuteveisPrinciacutepio 10 O enfoque ecossistecircmico deve buscar o equiliacutebrio apropriado e a integraccedilatildeo entre a conservaccedilatildeo e o uso da diversidade bioloacutegicaPrinciacutepio 11 O enfoque ecossistecircmico deve considerar todas as formas de informaccedilatildeo relevante incluindo os conhecimentos as inovaccedilotildees e as praacuteticas cientiacuteficas indiacutegenas e locaisPrinciacutepio 12 O enfoque ecossistecircmico deve envolver todos os setores relevantes da sociedade e das disciplinas cientiacuteficas

Em vista disso os princiacutepios do enfoque ecossistecircmico devem ser considerados no estabelecimento planejamento e implementaccedilatildeo de corredores Contudo a IUCN reconhece que natildeo existe uma uacutenica via de aplicaccedilatildeo do Enfoque

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Ecossistecircmico devendo-se considerar os diferentes princiacutepios de maneira flexiacutevel e dar a cada um a relevacircncia apropriada de acordo com as circunstacircncias locais

5 Os Componentes do Corredor

51 As Unidades de Conservaccedilatildeo

Tambeacutem falar de mosaicos de unidades de conservaccedilatildeo

52 As Terras IndiacutegenasProblemas indiacutegenas e conservaccedilatildeo

53 Outras aacutereas protegidasReserva legal APP

54 O Espaccedilo Urbano dentro do Corredor

55 As Aacutereas de Interstiacutecio

6 O Sistema de Gestatildeo do CorredorUnidade de Gestatildeo

Tratar sobre a sostenibilidade financeira da unidade de gestatildeo

D) Sistema e Instrumentos de Gestatildeo de Corredores Ecoloacutegicos apresentar os sistemas e instrumentos de gestatildeo (em todas as 3 etapas - planejamento implementaccedilatildeo e monitoramento) estabelecidos abordando no miacutenimo os seguintes aspectos

quanto agrave estrutura de gestatildeo descrevendo como se processa a formaccedilatildeo de foacuteruns consultivos e deliberativos e suas caracteriacutesticas por exemplo paritaacuterios legiacutetimos representativos e funcionais e

quanto aos instrumentos legais discriminar quais satildeo os instrumentos legais mais adequados para promover a gestatildeo de corredores ecoloacutegicos

Um sistema de coordenaccedilatildeo de accedilotildees e tomada de decisotildees Deveraacute ser implantado gradualmente ou seja a representatividade do sistema de gestatildeo iraacute aumentando conforme vai aumentando a integraccedilatildeo com os diversos atores sociais Eacute uma aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 2 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO manejo deve ser descentralizado no niacutevel mais baixo apropriadordquo

Conselho

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Paridade sociedade e governo dentro do governo (federal estadual e municipal)

Legitimidade

Representatividade

Capacitaccedilatildeo para a governabilidade

Em aacutereas de sobreposiccedilatildeo entre Corredores e Reservas da Biosfera os Conselhos poderatildeo ser uacutenicos

7 A Questatildeo LegalFortalecer o sistema de gestatildeo mediante instrumentos legais para a tomada de

decisotildees

Existe muita demanda do reconhecimento legal dos corredores ecoloacutegicos Benefiacutecios

Limitaccedilotildees

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ApresentaccedilatildeoO objetivo da Parte II eacute mostrar como se podem

iniciar os trabalhos para o estabelecimento de um corredor antes de passar para o seu planejamento portanto indicar-se-atildeo os primeiros passos necessaacuterios para o estabelecimento do corredor desde o momento em que um grupo de pessoas fica motivado com a ideacuteia de trabalhar nesse formato

A maioria das vezes esta fase de implantaccedilatildeo dos corredores natildeo eacute explicitada no histoacuterico dos corredores De fato poucas experiecircncias brasileiras mencionam esta fase de forma expliacutecita Poreacutem ela eacute muito importante para o sucesso do corredor pois representa o momento em que se buscam as primeiras alianccedilas o apoio financeiro e as

oportunidades de atuaccedilatildeo aleacutem de ser o momento em que se identificam aqueles elementos que tecircm que ser inicialmente considerados como a escala de trabalho

Na fase de estabelecimento eacute quando se iniciam os trabalhos de integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais para o trabalho do corredor poreacutem esta atividade deve ser visualizada como um processo ao longo de toda a vida do corredor

As etapas aqui descritas natildeo satildeo as uacutenicas que poderatildeo ser desenvolvidas para o estabelecimento do corredor Outras atividades poderatildeo ser necessaacuterias de acordo com as caracteriacutesticas locais e as circunstacircncias especiacuteficas de cada corredor Inclusive algumas das etapas agora descritas poderatildeo fazer parte da seguinte fase de planejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

13

Toacutepicos

A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do Corredor

As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores Sociais

As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

Parte IIEstabeleciment

o

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

8 A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do CorredorA maioria dos corredores surge como a ideacuteia de um grupo de pessoas ante a

constataccedilatildeo de determinados problemas ambientais numa determinada aacuterea As indicaccedilotildees da necessidade de estabelecer um corredor podem ser dentre outras

A constataccedilatildeo da fragmentaccedilatildeo da paisagem com pequenos resiacuteduos da matriz original

A percepccedilatildeo da dinacircmica da paisagem onde os ecossistemas alterados estatildeo aumentando

A constataccedilatildeo de mudanccedilas de haacutebitos da populaccedilatildeo que podem levar a uma degradaccedilatildeo ambiental

A pressatildeo de certos grupos de atores sociais que demandam uma maior atenccedilatildeo aos seus problemas sociais e ambientais

Essas indicaccedilotildees podem aparecer de forma isolada ou conjugada Elas podem ser o resultado de um levantamento que esteja sendo realizado no marco de um programa ou projeto jaacute existentes ou podem ser o resultado de um levantamento que jaacute esteja sendo feito com o propoacutesito especiacutefico de estabelecer um corredor Contudo na maioria das vezes essas indicaccedilotildees aparecem de forma difusa e baseada em palpites intuiccedilotildees ou informaccedilotildees parciais

O grupo inicial de pessoas que fica motivado para o estabelecimento do Corredor pode ser representativo tanto da sociedade local como de instacircncias mais afastadas da aacuterea como ONGs nacionais ou oacutergatildeos governamentais federais o que influenciaraacute posteriormente na estrateacutegia de consulta e integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais Caso o corredor tenha surgido nas instacircncias locais se deveraacute iniciar um processo de envolvimento dos atores sociais de baixo para cima (estrateacutegia bottom-up) caso tenha surgido em instacircncias mais centralizadas se deveraacute iniciar um processo de envolvimento de cima para baixo (estrateacutegia top-down)

9 A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

A escala deve estar em funccedilatildeo da capacidade de gestatildeo e das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas da regiatildeo

Aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 7 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve ser desenvolvido na escala espacial e temporal apropriadardquo De acordo com SHEPHERD (2005) o tamanho apropriado eacute aquele que manteacutem as capacidades funcionais e eacute viaacutevel permite conseguir uma capacidade de manejo conhecimentos e experiecircncias e leva em consideraccedilatildeo os limites administrativos e legais

A questatildeo da escala temporal eacute tratada pelo Princiacutepio 8 ver boa traduccedilatildeo As metas devem expressar-se para o longo prazo contudo seraacute inevitaacutevel que algumas requeiram de modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees no caminho para alcanccedilaacute-las

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Caso existam partes do corredor onde natildeo se conte com a colaboraccedilatildeo de nenhuma organizaccedilatildeo social ou instituiccedilatildeo os limites deveratildeo ser repensados buscando um balanccedilo entre o ideal e o possiacutevel (adaptado de SHEPHERD 2005)

Se deve pensar no longo prazo ir aleacutem da vida de um projeto que usualmente eacute de cinco anos

O tempo para os comunitaacuterios e populaccedilotildees tradicionais corre em outra velocidade e os tempos das comunidades devem ser respeitados

10 As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

101 Constataccedilatildeo da necessidade de trabalhar no formato de corredor

102 Formaccedilatildeo de um Grupo de Trabalho InicialEste Grupo de Trabalho Inicial tem como funccedilatildeo principal organizar o

estabelecimento do corredor e a sua coordenaccedilatildeo nesta fase

Coordenaccedilatildeo do corredor nesta fase de estabelecimento a coordenaccedilatildeo pode ser desempenhada pelo grupo de trabalho que se formou Ou pode com o desenho inicial do corredor surgir uma estrutura de coordenaccedilatildeo preliminar juntando os principais atores que se aderiram agrave ideacuteia de corredor

Consideraccedilotildees de possibilidades da gestatildeo

103 Busca do envolvimento inicial para apoio teacutecnico poliacutetico e financeiro (alianccedilas iniciais)

Esta etapa eacute o iniacutecio da aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 1 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoOs objetivos de manejo das terras aacuteguas e recursos vivos satildeo de mateacuteria de interesse da sociedaderdquo e do Princiacutepio 12 ldquoO manejo de ecossistemas deve envolver todos os setores relevantes da sociedade assim como as disciplinas cientiacuteficasrdquo Estes princiacutepios seratildeo aplicados em outras etapas posteriores

104 Desenho inicial do corredorA definiccedilatildeo dos limites do corredor eacute uma das decisotildees mais complexas e

relevantes para a sua gestatildeo com grandes implicaccedilotildees socioeconocircmicas ecoloacutegicas institucionais e de gestatildeo Portanto aconselha-se a identificaccedilatildeo dos limites mediante aproximaccedilotildees sucessivas ao longo do tempo levando em consideraccedilatildeo diversos criteacuterios que seratildeo identificados de acordo com as caracteriacutesticas locais e a dinacircmica regional

O primeiro desenho do corredor poderaacute ser traccedilado pelo Grupo de Trabalho Inicial de forma independente ou com a participaccedilatildeo de pesquisadores eou representantes de instituiccedilotildees governamentais e natildeo-governamentais e da

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sociedade local Neste momento trata-se apenas de identificar o desenho preliminar do corredor que serviraacute como base para a anaacutelise dos principais atores sociais do corredor e as consultas iniciais Portanto eacute apenas a proposta preliminar para uma discussatildeo posterior mais abrangente e participativa

A identificaccedilatildeo dos limites deve ser realizada com fundamento em criteacuterios previamente identificados De uma maneira geral entende-se por criteacuterio aquela caracteriacutestica ou propriedade que serve de base para comparaccedilatildeo julgamento ou apreciaccedilatildeo Para a identificaccedilatildeo dos limites do corredor podem-se utilizar criteacuterios ecoloacutegicos esteacuteticos soacutecio-econocircmicos institucionais de gestatildeo etc A praacutetica no trabalho de corredores demonstra que o principal criteacuterio para a sua delimitaccedilatildeo eacute a existecircncia de unidades de conservaccedilatildeo ou terras indiacutegenas jaacute criadas ou homologadas o que poderia ser denominado de conectividade legal

Poreacutem aleacutem desse criteacuterio deveratildeo ser identificados outros levando em consideraccedilatildeo a funccedilatildeo vital do corredor eou os problemas que se pretendem resolver ou minimizar Recomenda-se que sejam identificados primeiramente os criteacuterios de decisatildeo para depois aplicaacute-los e desenhar os limites

De forma geral podemos identificar vaacuterios grupos de criteacuterios

a) os criteacuterios fiacutesicos relativos a bacias hidrograacuteficas principalmente e unidades geomorfoloacutegicas quando conveniente

b) os criteacuterios ecoloacutegicos principalmente relativos agraves ecorregiotildees1

c) os criteacuterios funcionais relativos agraves questotildees da paisagem como fragmentaccedilatildeo (tamanho diversidade e proximidade do fragmentos) e representatividade

d) os criteacuterios culturais relativos agraves manifestaccedilotildees principalmente em relaccedilatildeo com o envolvimento do homem com a natureza

e) os criteacuterios poliacutetico-administrativos relativos a limites municipais estaduais ou nacionais principalmente e sedes municipais e estaduais quando conveniente

f) os criteacuterios de gestatildeo relativos agrave capacidade e viabilidade da gestatildeo do corredor como territoacuterio e a outras consideraccedilotildees administrativas e legais

g) os criteacuterios de tempo relativos agrave priorizaccedilatildeo da implementaccedilatildeo e a sua viabilidade no longo prazo

Estes criteacuterios devem ser aplicados como filtros que vatildeo conformando um espaccedilo determinado Ainda que natildeo contemplados nessa listagem os criteacuterios da conveniecircncia e oportunidade devem ser tambeacutem oportunamente considerados nos momentos finais do desenho Consideram-se como criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade aqueles por exemplo a inclusatildeo de aacutereas prioritaacuterias para a conservaccedilatildeo ou de espaccedilos submetidos a alta pressatildeo antroacutepica

Desta forma o desenho inicial do corredor deveraacute ser realizado segundo os seguintes passos

1 Aqui entende-se como ecorregiatildeo o conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que compartem uma grande maioria de espeacutecies e dinacircmicas ecoloacutegicas e similares condiccedilotildees ambientais e interagem ecologicamente de forma criacutetica para sua persistecircncia no longo prazo Sobre as ecorregiotildees de Ameacuterica Latina e Caribe consultar DINERSTEIN et al (1995)

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Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 10: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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promover a conservaccedilatildeo e a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel da diversidade bioloacutegicac) Procurar na medida do possiacutevel incorporar os custos e os benefiacutecios no ecossistema de que se tratePrinciacutepio 5 A conservaccedilatildeo da estrutura e o funcionamento dos ecossistemas deveria ser um objetivo prioritaacuterio do enfoque ecossistecircmico para manter os serviccedilos dos ecossistemas

- Aumento do conhecimento da estrutura e funccedilatildeo dos ecossistemas e estabelecimento de uma linha-base incluindo processos essenciais como a fragmentaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo das estrateacutegias de manejo e praacuteticas orientadas agrave restauraccedilatildeo e promoccedilatildeo da conectividade- Conhecimento do papel que cumprem os diferentes componentes estruturais e funcionais dos ecossistemas na conectividade tanto biofiacutesicos como culturais (fluxos cercas vivas etc)

Princiacutepio 6 A gestatildeo dos ecossistemas deve ser realizada dentro dos limites de seu funcionamento

- Caracterizaccedilatildeo do uso da terra sua dinacircmica e influecircncia em aacutereas protegidas e aacutereas prioritaacuterias de conservaccedilatildeo- Identificaccedilatildeo de praacuteticas natildeo sustentaacuteveis e estabelecimento de mecanismos de melhora que promovam a conservaccedilatildeo e a conectividade- Caracterizaccedilatildeo dos processos de fragmentaccedilatildeo e sua relaccedilatildeo com paisagens culturais- A conectividade da paisagem requer estender o conceito de espaccedilos protegidos aleacutem do seus limites administrativos- Estabelecimento de sistemas de monitoramento e avaliaccedilatildeo permanentes

Princiacutepio 7 O enfoque ecossistecircmico se deve aplicar agraves escalas espaciais e temporais apropriadasPrinciacutepio 8 Reconhecendo as diversas escalas temporais e os efeitos retardados que caracterizam os processos dos ecossistemas se deveriam estabelecer objetivos de longo prazo na gestatildeo dos ecossistemasPrinciacutepio 9 A gestatildeo deve reconhecer que mudanccedilas no ecossistema satildeo inevitaacuteveisPrinciacutepio 10 O enfoque ecossistecircmico deve buscar o equiliacutebrio apropriado e a integraccedilatildeo entre a conservaccedilatildeo e o uso da diversidade bioloacutegicaPrinciacutepio 11 O enfoque ecossistecircmico deve considerar todas as formas de informaccedilatildeo relevante incluindo os conhecimentos as inovaccedilotildees e as praacuteticas cientiacuteficas indiacutegenas e locaisPrinciacutepio 12 O enfoque ecossistecircmico deve envolver todos os setores relevantes da sociedade e das disciplinas cientiacuteficas

Em vista disso os princiacutepios do enfoque ecossistecircmico devem ser considerados no estabelecimento planejamento e implementaccedilatildeo de corredores Contudo a IUCN reconhece que natildeo existe uma uacutenica via de aplicaccedilatildeo do Enfoque

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Ecossistecircmico devendo-se considerar os diferentes princiacutepios de maneira flexiacutevel e dar a cada um a relevacircncia apropriada de acordo com as circunstacircncias locais

5 Os Componentes do Corredor

51 As Unidades de Conservaccedilatildeo

Tambeacutem falar de mosaicos de unidades de conservaccedilatildeo

52 As Terras IndiacutegenasProblemas indiacutegenas e conservaccedilatildeo

53 Outras aacutereas protegidasReserva legal APP

54 O Espaccedilo Urbano dentro do Corredor

55 As Aacutereas de Interstiacutecio

6 O Sistema de Gestatildeo do CorredorUnidade de Gestatildeo

Tratar sobre a sostenibilidade financeira da unidade de gestatildeo

D) Sistema e Instrumentos de Gestatildeo de Corredores Ecoloacutegicos apresentar os sistemas e instrumentos de gestatildeo (em todas as 3 etapas - planejamento implementaccedilatildeo e monitoramento) estabelecidos abordando no miacutenimo os seguintes aspectos

quanto agrave estrutura de gestatildeo descrevendo como se processa a formaccedilatildeo de foacuteruns consultivos e deliberativos e suas caracteriacutesticas por exemplo paritaacuterios legiacutetimos representativos e funcionais e

quanto aos instrumentos legais discriminar quais satildeo os instrumentos legais mais adequados para promover a gestatildeo de corredores ecoloacutegicos

Um sistema de coordenaccedilatildeo de accedilotildees e tomada de decisotildees Deveraacute ser implantado gradualmente ou seja a representatividade do sistema de gestatildeo iraacute aumentando conforme vai aumentando a integraccedilatildeo com os diversos atores sociais Eacute uma aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 2 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO manejo deve ser descentralizado no niacutevel mais baixo apropriadordquo

Conselho

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Paridade sociedade e governo dentro do governo (federal estadual e municipal)

Legitimidade

Representatividade

Capacitaccedilatildeo para a governabilidade

Em aacutereas de sobreposiccedilatildeo entre Corredores e Reservas da Biosfera os Conselhos poderatildeo ser uacutenicos

7 A Questatildeo LegalFortalecer o sistema de gestatildeo mediante instrumentos legais para a tomada de

decisotildees

Existe muita demanda do reconhecimento legal dos corredores ecoloacutegicos Benefiacutecios

Limitaccedilotildees

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ApresentaccedilatildeoO objetivo da Parte II eacute mostrar como se podem

iniciar os trabalhos para o estabelecimento de um corredor antes de passar para o seu planejamento portanto indicar-se-atildeo os primeiros passos necessaacuterios para o estabelecimento do corredor desde o momento em que um grupo de pessoas fica motivado com a ideacuteia de trabalhar nesse formato

A maioria das vezes esta fase de implantaccedilatildeo dos corredores natildeo eacute explicitada no histoacuterico dos corredores De fato poucas experiecircncias brasileiras mencionam esta fase de forma expliacutecita Poreacutem ela eacute muito importante para o sucesso do corredor pois representa o momento em que se buscam as primeiras alianccedilas o apoio financeiro e as

oportunidades de atuaccedilatildeo aleacutem de ser o momento em que se identificam aqueles elementos que tecircm que ser inicialmente considerados como a escala de trabalho

Na fase de estabelecimento eacute quando se iniciam os trabalhos de integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais para o trabalho do corredor poreacutem esta atividade deve ser visualizada como um processo ao longo de toda a vida do corredor

As etapas aqui descritas natildeo satildeo as uacutenicas que poderatildeo ser desenvolvidas para o estabelecimento do corredor Outras atividades poderatildeo ser necessaacuterias de acordo com as caracteriacutesticas locais e as circunstacircncias especiacuteficas de cada corredor Inclusive algumas das etapas agora descritas poderatildeo fazer parte da seguinte fase de planejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do Corredor

As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores Sociais

As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

Parte IIEstabeleciment

o

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8 A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do CorredorA maioria dos corredores surge como a ideacuteia de um grupo de pessoas ante a

constataccedilatildeo de determinados problemas ambientais numa determinada aacuterea As indicaccedilotildees da necessidade de estabelecer um corredor podem ser dentre outras

A constataccedilatildeo da fragmentaccedilatildeo da paisagem com pequenos resiacuteduos da matriz original

A percepccedilatildeo da dinacircmica da paisagem onde os ecossistemas alterados estatildeo aumentando

A constataccedilatildeo de mudanccedilas de haacutebitos da populaccedilatildeo que podem levar a uma degradaccedilatildeo ambiental

A pressatildeo de certos grupos de atores sociais que demandam uma maior atenccedilatildeo aos seus problemas sociais e ambientais

Essas indicaccedilotildees podem aparecer de forma isolada ou conjugada Elas podem ser o resultado de um levantamento que esteja sendo realizado no marco de um programa ou projeto jaacute existentes ou podem ser o resultado de um levantamento que jaacute esteja sendo feito com o propoacutesito especiacutefico de estabelecer um corredor Contudo na maioria das vezes essas indicaccedilotildees aparecem de forma difusa e baseada em palpites intuiccedilotildees ou informaccedilotildees parciais

O grupo inicial de pessoas que fica motivado para o estabelecimento do Corredor pode ser representativo tanto da sociedade local como de instacircncias mais afastadas da aacuterea como ONGs nacionais ou oacutergatildeos governamentais federais o que influenciaraacute posteriormente na estrateacutegia de consulta e integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais Caso o corredor tenha surgido nas instacircncias locais se deveraacute iniciar um processo de envolvimento dos atores sociais de baixo para cima (estrateacutegia bottom-up) caso tenha surgido em instacircncias mais centralizadas se deveraacute iniciar um processo de envolvimento de cima para baixo (estrateacutegia top-down)

9 A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

A escala deve estar em funccedilatildeo da capacidade de gestatildeo e das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas da regiatildeo

Aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 7 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve ser desenvolvido na escala espacial e temporal apropriadardquo De acordo com SHEPHERD (2005) o tamanho apropriado eacute aquele que manteacutem as capacidades funcionais e eacute viaacutevel permite conseguir uma capacidade de manejo conhecimentos e experiecircncias e leva em consideraccedilatildeo os limites administrativos e legais

A questatildeo da escala temporal eacute tratada pelo Princiacutepio 8 ver boa traduccedilatildeo As metas devem expressar-se para o longo prazo contudo seraacute inevitaacutevel que algumas requeiram de modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees no caminho para alcanccedilaacute-las

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Caso existam partes do corredor onde natildeo se conte com a colaboraccedilatildeo de nenhuma organizaccedilatildeo social ou instituiccedilatildeo os limites deveratildeo ser repensados buscando um balanccedilo entre o ideal e o possiacutevel (adaptado de SHEPHERD 2005)

Se deve pensar no longo prazo ir aleacutem da vida de um projeto que usualmente eacute de cinco anos

O tempo para os comunitaacuterios e populaccedilotildees tradicionais corre em outra velocidade e os tempos das comunidades devem ser respeitados

10 As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

101 Constataccedilatildeo da necessidade de trabalhar no formato de corredor

102 Formaccedilatildeo de um Grupo de Trabalho InicialEste Grupo de Trabalho Inicial tem como funccedilatildeo principal organizar o

estabelecimento do corredor e a sua coordenaccedilatildeo nesta fase

Coordenaccedilatildeo do corredor nesta fase de estabelecimento a coordenaccedilatildeo pode ser desempenhada pelo grupo de trabalho que se formou Ou pode com o desenho inicial do corredor surgir uma estrutura de coordenaccedilatildeo preliminar juntando os principais atores que se aderiram agrave ideacuteia de corredor

Consideraccedilotildees de possibilidades da gestatildeo

103 Busca do envolvimento inicial para apoio teacutecnico poliacutetico e financeiro (alianccedilas iniciais)

Esta etapa eacute o iniacutecio da aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 1 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoOs objetivos de manejo das terras aacuteguas e recursos vivos satildeo de mateacuteria de interesse da sociedaderdquo e do Princiacutepio 12 ldquoO manejo de ecossistemas deve envolver todos os setores relevantes da sociedade assim como as disciplinas cientiacuteficasrdquo Estes princiacutepios seratildeo aplicados em outras etapas posteriores

104 Desenho inicial do corredorA definiccedilatildeo dos limites do corredor eacute uma das decisotildees mais complexas e

relevantes para a sua gestatildeo com grandes implicaccedilotildees socioeconocircmicas ecoloacutegicas institucionais e de gestatildeo Portanto aconselha-se a identificaccedilatildeo dos limites mediante aproximaccedilotildees sucessivas ao longo do tempo levando em consideraccedilatildeo diversos criteacuterios que seratildeo identificados de acordo com as caracteriacutesticas locais e a dinacircmica regional

O primeiro desenho do corredor poderaacute ser traccedilado pelo Grupo de Trabalho Inicial de forma independente ou com a participaccedilatildeo de pesquisadores eou representantes de instituiccedilotildees governamentais e natildeo-governamentais e da

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sociedade local Neste momento trata-se apenas de identificar o desenho preliminar do corredor que serviraacute como base para a anaacutelise dos principais atores sociais do corredor e as consultas iniciais Portanto eacute apenas a proposta preliminar para uma discussatildeo posterior mais abrangente e participativa

A identificaccedilatildeo dos limites deve ser realizada com fundamento em criteacuterios previamente identificados De uma maneira geral entende-se por criteacuterio aquela caracteriacutestica ou propriedade que serve de base para comparaccedilatildeo julgamento ou apreciaccedilatildeo Para a identificaccedilatildeo dos limites do corredor podem-se utilizar criteacuterios ecoloacutegicos esteacuteticos soacutecio-econocircmicos institucionais de gestatildeo etc A praacutetica no trabalho de corredores demonstra que o principal criteacuterio para a sua delimitaccedilatildeo eacute a existecircncia de unidades de conservaccedilatildeo ou terras indiacutegenas jaacute criadas ou homologadas o que poderia ser denominado de conectividade legal

Poreacutem aleacutem desse criteacuterio deveratildeo ser identificados outros levando em consideraccedilatildeo a funccedilatildeo vital do corredor eou os problemas que se pretendem resolver ou minimizar Recomenda-se que sejam identificados primeiramente os criteacuterios de decisatildeo para depois aplicaacute-los e desenhar os limites

De forma geral podemos identificar vaacuterios grupos de criteacuterios

a) os criteacuterios fiacutesicos relativos a bacias hidrograacuteficas principalmente e unidades geomorfoloacutegicas quando conveniente

b) os criteacuterios ecoloacutegicos principalmente relativos agraves ecorregiotildees1

c) os criteacuterios funcionais relativos agraves questotildees da paisagem como fragmentaccedilatildeo (tamanho diversidade e proximidade do fragmentos) e representatividade

d) os criteacuterios culturais relativos agraves manifestaccedilotildees principalmente em relaccedilatildeo com o envolvimento do homem com a natureza

e) os criteacuterios poliacutetico-administrativos relativos a limites municipais estaduais ou nacionais principalmente e sedes municipais e estaduais quando conveniente

f) os criteacuterios de gestatildeo relativos agrave capacidade e viabilidade da gestatildeo do corredor como territoacuterio e a outras consideraccedilotildees administrativas e legais

g) os criteacuterios de tempo relativos agrave priorizaccedilatildeo da implementaccedilatildeo e a sua viabilidade no longo prazo

Estes criteacuterios devem ser aplicados como filtros que vatildeo conformando um espaccedilo determinado Ainda que natildeo contemplados nessa listagem os criteacuterios da conveniecircncia e oportunidade devem ser tambeacutem oportunamente considerados nos momentos finais do desenho Consideram-se como criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade aqueles por exemplo a inclusatildeo de aacutereas prioritaacuterias para a conservaccedilatildeo ou de espaccedilos submetidos a alta pressatildeo antroacutepica

Desta forma o desenho inicial do corredor deveraacute ser realizado segundo os seguintes passos

1 Aqui entende-se como ecorregiatildeo o conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que compartem uma grande maioria de espeacutecies e dinacircmicas ecoloacutegicas e similares condiccedilotildees ambientais e interagem ecologicamente de forma criacutetica para sua persistecircncia no longo prazo Sobre as ecorregiotildees de Ameacuterica Latina e Caribe consultar DINERSTEIN et al (1995)

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Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

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COURRAU J El manejo adaptativo en las AP Em Arguedas m E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004 p 248-262

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IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

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OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 11: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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Ecossistecircmico devendo-se considerar os diferentes princiacutepios de maneira flexiacutevel e dar a cada um a relevacircncia apropriada de acordo com as circunstacircncias locais

5 Os Componentes do Corredor

51 As Unidades de Conservaccedilatildeo

Tambeacutem falar de mosaicos de unidades de conservaccedilatildeo

52 As Terras IndiacutegenasProblemas indiacutegenas e conservaccedilatildeo

53 Outras aacutereas protegidasReserva legal APP

54 O Espaccedilo Urbano dentro do Corredor

55 As Aacutereas de Interstiacutecio

6 O Sistema de Gestatildeo do CorredorUnidade de Gestatildeo

Tratar sobre a sostenibilidade financeira da unidade de gestatildeo

D) Sistema e Instrumentos de Gestatildeo de Corredores Ecoloacutegicos apresentar os sistemas e instrumentos de gestatildeo (em todas as 3 etapas - planejamento implementaccedilatildeo e monitoramento) estabelecidos abordando no miacutenimo os seguintes aspectos

quanto agrave estrutura de gestatildeo descrevendo como se processa a formaccedilatildeo de foacuteruns consultivos e deliberativos e suas caracteriacutesticas por exemplo paritaacuterios legiacutetimos representativos e funcionais e

quanto aos instrumentos legais discriminar quais satildeo os instrumentos legais mais adequados para promover a gestatildeo de corredores ecoloacutegicos

Um sistema de coordenaccedilatildeo de accedilotildees e tomada de decisotildees Deveraacute ser implantado gradualmente ou seja a representatividade do sistema de gestatildeo iraacute aumentando conforme vai aumentando a integraccedilatildeo com os diversos atores sociais Eacute uma aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 2 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO manejo deve ser descentralizado no niacutevel mais baixo apropriadordquo

Conselho

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Paridade sociedade e governo dentro do governo (federal estadual e municipal)

Legitimidade

Representatividade

Capacitaccedilatildeo para a governabilidade

Em aacutereas de sobreposiccedilatildeo entre Corredores e Reservas da Biosfera os Conselhos poderatildeo ser uacutenicos

7 A Questatildeo LegalFortalecer o sistema de gestatildeo mediante instrumentos legais para a tomada de

decisotildees

Existe muita demanda do reconhecimento legal dos corredores ecoloacutegicos Benefiacutecios

Limitaccedilotildees

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ApresentaccedilatildeoO objetivo da Parte II eacute mostrar como se podem

iniciar os trabalhos para o estabelecimento de um corredor antes de passar para o seu planejamento portanto indicar-se-atildeo os primeiros passos necessaacuterios para o estabelecimento do corredor desde o momento em que um grupo de pessoas fica motivado com a ideacuteia de trabalhar nesse formato

A maioria das vezes esta fase de implantaccedilatildeo dos corredores natildeo eacute explicitada no histoacuterico dos corredores De fato poucas experiecircncias brasileiras mencionam esta fase de forma expliacutecita Poreacutem ela eacute muito importante para o sucesso do corredor pois representa o momento em que se buscam as primeiras alianccedilas o apoio financeiro e as

oportunidades de atuaccedilatildeo aleacutem de ser o momento em que se identificam aqueles elementos que tecircm que ser inicialmente considerados como a escala de trabalho

Na fase de estabelecimento eacute quando se iniciam os trabalhos de integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais para o trabalho do corredor poreacutem esta atividade deve ser visualizada como um processo ao longo de toda a vida do corredor

As etapas aqui descritas natildeo satildeo as uacutenicas que poderatildeo ser desenvolvidas para o estabelecimento do corredor Outras atividades poderatildeo ser necessaacuterias de acordo com as caracteriacutesticas locais e as circunstacircncias especiacuteficas de cada corredor Inclusive algumas das etapas agora descritas poderatildeo fazer parte da seguinte fase de planejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do Corredor

As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores Sociais

As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

Parte IIEstabeleciment

o

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8 A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do CorredorA maioria dos corredores surge como a ideacuteia de um grupo de pessoas ante a

constataccedilatildeo de determinados problemas ambientais numa determinada aacuterea As indicaccedilotildees da necessidade de estabelecer um corredor podem ser dentre outras

A constataccedilatildeo da fragmentaccedilatildeo da paisagem com pequenos resiacuteduos da matriz original

A percepccedilatildeo da dinacircmica da paisagem onde os ecossistemas alterados estatildeo aumentando

A constataccedilatildeo de mudanccedilas de haacutebitos da populaccedilatildeo que podem levar a uma degradaccedilatildeo ambiental

A pressatildeo de certos grupos de atores sociais que demandam uma maior atenccedilatildeo aos seus problemas sociais e ambientais

Essas indicaccedilotildees podem aparecer de forma isolada ou conjugada Elas podem ser o resultado de um levantamento que esteja sendo realizado no marco de um programa ou projeto jaacute existentes ou podem ser o resultado de um levantamento que jaacute esteja sendo feito com o propoacutesito especiacutefico de estabelecer um corredor Contudo na maioria das vezes essas indicaccedilotildees aparecem de forma difusa e baseada em palpites intuiccedilotildees ou informaccedilotildees parciais

O grupo inicial de pessoas que fica motivado para o estabelecimento do Corredor pode ser representativo tanto da sociedade local como de instacircncias mais afastadas da aacuterea como ONGs nacionais ou oacutergatildeos governamentais federais o que influenciaraacute posteriormente na estrateacutegia de consulta e integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais Caso o corredor tenha surgido nas instacircncias locais se deveraacute iniciar um processo de envolvimento dos atores sociais de baixo para cima (estrateacutegia bottom-up) caso tenha surgido em instacircncias mais centralizadas se deveraacute iniciar um processo de envolvimento de cima para baixo (estrateacutegia top-down)

9 A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

A escala deve estar em funccedilatildeo da capacidade de gestatildeo e das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas da regiatildeo

Aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 7 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve ser desenvolvido na escala espacial e temporal apropriadardquo De acordo com SHEPHERD (2005) o tamanho apropriado eacute aquele que manteacutem as capacidades funcionais e eacute viaacutevel permite conseguir uma capacidade de manejo conhecimentos e experiecircncias e leva em consideraccedilatildeo os limites administrativos e legais

A questatildeo da escala temporal eacute tratada pelo Princiacutepio 8 ver boa traduccedilatildeo As metas devem expressar-se para o longo prazo contudo seraacute inevitaacutevel que algumas requeiram de modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees no caminho para alcanccedilaacute-las

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Caso existam partes do corredor onde natildeo se conte com a colaboraccedilatildeo de nenhuma organizaccedilatildeo social ou instituiccedilatildeo os limites deveratildeo ser repensados buscando um balanccedilo entre o ideal e o possiacutevel (adaptado de SHEPHERD 2005)

Se deve pensar no longo prazo ir aleacutem da vida de um projeto que usualmente eacute de cinco anos

O tempo para os comunitaacuterios e populaccedilotildees tradicionais corre em outra velocidade e os tempos das comunidades devem ser respeitados

10 As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

101 Constataccedilatildeo da necessidade de trabalhar no formato de corredor

102 Formaccedilatildeo de um Grupo de Trabalho InicialEste Grupo de Trabalho Inicial tem como funccedilatildeo principal organizar o

estabelecimento do corredor e a sua coordenaccedilatildeo nesta fase

Coordenaccedilatildeo do corredor nesta fase de estabelecimento a coordenaccedilatildeo pode ser desempenhada pelo grupo de trabalho que se formou Ou pode com o desenho inicial do corredor surgir uma estrutura de coordenaccedilatildeo preliminar juntando os principais atores que se aderiram agrave ideacuteia de corredor

Consideraccedilotildees de possibilidades da gestatildeo

103 Busca do envolvimento inicial para apoio teacutecnico poliacutetico e financeiro (alianccedilas iniciais)

Esta etapa eacute o iniacutecio da aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 1 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoOs objetivos de manejo das terras aacuteguas e recursos vivos satildeo de mateacuteria de interesse da sociedaderdquo e do Princiacutepio 12 ldquoO manejo de ecossistemas deve envolver todos os setores relevantes da sociedade assim como as disciplinas cientiacuteficasrdquo Estes princiacutepios seratildeo aplicados em outras etapas posteriores

104 Desenho inicial do corredorA definiccedilatildeo dos limites do corredor eacute uma das decisotildees mais complexas e

relevantes para a sua gestatildeo com grandes implicaccedilotildees socioeconocircmicas ecoloacutegicas institucionais e de gestatildeo Portanto aconselha-se a identificaccedilatildeo dos limites mediante aproximaccedilotildees sucessivas ao longo do tempo levando em consideraccedilatildeo diversos criteacuterios que seratildeo identificados de acordo com as caracteriacutesticas locais e a dinacircmica regional

O primeiro desenho do corredor poderaacute ser traccedilado pelo Grupo de Trabalho Inicial de forma independente ou com a participaccedilatildeo de pesquisadores eou representantes de instituiccedilotildees governamentais e natildeo-governamentais e da

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sociedade local Neste momento trata-se apenas de identificar o desenho preliminar do corredor que serviraacute como base para a anaacutelise dos principais atores sociais do corredor e as consultas iniciais Portanto eacute apenas a proposta preliminar para uma discussatildeo posterior mais abrangente e participativa

A identificaccedilatildeo dos limites deve ser realizada com fundamento em criteacuterios previamente identificados De uma maneira geral entende-se por criteacuterio aquela caracteriacutestica ou propriedade que serve de base para comparaccedilatildeo julgamento ou apreciaccedilatildeo Para a identificaccedilatildeo dos limites do corredor podem-se utilizar criteacuterios ecoloacutegicos esteacuteticos soacutecio-econocircmicos institucionais de gestatildeo etc A praacutetica no trabalho de corredores demonstra que o principal criteacuterio para a sua delimitaccedilatildeo eacute a existecircncia de unidades de conservaccedilatildeo ou terras indiacutegenas jaacute criadas ou homologadas o que poderia ser denominado de conectividade legal

Poreacutem aleacutem desse criteacuterio deveratildeo ser identificados outros levando em consideraccedilatildeo a funccedilatildeo vital do corredor eou os problemas que se pretendem resolver ou minimizar Recomenda-se que sejam identificados primeiramente os criteacuterios de decisatildeo para depois aplicaacute-los e desenhar os limites

De forma geral podemos identificar vaacuterios grupos de criteacuterios

a) os criteacuterios fiacutesicos relativos a bacias hidrograacuteficas principalmente e unidades geomorfoloacutegicas quando conveniente

b) os criteacuterios ecoloacutegicos principalmente relativos agraves ecorregiotildees1

c) os criteacuterios funcionais relativos agraves questotildees da paisagem como fragmentaccedilatildeo (tamanho diversidade e proximidade do fragmentos) e representatividade

d) os criteacuterios culturais relativos agraves manifestaccedilotildees principalmente em relaccedilatildeo com o envolvimento do homem com a natureza

e) os criteacuterios poliacutetico-administrativos relativos a limites municipais estaduais ou nacionais principalmente e sedes municipais e estaduais quando conveniente

f) os criteacuterios de gestatildeo relativos agrave capacidade e viabilidade da gestatildeo do corredor como territoacuterio e a outras consideraccedilotildees administrativas e legais

g) os criteacuterios de tempo relativos agrave priorizaccedilatildeo da implementaccedilatildeo e a sua viabilidade no longo prazo

Estes criteacuterios devem ser aplicados como filtros que vatildeo conformando um espaccedilo determinado Ainda que natildeo contemplados nessa listagem os criteacuterios da conveniecircncia e oportunidade devem ser tambeacutem oportunamente considerados nos momentos finais do desenho Consideram-se como criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade aqueles por exemplo a inclusatildeo de aacutereas prioritaacuterias para a conservaccedilatildeo ou de espaccedilos submetidos a alta pressatildeo antroacutepica

Desta forma o desenho inicial do corredor deveraacute ser realizado segundo os seguintes passos

1 Aqui entende-se como ecorregiatildeo o conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que compartem uma grande maioria de espeacutecies e dinacircmicas ecoloacutegicas e similares condiccedilotildees ambientais e interagem ecologicamente de forma criacutetica para sua persistecircncia no longo prazo Sobre as ecorregiotildees de Ameacuterica Latina e Caribe consultar DINERSTEIN et al (1995)

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

32

Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

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OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

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SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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Page 12: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Paridade sociedade e governo dentro do governo (federal estadual e municipal)

Legitimidade

Representatividade

Capacitaccedilatildeo para a governabilidade

Em aacutereas de sobreposiccedilatildeo entre Corredores e Reservas da Biosfera os Conselhos poderatildeo ser uacutenicos

7 A Questatildeo LegalFortalecer o sistema de gestatildeo mediante instrumentos legais para a tomada de

decisotildees

Existe muita demanda do reconhecimento legal dos corredores ecoloacutegicos Benefiacutecios

Limitaccedilotildees

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoO objetivo da Parte II eacute mostrar como se podem

iniciar os trabalhos para o estabelecimento de um corredor antes de passar para o seu planejamento portanto indicar-se-atildeo os primeiros passos necessaacuterios para o estabelecimento do corredor desde o momento em que um grupo de pessoas fica motivado com a ideacuteia de trabalhar nesse formato

A maioria das vezes esta fase de implantaccedilatildeo dos corredores natildeo eacute explicitada no histoacuterico dos corredores De fato poucas experiecircncias brasileiras mencionam esta fase de forma expliacutecita Poreacutem ela eacute muito importante para o sucesso do corredor pois representa o momento em que se buscam as primeiras alianccedilas o apoio financeiro e as

oportunidades de atuaccedilatildeo aleacutem de ser o momento em que se identificam aqueles elementos que tecircm que ser inicialmente considerados como a escala de trabalho

Na fase de estabelecimento eacute quando se iniciam os trabalhos de integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais para o trabalho do corredor poreacutem esta atividade deve ser visualizada como um processo ao longo de toda a vida do corredor

As etapas aqui descritas natildeo satildeo as uacutenicas que poderatildeo ser desenvolvidas para o estabelecimento do corredor Outras atividades poderatildeo ser necessaacuterias de acordo com as caracteriacutesticas locais e as circunstacircncias especiacuteficas de cada corredor Inclusive algumas das etapas agora descritas poderatildeo fazer parte da seguinte fase de planejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

13

Toacutepicos

A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do Corredor

As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores Sociais

As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

Parte IIEstabeleciment

o

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8 A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do CorredorA maioria dos corredores surge como a ideacuteia de um grupo de pessoas ante a

constataccedilatildeo de determinados problemas ambientais numa determinada aacuterea As indicaccedilotildees da necessidade de estabelecer um corredor podem ser dentre outras

A constataccedilatildeo da fragmentaccedilatildeo da paisagem com pequenos resiacuteduos da matriz original

A percepccedilatildeo da dinacircmica da paisagem onde os ecossistemas alterados estatildeo aumentando

A constataccedilatildeo de mudanccedilas de haacutebitos da populaccedilatildeo que podem levar a uma degradaccedilatildeo ambiental

A pressatildeo de certos grupos de atores sociais que demandam uma maior atenccedilatildeo aos seus problemas sociais e ambientais

Essas indicaccedilotildees podem aparecer de forma isolada ou conjugada Elas podem ser o resultado de um levantamento que esteja sendo realizado no marco de um programa ou projeto jaacute existentes ou podem ser o resultado de um levantamento que jaacute esteja sendo feito com o propoacutesito especiacutefico de estabelecer um corredor Contudo na maioria das vezes essas indicaccedilotildees aparecem de forma difusa e baseada em palpites intuiccedilotildees ou informaccedilotildees parciais

O grupo inicial de pessoas que fica motivado para o estabelecimento do Corredor pode ser representativo tanto da sociedade local como de instacircncias mais afastadas da aacuterea como ONGs nacionais ou oacutergatildeos governamentais federais o que influenciaraacute posteriormente na estrateacutegia de consulta e integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais Caso o corredor tenha surgido nas instacircncias locais se deveraacute iniciar um processo de envolvimento dos atores sociais de baixo para cima (estrateacutegia bottom-up) caso tenha surgido em instacircncias mais centralizadas se deveraacute iniciar um processo de envolvimento de cima para baixo (estrateacutegia top-down)

9 A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

A escala deve estar em funccedilatildeo da capacidade de gestatildeo e das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas da regiatildeo

Aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 7 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve ser desenvolvido na escala espacial e temporal apropriadardquo De acordo com SHEPHERD (2005) o tamanho apropriado eacute aquele que manteacutem as capacidades funcionais e eacute viaacutevel permite conseguir uma capacidade de manejo conhecimentos e experiecircncias e leva em consideraccedilatildeo os limites administrativos e legais

A questatildeo da escala temporal eacute tratada pelo Princiacutepio 8 ver boa traduccedilatildeo As metas devem expressar-se para o longo prazo contudo seraacute inevitaacutevel que algumas requeiram de modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees no caminho para alcanccedilaacute-las

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Caso existam partes do corredor onde natildeo se conte com a colaboraccedilatildeo de nenhuma organizaccedilatildeo social ou instituiccedilatildeo os limites deveratildeo ser repensados buscando um balanccedilo entre o ideal e o possiacutevel (adaptado de SHEPHERD 2005)

Se deve pensar no longo prazo ir aleacutem da vida de um projeto que usualmente eacute de cinco anos

O tempo para os comunitaacuterios e populaccedilotildees tradicionais corre em outra velocidade e os tempos das comunidades devem ser respeitados

10 As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

101 Constataccedilatildeo da necessidade de trabalhar no formato de corredor

102 Formaccedilatildeo de um Grupo de Trabalho InicialEste Grupo de Trabalho Inicial tem como funccedilatildeo principal organizar o

estabelecimento do corredor e a sua coordenaccedilatildeo nesta fase

Coordenaccedilatildeo do corredor nesta fase de estabelecimento a coordenaccedilatildeo pode ser desempenhada pelo grupo de trabalho que se formou Ou pode com o desenho inicial do corredor surgir uma estrutura de coordenaccedilatildeo preliminar juntando os principais atores que se aderiram agrave ideacuteia de corredor

Consideraccedilotildees de possibilidades da gestatildeo

103 Busca do envolvimento inicial para apoio teacutecnico poliacutetico e financeiro (alianccedilas iniciais)

Esta etapa eacute o iniacutecio da aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 1 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoOs objetivos de manejo das terras aacuteguas e recursos vivos satildeo de mateacuteria de interesse da sociedaderdquo e do Princiacutepio 12 ldquoO manejo de ecossistemas deve envolver todos os setores relevantes da sociedade assim como as disciplinas cientiacuteficasrdquo Estes princiacutepios seratildeo aplicados em outras etapas posteriores

104 Desenho inicial do corredorA definiccedilatildeo dos limites do corredor eacute uma das decisotildees mais complexas e

relevantes para a sua gestatildeo com grandes implicaccedilotildees socioeconocircmicas ecoloacutegicas institucionais e de gestatildeo Portanto aconselha-se a identificaccedilatildeo dos limites mediante aproximaccedilotildees sucessivas ao longo do tempo levando em consideraccedilatildeo diversos criteacuterios que seratildeo identificados de acordo com as caracteriacutesticas locais e a dinacircmica regional

O primeiro desenho do corredor poderaacute ser traccedilado pelo Grupo de Trabalho Inicial de forma independente ou com a participaccedilatildeo de pesquisadores eou representantes de instituiccedilotildees governamentais e natildeo-governamentais e da

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sociedade local Neste momento trata-se apenas de identificar o desenho preliminar do corredor que serviraacute como base para a anaacutelise dos principais atores sociais do corredor e as consultas iniciais Portanto eacute apenas a proposta preliminar para uma discussatildeo posterior mais abrangente e participativa

A identificaccedilatildeo dos limites deve ser realizada com fundamento em criteacuterios previamente identificados De uma maneira geral entende-se por criteacuterio aquela caracteriacutestica ou propriedade que serve de base para comparaccedilatildeo julgamento ou apreciaccedilatildeo Para a identificaccedilatildeo dos limites do corredor podem-se utilizar criteacuterios ecoloacutegicos esteacuteticos soacutecio-econocircmicos institucionais de gestatildeo etc A praacutetica no trabalho de corredores demonstra que o principal criteacuterio para a sua delimitaccedilatildeo eacute a existecircncia de unidades de conservaccedilatildeo ou terras indiacutegenas jaacute criadas ou homologadas o que poderia ser denominado de conectividade legal

Poreacutem aleacutem desse criteacuterio deveratildeo ser identificados outros levando em consideraccedilatildeo a funccedilatildeo vital do corredor eou os problemas que se pretendem resolver ou minimizar Recomenda-se que sejam identificados primeiramente os criteacuterios de decisatildeo para depois aplicaacute-los e desenhar os limites

De forma geral podemos identificar vaacuterios grupos de criteacuterios

a) os criteacuterios fiacutesicos relativos a bacias hidrograacuteficas principalmente e unidades geomorfoloacutegicas quando conveniente

b) os criteacuterios ecoloacutegicos principalmente relativos agraves ecorregiotildees1

c) os criteacuterios funcionais relativos agraves questotildees da paisagem como fragmentaccedilatildeo (tamanho diversidade e proximidade do fragmentos) e representatividade

d) os criteacuterios culturais relativos agraves manifestaccedilotildees principalmente em relaccedilatildeo com o envolvimento do homem com a natureza

e) os criteacuterios poliacutetico-administrativos relativos a limites municipais estaduais ou nacionais principalmente e sedes municipais e estaduais quando conveniente

f) os criteacuterios de gestatildeo relativos agrave capacidade e viabilidade da gestatildeo do corredor como territoacuterio e a outras consideraccedilotildees administrativas e legais

g) os criteacuterios de tempo relativos agrave priorizaccedilatildeo da implementaccedilatildeo e a sua viabilidade no longo prazo

Estes criteacuterios devem ser aplicados como filtros que vatildeo conformando um espaccedilo determinado Ainda que natildeo contemplados nessa listagem os criteacuterios da conveniecircncia e oportunidade devem ser tambeacutem oportunamente considerados nos momentos finais do desenho Consideram-se como criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade aqueles por exemplo a inclusatildeo de aacutereas prioritaacuterias para a conservaccedilatildeo ou de espaccedilos submetidos a alta pressatildeo antroacutepica

Desta forma o desenho inicial do corredor deveraacute ser realizado segundo os seguintes passos

1 Aqui entende-se como ecorregiatildeo o conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que compartem uma grande maioria de espeacutecies e dinacircmicas ecoloacutegicas e similares condiccedilotildees ambientais e interagem ecologicamente de forma criacutetica para sua persistecircncia no longo prazo Sobre as ecorregiotildees de Ameacuterica Latina e Caribe consultar DINERSTEIN et al (1995)

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Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 13: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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ApresentaccedilatildeoO objetivo da Parte II eacute mostrar como se podem

iniciar os trabalhos para o estabelecimento de um corredor antes de passar para o seu planejamento portanto indicar-se-atildeo os primeiros passos necessaacuterios para o estabelecimento do corredor desde o momento em que um grupo de pessoas fica motivado com a ideacuteia de trabalhar nesse formato

A maioria das vezes esta fase de implantaccedilatildeo dos corredores natildeo eacute explicitada no histoacuterico dos corredores De fato poucas experiecircncias brasileiras mencionam esta fase de forma expliacutecita Poreacutem ela eacute muito importante para o sucesso do corredor pois representa o momento em que se buscam as primeiras alianccedilas o apoio financeiro e as

oportunidades de atuaccedilatildeo aleacutem de ser o momento em que se identificam aqueles elementos que tecircm que ser inicialmente considerados como a escala de trabalho

Na fase de estabelecimento eacute quando se iniciam os trabalhos de integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais para o trabalho do corredor poreacutem esta atividade deve ser visualizada como um processo ao longo de toda a vida do corredor

As etapas aqui descritas natildeo satildeo as uacutenicas que poderatildeo ser desenvolvidas para o estabelecimento do corredor Outras atividades poderatildeo ser necessaacuterias de acordo com as caracteriacutesticas locais e as circunstacircncias especiacuteficas de cada corredor Inclusive algumas das etapas agora descritas poderatildeo fazer parte da seguinte fase de planejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do Corredor

As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores Sociais

As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

Parte IIEstabeleciment

o

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8 A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do CorredorA maioria dos corredores surge como a ideacuteia de um grupo de pessoas ante a

constataccedilatildeo de determinados problemas ambientais numa determinada aacuterea As indicaccedilotildees da necessidade de estabelecer um corredor podem ser dentre outras

A constataccedilatildeo da fragmentaccedilatildeo da paisagem com pequenos resiacuteduos da matriz original

A percepccedilatildeo da dinacircmica da paisagem onde os ecossistemas alterados estatildeo aumentando

A constataccedilatildeo de mudanccedilas de haacutebitos da populaccedilatildeo que podem levar a uma degradaccedilatildeo ambiental

A pressatildeo de certos grupos de atores sociais que demandam uma maior atenccedilatildeo aos seus problemas sociais e ambientais

Essas indicaccedilotildees podem aparecer de forma isolada ou conjugada Elas podem ser o resultado de um levantamento que esteja sendo realizado no marco de um programa ou projeto jaacute existentes ou podem ser o resultado de um levantamento que jaacute esteja sendo feito com o propoacutesito especiacutefico de estabelecer um corredor Contudo na maioria das vezes essas indicaccedilotildees aparecem de forma difusa e baseada em palpites intuiccedilotildees ou informaccedilotildees parciais

O grupo inicial de pessoas que fica motivado para o estabelecimento do Corredor pode ser representativo tanto da sociedade local como de instacircncias mais afastadas da aacuterea como ONGs nacionais ou oacutergatildeos governamentais federais o que influenciaraacute posteriormente na estrateacutegia de consulta e integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais Caso o corredor tenha surgido nas instacircncias locais se deveraacute iniciar um processo de envolvimento dos atores sociais de baixo para cima (estrateacutegia bottom-up) caso tenha surgido em instacircncias mais centralizadas se deveraacute iniciar um processo de envolvimento de cima para baixo (estrateacutegia top-down)

9 A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

A escala deve estar em funccedilatildeo da capacidade de gestatildeo e das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas da regiatildeo

Aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 7 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve ser desenvolvido na escala espacial e temporal apropriadardquo De acordo com SHEPHERD (2005) o tamanho apropriado eacute aquele que manteacutem as capacidades funcionais e eacute viaacutevel permite conseguir uma capacidade de manejo conhecimentos e experiecircncias e leva em consideraccedilatildeo os limites administrativos e legais

A questatildeo da escala temporal eacute tratada pelo Princiacutepio 8 ver boa traduccedilatildeo As metas devem expressar-se para o longo prazo contudo seraacute inevitaacutevel que algumas requeiram de modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees no caminho para alcanccedilaacute-las

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Caso existam partes do corredor onde natildeo se conte com a colaboraccedilatildeo de nenhuma organizaccedilatildeo social ou instituiccedilatildeo os limites deveratildeo ser repensados buscando um balanccedilo entre o ideal e o possiacutevel (adaptado de SHEPHERD 2005)

Se deve pensar no longo prazo ir aleacutem da vida de um projeto que usualmente eacute de cinco anos

O tempo para os comunitaacuterios e populaccedilotildees tradicionais corre em outra velocidade e os tempos das comunidades devem ser respeitados

10 As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

101 Constataccedilatildeo da necessidade de trabalhar no formato de corredor

102 Formaccedilatildeo de um Grupo de Trabalho InicialEste Grupo de Trabalho Inicial tem como funccedilatildeo principal organizar o

estabelecimento do corredor e a sua coordenaccedilatildeo nesta fase

Coordenaccedilatildeo do corredor nesta fase de estabelecimento a coordenaccedilatildeo pode ser desempenhada pelo grupo de trabalho que se formou Ou pode com o desenho inicial do corredor surgir uma estrutura de coordenaccedilatildeo preliminar juntando os principais atores que se aderiram agrave ideacuteia de corredor

Consideraccedilotildees de possibilidades da gestatildeo

103 Busca do envolvimento inicial para apoio teacutecnico poliacutetico e financeiro (alianccedilas iniciais)

Esta etapa eacute o iniacutecio da aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 1 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoOs objetivos de manejo das terras aacuteguas e recursos vivos satildeo de mateacuteria de interesse da sociedaderdquo e do Princiacutepio 12 ldquoO manejo de ecossistemas deve envolver todos os setores relevantes da sociedade assim como as disciplinas cientiacuteficasrdquo Estes princiacutepios seratildeo aplicados em outras etapas posteriores

104 Desenho inicial do corredorA definiccedilatildeo dos limites do corredor eacute uma das decisotildees mais complexas e

relevantes para a sua gestatildeo com grandes implicaccedilotildees socioeconocircmicas ecoloacutegicas institucionais e de gestatildeo Portanto aconselha-se a identificaccedilatildeo dos limites mediante aproximaccedilotildees sucessivas ao longo do tempo levando em consideraccedilatildeo diversos criteacuterios que seratildeo identificados de acordo com as caracteriacutesticas locais e a dinacircmica regional

O primeiro desenho do corredor poderaacute ser traccedilado pelo Grupo de Trabalho Inicial de forma independente ou com a participaccedilatildeo de pesquisadores eou representantes de instituiccedilotildees governamentais e natildeo-governamentais e da

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sociedade local Neste momento trata-se apenas de identificar o desenho preliminar do corredor que serviraacute como base para a anaacutelise dos principais atores sociais do corredor e as consultas iniciais Portanto eacute apenas a proposta preliminar para uma discussatildeo posterior mais abrangente e participativa

A identificaccedilatildeo dos limites deve ser realizada com fundamento em criteacuterios previamente identificados De uma maneira geral entende-se por criteacuterio aquela caracteriacutestica ou propriedade que serve de base para comparaccedilatildeo julgamento ou apreciaccedilatildeo Para a identificaccedilatildeo dos limites do corredor podem-se utilizar criteacuterios ecoloacutegicos esteacuteticos soacutecio-econocircmicos institucionais de gestatildeo etc A praacutetica no trabalho de corredores demonstra que o principal criteacuterio para a sua delimitaccedilatildeo eacute a existecircncia de unidades de conservaccedilatildeo ou terras indiacutegenas jaacute criadas ou homologadas o que poderia ser denominado de conectividade legal

Poreacutem aleacutem desse criteacuterio deveratildeo ser identificados outros levando em consideraccedilatildeo a funccedilatildeo vital do corredor eou os problemas que se pretendem resolver ou minimizar Recomenda-se que sejam identificados primeiramente os criteacuterios de decisatildeo para depois aplicaacute-los e desenhar os limites

De forma geral podemos identificar vaacuterios grupos de criteacuterios

a) os criteacuterios fiacutesicos relativos a bacias hidrograacuteficas principalmente e unidades geomorfoloacutegicas quando conveniente

b) os criteacuterios ecoloacutegicos principalmente relativos agraves ecorregiotildees1

c) os criteacuterios funcionais relativos agraves questotildees da paisagem como fragmentaccedilatildeo (tamanho diversidade e proximidade do fragmentos) e representatividade

d) os criteacuterios culturais relativos agraves manifestaccedilotildees principalmente em relaccedilatildeo com o envolvimento do homem com a natureza

e) os criteacuterios poliacutetico-administrativos relativos a limites municipais estaduais ou nacionais principalmente e sedes municipais e estaduais quando conveniente

f) os criteacuterios de gestatildeo relativos agrave capacidade e viabilidade da gestatildeo do corredor como territoacuterio e a outras consideraccedilotildees administrativas e legais

g) os criteacuterios de tempo relativos agrave priorizaccedilatildeo da implementaccedilatildeo e a sua viabilidade no longo prazo

Estes criteacuterios devem ser aplicados como filtros que vatildeo conformando um espaccedilo determinado Ainda que natildeo contemplados nessa listagem os criteacuterios da conveniecircncia e oportunidade devem ser tambeacutem oportunamente considerados nos momentos finais do desenho Consideram-se como criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade aqueles por exemplo a inclusatildeo de aacutereas prioritaacuterias para a conservaccedilatildeo ou de espaccedilos submetidos a alta pressatildeo antroacutepica

Desta forma o desenho inicial do corredor deveraacute ser realizado segundo os seguintes passos

1 Aqui entende-se como ecorregiatildeo o conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que compartem uma grande maioria de espeacutecies e dinacircmicas ecoloacutegicas e similares condiccedilotildees ambientais e interagem ecologicamente de forma criacutetica para sua persistecircncia no longo prazo Sobre as ecorregiotildees de Ameacuterica Latina e Caribe consultar DINERSTEIN et al (1995)

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Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 14: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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8 A Motivaccedilatildeo para o Estabelecimento do CorredorA maioria dos corredores surge como a ideacuteia de um grupo de pessoas ante a

constataccedilatildeo de determinados problemas ambientais numa determinada aacuterea As indicaccedilotildees da necessidade de estabelecer um corredor podem ser dentre outras

A constataccedilatildeo da fragmentaccedilatildeo da paisagem com pequenos resiacuteduos da matriz original

A percepccedilatildeo da dinacircmica da paisagem onde os ecossistemas alterados estatildeo aumentando

A constataccedilatildeo de mudanccedilas de haacutebitos da populaccedilatildeo que podem levar a uma degradaccedilatildeo ambiental

A pressatildeo de certos grupos de atores sociais que demandam uma maior atenccedilatildeo aos seus problemas sociais e ambientais

Essas indicaccedilotildees podem aparecer de forma isolada ou conjugada Elas podem ser o resultado de um levantamento que esteja sendo realizado no marco de um programa ou projeto jaacute existentes ou podem ser o resultado de um levantamento que jaacute esteja sendo feito com o propoacutesito especiacutefico de estabelecer um corredor Contudo na maioria das vezes essas indicaccedilotildees aparecem de forma difusa e baseada em palpites intuiccedilotildees ou informaccedilotildees parciais

O grupo inicial de pessoas que fica motivado para o estabelecimento do Corredor pode ser representativo tanto da sociedade local como de instacircncias mais afastadas da aacuterea como ONGs nacionais ou oacutergatildeos governamentais federais o que influenciaraacute posteriormente na estrateacutegia de consulta e integraccedilatildeo dos diferentes atores sociais Caso o corredor tenha surgido nas instacircncias locais se deveraacute iniciar um processo de envolvimento dos atores sociais de baixo para cima (estrateacutegia bottom-up) caso tenha surgido em instacircncias mais centralizadas se deveraacute iniciar um processo de envolvimento de cima para baixo (estrateacutegia top-down)

9 A Questatildeo das Escalas Espacial e Temporal

A escala deve estar em funccedilatildeo da capacidade de gestatildeo e das condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas da regiatildeo

Aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 7 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoO enfoque de manejo ecossistecircmico deve ser desenvolvido na escala espacial e temporal apropriadardquo De acordo com SHEPHERD (2005) o tamanho apropriado eacute aquele que manteacutem as capacidades funcionais e eacute viaacutevel permite conseguir uma capacidade de manejo conhecimentos e experiecircncias e leva em consideraccedilatildeo os limites administrativos e legais

A questatildeo da escala temporal eacute tratada pelo Princiacutepio 8 ver boa traduccedilatildeo As metas devem expressar-se para o longo prazo contudo seraacute inevitaacutevel que algumas requeiram de modificaccedilotildees ou adaptaccedilotildees no caminho para alcanccedilaacute-las

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Caso existam partes do corredor onde natildeo se conte com a colaboraccedilatildeo de nenhuma organizaccedilatildeo social ou instituiccedilatildeo os limites deveratildeo ser repensados buscando um balanccedilo entre o ideal e o possiacutevel (adaptado de SHEPHERD 2005)

Se deve pensar no longo prazo ir aleacutem da vida de um projeto que usualmente eacute de cinco anos

O tempo para os comunitaacuterios e populaccedilotildees tradicionais corre em outra velocidade e os tempos das comunidades devem ser respeitados

10 As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

101 Constataccedilatildeo da necessidade de trabalhar no formato de corredor

102 Formaccedilatildeo de um Grupo de Trabalho InicialEste Grupo de Trabalho Inicial tem como funccedilatildeo principal organizar o

estabelecimento do corredor e a sua coordenaccedilatildeo nesta fase

Coordenaccedilatildeo do corredor nesta fase de estabelecimento a coordenaccedilatildeo pode ser desempenhada pelo grupo de trabalho que se formou Ou pode com o desenho inicial do corredor surgir uma estrutura de coordenaccedilatildeo preliminar juntando os principais atores que se aderiram agrave ideacuteia de corredor

Consideraccedilotildees de possibilidades da gestatildeo

103 Busca do envolvimento inicial para apoio teacutecnico poliacutetico e financeiro (alianccedilas iniciais)

Esta etapa eacute o iniacutecio da aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 1 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoOs objetivos de manejo das terras aacuteguas e recursos vivos satildeo de mateacuteria de interesse da sociedaderdquo e do Princiacutepio 12 ldquoO manejo de ecossistemas deve envolver todos os setores relevantes da sociedade assim como as disciplinas cientiacuteficasrdquo Estes princiacutepios seratildeo aplicados em outras etapas posteriores

104 Desenho inicial do corredorA definiccedilatildeo dos limites do corredor eacute uma das decisotildees mais complexas e

relevantes para a sua gestatildeo com grandes implicaccedilotildees socioeconocircmicas ecoloacutegicas institucionais e de gestatildeo Portanto aconselha-se a identificaccedilatildeo dos limites mediante aproximaccedilotildees sucessivas ao longo do tempo levando em consideraccedilatildeo diversos criteacuterios que seratildeo identificados de acordo com as caracteriacutesticas locais e a dinacircmica regional

O primeiro desenho do corredor poderaacute ser traccedilado pelo Grupo de Trabalho Inicial de forma independente ou com a participaccedilatildeo de pesquisadores eou representantes de instituiccedilotildees governamentais e natildeo-governamentais e da

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sociedade local Neste momento trata-se apenas de identificar o desenho preliminar do corredor que serviraacute como base para a anaacutelise dos principais atores sociais do corredor e as consultas iniciais Portanto eacute apenas a proposta preliminar para uma discussatildeo posterior mais abrangente e participativa

A identificaccedilatildeo dos limites deve ser realizada com fundamento em criteacuterios previamente identificados De uma maneira geral entende-se por criteacuterio aquela caracteriacutestica ou propriedade que serve de base para comparaccedilatildeo julgamento ou apreciaccedilatildeo Para a identificaccedilatildeo dos limites do corredor podem-se utilizar criteacuterios ecoloacutegicos esteacuteticos soacutecio-econocircmicos institucionais de gestatildeo etc A praacutetica no trabalho de corredores demonstra que o principal criteacuterio para a sua delimitaccedilatildeo eacute a existecircncia de unidades de conservaccedilatildeo ou terras indiacutegenas jaacute criadas ou homologadas o que poderia ser denominado de conectividade legal

Poreacutem aleacutem desse criteacuterio deveratildeo ser identificados outros levando em consideraccedilatildeo a funccedilatildeo vital do corredor eou os problemas que se pretendem resolver ou minimizar Recomenda-se que sejam identificados primeiramente os criteacuterios de decisatildeo para depois aplicaacute-los e desenhar os limites

De forma geral podemos identificar vaacuterios grupos de criteacuterios

a) os criteacuterios fiacutesicos relativos a bacias hidrograacuteficas principalmente e unidades geomorfoloacutegicas quando conveniente

b) os criteacuterios ecoloacutegicos principalmente relativos agraves ecorregiotildees1

c) os criteacuterios funcionais relativos agraves questotildees da paisagem como fragmentaccedilatildeo (tamanho diversidade e proximidade do fragmentos) e representatividade

d) os criteacuterios culturais relativos agraves manifestaccedilotildees principalmente em relaccedilatildeo com o envolvimento do homem com a natureza

e) os criteacuterios poliacutetico-administrativos relativos a limites municipais estaduais ou nacionais principalmente e sedes municipais e estaduais quando conveniente

f) os criteacuterios de gestatildeo relativos agrave capacidade e viabilidade da gestatildeo do corredor como territoacuterio e a outras consideraccedilotildees administrativas e legais

g) os criteacuterios de tempo relativos agrave priorizaccedilatildeo da implementaccedilatildeo e a sua viabilidade no longo prazo

Estes criteacuterios devem ser aplicados como filtros que vatildeo conformando um espaccedilo determinado Ainda que natildeo contemplados nessa listagem os criteacuterios da conveniecircncia e oportunidade devem ser tambeacutem oportunamente considerados nos momentos finais do desenho Consideram-se como criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade aqueles por exemplo a inclusatildeo de aacutereas prioritaacuterias para a conservaccedilatildeo ou de espaccedilos submetidos a alta pressatildeo antroacutepica

Desta forma o desenho inicial do corredor deveraacute ser realizado segundo os seguintes passos

1 Aqui entende-se como ecorregiatildeo o conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que compartem uma grande maioria de espeacutecies e dinacircmicas ecoloacutegicas e similares condiccedilotildees ambientais e interagem ecologicamente de forma criacutetica para sua persistecircncia no longo prazo Sobre as ecorregiotildees de Ameacuterica Latina e Caribe consultar DINERSTEIN et al (1995)

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Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

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COURRAU J El manejo adaptativo en las AP Em Arguedas m E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004 p 248-262

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IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

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IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

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OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 15: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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Caso existam partes do corredor onde natildeo se conte com a colaboraccedilatildeo de nenhuma organizaccedilatildeo social ou instituiccedilatildeo os limites deveratildeo ser repensados buscando um balanccedilo entre o ideal e o possiacutevel (adaptado de SHEPHERD 2005)

Se deve pensar no longo prazo ir aleacutem da vida de um projeto que usualmente eacute de cinco anos

O tempo para os comunitaacuterios e populaccedilotildees tradicionais corre em outra velocidade e os tempos das comunidades devem ser respeitados

10 As Etapas para o Estabelecimento do Corredor

101 Constataccedilatildeo da necessidade de trabalhar no formato de corredor

102 Formaccedilatildeo de um Grupo de Trabalho InicialEste Grupo de Trabalho Inicial tem como funccedilatildeo principal organizar o

estabelecimento do corredor e a sua coordenaccedilatildeo nesta fase

Coordenaccedilatildeo do corredor nesta fase de estabelecimento a coordenaccedilatildeo pode ser desempenhada pelo grupo de trabalho que se formou Ou pode com o desenho inicial do corredor surgir uma estrutura de coordenaccedilatildeo preliminar juntando os principais atores que se aderiram agrave ideacuteia de corredor

Consideraccedilotildees de possibilidades da gestatildeo

103 Busca do envolvimento inicial para apoio teacutecnico poliacutetico e financeiro (alianccedilas iniciais)

Esta etapa eacute o iniacutecio da aplicaccedilatildeo do Princiacutepio 1 do Enfoque Ecossistecircmico ldquoOs objetivos de manejo das terras aacuteguas e recursos vivos satildeo de mateacuteria de interesse da sociedaderdquo e do Princiacutepio 12 ldquoO manejo de ecossistemas deve envolver todos os setores relevantes da sociedade assim como as disciplinas cientiacuteficasrdquo Estes princiacutepios seratildeo aplicados em outras etapas posteriores

104 Desenho inicial do corredorA definiccedilatildeo dos limites do corredor eacute uma das decisotildees mais complexas e

relevantes para a sua gestatildeo com grandes implicaccedilotildees socioeconocircmicas ecoloacutegicas institucionais e de gestatildeo Portanto aconselha-se a identificaccedilatildeo dos limites mediante aproximaccedilotildees sucessivas ao longo do tempo levando em consideraccedilatildeo diversos criteacuterios que seratildeo identificados de acordo com as caracteriacutesticas locais e a dinacircmica regional

O primeiro desenho do corredor poderaacute ser traccedilado pelo Grupo de Trabalho Inicial de forma independente ou com a participaccedilatildeo de pesquisadores eou representantes de instituiccedilotildees governamentais e natildeo-governamentais e da

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sociedade local Neste momento trata-se apenas de identificar o desenho preliminar do corredor que serviraacute como base para a anaacutelise dos principais atores sociais do corredor e as consultas iniciais Portanto eacute apenas a proposta preliminar para uma discussatildeo posterior mais abrangente e participativa

A identificaccedilatildeo dos limites deve ser realizada com fundamento em criteacuterios previamente identificados De uma maneira geral entende-se por criteacuterio aquela caracteriacutestica ou propriedade que serve de base para comparaccedilatildeo julgamento ou apreciaccedilatildeo Para a identificaccedilatildeo dos limites do corredor podem-se utilizar criteacuterios ecoloacutegicos esteacuteticos soacutecio-econocircmicos institucionais de gestatildeo etc A praacutetica no trabalho de corredores demonstra que o principal criteacuterio para a sua delimitaccedilatildeo eacute a existecircncia de unidades de conservaccedilatildeo ou terras indiacutegenas jaacute criadas ou homologadas o que poderia ser denominado de conectividade legal

Poreacutem aleacutem desse criteacuterio deveratildeo ser identificados outros levando em consideraccedilatildeo a funccedilatildeo vital do corredor eou os problemas que se pretendem resolver ou minimizar Recomenda-se que sejam identificados primeiramente os criteacuterios de decisatildeo para depois aplicaacute-los e desenhar os limites

De forma geral podemos identificar vaacuterios grupos de criteacuterios

a) os criteacuterios fiacutesicos relativos a bacias hidrograacuteficas principalmente e unidades geomorfoloacutegicas quando conveniente

b) os criteacuterios ecoloacutegicos principalmente relativos agraves ecorregiotildees1

c) os criteacuterios funcionais relativos agraves questotildees da paisagem como fragmentaccedilatildeo (tamanho diversidade e proximidade do fragmentos) e representatividade

d) os criteacuterios culturais relativos agraves manifestaccedilotildees principalmente em relaccedilatildeo com o envolvimento do homem com a natureza

e) os criteacuterios poliacutetico-administrativos relativos a limites municipais estaduais ou nacionais principalmente e sedes municipais e estaduais quando conveniente

f) os criteacuterios de gestatildeo relativos agrave capacidade e viabilidade da gestatildeo do corredor como territoacuterio e a outras consideraccedilotildees administrativas e legais

g) os criteacuterios de tempo relativos agrave priorizaccedilatildeo da implementaccedilatildeo e a sua viabilidade no longo prazo

Estes criteacuterios devem ser aplicados como filtros que vatildeo conformando um espaccedilo determinado Ainda que natildeo contemplados nessa listagem os criteacuterios da conveniecircncia e oportunidade devem ser tambeacutem oportunamente considerados nos momentos finais do desenho Consideram-se como criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade aqueles por exemplo a inclusatildeo de aacutereas prioritaacuterias para a conservaccedilatildeo ou de espaccedilos submetidos a alta pressatildeo antroacutepica

Desta forma o desenho inicial do corredor deveraacute ser realizado segundo os seguintes passos

1 Aqui entende-se como ecorregiatildeo o conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que compartem uma grande maioria de espeacutecies e dinacircmicas ecoloacutegicas e similares condiccedilotildees ambientais e interagem ecologicamente de forma criacutetica para sua persistecircncia no longo prazo Sobre as ecorregiotildees de Ameacuterica Latina e Caribe consultar DINERSTEIN et al (1995)

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Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

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DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

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OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 16: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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sociedade local Neste momento trata-se apenas de identificar o desenho preliminar do corredor que serviraacute como base para a anaacutelise dos principais atores sociais do corredor e as consultas iniciais Portanto eacute apenas a proposta preliminar para uma discussatildeo posterior mais abrangente e participativa

A identificaccedilatildeo dos limites deve ser realizada com fundamento em criteacuterios previamente identificados De uma maneira geral entende-se por criteacuterio aquela caracteriacutestica ou propriedade que serve de base para comparaccedilatildeo julgamento ou apreciaccedilatildeo Para a identificaccedilatildeo dos limites do corredor podem-se utilizar criteacuterios ecoloacutegicos esteacuteticos soacutecio-econocircmicos institucionais de gestatildeo etc A praacutetica no trabalho de corredores demonstra que o principal criteacuterio para a sua delimitaccedilatildeo eacute a existecircncia de unidades de conservaccedilatildeo ou terras indiacutegenas jaacute criadas ou homologadas o que poderia ser denominado de conectividade legal

Poreacutem aleacutem desse criteacuterio deveratildeo ser identificados outros levando em consideraccedilatildeo a funccedilatildeo vital do corredor eou os problemas que se pretendem resolver ou minimizar Recomenda-se que sejam identificados primeiramente os criteacuterios de decisatildeo para depois aplicaacute-los e desenhar os limites

De forma geral podemos identificar vaacuterios grupos de criteacuterios

a) os criteacuterios fiacutesicos relativos a bacias hidrograacuteficas principalmente e unidades geomorfoloacutegicas quando conveniente

b) os criteacuterios ecoloacutegicos principalmente relativos agraves ecorregiotildees1

c) os criteacuterios funcionais relativos agraves questotildees da paisagem como fragmentaccedilatildeo (tamanho diversidade e proximidade do fragmentos) e representatividade

d) os criteacuterios culturais relativos agraves manifestaccedilotildees principalmente em relaccedilatildeo com o envolvimento do homem com a natureza

e) os criteacuterios poliacutetico-administrativos relativos a limites municipais estaduais ou nacionais principalmente e sedes municipais e estaduais quando conveniente

f) os criteacuterios de gestatildeo relativos agrave capacidade e viabilidade da gestatildeo do corredor como territoacuterio e a outras consideraccedilotildees administrativas e legais

g) os criteacuterios de tempo relativos agrave priorizaccedilatildeo da implementaccedilatildeo e a sua viabilidade no longo prazo

Estes criteacuterios devem ser aplicados como filtros que vatildeo conformando um espaccedilo determinado Ainda que natildeo contemplados nessa listagem os criteacuterios da conveniecircncia e oportunidade devem ser tambeacutem oportunamente considerados nos momentos finais do desenho Consideram-se como criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade aqueles por exemplo a inclusatildeo de aacutereas prioritaacuterias para a conservaccedilatildeo ou de espaccedilos submetidos a alta pressatildeo antroacutepica

Desta forma o desenho inicial do corredor deveraacute ser realizado segundo os seguintes passos

1 Aqui entende-se como ecorregiatildeo o conjunto geograficamente distinto de comunidades naturais que compartem uma grande maioria de espeacutecies e dinacircmicas ecoloacutegicas e similares condiccedilotildees ambientais e interagem ecologicamente de forma criacutetica para sua persistecircncia no longo prazo Sobre as ecorregiotildees de Ameacuterica Latina e Caribe consultar DINERSTEIN et al (1995)

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Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

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SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 17: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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Conseguir os mapas e imagens de sateacutelite da regiatildeo

Identificar a conectividade legal ou seja das unidades de conservaccedilatildeo jaacute decretadas e das terras indiacutegenas jaacute identificadas ou homologadas

Identificar outras aacutereas relevantes para a conservaccedilatildeo

Definir outros criteacuterios de identificaccedilatildeo de limites

Aplicar os criteacuterios anteriormente definidos em mapas

Desenhar os limites preliminares

Apurar os limites identificados de acordo com os criteacuterios de gestatildeo e os criteacuterios de conveniecircncia e oportunidade

Todo o processo de desenho inicial do corredor deve de ficar devidamente registrado para poder realizar a sua posterior divulgaccedilatildeo e consulta

105 Anaacutelise dos principais atores sociais ou grupos de interesse do corredor

Identificar os principais atores sociais que satildeo importantes para o corredor

Consideram-se como atores sociais grupos de interesse ou partes interessadas agravequelas instituiccedilotildees pessoas associaccedilotildees eou outros grupos de pessoas formais ou informais que tenham algum tipo de interesse no corredor ou que sejam afetados pela atuaccedilatildeo no formato de corredor

Caracterizar esses grupos principalmente em relaccedilatildeo com

Como utilizam os recursos naturais

O que esperam do corredor Quais satildeo seus verdadeiros interesses

Seus interesses satildeo compatiacuteveis com o propoacutesito do corredor

Existe alguma forma de compensaccedilatildeo por algum interesse que seja oposto ao propoacutesito do corredor

Quais suas potencialidades e limitaccedilotildees para o corredor

Estabelecer foros de grupos de interesse com reuniotildees regulares

106 Consultas iniciais sobre a ideacuteia e limites do corredorNeste momento seratildeo realizadas consultas iniciais sobre a ideacuteia e os limites

do corredor Os limites do corredor jaacute foram apurados pelos criteacuterios fiacutesicos ecoloacutegicos funcionais culturais poliacutetico-administrativos de gestatildeo de tempo de conveniecircncia e de oportunidade e agora seratildeo consultados e submetidos portanto a criteacuterios democraacuteticos e de envolvimento

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

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IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

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OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

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SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 18: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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As consultas iniciais deveratildeo ser realizadas mediante seminaacuterios ou oficinas nos municiacutepios ou localidades mais significativas Inclusive talvez seja necessaacuterio realizar consultas por grupos especiacuteficos como grupos de interesse grupos indiacutegenas grupos de instituiccedilotildees governamentais etc

Nestas consultas se deveraacute explicar o conceito de corredor e quais satildeo as suas implicaccedilotildees de forma geral e para cada grupo de interesse aleacutem de justificar o porquecirc do trabalho no formato de corredores Os limites do corredor tambeacutem deveratildeo ser explicados e justificados

Esta etapa eacute a continuaccedilatildeo da aplicaccedilatildeo dos Princiacutepios 1 e 12 do Enfoque Ecossistecircmico anteriormente mencionados

11 O Processo de Integraccedilatildeo dos Atores SociaisBla bla bla

Legitimidade A maioria dos diferentes atores envolvidos com o corredor satildeo partes coletivas pelo que necessariamente se deveraacute levar em conta a legitimidade dos representantes dos diferentes atores

Tempo

Gradualmente

O envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes grupos sociais satildeo elementos importantes que influenciam na capacidade de gestatildeo do territoacuterio quando se trabalha no formato de corredor e consequentemente tambeacutem influenciam no grau de exequumlibilidade das accedilotildees Portanto de nada serve desenhar um corredor de grande tamanho com pouco envolvimento e participaccedilatildeo social onde apenas uns poucos envolvidos poderatildeo implementar accedilotildees Por isso os criteacuterios de gestatildeo satildeo importantes no desenho dos limites do corredor

A busca continua de alianccedilas2

O corredor eacute um espaccedilo de gestatildeo territorial onde usualmente natildeo existe uma uacutenica instituiccedilatildeo com a suficiente capacidade e autoridade para implementar toda a gama e accedilotildees que ele demanda Portanto eacute obrigatoacuterio buscar e estabelecer alianccedilas que possibilitem realizar todas as accedilotildees previstas As alianccedilas devem ser constituiacutedas com todo tipo de organizaccedilotildees instituiccedilotildees e associaccedilotildees que estejam estabelecidas no corredor com capacidade suficiente para cumprir o que for acordado Por exemplo devem ser estabelecidas alianccedilas com outros ministeacuterios como o de Agricultura ou Educaccedilatildeo com oacutergatildeos de extensatildeo rural com Prefeituras ou com organizaccedilotildees ambientalistas e sociais Para o estabelecimento de alianccedilas eacute necessaacuterio desenvolver na Unidade de Gestatildeo do corredor a capacidade de identificar potenciais aliados negociar as alianccedilas desde o enfoque ldquoganhar-ganharldquo e monitorar continuamente sua efetividade

Tambeacutem vale a pena salientar a importacircncia do envolvimento do setor privado no corredor devido ao seu papel como propulsor da economia local Ainda que o principal objetivo do setor privado seja a maximizaccedilatildeo do lucro a qualquer custo eacute necessaacuterio envolver de forma gradual aos empresaacuterios locais demonstrando os muacutetuos benefiacutecios que advecircm de um processo de desenvolvimento sustentaacutevel

2 Adaptado de ARGUEDAS et al (2004148)

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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COURRAU J El manejo adaptativo en las AP Em Arguedas m E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004 p 248-262

DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

OECD Towards sustainable development environmental indicators Paris OECD 1998 (Versatildeo em portuguecircs em httpwwwoecdorgdataoecd27452345364pdf) acesso em 11102005

OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 19: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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regional Inclusive o envolvimento do setor privado no corredor vai ao encontro dos novos padrotildees empresariais de responsabilidade eacutetica social e ambiental o que favorece sobremaneira a busca de alianccedilas privadas

12 As Condiccedilotildees Miacutenimas de Partida

O Grupo de Trabalho Inicial jaacute organizado e com uma dinacircmica proacutepria de trabalho

Os limites do corredor identificados preliminarmente

Alianccedilas constituiacutedas com alguns setores da sociedade e com algumas instituiccedilotildees

Existecircncia de linhas orccedilamentaacuterias especiacuteficas para o corredor ou fundos especiacuteficos

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

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ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

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COURRAU J El manejo adaptativo en las AP Em Arguedas m E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004 p 248-262

DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

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OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

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SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 20: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento a intenccedilatildeo eacute mostrar

como apresenta-se o planejamento dos corredores

O planejamento deve incluir eixos estrateacutegicos sobre financiamento monitoreo e avaliaccedilatildeo pesquisa comunicaccedilatildeo conservaccedilatildeo geraccedilatildeo de renda

Parte IIIPlanejamento

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

O Papel do Planejamento no Corredor

As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento

As Etapas do Planejamento

A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

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IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

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OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

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SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 21: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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13 O Papel do Planejamento no Corredor3

O planejamento eacute uma fase essencial dentro ciclo de gestatildeo adaptativa do corredor pois eacute quando se estabelecem os objetivos que se desejam alcanccedilar com o corredor e as estrateacutegias para atingi-los

A concepccedilatildeo do corredor como um espaccedilo de gestatildeo ambiental integrada leva a que o papel principal do planejamento seja obter um senso de unidade direccedilatildeo e propoacutesito dentro desse espaccedilo territorial de forma que se caminhe de forma coordenada na mesma direccedilatildeo e com o mesmo propoacutesito

O planejamento do corredor deve ser concebido como um processo onde as diferentes partes envolvidas construiratildeo a visatildeo desejada para o futuro e as estrateacutegias e accedilotildees para sua concretizaccedilatildeo Como produto do processo do planejamento se obteraacute um plano de gestatildeo ou de desenvolvimento que representaraacute a concordacircncia de vontades para um determinado fim O plano deveraacute apresentar um conjunto coerente de grandes prioridades e de decisotildees que orientaratildeo a construccedilatildeo do futuro do corredor em um horizonte de longo prazo

Durante o processo de planejamento os planejadores deveratildeo estimular a convergecircncia de esforccedilos e atuar como os ldquocatalisadoresrdquo de outros processos que estejam acontecendo dentro do corredor originando e ativando ldquoreaccedilotildeesrdquo positivas ou alterando os aspectos negativos Ao mesmo tempo os planejadores deveratildeo atuar como os ldquocanalizadoresrdquo de accedilotildees e recursos financeiros dirigindo-os e encaminhando-os na direccedilatildeo pretendida ou seja as accedilotildees e as iniciativas em andamento que sejam relevantes para o desenvolvimento local deveratildeo ser articuladas de forma que exista uma racionalidade central das decisotildees nesse espaccedilo geograacutefico

De forma complementar o processo de planejamento do corredor tambeacutem deveraacute influenciar as poliacuteticas e programas puacuteblicos em andamento ou previstos garantir a credibilidade da estrateacutegia no longo prazo constituir as alianccedilas necessaacuterias em prol da implementaccedilatildeo do plano e promover a resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo dos conflitos existentes (ou ao menos iniciar o processo para sua resoluccedilatildeo ou minimizaccedilatildeo)

14 As Caracteriacutesticas Ideais do Planejamento do Corredor

141 As Dimensotildees do Planejamento4

Em todo planejamento as peculiaridades do que se estaacute planejando influenciam diretamente sobre a metodologia a ser utilizada e a abrangecircncia espacial temporal temaacutetica e de envolvimento

O corredor se apresenta como um espaccedilo onde eacute necessaacuterio realizar uma gestatildeo ambiental com uma visatildeo sistecircmica do territoacuterio e de forma participativa com a integraccedilatildeo e compromisso das diferentes partes envolvidas e o pleno engajamento da sociedade Portanto devido agraves particularidades dos corredores como unidades

3 Adaptado de CASES (2005)4 Adaptado de CASES (2005)

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

OECD Towards sustainable development environmental indicators Paris OECD 1998 (Versatildeo em portuguecircs em httpwwwoecdorgdataoecd27452345364pdf) acesso em 11102005

OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 22: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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de gestatildeo territorial o planejamento deve integrar quatro dimensotildees considerando os aspectos bio-fiacutesicos e ecoloacutegicos soacutecio-econocircmicos poliacutetico-institucionais e econocircmico-financeiros

A dimensatildeo bio-fiacutesica e ecoloacutegica eacute indispensaacutevel pois os corredores surgem pela necessidade de garantir ou restaurar a conectividade compreendendo uma gradaccedilatildeo de haacutebitats desde mais intactos a menos intactos

A dimensatildeo soacutecio-econocircmica tambeacutem eacute fundamental visto que no seu interior ocorrem diferentes usos do territoacuterio desde proteccedilatildeo integral ateacute usos agriacutecolas extrativistas pecuaacuterios e outros inclusive outros mais impactantes Os corredores satildeo habitados por populaccedilotildees que na maioria dos casos e principalmente na regiatildeo amazocircnica se caracterizam pela dependecircncia direta dos recursos naturais para sua manutenccedilatildeo e pela sua exclusatildeo do gozo dos direitos fundamentais indispensaacuteveis para uma existecircncia digna Populaccedilotildees excluiacutedas dos bens e serviccedilos sociais natildeo poderatildeo manter por longo prazo seu compromisso com os objetivos de conservaccedilatildeo

A dimensatildeo poliacutetico-institucional natildeo pode ser dispensada pois a ldquoespinha dorsalrdquo dos corredores estaacute constituiacuteda por unidades de conservaccedilatildeo e terras indiacutegenas legalmente instituiacutedas aleacutem disso eacute necessaacuterio que exista efetivamente a coordenaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo de atividades entre instituiccedilotildees dos trecircs niacuteveis governamentais e com as natildeo-governamentais No acircmbito do corredor podemos encontrar uma complexa malha institucional de competecircncias e esferas (jaacute que existem alguns assuntos que satildeo tratados pelos trecircs niacuteveis governamentais como meio ambiente questotildees indiacutegenas produccedilatildeo rural dentre outros) sem que se perceba uma melhora na eficiecircncia das accedilotildees E ao mesmo tempo natildeo existe uma atuaccedilatildeo palpaacutevel in loco das instituiccedilotildees pois apesar do esforccedilo de algumas para executar um trabalho nas pontas satildeo poucas as que realmente chegam agrave escala de comunidade

Por uacuteltimo se vislumbra na estrateacutegia de corredores uma aparente oposiccedilatildeo entre desenvolvimento e conservaccedilatildeo que dificulta ou impede o engajamento de muitos setores da sociedade por desconfianccedila na proposta Paradoxalmente a pesar do aparente esquecimento institucional nesses espaccedilos os corredores estatildeo inseridos em um contexto econocircmico onde se encontram projetos de desenvolvimento na escala macroeconocircmica que surgem de cima para baixo e natildeo deixam lucros liacutequidos no local Portanto a dimensatildeo econocircmico-financeira do planejamento tem a funccedilatildeo de envolver os principais agentes econocircmicos impor um vieacutes ambiental nos projetos de desenvolvimento e buscar medidas de compensaccedilatildeo econocircmica adaptadas agrave realidade

Consequumlentemente o planejamento do corredor deve examinar e ponderar cada uma dessas dimensotildees Caso o faccedila de forma parcial o aspecto desconsiderado limitaraacute a consecuccedilatildeo dos objetivos propostos

142 O Meacutetodo de Planejamento a ser Aplicado no CorredorA complexidade do corredor a abordagem multidimensional a velocidade

das transformaccedilotildees e a escala temporal indicam o desenvolvimento do planejamento estrateacutegico como o mais apropriado para os corredores entre os diferentes meacutetodos existentes As caracteriacutesticas do planejamento estrateacutegico que

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

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DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

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OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

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SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 23: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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justificam sua escolha no planejamento dos corredores satildeo (adaptado de SILVA 200367)

a visatildeo de longo prazo

a visatildeo integral e multidisciplinar da realidade

a identificaccedilatildeo e promoccedilatildeo das vantagens competitivas

uma maior flexibilidade de decisatildeo

a concentraccedilatildeo nos temas criacuteticos e nas oportunidades e problemas

O planejamento estrateacutegico eacute uma abordagem metodoloacutegica que utiliza um enfoque sistecircmico teacutecnicas prospectivas e a participaccedilatildeo dos principais envolvidos Poreacutem o planejamento estrateacutegico precisa estar mais concretizado mediante aspectos do niacutevel taacutetico para afianccedilar a articulaccedilatildeo e cooperaccedilatildeo entre os diferentes atores no longo prazo Por isso que em algumas ocasiotildees eacute necessaacuterio complementar o planejamento estrateacutegico com outras teacutecnicas

O planejamento estrateacutegico dos corredores precisa ser complementado na hora da anaacutelise da situaccedilatildeo inicial adaptando o diagnoacutestico do planejamento tradicional e no momento da escolha das possibilidades futuras mediante a utilizaccedilatildeo dos cenaacuterios do planejamento prospectivo O planejamento estrateacutegico tambeacutem precisa incorporar em diferentes momentos elementos das teacutecnicas de resoluccedilatildeo de conflitos para solucionar de forma profissional e metoacutedica as divergecircncias que natildeo podem ser ignoradas

143 O Diagnoacutestico dos Corredores5

A identificaccedilatildeo da situaccedilatildeo de partida ou diagnoacutestico do corredor serve para explicar a realidade compreender como funciona quais satildeo as suas limitaccedilotildees e seus recursos e refletir sobre todo isso para poder ser realista no momento de identificar onde queremos chegar e embasar as decisotildees de gestatildeo

O diagnoacutestico natildeo deve ser realizado na forma do planejamento tradicional O diagnoacutestico tradicional precisa do conhecimento profundo da realidade para realizar um planejamento determinista no entanto o planejamento estrateacutegico caracteriza-se por saber lidar com a incerteza Para ele ateacute a ausecircncia de informaccedilatildeo eacute uma fonte valiosa de informaccedilatildeo natildeo sendo motivo suficiente para paralisar a accedilatildeo Portanto natildeo se trata de conhecer profundamente a realidade em todos os seus aspectos Natildeo se deve realizar o diagnoacutestico apenas para ldquosaber por saberrdquo e sim para embasar onde queremos chegar focalizando no papel do planejamento nos corredores

O primeiro problema na hora de realizar o diagnoacutestico inicial estaacute em decidir que temas devem ser abordados e em que profundidade Quanto maior seja o aprofundamento no diagnoacutestico mais cara seraacute a elaboraccedilatildeo do plano e mais tempo levaraacute Portanto a soluccedilatildeo estaacute em identificar o que eacute estrateacutegico para embasar a gestatildeo levando sempre em conta a gestatildeo adaptativa e os princiacutepios da precauccedilatildeo e da prevenccedilatildeo

Como uma das principais funccedilotildees do corredor eacute a manutenccedilatildeo ou recuperaccedilatildeo da conectividade o diagnoacutestico deveraacute ser orientado sob o enfoque da 5 Adaptado de CASES (2005)

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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COSTA E Gestatildeo estrateacutegica Satildeo Paulo Saraiva 2005

COURRAU J El manejo adaptativo en las AP Em Arguedas m E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004 p 248-262

DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

OECD Towards sustainable development environmental indicators Paris OECD 1998 (Versatildeo em portuguecircs em httpwwwoecdorgdataoecd27452345364pdf) acesso em 11102005

OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 24: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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ecologia da paisagem Sob esta oacutetica o corredor deveraacute ser analisado em trecircs aspectos (SANTOS 2004)

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aleacutem desse enfoque da paisagem tambeacutem eacute estrateacutegico para a gestatildeo do corredor considerar

A relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor principalmente quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que nele ocorrem identificando sua localizaccedilatildeo os agentes sua importacircncia e sua intensidade

Os atores sociais do corredor reconhecendo suas atribuiccedilotildees e papeacuteis suas potencialidades suas limitaccedilotildees suas expectativas e seus temores

A soacutecio-economia do corredor salientando a anaacutelise de gecircnero

As poliacuteticas puacuteblicas e projetos privados

Na escolha das informaccedilotildees a serem levantadas recomenda-se

Dar prioridade agraves informaccedilotildees que vatildeo ter uma aplicaccedilatildeo especiacutefica e imediata

Aproveitar de forma justa a experiecircncia e o conhecimento das populaccedilotildees locais

Considerar a geopoliacutetica do local

A forma como essas informaccedilotildees seratildeo recolhidas dependeraacute das caracteriacutesticas dos corredores Contudo os diagnoacutesticos raacutepidos (Avaliaccedilatildeo Ecoloacutegica Raacutepida e os Diagnoacutesticos Participativos) combinados com sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica satildeo metodologias que permitem ter um conhecimento ldquoraacutepidordquo das caracteriacutesticas do corredor

15 As Etapas do PlanejamentoCom essas diretrizes agora seratildeo descritas de forma geral as etapas do

processo do planejamento e os elementos essenciais de cada uma delas Esses elementos satildeo considerados como indispensaacuteveis para a realizaccedilatildeo do planejamento a pesar de que a metodologia estrateacutegica possa considerar outros elementos adicionais dentro de seu escopo Aqui seratildeo colocadas apenas as

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

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OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 25: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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orientaccedilotildees baacutesicas salientando que na praacutetica esses elementos devem ajustar-se agraves caracteriacutesticas de cada corredor em questatildeo

As etapas do processo de planejamento satildeo

Organizaccedilatildeo do Planejamento

Diagnoacutestico do Corredor

Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo estrateacutegica da informaccedilatildeo

Identificaccedilatildeo das Diretrizes

Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Aprovaccedilatildeo do Plano

Essas etapas seratildeo implementadas mediante diversas atividades que poderatildeo variar em funccedilatildeo das caracteriacutesticas do corredor e de seus objetivos

171 Organizaccedilatildeo do PlanejamentoO processo de planejamento deve iniciar-se com o detalhamento e a

concretizaccedilatildeo das diferentes etapas aqui propostas para o caso especiacutefico de cada corredor Em todo momento deve considerar-se a especificidade local para adaptar as etapas e atividades descritas detalhando cada uma delas Esta etapa seraacute desenvolvida mediante os seguintes passos

Constituir a Equipe de Planejamento

Levantar os estudos preacute-existentes sobre o corredor

Definir como e quando vatildeo ser realizados o envolvimento e a participaccedilatildeo dos diferentes atores sociais

Elaborar o Cronograma de Trabalho

O Cronograma de Trabalho deve conter todas as atividades e sub-atividades necessaacuterias para o planejamento com indicaccedilatildeo dos responsaacuteveis custos e tempo de execuccedilatildeo

152 Diagnoacutestico do Corredor

Complementar a base cartograacutefica e banco de imagens do corredor

Realizar os estudos referentes agrave paisagem (SANTOS 2004) em relaccedilatildeo com

sua estrutura considerando os padrotildees e as relaccedilotildees de distribuiccedilatildeo entre elementos espaciais o nuacutemero o tamanho a forma e a distacircncia dos fragmentos o tipo do elemento o padratildeo de distribuiccedilatildeo espacial dos elementos a heterogeneidade de usos a conectividade a longitude de barreiras (estradas e outros) o nuacutemero de conexotildees entre os elementos

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

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IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

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OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

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SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 26: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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sua funccedilatildeo em relaccedilatildeo aos fluxos de espeacutecies energia e mateacuteria entre esses elementos espaciais e

as mudanccedilas na paisagem considerando as alteraccedilotildees da sua estrutura e funccedilatildeo atraveacutes do tempo principalmente a variaccedilatildeo qualitativa e quantitativa do uso e ocupaccedilatildeo ao longo do tempo

Aprofundar a anaacutelise dos atores sociais

Na fase de estabelecimento do corredor foram identificados os principais atores sociais Agora deve-se ampliar o levantamento sobre os atores sociais e aprofundar sua caracterizaccedilatildeo reconhecendo

suas atribuiccedilotildees e papeacuteis

suas potencialidades

suas limitaccedilotildees

suas expectativas

seus temores

os efeitos do corredor sobre o ator e os efeitos do ator sobre o corredor (MORALES et al 1999)

Realizar a anaacutelise das pressotildees sobre o corredor

As pressotildees ou ameaccedilas sobre os recursos naturais e culturais que ocorrem no corredor seratildeo identificadas em oficinas com os principais atores sociais identificando sua localizaccedilatildeo (onde) os agentes (quem) sua importacircncia e sua intensidade (alta-meacutedia-baixa) Essas informaccedilotildees seratildeo processadas no formato de mapa e de matriz

Realizar os levantamentos soacutecio-econocircmicos

O levantamento soacutecio-econocircmico deveraacute contemplar os seguintes temas salientando a anaacutelise de gecircnero

Aspectos demograacuteficos (nuacutecleos populacionais migraccedilatildeo taxas de crescimento populacional estrutura da populaccedilatildeo distribuiccedilatildeo e densidade populacional etnias)

Existecircncia de serviccedilos puacuteblicos (sauacutede aacutegua luz saneamento baacutesico)

Aspectos econocircmicos (atividades produtivas ou de serviccedilos com quantificaccedilatildeo da produccedilatildeo quando possiacutevel)

Uso atual do solo

Aspectos culturais (atitudes e valores aspectos eacutetnicos siacutetios e valores de relevacircncia histoacuterica e cultural)

Identificar a dominialidade federal estadual municipal e privada dentro do corredor

Inicialmente a classificaccedilatildeo das terras de acordo com a sua propriedade federal estadual municipal e privada jaacute oferece suficiente informaccedilatildeo para o

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 27: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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planejamento Caso exista informaccedilatildeo consistente sobre o cadastro da propriedade particular tambeacutem se deveraacute considerar no planejamento

Levantar os projetos governamentais e privados em andamento e em planejamento

Realizar reuniotildees com as lideranccedilas locais

Realizar reuniotildees e visitas com todos os usuaacuterios e interessados

Compilar todas as informaccedilotildees e dados gerados nesta etapa em um documento preliminar

153 Integraccedilatildeo e Avaliaccedilatildeo Estrateacutegica da InformaccedilatildeoAgora deve realizar-se a integraccedilatildeo a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo estrateacutegica de

toda a informaccedilatildeo obtida durante o diagnoacutestico A avaliaccedilatildeo estrateacutegica possibilita a percepccedilatildeo das relaccedilotildees de interdependecircncia entre os diferentes aspectos identificados no diagnoacutestico

Produzir o mapa-siacutentese com todas as informaccedilotildees que podem ser mapeadas

O mapa-siacutentese seraacute elaborado mediante a sobreposiccedilatildeo dos diversos temas levantados durante o diagnoacutestico

Realizar reuniatildeo teacutecnica com especialistas para identificar a relevacircncia ecoloacutegica ou significacircncia do corredor

Os especialistas deveratildeo ser conclusivos quanto a sua integridade diversidade vulnerabilidade endemismos espeacutecies ameaccediladas representatividade raridade unicidade dentre outros valores do corredor

Elaborar a Matriz DAFO mediante oficinas com os principais envolvidos

A avaliaccedilatildeo estrateacutegica do corredor considera a anaacutelise dos seus pontos positivos e negativos que se expressam na forma de debilidades ameaccedilas fortalezas e oportunidades (Matriz DAFO) As debilidades e as fortalezas satildeo as variaacuteveis intriacutensecas ao corredor e controlaacuteveis as primeiras provocam uma situaccedilatildeo desfavoraacutevel e as segundas uma situaccedilatildeo favoraacutevel ao corredor As ameaccedilas e as oportunidades satildeo as variaacuteveis externas ao corredor e natildeo controlaacuteveis as primeiras podem criar condiccedilotildees desfavoraacuteveis e as segundas condiccedilotildees favoraacuteveis para o corredor

Os pontos positivos e negativos identificados tambeacutem se podem ponderar de acordo com diversos criteacuterios como gravidade urgecircncia ou tendecircncia ou pode ser realizada uma avaliaccedilatildeo mais completa mapeando e interpretando as interaccedilotildees entre oportunidades e ameaccedilas frente agraves forccedilas e debilidades para visualizar os efeitos do conjunto Desta forma eacute possiacutevel identificar as oportunidades mais acessiacuteveis as ameaccedilas com maior potencial de impacto as forccedilas mais atuantes e as debilidades mais prejudiciais (Adaptado de OLIVEIRA 2001)

MATRIZ DAFO

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 28: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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DEBILIDADES OU FRAQUEZASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas intriacutensecas ao

corredor que dificultaratildeo sua gestatildeo

AMEACcedilAS OU PROBLEMASSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem prejudicar sua gestatildeo

FORCcedilASCondiccedilotildees ou caracteriacutesticas proacuteprias do

corredor que contribuiratildeo ou auxiliaratildeo em sua gestatildeo

OPORTUNIDADESSituaccedilotildees tendecircncias ou fatos externos ao corredor

que podem contribuir e auxiliar em sua gestatildeo

Avaliar os limites do corredor

Com as informaccedilotildees levantadas deve-se avaliar os limites preliminares do corredor analisando a pertinecircncia dos criteacuterios previamente estabelecidos e considerando outros novos se for o caso

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para identificar a Missatildeo do Corredor

A missatildeo expressa para que serve o corredor ou seja qual a razatildeo de sua existecircncia sua utilidade ou propoacutesito para o longo prazo A missatildeo exerce uma funccedilatildeo orientadora e delimitadora das accedilotildees Deve-ser identificada com base nas caracteriacutesticas distintivas do corredor e na integraccedilatildeo de todas as informaccedilotildees temaacuteticas do diagnoacutestico

A missatildeo pode estar relacionada com (INRENA 200553) Comunidades ecoloacutegicas Agrupaccedilotildees de espeacutecies que se localizam juntas na

paisagem (pex associaccedilotildees vegetais) Conjuntos especiais de comunidades ecoloacutegicas os quais podem ser

comunidades que conformam uma paisagem estejam vinculados mediante processos ecoloacutegicos ou gradientes ambientais ou formem uma unidade robusta coesiva e distinguiacutevel

Espeacutecies Espeacutecies nativas eou ameaccediladas de importacircncia especial espeacutecies focais (guarda-chuvas) agrupaccedilotildees de espeacutecies e espeacutecies de importacircncia global (espeacutecies bandeira)

Agro-ecossistemas Plantas nativas cultivadas espaccedilos de aplicaccedilatildeo de conhecimentos tradicionais do uso do solo compatiacuteveis com a conservaccedilatildeo

Unidades integradas da paisagem uma integraccedilatildeo desde o natural e o cultural pela significacircncia de seus componentes pela interaccedilatildeo entre os mesmos ou pela conectividade dessa paisagem com outras

Formaccedilotildees geoloacutegicas singulares Patrimocircnio cultural Restos arqueoloacutegicos Siacutetios sagrados ou Patrimocircnio cultural

vivo

Todos os resultados da avaliaccedilatildeo estrateacutegica seratildeo incorporados ao documento preliminar

154 Identificaccedilatildeo das DiretrizesPara identificar onde queremos chegar eacute necessaacuterio integrar a teacutecnica

prospectiva de cenaacuterios futuros com o conceito estrateacutegico de ldquoVisatildeo de Futurordquo Ambos se complementam na concepccedilatildeo do futuro pois a partir dos cenaacuterios desenhados de forma normativa se pode discutir uma visatildeo de futuro para incorporar os valores sociais e as aspiraccedilotildees da sociedade

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Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

BIBLIOGRAFIAANDRADE A Enfoque ecosisteacutemico y corredores bioloacutegicos Em Cracco M y Guerrero E (Editores) Aplicacioacuten del Enfoque Ecosisteacutemico a la Gestioacuten de Coredores em Ameacuterica del Sur Memorias del Taller Regional 3 l 5 de junio Quito Ecuador IUCN 2004 p 17-20

ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

CASES O 2005 ldquoO papel do planejamento nos corredoresrdquo In Gestatildeo integrada de ecossistemas aplicada a corredores ecoloacutegicos Moacir Arruda (organizador) Brasiacutelia IBAMA Pp 55-71

COSTA E Gestatildeo estrateacutegica Satildeo Paulo Saraiva 2005

COURRAU J El manejo adaptativo en las AP Em Arguedas m E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004 p 248-262

DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

OECD Towards sustainable development environmental indicators Paris OECD 1998 (Versatildeo em portuguecircs em httpwwwoecdorgdataoecd27452345364pdf) acesso em 11102005

OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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Page 29: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Aplicar a teacutecnica de construccedilatildeo de cenaacuterios

No primeiro momento seratildeo elaborados os cenaacuterios futuros do corredor Para isso satildeo realizadas simulaccedilotildees de tendecircncias baseadas em supostos coerentes como projeccedilatildeo de tendecircncias histoacutericas as quais satildeo analisadas por meacutetodos como a anaacutelise de tendecircncia de impacto a anaacutelise do impacto integrativo Delphi etc (OLIVEIRA 2001 OLIVEIRA 1991) Desta forma satildeo gerados trecircs tipos de cenaacuterios o pessimista ou negativo o otimista ou positivo e o meacutedio e satildeo avaliadas as implicaccedilotildees

Discutir os cenaacuterios futuros em Oficinas e identificar a Visatildeo de Futuro

Os cenaacuterios futuros seratildeo apresentados e discutidos em reuniotildees puacuteblicas ou oficinas para incorporar o componente valorativo dos atores sociais do corredor e construir a ldquoVisatildeo de Futurordquo

A visatildeo de futuro eacute a imagem de como queremos que o corredor seja em 20 anos o sonho ou desejo que se deseja atingir Eacute o cenaacuterio desejado no longo prazo onde devem convergir objetivos e estrateacutegias de conservaccedilatildeo desenvolvimento sustentaacutevel local e distribuiccedilatildeo equumlitativa de bens e serviccedilos ambientais Deve construir-se como uma declaraccedilatildeo concisa que defina a percepccedilatildeo do que os principais atores do corredor querem que o corredor chegue a ser O prazo temporal da Visatildeo de Futuro eacute muito maior do que o prazo dos objetivos e metas do plano

155 Formulaccedilatildeo das Estrateacutegias

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para definiccedilatildeo dos objetivos estrateacutegicos

Os objetivos estrateacutegicos satildeo as diferentes macro-transformaccedilotildees que se pretendem alcanccedilar para atingir a visatildeo de futuro do corredor no prazo de vigecircncia do plano que eacute de 5 anos Os objetivos estrateacutegicos satildeo identificados a partir das pressotildees sobre os recursos naturais e culturais e a matriz DAFO A partir dos objetivos seratildeo desenvolvidos os programas e projetos A estrutura em programas e projetos eacute muito aconselhaacutevel para os corredores pois permite que cada programa seja executado pela instituiccedilatildeo competente ou ainda que projetos de um mesmo programa sejam apresentados a diferentes instituiccedilotildees financiadoras de acordo com as linhas de financiamento disponiacuteveis ou sejam executados em parcerias com organizaccedilotildees natildeo-governamentais

A construccedilatildeo do planejamento nos corredores deve ter uma estrutura similar agrave seguinte figura

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

BIBLIOGRAFIAANDRADE A Enfoque ecosisteacutemico y corredores bioloacutegicos Em Cracco M y Guerrero E (Editores) Aplicacioacuten del Enfoque Ecosisteacutemico a la Gestioacuten de Coredores em Ameacuterica del Sur Memorias del Taller Regional 3 l 5 de junio Quito Ecuador IUCN 2004 p 17-20

ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

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DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

OECD Towards sustainable development environmental indicators Paris OECD 1998 (Versatildeo em portuguecircs em httpwwwoecdorgdataoecd27452345364pdf) acesso em 11102005

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OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

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SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 30: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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VisatildeoDeclaraccedilatildeo concisa que define a percepccedilatildeo do que

queremos ser

Missatildeo Declaraccedilatildeo concisa que identifica o propoacutesito baacutesico para o qual se direcionam os esforccedilos Para que existimos

Objetivo 1 Objetivo 2 Objetivo n

Projeto

Programa Pro Pro Pro Pro Pro Pro

Pj PjPj PjPjPj Pj

FUNAI BM

Pj

INCRA

Princiacutepios

ONG OEMAKfw

Figura nordm2 Estrutura do planejamento dos corredores

Realizar Reuniotildees Teacutecnicas para formular as Matrizes de Marco Loacutegico de cada objetivo estrateacutegico

Os Programas de Gestatildeo seratildeo construiacutedos com base em ldquoMatrizes de Marco Loacutegicordquo que seratildeo elaboradas de forma participativa A Matriz de Marco Loacutegico eacute uma ferramenta para o desenho de projetos que surgiu na deacutecada de 60 como forma de gerenciar o andamento dos projetos de cooperaccedilatildeo internacional por iniciativa da USAID Ela detalha os resultados atividades indicadores meios de verificaccedilatildeo e pressupostos que seratildeo necessaacuterios desenvolver para atingir cada objetivo A Matriz de Marco Loacutegico apresenta o seguinte formato

Estrateacutegia Metas Meios de verificaccedilatildeo

Pressupostos

ObjetivoEacute o objetivo da gestatildeo para os proacuteximos cinco anos

ResultadosR1R2R3

AtividadesSatildeo as diferentes accedilotildees necessaacuterias para atingir os resultadosPara o R1 A11A12Para o R2 A21A22Para o R3 A31A32Para o R4

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

32

Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 31: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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A41A42

Nessa matriz as metas descrevem os objetivos os resultados e as atividades objetivamente e em termos qualitativos quantitativos e temporais para avaliar o alcance do planejamento As metas constituem a base para a monitoria e avaliaccedilatildeo do avanccedilo da elaboraccedilatildeo do Plano Os meios de verificaccedilatildeo indicam a forma ou locais onde seratildeo encontrados os indicadores Os pressupostos satildeo fatores eou condiccedilotildees que apesar de estarem fora do controle direto da elaboraccedilatildeo do Plano devem ser considerados para que se alcance este objetivo Satildeo os fatores de risco do planejamento (IBAMA 1996)

156 Aprovaccedilatildeo do Plano

Compilar o documento final

Submeter o Plano agrave instacircncia de coordenaccedilatildeo do corredor

16 A Priorizaccedilatildeo para o Trabalho no Corredor

Priorizaccedilatildeo espacial dividir o corredor em aacutereas-nuacutecleoA priorizaccedilatildeo espacial eacute similar a um ldquozoneamentordquo do corredor poreacutem natildeo se realiza uma divisatildeo em setores ou zonas com objetivos operacionais e normas especiacuteficas O objetivo eacute identificar

Identificar as unidades gerenciais com base nas unidades da paisagem o mapa das pressotildees

Priorizaccedilatildeo temporal dividir a atuaccedilatildeo em fases com aacutereas-piloto

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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BIBLIOGRAFIAANDRADE A Enfoque ecosisteacutemico y corredores bioloacutegicos Em Cracco M y Guerrero E (Editores) Aplicacioacuten del Enfoque Ecosisteacutemico a la Gestioacuten de Coredores em Ameacuterica del Sur Memorias del Taller Regional 3 l 5 de junio Quito Ecuador IUCN 2004 p 17-20

ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

CASES O 2005 ldquoO papel do planejamento nos corredoresrdquo In Gestatildeo integrada de ecossistemas aplicada a corredores ecoloacutegicos Moacir Arruda (organizador) Brasiacutelia IBAMA Pp 55-71

COSTA E Gestatildeo estrateacutegica Satildeo Paulo Saraiva 2005

COURRAU J El manejo adaptativo en las AP Em Arguedas m E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004 p 248-262

DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

OECD Towards sustainable development environmental indicators Paris OECD 1998 (Versatildeo em portuguecircs em httpwwwoecdorgdataoecd27452345364pdf) acesso em 11102005

OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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Page 32: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento tratam-se as

diferentes formas de atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo no corredor para conseguir os objetivos que foram planejados

Primeiramente seratildeo abordados alguns aspectos da atuaccedilatildeo que deve ser realizada ao mesmo tempo em que se realiza o planejamento do corredor pois durante esse processo o corredor natildeo se manteacutem estaacutetico sendo necessaacuterio realizar certas intervenccedilotildees de forma paralela ao planejamento

Depois seratildeo apresentadas algumas dificuldades que poderatildeo ser encontradas para a atuaccedilatildeo Essas dificuldades na atuaccedilatildeo deveratildeo ser levadas em conta no processo de planejamento para minimizar sua influecircncia no momento da atuaccedilatildeo

Bla bla bla atuaccedilatildeo mediante projetos atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional a atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de forma coordenada

Por uacuteltimo seratildeo comentados alguns fatores-chave para o sucesso na implementaccedilatildeo

Atuaccedilatildeo ou intervenccedilatildeo Natildeo sei ainda

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

32

Toacutepicos

Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo

A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

As formas de atuaccedilatildeo nos corredoresA atuaccedilatildeo mediante

projetosA atuaccedilatildeo mediante a

articulaccedilatildeo inter-institucional

A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

Fatores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo

Parte IVAtuaccedilatildeo

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

BIBLIOGRAFIAANDRADE A Enfoque ecosisteacutemico y corredores bioloacutegicos Em Cracco M y Guerrero E (Editores) Aplicacioacuten del Enfoque Ecosisteacutemico a la Gestioacuten de Coredores em Ameacuterica del Sur Memorias del Taller Regional 3 l 5 de junio Quito Ecuador IUCN 2004 p 17-20

ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

CASES O 2005 ldquoO papel do planejamento nos corredoresrdquo In Gestatildeo integrada de ecossistemas aplicada a corredores ecoloacutegicos Moacir Arruda (organizador) Brasiacutelia IBAMA Pp 55-71

COSTA E Gestatildeo estrateacutegica Satildeo Paulo Saraiva 2005

COURRAU J El manejo adaptativo en las AP Em Arguedas m E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004 p 248-262

DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

OECD Towards sustainable development environmental indicators Paris OECD 1998 (Versatildeo em portuguecircs em httpwwwoecdorgdataoecd27452345364pdf) acesso em 11102005

OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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17 Algumas dificuldades da atuaccedilatildeo nos corredoresNo momento de implementar o planejamento que foi arduamente formulado

depois de um processo complexo e demorado eacute possiacutevel encontrar algumas dificuldades que poderatildeo levar a situaccedilotildees de fracassos ou de insucessos Essas situaccedilotildees podem ser previamente previstas e incluiacutedas no processo de planejamento

Participaccedilatildeo inexistente ou inadequada

Foco no ldquoaqui-e-agorardquo 6

Consideraccedilatildeo do corredor como a ldquonovidade da temporadardquo7

Mudanccedilas inesperadas durante o andamento do processo8

Falta de consenso conceptual e metodoloacutegico

Muita anaacutelise pouca siacutentese e nenhuma accedilatildeo

Falta de flexibilidade no processo9

18 A atuaccedilatildeo de forma paralela ao planejamento

19 As formas de atuaccedilatildeo nos corredores

191 A atuaccedilatildeo mediante projetos

192 A atuaccedilatildeo mediante a articulaccedilatildeo inter-institucional

193 A atuaccedilatildeo ldquocorrenterdquo de cada instituiccedilatildeo de forma coordenada

6 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores7 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores8 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores9 Adaptado de COSTA (2005 257-263) agrave gestatildeo de corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

BIBLIOGRAFIAANDRADE A Enfoque ecosisteacutemico y corredores bioloacutegicos Em Cracco M y Guerrero E (Editores) Aplicacioacuten del Enfoque Ecosisteacutemico a la Gestioacuten de Coredores em Ameacuterica del Sur Memorias del Taller Regional 3 l 5 de junio Quito Ecuador IUCN 2004 p 17-20

ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

CASES O 2005 ldquoO papel do planejamento nos corredoresrdquo In Gestatildeo integrada de ecossistemas aplicada a corredores ecoloacutegicos Moacir Arruda (organizador) Brasiacutelia IBAMA Pp 55-71

COSTA E Gestatildeo estrateacutegica Satildeo Paulo Saraiva 2005

COURRAU J El manejo adaptativo en las AP Em Arguedas m E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004 p 248-262

DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

OECD Towards sustainable development environmental indicators Paris OECD 1998 (Versatildeo em portuguecircs em httpwwwoecdorgdataoecd27452345364pdf) acesso em 11102005

OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Page 34: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

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20 atores-chave do sucesso na implementaccedilatildeo10

Para aumentar as possibilidades de sucesso recomenda-se focar nos fatores-chave da implementaccedilatildeo que estatildeo aqui descritos Embora natildeo possam ser considerados como a garantia absoluta de sucesso devem ser realizados esforccedilos para incorporaacute-los nas estruturas de gestatildeo dos corredores e na sua proacutepria dinacircmica Os fatores-chave de sucesso que devem ser considerados satildeo

O corredor deve ser enxergado com visatildeo holiacutestica e ecossistecircmica

O corredor deve ser considerado no longo prazo

O corredor natildeo deve ser considerado como um projeto que tem comeccedilo meio e fim e muito menos como de responsabilidade exclusiva do grupo inicial de pessoas Infelizmente a tendecircncia eacute que existam projetos especiacuteficos para o estabelecimento ou o planejamento do corredor e apoacutes o teacutermino desses projetos parece como se o corredor tambeacutem terminasse O corredor deve perpetuar-se apoacutes a vida dos projetos que satildeo implantados Os projetos especiacuteficos apenas contribuem com a operacionalizaccedilatildeo das metas que se pretendem atingir mas natildeo devem ser a uacutenica possibilidade de atuaccedilatildeo no corredor

Persistecircncia apesar das resistecircncias agrave ideacuteia de corredor mas flexibilidade para adaptaccedilotildees de curso no planejamento11

Comunicaccedilatildeo clara e divulgaccedilatildeo eficaz

Integraccedilatildeo de programas e projetos setoriais

Adoccedilatildeo de instrumentos para a valorizaccedilatildeo econocircmica de bens e serviccedilos ambientais como certificaccedilatildeo ambiental procedecircncia etc

10 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores11 Adaptado de COSTA (2005 276-279) a gestatildeo de corredores

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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BIBLIOGRAFIAANDRADE A Enfoque ecosisteacutemico y corredores bioloacutegicos Em Cracco M y Guerrero E (Editores) Aplicacioacuten del Enfoque Ecosisteacutemico a la Gestioacuten de Coredores em Ameacuterica del Sur Memorias del Taller Regional 3 l 5 de junio Quito Ecuador IUCN 2004 p 17-20

ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

CASES O 2005 ldquoO papel do planejamento nos corredoresrdquo In Gestatildeo integrada de ecossistemas aplicada a corredores ecoloacutegicos Moacir Arruda (organizador) Brasiacutelia IBAMA Pp 55-71

COSTA E Gestatildeo estrateacutegica Satildeo Paulo Saraiva 2005

COURRAU J El manejo adaptativo en las AP Em Arguedas m E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004 p 248-262

DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

OECD Towards sustainable development environmental indicators Paris OECD 1998 (Versatildeo em portuguecircs em httpwwwoecdorgdataoecd27452345364pdf) acesso em 11102005

OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

41

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

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Page 35: Produto 3 Base Metodológica para a Gestão de Corredores

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

ApresentaccedilatildeoNesta parte do documento apresenta-se a base

conceitual da gestatildeo dos corredores

Sistematizaccedilatildeo das liccedilotildees aprendidas sucessos e fracassos na gestatildeo do corredor bla bla bla

C) Monitoramento de Corredores Ecoloacutegicos discriminar quais satildeo as atividades programadas nas metodologias abordando no miacutenimo os seguintes aspectos e apontando as similaridades e diferenccedilas entre as metodologias utilizadas relacionadas a

o monitoramento de atividades do Projeto (desempenho) descrevendo se haacute elaboraccedilatildeo e

implementaccedilatildeo de plano de monitoramento as accedilotildees programadas apontando os indicadores de desempenho quando houver

o monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na conservaccedilatildeo da biodiversidade - descrevendo os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de conservaccedilatildeo da aacuterea do corredor ecoloacutegico listando os indicadores utilizados (por exemplo amostragem perioacutedica da flora (inventaacuterio) verificaccedilatildeo do iacutendice de desmatamento atraveacutes de imagens de sateacutelite verificaccedilatildeo bienal do iacutendice de diversidade bioloacutegicaoutros)

monitoramento dos impactos da implementaccedilatildeo do corredor ecoloacutegico na qualidade de vida das populaccedilotildees humanas descrever os meios de verificaccedilatildeo para alcance das metas de uso sustentaacutevel listar os indicadores utilizados por exemplo realizaccedilatildeo de entrevistas perioacutedicas para avaliar a aceitaccedilatildeo dos atores sociais e verificaccedilatildeo da adesatildeo da comunidade ao projeto de implementaccedilatildeo do corredor monitoramento do IDH ndash Iacutendice de Desenvolvimento Humano discriminar quais satildeo os criteacuterios estabelecidos para avaliar a qualidade de vida da populaccedilatildeo abrangida pelo corredor ecoloacutegico quando houver

Parte VMonitoramento da Efetividade

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de

Corredores

Parte IMarco

Conceitual

Parte II Estabeleciment

o

Parte III Planejamento

Parte IV Atuaccedilatildeo

Parte V Monitorament

o da Efetividade

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Toacutepicos

Embasamento Teoacuterico do Monitoramento da Efetividade

As Etapas do Monitoramento

Exemplos de Indicadores para o Monitoramento

Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

BIBLIOGRAFIAANDRADE A Enfoque ecosisteacutemico y corredores bioloacutegicos Em Cracco M y Guerrero E (Editores) Aplicacioacuten del Enfoque Ecosisteacutemico a la Gestioacuten de Coredores em Ameacuterica del Sur Memorias del Taller Regional 3 l 5 de junio Quito Ecuador IUCN 2004 p 17-20

ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

CASES O 2005 ldquoO papel do planejamento nos corredoresrdquo In Gestatildeo integrada de ecossistemas aplicada a corredores ecoloacutegicos Moacir Arruda (organizador) Brasiacutelia IBAMA Pp 55-71

COSTA E Gestatildeo estrateacutegica Satildeo Paulo Saraiva 2005

COURRAU J El manejo adaptativo en las AP Em Arguedas m E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004 p 248-262

DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

OECD Towards sustainable development environmental indicators Paris OECD 1998 (Versatildeo em portuguecircs em httpwwwoecdorgdataoecd27452345364pdf) acesso em 11102005

OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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21 Embasamento teoacuterico do Monitoramento

Explicar o modelo PER

Ver mestrado + anotaccedilotildees curso FODEPAL avaliaccedilatildeo e seguimento

PRINCIacutePIOS DO MONITORAMENTO DE CORREDORES ECOLOacuteGICOS

Deve estar inserido em todas as etapas Participativo (com efetividade) Internalizaccedilatildeo do conceito propostas e projeto nos oacutergatildeos governamentais Sustentabilidade Gradual e adaptativo Comparativo ldquodentrordquo e ldquoforardquo do Corredor Ecoloacutegico Incorporar indicadores quantitativos e qualitativos Estabelecer o sistema de monitoramento de acesso livre aos resultados (natildeo

houve consenso)

22 As Etapas do Monitoramento

Realizar Reuniatildeo Teacutecnica para identificar os indicadores de pressatildeo estado e resposta

Prepara a matriz de monitoramentoA matriz de monitoramento poderaacute ter o seguinte formato

MATRIZ DE MONITORAMENTOAtributo Dimensotildees Sub-dimensotildees Indicadores Como Quem QuandoPressatildeo Conservaccedilatildeo Espeacutecies

Processos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Estado Conservaccedilatildeo EspeacuteciesProcessos EcoloacutegicosAacutereas nuacutecleoPaisagem

Soacutecio-economia

Desenvolvimento local sustentaacutevel

Resposta Gestatildeo AdministrativoJuriacutedicoComunicaccedilatildeoPoliacutetico

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

BIBLIOGRAFIAANDRADE A Enfoque ecosisteacutemico y corredores bioloacutegicos Em Cracco M y Guerrero E (Editores) Aplicacioacuten del Enfoque Ecosisteacutemico a la Gestioacuten de Coredores em Ameacuterica del Sur Memorias del Taller Regional 3 l 5 de junio Quito Ecuador IUCN 2004 p 17-20

ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

CASES O 2005 ldquoO papel do planejamento nos corredoresrdquo In Gestatildeo integrada de ecossistemas aplicada a corredores ecoloacutegicos Moacir Arruda (organizador) Brasiacutelia IBAMA Pp 55-71

COSTA E Gestatildeo estrateacutegica Satildeo Paulo Saraiva 2005

COURRAU J El manejo adaptativo en las AP Em Arguedas m E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004 p 248-262

DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

OECD Towards sustainable development environmental indicators Paris OECD 1998 (Versatildeo em portuguecircs em httpwwwoecdorgdataoecd27452345364pdf) acesso em 11102005

OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Documento para discussatildeo sem revisatildeo gramatical

Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Estabelecimento da linha-base (baseline)

Formatar banco de dados de indicadores

23 Exemplos de Indicadores para o Monitoramento12

GESTAtildeO Quantidade de recursos investidos Evoluccedilatildeo do nuacutemero de autos de infraccedilatildeo emitidos Novas legislaccedilotildees pertinentes no acircmbito do Corredor Ecoloacutegico Nuacutemero de multiplicadores capacitados (e resultados) Nuacutemero de brigadas para combate a incecircndios florestais Iacutendice de eficiecircncia no manejo de UC Nuacutemero de indeferimentos de licenccedilas de empreendimento de alto impacto Evoluccedilatildeo do nuacutemero dos parceiros engajados Percentual de prefeituras atuantes

CONSERVACcedilAtildeO Aacutereas efetivamente conectadas Iacutendice de conectividade Evoluccedilatildeo do nuacutemero de processos de averbaccedilatildeo de reserva legal Qualidade das aacuteguas Planos de Manejo de UC elaborados e implantados Espeacutecies de especial interesse para a conservaccedilatildeo espeacutecies chave

(ameaccediladasendecircmicas) Aumento do nuacutemero de UC (aacuterea e representatividade) Evoluccedilatildeo da cobertura vegetal Iacutendice de desmatamento Nuacutemero de projetos ambientais novos no Corredor Nuacutemero de focos de calor Nuacutemero de minimicro pequenos Corredores Ecoloacutegicos (corredores

bioloacutegicos)

SOacuteCIO-ECONOcircMICO Aumento da disponibilidade de emprego Nuacutemero de organizaccedilotildees sociais novas formaccedilatildeo de redes Nuacutemero de instituiccedilotildees atuantes Iniciativas de sistemas agroflorestais e cultivo orgacircnico Iacutendice de adesatildeo comunitaacuteria por diferentes segmentos Nuacutemero de novos projetos e accedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel Programas de educaccedilatildeo ambiental Porcentagem de atividades econocircmicas licenciadas IDH dos municiacutepios envolvidos Propostas iniciativas espontacircneas que se somam ao projeto central Valor agregado aos produtos

Observaccedilatildeo Tambeacutem seraacute necessaacuterio contemplar indicadores referentes agraves questotildees urbanas quando houver nuacutecleos urbanos dentro do corredor que tenham sido priorizados

12 Procedente da Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos organizada pelo IBAMA em 2004

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BIBLIOGRAFIAANDRADE A Enfoque ecosisteacutemico y corredores bioloacutegicos Em Cracco M y Guerrero E (Editores) Aplicacioacuten del Enfoque Ecosisteacutemico a la Gestioacuten de Coredores em Ameacuterica del Sur Memorias del Taller Regional 3 l 5 de junio Quito Ecuador IUCN 2004 p 17-20

ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

CASES O 2005 ldquoO papel do planejamento nos corredoresrdquo In Gestatildeo integrada de ecossistemas aplicada a corredores ecoloacutegicos Moacir Arruda (organizador) Brasiacutelia IBAMA Pp 55-71

COSTA E Gestatildeo estrateacutegica Satildeo Paulo Saraiva 2005

COURRAU J El manejo adaptativo en las AP Em Arguedas m E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004 p 248-262

DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

OECD Towards sustainable development environmental indicators Paris OECD 1998 (Versatildeo em portuguecircs em httpwwwoecdorgdataoecd27452345364pdf) acesso em 11102005

OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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BIBLIOGRAFIAANDRADE A Enfoque ecosisteacutemico y corredores bioloacutegicos Em Cracco M y Guerrero E (Editores) Aplicacioacuten del Enfoque Ecosisteacutemico a la Gestioacuten de Coredores em Ameacuterica del Sur Memorias del Taller Regional 3 l 5 de junio Quito Ecuador IUCN 2004 p 17-20

ARGUEDAS M E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004

ARRUDA M (organizador) Gestatildeo Integrada de Ecossistemas Aplicada a Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia IBAMA 2005

ARRUDA M e NOGUEIRA DE SAacute LF (organizadores) Corredores Ecoloacutegicos Uma abordagem integradora de ecossistemas no Brasil Brasiacutelia IBAMA 2004

CASES O 2005 ldquoO papel do planejamento nos corredoresrdquo In Gestatildeo integrada de ecossistemas aplicada a corredores ecoloacutegicos Moacir Arruda (organizador) Brasiacutelia IBAMA Pp 55-71

COSTA E Gestatildeo estrateacutegica Satildeo Paulo Saraiva 2005

COURRAU J El manejo adaptativo en las AP Em Arguedas m E et al (Editores) Lineamientos y Herramientas para un Manejo Creativo de las Aacutereas Protegidas Satildeo Joseacute Costa Rica OTS 2004 p 248-262

DINERSTEIN E et al A conservation assessment of the terrestrial ecoregions of Latin Ameacuterica and the Caribbean Washington DC The World Bank and The World Wildlife Fund 1995

IBAMA Relatoacuterio Oficina sobre metodologia aplicada na implementaccedilatildeo de Corredores Ecoloacutegicos Brasiacutelia setembro de 2004 miacutemeo 28pp

INRENA Guiacutea Metodoloacutegica para la Elaboracioacuten de Planes Maestros de ANP Lima Peruacute INRENA 2005

IUCN Co-management of Natural Resources IUCN 2000

MORALES G ANDRADE M HERNAacuteNDEZ A Guiacutea Para la Elaboracioacuten de Programas de Manejo para Aacutereas Naturales The Nature Conservancy 1999

OECD Towards sustainable development environmental indicators Paris OECD 1998 (Versatildeo em portuguecircs em httpwwwoecdorgdataoecd27452345364pdf) acesso em 11102005

OLIVEIRA D Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas Satildeo Paulo Atlas 2001

OLIVEIRA D Estrateacutegia empresarial uma abordagem empreendedora Satildeo Paulo Atlas 1991

SANTOS Rozely Ferreira dos Planejamento ambiental teoria e praacutetica Satildeo Paulo Oficina de Textos 2004

SHEPHERD G Operacionalizando el Enfoque de Manejo de Ecosistemas Traducido y adaptado por Nestor Windevoxhel Lora San Joseacute de Costa Rica IUCN 2005

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SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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Base Metodoloacutegica para a Gestatildeo de Corredores no Brasil

_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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SILVA Luiz Christiano Leite da Plano estrateacutegico para o desenvolvimento local um instrumento para a melhoria da qualidade de vida Dissertaccedilatildeo de Mestrado UNICAMP Campinas SP [sn] 2003

SMITH R D MALTBY E Using the Ecosystem Approach to Implement the Convention on Biological Diversity Key Issues and Case Studies IUCN Gland Switzerland and Cambridge UK x + 118 pp 2003

The Nature Conservancy Methods for evaluating ecosystem integrity and monitoring ecosystems response Washington TNC 2003

UNEPCBDCOP7 Enfoque por ecosistemas Proyecto de decisioacuten presentado por el Presidente del Grupo de Trabajo I Conferecircncia das Partes no Convecircnio sobre Diversidade Bioloacutegica Seacutetima reuniatildeo Kuala Lumpur 2004

UNEPCBDCOP5 Decisions adopted by The Conference of the Parties to the Convention on Biological Diversity at its Fifth Meeting Nairobi 15-26 May 2000

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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Annex II THE PRESSURE-STATE-RESPONSE (PSR) MODELThe PSR model has initially been developed by the OECD to structure its work on environmental policies and reporting Itconsiders that human activities exert pressures on the environment and affect its quality and the quantity of natural resources(ldquostaterdquo) society responds to these changes through environmental general economic and sectoral policies and throughchanges in awareness and behaviour (ldquosocietal responserdquo)1048576 The PSR model highlights these cause-effect relationships and helps decision makers and the public see environmentaleconomic and other issues as interconnected It thus provides a means of selecting and organising indicators (or state ofthe environment reports) in a way useful for decision-makers and the public and of ensuring that nothing important hasbeen overlooked1048576 The PSR model has the advantage of being one of the easiest frameworks to understand and use and of being neutral inthe sense that it just says which linkages exist and not whether these have negative or positive impacts This shouldhowever not obscure the view of more complex relationships in ecosystems and in environment-economy andenvironment-social interactions1048576 Depending on the purpose for which the PSR model is to be used it can easily be adjusted to account for greater detailsor for specific features Examples of adjusted versions are the Driving force - State - Response (DSR) model formerlyused by the UNCSD in its work on sustainable development indicators the framework used for OECD sectoralenvironmental indicators and the Driving force-Pressure-State-Impact-Response (DPSIR) model used by the EEA1048576________ _________________ __________________1048576_______1048576___ ______1048576____10485761048576__________1048576 1048576________ ___1048576 _____1048576 ________1048576 ______________________1048576 _________________1048576 ______1048576_________ __________ ____1048576__________ ____1048576 ______1048576 _____ ___1048576 ________1048576 1048576__________1048576 _____1048576___________ ____________1048576________ ________________ ___________________________ _______________________1048576 1048576______________1048576 _________1048576 _____ _____1048576 ___ ________1048576 __________1048576 _____________1048576_____1048576____1048576_ _____ ________________ ____________ 1048576___________ _______ ____ ______ ______________________

1048576 Environmental pressures describe pressures from human activities exerted on the environment including naturalresources ldquoPressuresrdquo here cover underlying or indirect pressures (ie human activities themselves and trends andpatterns of environmental significance) as well as proximate or direct pressures (ie the use of resources and thedischarge of pollutants and waste materials) Indicators of environmental pressures are closely related to production andconsumption patterns they often reflect emission or resource use intensities along with related trends and changes overa given period They can be used to show progress in decoupling economic activities from related environmentalpressures or in meeting national objectives and international commitments (eg emission reduction targets)1048576 Environmental conditions relate to the quality of the environment and the quality and quantity of natural resources Assuch they reflect the ultimate objective of environmental policies Indicators of environmental conditions are designedto give an overview of the situation (the state) concerning the environment and its development over time Examples ofindicators of environmental conditions are concentration of pollutants in environmental media exceedance of criticalloads population exposure to certain levels of pollution or degraded environmental quality and related effects on healththe status of wildlife and ecosystems and of natural resource stocks In practice measuring environmental conditions canbe difficult or very costly Therefore environmental pressures are often measured instead as a substitute1048576 Societal responses show the extent to which society responds to environmental concerns They refer to individual andcollective actions and reactions intended to_ mitigate adapt to or prevent human-induced negative effects on the environment_ halt or reverse environmental damage already inflicted

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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_ preserve and conserve nature and natural resourcesExamples of indicators of societal responses are environmental expenditure environment-related taxes and subsidiesprice structures market shares of environmentally friendly goods and services pollution abatement rates wasterecycling rates enforcement and compliance activities In practice indicators mostly relate to abatement and controlmeasures those showing preventive and integrative measures and actions are more difficult to obtainOECD

l proyecto GPAN ha desarrollado un sistema participativo de monitoreo y evaluacioacuten que permite asegurar el levantamiento procesamiento anaacutelisis y uso de informacioacuten en los diferentes niveles de gestioacuten del proyecto El sistema articula tres niveles de monitoreo operativo de desempentildeo e impacto

El nivel operativo comprende los procesos de planificacioacuten anual y el monitoreo de las actividades ejecutadas La planificacioacuten de cada actividad anual implica la definicioacuten de su temporalidad responsabilidades presupuesto pasos a seguir y criterios de desempentildeo que se intenta alcanzar

El monitoreo de desempentildeo e impacto pasa por la evaluacioacuten de los indicadores correspondientes a estos dos aacutembitos El Sistema de Indicadores disentildeado para este fin especifica para cada indicador una conceptualizacioacuten su metodologiacutea de caacutelculo la informacioacuten necesaria para su valoracioacuten y las fuentes de donde se extrae cada dato en particular

En cada nodo es posible gestionar los tres niveles de monitoreo (operativo de desempentildeo y de impacto)

INDICADORES

El nuacutecleo de indicadores del proyecto GPAN estaacute referido tanto a aspectos bioloacutegicos como a asuntos institucionales sociales y financieros

En el plano bioloacutegico en lo que respecta al impacto el sistema busca medir la contribucioacuten del proyecto en el estado de conservacioacuten de determinados objetos focales que resulten prioritarios para las ANP y en la disminucioacuten del grado de amenaza de las actividades humanas que ejercen presioacuten criacutetica sobre tales objetos focales Ambos indicadores de impacto a su vez estaacuten estrechamente vinculados (pero no solamente) con el indicador que deberaacute dar cuenta del desempentildeo del Proyecto en las iniciativas de actividades econoacutemicas ambientalmente sostenibles que seraacuten propuestas y puestas en marcha por la poblacioacuten local Estas actividades estaacuten orientadas a detener o revertir las amenazas identificadas como criacuteticas para los objetos focales de conservacioacuten prioritarios

En lo institucional se busca medir el incremento de la capacidad de gestioacuten a traveacutes del fortalecimiento de las herramientas y procesos vinculados con ellas medir la utilidad de las herramientas la efectividad de los procesos y las capacidades para relacionarlos asi como asegurar procesos y herramientas que incluyan a los actores locales y cumplir con estaacutendares de calidad reflejados en el establecimiento de herramientas y procesos uacutetiles e indispensables para la gestioacuten de Aacutereas Protegidas

En lo social el sistema incorpora indicadores de impacto que buscan medir el nivel de compromiso de los actores estrateacutegicos con la gestioacuten del ANP Particularmente se monitorearaacute la participacioacuten de las mujeres como actoras en las diversas actividades relacionadas con el aacuterea asiacute como de las organizaciones comunales indiacutegenas y nativas como actores importantes dentro del ANP y su Zona de Amortiguamiento

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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El nivel de los indicadores de desempentildeo se mediraacute a traveacutes de un indicador integral el desenvolvimiento de los Comiteacutes de Gestioacuten (instancia organizativa central del enfoque participativo del proyecto) que tendra una funcioacuten importante en la gestioacuten de las ANP Dentro de los aspectos sociales tambieacuten se ha disentildeado un indicador que mediraacute los avances en la comunicacioacuten y difusioacuten que realizan las ANP

En lo financiero el sistema se orienta a evaluar la capacidad de reducir el deacuteficit financiero y la posibilidad de ampliar la cartera de fuentes financieras Para ello los indicadores estaacuten basados en dos aspectos fundamentales la capacidad para incrementar los fondos para la gestioacuten de las aacutereas naturales protegidas del SINANPE y el nivel de desempentildeo de las ANP involucradas en el proyecto

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