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Belo Horizonte, Setembro de 2009 PRODUTO I Avaliação da percepção da Política de Integração Elaboração dos Instrumentos de Coleta PRODUTO I

PRODUTO I - crisp.ufmg.br³rio1_Perceção_PoliticaIntegração_SEDS_2009.pdf · 1 GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS Aécio Neves da Cunha VICE-GOVERNADOR / PRESIDENTE DO COMITÊ

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Belo Horizonte, Setembro de 2009

PRODUTO I

Avaliação da percepção da Política de Integração

Elaboração dos Instrumentos de Coleta

PR

OD

UT

O I

1

GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS Aécio Neves da Cunha VICE-GOVERNADOR / PRESIDENTE DO COMITÊ DE DEFESA SOCIAL Antônio Augusto Junho Anastasia SECRETÁRIO DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL Maurício de Oliveira Campos Júnior COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS Cel. PM Renato Vieira de Souza CHEFE DE POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE MINAS GERAIS Delegado-Geral Marco Antônio Monteiro de Castro COMANDANTE-GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS Cel. BM Gilvam Almeida Sá EMPREENDEDORA PÚBLICA / GERENTE DO PROJETO ESTRUTURADOR Silvia Caroline Listgarten SUPERINTENDENTE DE AVALIAÇÃO E QUALIDADE DA ATUAÇÃO DO SISTEMA DE DEFESA SOCIAL / GERENTE-ADJUNTO DO PROJETO ESTRUTURADOR José Francisco da Silva SUPERINTENDENTE DE INTEGRAÇÃO DO SISTEMA DE DEFESA SOCIAL Geórgia Ribeiro Rocha DIRETORA DE ANÁLISE E AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL Juliana Maron GERENTE DE ANÁLISE E AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL Edmilson Antonio Pereira Junior COLABORADORES Aaron Duarte Dalla Elisabeth Sena de Oliveira Fernanda Cândida Costa Giselli Starling Josiane Gomes Soares Otávio Oliveira Lana Pâmela Arumaa Vilma Alves

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COORDENADOR DA AÇÃO Viviane Ferreira Batista DIRETORIA DE ANÁLISE E AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL Aline Soares Gonzaga Márcia Cássia Pinto Sales Nilo Vianna Teixeira Rhona Maria Correa Kayello Vanessa Viana de Carvalho

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COORDENADORES DA PESQUISA Luís Flávio Sapori (CEPESP/PUC Minas) Rodrigo Alisson Fernandes (CRISP/UFMG) Luís Felipe Zilli (CRISP/UFMG) EQUIPE DE CAMPO

Tamara Santos Mattarelli Carlos Ribeiro Gomes Scheilla Cardoso Vinícius Assis Couto Luciana Rodrigues Valério Junia de Souza Lima Fernando Antônio de Santana Flávia Alves Landim Thiago Germano Anderson Xavier de Souza Ana Maria Alemão Montandon Priscilla de Avelar e Silva Gustavo Bruno de Paula Tarcisio Perdigão Araujo Filho Nina Pimenta Danilo Brasil Soares Michael Abraão Soares Miranda PESQUISADORES Carlos Ribeiro Gomes Scheilla Cardoso Pereira de Andrade Tamara Mattarelli Carli Santos ESTAGIÁRIOS Ana Maria Mesquita de Oliveira Joana Natalia Cella Lucas Moura Pereira

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Sumário I - Introdução ................................................................................................ 5

II – Elaboração dos Instrumentos de Coleta ...................................... 6

2.1. Discussão e adequação do desenho da pesquisa .................................................... 6 2.1.1. A integração das polícias em Minas Gerais.................................................. 11

2.2. Confecção da amostra ou identificação de atores chaves a serem entrevistados

nas distintas organizações ........................................................................................... 14 2.3. Identificação de atores representativos das diferentes organizações, RISP’s e

municípios (por tamanho) a participarem de grupos focais ....................................... 14 2.4. Construção dos instrumentos de coleta de dados (roteiros semi-estruturados de

entrevistas e roteiros de grupos focais)....................................................................... 15 2.4.1. Estrutura do Survey ...................................................................................... 15

2.4.2. Estrutura das Entrevistas Qualitativas .......................................................... 16 2.4.3. Análise Documental ..................................................................................... 16

III - Bibliografia ........................................................................................ 17

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I - Introdução

O presente relatório tem como objetivo fornecer informações sobre o andamento

da pesquisa de “Avaliação da Percepção da Política de Integração” à

Superintendência de Avaliação e Qualidade de Atuação do Sistema de Defesa Social

(SASD). Neste volume, especificamente, consta o primeiro produto previsto na proposta

submetida ao Edital 27/2009, a saber: (1) “Elaboração do Instrumento de Coleta”.

Na seção de “Elaboração do Instrumento de Coleta”, constam as informações

referentes aos seguintes serviços já executados: (1) Discussão e adequação do desenho

da pesquisa; (2) confecção da amostra ou identificação de atores chave a serem

entrevistados nas distintas organizações; (3) identificação de atores representativos

das diferentes organizações, RISP´s e municípios (por tamanho) a participarem de

grupos focais; (4) construção dos instrumentos de coleta de dados (roteiros semi-

estruturados de entrevistas e roteiros de grupos focais).

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II – Elaboração dos Instrumentos de Coleta

2.1. Discussão e adequação do desenho da pesquisa

A questão da criminalidade penetrou o debate político brasileiro de modo mais

incisivo muito recentemente. Não é de se estranhar, sob esse ponto de vista, que

somente nos últimos 10 anos é que o governo federal, através da Secretaria Nacional de

Segurança Pública - SENASP- tenha se esforçado na elaboração e implementação de

planos nacionais para o setor. O primeiro Plano Nacional de Segurança Pública foi

formulado em 2001, já no final do segundo governo Fernando Henrique Cardoso, logo

após da comoção da crise do ônibus 174, no Rio de Janeiro, e teve como principal

inovação a criação do Fundo Nacional de Segurança Pública. Governos estaduais

passaram a receber recursos para o financiamento de projetos específicos submetidos à

apreciação da SENASP e mediante adequação às diretrizes previamente formuladas no

mencionado plano nacional. Em 2003, por usa vez, o governo Lula apresentou um

documento mais elaborado e consistente, denominado Projeto de Segurança Pública

para o Brasil e que foi substituído pelo PRONASCI, lançado em 2007.

No âmbito estadual por sua vez, há diversidade de situações, de modo que a

inserção do problema na agenda política varia de acordo com a unidade da federação.

Nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, as campanhas eleitorais para

governador já discutiam os desafios de políticas de segurança pública ainda na década

de 80, ao passo que em Minas Gerais, somente nas eleições de 2002 os candidatos ao

governo estadual manifestaram publicamente sua preocupação com o fenômeno no

estado. No caso do Rio de Janeiro, é possível identificar uma trajetória das políticas

estaduais de segurança pública a partir da sucessão de governadores que se inicia em

1983, com Leonel Brizola (1983-1986), passando por Moreira Franco (1987-1990),

segundo governo Brizola (1991-1994), Marcello Alencar (1995-1998) e culminando no

governo Garotinho (1999-2002). Característica marcante desta sucessão de políticas

estaduais de segurança foi o movimento pendular entre intervenções meramente

repressivas e em boa medida arbitrárias e intervenções meramente sociais, com atenção

especial ao sistema educacional.(SOARES, SENTO SÉ, 2000)

É evidente que os governos democráticos que sucederam os governos militares

não lograram êxito na definição de uma agenda consistente de reformas institucionais e

de avanços na gestão operacional do setor da segurança pública. Fatores diversos podem

explicar tal omissão e/ou incompetência dos governos democráticos. A prioridade dada

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na agenda política nacional ao retorno das forças armadas aos limites de sua

competência constitucional é um aspecto a ser considerado ou mesmo a inexistência de

um paradigma alternativo que pudesse instrumentalizar os decision makers para além da

subordinação das agências de justiça criminal às exigências do ideário dos direitos

humanos cristalizado na nova Constituição. (MUNIZ & ZACCHI, 2005)

Não é casual, portanto, que a intervenção pública na provisão deste bem coletivo

tem sido pautada ao longo de todo este período pela improvisação e pela falta de

sistematicidade. Planejamento, monitoramento, avaliação de resultados, gasto eficiente

dos recursos financeiros não têm constituído procedimentos usuais nas ações de

combate à criminalidade, tanto no executivo federal quanto nos executivos estaduais.

Referir-se a uma história das políticas de segurança pública na sociedade brasileira nas

duas últimas décadas, sob este ponto de vista, significa explicitar uma série de

intervenções governamentais espasmódicas, meramente reativas, direcionadas para a

solução imediata de crises que assolam periodicamente a ordem pública. E quando

menciono crises refiro-me a quaisquer eventos na dinâmica do fenômeno criminoso ou

do aparato de justiça criminal que tendem a ser publicamente percebidos como

problemas, geralmente assim categorizados pelos meios-de-comunicação de massa, e

que portanto são merecedores de respostas imediatas por parte das autoridades do

Estado.

Algumas poucas experiências estaduais podem ser mencionadas como exemplos

de políticas públicas de segurança que se destacaram pela superação do modelo de

gerenciamento de crises, mais particularmente nos últimos quinze anos. É o caso do

estado do Pará que entre os anos de 1995 e 2002, desenvolveu audaciosa e pioneira

política de integração das polícias militar e civil (SETTE CÂMARA, 2002)

Também o estado do Ceará, a partir de 1997, iniciou uma série de reformas na

área da segurança pública com o objetivo publicamente assumido de moralizar o aparato

policial, mergulhado em graves denúncias de corrupção à época, além de orientar ações

para a integração das forças policiais estaduais. Houve, inicialmente, a constituição de

novo arranjo institucional com a criação da Secretaria de Segurança Pública e Defesa da

Cidadania (SSPDC), subordinando o comando das polícias ao secretário e não mais

numa vinculação direta ao Governador. Foi também instituída a Corregedoria Geral dos

órgãos de Segurança Pública, que significou a criação de uma corregedoria única para a

Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar, vinculada operacionalmente

à SSPDC. Paralelamente às mudanças institucionais, o governo estadual iniciou uma

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política de integração das forças policiais, política essa cujas linha mestra persiste até o

atual governo. E a base da integração foi e continua sendo o projeto Distrito Modelo,

implantado em Fortaleza. Este tem como características principais a integração das

circunscrições das áreas de atuação das companhias da Polícia Militar com as delegacias

da Polícia Civil, acrescido da implantação de um sistema integrado de comunicações

(CIOPS). A política continua em vigor, tendo ocorrido uma expansão dos Distritos

Modelos para a Região Metropolitana de Fortaleza. (BARREIRA, 2004)

No estado do Rio de Janeiro, em fins da década de 90, com a eleição do

governador Anthony Garotinho, assiste-se à introdução de um nova perspectiva de

intervenção governamental na segurança pública. Apesar do pouco tempo de

manutenção da política, deve-se mencionar que ela era dotada de um plano de ação

inédito na história daquele estado, pautando-se por quatro eixos: (a) construção das

delegacias-legais, (b) a criação de centros de referência, (c) implantação de programa de

qualificação profissional dos policiais e (d) a fundação do Instituto de Segurança

Pública. (SOARES, SENTO SÉ, op.cit.)

Experiência também relevante de política de segurança pública pode ser

identificada no estado de São Paulo a partir da segunda metade da década de 90,

iniciando-se no governo Covas e estendendo até o governo Alckimin no início de 2006.

Sua característica básica foi o reforço do aparato repressivo do Estado, destacando-se a

estruturação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa – DHPP, trazendo

consigo a integração com a polícia militar, a identificação e aprisionamento de

homicidas contumazes e investimentos em inteligência e tecnologia da informação,

destacando-se o sistema de informações criminais -INFOCRIM. Além disso, o governo

estadual incrementou o sistema prisional, de modo que a população carcerária cresceu

de forma linear e rapidamente, passando de 56 mil em 1994 para cerca de 140 mil doze

anos depois. Acresce-se a introdução de projetos com participação direta de entidades

da sociedade civil, quais sejam, o Disque –Denúncia, em 2000, e o Fórum

Metropolitano de Segurança Pública, em 2001. Aspecto singular da experiência paulista

é a participação intensiva de diversos municípios na adoção de medidas visando o

controle do consumo de bebidas alcoólicas, a denominada Lei Seca. A despeito das

controvérsias, a política de segurança pública de São Paulo é apontada como um dos

fatores mais decisivos na queda de 37% da taxa de homicídios no estado entre 1999 e

2004. (KHAN & ZANETIC, 2005)

O estado de Minas Gerais, na gestão do governador Aécio Neves, é outro

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exemplo notável do desenvolvimento de uma política publica de controle da

criminalidade com efeitos concretos. Tal política pauta-se por quatro diretrizes :

1. Ampliação e modernização do sistema prisional, focando na

abertura de novas vagas, na retirada gradativa da Polícia Civil da custódia de

presos e na profissionalização da gestão das unidades prisionais;

2. Ampliação e modernização do sistema de atendimento das

medidas sócio educativas, com atenção para a construção de novas unidades

para acautelamento de adolescentes infratores;

3. Integração das organizações policiais, direcionada para a

integração das informações, das áreas de atuação e do planejamento

operacional;

4. Prevenção social da criminalidade, adotando ações que incidissem

sobre alguns fatores de risco da violência, em especial, as gangues juvenis, o

egresso do sistema prisional, o monitoramento de penas alternativas e a

mediação de conflitos em áreas de risco social. (SAPORI,2008)

A despeito dessa omissão das autoridades políticas em relação ao campo da

segurança pública, o cenário não permaneceu inerte. As mudanças em curso mais

expressivas na sociedade brasileira no âmbito da segurança pública dizem respeito `a

relação entre as polícias e a sociedade civil. É possível identificar um processo social de

maior aproximação da polícia com a sociedade civil brasileira em diferentes contextos

regionais, destacando-se as polícias militares. Ao contrário do que geralmente se

propaga na opinião pública, as evidências empíricas disponíveis permitem constatar que

as polícias militares, apesar da cultura militar, têm se adequado de forma mais efetiva e

competente à configuração democrática em nossa sociedade. Há um processo de

modernização nestas organizações, não ocorrendo o mesmo nas polícias civis. Estas têm

se pautado pela manutenção de valores e normas que já haviam sido identificadas desde

o início da década de 80, conforme estudo paradigmático de Paixão (1982). As polícias

civis, sob esta ótica, mantêm intactas elites organizacionais que se manifestam saudosas

do período áureo da instituição, que corresponderia ao período pré-constituição de 1988.

(PONCIONI, 006)

Nesse sentido merece consideração a proliferação de parcerias entre as

organizações policiais militares e as universidades, institutos de pesquisa e organizações

não-governamentais. Programas de treinamento de policiais têm sido empreendidos não

mais sob o monopólio das respectivas academias de polícia, mas envolvendo a

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participação decisiva de entidades que compõem o ambiente social destas organizações.

Não constitui mais novidade o fato de que a definição de conteúdos programáticos, de

procedimentos pedagógicos e a própria realização de aulas resulte da inserção de atores

externos ao trabalho policial. Convênios têm sido estabelecidos para viabilizar uma

divisão de atribuições entre as academias de polícia e as organizações parceiras, sendo

que estas últimas têm assumido uma importância cada vez maior no processo decisório

dos programas de ensino policial.

Se há prevalência das polícias militares em um dos lados da parceria, do outro

lado identificam-se tipos diversos de organizações. Em pelo menos 15 estados

brasileiros este fenômeno já pode ser detectado, estando presente desde o Pará até o Rio

Grande do Sul, passando por diversos estados do Nordeste, como são os casos do Rio

Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Sergipe. Na região sudeste os destaques

são Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo (SAPORI, 2006)

A experiência da Polícia Militar de Minas Gerais é ilustrativa a esse respeito. A

organização que até início da década de 80 tinha desempenhado papel destacado na

ditadura militar, alcança em fins da década de 90 níveis invejáveis de legitimidade

perante a sociedade mineira. É certamente uma das organizações públicas do estado que

mais usufrui de aprovação e respeito por parte da população. O mesmo grau de

legitimidade ela desfruta perante entidades diversas de defesa dos direitos humanos. É

sintomático o fato de que nunca alcançou aprovação na opinião pública e nas elites

políticas e intelectuais do estado a idéia da extinção das polícias militares, conforme tem

sido orientado o debate nacional a partir do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. Boa parte da

explicação do fato está na parceria estabelecida pela instituição com a Fundação João

Pinheiro que desde 1985 é responsável pela realização de cursos de especialização em

segurança pública para oficiais superiores da instituição. Ápice deste processo deu-se

entre 1997 e 2002 com a realização de uma pesquisa conjunta entre a organização, a

Fundação João Pinheiro e a UFMG cujo objetivo era realizar um diagnóstico da

criminalidade em Minas Gerais. A efetivação deste estudo exigiu a composição de uma

equipe de pesquisadores que contou com a participação decisiva de oficiais da

corporação policial. O intercâmbio entre acadêmicos e policiais foi enriquecedor para

ambas as partes. Desta experiência resultou a formação de uma parceria mais estreita

entre a Universidade Federal de Minas Gerais e o Comando de Policiamento da Capital

no sentido do desenvolvimento de um projeto de análise georeferenciada da

criminalidade na cidade de Belo Horizonte, projeto esse que se tornou referência

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nacional. (BEATO, 2004)

A despeito das mudanças acima aludidas, o debate público no Brasil permanece

pautado por questões legais e institucionais. O sistema policial é alvo preferencial de

críticas contundentes. Modernização do sistema policial é considerada imprescindível

por muitos, o que pode incorporar desde a normatização a nível federal das estruturas

orgânicas das forças policiais, passando pela municipalização das polícias ou ainda a

unificação das polícias combinada à desmilitarização compulsória das polícias militares.

(MEDEIROS, 2004) A viabilidade da integração das corporações policiais e do sistema

de defesa social como um todo tem sido descartada aprioristicamente, ignorando-se os

avanços alcançados por algumas políticas públicas estaduais, como é o caso de Minas

Gerais. O tema da integração do sistema de defesa social no Brasil, em suma, não tem

merecido a devida atenção por parte dos estudiosos.

2.1.1. A integração das polícias em Minas Gerais

O despreparo de grande parte das organizações policiais brasileiras para lidar

com o recrudescimento da criminalidade e para promover o diálogo com a sociedade é

apontado como um dos principais desafios colocados no contexto da consolidação

democrática. Nesse sentido, a reforma das polícias e do sistema de justiça criminal tem

sido colocada em discussão no Brasil de forma cada vez mais contundente. A

manutenção do aparato policial criado no período autoritário e mantido pela

Constituição de 1988 constitui um dos principais problemas institucionais da segurança

pública no país. A cisão do ciclo completo da atividade policial em duas organizações

distintas tem provocado uma disjunção crônica no sistema de justiça criminal,

explicando parcialmente sua baixa efetividade no controle da criminalidade. Propostas

de unificação das polícias não são raras no debate público, mas não têm alcançado o

consenso político necessário que viabilize a mudança da Constituição federal. A

perspectiva alternativa que se apresentou em meados da década passada é a integração

das organizações policiais. Sem demandar modificações no texto constitucional,

propõe-se uma transição gradual para outro modelo de policiamento que induza a

integração operacional do policiamento ostensivo com o policiamento investigativo.

A implantação do processo de integração das organizações policiais e do sistema

de defesa social em Minas Gerais, objeto de nosso estudo, só foi possível dada a

conjuntura política mais ampla de crise da política de segurança e de convergência em

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relação às diretrizes preconizadas pelo Governo Federal. Além de certo consenso entre

os estudiosos sobre a incapacidade de contenção do alarmante crescimento dos índices

de criminalidade pela estrutura policial dicotômica vigente, houve a vinculação do

repasse de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública à implantação de

estratégias para a integração do trabalho policial. O contexto de crise da segurança

pública, que tem levado à adoção crescente pelas polícias de estratégias para

reformulação de sua atuação, assim como o apoio do Governo Federal, impulsionaram a

implantação de uma política alternativa, qual seja, o processo de integração.

A implementação da política estadual de segurança pública e do projeto de

integração do sistema de defesa social, mais especificamente, teve como pedra

fundamental a criação da Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS) em 2003, em

substituição às extintas Secretarias de Estado de Segurança Pública e de Justiça e

Direitos Humanos1. Sob sua responsabilidade foi colocada a coordenação operacional

das atividades das Polícias Civil e Militar, do Corpo de Bombeiros Militar, da

Defensoria Pública e da Subsecretaria de Administração Penitenciária Esse arranjo

institucional não descartou, contudo, a possibilidade do estabelecimento de parcerias

com outros órgãos do sistema de justiça criminal, tais como o Judiciário e o Ministério

Público, nos níveis estadual e federal.

Cabe destacar que a estrutura da Secretaria de Defesa Social, instituída pela Lei

Delegada Estadual no

56, de 29 de janeiro de 2003, prescreve apenas a subordinação

operacional das Polícias Militar e Civil, garantindo suas respectivas autonomias tanto

no campo administrativo quanto financeiro. Isto significa que as decisões atinentes a

promoções, nomeação de comandos, elaboração de orçamentos, execução financeira,

atividades correcionais, entre outras, permanecem fora do âmbito de decisão do

Secretário de Defesa Social. A mesma autonomia foi garantida ao Corpo de Bombeiros

Militar e à Defensoria Pública. No que tange ao sistema prisional e ao sistema de

atendimento e acautelamento de adolescentes infratores, por sua vez, a subordinação

administrativa e operacional à SEDS é completa.

Inicialmente, a integração das organizações policiais em Minas Gerais foi

pautada pela associação dos esforços de integração geográfica das bases territoriais aos

1 À Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos competia a administração do

sistema penitenciário estadual, assim como do sistema de atendimento a adolescentes autores de ato infracional, bem a formulação e implantação da política estadual de direitos humanos. Com a reformulação institucional, as duas primeiras funções foram absorvidas pela Secretaria de Defesa Social. As ações relativas aos direitos humanos foram transferidas para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Esportes.

13

de criação de centros integrados de comunicações, tendo em vista que estes últimos

seriam responsáveis pela análise estratégica dos cenários gerais e específicos da

criminalidade, no tempo e no espaço, isto é, nas bases territoriais (Barreto Júnior et al,

2003).

O modelo de integração concebido para Minas Gerais pautou-se na constituição

dos centros integrados de comunicações como organismos estratégicos para

aproximação das instituições policiais responsáveis, respectivamente, pela ação

ostensiva e pela ação investigativa. Esses centros seriam responsáveis por municiar de

informações as unidades territoriais geograficamente integradas, que, por seu turno,

deveriam realizar a ação policial lato sensu (exercício das atividades de polícia

ostensiva e de investigações) mediante o estabelecimento de um planejamento

operacional conjunto.

Assim, a política de integração das organizações policiais em Minas Gerais teve

como estratégias principais a integração das informações, das áreas geográficas de

atuação e do planejamento operacional das Polícias Civil e Militar. Isso porque o não

compartilhamento de informações entre as organizações policiais, especialmente de seus

sistemas informatizados, a incompatibilidade de áreas territoriais de atuação e a

inexistência de planejamento conjunto de ações foram considerados os principais focos

de disjunção do trabalho policial. Para resolver esses problemas, foram propostos três

projetos: na área informacional - Sistema Integrado de Defesa Social (SIDS); no que

tange à integração geográfica - Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP); e para o

planejamento operacional - Integração da Gestão em Segurança Pública (IGESP).

Como estratégias complementares foram eleitas a integração do trabalho

correcional, das atividades de inteligência policial, bem como dos processos de

formação e treinamento das polícias estaduais. A atividade correcional foi escolhida

para que pudessem ser padronizados os procedimentos de investigação e punição nos

casos de desvio de conduta de policiais, bem como para que as corregedorias de polícia

fossem reestruturadas. Já a integração das atividades de inteligência policial, que

sempre se constituíram em um foco de competição entre as organizações policiais,

buscava a minimização desse problema através do trabalho conjunto. A formação e o

treinamento integrados seriam realizados em algumas disciplinas e cursos em que fosse

possível a instrução conjunta, especialmente aqueles conteúdos que implicavam atuação

integrada de ambas as polícias na atividade operacional.

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2.2. Confecção da amostra ou identificação de atores chaves a serem

entrevistados nas distintas organizações

O objetivo geral do estudo em questão é avaliar o grau de legitimidade e de

institucionalização alcançados pelo programa de integração do sistema de defesa social

em Minas Gerais, em especial, as organizações policiais. Pretende-se, sob tal

perspectiva, analisar comparativamente os desdobramentos de projetos específicos que

compõem o programa de integração, quais sejam:

Sistema Integrado de Defesa Social (SIDS)

Integração da Gestão em Segurança Pública (IGESP)

Áreas Integradas de Segurança Pública (AISP)

Sistema Integrado de Corregedorias (SICODS)

Colegiado de Integração do Sistema de Defesa Sócia

Integração das Academias de Ensino

Integração dos setores de Inteligência.

Uma hipótese baliza o estudo: a política de integração do sistema de defesa

social em Minas Gerais alcançou elevado grau de legitimidade e de institucionalização e

esse fato pode ser explicado pelos mecanismos de governança adotados em seu processo

de implementação.

2.3. Identificação de atores representativos das diferentes organizações, RISP’s

e municípios (por tamanho) a participarem de grupos focais

O teste da presente hipótese exigirá a adoção de instrumentos qualitativos bem

como quantitativos de coleta de dados. São eles :

a) aplicação de um SURVEY numa amostra representativa de policiais militares,

policiais civis e bombeiros militares. O estudo vai considerar o Estado de Minas

Gerais como universo de análise, especialmente contemplando as áreas

geográficas definidas no âmbito do Sistema de Defesa Social, nomeadamente as

Regiões Integradas de Segurança Pública (RISP). São municípios sede de RISP:

Barbacena, Belo Horizonte, Contagem, Curvelo, Divinópolis, Governador

Valadares, Ipatinga, Juiz de Fora, Lavras, Montes Claros, Poços de Caldas,

15

Teófilo Otoni, Unaí, Uberaba, Uberlândia e Vespasiano. O plano amostral ainda

deverá considerar a variável posição hierárquica na organização, distinguindo

praças e oficiais na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros e Delegados e

demais carreiras na Polícia Civil;

b) realização de entrevistas qualitativas semi estruturadas com os representantes

das Polícias Militar e Civil e do Corpo de Bombeiros nas coordenações dos

projetos de integração elencados anteriormente.

c) Realização de entrevistas qualitativas semi estruturadas com os comandos das

organizações policiais e corpo de bombeiros, além da Defensoria Pública,

Subsecretaria de Administração Prisional e Subsecretaria de Atendimento das

Medidas Socioeducativas, além do Secretário de Estado de Defesa Social;

d) Sistematização e análise de atas, atos normativos e produção documental diversa

produzidas no âmbito da execução dos projetos de integração.

2.4. Construção dos instrumentos de coleta de dados (roteiros semi-

estruturados de entrevistas e roteiros de grupos focais)

2.4.1. Estrutura do Survey

Será aplicado um questionário fechado numa amostra de 2.000 policiais e

bombeiros militares que abordará os seguintes aspectos:

Nível de conhecimento que o entrevistado tem da política de integração do

sistema de defesa social implementada pela SEDS;

Nível de conhecimento que o entrevistado tem das novas nomenclaturas

instituídas pelo programa de integração, tais como, IGESP, AISP, SIDS, entre

outras;

Nível de satisfação com as informações recebidas acerca do que está sendo

formulado e executado no âmbito da SEDS sobre o programa de integração do

sistema de defesa social;

Nível de aprovação do programa de integração do sistema de defesa social como

um todo;

Nível de aprovação de cada um dos projetos que compõem o programa de

integração do sistema de defesa social;

Identificação de aspectos considerados insuficientes e/ou falhos na política de

integração;

16

Identificação do nível do rejeição ainda persistente em relação às demais

organizações que compõem o sistema de defesa social.

2.4.2. Estrutura das Entrevistas Qualitativas

As entrevistas qualitativas com atores chaves das organizações do sistema de

defesa social que estão atuando na coordenação dos projetos de integração abordarão os

seguintes temas:

a concepção do entrevistado sobre a política de integração como um todo,

considerando eventuais avanços e retrocessos na implementação;

a percepção do entrevistado sobre o projeto específico no qual atua, atendo-se

aos aspectos de melhorias alcançadas e eventuais pontos de tensão e conflitos

ainda persistentes e não superados;

a percepção do entrevistado sobre os mecanismos de governança adotados no

processo de implementação do projeto em que atua;

a visão do entrevistado sobre as perspectivas de futuro da integração do sistema

de defesa social em Minas Gerais como um todo e do projeto em atua, em

particular.

2.4.3. Análise Documental

A análise de documentos diversos produzidos no processo de implementação de

cada um dos projetos de integração do sistema de defesa social será importante para

verificar o grau de institucionalização alcançado pela política pública. Para tanto, será

realizada uma análise de conteúdo desse material, atentando-se para:

os procedimentos gerenciais que foram rotinizados e formalizados;

os pontos de disjunção nas relações entre as organizações que foram

devidamente equacionados mediante procedimentos normativos;

os principais problemas práticos manifestados e encaminhados pelos gestores

dos diversos projetos de integração;

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III - Bibliografia

ADORNO, Sérgio (1994) - “Crime, justiça penal e igualdade jurídica: os crimes

que se contam no Tribunal do Júri” Revista USP . São Paulo . n 21 . AZEVEDO,Rodrigo G. (2001) - Juizados Especiais Criminais : uma abordagem

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BARREIRA, César (2004) - Questão de segurança. Políticas governamentais e

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BEATO, Cláudio et al ( 2004) – “Crime, oportunidade e vitimização”. RBCS vol

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