24
Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva - Bizuando – O ...bizuando.com/material-apoio/fisica4/fisica4-aula7_2-lucas-2015.pdf · sistema de referência de Mavis) ... coordenadas em

Embed Size (px)

Citation preview

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 2

Transformações de Lorentz

''''

ttzzyy

utxx

Posições:

Transformações de Galileu

Descreve muito bem a realidade para u tendendo a 0.

utxx '

x' se contrai

utxx '

2

2

1'

'

cuutxx

utxx

SS vv ,

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 3

• O Princípio da relatividade exige que as transformações de S para S’ tenham a mesma forma das transformações de S’ para S.

Então, a única mudança deve ser no sinal da velocidade relativa u.

'' utxx

2

2

1'

'

cuutxx

utxx

'utxutx

2

2

2

1'

cuc

xutt

Evidenciando t’, tem-se:

utxx '

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 4

2'

''

)('

cuxtt

zzyy

utxx

Transformações de Lorentz

Posições:

O espaço e tempo tornam-se interligados. Não podemos mais dizer que o espaço e o tempo possuem significados absolutos independentes do sistema de referência.

Quatro dimensões espaço-tempo, que são as coordenadas do espaço-tempo de um evento.

SS vv ,

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 5

Transformações de Lorentz para a velocidade

2'

''

)('

cuxtt

zzyy

utxx

Transformações de Lorentz

Posições:

Divide-se membro a membro asequações anteriores e, depois divide-seo numerador e o denominador por dt,então tem-se:

dtdx

cu

udtdx

dtdx

21''

)(' udtdxdx

2'

cudxdtdt

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 6

dtdx

cu

udtdx

dtdx

21''

21'

cuv

uvvx

xx

(Transformações de Lorentz para a velocidade)

Fazendo-se a conversão de referêncial, entre S e S’, tem-se:

2'1

'

cuv

uvvx

xx

(Transformações de Lorentz para a

velocidade)

• A velocidade será sempre menor que c. • Nenhuma partícula material pode se deslocar com velocidade

igual ou superior a c.

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 7

Exemplo:Velocidades relativasa) Uma espaçonave que se afasta da Terra com uma velocidade igual a0,90c dispara uma sonda espacial com um robô com uma velocidadeigual 0,7000c em relação à espaçonave na mesma direção e no mesmosentido da velocidade da espaçonave. Qual é a velocidade da sondaespacial em relação à Terra? b) Um ônibus espacial tenta alcançar aespaçonave se deslocando com velocidade igual a 0,950c em relação àTerra. Qual é a velocidade do ônibus em relação à espaçonave?

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 8

Exemplo:Um sinal pode ser percebido antes de ser enviado?Tendo vencido uma competição interestelar, Mavis pilota suaespaçonave e atravessa a linha final de chegada com uma velocidadeigual a 0,600c em relação a essa linha. Um sinal de “vitória” é enviadoda parte traseira de sua espaçonave (evento 2) no instante em que (nosistema de referência de Mavis) a parte dianteira da espaçonaveatravessa a linha final de chegada (evento 1). Ela verifica que ocomprimento da espaçonave é 300 m. Staley está em repouso no localda linha de chegada. Quando e onde os eventos 1 e 2 ocorrem paraStaley?

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 9

Momento linear relativísticoAs leis de Newton apresentam a mesma forma em todos os sistemas dereferenciais inerciais.

O princípio da conservação do momento linear afirma que, quando doiscorpos interagem, o momento linear total permanece constante, desde que aforça externa resultante que atua sobre os corpos no sistema de referencialinercial seja igual a zero.Exemplo: quando eles formam um sistema isolado e existe apenas força deinteração entre os dois corpos.

Para que a conservação do momento linear seja uma lei física correta, eladeve ser válida em todos os sistemas de referência inercial.

vmp

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 10

vmp

Usando as transformações de Lorentz, para obter ascoordenadas em um segundo referencial inercial, vê-seque o momento linear não é conservado no segundosistema de referência.

2

2

1cv

vmp

Momento linear relativístico:

onde, m é a massa de repouso

Momento linear relativístico

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 11

A segunda lei de Newton

dtpdF

Aplicando o momento linear relativístico, tem-se:

2

2

1cv

vmdtd

dtpdF

a

cv

mF2

3

2

2

1

Ao longo do eixo Ox:

23

2

2

1

cv

mFa

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 12

a

cv

mF2

3

2

2

1

23

2

2

1

cv

mFa

• Uma força constante não produz uma aceleração constante.

• Quando a velocidade tende ao valor de c, a aceleração tende a zero, por maior que seja o valor da força aplicada.

• Portanto, é impossível acelerar uma partícula com massa de repouso diferente de zero até que ela atinja uma velocidade igual ou superior a c.

A velocidade da luz no vácuo é algumas vezes chamada de “velocidade limite”.

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 13

2

2

1cv

vmp

Momento linear relativístico:

• Pode-se, muitas vezes, afirmar que uma partícula ao mover-se com velocidade elevada ela sofre um aumento de massa.

Se, m é a massa em repouso, então a massa relativística será:

2

2

1cv

mmrel

2

2

1

1

cv

vmp

maF 3

Momento linear relativístico

(Força e velocidade ao longo da mesma linha)

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 14

maa

cv

mF

2

1

2

2

1Acelerador circular(Força e velocidade perpendiculares)

Esquema de um Síncroton

Laboratório Nacional de Luz Síncroton(LNLS) Campinas, SP

maa

cv

mF 3

23

2

2

1

Acelerador linear(Força e velocidade ao longo da mesma linha)

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 15

ExemploDinâmica relativística de um elétronUm elétron (massa de repouso igual a 9,11 x 10-31 kg, carga-1,60 x 10-19 C) move-se em sentido oposto ao de um campo elétricocom módulo E = 5,0 x 105 N/C. Todas as outras forças sãodesprezíveis em comparação com a força elétrica. a) Determine omódulo do momento linear e da aceleração quando v = 0,010c, 0,90c e0,99c. b) Calcule a aceleração correspondente considerando uma forçacom módulo igual ao do item anterior perpendicular à velocidade.

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 16

Trabalho e energia na relatividadeQuando a força resultante e o deslocamento estão na mesma direção, o trabalho realizado por essa força é dado por:

FdxW

maF 3 (Força e velocidade ao longo da mesma linha)

2

1

2

12

3

22

1

x

x

x

x

dx

cv

maFdxW

Trabalho

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 17

Energia cinética de uma partículaA energia cinética de uma partícula é igual ao trabalho realizado para desloca-la desde o repouso até uma velocidade v:

WK

Velocidade no ponto x1 = 0

Velocidade no ponto x2 = v

xxxxx dvvdv

dtdx

dtdvdxdx

dtdvadx

xxdvvadx

2

1

2

12

3

22

1

x

x

x

x

dx

cv

maFdxW

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 18

v

xx

cv

dvmvWK0 2

3

22

1

Fazendo uma mudança de variável, o resultado é:

22

22

2

11

mcmc

cv

mcK

2

1

2

12

3

22

1

x

x

x

x

dx

cv

maFdxW

xxdvvadx

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 19

22

22

2

11

mcmc

cv

mcK

cv

cv

A energia se aproxima do infinito

(Expressão newtoniana)

2

21 mvK

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 20

Energia de repouso

22

22

2

11

mcmc

cv

mcK

Depende do movimento da partícula

Não depende do movimento da partícula

Logo notamos que a energia cinética da partícula é a diferença entreuma energia total E e uma energia mc2 que existe sempre, mesmoquando o corpo está em repouso.

2

22

22

1mc

cv

mcmcKE

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 21

2

22

22

1mc

cv

mcmcKE

Para uma partícula em repouso (K = 0), vemos que E = mc2

2mcE Energia de repouso da partícula

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 22

2mcE mvp

Podemos relacionar diretamente a energia total E de uma partícula(energia de repouso mais energia cinética) com seu momento linear:

Elevando ao quadrado as duas expressões e subtraindo uma da outra,podemos eliminar v. O resultado é:

2222 pcmcE (energia total, energia de repouso e momento linear)

Esta equação sugere que uma partícula pode ter energia e momentolinear mesmo quando ela não possui massa de repouso.

pcE (massa de repouso igual a zero)

Partículas com massa de repouso igual a zero existem, e se deslocamsempre com velocidade c. Um exemplo é o fóton, o quantum daradiação eletromagnética.

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 23

Exemplo:Elétrons com energias elevadasa) Calcule a energia de repouso de um elétron (m = 9,109 x 10-31 kg,q = -e = -1,60 x 10-19 C) em joules e em elétrons-volt. b) Determinea velocidade de um elétron que foi acelerado por um campo elétrico,a partir do repouso, com diferença de potencial igual a 20 kV (típicaem um cinescópio de TV) ou 5,0 MV (comum em um tubo de raiosX com alta voltagem).

27/10/2015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 24

Exemplo:Uma colisão relativísticaDois prótons (cada um com M = 1,67 x 10-27 kg) estão se movendoinicialmente com velocidades de módulo iguais e sentidos opostos.Depois da colisão eles continuam a existir, porém, ocorre a produçãode um píon neutro de massa m = 2,40 x 10-28 kg. Sabendo que osprótons e píon permanecem em repouso depois da colisão, calcule avelocidade inicial dos prótons. A energia é conservada na colisão.