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Resumo de Direito Constitucional Prof. Jonathas de Oliveira Prof. Jonathas de Oliveira 1 de 137 www.exponencialconcursos.com.br Resumo Curso: Direito Constitucional Professor: Jonathas de Oliveira

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Resumo

Curso: Direito Constitucional

Professor: Jonathas de Oliveira

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Resumo de Direito Constitucional Prof. Jonathas de Oliveira

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Caro amigo,

É com enorme prazer que trago aqui pelo Exponencial Concursos

este resumo da disciplina Direito Constitucional.

Trata-se de um conteúdo objetivo e sintetizado que pode ser

utilizado nos estudos para concursos de diversas áreas, como a fiscal, a de

planejamento, a de controle, a jurídica, a legislativa, a policial, dentre muitas

outras.

Mas antes de prosseguir, façamos uma breve apresentação.

Meu nome é Jonathas de Oliveira, bacharel em Turismo e graduando

em Direito, e minha história nos concursos se iniciou aos 23 anos, quando

em 2012, sem maior pretensão, fui aprovado para um concurso de nível

municipal em Armação de Búzios (RJ). Alguns meses depois, dei início à

minha preparação formal.

No início de 2013, fui aprovado para Analista de Fazenda da Secretaria

de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro e, em outubro daquele ano, para

Auditor Fiscal da Receita do Estado do Espírito Santo, em 3º lugar, cargo que

exerço atualmente, atuando como Subgerente na gerência responsável pelo

julgamento de processos administrativos fiscais.

Ao todo foram 11 meses de estudo como concurseiro e já são 5 anos

de atuação como professor para concursos, travando contato com diferentes

materiais e metodologias, resolvendo milhares de questões, resumindo e

esquematizando conteúdos e tendo o feedback de milhares de alunos de

dezenas de concursos diferentes.

Com base nessa experiência é possível verificar que alguns pontos da

nossa disciplina são os queridinhos das bancas. Já alguns não incidem tanto,

mas são importantes para o entendimento de outros. Por fim, há aqueles que

não tem um custo x benefício bom. São assuntos que quando caem são

errados pela maioria e acertados por uma minoria com certa sorte. rs

Enfim, além de identificar esse núcleo de tópicos que tradicionalmente

tem mais atenção das bancas, bem como aqueles que causam mais dúvidas

APRESENTAÇÃO

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entre os concurseiros, a lição mais importante aprendida em todos esses anos

é que estudar requer consistência e método.

Nesse contexto, a meta principal aqui é o de permitir rápidas

revisões sobre os principais tópicos da nossa disciplina cobrados em

concursos públicos.

Com o material que você tem em mãos será possível, por exemplo:

Ambientar-se com a nossa disciplina;

Rever em poucas horas os principais pontos da nossa matéria;

Exercitar a memória visual dos assuntos mais cobrados (contamos com

centenas de esquemas);

Reforçar conteúdos já dominados;

Aperfeiçoar elementos ainda não bem absorvidos;

Facilitar o planejamento de estudos da disciplina Direito Constitucional;

Calibrar o tempo de estudo por tópicos;

Ter uma noção geral do que é o Direito Constitucional.

Uma vez que nosso foco é a fixação de pontos centrais do conteúdo e

sua revisão por meio de sínteses, esquemas gráficos e elementos-chave,

este material será otimizado pelos concurseiros que já possuem um

conhecimento básico da disciplina Direito Constitucional.

Isso porque, nesse nível, o leitor já domina conceitos essenciais,

consegue preencher eventuais lacunas, reconhece a linha jurisprudencial

sobre os temas e compreende o Direito Constitucional dentro do sistema

maior no qual ele se insere, refinando o aprendizado.

Se você estiver partindo do zero, recomendamos nossos cursos

de teoria, jurisprudência e questões comentadas ou nossos cursos de

resumo e questões comentadas, dependendo do estilo de estudo preferido

e do perfil de cada um.

Vale a pena conferir! ;)

https://www.exponencialconcursos.com.br/cursos-por-professor/jonathas-

de-oliveira/

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Todos aqueles que já estudaram de forma competitiva para concursos

públicos (sei bem o que é isso) sabem o esforço necessário e como é bom

contar com materiais de qualidade que clareiem nosso entendimento.

Não pretendemos inventar a roda, cansar os concurseiros com mais

um “método revolucionário” de estudos (que por si só já consome nossas

energias), entupir as cabeças com falação em demasia, nem escrever um

tratado acadêmico.

O objetivo aqui é simples e direto: ser um elemento facilitador da

sua aprovação!

Contem comigo e com toda a equipe de professores do Exponencial

Concursos nesse caminho!

Grande abraço!

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Sumário ASPECTOS INTRODUTÓRIOS. TEORIAL GERAL DO ESTADO. TEORIA GERAL

DA CONSTITUIÇÃO. ............................................................................ 6

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. .............................................. 13

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS. APLICABILIDADE DAS NORMAS

CONSTITUCIONAIS. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS. ............... 20

DIREITOS SOCIAIS. DIREITOS DE NACIONALIDADE. DIREITOS POLÍTICOS.

PARTIDOS POLÍTICOS. ....................................................................... 37

ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA. UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO

FEDERAL E MUNICÍPIOS. .................................................................... 46

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ................................................................. 55

PODER LEGISLATIVO. ........................................................................ 62

PODER EXECUTIVO. ........................................................................... 79

PODER JUDICIÁRIO. .......................................................................... 86

FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA. ...................................................... 98

DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS. ................ 104

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL. REPARTIÇÃO DE RECEITAS. ............. 111

ORÇAMENTO E FINANÇAS PÚBLICAS. ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA.

..................................................................................................... 119

ORDEM SOCIAL. .............................................................................. 126

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Direito Constitucional é o ramo do Direito Público que tem por objeto

a Constituição dos Estados nacionais.

Em sentido jurídico, a Constituição é o fundamento de validade

normativa dos Estados nacionais.

O princípio da supremacia da Constituição postula que a Lei

Fundamental (Constituição) do Estado se encontra na parte mais elevada do

ordenamento jurídico, de modo que nenhuma norma pode contrariar suas

disposições normativas. Este princípio orienta toda interpretação da

Constituição, lei fundamental do Estado, que não pode ser contrariada por

nenhuma outra norma.

Temos, portanto, a seguinte relação de hierarquia:

A Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988,

apresenta a seguinte anatomia constitucional:

Norma Hipotética Fundamental

Constituição Federal de 1988 (normas originárias)

Constituição Federal de 1988 (emendas) e tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos aprovados na forma do

art. 5º, §3º

Outros tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos

(status supralegal)

Leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos

legislativos, resoluções, tratados e convenções internacionais gerais, decretos

autônomos (status legal)

Normas infralegais (decretos regulamentares, portarias, ordens de

serviço, instruções normativas e outras)

ASPECTOS INTRODUTÓRIOS. TEORIAL GERAL DO ESTADO.

TEORIA GERAL DA CONSTITUIÇÃO.

É a ideia lógica

que sustenta o

plano jurídico-

positivo

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PREÂMBULO

TÍTULO I – Dos Princípios Fundamentais (art. 1º a 4º)

TÍTULO II– Dos Direitos e Garantias Fundamentais (art. 5º a

17)

TÍTULO III – Da Organização do Estado (art. 18 a 43)

TÍTULO IV – Da Organização dos Poderes (art. 44 a 135)

TÍTULO V – Da Defesa do Estado e das Instituições

Democráticas (art. 136 a 144)

TÍTULO VI – Da Tributação e Orçamento (art. 145 a 169)

TÍTULO VII – Da Ordem Econômica e Financeira (art. 170 a

192)

TÍTULO VIII – Da Ordem Social (art. 193 a 232)

TÍTULO IX – Das Disposições Constitucionais Gerais (art. 233

a 250)

ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS

TRANSITÓRIAS (art. 1º a 97)

O Supremo Tribunal Federal adota a tese da irrelevância jurídica do

preâmbulo constitucional (ADI 2.076/AC).

Por outro lado, é cediço o caráter formalmente constitucional das

normas do ADCT (RE 160.486).

Pela classificação de José Afonso da Silva, de acordo com sua finalidade

e estrutura normativa, as normas constitucionais podem ser agrupadas em

cinco categorias, ou elementos constitucionais:

Elementos orgânicos (ex.: normas sobre a organização do Estado);

Elementos limitativos (ex.: normas sobre os direitos e garantias

fundamentais);

Elementos sócio-ideológicos (ex.: normas da ordem social);

Elementos de estabilização constitucional (ex.: normas relativas ao

controle de constitucionalidade e ao processo de intervenção);

Natureza

político-

ideológica

Natu

reza jurídic

a

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Elementos formais de aplicabilidade (ex.: normas do ADCT).

Ressalte-se que o neoconstitucionalismo, influenciou a atual

Constituição Federal e promoveu o fortalecimento dos direitos e garantias

fundamentais.

Passou-se da supremacia da lei à supremacia da Constituição, com

ênfase na força normativa do texto constitucional e na concretização das

normas nela expressas.

Teoria Geral do Estado

O Estado é instituição organizada, política, social e juridicamente, que

se destaca por três elementos centrais:

No nosso Estado, “todo o poder emana do povo” (CF/88, art. 1º,

parágrafo único), e predomina a teoria da tripartição de Poderes, herdada

da concepção de Montesquieu, em sua obra “O Espírito das Leis”, tipicamente

identificados como Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário.

Poder Funções típicas Funções atípicas

Executivo - Executar atos de administração e

chefia de Estado e de governo

- Legislar

- “Julgar”

Legislativo - Elaboração de leis

- Fiscalização contábil, financeira,

orçamentária, operacional e patrimonial

do Poder Executivo

- Executar atos de

administração

- “Julgar”

Judiciário - Julgar em caráter de definitividade - Executar atos de

administração

- Legislar

Povo (elemento humano)

Território(base física)

Governo (elemento

político condutor)

ESTADO

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Vejamos ainda mais algumas classificações importantes relativas ao

estudo geral dos Estados (deixamos preenchidos os quadros nos quais se

insere o Estado brasileiro):

Teoria Geral da Constituição

Podemos identificar na doutrina três conceitos mais destacados de

Constituição:

Conceito político – principal expoente: Carl Schimtt (diferença entre

Constituição e lei constitucional)

Conceito sociológico – principal expoente: Ferdinand Lassale

(Constituição é o somatório dos fatores reais de poder na sociedade)

Conceito jurídico – principal expoente: Hans Kelsen (Constituição é

a norma máxima do Estado)

Devemos ainda saber distinguir entre normas materialmente

constitucionais e formalmente constitucionais (a depender do caso, uma

mesma norma pode ser constitucional tanto material como formalmente).

Conceitos de teoria do Estado

Formas de Estado

Estado unitário

Federação

Simétrica ou assimétrica

Cooperativa ou dual

Por agregação ou

desagregaçãoFormas de Governo

Monarquia

República

Sistemas de Governo

Parlamentarismo

Presidencialismo

Regimes de Governo

Democrático

Autoritário

Totalitário

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Importante tema diz com a classificações das Constituições.

Realçamos em cada quadro onde se encaixa a atual Constituição Federal de

1988 de acordo com a doutrina majoritária.

Qu

an

to à

orig

em

Outorgadas

Qu

an

to à

form

a

Escritas

Promulgadas ou

democráticas

Não escritas

Cesaristas ou bonapartistas

Qu

an

to à

exte

nsão

Sintéticas

Pactuadas Analíticas

Qu

an

to à

alt

erab

ilid

ad

e Imutáveis

Qu

an

to

ao

co

nte

úd

o Materialmente

constitucionais

(Super) rígidas Formalmente

constitucionais

Semi rígidas

Qu

an

to a

o

mo

do

de

ela

bo

ração

Dogmáticas

Flexíveis ou plásticas Históricas

Qu

an

to à

co

rresp

on

dên

cia

co

m a

reali

dad

e

Normativas

Qu

an

to à

do

gm

áti

ca Ortodoxas

Nominalistas Ecléticas

Semânticas

Qu

an

to a

o

sis

tem

a

Principiológicas

Preceituais

Normas constitucionais

Normas materialmente constitucionais

Normas formalmente constitucionais

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Quanto à origem de sua decretação

Autônomas Heterônomas

Quanto à finalidade

Garantia Balanço Dirigentes

Hermenêutica Constitucional

Uma vez que a Constituição irradia o fundamento de validade do nosso

ordenamento jurídico, é de nuclear importância o trabalho de adequada

interpretação do seu texto (cuja ciência é a hermenêutica).

A hermenêutica constitucional dispõe, para esse propósito, de um

conjunto de métodos de interpretação (não são necessariamente

mutuamente excludentes), que se combinam a princípios de

interpretação.

MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO

Normativo Estruturante Unidade da Constituição

Científico Espiritual Concordância Prática ou

Harmonização

Hermenêutico Concretizador Efeito Integrador

Jurídico Justeza ou Conformidade Funcional

Tópico Problemático Força Normativa da Constituição

Máxima Efetividade

Proporcionalidade e Razoabilidade

Interpretação conforme a

Constituição

A interpretação conforme a Constituição é aplicada nos

casos em que a interpretação de uma mesma norma

pode produzir significados diversos (normas

polissêmicas).

O intuito é conduzir a interpretação da norma ao

sentido mais compatível com o texto

constitucional, afastando-a dos vieses

inconstitucionais e conservando-a no sistema

normativo (com ou sem redução de seu texto).

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Poder constituinte

Histórico ou

revolucionário, é:

De primeiro grau

Inicial*

Ilimitado*

Incondicionado

Permanente

* Exceto, parcialmente,

por questões meta

jurídicas (cultura, religião,

costumes etc.)

Questões correlatas:

Recepção

Repristinação

Desconstitucionalização

Deriva diretamente do

poder originário,

sendo:

De segundo grau

Constituído

Limitado

Condicionado

ATENÇÃO!

As Leis Orgânicas dos

Municípios não são

fruto do poder

constituinte derivado.

A Lei Orgânica do DF

sim.

É o poder que se

manifesta no fenômeno

das mutações

constitucionais.

Diferentemente dos

poderes revisor e

reformador (mutação

formal), aqui observamos

uma mutação informal.

Poder Constituinte

Originário Derivado

Revisor (esgotado)

Decorrente (CE dos Estados e LO do DF)

Reformador (Emendas à Constituição)

Difuso

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A análise da constitucionalidade de uma norma diz com sua

compatibilidade ou conformidade com a Constituição.

Esmiuçando, em razão da supremacia da Constituição Federal, não se

admite que norma hierarquicamente inferior afronte o arranjo geral, os

vetores e as regras estabelecidos pela Carta Magna.

Desse raciocínio, e retomando a “pirâmide de Kelsen”, depreende-se

que as normas dispostas pelo poder constituinte originário não são

passíveis de controle de constitucionalidade.

Também não se admite a tese de Otto Bachof de hierarquia entre

normas constitucionais originárias, o que, e tese, possibilitaria a existência

de normas constitucionais originárias inconstitucionais.

Existem diferentes tipos (ou perspectivas) de inconstitucionalidade:

De regra, a norma declarada inconstitucional é tida como nula desde

o nascedouro (efeitos ex tunc).

In

co

nsti

tucio

nali

dad

e

Por ação

Por omissão

Originária

Superveniente

Total

Parcial

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE.

Não admitida pelo STF.

Na análise de normas

editadas sob a vigência

de outras Constituições

e que porventura ainda

vigorem no atual

sistema jurídico, fala-se

em recepção ou não

recepção da norma.

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Entretanto, por razões de boa-fé e segurança jurídica, tem-se

flexibilizados tais efeitos, por exemplo:

Modulação dos efeitos da decisão no controle difuso e concentrado

(art. 27 da Lei 9.868/99) – a nulidade pode ser ex nunc;

Declaração de inconstitucionalidade sem pronúncia de nulidade

– a nulidade não é pronunciada até que sobrevenha lei ou ato

normativo substitutivo.

Outro ponto importante diz com os momentos em que pode ser

exercido o controle de constitucionalidade.

Aqui, válido destacar que por mais que a primazia seja do Judiciário,

os outros poderes podem exercer uma espécie de controle indireto, aferindo

a lei ou ato normativo (inclusive projetos de) dos quais se questiona a

constitucionalidade.

Como regra no Brasil, o controle posterior de

constitucionalidade é jurisdicional misto, ou seja, concilia dois

sistemas, o difuso e o concentrado.

Momentos de controle de

constitucionalidade

Prévio

(Preventivo)

Legislativo

Executivo

Judiciário

Posterior

(Repressivo)

REGRA

Jurisdicional misto

(difuso + concentrado)

EXCEÇÕES

Legislativo

(art. 49, V, da CF/88)

Executivo

TCU

(Súmula nº 347 do STF)

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De regra, o controle judiciário difuso é identificável em um caso

concreto, e a declaração de (in)constitucionalidade se dá de forma incidental

(incidenter tantum), prejudicialmente ao exame da questão principal.

Já o controle concentrado se manifesta pela via principal, ou seja, o

controle de constitucionalidade é a questão principal da causa discutida.

Manifesta-se por meio das seguintes ações:

Tanto no controle difuso como no concentrado deve ser observada a

cláusula de reserva de plenário:

Sistema difuso

(americano)

Verifica-se pela possibilidade de, no âmbito de suas competências, qualquer juiz ou

tribunal exercer o controle de constitucionalidade.

Sistema concentrado

(austríaco)

Verifica-se pela possibilidade de que apenas um espectro reduzido de órgãos (ou

órgão único) políticos e/ou jurisdicionais, constitucionalmente definidos, exercer o

controle de constitucionalidade.

Controle concentrado

Ação Declaratória de

Constitucionalidade (ADC)

Ação Direta de Inconstitucionalidade

(ADI)

ADI genérica

ADI por omissão (ADO)

Arguição de descumprimento

de preceito fundamental

(ADPF)

Representação Interventiva

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Quanto aos efeitos da decisão, vejamos:

[CF/88] Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato

normativo do Poder Público.

Recursos Extraordi-

nários

Norma já considerada inconstitu-cional pelo

STF

Não recepção de

norma

Interpreta-ção

conforme a Constituição

Medidas cautelares

Juiz monocráti-

co

Exceções

Declaração de inconstitucionalidade no

controle difuso

Efeitos

Regra

Inter partes

EX TUNC

Exceção

Erga omnes

Art. 52, X, da CF/88

EX NUNC

Discute-se atualmente a

tese da abstrativização do

controle difuso e de mutação

do art. 52, X, da CF/88

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Norma Parâmetro Competência para julgar

Lei ou ato normativo

federal ou estadual

CF STF

Lei ou ato normativo

estadual ou

municipal

CE TJ – Tribunal de Justiça

Lei ou ato normativo

municipal

CF De regra, inexiste controle por meio de

ADI, é possível somente o difuso. Há,

contudo, possibilidade de ADPF ou RE.

Exceção: Tribunais de Justiça podem

exercer controle concentrado de

constitucionalidade de leis municipais

utilizando como parâmetro normas da CF,

desde que se trate de normas de

reprodução obrigatória pelos Estados (RE

650.898).

Lei ou ato normativo

distrital

CF É de natureza distrital? Se sim, STF.

É de natureza municipal? Se sim, não

há controle através de ADI, só difuso.

Possível, porém, ADPF ou RE.

Lei ou ato normativo

distrital

Lei Orgânica

Distrital

TJ – Tribunal de Justiça

Lei municipal em face

da...

Lei Orgânica

do município

Sistema difuso apenas ou simples

controle de legalidade e não de

constitucionalidade (ponto não pacificado

pelo STF)

Vejamos um panorama de cada espécie de ação em sede de controle

concentrado.

Declaração de

inconstitucionalidade no controle concentrado

Efeitos

Erga omnes

Regra

EX TUNC

Exceção (modulação)

EX NUNC

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ADI GENÉRICA ADI POR OMISSÃO ADC APDF

Objeto Lei ou ato normativo

federal ou estadual (ou

distrital) editado após a

promulgação da CF/881

Norma constitucional ainda

não efetiva em razão de

omissão total ou parcial de

qualquer dos Poderes ou

órgãos administrativos

Lei ou ato normativo

federal editado após a

promulgação da CF/88

(Lei nº 9.882/99) A ADPF

tem por objeto evitar ou

reparar lesão a preceito

fundamental, resultante

de ato do Poder Público.

Cabe também ADPF quando

for relevante o fundamento

da controvérsia

constitucional sobre lei ou

ato normativo federal,

estadual ou municipal,

incluídos os anteriores à

Constituição.

Legitimados

ativos

Art. 103 da CF/88 Idem Idem Idem

Aspectos

procedimentais

Quórum de instalação →

mínimo de 8 Ministros. Sem

isso, não pode sequer

haver deliberação

Quórum de declaração →

maioria absoluta (o STF

possui 11 Ministros,

Idem Idem Idem

1 Inclui leis (em sentido amplo) federal ou estadual (ou distrital): emendas à Constituição; leis complementares; leis ordinárias; leis delegadas; medidas

provisórias; decretos legislativos (dotados de normatividade); resoluções (dotadas de normatividade), atos normativos federais ou estaduais (ou distritais); leis orçamentárias (são de efeitos concretos apenas na aparência - ADI. 4.048/DF); tratados e convenções internalizados (Rp. 803/DF); regimentos dos Tribunais Superiores ou estaduais; resoluções do TSE.

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portanto, exige-se o voto

de 6 Ministros)

Aspectos

diversos

Vincula: órgãos do Poder

Judiciário e da

Administração Pública

federal, estadual, municipal

e distrital, direta e indireta

Não vincula: o Poder

Legislativo em sua função

legiferante e o próprio STF

Não admite desistência

após sua propositura.

Admite amicus curiae.

É ambivalente com a ADC.

Poder competente: não

há prazo

constitucionalmente fixado

para a adoção de medidas,

a CF/88 fala simplesmente

que a ele será dada ciência

da omissão.

Órgão administrativo: a

ele será dada ciência da

omissão e o órgão terá 30

dias (ou,

excepcionalmente, prazo

razoável a ser fixado pelo

STF) para sanar a omissão.

Não admite desistência

após sua propositura.

Admite amicus curiae.

Vincula: órgãos do Poder

Judiciário e da

Administração Pública

federal, estadual, municipal

e distrital, direta e indireta

Não vincula: o Poder

Legislativo em sua função

legiferante e o próprio STF

Não admite desistência

após sua propositura.

Admite amicus curiae.

É ambivalente com a ADI.

Vincula: órgãos do Poder

Judiciário e da

Administração Pública

federal, estadual, municipal

e distrital, direta e indireta

Não vincula: o Poder

Legislativo em sua função

legiferante e o próprio STF

Não admite desistência

após sua propositura.

Admite amicus curiae.

Subsidiariedade.

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Disposições Gerais

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

FUNDAMENTOS

OBJETIVOS

PRINCÍPIOS DAS RELAÇÕES

INTERNACIONAIS

I- Soberania

II- Cidadania

III- Dignidade da

pessoa humana

IV- Valores

sociais do

trabalho e da livre

iniciativa

V- Pluralismo

político

I- Construir uma

sociedade livre, justa e

solidária

II- Garantir o

desenvolvimento nacional

III- Erradicar a pobreza e

a marginalização e reduzir

as desigualdades sociais e

regionais

IV- Promover o bem de

todos, sem preconceitos de

origem, raça, sexo, cor,

idade e quaisquer outras

formas de discriminação

I- Independência nacional

II- Prevalência dos direitos

humanos

III- Autodeterminação dos povos

IV- Não-intervenção

V- Igualdade entre os Estados

VI- Defesa da paz;

VII- Solução pacífica dos conflitos

VIII- Repúdio ao terrorismo e ao

racismo

IX- Cooperação entre os povos

para o progresso da humanidade

X- Concessão de asilo político

A Constituição Federal classifica o gênero “direitos e garantias

fundamentais” em cinco espécies:

O rol do art. 5º da CF/88 não é exaustivo!

Direitos e garantias fundamentais

direitos e deveres

individuais e coletivos

direitos sociais

direitos de nacionalidade

direitos políticos

direitos dos partidospolíticos

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS. APLICABILIDADE DAS NORMAS

CONSTITUCIONAIS. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS.

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Quanto à distinção entre direitos e garantias fundamentais, vejamos:

Ainda no âmbito teórico-doutrinário, temos a tradicional classificação

das dimensões/gerações dos direitos fundamentais:

Direitos prestações positivas consagradas pela Constituição

Garantias instrumentos assecuratórios da adequada prestação de direitos ou da reparação de eventual lesividade a eles

causada

1ª dimensão:

LIBERDADE – Direitos civis e políticos (primeira dimensão)

Delimitação do individual e do público.

Transição entre Estado Autoritário e Estado Liberal de Direito.

Direitos de resistência/oposição perante o Estado.

2ª dimensão:

IGUALDADE – Direitos sociais, econômicos e culturais (SEC -

segunda dimensão)

Transição entre Estado Liberal e Estado Social.

Igualdade real e não meramente formal.

3ª dimensão:

FRATERNIDADE –Direitos coletivos e

difusos (desenvolvimento,

meio ambiente equilibrado, acesso à

comunicação etc.)

Transição entre Estado Social e Estado Democrático.

Proteção do gênero humano.

4ª dimensão: Democracia direta,

pluralismo e acesso à informação

5ª dimensão:

Paz (universal), direitos virtuais,

transconsitucionalismo

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Eficácia e Aplicabilidade das Normas Constitucionais

Eficácia das normas

constitucionais

Plena

- Produzemintegralmente seus efeitos a partir da

vigência da Constituição;

- Desnecessitam de norma

infraconstitucional integradora;

- Aplicabilidade plenae imediata.

Contida

- A produção de efeitostambém é integral. No entanto, há margem

para que norma constitucional ou

infraconstitucional os limite;

- A priori, desnecessitam de

normainfraconstitucional

integradora;

- Aplicabilidade plenae imediata.

Limitada

- A produção de efeitosé reduzida (apenas os mais gerais são notados a partir da vigência da

Constituição);

- Necessitam de norma

infraconstitucional integradora;

- Aplicabilidadereduzida e mediata.

Normas de eficácia limitada

Princípios institutivos (organizativos/orgânicos)

Esboçam a organização de instituições e órgãos, e

estabelecem ainda competências, limites e

vedações aos entes.

Exemplos: art. 25; 33; 37, VII, 113; 121; 146; 161, I, dentre

outros.

Princípios programáticos

Esboçam programas e compromissos que o Estado

deve implementar, especialmente no âmbito dos chamados "direitos sociais".

Exemplos: art. 6º; 196; 205; 215, dentre outros.

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Direitos, Deveres e Garantias Individuais

Os elementos a seguir são inter relacionados de forma que, muito

embora destaquemos seu escopo principal, estão interligados com os demais.

Impende destacar que as normas definidoras dos direitos e garantias

fundamentais têm aplicação imediata (art. 5º, §1º).

Na sua regulamentação, deve ser protegido o chamado núcleo

essencial.

Além disso, os direitos e garantias expressos nesta Constituição não

excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou

dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja

parte (art. 5º, §2º).

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança

e à propriedade, nos termos seguintes:

Isonomia

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta

Constituição;

Legalidade

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão

em virtude de lei;

Dignidade e integridade

III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou

degradante;

Direito de opinião e manifestação

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de

comunicação, independentemente de censura ou licença;

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Direito de resposta e indenização

V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da

indenização por dano material, moral ou à imagem;

Inviolabilidade de crença

VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o

livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção

aos locais de culto e a suas liturgias;

VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas

entidades civis e militares de internação coletiva;

VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de

convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de

obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa,

fixada em lei;

Direito à privacidade e à intimidade

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das

pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral

decorrente de sua violação;

XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar

sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou

desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação

judicial;

XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas,

de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por

ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de

investigação criminal ou instrução processual penal;

Liberdade de profissão

XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas

as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

Direito à informação

XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo

da fonte, quando necessário ao exercício profissional;

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu

interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas

no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo

sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do estado;

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Liberdade de locomoção

XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo

qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com

seus bens;

Liberdade de reunião e de associação

XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao

público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra

reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido

prévio aviso à autoridade competente;

XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de

caráter paramilitar.

XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas

independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu

funcionamento;

XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter

suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro

caso, o trânsito em julgado;

XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer

associado;

XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm

legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;

Direitos de propriedade e de herança

XXII - é garantido o direito de propriedade;

XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por

necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e

prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta

Constituição;

XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá

usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização

ulterior, se houver dano;

XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que

trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de

débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios

de financiar o seu desenvolvimento;

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XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou

reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei

fixar;

XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:

a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução

da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;

b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que

criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas

representações sindicais e associativas;

XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio

temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à

propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos

distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico

e econômico do País;

XXX - é garantido o direito de herança;

XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada

pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre

que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

Direito do consumidor

XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;

Direito de petição

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de

taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra

ilegalidade ou abuso de poder;

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e

esclarecimento de situações de interesse pessoal;

Razoável duração do processo

LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a

razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua

tramitação.

Inafastabilidade da jurisdição

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça

a direito;

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Exceções parciais:

Segurança jurídica

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a

coisa julgada;

Princípios constitucionais penais

Gerais

XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der

a lei, assegurados:

a) a plenitude de defesa;

b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades

fundamentais;

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido

processo legal;

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados

em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e

recursos a ela inerentes;

LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal,

salvo nas hipóteses previstas em lei;

LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for

intentada no prazo legal;

Requerem esgotamento prévio da via

administrativa

Ações relativas à disciplina e às competições desportivas (CF, art. 217)

Reclamação de ato administrativo, ou de omissão da administração pública, que contraria Súmula Vinculante (Lei nº

11.471/06)

Habeas-data (exige prova de indeferimento prévio do pedido de informação de dados pessoais, ou da omissão em atendê-lo -

HD 22/DF)

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Tipicidade

XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia

cominação legal;

Irretroatividade

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

Vedação à fiança, prescrição, graça ou anistia

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível,

sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou

anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,

o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os

mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados,

civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

Pessoalidade ou instranscendência da pena

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a

obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser,

nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas,

até o limite do valor do patrimônio transferido;

Relacionados às penas

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as

seguintes:

Crimes Inafiançáveis e Imprescritíveis

Racismo

Ação de grupos armados civis ou militares contra a

ordem constitucional e o

Estado Democárico

Inafiançáveis e Insuscetíveis de graça ou anistia

(H3T)

Hediondo

Tortura

Tráfico

Terrorismo

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XLVII - não haverá penas:

Direitos dos presos

XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com

a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer

com seus filhos durante o período de amamentação;

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e

fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de

transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão

comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à

pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de

permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de

advogado;

Lista nãotaxativa

privação ou restrição da liberdade

perda de bens

multa

prestação social alternativa

suspensão ou interdição de direitos

Penas vedadas

de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX

de caráter perpétuo

de trabalhos forçados

de banimento

cruéis

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LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou

por seu interrogatório policial;

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir

a liberdade provisória, com ou sem fiança;

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo

inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do

depositário infiel;

Segundo o STF (RE 466.343/SP), na internalização de tratados e convenções

que versam sobre direitos humanos a norma pode adquirir diferentes status:

Desde 1992 o Brasil é signatário do Pacto de San José da Costa (Convenção

Americana sobre Direitos Humanos), que inadmite a prisão civil do

depositário infiel e esvaziou toda a legislação infraconstitucional que regulava

a matéria.

LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o

que ficar preso além do tempo fixado na sentença;

Crimes internacionais e extradição

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de

crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado

envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da

lei;

LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de

opinião;

Promotor natural

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade

competente;

Tratado e convenção que versa sobre direitoshumanos aprovado segundo o rito do art.5º, § 3º

Status constitucional (equivale àsemendas constitucionais)

Tratado e convenção que versa sobre direitoshumanos aprovado em rito ordinário deinternalização

Status supralegal (abaixo da Constituição,porém acima da legislaçãoinfraconstitucional)

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Presunção de inocência

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de

sentença penal condenatória;

Para o STF (HC 126.292/SP e outros), não impede a execução da pena,

inclusive a prisão, já após o julgamento de segundo grau.

Direitos dos hipossuficientes

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que

comprovarem insuficiência de recursos;

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

a) o registro civil de nascimento;

b) a certidão de óbito;

Remédios (Writs) Constitucionais

HABEAS CORPUS

Conceito

geral

Conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se

achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade

de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder

Objeto e

objetivo

Proteção ou restauração da liberdade de locomoção

Remédios constitucionais

(writs)

Habeas corpus

Habeas data

Ação Popular

Mandado de injunção

(individual e coletivo)

Mandado de segurança

(indivudal e coletivo)

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Impetrante Qualquer pessoa física (nacional ou estrangeira) ou jurídica (em

pouquíssimas circunstâncias). Pode também ser concedido de

ofício por juiz ou tribunal

Paciente Pessoa física (nacional ou estrangeira)

Coator Pessoa ou entidade, pública ou privada, cujo ato é ativo ou

omissivo (HC 95.563)

Não é

cabível para

- Punições disciplinares militares (CF/88, art. 142, §2º)

- Penas de multa (Súmula 693)

- Procedimentos judiciais em que não se discute, nem

indiretamente, a liberdade de ir e vir (HC 90.378/MS)

- Sequência de Processo Administrativo Disciplinar (HC

100.664/DF)

- Suspensão de direitos políticos (REsp 19.663/SP)

- Dilação probatória (HC 68.397-5/DF)

- Perda de patente ou de função pública (Súmula 694)

Outros

aspectos

É ação gratuita e imune de taxas (art. 5º, LXXVII)

MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL E COLETIVO

Conceito

geral

Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito

líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-

data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder

for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício

de atribuições do Poder Público

Objeto e

objetivo

Mandado de segurança individual

Proteção, preventiva ou repressiva, de direito líquido e certo,

desde que não amparado por habeas corpus ou habeas data

Mandado de segurança Coletivo

Proteção, preventiva ou repressiva, de direito líquido e certo

coletivo ou individual homogêneo, desde que não amparado por

habeas corpus ou habeas data

Impetrante Mandado de segurança individual

- pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras

- universalidades reconhecidas por lei e que tenham capacidade

processual, mesmo sem ter personalidade jurídica

- alguns órgãos públicos

- o Ministério Público

Mandado de segurança coletivo

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- partido político com representação no Congresso Nacional (para

haver representação basta 1 membro em qualquer das Casas)

- organização sindical e entidade de classe

- associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo

menos um ano

Paciente O detentor do referido direito

Coator Autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de

atribuições do Poder Público

Não será

concedido

para

- Ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo,

independentemente de caução

- Decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo

- Decisão judicial transitada em julgado (STF - Súmula nº 268)

- Lei em tese (geral e abstrata), exceto se produtora de efeitos

concretos (STF - Súmula nº 266)

- Atos de gestão comercial praticados pelos administradores de

empresas públicas, de sociedade de economia mista e de

concessionárias de serviço público

Outros

aspectos

Não é ação gratuita ou imune de taxas

Como regra, o prazo para impetração do mandado de segurança

é de cento e vinte dias, contados da ciência, pelo interessado, do

ato impugnado

Vejamos alguns entendimentos sumulados sobre o writ.

STF – Súmula nº 101 – O mandado de segurança não substitui a

ação popular.

STF – Súmula nº 629 – A impetração de mandado de segurança

coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da

autorização destes.

STF – Súmula nº 630 – A entidade de classe tem legitimação para o

mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse

apenas a uma parte da respectiva categoria.

STJ – Súmula nº 213 – O mandado de segurança constitui ação

adequada para a declaração do direito à compensação tributária.

STJ – Súmula nº 460 – É incabível o mandado de segurança para

convalidar a compensação tributária realizada pelo contribuinte.

MANDADO DE INJUNÇÃO

Conceito

geral

Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma

regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e

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liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à

nacionalidade, à soberania e à cidadania

Objeto e

objetivo

Viabilizar o exercício de direito e liberdades constitucionais e das

prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania

Impetrante Mandado de injunção individual

- Pessoa física ou jurídica titular dos direitos e liberdades

Mandado de injunção coletivo

- Partido político com representação no Congresso Nacional;

- Organização sindical e entidade de classe;

- Associação que esteja constituída há pelo menos 1 ano

Paciente O titular dos referidos direitos e liberdades

Coator Poder, órgão, entidade ou autoridade competente para

regulamentar a norma de eficácia limitada

Outros

aspectos

Não é ação gratuita ou imune de taxas

Nos seus posicionamentos mais recentes (vide MI 712/PA), o STF

adotou a via concretista geral

HABEAS DATA

Conceito

geral

Conceder-se-á "habeas-data":

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à

pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de

dados de entidades governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por

processo sigiloso, judicial ou administrativo;

Objeto e

objetivo

- Assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do

impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de

entidades governamentais ou de caráter público

- Retificar de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo

sigiloso, judicial ou administrativo

Impetrante Qualquer pessoa física ou jurídica de cuja informação se trate

Paciente O impetrante

Coator Entidade pública ou privada na qual estejam registrados os dados

Não é

cabível para

- Punições disciplinares militares (CF/88, art. 142, §2º)

- Penas de multa (Súmula nº 693)

- Procedimentos judiciais em que não se discute, nem

indiretamente, a liberdade de ir e vir (HC 90.378/MS)

- Sequência de Processo Administrativo Disciplinar (HC

100.664/DF)

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- Suspensão de direitos políticos (REsp 19.663/SP)

- Dilação probatória (HC 68.397-5/DF)

- Perda de patente ou de função pública (Súmula nº 694)

Outros

aspectos

É ação gratuita e imune de taxas (art. 5º, LXXVII)

AÇÃO POPULAR

Conceito

geral

Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que

vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de

que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio

ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor,

salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da

sucumbência

Objeto e

objetivo

Anular o ato lesivo à moralidade administrativa, ao meio ambiente

e ao patrimônio histórico e cultural (CF/88) e reparar o dano (Lei

nº 4.717/65)

Impetrante Qualquer cidadão (brasileiro nato ou naturalizado)

Paciente O impetrante

Coator Pessoas físicas ou jurídicas que pratiquem ou se beneficiem do

ato lesivo (ou potencialmente lesivo)

Outros

aspectos

É ação gratuita e imune de taxas, salvo comprovada má-fé

O prazo prescricional da ação popular é de 5 anos, ressalvada

ação de ressarcimento ao erário

AÇÃO CIVIL PÚBLICA

Conceito

geral

Ação para a proteção do patrimônio público e social, do meio

ambiente e de outros interesses difusos e coletivos

Objeto e

objetivo

Tutelar, dentre outros interesses difusos e coletivos (rol não

taxativo), ações relacionadas:

- ao meio ambiente;

- ao consumidor;

- a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e

paisagístico;

- à ordem econômica;

- à ordem urbanística.

Legitimados

ativos

- o Ministério Público;

- a Defensoria Pública;

- a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

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- a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de

economia mista;

- a associação que, concomitantemente:

a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei

civil;

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção aos

objetos acima relacionados

Legitimados

passivos

Pessoas físicas ou jurídicas que lesionem ou ameacem lesionar os

bens tutelados

Não é

cabível para

Pretensões que envolvam:

- tributos e contribuições previdenciárias;

- o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço;

- FGTS ou outros fundos de natureza institucional cujos

beneficiários podem ser individualmente determinados

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Direitos Sociais

Os direitos sociais são de segunda dimensão.

Regra geral, costumam ter sua exigibilidade condicionada à prévia

integração pela legislação infraconstitucional, ou seja, tem aplicabilidade

reduzia, mediata.

Na sua efetivação devem ser ainda observados dois aspectos:

Impera ainda a vedação ao retrocesso social, vale dizer, em tema

de direitos fundamentais de caráter social, não podem ser desconstituídas as

conquistas já alcançadas pelo cidadão e pela sociedade (ARE 639337 AgR).

De acordo com a CF/88 (art. 6º), são direitos sociais:

MÍNIMO EXISTENCIAL

• Impõe o dever do poder público de garantir o mínimo necessário para a existência

digna da população

RESERVA DO (FINANCEIRAMENTE)

POSSÍVEL

• Os direitos sociais assegurados na Constituição Federal devem ser efetivados pelo poder público, porém, na

medida em que isso seja possível (viável, em especial,

financeiramente)

DIREITOS SOCIAIS. DIREITOS DE NACIONALIDADE. DIREITOS

POLÍTICOS. PARTIDOS POLÍTICOS.

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Ao longo do art. 7º da nossa Carta Magna temos o que parte da

doutrina denomina direitos individuais dos trabalhadores (urbanos e

rurais), uma vez que a ênfase recai sobre o indivíduo enquanto parte da

relação de trabalho.

Destacam-se (nem todos são aplicáveis aos servidores públicos):

art. 7º, I relação de emprego protegida contra despedida arbitrária

ou sem justa causa, nos termos de lei complementar,

que preverá indenização compensatória, dentre outros

direitos

art. 7º, II seguro-desemprego, em caso de desemprego

involuntário

Art. 7º, III fundo de garantia do tempo de serviço

art. 7º, IV salário mínimo

art. 7º, VII garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os

que percebem remuneração variável

art. 7º, VIII décimo terceiro salário com base na remuneração integral

ou no valor da aposentadoria

art. 7º, IX remuneração do trabalho noturno superior à do diurno

art. 7º, XII salário-família pago em razão do dependente do

trabalhador de baixa renda nos termos da lei

Direitos sociais

Educação

Saúde

Alimentação

Trabalho

Moradia

Transporte

Lazer

Segurança

Previdência social

Proteção à maternidade e à infância

Assistência aos desamparados

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art. 7º, XIII duração do trabalho normal não superior a oito horas

diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a

compensação de horários e a redução da jornada, mediante

acordo ou convenção coletiva de trabalho

art. 7º, XV repouso semanal remunerado, preferencialmente aos

domingos

art. 7º, XVI remuneração do serviço extraordinário superior, no

mínimo, em cinquenta por cento à do normal

art. 7º, XVII gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um

terço a mais do que o salário normal

art. 7º,

XVIII

licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário,

com a duração de cento e vinte dias

art. 7º, XIX licença-paternidade

art. 7º, XX proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante

incentivos específicos, nos termos da lei

art. 7º,

XXIII

adicional de remuneração para as atividades penosas,

insalubres ou perigosas, na forma da lei

art. 7º, XXII redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de

normas de saúde, higiene e segurança

art. 7º, XXX proibição de diferença de salários, de exercício de

funções e de critério de admissão por motivo de sexo,

idade, cor ou estado civil

art. 7º,

XXXIII

proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a

menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de

dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir

de quatorze anos

Ao longo dos art. 8º a 11 temos o que parte da doutrina denomina

direitos coletivos dos trabalhadores, uma vez que a ênfase recai sobre o

conjunto de trabalhadores.

Nesse âmbito destaca-se a atuação dos sindicados, a quem cabe a

defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria. Nesse

contexto:

a lei não pode exigir autorização (pode exigir apenas registro) do

Estado para fundação de sindicato, vedadas ao Poder Público a

interferência e a intervenção.

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não pode haver mais de um sindicato da mesma categoria profissional

ou econômica, na mesma base territorial (que não pode ser inferior a

um Município).

ninguém pode ser obrigado a se filiar ou a manter-se filiado a sindicato

o aposentado filiado pode votar e ser votado.

é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro

da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se

eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo

se cometer falta grave nos termos da lei.

é assegurado o direito de greve.

Nacionalidade

Pode ser:

O tema está regulado no art. 12 da CF/88, que dispõe:

Primária (ou Originária)

Resulta de fato natural: nascimento

Secundária (Adquirida)

Resulta de fato voluntário: naturalização

A lei pode:

- Definir os serviços ou atividades essenciais

- Dispor sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da

comunidade

- Sujeitar os responsáveis por eventuais abusos a penas

No âmbito da administração pública não podem exercer greve:

Os militares (art.142, §3º) + servidores públicos que atuam

diretamente na segurança pública (ARE 654.432)

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Ao contrário do que ocorre em outros países, no sistema jurídico-

constitucional pátrio não é cabível a aquisição da nacionalidade brasileira

como efeito direto e imediato resultante do casamento civil (jure matrimonii).

Tema recorrente é o fato de que nem todos os cargos são acessíveis

aos brasileiros naturalizados:

São brasileiros (art. 12)

Nascidos na República

Federativa do Brasil

Nascidos no estrangeiro, de

pai brasileiro ou mãe brasileira

NATOS

ainda que de pais

estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país

[critério jus soli]

desde que qualquer

deles esteja a serviço

da República Federativa

do Brasil

[critério jus sanguini]

desde que sejam registrados em

repartição brasileira competente ou

venham a residir na República

Federativa do Brasil e optem, em

qualquer tempo, depois de atingida a

maioridade, pela nacionalidade

brasileira

3

2

1

NATURALIZADOS

Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos

originários de países de

língua portuguesa apenas residência por um ano

ininterrupto e idoneidade moral

[naturalização ordinária]

Os estrangeiros de qualquer

nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem

condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade

brasileira

[naturalização quinzenária]

§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao

brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. [português equiparado – cláusula ut des] Não é naturalização, é equiparação!

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Já a perda da nacionalidade do brasileiro pode ocorrer:

se o brasileiro naturalizado tiver cancelada sua naturalização, por

sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;

se o brasileiro nato ou naturalizado adquirir outra nacionalidade,

salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária

pela lei estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela norma

estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como

condição para permanência em seu território ou para o exercício de

direitos civis.

Direitos políticos

São direitos de primeira dimensão.

Normalmente, são classificados em positivos ou negativos:

Só brasileiro nato pode

ser

Presidente e Vice-Presidente da República

Presidente da Câmara dos Deputados

Presidente do Senado Federal

Ministro do Supremo Tribunal Federal

Da carreira diplomática

Oficial das Forças Armadas

Ministro de Estado da Defesa

Podem exercer o

cargo de Presidente

da República

(art. 80)

Cargo estratégico:

relações exteriores

Cargos estratégicos:

defesa nacional

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As disposições mais cobradas reforçam que:

Não podem se alistar como eleitores (inalistáveis):

Estrangeiros + Conscritos (durante o período do serviço militar

obrigatório)

Não podem se eleger (absolutamente inelegíveis):

D

I

R

E

I

T

O

S

P

O

L

Í

T

I

C

O

S

Positivos

Capacidade eleitoral ativa

(alistabilidade - art. 14, §§ 1º)

Capacidade eleitoral passiva

(elegibilidade - art. 14, §3º)

Direito ao sufrágio

(art. 14, I, II e III)

Outros

(vide art. 17 - criação de partidos políticos)

Negativos

Inelegibilidade

(absoluta ou relativa - art. 14, §§4º, 7º, 8º e 9º)

Suspensão

(art. 15, II, III e V)

Perda

(art. 15, I e IV)

Alistamento eleitoral e voto

Obrigatório Maiores de 18 anos

Facultativo

Analfabetos

Maiores de 70 anos

Maiores de 16 e menores de 18 anos

ABSOLUTAMENTE INELEGÍVEIS

INALISTÁVEIS ANALFABETOS

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Por outro lado, são relativamente inelegíveis:

(art. 14, §5º) o Presidente da República, os Governadores de Estado e

do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou

substituído no curso dos mandatos, para mais de 1 mandato

subsequente.

(art. 14, §6º) o Presidente da República, os Governadores de Estado e

do Distrito Federal e os Prefeitos que queiram concorrer a outros

cargos e não renunciem até 6 meses antes do pleito.

(art. 14, §7º) no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os

parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção,

do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do

Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos

seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo

e candidato à reeleição.

Já o militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

I - se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da

atividade;

II - se contar mais de 10 anos de serviço, será agregado pela autoridade

superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para

a inatividade.

Para ser eleito, é preciso ainda observar:

Para ser eleito é preciso

a nacionalidade brasileira

o pleno exercício dos direitos políticos

o alistamento eleitoral

o domicílio eleitoral na circunscrição

a filiação partidária

a idade mínima de:

35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador

30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito

Federal

21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital,

Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz

18 anos para Vereador

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Por fim, sobre a perda e suspensão dos direitos políticos, temos que:

Partidos Políticos

É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,

resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o

pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados

os seguintes preceitos:

I - caráter nacional;

II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo

estrangeiros ou de subordinação a estes;

III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;

IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei;

V - necessidade de registro de seus estatutos no TSE.

Apesar da autonomia, os partidos políticos não podem celebrar

coligações nas eleições proporcionais (ex.: para deputados e vereadores).

Também não podem utilizar organização paramilitar.

Perda dos direitos políticos

Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado

Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ouprestação alternativa

Suspensão dos direitos políticos

Incapacidade civil absoluta

Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos

Improbidade administrativa

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A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil

compreende:

Reorganização territorial de Estado Reorganização territorial de

Município

Lei complementar federal

Independe de Estudo de

Viabilidade

Demanda plebiscito

Lei estadual dentro de período

determinado por Lei

complementar federal

Depende de Estudo de

Viabilidade

Demanda plebiscito

ORGANIZAÇÃO POLÍTICO ADMINISTRATIVA. UNIÃO, ESTADOS,

DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS.

Estado brasileiro

União Estados

DF Municípios

Entes federados

Todos autônomos Não soberanos Vedações gerais (art. 19 da CF/88)

FUSÃO

Dois ou mais entes de

incorporam, criando um

ente novo. O ente

original deixa de existir.

Territórios não

são autônomos

Se/quando criados, integram a União.

A SOBERANIA é da República Federativa do Brasil (art. 1º, I, da CF/88)

No caso de Estados e Municípios pode haver

CISÃO

Um ente se subdivide

em dois ou mais entes

novos. O ente original

de existir.

DESMEMBRAMENTO

Pode ser:

Formação (a parte

desmembrada de um

ente gera um novo)

Anexação (a parte

desmembrada de um

ente é anexada a outro

já existente.

(auto) Organização

(auto) Legislação

(auto) Governo

(auto) Administração

É vedada a divisão do DF em Municípios (art. 32)!

Territórios podem ser divididos em Municípios (art. 33, §1º)!

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Bens da União e dos Estados

Bens da União (art. 20) Bens dos Estados (art. 26)

os que atualmente lhe pertencem e

os que lhe vierem a ser atribuídos

-

as terras devolutas indispensáveis

à defesa das fronteiras, das

fortificações e construções

militares, das vias federais de

comunicação e à preservação

ambiental, definidas em lei

as terras devolutas não

compreendidas entre as da

União

os lagos, rios e quaisquer correntes

de água em terrenos de seu

domínio, ou que banhem mais de

um Estado, sirvam de limites com

outros países, ou se estendam a

território estrangeiro ou dele

provenham, bem como os terrenos

marginais e as praias fluviais

as águas superficiais ou

subterrâneas, fluentes, emergentes

e em depósito, ressalvadas, neste

caso, na forma da lei, as

decorrentes de obras da União

as ilhas fluviais e lacustres nas

zonas limítrofes com outros países;

as praias marítimas; as ilhas

oceânicas e as costeiras, excluídas,

destas, as que contenham a sede

de Municípios (ex.: Florianópolis/SC

e Vitória/ES), exceto aquelas

áreas afetadas ao serviço

público e a unidade ambiental

federal

as ilhas fluviais e lacustres não

pertencentes à União

+

as áreas, nas ilhas oceânicas e

costeiras, que estiverem no seu

domínio, excluídas aquelas sob

domínio da União, Municípios ou

terceiros

os recursos naturais da plataforma

continental e da zona econômica

exclusiva

o mar territorial -

os terrenos de marinha e seus

acrescidos

-

os potenciais de energia hidráulica -

os recursos minerais, inclusive os

do subsolo

-

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as cavidades naturais subterrâneas

e os sítios arqueológicos e pré-

históricos

-

as terras tradicionalmente

ocupadas pelos índios

-

Repartição de competências

Compete ainda aos Municípios, além de legislar sobre assuntos de

interesse local (art. 30, I), suplementar a legislação federal e a estadual no

que couber (art. 30, II).

Competência

Material

(Adminis-trativa)

Exclusiva(art. 21)

Competência indelegável. Somente a União pode exercê-la, sem qualquer participação, mesmo subsidiária, dos demais

entes.

Comum

(art. 23)

Todos os entes podem exercê-la, sem qualquer

preferência de ordem.

Legislativa

Exclusiva(art. 25, §§1º

e 2º)

Competência indelegável. Somente os Estados podem

exercê-la, sem qualquer participação, mesmo subsidiária,

dos demais entes.

Privativa

(art. 22)

Competência parcialmente delegável. A União prevalece

ao legislar sobre as matérias. No entanto, pode, por Lei

Complementar, autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas.

Concorrente

(art. 24)

Todos os entes podem exercê-la, havendo a seguinte preferência de ordem: a União

limita-se a legislar sobre normas gerais

Suplementar(art. 24, §§2º

e 3º)

suplementar complementar –existe lei federal sobre a matéria, os Estados e DF

simplesmente as completam

suplementar supletiva –inexiste lei federal; os Estados e

o DF passam a dispor, temporariamente, de

competência plena sobre a matéria

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Regra geral, a Constituição Federal construiu a seguinte arquitetura na

discriminação de competências:

Ente Discriminação

União Enumerada

Estados Remanescente (residual)

Distrito Federal Enumerada + remanescente (residual)

Municípios Enumerada

Deve-se atentar sobretudo para os pontos a seguir, costumeiramente

objeto de pegadinhas em concursos:

Art. 22, I

Competência privativa da União

D. Civil

D. Comercial

D. Penal

D. Processual

D. Eleitoral

D. Agrário

D. Marítimo

D. Aeronáutico

D. Espacial

D. Trabalho

Art. 24, I e XI

Competência concorrente(União, Estados e DF)

D. Tributário

D. Financeiro

Direito Penitenciário

Direito Econômico

Produção e consumo

Procedimentos em matéria processual

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Imperioso também destacar (o que sempre é cobrado em concursos)

que no âmbito da legislação concorrente à União compete estabelecer normas

gerais.

Traçado esse panorama, vejamos outras especificidades acerca dos

entes federados e dos territórios.

Art. 22, XXIII

Competência privativa da União

Seguridade Social

Art. 24, XII

Competência concorrente(União, Estados e DF)

Previdência Social e defesa da Saúde

Art. 22, XXV

Competência privativa da União

Registros públicos

Art. 24, III

Competência concorrente(União, Estados e DF)

Juntas comerciais

Legislação concorrente

REGRA

União estabelece normas gerais

Estados suplementam as normas gerais

EXCEÇÃO

(inexistência de lei federal de normas

gerais)

Estados legislam plenamente

Superveniência

de lei federal

(normas

gerais)

Suspende a

eficácia da lei

estadual no

que lhe for

contrário

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Nº de Deputados

Federais na Câmara dos

Deputados

Nº de Deputados na

Assembleia/Câmara

Legislativa

TOTAL

(Deputados

Estaduais)

8 3 x 8 24

15 3 x 12 (36) + 3 (nº acima de doze)

39

70 3 x 12 (36) + 58 (nº acima de doze)

94

Subsídio dos Deputados Estaduais lei de iniciativa da Assembleia

Legislativa no máximo, 75% daquele estabelecido para os Deputados

Federais

Estado Além da CF, é regido por Constituição Estadual

DF Além da CF, é regido por Lei Orgânica (votada e 2 turnos, interstício

mínimo de 10 dias, aprovada por pelo menos 2/3 da Câmara Legislativa)

Município (votada e 2 turnos, interstício mínimo de 10 dias, aprovada

por pelo menos 2/3 da Câmara Municipal)

Manifestações do poder constituinte derivado decorrente.

Não é manifestação do poder constituinte derivado decorrente. É um

poder de terceiro grau.

Os Estados:

Detêm as competências que não lhes sejam vedadas pela Constituição

Federal.

Podem explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços

locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida

provisória para a sua regulamentação.

Podem, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas,

aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos

de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento

e a execução de funções públicas de interesse comum.

As Câmaras Municipais devem observar os limites abaixo na sua

composição:

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Início: 9 Vereadores Municípios com até 15.000 habitantes

Fim: 55 Vereadores Municípios com mais de 8.000.000

habitantes

A gradação do início ao fim não é inteiramente proporcional

Subsídio dos Vereadores lei de iniciativa da Câmara Municipal

Início: Municípios com até 10.000 habitantes limite do subsídio

dos Vereadores = 20% do subsídio dos Deputados Estaduais

Fim: Municípios com mais de 500.000 habitantes limite do

subsídio dos Vereadores = 75% do subsídio dos Deputados

Estaduais

O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os

subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos, não poderá

ultrapassar os limites:

Limite inicial: Municípios com até 100.000 habitantes 7% das

receitas e transferências tributárias

Limite final: Municípios com mais de 8.000.001 habitantes

3,5% das receitas e transferências tributárias

Especificamente as Câmaras Municipais devem observar ainda:

Limite de despesa com remuneração de Vereadores

Limites de despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os

subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com inativos

Limite de despesa da Câmara Municipal com folha de pagamento,

incluído o gasto com o subsídio de seus Vereadores

5% da receita do Município

7% e 3,5% (extremos) das receitas e

transferências tributárias

70% da receita da Câmara

Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas

aos Estados e Municípios.

Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do

Governador, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância,

membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá

sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.

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Intervenção Federal e Estadual

Muito embora os entes sejam autônomos, a Constituição enumera

taxativamente situações em que se admite o mecanismo excepcional e

drástico de supressão (temporária) da autonomia de um ente por parte

de outro. Trata-se das hipóteses de intervenção.

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto

para:

manter a integridade nacional

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito

Federal [...]

repelir invasão estrangeiraou de uma unidade da Federação

em outra

No primeiro caso, visa a restaurar a integridade perturbada. Já no

segundo, a ênfase é evitar desequilíbrios entre os entes.

pôr termo a grave comprometimento da ordem

pública

Não é relevante a causa do comprometimento da ordem, basta

sua ocorrência e permanência duradoura.

garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da

Federação

Trata-se de coação indevida sobre algum dos Poderes, inclusive sobre o

Executivo.

reorganizar as finanças da unidade da Federação que:

a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de

força maior;

b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias

fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei;

A causa aqui é simples: desorganização administrativa.

prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial

Inciso bem literal. Dificilmente isto será alvo de questões, mas destaque-se não é toda lei federal de que trata a norma, e sim, em regra, aquela cuja

recusa na execução acarreta prejuízos generalizados à sociedade.

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Agora vejamos as possibilidades de intervenção por parte dos Estados

e da União nos municípios localizados em Territórios:

Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municípios, nem a União nos

Municípios localizados em Território Federal, exceto quando:

Resumidamente, portanto, existem dois níveis de intervenção:

assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

b) direitos da pessoa humana;

c) autonomia municipal;

d) prestação de contas da administração pública, direta e

indireta.

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos

estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do

ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.

Estes são os denominados princípios constitucionais sensíveis.

Intervenção por parte dos

Estados (e União nos municípios em Territórios) se dá quando (art. 35)

deixar de ser paga, sem motivo de força maior, pordois anos consecutivos, a dívida fundada

não forem prestadas contas devidas, na forma da lei

não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receitamunicipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde

o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de

princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão

judicial

União (art. 34)

Estados e DFMunicípios localizados em Território Federal

Estados (art. 35)

Municípios

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São princípios expressos da administração pública:

Legalidade

Art. 5º, II: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”

Para os particulares, a regra é a autonomia davontade (é lícito fazer tudo aquilo que a lei não proíba).

Já a Administração Pública não tem vontade autônoma, estando vinculada às determinações da lei

Atos praticados contra a lei ou além da lei são atos inválidos e podem ter sua invalidade decretada pela

própria Administração que os editou (autotutela administrativa/sindicabilidade) ou pelo Poder Judiciário

Impessoalidade

Toda atuação da Administração deve visar ao interesse público, e não tem como finalidade a

satisfação de interesses pessoais

Vedação a que o agente público se promova às custas das realizações da Administração Pública

Moralidade

A moral administrativa difere da moral comum, uma vez que é jurídica e objetiva e pela possibilidade de invalidação (anulação, seja pela Administração, como

pelo Poder Judiciário, se provocado) dos atos administrativos que sejam praticados em inobservância

deste princípio

Publicidade

Exige-se transparência da atuação administrativa. Em tese, assim é possibilitado, da forma mais ampla

possível, o controle da Administração Pública pelos administrados

Em sentido mais estrito, é a exigência de publicaçãooficial (como requisito de eficácia) dos atos

administrativos que devam produzir efeitos externos e dos atos que impliquem ônus para o patrimônio público

Eficiência

No que concerne à atuação do agente público, espera-se o melhor desempenho possível de suas atribuições e

a obtenção dos melhores resultados (com economicidade)

Em relação ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a administração pública, exige-se que este seja o mais

racional possível

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

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Em relação à investidura em cargos públicos, temos duas

possibilidades:

O prazo de validade do concurso público será de até 2 anos,

prorrogável por mais 2 anos.

Temos também uma importante distinção em razão da natureza do

cargo ocupado:

Investidura

Cargos/empregos públicos de

provimento efetivo

depende sempre de aprovação em concurso público de provas ou de provas e

títulos

Cargos/empregos públicos de

provimento precário

mesmo sem aprovação em concurso, pode haver

investidura no caso dos cargos em comissão (art.

37, II) e de contratação por tempo determinado para atender a necessidade

temporária de excepcional interesse público (art. 37,

IX)

FUNÇÃO DE CONFIANÇA

Devem ser ocupadas apenaspor servidores efetivos?

Sim

CARGO EM COMISSÃO

Devem ser ocupados apenaspor servidores efetivos?

Parcialmente, nas condições e percentuais mínimos previstos

em lei

Cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos

brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei,

assim como aos estrangeiros, na forma da lei

Somente DIREÇÃO / CHEFIA / ASSESSORAMENTO

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Em relação à remuneração dos cargos públicos, temos como limite

geral o chamado teto constitucional (aplicável à administração direta e à

indireta, inclusive às empresas públicas e sociedades de economia mista que

recebam recursos públicos):

LIMITE GERAL LIMITES ESPECÍFICOS

Poder Executivo

(exceto Procuradores

e Defensores Públicos)

SUBSÍDIO DOS

MINISTROS DO

STF

(X)

Teto

constitucional

Estados + DF: Subsídio do

Governador (ver art. 37, §12)

Municípios: Subsídio do Prefeito

Poder Legislativo Estados + DF: Subsídio dos

Deputados Estaduais ou Distritais

Poder Judiciário Estados + DF: Subsídio dos

Desembargadores dos Tribunais de

Justiça (0,9025X)

Outros ressalvados

pelo inciso XI

(Ministério Público,

Procuradores e

Defensores Públicos)

Subsídio dos Desembargadores dos

Tribunais de Justiça (0,9025X)

No âmbito da remuneração na administração pública destacam-se

também as seguintes regras:

os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário

não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies

remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço

público;

os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão

computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos

ulteriores;

o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos

públicos são (nominalmente) irredutíveis.

Não serão computadas, para efeito do teto constitucional, as parcelas

de caráter indenizatório previstas em lei.

Observado o teto constitucional, é vedada a acumulação remunerada

de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários:

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Outras regras importantes:

Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos

direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos

bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em

lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado

prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus

agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito

de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Caso o servidor público da administração direta, autárquica e

fundacional seja eleito para mandato eletivo aplica-se o seguinte:

Acumulação remunerada de cargos públicos

(havendo compatibilidade de

horários)

2 cargos de professor (art. 37, XVI, "a")

1 cargo de professor + 1 cargo técnico ou científico (art. 37, XVI, "b")

2 cargos ou empregos privativos de profissionaisde saúde, com profissões regulamentadas (art. 37,

XVI, "c")

1 cargo público + Mandato de vereador (art. 38, III)

1 cargo de Magistrado + 1 cargo no Magistério(art. 95, parágrafo único, I)

1 cargo de Procurador do Ministério Público + 1 cargo no Magistério (art. 128, §5º, II, "d")

Servidor

+ Mandato eletivo

REGRA

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará

afastado de seu cargo, emprego ou função

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou

função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração

EXCEÇÃO

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não

havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso II

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Sobre a estabilidade no serviço público, são estáveis após 3 anos

de efetivo exercício (e após avaliação especial de desempenho) os

servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de

concurso público.

O servidor público estável só perderá o cargo:

Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor

estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável,

reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em

outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao

tempo de serviço.

Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor

estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao

tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Por fim, no âmbito da aposentadoria no serviço público, aos

servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado

regime de previdência próprio/específico. É o RPPS (Regime Próprio de

Previdência Social).

Aos servidores exclusivamente comissionados, temporários e

empregados públicos, aplica-se o regime geral, o RGPS.

A perda de cargo do servidor estável

pode ocorrer

em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar,

assegurada ampla defesa.

[Art. 169, §4º] Se as medidas adotadas [para o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal] não forem suficientes [...], desde que ato normativo

motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da

redução de pessoal.

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Sobre o RPPS:

Desde a promulgação da CF/88, a previdência social passou por três

expressivas reformas: a primeira, mediante a Emenda Constitucional nº

20/1998, a segunda, por meio da Emenda Constitucional nº 41/2003, e a

terceira por meio da EC nº 103/2019.

Até o advento da EC nº 41/2003, aqueles que ingressaram no serviço

público antes de sua vigência podiam (podem) se aposentar com proventos

integrais, a chamada integralidade.

Após o advento da EC nº 41/2003, os ingressantes no serviço público

podiam (podem) se aposentar pela regra de proventos proporcionais.

A partir de 2012, com fundamento nos §§14, 15 e 16 do art. 37 da

CF/88, no âmbito da União (Lei nº 12.618/2012) e de alguns outros entes,

começaram a ser instituídos e regulamentados os regimes de previdência

complementar. Com o advento de tal regime nesses entes, os ingressantes

no serviço público após sua instituição podem se aposentar no máximo com

o limite remuneratório do regime geral (RGPS), acrescido do montante que

conseguirem agregar pela previdência complementar.

Regime Próprio de Previdência Social

Vedada a existência de mais de um regime

próprio de previdência social para os servidores

titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora

do respectivo regime em cada ente estatal. (art.

40, §20)

A lei não poderá estabelecer qualquer

forma de contagem de tempo de contribuição fictício. (art. 40, §10)

Apenas as contribuições efetivas são computadas para fins de cálculo dos

proventos.

É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a

concessão de aposentadoria pelo RPPS, ressalvados, nos termos

definidos em leis complementares, os casos

de servidores:

Solidário

Todos (ente público,

servidores ativos, inativos e

pensionistas) contribuem para

a sustentação do Regime

* Uma diferença: no RGPS

não incide contribuição sobre

aposentadorias e pensões

Contributivo

Por meio das espécies

tributárias do gênero

Contribuições Especiais

(Sociais - Para Seguridade

Social)

I – portadores de deficiência;

II – que exerçam atividades de risco;

III - cujas atividades sejam exercidas sob condições

especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade

física. (art. 40, §4º)

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Por seu turno, a EC nº 103/2019 trouxe algumas novidades,

destacando-se o estabelecimento, como regra geral, de idade mínima de 62

anos para mulheres e 65 anos para homens (após o período de transição),

excetuadas algumas categorias.

Minúcias a respeito das mudanças nas regras previdenciárias não são

cobradas em Direito Constitucional.

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Temos o seguinte quadro geral do Poder Legislativo:

União Estados e DF Municípios

Legislativo Bicameral: o

Congresso Nacional

é composto do

Senado Federal +

Câmara dos

Deputados

Unicameral:

Assembleia

Legislativa

(Deputados

Estaduais) ou

Câmara

Legislativa

(Deputados

Distritais)

Unicameral:

Câmara

Municipal

(Vereadores

Municipais)

Nosso estudo é centrado no âmbito da União, muito embora, por

simetria, a maior parte das disposições seja aplicáveis nos demais entes.

Congresso Nacional

Câmara dos Deputados

Representantes do Povo

Eleição pelo Sistema Proporcional

Mandato de 4 anos

Em cada Estado ou DF

Mín. 8 Deputados

Máx. 70 Deputados

Territórios terão 4 deputados

Senado Federal

Representantes dos Estados e DF

Eleição pelo Sistema Majoritário

Mandato de 8 anos renovando a cada 4 anos por 1/3 e 2/3

3 Senadores por Estado ou DF

Cada Senador terá 2 Suplentes

PODER LEGISLATIVO.

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Vejamos as competências do Poder Legislativo que mais merecem

destaque:

CONGRESSO NACIONAL COM A SANÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Legislar sobre:

I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;

II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de

crédito, dívida pública e emissões de curso forçado;

III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas;

V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da

União;

VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou

Estados, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas;

VII - transferência temporária da sede do Governo Federal;

VIII - concessão de anistia;

XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública;

XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal

CONGRESSO NACIONAL SEM A SANÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que

acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional;

II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, a

permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele

permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei

complementar;

Legislatura

• Período de 4 anos que se inicia com a posse dos Deputados e Senadores

Federais (estes, quando recém eleitos)

Sessão legislativa

• Período de 1 ano: - 2 fevereiro a 17 julho

(seguido de recesso) - 1 agosto a 22 dezembro

(seguido de recesso)

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III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem do

País, quando a ausência exceder a quinze dias;

IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio,

ou suspender qualquer uma dessas medidas;

V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder

regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;

IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar

os relatórios sobre a execução dos planos de governo;

XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;

CÂMARA DOS DEPUTADOS SEM A SANÇÃO DO PRESIDENTE DA

REPÚBLICA

I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra

o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;

II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não

apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da

sessão legislativa;

Câmara dos Deputados (representantes do povo)

Crime de responsabilidade

Julgamento pelo Senado Federal (Presidido pelo

Presidente do STF)

Crime comum

Julgamento pelo STF

Juízo de admissibilidade

da acusação ofertada

contra o Presidente da

República ou demais

agentes

Infrações de

índole político-

administrativa

Podem sujeitar o

autor a

impeachment

Infrações de índole

penal e eleitoral

Podem sujeitar o

autor à prisão

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SENADO FEDERAL SEM A SANÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Destacam-se:

(i) atribuições de julgamento de diversos agentes públicos nos crimes de

responsabilidade

(ii) aprovações de indicados pelo Presidente da República

(iii) atuações no campo do direito tributário e financeiro

Sobre os dois primeiros pontos, vejamos:

Agente Quem julga?

Presidente e Vice-

Presidente da

República

infração penal comum STF (art. 102, I, “b”);

crime de responsabilidade Senado Federal (art. 52, I).

Ministro de Estado

infração penal comum e responsabilidade STF (art. 102, I,

"c”);

crime de responsabilidade conexo com o praticado pelo

Presidente da República ou seu Vice Senado Federal (art.

52, I); se não conexo, STF.

Comandantes da

Marinha do Exército

e da Aeronáutica

infração penal comum e responsabilidade STF (art. 102, I,

"c”);

crime de responsabilidade conexo com o praticado pelo

Presidente da República ou seu Vice Senado Federal (art.

52, I); se não conexo, STF.

Ministro do STF infração penal comum STF (art. 102, I, “b”);

crime de responsabilidade Senado Federal (art. 52, II).

Membros do

Conselho Nacional

de Justiça e do

Conselho Nacional

do Ministério

Público

infração penal comum competência de julgamento será

fixada individualmente;

crime de responsabilidade Senado Federal (art. 52, II).

Procurador-Geral

da República

infração penal comum STF (art. 102, I, “b”);

crime de responsabilidade Senado Federal (art. 52, II).

Advogado-Geral da

União

infração penal comum STF (art. 102, I, “c”);

crime de responsabilidade Senado Federal (art. 52, II).

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Os parlamentares federais apresentam prerrogativas e vedações que

lhes são próprias.

Tratemos primeiramente das imunidades.

Os Vereadores somente são invioláveis por suas opiniões, palavras e

votos (imunidade material) no exercício do mandato e apenas na

circunscrição do Município (art. 29, VIII).

Senado Federal aprova

(ou não) a escolha de

Magistrados, nos casos estabelecidos na Constituição (ex.: Ministros do STF, STJ, TST, STM e TCU, indicados

pelo Presidente da República)

Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República

Governador de Território (indicado pelo Presidente da República)

Presidente e diretores do banco central (indicados pelo Presidente da República)

Procurador-Geral da República (indicado pelo Presidente da República)

Titulares de outros cargos que a lei determinar (ex.: membros do Conselho Nacional do Ministério Público e

do Conselho Nacional de Justiça, indicados pelo Presidente da República)

Chefes de missão diplomática de caráter permanente

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Crimes praticados antes

da diplomação

Não há imunidade formal. O STF não precisa dar

ciência à Casa respectiva e esta não pode sustar o

andamento do processo.

Crimes praticados após o

término do mandato

Não há imunidade formal. A imunidade não é do

agente público e sim da função parlamentar.

Acerca de proibições próprias dos parlamentares, temos que:

Imunidades dos

parlamentares federais

Material

Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,

palavras e votos (não inclui agressões físicas), desde que

proferidas no exercício constitucional da função, independente dacircunscrição (art. 53, caput)

Formal

Os Deputados e Senadores dispõem de determinadas prerrogativas

relativas a sua eventual prisão e às regras processuais pertinentes (art.

53, §§ 1º a 5º)

Imunidade formal

Crimeinafiançável

(art. 53, §§ 2º)

Exceção à prisão do parlamentar após sua diplomação

No entanto, ainda assim haverá interferência da respectiva Casa:

Votação aberta como condição indispensável para manutenção da

prisão

Outroscrimes

(art. 53, §§ 3º a 5º)

O STF pode processar o parlamentar federal, após sua diplomação, sem

anuência prévia da Casa

No entanto, esta poderá se manifestar e sustar o

prosseguimento da ação enquanto durar o mandato

* Regra não absoluta. A imunidade só é verificada quando os pronunciamentos têm

relação com o exercício do mandato. Para as opiniões proferidas no interior das Casas Legislativas presume-se esta conexão. Já os pronunciamentos em demais ambientes são passíveis de exame (Inq 1.958/AC).

O manto protetor da imunidade alcança quaisquer meios (inclusive manifestações por WhatsApp, Facebook e outras redes e aplicativos sociais) que venham a ser empregados para propagar palavras e opiniões dos parlamentares (AO 2.002).

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Os Deputados e Senadores não podem (art. 54):

Perderá o mandato o Deputado ou Senador (art. 55):

Incompatibilidades e impedimentos

Desde a expedição

do diploma

firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia,

empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa

concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a

cláusulas uniformes

aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de

que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades acima

Desde aposse

ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor

decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela

exercer função remunerada

ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades

acima

patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades

acima

ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo

Perda de mandato de Deputado ou

Senador

por infração a qualquer das proibições estabelecidas no

artigo anterior

por algum procedimento ser declarado incompatível com o

decoro parlamentar

por deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias

da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta

autorizada

por perder ou ter suspensos os direitos políticos

por decreto da Justiça Eleitoral, nos casos previstos

na Constituição

por sofrer condenação criminal em sentença transitada em

julgado

Nestes casos, a perda do

mandato será decidida pela

Câmara dos Deputados ou

pelo Senado Federal, por

maioria absoluta,

mediante provocação da

respectiva Mesa ou de

partido político representado

no Congresso Nacional,

assegurada ampla defesa

(CF, art. 55, §2º) -

CASSAÇÃO

Nestes casos, a perda do

mandato será declarada

pela Mesa da Casa

respectiva, de ofício ou

mediante provocação de

qualquer de seus membros,

ou de partido político

representado no Congresso

Nacional, assegurada ampla

defesa (CF, art. 55, §3º) -

EXTINÇÃO

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A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa

levar à perda do mandato, terá seus efeitos suspensos até as deliberações

finais sobre a decisão ou declaração da perda do mandato.

Avancemos.

As reuniões dos membros do Congresso Nacional ocorrem em

sessões, que podem ser:

Noutra via, o Congresso Nacional também pode arregimentar

comissões, a saber:

De longe as mais cobradas, temos as comissões parlamentares de

inquérito, que apresentam as seguintes características:

Sessão ordinária

(art. 57, caput)

Sessão conjunta(art. 57, §3º e

outros)

Sessão preparatória

(art. 57, §§4º e 5º)

Sessão extraordinária

(art. 57, §§6º a 8º)

Comissões

Permanentes(em razão da

matéria)

(art. 58, §2º)

Temporárias(especiais)

(Regimentos da CD e do SF)

Comissão Parlamentar de Inquérito

(art. 58, §3º)

Comissãomista

(cf. sessão conjunta)

Comissãorepresentativa

(recesso)

(art. 58, §3º)

A sessão legislativa não

será interrompida sem a

aprovação do projeto de

lei de diretrizes

orçamentárias

O CN somente deliberará sobre a

matéria para a qual foi convocado,

exceto se houver MP pendente de

apreciação, a qual deve ser colocada

em pauta.

É vedado o pagamento de parcela

indenizatória, em razão da

convocação.

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Pode Não pode

Convocar particulares e autoridades

públicas para depor, seja como

testemunhas seja como investigados

Determinar prisão (exceto em

flagrante), seja temporária, preventiva

ou de qualquer espécie (proibição

extensível à determinação de medidas

cautelares penais e civis – ex.:

sequestro de bens)

Intimar e conduzir coercitivamente

testemunhas (porém, não os

investigados), inclusive com força

policial

Investigar atos de conteúdo jurisdicional

editados pelo Poder Judiciário (somente

é possível controle sobre atos de

natureza administrativa)

Determinar diligências, perícias e

exames

Determinar a anulação de atos do Poder

Executivo

Determinar busca e apreensão (exceto

domiciliar)

Determinar busca e apreensão

domiciliar

Determinar a quebra dos sigilos fiscal,

bancário e telefônico (registros

apenas) do investigado

Determinar a interceptação (escuta)

telefônica

Determinar medidas processuais de

garantia, como: decretar

indisponibilidade e sequestro de bens

Convocar (intimar) Chefe do Poder

Executivo

No bojo de sua função típica de fiscalização, o Poder Legislativo

(Congresso Nacional) é auxiliado pelo Tribunal de Contas da União.

Sobre o tema, válido ressaltar:

Comissão Parlamentar de

Inquérito

Criadas pela CD e/ou pelo SF, em

conjunto ou separadamente

(1/3 dos membros da Casa ou do CN)

Tem poderes de investigação próprios das autoridades

judiciais, dentre outros

Apuram fato determinado e por

prazo certo

Não impõe penalidades

(inclusa responsabilização

penal e civil). Conclusões são encaminhadas

para o Ministério Público.

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Sobre o TCU, válido destacar que a ele compete:

I - apreciar (e não julgar! Quem julga é o Congresso Nacional!) as contas

prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer

prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu

recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por

dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas

as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal,

e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra

irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de

pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as

fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as

nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das

concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as

melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato

concessório;

As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa

terão eficácia de título executivo.

Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato pode

denunciar irregularidade ou ilegalidade perante o TCU.

Controle interno

• Em tese, é pleno e irrestrito

• Pertine à legalidade ou à legitimidade da atuação dos

respectivos órgãos e agentes (um exemplo é a auditoria

governamental)

• Pode também tratar das atuações discricionárias,

avaliando a conveniência e oportunidade administrativas

Controle externo (pelo Legislativo)

• Delimitado a determinados objetos

• Exercido com o auxílio doTribunal de Contas (em âmbito

federal, o TCU)

• Formalmente, restringe-se a aferir a legalidade do agir da

administração pública e a regularidade na utilização de recursos públicos (forte viés

contábil e financeiro)

A fiscalização Contábil, Financeira, Orçamentária, Operacional e

Patrimonial da União e das entidades da administração direta e

indireta, quanto à Legalidade, Legitimidade, Economicidade,

aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida

pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema

de controle interno de cada Poder.

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Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de

qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de

Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.

Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:

As Constituições estaduais disporão sobre os Tribunais de Contas

respectivos, que serão integrados por 7 Conselheiros.

É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas

Municipais.

Requisitos para Ministro do TCU

mais de 35 e menos de 65 anos de idade

idoneidade moral e reputação ilibada

notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração

pública

mais de 10 anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os

conhecimentos mencionados no inciso anterior

Escolha de Ministros do

TCU

I - 1/3 pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo 2alternadamente dentre auditores e

membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo

Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento [escolha vinculada];

II - 2/3 pelo Congresso Nacional[escolha discricionária

observados os parâmetros da CF/88].

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Processo Legislativo

Atividade típica do Poder Legislativo, o processo legislativo

compreende a elaboração de:

Com exceção das emendas à Constituição, as espécies normativas

acima descritas não mantêm entre si relação de hierarquia.

Vejamos as cinco primeiras (os decretos legislativos e as resoluções

praticamente não são cobrados para além da literalidade constitucional).

Emendas à Constituição

A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

Espécie

s n

orm

ativas

Emendas à Constituição (EC)

Leis Complementares (LC)

Leis Ordinárias (LO)

Leis Delegadas

Medidas Provisórias (MP)

Decretos Legislativos

Resoluções

Propositura de EC

I - de 1/3, no mínimo, dos

membros da Câmara dos Deputados oudo Senado Federal

II - do Presidente da República

III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das

unidades da Federação, manifestando-se, cada umadelas, pela maioria relativa (simples) de seus membros

§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de

intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

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Devem ser observadas as seguintes limitações:

Leis complementares e ordinárias

A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe [...]:

Limitações

Expressas

Formais ou procedimentais

(art. 60, I, II, III e §§2º, 3º e 5º)

Iniciativa

Quorum de aprovação

Promulgação

PEC rejeitada (irrepetibilidade

absoluta)

Circunstanciais(art. 60, §1º)

Materiais (art. 60, §4º)

Implícitas Não se admite a teoria da dupla revisão

Impossibilidade de se alterar o titular do poder constituinte originário

Impossibilidade de se alterar o titular do poder constituinte derivado reformador

Leis ordinárias

• Quórum de aprovação:maioria simples (art. 47) -considera-se o total deparlamentares presentes

• Matérias: residualmente,tudo o que não é expressamenteprevisto para lei complementar

Leis complementares

• Quórum de aprovação:maioria absoluta (art. 69) -considera-se o total deparlamentares que integram aCasa legislativa

• Matérias: taxativamenteprevistas na ConstituiçãoFederal

CLÁUSULAS PÉTREAS

I - a forma federativa de

Estado;

II - o voto direto, secreto,

universal e periódico;

III - a separação dos

Poderes;

IV - os direitos e garantias

individuais.

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Iniciativa popular

LO e LC Federal LO, LC Estadual/Distrital

LO, LC Municipal

Mínimo de 1% do eleitorado nacional (Distribuído por 5 estados,

com + de 0,3% em cada um) *Apresentado à Câmara dos Deputados

CE ou LO distrital disporá sobre o

processo legislativo

Mínimo de 5% do eleitorado

Espécie

norm

ativa

x

Possib

ilid

ade d

e inic

iativa p

pula

r em

âm

bito

Fed

eral

Emenda à Constituição

Não

Lei complementar

Sim

Lei ordinária

Sim

Lei delegada

Não

Medida provisória

Não

Decreto legislativo

Não

Resolução

Não

Iniciativa de

LC e LO

Iniciativa

Parlamentar

Iniciativa

Extraparlamentar

Qualquer membro e/ou

Comissão da Câmara dos

Deputados, do Senado

Federal ou do Congresso

Nacional

- Presidente da República (vide

art. 61)

- STF

- Tribunais Superiores (STJ, TST,

TSE, STM)

- PGR

- Cidadãos (iniciativa popular)

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Um projeto de lei (ordinária ou complementar) apresenta o fluxograma

básico abaixo:

Características do veto presidencial

Jurídico

ou

Político

Total

ou

Parcial

Sempre

expresso

Derrubável Insuscetível

de apreciação

judicial

Irretratável

Leis delegadas

As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República,

que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.

É da competência exclusiva do Congresso Nacional sustar os atos

normativos do Poder Executivo que exorbitem dos limites de delegação

legislativa!

Projeto de lei aprovado pela Casa iniciadora e enviado para Casa revidora é

Aprovado Rejeitado Emendado

(1 turno de discussão e

votação – para LC e LO)

Será enviado à sanção

ou veto (deliberação)

do Presidente da

República

Será arquivado

(irrepetibilidade

relativa, art. 67)

Voltará à Casa

iniciadora

(ATENÇÃO: Esta não

pode apresentar

emenda à emenda!)

Emenda aceita

Emenda não aceita

Texto modificado segue para

deliberação do Chefe do Executivo

Texto original segue para

deliberação do Chefe do Executivo

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Medidas provisórias

Vedadadelegação

para

atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do

Senado Federal

matéria reservada à lei complementar

organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros

nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais

planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos

Pressupostos constitucionais

Relevância Urgência

Vedada MPpara matéria

nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral

direito penal, processual penal e processual civil

organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros

planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o

previsto no art. 167, § 3º [abertura de créditos extraordinários]

que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro

reservada a lei complementar

já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do

Presidente da República

Sujeitam-se excepcionalmente

a controle pelo Judiciário (ADI

2.213 MC). Após adotadas

devem ser

submetidas de

imediato ao CN

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MP é submetida ao Congresso Nacional

MP é apreciada em até 45 dias contados de sua

publicação

MP não é apreciada em até 45 dias contados de

sua publicação

[...] entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando

sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas

da Casa em que estiver tramitando.

As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos

Deputados.

Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas

provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das

Casas do Congresso Nacional.

MP é apreciadaCongresso Nacional

Texto aprovado sem alteração

O texto será promulgado pelo Presidente da Mesa do Congresso Nacional para publicação, como Lei, no Diário Oficial da União

Texto aprovado com alteração

(i) Deverá ser apresentado de projeto de lei de conversão relativo à matéria.

Esse projeto de lei de conversão seguirá a tramitação comum às LC e LO.

(ii) Também deverá ser apresentado projeto de decreto legislativo,

disciplinando as relações jurídicas decorrentes da vigência dos textos

suprimidos ou alterados, o qual terá sua tramitação iniciada pela CD.

Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da MP, esta

manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.

Texto não apreciado (rejeição tácita)

As MP [...] perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de 60 dias, prorrogável, uma vez por

igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo,

as relações jurídicas delas decorrentes.

Não editado o decreto legislativo [acima] após a rejeição ou perda de eficácia de MP,

as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.

Texto apreciado e rejeitado (rejeição expressa)

Rejeitada a MP, o Congresso Nacional deve se ocupar em disciplinar os efeitos jurídicos que ela produziu, por meio de

decreto legislativo.

Não editado o decreto legislativo [acima] após a rejeição ou perda de eficácia de MP, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela

regidas.

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Em âmbito federal, o Poder Executivo é exercido monocraticamente

pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado,

exercendo atribuições de chefe de Estado e chefe de governo.

Sobre as eleições dos chefes do Executivo nas três esferas:

Presidente e Vice Presidente da República

Governador e Vice Governador de Estado ou do DF

Prefeito e Vice Prefeito de Município

Tempo de mandato

4 anos + possibilidade de 1

reeleição subsequente

4 anos + possibilidade de 1

reeleição subsequente

4 anos + possibilidade de 1

reeleição subsequente

Data do

primeiro turno da eleição

Primeiro domingo

de outubro do ano anterior ao término do mandato dos

que devam suceder ou do término de mandato próprio

(em caso de reeleição)

Primeiro domingo de

outubro do ano anterior ao término do mandato dos que

devam suceder ou do término de mandato próprio

(em caso de reeleição)

Primeiro domingo de

outubro do ano anterior ao término do mandato dos que

devam suceder ou do término de mandato próprio

(em caso de reeleição)

Data do segundo turno da

eleição

Se houver, no último domingo de outubro do referido

ano

Se houver, no último domingo de outubro do referido ano

Se houver, no último domingo de outubro do referido ano; e

apenas no caso de municípios com mais de duzentos

mil eleitores

Posse 1º de janeiro do

ano subsequente ao da eleição

1º de janeiro do ano

subsequente ao da eleição

1º de janeiro do ano

subsequente ao da eleição

São regras gerais:

A eleição do Presidente da República importa a do Vice-Presidente com

ele registrado.

É considerado eleito Presidente em 1º turno o candidato que obtiver a

maioria absoluta de votos válidos.

PODER EXECUTIVO.

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Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta no 1º turno, é feita

nova eleição em até 20 dias após a proclamação do resultado,

concorrendo os 2 candidatos mais votados e considerando-se eleito

aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

Se, antes de realizado o 2º turno, ocorrer morte, desistência ou

impedimento legal de candidato, convoca-se, dentre os

remanescentes, o de maior votação.

Se remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a

mesma votação, qualifica-se o mais idoso.

O Vice-Presidente é o substituto natural do Presidente, substituindo-

o em caso de impedimento, e sucedendo-lhe no caso de vaga.

O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença

do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a

quinze dias, sob pena de perda do cargo.

Vejamos as principais competências privativas do Presidente da

República:

I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;

III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta

Constituição;

Impedimento

• É temporário

• Ex.: por motivo de doença

Vaga

• É definitivo

• Ex.: perda do cargo por impeachment, morte, renúncia, não comparecimento para posse dentro do prazo de 10 dias da data fixada,

ausência do País por mais de 15 dias (sem licença do Congresso Nacional)

Vagando os cargos de Presidente + Vice-Presidente é feita eleição 90 dias

depois de aberta a última vaga.

Se ocorrer a vacância nos últimos 2 anos do período presidencial, a eleição

para ambos os cargos será feita 30 dias depois da última vaga, pelo

Congresso Nacional, na forma da lei.

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IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos

e regulamentos para sua fiel execução;

V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

VI – dispor, mediante decreto (autônomo), sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não

implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos

públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;

X - decretar e executar a intervenção federal;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos

órgãos instituídos em lei;

XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os

Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus

oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;

XIV, XV, XVI e XVII - nomear:

Presidente da República

nomeia

Após aprovação do Senado

Federal (XIV)

- Ministros do STF e

demais Tribunais

Superiores (STJ, TST,

STM...)

- Governadores de

Territórios

- Procurador-Geral da

República

- Presidente e os

diretores do banco

central e outros servidores, quando determinado em lei

Outros Magistrados,

nos casos previstos na

Constituição (XVI)

Ministros do Tribunal de

Contas da União (XV)

* O PR nomeia 1/3 dos

Ministros, sendo dois

alternadamente dentre

auditores e membros do

Ministério Público junto ao

Tribunal, indicados em lista

tríplice pelo Tribunal, segundo

os critérios de antiguidade e

merecimento

O Advogado-Geral da

União (XVI)

Membros do Conselho

da República (XVII)

* O PR nomeia 2,

dentre cidadãos

brasileiros natos

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XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de

diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta

Constituição;

XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

Algumas das competências supracitadas são passíveis de delegação:

No que diz com sua responsabilização, o são crimes de

responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra

a Constituição Federal e, especialmente, contra:

Presidente da República podedelegar para

VI – dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização efuncionamento da

administração federal, quando não implicar aumento de

despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com

audiência, se necessário, dos órgãos

instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos

federais, na forma da lei;

Ministros de Estado

Procurador-Geral da República

Advogado-Geral da União

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STF - Súmula Vinculante nº 46 – A definição dos crimes de

responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de

processo e julgamento são da competência legislativa privativa da

União.

O Presidente (assim como os Chefes do Executivo nas demais esferas),

detém algumas prerrogativas, senão vejamos:

Crimes de responsabilidade

cometidos pelo Presidente da

República (atentar contra)

a existência da União

o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes

constitucionais das unidades da Federação

o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais

a segurança interna do País

a probidade na administração

a lei orçamentária

o cumprimento das leis e das decisões judiciais

Presidente da República

Imunidade formal quanto ao processo - para crimes de responsabilidade

(art. 86, caput)

Prerrogativa de foro para julgamento - para crimes comuns

(art. 86, caput c/c art. 52, I, e 102, I, b)

Imunidade formal quanto à prisão

(art. 86, §3º)

Irresponsabilidade penal relativa

(art. 86, §4º)

Governador de Estado

Imunidade formal quanto ao processo - para crimes de responsabilidade

(simetria e lei 1.079/1950)

Prerrogativa de foro para julgamento - para crimes comuns

(art. 105, I, a)

Prefeito de Município

Prerrogativa de foro para julgamento - para crimes comuns

(art. 29, X e Súmula nº 702 do STF)

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Conselho da República Conselho de Defesa Nacional

Conselho da República (art. 89) Conselho de Defesa Nacional (art. 91)

Membros

O Presidente da República +

I - o Vice-Presidente da República;

II - o Presidente da Câmara dos

Deputados;

III - o Presidente do Senado Federal;

IV - o Ministro da Justiça;

V - os líderes da maioria e da

minoria no Senado Federal;

IV - os líderes da maioria e da

minoria na Câmara dos Deputados;

VII - seis cidadãos brasileiros

natos, com mais de trinta e cinco

anos de idade, sendo dois

nomeados pelo Presidente da

República, dois eleitos pelo Senado

Federal e dois eleitos pela Câmara

dos Deputados, todos com

mandato de três anos, vedada a

recondução.

[...]

§ 1º - O Presidente da República

poderá convocar Ministro de Estado

para participar da reunião do Conselho,

quando constar da pauta questão

relacionada com o respectivo

Ministério.

[...]

O Presidente da República +

I - o Vice-Presidente da República;

II - o Presidente da Câmara dos

Deputados;

III - o Presidente do Senado Federal;

IV - o Ministro da Justiça;

V - o Ministro de Estado da Defesa;

VI - o Ministro das Relações

Exteriores;

VII - o Ministro do Planejamento;

VIII - os Comandantes da Marinha,

do Exército e da Aeronáutica.

Competência

Pronunciar-se sobre:

I - intervenção federal, estado de

defesa e estado de sítio;

II - as questões relevantes para a

estabilidade das instituições

democráticas.

I - opinar nas hipóteses de declaração

de guerra e de celebração da paz, nos

termos desta Constituição;

II - opinar sobre a decretação do estado

de defesa, do estado de sítio e da

intervenção federal;

III - propor os critérios e condições de

utilização de áreas indispensáveis à

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segurança do território nacional e opinar

sobre seu efetivo uso, especialmente na

faixa de fronteira e nas relacionadas com

a preservação e a exploração dos

recursos naturais de qualquer tipo;

IV - estudar, propor e acompanhar o

desenvolvimento de iniciativas

necessárias a garantir a independência

nacional e a defesa do Estado

democrático.

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Disposições gerais

* Em azul, os órgãos de superposição.

Em vermelho, os órgãos do Judiciário que compõem a chamada Justiça especial.

Em preto, os órgãos da Justiça comum.

Todos acima (incluindo os juízes) são considerados órgãos do Poder

Judiciário + os juizados especiais e a justiça de paz (art. 92 c/c art. 98).

Por seu turno, o ingresso na carreira e a promoção devem observar

regras específicas:

STF

STJ TST TSE STM

PODER JUDICIÁRIO.

TJs TJM / TJ TRFs TRTs TREs

Juízes dos

Estados,

DF e

Territórios

* TJM: nos

Estados/DF

se o efetivo

militar for

superior a

20.000

membros

Juízes

Federais

Juízes do

Trabalho

Juízes e

Juntas

Eleitorais

Nos Estados/DF se o efetivo militar for inferior a 20.000

integrantes, as competências de jurisdição sobre militares

ficarão a cargo dos Tribunais de Justiça.

Conselho Nacional de

Justiça (competências

administrativas, não

jurisdicionais)

2ª instância

3ª instâ

ncia

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São, ainda, garantias dos magistrados:

Ingresso na carreira (art. 93 I)

Cargo inicial de juiz substituto

Mediante concurso público de provas e títulos

Com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases

Exigindo-se do bacharel em Direito, no mínimo, 3anos de atividade jurídica

Obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação

Promoçãona carreira (art. 93, II)

é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezesconsecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento

a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira

quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago

aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no

exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento

na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e

assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação

não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão

Garantiasfuncionaisdos juizes

vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença

judicial transitada em julgado

inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII

irredutibilidade de subsídio [observadas as diretrizes constitucionais]

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Se por um lado os juízes têm garantias que lhes são próprias, por

outro, também têm vedações especificas:

Além de juízes de carreira, alguns tribunais são compostos por

advogados da OAB e membros do Ministério Público, indicados de acordo com

a regra do quinto constitucional.

Vamos ver as principais características de cada órgão do Judiciário. Ao

fim, resumimos a temática dos precatórios.

A composição dos tribunais é sempre objeto de questões em

concursos, bem como os requisitos de idade. Analisemos cada qual:

Vedaçõesfuncionais aos

juizes

exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério

receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo

dedicar-se à atividade político-partidária

receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei

exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração [quarentena de

saída]

Quinto constitucional

Se aplica

TRFs

TJs

TST

TRTs

Não se aplica

STF

STJ*

TSE

TRE

No caso da composição

do STJ, a CF/88 prevê

(art. 104) regra

semelhante a dos art.

94, 111-A e 115, porém,

o quantitativo previsto é

de 1/3!

1/5 dos membros:

- Membros do MP com mais de 10 anos de

carreira

- Advogados com mais de 10 anos de

atividade, com notório saber jurídico e

reputação ilibada

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Tribunal Número de componentes Requisitos de idade Quinto

constitucional

STF 11 (MNEMÔNICO: Somos

um Time de Futebol)

+ de 35 e – de 65

anos

Não

STJ No mínimo 33

(MNEMÔNICO: São “Três”

Juntos)

+ de 35 e – de 65

anos

Não (terço)

TRF No mínimo 7 em cada

tribunal

+ de 30 e – de 65

anos

Sim

TST

TRT

27 (MNEMÔNICO: Trinta

Sem Três)

No mínimo 7 em cada

tribunal

+ de 35 e – de 65

anos

+ de 30 e – de 65

anos

Sim

Sim

TSE

TRE

No mínimo 7 em cada

tribunal

Exatamente 7 em cada

tribunal

+ de 35 e – de 65

anos

+ de 35 e – de 65

anos

Não

Não

STM 15 (MNEMÔNICO: São

Três Moças de 15 anos)

+ de 35 e – de 65

anos

Não

Supremo Tribunal Federal

Julga, entre outros:

a ADI de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ADC de

lei ou ato normativo federal

nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o

Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus

próprios Ministros e o Procurador-Geral da República

nas infrações penais comuns e nos crimes de

responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes

da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto

no art. 52, I [crimes conexos ao Presidente ou ao Vice

julgamento pelo Senado Federal], os membros dos Tribunais

Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de

missão diplomática de caráter permanente

o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas

referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e

o "habeas-data" contra atos do Presidente da República, das

Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do

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Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República

e do próprio Supremo Tribunal Federal

o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou

quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário

cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo

Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição

em uma única instância

as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e

o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas

entidades da administração indireta

os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de

Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou

entre estes e qualquer outro tribunal

Julga, em recurso ordinário:

STF (art. 102, II)

a) o "habeas-corpus", o mandado de segurança, o "habeas-

data" e o mandado de injunção decididos em única instância

pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;

b) o crime político.

Julga, em recurso extraordinário:

STF (art. 102, III)

As causas decididas em única ou última instância,

quando a decisão recorrida:

a) contrariar dispositivo da Constituição Federal;

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei

federal;

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face

da Constituição Federal.

d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

Edita súmulas vinculantes:

De ofício ou por provocação

2/3 do STF (8 membros)

Após reiteradas decisões sobre matéria constitucional

Tem por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de

normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual

entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública

que acarrete grave insegurança jurídica e relevante

multiplicação de processos sobre questão idêntica

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São legitimados para propor aprovação, revisão ou cancelamento de

SV:

os legitimados para propor ADI (art. 103)

+ o Defensor Público-Geral da União

+ os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do

Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais

Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais

Militares

+ o Município incidentalmente ao curso de processo em que seja parte

Conselho Nacional de Justiça

É hierarquicamente submetido ao STF, compõe o Judiciário e atua

no seu controle e transparência administrativa, financeira e disciplinar desse

Poder, não exercendo atuação sobre a atividade jurisdicional em sentido

estrito.

Compõe-se de 15 membros com mandato de 2 anos, admitida 1

recondução:

Súmula Vincultante

Vincula

Poder Judiciário (exceto o STF)

Toda a administração pública direta e indireta

Não Vincula

O próprio STF

O Poder Legislativo (em sua atividade legiferante

típica)

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Superior Tribunal de Justiça

Julga, entre outros:

nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito

Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os

desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do

Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos

Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais

Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os

membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios

e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais

O Presidente do STF

membro nato, preside o CNJ; não dependerá de aprovação pelo Senado Federal como todos os demais

1 Ministro do STJ indicado pelo respectivo tribunal [corregedor do CNJ]

1 Ministro do TST indicado pelo respectivo tribunal

1 Desembargador de TJ

indicado pelo STF

1 juiz estadual indicado pelo STF

1 juiz de TRF indicado pelo STJ

1 juiz federal indicado pelo STJ

1 juiz de TRT indicado pelo TST

1 juiz do trabalho indicado pelo TST

1 membro do MP da União

indicado pelo PGR

1 membro de MP estadual

escolhido pelo PGR dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual

2 advogados indicados pelo Conselho Federal da OAB

2 cidadãosde notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados 1

pela Câmara dos Deputados e 1 pelo Senado Federal

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os mandados de segurança e os habeas data contra ato de

Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e

da Aeronáutica ou do próprio Tribunal

os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer

das pessoas mencionadas acima, ou quando o coator for

tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou

Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica,

ressalvada a competência da Justiça Eleitoral

os conflitos de atribuições entre autoridades

administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades

judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do

Distrito Federal, ou entre as deste e da União

os conflitos de competência entre quaisquer tribunais,

ressalvada a competência do STF, bem como entre tribunal e

juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais

diversos

a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão

de exequatur [“autorização”] às cartas rogatórias [“solicitação

de intercâmbio jurídico-processual”, ex.: inquirição de

testemunha que resida em outro país]

Julga, em recurso ordinário:

STJ (art. 105, II)

a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância

pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos

Estados, do Distrito Federal e Territórios [TJs e TJDFT], quando

a decisão for denegatória;

b) os mandados de segurança decididos em única instância

pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos

Estados, do Distrito Federal e Territórios [TJs e TJDFT], quando

denegatória a decisão;

c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou

organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município

ou pessoa residente ou domiciliada no País.

Julga, em recurso especial:

STJ (art. 105, II)

As causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão

recorrida: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes

vigência;

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b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;

c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

Justiça Federal e Juízes Federais

Os TRFs, julgam, entre outros:

os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da

Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de

responsabilidade, e os membros do MPU, ressalvada a

competência da Justiça Eleitoral

os mandados de segurança e os "habeas-data" contra ato do

próprio Tribunal ou de juiz federal

os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal

e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados

ao Tribunal

Os juízes federais, julgam, entre outros:

as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa

pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés,

assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de

acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à

Justiça do Trabalho

IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em

detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas

entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as

contravenções e ressalvada a competência da Justiça

Militar e da Justiça Eleitoral

os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos

determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem

econômico-financeira

É competente a Justiça comum

estadual para julgar as causas em que

é parte sociedade de economia mista

(STF - Súmulas 508 e 556).

Compete à Justiça comum estadual o

processo e o julgamento, em ambas as

instâncias, das causas de acidente do

trabalho, ainda que promovidas contra

a União, suas autarquias, empresas

públicas ou sociedades de economia

mista (STF - Súmula 501).

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Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-

Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de

obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos

quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o STJ, incidente de

deslocamento de competência para a Justiça Federal.

Justiça do Trabalho

Julga, entre outros:

as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes

de direito público externo e da administração pública direta e

indireta da União, dos Estados, do DF e dos Municípios

as ações que envolvam exercício do direito de greve

as ações sobre representação sindical

os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data,

quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua

jurisdição

Justiça Eleitoral

O TSE e os TREs são comandados por membros da magistratura

advindos de diversos tribunais, além de advogados de notável saber jurídico

e reputação ilibada, todos investidos no cargo periodicamente.

São irrecorríveis as decisões do TSE, exceto:

as que contrariarem

a Constituição Federal

as denegatórias de habeas corpus ou mandado de

segurança

Das decisões dos TRE somentecaberá recurso quando:

I - forem proferidas contra disposição expressa da CF ou de lei

II - ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais

III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais

ou estaduais

IV - anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais

V - denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de

injunção

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Justiça Militar

Julga os crimes militares definidos em lei (vide Decreto-Lei nº

1.001/1969, Código Penal Militar).

Justiça dos Estados e do DF

É responsável por julgar matérias que não sejam da competência dos

demais ramos do Judiciário.

Vale dizer, sua competência é residual, o que engloba inúmeras

situações nas áreas cível, criminal, tributária, dentre outras.

Precatórios

A tratativa dos precatórios se concentra no art. 100 do corpo principal

e arts. 97 e 101 e seguintes do ADCT. A cobrança é centrada nas normas do

corpo principal, destacando-se:

Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais,

Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, devem ser

feitos exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos

precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a

designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e

nos créditos adicionais abertos para este fim.

Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares, originários ou por

sucessão hereditária, tenham 60 anos de idade, ou sejam

portadores de doença grave, ou pessoas com deficiência, assim

definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos

os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo fixado em lei

para as obrigações de pequeno valor, admitido o fracionamento para

essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem

cronológica de apresentação do precatório.

A regra de expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos

de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as

Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial

transitada em julgado.

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É vedada a expedição de precatórios complementares ou

suplementares de valor pago, bem como o fracionamento,

repartição ou quebra do valor da execução para fins de

enquadramento no limite das obrigações de pequeno valor.

O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou

omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de

precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e

responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.

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A Constituição Federal as descreve nos seus art. 127 a 135 da CF/88:

Nenhuma delas integra o Judiciário ou lhe é hierarquicamente

subordinada.

Vejamos cada qual.

Ministério Público

É instituição permanente e a ele compete a defesa da ordem

jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais

indisponíveis.

O MP abrange:

São princípios institucionais do MP:

Funções essenciais à Justiça

Ministério PúblicoAdvocacia

PúblicaAdvocacia

Defensoria Pública

MP da União

MP Federal MP do Trabalho MP MilitarMP do DF e Territórios

MP dos Estados

FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA.

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O ingresso na carreira do Ministério Público se dá:

Assim como os juízes, os membros do MP (promotores e procuradores)

possuem garantias e vedações que lhes são próprias.

Pri

ncíp

ios institu

cio

nais

do M

P

Unidade

Embora existam diferentes ramos, os membros do MP agem como um órgão único, integrando

uma mesma vontade

Indivisibilidade

Dentro de cada ramo, os membros do MP podem ser substituídos uns pelos outros em sua atuação, sem prejuízo do munus jurídico-

processual que lhe é típico

Independência funcional

Sempre respeitados os limites legais, cada membro do MP é livre para formar seu

convencimento jurídico-técnico sem observância a limitações hierárquicas e afins

Ingresso na carreira

Mediante concurso público

de provas etítulos

Com a participação da

Ordem dos Advogados do

Brasil em todas as fases

Exigindo-se do bacharel em Direito, no

mínimo, 3 anosde atividade

jurídica

Obedecendo-se, nas nomeações, à

ordem de classificação

Garantiasfuncionais dos

membros do MP

vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial

transitada em julgado

inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado

competente do MP, pelo voto da maioria absolutade seus membros, assegurada ampla defesa

irredutibilidade de subsídio [observadas as diretrizes constitucionais]

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O Procurador-Geral da República (PGR) é chefe do MPU.

Os Procuradores-Gerais de Justiça (PGJ) são chefes dos MP dos

Estados.

Dentre as funções institucionais do MP destacam-se:

Vedaçõesfuncionais aos

membros do MP

receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais

exercer a advocacia (ver art. 29, §3º, do ADCT)

participar de sociedade comercial, na forma da lei

exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério

exercer atividade político-partidária

receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei

PGR

• Chefe do MPU (Federal + Trabalho

+ Militar + DFT)

• Nomeado pelo Presidente da

República dentre integrantes de

carreira, maiores de 35 anos, após

aprovação de seu nome pela

maioria absoluta do Senado

Federal

• Mandato de 2 anos

• Permitida a recondução (várias)

• A destituição do PGR, por

inicativa do Presidente da

República, deverá ser precedida de

autorização da maioria absoluta

do Senado Federal

PGJ

• Chefe do MPE

• Os MP dos Estados formam lista

tríplice dentre integrantes da

carreira, na forma da lei respectiva,

para escolha de seu Procurador-

Geral, que será nomeado pelo

Chefe do Poder Executivo

• Mandato de 2 anos

• Permitida 1 recondução

• Os Procuradores-Gerais de Justiça

nos Estados poderão ser

destituídos por deliberação da

maioria absoluta do Poder

Legislativo, na forma da lei

complementar respectiva

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I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do

patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses

difusos e coletivos;

V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações

indígenas;

VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei

complementar mencionada no artigo anterior;

IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que

compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação

judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

O Ministério Público junto aos Tribunais de Contas não tem qualquer

vínculo com o Ministério Público comum (da União e dos Estados).

Simetricamente ao CNJ, existe o CNMP (Conselho Nacional do

Ministério Público), que atua no controle e transparência administrativa,

financeira e disciplinar dessa instituição, não interferindo diretamente em sua

atividade fim.

Compõe-se de 14 membros com mandato de 2 anos, admitida 1

recondução:

O PGR membro nato, preside o CNMP

4 membros do MPUassegurada a representação de cada uma de suas

carreiras [ou seja, 1 de cada ramo] [dentre estes será escolhido o corregedor do CNMP]

3 membros do MPE - [dentre estes será escolhido o corregedor do CNMP]

2 juízes 1 indicado pelo STF + 1 indicado pelo STJ

2 advogados indicados pelo Conselho Federal da OAB

2 cidadãosde notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados 1

pela Câmara dos Deputados e 1 pelo Senado Federal

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Advocacia pública

A advocacia pública no Brasil é composta por três carreiras centrais: a

Advocacia Geral da União (AGU), as Procuradorias dos Estados e do PF e dos

Municípios.

A Constituição Federal traz disposições expressas acerca da AGU e das

Procuradorias dos Estados e DF.

A AGU atua em:

Tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo

Presidente dentre cidadãos maiores de 35 anos, de notável saber

jurídico e reputação ilibada (podem não ser da carreira da AGU!).

Seus membros ingressam por concurso público de provas e títulos e

têm estabilidade após 3 anos de efetivo exercício.

Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da

União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.

Em relação às Procuradorias dos Estados e DF, elas atuam em:

Seus membros ingressam por concurso público de provas e títulos e

têm estabilidade após 3 anos de efetivo exercício.

Representação judicial e extrajudicial

União

Consultoria e Assessoramento

Poder Executivo, somente

Representação judicial e consultoria

Respectivo ente

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Advocacia privada

O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo

inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites

da lei (imunidade relativa).

Defensoria Pública

É instituição permanente e a ela incumbe principalmente a orientação

jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus,

judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma

integral e gratuita, aos necessitados.

Seus membros ingressam por concurso público de provas e títulos e

têm estabilidade após 3 anos de efetivo exercício.

É vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.

Também são princípios da Defensoria Pública: a unidade, a

indivisibilidade e a independência funcional.

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O tópico se desmembra sobre duas vertentes:

Estado de Defesa e Estado de Sítio

São hipótese de cabimento do estado de defesa:

São medidas possíveis de serem adotadas na vigência do estado de

defesa.

Defesa do Estado e das instituições democráticas

Sistema constitucional das

crises

Estado de defesa Estado de sítio

Defesa do País e da sociedade

Forças Armadas Segurança pública

Hip

óte

ses d

e c

abim

ento

de e

sta

do

de d

efe

sa

(ordem e paz social) ameaçadas por grave e iminente instabilidade

institucional

(ordem e paz social) atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza

DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS.

necessidade e temporariedade

Duração:

30 dias

(+30)

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Noutro giro, são hipótese de cabimento do estado de sítio:

Por seu turno, são medidas possíveis de serem adotadas na vigência

do estado de sítio.

Medidas no estado de defesa

I - restrições aos direitos de:

a) reunião, ainda que exercida no

seio das associações;

b) sigilo de correspondência;

c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;

II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e

custos decorrentes.

Hip

óte

ses d

e c

abim

ento

de e

sta

do

de s

ítio

I - comoção grave de repercussão nacional ouocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de

medida tomada durante o estado de defesa

II - declaração de estado de guerra ou respostaa agressão armada estrangeira

Duração:

30 dias (+30

+ 30...)

Duração:

Prazo

indeterminado

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Os procedimentos a serem adotados em ambos estados de exceção

encontram-se sintetizados como segue:

Medidas no estado de

sítio

I - obrigação de permanência em localidade determinada

II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados

por crimes comuns

III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência,

ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à

liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei

IV - suspensão da liberdade de reunião

V - busca e apreensão em domicílio

VI - intervenção nas empresas de serviços públicos

VII - requisição de bens

Parágrafo único.

Não se inclui [...] a

difusão de

pronunciamentos

de parlamentares

efetuados em

suas Casas

Legislativas, desde

que liberada pela

respectiva Mesa.

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Estado de defesa

Decreta o estado de defesa

O decreto determinará o tempo de sua duração, especificará as áreas a

serem abrangidas e indicará as medidas coercitivas a vigorarem

Não decreta o estado de defesa

São adotadas outras medidas para restabelecer a ordem e a paz social

São verificados os pressupostos fáticos do art.

136, caput

O Presidente ouve o Conselho da República e o

Conselho de Defesa Nacional

O decreto, com a respectiva justificação, será submetido ao Congresso Nacional dentro de 24 horas, o qual decidirá sobre

o ato por maioria absoluta (art. 136, §4º).

Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de 5 dias (art. 136, §5º).

O Congreso Nacional mantém

o decreto

O ato é mantido por até 30 dias podendo ser

prorrogado por mais 30 dias (art. 136, §2º)

O Congreso Nacional não

mantém o decreto

Cessa imediatamente o estado de defesa (art. 136,

§7º)

O CN apreciará o decreto dentro de 10 dias contados de seu

recebimento, devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa (art. 136, §6º)

Na vigência do estado de defesa, o Judiciário exerce controle das medidas na forma do art. 136, §3º, podendo apreciar outras medidas praticadas com ilegalidade,

abuso ou excesso de Poder.

O Legislativo, além dos §§2º, 4º, 5º, 6º e 7º, por meio da Mesa do Congresso Nacional designará Comissão composta de 5 de seus membros para acompanhar e

fiscalizar a execução das medidas (art. 140). Também apreciará a mensagem relatada pelo Presidente da República na forma do art. 141, parágrafo único.

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Estado de sítio

Solicita autorização para decretar o estado de sítio

Não solicita autorização para

decretar o estado de sítio

São adotadas outras medidas para restabelecer a normalidade ou para solucionar/repelir a declaração de

guerra/agressão armada

São identificados os pressupostos fáticos do art.

137, I e II

O Presidente ouve o Conselho da República e o Conselho de

Defesa Nacional

Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de 5 dias (art. 138, §2º), para apreciar o pedido de autorização para

decretar ou prorrogar o estado de sítio, decidindo por maioria absoluta (art. 137, parágrafo único e 138, §2º).

O Congreso Nacional autoriza a decretação

O ato é mantido por até 30 dias podendo ser

prorrogado por mais 30 dias (art. 137, I), ou por prazo indeterminado (art.

137, II)

O Congreso Nacional não autoriza a

decretação

Não há estado de sítio

Na vigência do estado de sítio, o Judiciário pode apreciar medidas praticadas com ilegalidade, abuso ou excesso de Poder.

O Legislativo, além do controle prévio (na autorização) e concomitante, exercerá controle posterior por meio da Mesa do Congresso Nacional, que designará Comissão

composta de 5 de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas (art. 140). Também apreciará a mensagem relatada pelo Presidente da

República na forma do art. 141, parágrafo único.

O Presidente

da República

designará o

executor das

medidas e as

áreas

abrangidas

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Forças Armadas e Órgãos de Segurança Pública

Lembremos ainda que o serviço militar é obrigatório nos termos da

lei.

Às Forças Armadas compete, na forma da lei, atribuir serviço

alternativo aos que, em tempo de paz, após alistados, alegarem imperativo

de consciência, entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa e de

convicção filosófica ou política, para se eximirem de atividades de caráter

essencialmente militar.

As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar

obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a outros encargos que a

lei lhes atribuir.

Finalmente, a segurança pública é tratada com bastante ênfase no art.

144.

Forças Armadas

Marinha + Exército + Aeronáutica

Instuições nacionais, permanentes e regulares

Organizadas com base na hierarquia e disciplina

Subordinadas ao Presidente da República

Destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e da lei e da ordem

Não cabe "habeas-corpus" em relação a punições disciplinares militares

Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve

O militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos

STF – Súmula Vinculante nº 6 – Não viola a Constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo

para as praças prestadoras de serviço militar inicial.

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São órgãos e agentes que compõe o sistema constitucional de

segurança pública (destacamos suas principais competências):

Órgãos e agentes de segurança

pública

Polícia Federal

Polícia Rodoviária

Federal

Polícia Militar e Corpo de

Bombeiros Militar

Guarda Municipal

Agentes de Trânsito

Polícia Civil

Polícia Ferroviária

Federal

Polícia Penal Federal,

Distrital e Estadual

apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços

e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e EPs, assim como outras infrações

cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme;

prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o

descaminho;

exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;

exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária.

patrulhamento

ostensivo das

ferrovias

federais

patrulhamento

ostensivo das

rodovias

federais

ressalvada a

competência da

União, exerce as

funções de

polícia judiciária

e a apuração de

infrações

penais, exceto

as militares

forças auxiliares

do Exército

PM polícia

ostensiva e a

preservação da

ordem pública

CBM atividades

de defesa civil,

dentre outras

segurança

viária, educação,

engenharia e

fiscalização de

trânsito, dentre

outras

proteção de

bens, serviços

e instalações

do Município

segurança dos

estabelecimentos

penais

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Sistema Tributário Nacional

São espécies tributárias passíveis de instituição pela União, Estados,

DF e Municípios:

As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

STF – Súmula Vinculante 29 - É constitucional a adoção, no cálculo do

valor de taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de

determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre

uma base e outra.

A lei complementar exerce importante papel em matéria tributária,

destacando-se:

Espécies tributárias

impostos

taxas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao

contribuinte ou postos a sua disposição

contribuição de melhoria, decorrente de obraspúblicas

empréstimos compulsórios

contribuições especiais

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL. REPARTIÇÃO DE RECEITAS.

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São tributos de competência de cada ente:

União II + IE + IPI + IOF + IR + ITR + Contribuições especiais (- COSIP e

contribuições previdenciárias dos demais entes sobre seus

servidores) + IGF + Empréstimos compulsórios + Impostos

estaduais (Territórios) + Impostos municipais (Territórios) + IEG

Estados ITCMD + IPVA + ICMS + contribuições previdenciárias sobre seus

servidores

DF ITCMD + IPVA + ICMS + contribuições previdenciárias sobre seus

servidores + ITBI + IPTU + ISS + COSIP

Municípios ITBI + IPTU + ISS + contribuições previdenciárias sobre seus

servidores + COSIP

No exercício do poder de tributar os entes devem observar, dentre

outros, os seguintes princípios tributários e diretrizes:

Legalidade e reserva legal

Isonomia

LC em matéria

tributária

III - estabelecer normas geraisem matéria de legislação

tributária, especialmente sobre

II - regular as limitaçõesconstitucionais ao poder de

tributar

I - dispor sobre conflitos decompetência, em matéria tributária, entre a União, os

Estados, o Distrito Federal e os Municípios

a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos

discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e

contribuintes [OBS.: não faz menção a alíquotas];

b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades

cooperativas.

d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as MicroEmpresas e para as

Empresas de Pequeno Porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do [ICMS]

[e] das contribuições [patronal, COFINS, PIS-PASEP e CSLL].

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Irretroatividade

Anterioridade anual e nonagesimal

Não confisco

Não limitação ao tráfego

Imunidades

São exceções à legalidade estrita:

Noutro giro, nem todos os tributos estão sujeitos às anterioridades:

TRIBUTO ANTERIORIDADE ANUAL

NOVENTENA

UN

O

II NÃO NÃO

IE NÃO NÃO

IPI NÃO SIM

IOF NÃO NÃO

IGF N.A. N.A.

ITR SIM SIM

IR SIM NÃO

Contribuições especiais (exceto

contribuições da seguridade social) (exceto CIDE-combustíveis) (exceto Contribuições

residuais)

SIM SIM

Contribuições da seguridade social NÃO SIM

CIDE-combustíveis (restabelecimento de alíquotas)

NÃO SIM

Exceções à legalidade

estrita

II, IE, IOF, IPI e CIDE-combustíveis podem ter suas alíquotasalteradas mediante iniciativa (geralmente decreto) do Executivo

federal

ICMS monofásico sobre combustíveis tem suas alíquotasdefinidas nacionalmente mediante convênio entre os Estados e DF

ICMS alíquotas externas (interestaduais) definidas previamente por resolução do Senado, bem como suas alíquotas internas mínimas e máximas; as demais alíquotas são fixadas

mediante deliberação do Conselho de Política Fazendária –CONFAZ

ITCMD alíquotas máximas fixadas por resolução do Senado

IPVA alíquotas mínimas fixadas pelo Senado

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CIDE-combustíveis (majoração de alíquotas)

NÃO SIM

Contribuições residuais NÃO SIM

Empréstimos compulsórios

- Guerra externa ou sua iminência

- Calamidade pública

- Investimento público de caráter urgente e relevância nacional

- NÃO

- NÃO

- SIM

- NÃO

- NÃO

- SIM

Impostos residuais SIM SIM

Imposto extraordinário de guerra NÃO NÃO

Taxas e contribuições de melhoria SIM SIM

ES

TA

DO

S +

DF

ITCMD SIM SIM

IPVA (-) fixação de base de cálculo SIM SIM

Fixação de base de cálculo do IPVA SIM NÃO

ICMS (exceto unifásico sobre combustíveis

e lubrificantes) (exceto deliberações do CONFAZ)

SIM SIM

ICMS unifásico sobre combustíveis e

lubrificantes (restabelecimento de alíquotas)

NÃO SIM

ICMS unifásico sobre combustíveis e lubrificantes (majoração de alíquotas)

NÃO SIM

Contribuições especiais sociais da

seguridade social sobre seus servidores

NÃO SIM

Taxas e contribuições de melhoria SIM SIM

MU

NIC

ÍP

IO

S +

DF IPTU (exceto fixação de base de cálculo) SIM SIM

Fixação de base de cálculo do IPTU SIM NÃO

ITBI SIM SIM

ISS SIM SIM

COSIP SIM SIM

Contribuições especiais sociais da

seguridade social sobre seus servidores

NÃO SIM

Taxas e contribuições de melhoria SIM SIM

STF – Súmula Vinculante 50 – Norma legal que altera o prazo de

recolhimento de obrigação tributária não se sujeita ao princípio da

anterioridade.

Por seu turno, as imunidades também são sempre alvo de cobrança.

Vejamos as principais:

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IPI - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.

Impostos exceto IOF - não incidem sobre o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial.

ICMS - não incide sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior; não incide sobre

operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; não incide

nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

ITBI - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão

de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente

for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.

Vedado à União, aos Estados, ao

Distrito Federal e aos Municípios

instituir impostossobre

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros (IMUNIDADE INCONDICIONADA)

b) templos de qualquer culto

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos

trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os

requisitos da lei **

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão

e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de

autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser

§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva

às autarquias e às fundações instituídas e

mantidas pelo Poder Público, no que se

refere ao patrimônio, à renda e aos

serviços, vinculados a suas finalidades

essenciais ou às delas decorrentes.

IMUNIDADE CONDICIONADA

§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do

parágrafo anterior não se aplicam ao

patrimônio, à renda e aos serviços,

relacionados com exploração de

atividades econômicas regidas pelas

normas aplicáveis a empreendimentos

privados, ou em que haja contraprestação

ou pagamento de preços ou tarifas pelo

usuário, nem exonera o promitente

comprador da obrigação de pagar imposto

relativamente ao bem imóvel.

OBS.: Para o STF, a imunidade se estende

para as EP e SEM prestadoras de serviços

públicos de prestação obrigatória e

exclusiva do Estado (AC 1.550-2/RO e RE

407.099/RS), em caráter monopolístico.

§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o

patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais

das entidades nelas mencionadas.

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Por fim, antes de rever a repartição de receitas tributárias entre os

entes, vejamos algumas especificidades de certos tributos que exigem mais

atenção.

As alíquotas de impostos estaduais são fixadas pelo Senado Federal,

mais especificamente:

ICMS Mínimas e máximas (internas e interestaduais)

ITCMD Máximas

IPVA Mínimas

No campo da incidência do ICMS x ISS, podemos ter as seguintes

situações:

Hipóteses Valor da

mercadoria

Valor do

serviço

Valor total

da operação

Serviço previsto na LC nº 116/2003,

com ressalva de cobrança do ICMS

ICMS ISS

Serviço previsto na LC nº 116/2003,

sem ressalva de cobrança do ICMS

ISS

Serviço não previsto na LC nº 116/2003 ICMS

Outro ponto sempre cobrado:

IPI

• Será seletivo

• Será não cumulativo

ICMS

• Poderá ser seletivo

• Será não cumulativo

ITCMD

• Competência: Estados e DF

• Incidência: bens móveis e imóveis

• Incidência: operações graciosas(gratuitas)

• Trasmissões: causa mortis e intervivos

ITBI

• Competência: Municípios e DF

• Incidência: bens imóveis

• Incidência: operações onerosas

• Transmissões: inter vivos

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Repartição de receitas

Ente Efetua repasses originários de alguns tributos para

União Estados + DF + Municípios

Estados Municípios

DF Ninguém

Municípios Ninguém

Repasses U

NIÃ

O

ES

TA

DO

S +

DF

100% do IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) sobre os rendimentos pagos pelos Estados + DF (administração direta +

autarquias + fundações)

20% dos impostos residuais (caso sejam criados)

10% do IPI proporcionalmente às exportações de produtos industrializados do Estado/DF

29% da CIDE combustíveis, observada a destinação ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes

30% do IOF sobre o ouro utilizado como ativo financeiro ou instrumento cambial conforme a origem da operação

Repasses U

NIÃ

O

MU

NIC

ÍP

IO

S 100% do IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) sobre os rendimentos pagos pelos Municípios (administração direta +

autarquias + fundações)

50% do ITR incidente sobre propriedades localizadas no Município (em caso de delegação da capacidade tributária ativa, os Municípios

receberão 100% do ITR);

7,25% da CIDE combustíveis

(repasse indireto: União Estados Municípios)

70% do IOF sobre o ouro utilizado como ativo financeiro ou instrumento cambial conforme a origem da operação

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Repasses E

ST

AD

OS

M

UN

IC

ÍP

IO

S

50% do IPVA arrecadado sobre veículos licenciados em seu território

25% do ICMS

2,5% do IPI proporcionalmente às exportações de produtos industrializados do respectivo Estado

(repasse indireto: União Estados Municípios; corresponde a 25% do IPI transferido aos Estados)

Regra

específic

a r

ela

tiva a

o I

R +

IP

I

(49

%do p

roduto

s d

e

am

bos im

posto

s s

erá

destinado n

a

seguin

te form

a)

21,5% ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal

22,5% ao Fundo de Participação dos Municípios

3% para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

1% ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada

ano

1% ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano

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Orçamento e Finanças Públicas

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar

concorrentemente sobre:

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e

urbanístico;

II - orçamento;

Nesse contexto, lei complementar deve dispor sobre:

Destacam-se as seguintes disposições:

A competência da União para emitir moeda será exercida

exclusivamente pelo banco central.

É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente,

empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que

não seja instituição financeira.

Lei Complementar

finanças públicas

dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo

Poder Público

concessão de garantias pelas entidades públicas

emissão e resgate de títulos da dívida pública

fiscalização financeira da administração pública direta e indireta

operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

compatibilização das funções das instituições oficiaisde crédito da União, resguardadas as características e

condições operacionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional

ORÇAMENTO E FINANÇAS PÚBLICAS. ORDEM ECONÔMICA E

FINANCEIRA.

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O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do

Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a

taxa de juros.

As disponibilidades de caixa da União serão depositadas

no BACEN; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e

dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por

ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados os

casos previstos em lei (essa lei é de caráter nacional e deve ser editada

pela União).

Leis de iniciativa do Poder Executivo disporão sobre:

os orçamentos anuais (LOA)

Nível operacional

as diretrizes orçamentárias (LDO)

Nível tático

o plano plurianual (PPA)

Nível estratégico

LOA

orçamento fiscal referente aos Poderes da

União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e

indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder

Público

orçamento de investimento das empresas em que a

União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social

com direito a voto

orçamento da seguridade social, abrangendo todas as

entidades e órgãos a ela vinculados, da

administração direta ou indireta, bem como os

fundos e fundações instituídos e mantidos

pelo Poder Público

A lei que instituir o Plano

PluriAnual estabelecerá, de forma

regionalizada, as Diretrizes,

Objetivos e Metas da

administração pública federal para

as despesas de capital e outras

delas decorrentes e para as

relativas aos programas de

duração continuada.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias

compreenderá as Metas e

Prioridades da administração

pública federal, incluindo as

despesas de capital para o

exercício financeiro subsequente,

orientará a elaboração da lei

orçamentária anual, disporá sobre

as alterações na legislação

tributária e estabelecerá a política

de aplicação das agências

financeiras oficiais de fomento.

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São, ainda, princípios orçamentários:

A LOA não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à

fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para

abertura de créditos suplementares e contratação de operações de

crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Os projetos de lei relativos ao PPA, à LDO, à LOA e aos créditos

adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na

forma do regimento comum.

As emendas ao projeto de LOA ou aos projetos que o modifiquem

somente podem ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o PPA e com a LDO;

PRIN

CÍP

IOS

ORÇAM

EN

TÁRIO

S

EquilíbrioAs despesas devem se manter em equilíbrio com as

receitas

Universalidadea lei orçamentária deve compreender a totalidade das despesas e receitas de toda a administração

pública

Anualidade a lei orçamentária compreende o período de um ano

Unidadea totalidade das despesas e receitas de toda a

administração pública deve estar compreendida em uma única lei

Exclusividadeé vedado incluir na lei orçamentária dispositivo que

contenha matéria estranha ao seu objeto

Transparência

o projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as

receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de

natureza financeira, tributária e creditícia

Não vinculação de receitas

de regra, as receitas não são reservadas ou comprometidas para atender a despesas específicas

EXAME GERAL + PARECERES

(fase de discussão)Comissão mista

APRECIAÇÃO DE EMENDAS

(fase de emendamento)

Plenário de cada Casa

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II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de

anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e

Distrito Federal; ou

III - sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

As emendas ao projeto de LDO não poderão ser aprovadas quando

incompatíveis com o PPA.

O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso

Nacional para propor modificação nos projetos de lei do PPA, da LDO e da

LOA enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte

cuja alteração é proposta.

A regra geral, em relação aos impostos é que seja vedada a

vinculação de sua arrecadação, o que se conhece por princípio da não

afetação (ou não vinculação) da receita de impostos, salvo nos casos

previstos pela própria Constituição:

REPARTIÇÃO DE IMPOSTOS DA UNIÃO COM OS ENTES SUBNACIONAIS

+ APLICAÇÃO NA SAÚDE

+ APLICAÇÃO NA EDUCAÇÃO

+ APLICAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

+ COMO GARANTIA EM OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR ANTECIPAÇÃO

DE RECEITA

+ (art. 167, §4º) PARA A PRESTAÇÃO DE GARANTIA OU

CONTRAGARANTIA À UNIÃO E PARA PAGAMENTO DE DÉBITOS PARA

COM ESTA.

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Ordem Econômica e Financeira

São princípios gerais da atividade econômica:

Nesse sentido, nossa Constituição Federal traz diversas disposições:

Ressalvados os casos previstos na Constituição, a

exploração direta de atividade econômica pelo Estado (feita

por meio das EPs e SEMs) só será permitida quando necessária

aos imperativos da segurança nacional ou a relevante

interesse coletivo, conforme definidos em lei.

As EPs e as SEMs não poderão gozar de privilégios fiscais não

extensivos às do setor privado.

Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o

Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização,

incentivo e planejamento, sendo este determinante para o

setor público e indicativo para o setor privado.

Princípiosgerais da ordem

econômica

soberania nacional

(ex.: tratado econômico internacional que atente contra princípio fundamental deve ser derrotado)

propriedade privada

(atende à função social, vide art. 5º, XXIII)

função social da propriedade

(tanto na política urbana - art. 182 e 183, quanto agrária - art. 184 a 191)

livre concorrência

(inclui a repressão ao abuso de poder econômico, vide art. 173, §4º)

defesa do consumidor

(vide art. 5º, XXXII)

defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e

serviços e de seus processos de elaboração e prestação

redução das desigualdades regionais e sociais

(vide art. 43 e art. 151, I)

busca do pleno emprego

tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede

e administração no País

(vide art. 179)

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A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios

dispensarão às MEs e às EPPs, tratamento jurídico

diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas

obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e

creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de

lei.

Vale aqui registrar uma distinção estabelecida pelo constituinte:

Por fim, temos disposições específicas na seara da política urbana e

política agrícola e fundiária e da reforma agrária.

A política de desenvolvimento urbano é:

Executada pelo Poder Público Municipal;

Formalizada no plano diretor, aprovado pela Câmara

Municipal, obrigatório para cidades com mais de 20.000

habitantes;

A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende

o plano diretor;

A usucapião de imóveis urbanos deve atender a diversos

requisitos:

Até 250 m²

Não pode ser imóvel público

Ocupação por 5 anos ininterruptos

Uso para moradia

Sem oposição

Desde que não seja proprietário de outro imóvel

(urbano ou rural)

Já a política agrícola e fundiária e da reforma agrária deve

observar:

Sempre exigem licitação

• a prestação de serviços públicos (art. 175)

Podem dispensar licitação em determinados casos

• as obras, serviços, compras e alienações (art. 37, XXI)

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Compete à União desapropriar por interesse social, para

fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja

cumprindo sua função social;

Não podem ser desapropriados para a reforma agrária a pequena

e média propriedade rural, desde que seu proprietário não possua

outra, e a propriedade produtiva;

A função social é cumprida quando a propriedade rural atende,

simultaneamente: I - aproveitamento racional e adequado; II -

utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e

preservação do meio ambiente; III - observância das disposições

que regulam as relações de trabalho; IV - exploração que

favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

A usucapião de imóveis rurais deve atender a diversos

requisitos:

Até 50 hectares (500.000m²)

Não pode ser imóvel público

Ocupação por 5 anos ininterruptos

Uso produtivo e para moradia

Sem oposição

Desde que não seja proprietário de outro imóvel

(urbano ou rural)

É regra comum aos imóveis públicos, urbanos e rurais que eles não

podem ser adquiridos por usucapião.

Por fim, devem ser observas as regras de desapropriação:

PROPRIEDADE URBANA

Desapropriação ordinária

Indenização em dinheiro

Imóvel não cumpre função

social

Indenização em títulos da dívida

pública

PROPRIEDADE RURAL

Benfeitorias úteis e

necessárias

Indenização em dinheiro

Desapropriação ordinária +Imóvel não

cumpre função social

Indenização em títulos da dívida

agrária

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A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como

objetivo o bem-estar e a justiça sociais.

Desdobra-se sobre os seguintes eixos:

Vejamos os principais separadamente.

Seguridade Social – Disposições Gerais

Compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos

Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos

relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

Tem por princípios:

OR

DEM

SO

CIA

L

Seguridade Social

(art. 194 a 204)

Saúde

(art. 196 a 200)

Previdência Social

(art. 201 e 202)

Assistência Social

(art. 203 e 204)Educação, Cultura e Desporto

(art. 205 a 217)

Ciência,Tecnologia e Inovação

(art. 218 e 219)

Comunicação Social

(art. 220 a 224)

Meio Ambiente

(art. 225)

Família, Criança, Adolescente, Jovem e Idoso

(art. 226 a 230)

Índios

(art. 231 e 232)

ORDEM SOCIAL.

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A seguridade social será financiada por toda a sociedade, mediante

recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais (novas

poderão ser instituídas por lei complementar):

Princípios da seguridade

social

universalidade da cobertura e do atendimento

uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais

seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços

irredutibilidade do valor dos benefícios

equidade na forma de participação no custeio

diversidade da base de financiamento

caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com

participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados

SEGURIDADE

SOCIAL

EMPREGADORES TRABALHADORES (não incidindo

contribuição sobre

aposentadorias e

pensões concedidas

pelo RGPS)

IMPORTAÇÃO

DE BENS E

SERVIÇOS

CONCURSOS DE

PROGNÓSTICOS

FOLHA DE

PAGAMENTO

RECEITA/

FATURAMENTO

LUCRO

Contribuição patronal

previdenciária

COFINS e

PIS/PASEP

CSLL

COFINS-

Importação e

PIS/PASEP-

Importação

CIDE-

Importação VALOR

ADUANEIRO

TODOS ENTES

PODEM

INSTITUIR

(sobre seus

servidores) –

alíquotas paritárias

às da União

QUEM INSTITUI É

A UNIÃO

poderão ter alíquotas

ou BC diferenciadas, em

razão da atividade

econômica, da utilização

intensiva de mão-de-

obra, do porte da

empresa ou da condição estrutural do mercado

de trabalho

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Seguridade Social – Saúde

A saúde é direito de todos e dever do Estado. As políticas, ações e

serviços de saúde têm natureza preventiva e reparadora.

Compete:

São diretrizes do SUS:

As instituições privadas poderão participar do SUS de forma

complementar, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público

Poder Público

Regulamentação, fiscalização e

controle

Execução de ações e serviços de saúde

Pessoa física ou jurídica de direito

privadoExecução de ações e serviços de saúde

Diretrizes do Sistema Unico de

Saúde

descentralização, com direção única em

cada esfera de governo

atendimento integral, com

prioridade para as atividades preventivas,

sem prejuízo dos serviços assistenciais

participação da comunidade

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ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins

lucrativos.

Porém, é vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou

subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

Por fim, ao SUS compete, dentre outras atribuições:

Seguridade Social – Previdência Social

A Previdência Social é organizada sob a forma de regime geral, de

caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que

preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e atende à:

CO

MPETÊN

CIA

S D

O S

US

controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos,

imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos

executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador

ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde

participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico

incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico

fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano

participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos

colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho

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São regras gerais da previdência social:

É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a

concessão de aposentadoria aos beneficiários do RGPS, ressalvados

os casos de atividades exercidas sob condições especiais que

prejudiquem a saúde ou a integridade física e quando se tratar

de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em

lei complementar.

É vedada a filiação ao RGPS, na qualidade de segurado

facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.

O regime de previdência privada complementar é organizado de

forma autônoma em relação ao RGPS, e será facultativo.

É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela

União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias,

fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e outras

entidades públicas, salvo na qualidade de patrocinador, situação

na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá

exceder a do segurado.

Regra geral da aposentadoria no RGPS:

Atendimentos da previdência

social

aposentadoria

cobertura de eventos por doença, invalidez, morte e idade avançada

proteção à maternidade, especialmente à gestante

proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário

salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda

pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes

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Seguridade Social – Assistência Social

A assistência social será prestada a quem dela necessitar,

independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por

objetivos:

Aposentadoria

Por tempo de contribuição

35 anos de contribuição, se homem, e 30 anos de contribuição, se mulher

Por idade

65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o

produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal

Obje

tivos d

a S

eguri

dade S

ocia

l a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice

o amparo às crianças e adolescentes carentes

a promoção da integração ao mercado de trabalho

a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária

a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à

própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei

- 5 anos para o professor que comprove exclusivamente

tempo de efetivo exercício das funções de magistério na

educação infantil e no ensino fundamental e médio

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As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas

com recursos do orçamento da seguridade social, além de outras fontes, e

organizadas com base nas seguintes diretrizes:

Educação, Cultura e Desporto

O ensino é público e obrigatório (educação básica) e livre à iniciativa

privada (desde que observe as normas gerais da educação nacional e sendo

periodicamente avaliada pelo poder público).

O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia

de, dentre outros:

I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade,

assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram

acesso na idade própria;

II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de

deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 anos

de idade;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação

artística, segundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do

educando;

Diretrizes na Assistência Social

descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a

coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades

beneficentes e de assistência social

participação da população, por meio de organizações

representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em

todos os níveis

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As universidades gozam de autonomia didático-científica,

administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao

princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

É facultado às universidades admitir professores, técnicos e cientistas

estrangeiros, na forma da lei.

O ensino religioso é de matrícula facultativa, e constituirá

disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental.

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em

regime de colaboração seus sistemas de ensino.

União Instituições de ensino públicas federais, assistência técnica e

financeira geral

Municípios Atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na

educação infantil

Estados e DF Atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio

A União aplicará, anualmente, nunca menos de 18%, e os Estados,

o Distrito Federal e os Municípios 25%, no mínimo, da receita resultante

de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na

manutenção e desenvolvimento do ensino.

No campo da cultura, o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos

direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e

incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.

Previsão de um Sistema Nacional de Cultura.

regulamentado por lei federal;

leis próprias dos Estados, DF e Municípios organizarão os sistemas de

cultura dos respectivos entes.

Por fim, no campo do desporto, temos como disposições

constitucionais de relevo:

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É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-

formais.

O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às

competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça

desportiva (instância de curso forçado).

A justiça desportiva terá o prazo máximo de 60 dias, contados da

instauração do processo, para proferir decisão final.

Comunicação Social

A diretriz geral é a livre manifestação do pensamento, a criação,

a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo.

Principais diretrizes:

Compete à lei federal regular as diversões e espetáculos públicos.

A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos,

medicamentos e terapias estará sujeita a restrições legais.

Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente,

ser objeto de monopólio ou oligopólio.

A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de

sons e imagens é [...]

privativa de brasileiro natos ou naturalizados há mais de 10

anos

ou de pessoas jurídicas

constituídas sob as leis brasileiras e tenham sede

no País

Em qualquer caso, pelo menos 70% do capital total e do capital votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão

sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a

brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o

conteúdo da programação

A responsabilidade editorial e as atividades de seleção e direção da programação veiculada são privativas de

brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 anos, em qualquer meio de comunicação social.

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Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão

e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e

imagens. O prazo da concessão ou permissão será de 10 anos para as

emissoras de rádio e de 15 para as de televisão.

A não renovação da concessão ou permissão dependerá de aprovação

de, no mínimo, 2/5 do Congresso Nacional, em votação nominal.

O cancelamento da concessão ou permissão, antes de vencido o prazo,

depende de decisão judicial.

Meio Ambiente

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem

de uso comum do povo, impondo-se ao Poder Público e à coletividade

o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente

sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e

administrativas, independentemente da obrigação de reparar os

danos causados.

São patrimônio nacional (não bens da União), devendo ter sua

utilização regulada por lei:

Floresta Amazônica (porção brasileira)

Mata Atlântica

Serra do Mar

Pantanal Mato-Grossense

Zona Costeira

As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua

localização definida em lei federal.

Não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais,

desde que sejam manifestações culturais, conforme estabelece a

Constituição Federal, registradas como bem de natureza imaterial integrante

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do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei

específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos.

Família, Criança, Adolescente, Jovem e Idoso

A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado (a

jurisprudência adota um conceito expansivo de família).

O casamento é civil e gratuita a celebração. Pode ser dissolvido

pelo divórcio.

O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei.

Além da família constituída pelo casamento, é reconhecida a união

estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei

facilitar sua conversão em casamento, assim como a comunidade formada

por qualquer dos pais e seus descendentes (no campo da união estável,

a jurisprudência recente também adota um conceito expansivo).

O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo

ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse

direito, vedada qualquer coerção por parte de instituições oficiais ou

privadas.

A adoção deve ser assistida pelo poder público e pode, na forma da

lei, ser também efetivada por estrangeiros.

Não podem haver discriminações entre filhos tidos ou não no âmbito

do casamento (ex.: tratamento diferenciado entre adotado x filho biológico).

Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os

filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência

ou enfermidade.

Os menores de 18 anos são penalmente inimputáveis.

Aos maiores de 65 anos é garantida a gratuidade dos transportes

coletivos urbanos (leis específicas podem reduzir ainda mais essa idade em

cada ente).

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Índios

À União compete demarcar as terras indígenas.

Essas terras:

destinam-se a sua posse posse permanente,

cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do

solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.

podem ter seus recursos hídricos, incluídos os

potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das

riquezas minerais em terras indígenas aproveitados

com autorização do Congresso Nacional,

ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes

assegurada participação nos resultados da

lavra, na forma da lei.

são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos

sobre elas, imprescritíveis.

É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras,

salvo, "ad referendum" do CN, em caso de catástrofe

ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no

interesse da soberania do País, após deliberação do

CN, garantido, em qualquer hipótese, o retorno

imediato logo que cesse o risco.

São nulos e extintos (e não “anuláveis”), não produzindo

efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o

domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a

exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos

nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da

União, segundo o que dispuser LC, não gerando a nulidade

e a extinção direito a indenização ou a ações contra a

União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias

derivadas da ocupação de boa fé