Prof. Jorge Esper Esp. Sade Pblica Mestre em Medicina
Epidemiologia Doutorando em Medicina Patologia
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ENERGIAS EM MEDICINA LEGAL
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ENERGIAS DE ORDEM MECNICA TRAUMATOLOGIA MDICO LEGAL
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TRAUMATISMO: Qualquer leso, aberta ou fechada, produzida no
organismo pela ao mecnica de um agente exgeno LESO: a)Medicina
Curativa: a alterao anatmica ou funcional do rgo. b) Medicina
Pericial: Qualquer modificao de normalidade de origem externa,
capaz de provocardano pessoal em decorrncia de culpa, dolo ou
acidente c) Doutrina Penal: Conseqncia de um ato violento, capaz de
produzir direta ou indiretamente, qualquer dano a integridade ou a
sade de algum ou responsvel pelo agravamento ou continuidade de uma
perturbao j existente d) Leso Corporal: So as que atingem a
integridade fsica e psquica de algum e) Leses Pessoais: So as que
atingem ao corpo, a sade e mente.
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CLASSIFICAO DAS LESES Quanto a Quantidade: Leves, Graves,
Gravssimas e Seguida de Morte Quanto a Qualidade: 1) Ofensa a
integridade corporal; 2) Incapacidade para as ocupaes habituais; 3)
Incapacidade permanente para o trabalho.
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VIOLNCIA: toda ao material ou presso moral exercida contra uma
pessoa, visando submet-la a vontade de outrem (Fsica, Moral,
Presumida) CAUSA: o que leva a resultados imediatos e responsveis
por determinada leso, suscitando uma relao entre causa e efeito
CONCAUSA: So as causas ou fatores que se associam para o
agravamento ou melhora de uma leso; geralmente so alegadas quando
se produz agravamento
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ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTE Pr-existentes: A atira em B, B tomou
veneno e morre. Concomitantes: A atira em B, B est infartando e
morre do infarto. Supervenientes: A atira em B,B entra em casa e o
teto cai e o mata.
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RELATIVAMENTE INDEPENDENTE Pr-existente:A atira em B, B
hemoflico e morre de hemorragia * Homicdio Concomitante:A atira em
B, B est infartando e piora (contribui p/ o xito letal) * Homicdio
Superveniente: A atira em B, B na ambulncia sofre coliso e morre. *
Tentativa de Homicdio Desdobramento fsico da ao: A atira em B, B
complica da cirurgia. * Homicdio.
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FERIDA: o retrato do ferimento e este o ato, a ao de ferir. Ex:
Pedro foi atropelado (ferimento) e sofreu as seguintes leses
(feridas) SEDE DAS LESES: a regio anatmica da vtima onde foi
aplicado o trauma. de interesse mdico e jurdico SADE: " o estado de
completo bem estar fsico, mental e social e no apenas a ausncia de
doena"
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ENERGIAS DE ORDEM MECNICA (INSTRUMENTOS) INSTRUMENTO PERFURANTE
Possuem forma cilndrica- cnica, so alongados, finos e
pontiagudos
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MECANISMO DE AO Atuam por presso atravs da ponta e afastamento
das fibras do tecido
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LESES As leses produzidas por estes instrumentos so solues de
continuidade que se denominam feridas punctrias
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DIAGNSTICO O tipo de instrumento ser diagnosticado pela
qualidade das leses O diagnstico da leso em si, no permite que para
avaliao do seu alcance, se faam sondagens, desaconselhadas
formalmente pela possibilidade de, elas mesmas, produzirem falsos
trajetos ou alterarem os correspondentes ao instrumento
empregado.
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PROGNSTICO extremamente varivel, pois, o instrumento no
contaminado facilitar a recuperao, mas caso ocorra processo
infeccioso tudo se modificar.
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NATUREZA JURDICA Geralmente homicdios, principalmente entre
detentos. Recm-nascidos tambm podem ser vtimas desse tipo de leso
(infanticdio). No de se desprezar a possibilidade de acidente comum
ou do trabalho. Como meio de suicdio no muito frequente.
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PERCIA A percia envolve sempre o exame das leses em sua forma,
aspecto, dimenses e demais caracteres que sirvam no s para a
determinao diagnstica, mais ainda para pesquisar o instrumento que
as produziu
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INSTRUMENTO CORTANTE todo instrumento que atuando linearmente
sobre a pele ou sobre os rgos, produz feridas incisas
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MECANISMO DE AO Agem por presso e deslizamento produzindo a
seco uniforme dos tecidos
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LESES Possuem bordas ntidas e regulares H hemorragia geralmente
abundante Corte perfeito dos tecidos moles Ausncia de outro trauma
em torno da leso
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DIAGNSTICO necessrio estudar cuidadosamente os caracteres da
leso, no sendo omitido o exame minucioso das vestes quando a regio
afetada era coberta por ela.
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PROGNSTICO Depende da sede comprometida, da extenso e
profundidade do ferimento So mortais quando atingem a regio do
pescoo esgorjamento e degolamento No caso de atingir nervos de
membros, podem produzir perturbaes motora e sensitiva, e da
debilidade do segmento, enfermidade incurvel que pode impedir o
trabalho
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NATUREZA JURDICA Podem variar, homicida frequentemente, mas
pode tratar-se de leso de defesa (indicativo de luta) ou mesmo
suicida A leso acidental pode ocorrer, mas geralmente de menor
gravidade e no chega ao legista, seno ao clnico.
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PERCIA Elemento cortante Nmero de leses Sede Direo
Caractersticas Profundidade Regularidade Leses de defesa
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INSTRUMENTO CONTUNDENTE todo instrumento ou objeto rombo capaz
de agir traumaticamente sobre o organismo
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SLIDO
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LQUIDO
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GASOSO
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NATURAIS
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USUAIS
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EVENTUAIS
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MECANISMO DE AO Ativo: quando o objeto possuidor de fora viva,
choca-se contra o corpo da vtima Passivo: quando o corpo da vtima,
sob ao da fora viva, choca-se contra o objeto Misto: quando tanto o
corpo da vtima, quanto o objeto possuidor de fora viva, chocam-se
entre si
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LESES Depende da intensidade do seu movimento De sua dinmica
traumatizante A regio do corpo atingida As leses decorrentes podero
ser superficiais ou profundas
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LESES RUBEFAO: alterao vasomotora da regio; dura cerca de duas
horas no mximo
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LESES EDEMA: derrame seroso
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LESES ESCORIAO: perda traumtica da epiderme (serosidade, gotas
de sangue, crosta)
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LESES EQUIMOSE: derrame hemtico que infiltra e coagula nas
malhas do tecido Permite dizer qual o ponto onde se produziu a
violncia Indica a natureza do atentado Pode afirmar se o indivduo
achava-se vivo no momento do traumatismo Indica a data provvel da
violncia
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Espectro equimtico de LEGRAND DE SAULLE 1 dia: lvida ou
vermelha 2 e 3 dia: arroxeada 4 e 6 dia: azul 7 ao 10 dia:
esverdeada 10 ao 12 dia: amarela-esverdeada 12 ao 17 dia:
amarela
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EQUIMOSES
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LESES HEMATOMA: uma coleo hemtica produzida pelo sangue
extravasado de vasos calibrosos, no capilares, que descola a pele e
afasta a trama dos tecidos formando uma cavidade circunscrita onde
se deposita.
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LESES BOSSA SANGUNEA: um hematoma em que o derrame sanguneo
impossibilitado de se difundir nos tecidos moles em geral, por
planos sseos subjacentes, coleciona determinando a formao de
verdadeiras bossas.
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LESES BOSSA LINFTICA: so colees de linfas produzidas por
contuses tangenciais, como acontece nos atropelamentos, em que os
pneus, por atrio, deslocam a pele formando grandes bossas
linfticas, entre o plano sseo e os tegumentos.
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LESES LUXAO: o afastamento repentino e duradouro de uma das
extremidades.
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LESES FRATURA: a soluo de continuidade, parcial ou total dos
ossos submetidos ao de instrumentos contundente
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LESES FERIDA CONTUSA: Forma, fundo e vertentes irregulares;
Bordas escovadas; ngulos obtusos; Derrame hemorrgico externo menos
intenso do que na ferida incisa; Aspecto tormentoso no seu
interior; Retalhos conservados em forma de ponte, unindo as margens
da leso, contrastando com os tecidos mortificados; Nervos, vasos ou
tendes, conservados no fundo da leso.
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DIAGNSTICO Na apreciao detalhada das equimoses preciso
distingui-las das hipstases, das equimoses espontneas post mortem,
das pseudo-equimoses, traumatismos post- mortem, das doenas como
prpura, escorbuto, hemofilia, intoxicao por arsnio, epilepsia
etc
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PROGNSTICO Depende da leso em si Conforme a regio, ferida
seccionando ou dilacerando rgos importantes Dependendo do peso da
arma e fora viva com que esta acionada Em geral o prognstico grave
quanto vida, ou em hiptese mais benigna, quanto importncia,
causando um dano que incapacite para o trabalho.
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NATUREZA JURDICA Do ponto de vista jurdico, essas leses podem
significar dependendo da sede, a natureza de uma violncia: pescoo,
rosto, orifcios, regio genital etc. A forma caracteriza o
instrumento ou meio que as produziu. As dimenses para identificar o
agente produtor, quando produzidas com vida a existncia de reao
prpria finalmente a sede, a forma e a disposio so elementos que bem
estudados podem esclarecer a possibilidade de simulaes, podendo
evidenciar se foi homicdio, acidente ou suicdio.
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PERCIA A importncia de realizao de uma percia bem feita, traduz
a possibilidade da identificao do agente da leso e tambm, o tipo ou
natureza do crime, atravs, evidentemente de pesquisas minuciosas e
detalhadas da leso.
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INSTRUMENTO CORTO- CONTUNDENTE So instrumentos que possuem gume
rombo, de corte embotado e que agindo sobre o organismo, rompe a
integridade da pele, produzindo feridas irregulares, retradas e com
bordas muito traumatizadas.
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MECANISMO DE AO Agem por presso e percusso ou deslizamento A
leso se faz mais pelo prprio peso e intensidade de manejo, do que
pelo gume de que so dotados
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LESES A forma das feridas varia conforme a regio comprometida,
a intensidade de manejo, a inclinao, o peso e o fio do instrumento
So em regra mutilantes, abertas, grandes, fraturas, contuses nas
bordas, perda de substncia e cicatrizam por segunda inteno.
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DIAGNSTICO Ser feito com base no tipo de leso O diagnstico
depende da leso em si Depende se na regio atingida havia rgos
importantes Depende do peso da arma ou da fora viva com que esta
acionada
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PROGNSTICO Em geral, o prognstico grave quanto vida ou em
hiptese mais benigna, quanto importncia de um dano, incapacitando
para o trabalho, deformando, inutilizando membro etc.
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NATUREZA JURDICA mais frequente no homicdio e no acidente,
sendo raro no suicdio.
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PERCIA Na percia, o aspecto da escoriao suficiente para indicar
se o ferimento foi feito num indivduo vivo ou num cadver Permite
tambm concluses quanto ao objeto usado e a natureza do atentado As
escoriaes produzidas no vivo formam crosta. No cadver so lisas e
muito semelhantes ao aspecto de couro ou de pergaminho
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INSTRUMENTO PRFURO CORTANTE So aqueles que alm de perfurar o
organismo exercem lateralmente uma ao de corte
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CLASSIFICAO Classificao: Instrumento prfuro-cortante de um s
gume ou de um s bordo cortante Instrumento prfuro-cortante de dois
gumes ou de dois bordos cortantes Instrumento prfuro-cortante de
trs ou mais gumes ou bordos cortantes
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CARACTERSTICAS So instrumentos que, alm de perfurar, pela sua
ponta, ainda exercem lateralmente ao de corte Monocortante: faca,
peixeira, canivete Bicortante: punhal Tricortante: lima, florete
Multicortante: apontador de pedreiro, perfuratriz manual.
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MECANISMO DE AO Perfura = Presso Corta = Seco
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LESES Instrumento com um gume: ferida ovalar, com um ngulo
agudo e um ngulo arredondado Instrumento com dois gumes: dois
ngulos agudos Instrumento com trs gumes: feridas de forma
triangular Instrumento com muitos gumes: feridas parecidas com as
produzidas pelos instrumentos cnicos
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DIAGNSTICO Deve ser orientado no sentido de se caracterizar a
natureza da leso, condicionada ao instrumento que a produziu
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PROGNSTICO Dependem do local - Das formaes anatmicas atingidas
Da profundidade e largura - Da possibilidade de produzirem
infeces
PERCIA Dificilmente podemos calcular a largura do instrumento
pelo tamanho do ferimento O perito pode dar a ideia genrica do
elemento cortante, nmero de leses, sede, direo, caractersticas,
profundidade, regularidade, leses de defesa etc
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INSTRUMENTO PRFURO CONTUNDENTE todo agente traumtico que ao
atuar sobre o corpo, perfura-o e contunde simultaneamente
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INSTRUMENTO Os instrumentos desta classe so, na maioria das
vezes, os projeteis de arma de fogo Arma de Fogo: So as peas
constitudas de um ou dois canos, aberto numa das extremidades e
parcialmente fechados na parte de trs, por onde se coloca o
projtil
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CLASSIFICAO Quanto dimenso: portteis, semiportteis e no
portteis Quanto ao modo de carregar: Antecarga e Retrocarga Quanto
ao modo de percusso: Perdeneira e Espoleta Quanto ao calibre
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MUNIO Estojo ou cpsula: um receptculo de lato ou papelo
prensado, de forma cilndrica contendo os outros elementos da
munio
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MUNIO Espoleta: a parte do cartucho que se destina a inflamar a
carga. constitudo de fulminato de mercrio, de sulfeto de antimnio e
de nitrato de brio.
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MUNIO Bucha: um disco de feltro, carto, couro, borracha, cortia
ou metal, que se separa a plvora do projtil.
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MUNIO Plvora: uma substncia que explode pela combusto H a
plvora negra e a plvora branca. Esta ltima no tem fumaa Ambas
produzem de 800 a 900 cm3 de gases por grama de peso Em geral so
compostas de carvo pulverizados enxofre e salitre.
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MUNIO Projtil: o verdadeiro instrumento prfuro- contundente,
quase sempre de chumbo nu ou revestido de nquel ou qualquer outra
liga metlica. Os mais antigos eram esfricos. Os mais modernos so
cilndricos-ogivais.
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MECANISMO DE AO O projtil desloca-se da arma graas a combusto
da plvora, quando ganha movimento de rotao propulso, ao atingir o
alvo atuam por presso, havendo afastamento e rompimento das fibras.
O alvo tambm atingido por compresso de gases que acompanha o
projtil.
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LESES Uma leso completa por projtil de arma de fogo constituda
de 03 (trs) partes: Orifcio de entrada Trajeto Orifcio de sada
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ELEMENTOS DO ORIFCIO DE ENTRADA Zona de Contuso: Deve-se ao
arrancamento da epiderme motivado pelo movimento rotatrio do
projtil antes de penetrar no corpo, pois sua ao de incio
contundente Arola Equimtica: representada por uma zona superficial
e relativamente difusa da hemorragia oriunda da ruptura de pequenos
vasos localizados nas vizinhanas do ferimento.
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Orla de Enxugo: uma zona que se encontra nas proximidades do
orifcio, de cor quase sempre escura que se adaptou s faces da bala,
limpando-as dos resduos de plvora Zona de Tatuagem: mais ou menos
arredondadas, nos tiros perpendiculares, ou de formas crescentes
nos oblquos. resultante da impregnao de partculas de plvora
incombustas que alcanam o corpo.
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Zona de Esfumaamento: produzida pelo depsito de fuligem da
plvora ao redor do orifcio de entrada Zona de Chamuscamento ou
Queimadura: Tem como responsvel a ao super aquecida dos gases que
atingem e queimam o alvo Zona de Compresso de Gases: Vista apenas
nos primeiros instantes no vivo produzida graas a ao mecnica dos
gases, que acompanha o projtil quando atingem a pele
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Tiro Encostado: aquele dado com a boca da arma apoiada no alvo
Nesse caso todos os elementos que saem da arma penetra na vtima A
ferida de entrada adquire o aspecto de buraco de mina (Hoffman),
acompanhado de deslocamento trajeto
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Trajeto: o caminho que o projtil descreve dentro do organismo
aberto quando tem orifcio de sada e em fundo de saco, quando
termina em cavidade fechada. Pode ser retilneo ou sofrer desvios
Orifcio de Sada: o orifcio produzido pelo projtil isoladamente ou
aderido por corpos ou autor que a ele se juntam no decorrer do
trajeto.
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DIAGNSTICO Deve-se estudar cuidadosamente os caracteres acima
registrados, somando-se ao exame das vestes e objetos e
correlacionado com leses do corpo da vtima As caractersticas
envolvidas na leso podem fornecer dados para evidenciar a natureza
da origem dos ferimentos.
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PROGNSTICO Podem causar morte, perda da funo de um membro ou
rgo ou prejuzo da funo e ou deformidade local. A consequncia vai
depender: do tipo de arma, nmero de tiros, o calibre, a distncia,
idade e condies de sade prvia da vtima, do tempo decorrido entre o
recebimento do tiro e os primeiros socorros.
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NATUREZA JURDICA SUICDIO: Um ferimento, ponto de eleio
(tmporas, boca, prego precordial) Presena da arma na mo da vtima
Disparo a curta distncia, queima roupa ou com a arma apoiada Mos
escurecidas pela plvora.
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NATUREZA JURDICA HOMICDIO: Existncia de impresses digitais do
autor na arma ou nas cpsulas Vestgio do uso da arma nas mos do
atirador ACIDENTE
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PERCIA A percia envolve sempre o exame das leses, das vestes e
da munio So exames da alada do mdico; contudo, como complemento,
necessrio que ele seja auxiliado por outros tcnicos para o estudo
mais especializados
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PERCIA O mdico deve ter em mente certas questes para as quais
ele busca resposta Qual o orifcio de entrada? Qual a distncia do
tiro? Qual a arma usada? A vtima poderia ter realizado certos atos
antes da morte? As leses foram produzidas em vida ou depois da
morte? Qual a causa jurdica da morte? etc.