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Carolina Marques Oliveira
Prevenir a Brincar
Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo do
Ensino Bsico
Universidade Fernando Pessoa
Porto
2016
Carolina Marques Oliveira
Prevenir a Brincar
Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo do
Ensino Bsico
Universidade Fernando Pessoa
Porto
2016
Carolina Marques Oliveira
Prevenir a Brincar
Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo do
Ensino Bsico
________________________________________________________
Carolina Marques Oliveira
Trabalho apresentado Faculdade de Cincias
Humanas e Sociais da Universidade Fernando Pessoa
como parte dos requisitos para a obteno do grau de
Licenciada em Criminologia, sob orientao do
Professor Doutor Lus Santos.
Resumo
O presente trabalho aborda a problemtica dos comportamentos agressivos entre
crianas e a sua preveno, sendo que o seu objetivo visou a conceo de um programa
de preveno de comportamentos agressivos entre crianas, bem como na sua aplicao
numa Escola do Concelho de Mao. O programa, construdo a partir de uma necessidade
constatada pela equipa multidisciplinar da Comisso de Proteo e Crianas e Jovens do
mesmo Concelho, foi pensado de forma a promover competncias pessoais e sociais nos
alunos de modo a prevenir e reduzir os comportamentos agressivos entre eles.
O programa de preveno foi aplicado, em conjunto com a Comisso de Proteo
de Crianas e Jovens de Mao, na Escola Bsica de Mao e conta com uma amostra de
cinquenta e um alunos, com idades compreendidas entre os seis e os sete anos
correspondentes ao 1. e 2. anos de escolaridade. Os resultados foram conseguidos
atravs da aplicao de dois questionrios (pr e ps aplicao) de modo a perceber quais
as competncias que as crianas j haviam adquirido e as que desenvolveram atravs da
aplicao deste programa. Assim, os dados obtidos sugerem que no geral, as crianas
apresentaram melhorias estatisticamente significativas em relao ao questionrio
aplicado inicialmente. No entanto, determinadas competncias desenvolvidas,
nomeadamente, o saber elogiar e o saber identificar e expressar sentimentos, deveriam
ser trabalhadas durante mais tempo, ajudando as crianas a reconhecer, gerir as suas
emoes e a apreciarem as perspetivas dos outros, estabelecendo objetivos positivos e
tomarem decises responsveis ao longo da sua vida.
Palavras-chave: comportamentos agressivos, bullying, programa de preveno.
Abstract
This work addresses the problem of aggressive behavior among children and its
prevention, and its objective aimed at the conception of a program for the prevention of
aggressive behavior among children, as well as its application in a Mao County School.
The program, built from a perceived need by the multidisciplinary team of Protection
Commission and Children and Youth of the same county, was designed to promote
personal and social skills in students in order to prevent and reduce aggressive behavior
among them.
The prevention program was implemented in colaboration with the Committee on
Protection of Children and Youth Mao, the Basic School of Mao and has a
participation of fifty-one pupils, aged between six and seven years corresponding to 1 o
and 2 years of schooling. The results were achieved through the application of two
questionnaires (before and after application) in order to understand what skills the
children had already acquired and those developed through the implementation of this
program. Thus, the results suggest that in general, children showed statistically significant
improvements about the first questionnaire. However, certain developed skills in
particular to know praise and to know how to identify and express feelings, should be
worked for longer, helping children to recognize, to manage their emotions and to
appreciate the perspectives of others, setting positive objectives and take responsible
decisions throughout their lives.
Key-words: aggressive behavior; bullying; prevention program.
Dedicatria
Aos meus pais, Antnio e Anabela, por todo o apoio, amor, carinho, pacincia e
dedicao prestados em mais uma etapa da minha vida.
Ao meu irmo, Lus, pelo amor e pacincia, por me fazer sorrir em momentos
mais difceis e stressantes desta vida.
Com especial carinho, ao meu av, Manuel de Oliveira, que partiu cedo demais,
um anjo que morava na terra.
Agradecimentos
Aos meus familiares que, mesmo distantes, estiveram sempre presentes. Por todo
o amor, carinho e dedicao.
Aos meus amigos, por toda a fora que me deram em momentos mais conturbados
ao longo destes trs anos, pelo apoio e amizade nesta longa caminhada.
Ao meu namorado, Diogo, pela pacincia, amor e amizade dedicadas ao longo
destes anos.
Famlia Wahnon pela sua amizade, ateno, apoio e dedicao.
Comisso de Proteo de Crianas e Jovens de Mao, pelo agradvel
acolhimento durante o meu estgio, por toda a simpatia e ajuda concedida.
Ao meu orientador, Professor Doutor Lus Santos, pelo apoio prestado.
ndice
Resumo ............................................................................................................................. 4
Abstract ............................................................................................................................. 5
Dedicatria........................................................................................................................ 6
Agradecimentos ................................................................................................................ 7
I - Introduo .................................................................................................................. 12
II - Enquadramento Terico ........................................................................................... 13
IV - Descrio do Problema ........................................................................................... 14
1 - Caractersticas do bullying ........................................................................................ 14
2 - Contextos de vitimao e perpetrao ....................................................................... 14
3 - Tipologias do bullying ............................................................................................... 15
4 - Caracterizao da vtima e fatores de risco associados vitimao ......................... 16
5 - Caracterizao do/a agressor/a e fatores de risco associados perpetrao ............. 17
6 - Consequncias do bullying na vtima e no agressor .................................................. 19
V - Programa de Preveno Prevenir a Brincar............................................................. 21
1 - Objetivos ................................................................................................................... 22
2 Populao alvo .......................................................................................................... 22
3 Recursos ................................................................................................................... 22
4 Metodologia .............................................................................................................. 23
5 Atividades / Estrutura do programa .......................................................................... 24
6 Apresentao, anlise e discusso dos resultados .................................................... 27
6.1 Apresentao dos resultados .................................................................................. 27
6.2 Anlise e discusso dos resultados ........................................................................ 29
VI Concluso ............................................................................................................... 41
Bibliografia ..................................................................................................................... 43
Anexos ............................................................................................................................ 45
ndice de Tabelas
Tabela 1 - Fatores de risco associados vtima (APAV, 2011). .................................... 17
Tabela 2 - Fatores de risco associado perpetrao (APAV, 2011). ............................. 18
ndice de Figuras
Figura 1 - Avaliao inicial: Respostas corretas no total de alunos por turma. ............. 28
Figura 2 - Avaliao final: Respostas corretas no total de alunos por turma. ................ 29
Figura 3 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo A da Avaliao Inicial. ..... 30
Figura 4 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo A da Avaliao Final. ....... 31
Figura 5 - Respostas obtidas na segunda questo do grupo A da Avaliao Final. ....... 31
Figura 6 - Respostas obtidas na segunda questo do grupo A da Avaliao Final. ....... 31
Figura 7 - Respostas obtidas na terceira questo do grupo A da Avaliao Inicial ....... 32
Figura 8 - Respostas obtidas na terceira questo do grupo A da Avaliao Final. ........ 32
Figura 9 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo B da Avaliao Inicial. ..... 33
Figura 10 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo B da Avaliao Final. ..... 33
Figura 11 - Respostas obtidas na segunda questo do grupo B da Avaliao Final. ..... 34
Figura 12 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo C da Avaliao Inicial. ... 35
Figura 13 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo C da Avaliao Final. ..... 35
Figura 14 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo D da Avaliao Inicial. ... 36
Figura 15 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo D da Avaliao Final. ..... 36
Figura 16 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo E da Avaliao Inicial. ... 37
Figura 17 - Respostas obtidas na segunda questo do grupo E da Avaliao Inicial. .... 37
Figura 18 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo E da Avaliao Final. ..... 38
Figura 19 - Respostas obtidas na segunda questo do grupo E da Avaliao Final. ...... 38
Figura 20 - Respostas obtidas na questo do grupo F da Avaliao Inicial. .................. 39
Figura 21 - Respostas obtidas na questo do grupo F da Avaliao Final. .................... 40
ndice de Anexos
Anexo 1 - Autorizao para os Encarregados de Educao dos Alunos participantes no
Programa Prevenir a Brincar
Anexo 2 - Material didtico para o Programa Prevenir a Brincar- Cartes com questes
Anexo 3 - Material didtico para o Programa Prevenir a Brincar- Ficha de trabalho
sou nico e especial
Anexo 4 - Material didtico para o Programa Prevenir a Brincar- Dados dos
sentimentos
Anexo 5 - Material didtico para o Programa Prevenir a Brincar Famlia dos
sentimentos
Anexo 6 - Material didtico para o Programa Prevenir a Brincar- Puzzle dos
sentimentos
Anexo 7 - Material didtico para o Programa Prevenir a Brincar- Jogo da memria
Anexo 8 - Material didtico para o Programa Prevenir a Brincar Cartes dos elogios
Anexo 9 - Material didtico para o Programa Prevenir a Brincar- A histria do
Pinquio
Anexo 10 - Livro de oferta aos participantes do Programa Prevenir a Brincar
Anexo 11 - Questionrio de avaliao inicial do Programa Prevenir a Brincar
Anexo 12 - Questionrio de avaliao final do Programa Prevenir a Brincar
Anexo 13 - Plano de atividades do Programa Prevenir a Brincar
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
12
I - Introduo
O comportamento agressivo e violento entre as crianas tem vindo a aumentar
gradualmente, sendo um fator bastante percetvel na sociedade e com maior visibilidade
nos rgos de comunicao social. O fenmeno do bullying tem vindo a evidenciar-se
cada vez mais e, principalmente, em contexto escolar. Todos os atos que configuram o
bullying esto tipificados e so punidos perante a lei portuguesa, tais como, a ofensa
integridade fsica presente nos artigos 143 a 146, a difamao e injria presentes nos
artigos 180 e 181 do Cdigo Penal, por exemplo. Existe, portanto, uma grande
necessidade em prevenir e intervir neste fenmeno de modo a diminu-lo.
O objetivo deste Projeto de Graduao assenta na elaborao de um programa de
preveno de comportamentos agressivos entre crianas, incidindo essencialmente sobre
o bullying, promovendo competncias pessoais e sociais a crianas do primeiro e segundo
ano da Escola Bsica de Mao.
Este trabalho est organizado e dividido em trs captulos principais sendo que,
no primeiro abordado o conceito de bullying apresentado sob as diversas perspetivas de
alguns autores; no segundo captulo so desenvolvidas, atravs de uma reviso da
literatura, as temticas do bullying: caractersticas, contextos de vitimao e perpetrao,
tipologias, caracterizao da vtima e do agressor bem como os fatores de risco associados
a cada um e as consequncias do bullying tanto na vtima como no seu agressor.
Por fim, no terceiro captulo apresentado o programa de preveno Prevenir a
Brincar, a ser aplicado na Escola Bsica de Mao, composto pelos seus objetivos,
populao alvo, recursos, metodologia, estrutura do programa, avaliao e discusso dos
resultados.
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
13
II - Enquadramento Terico
O bullying (bully autor da ao, bullying ao de intimidar) definido pela
primeira vez por Olweus em 1978: A vitimizao ou o maltrato por abuso entre iguais uma
conduta de agresso fsica e/ou psicolgica realizada pelo aluno ou alunos elegendo outro aluno como
vtima dos seus ataques. Esta ao negativa, intencionada e repetida coloca as vtimas em posies de que,
dificilmente, podem sair pelos seus prprios meios. A continuidade destas agresses provoca nas vtimas
efeitos claramente negativos: baixa da sua autoestima, estados de ansiedade e mesmo quadros depressivos,
o que dificulta a sua integrao no meio escolar e o desenvolvimento normal das aprendizagens (Olweus,
1978, cit. in Serrate, 2014, p. 16).
De acordo com a American Psychological Association (APA), o bullying uma
forma de comportamento agressivo em que algum intencionalmente e repetidamente
causa ferimentos ou desconforto a outra pessoa. O bullying pode assumir a forma de
contacto fsico, palavras ou aes mais subtis.
Segundo Fante (2005): [...] bullying um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e
repetitivas que ocorrem sem motivao evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro (s), causando
dor, angstia e sofrimento. Insultos, intimidaes, apelidos cruis, gozaes que magoam profundamente,
acusaes injustas, atuao de grupos que hostilizam, ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos
levando-os excluso, alm de danos fsicos, morais e materiais, so algumas das manifestaes do
"comportamento bullying" (Fante, 2005, pp. 28 e 29).
Por fim, Serrate (2014) menciona que bullying o termo utilizado para referenciar
o procedimento de intimidao constante por parte de um ou mais sujeitos relativamente
a outro com impossibilidade de defesa.
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
14
IV - Descrio do Problema
1 - Caractersticas do bullying
Segundo Serrate (2014), de forma a no ser confundido por situaes de
indisciplina ou mau comportamento, devem ter-se em considerao algumas
caractersticas especficas do bullying:
- Vtima indefesa: Atacada por um provocador / provocadores.
- Persistncia /continuidade: A ao repetida durante um longo perodo de tempo.
- Tolerncia dor: A ao supe uma dor, no apenas no instante do ato mas com alguma
continuidade de modo a que a vtima ganhe espectativas de futuras agresses e um
sentimento de insegurana constante.
- Desigualdade de poder: Existe uma relao de submisso, qual a vtima se sente em
situao de inferioridade, havendo um desequilbrio de foras e uma maior fragilidade
em relao ao agressor.
- Dirigida a um sujeito e exercida individualmente ou em grupo: Habitualmente, a ao
perpetrada apenas a um s indivduo, podendo haver excees. A mesma pode ser dirigida
por um s agressor ou por um grupo de agressores.
2 - Contextos de vitimao e perpetrao
De acordo com a APAV (2011), os comportamentos agressivos entre crianas
surgem, normalmente, em contexto escolar, nomeadamente em locais carentes de
proteo e vigilncia, tendo os recreios como palco principal. No entanto, locais sem
superviso adulta podem ser tambm utilizados na perpetrao da violncia, como por
exemplo, trajeto casa escola, fila para a cantina e no autocarro.
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
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15
Almeida (2012), menciona que existem mltiplas causas que favorecem situaes
de bullying e que so amplificadas pela diversidade existente no contexto escolar, uma
vez que a fraternizam jovens de distintas etnias, culturas e nveis socioeconmicos muito
diferenciados.
3 - Tipologias do bullying
De acordo com Olweus (1993), o bullying pode ocorrer a partir de duas formas:
bullying direto e bullying indireto. O bullying direto envolve ataques de um aluno contra
outro, incluindo palavras, gestos, expresses faciais e contato fsico. O bullying indireto
manifesta-se sob a forma de isolamento social e excluso intencional a partir de um grupo.
(Olweus, 1993, p. 10).
Este fenmeno manifesta-se, assim, sob a forma de diversos comportamentos:
i. Direto
Fsico (e.g., bater, empurrar, agredir com objetos, roubar ou danificar objetos,
extorquir dinheiro, obrigar a vtima a realizar tarefas contra a sua vontade);
Verbal (e.g., desprezar, insultar, chamar nomes, gozar);
Psicolgico (e.g., intimidar, ameaar);
ii. Indireto
Agresso social (e.g., sob a forma de rumores pejorativos, destruir a reputao do
outro, manipular a vida social dos pares).
Excluso social (e.g., sob a forma de isolamento social, e de excluso deliberada
de um grupo).
Atualmente tem-se vindo a observar outro tipo de bullying: o Cyberbullying
utiliza as novas tecnologias para agredir verbalmente a vtima e/ou contribuir para a sua
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
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excluso e isolamento social. O uso da tecnologia eletrnica como meio de intimidao e
assdio pode envolver:
Ameaa ou assdio por e-mails ou mensagens instantneas;
Criao de um site que deprecia ou ridiculariza outro estudante;
Tirar fotos inapropriadas de outros alunos sem a sua permisso e compartilh-
las com outras pessoas ou public-las num site da internet;
Roubar as senhas de algum e enviar mensagens para os outros
Usar telemveis para enviar ameaas ou assediar atravs de mensagens de
texto.
4 - Caracterizao da vtima e fatores de risco associados vitimao
Segundo Boulton e Smith (1994): a vtima algum com quem frequentemente implicam,
ou que lhe batem, ou que a arreliam, ou que lhe fazem outras coisas desagradveis sem uma boa razo.
(Boulton e Smith, 1994, cit. in Carvalhosa, 2010, p. 22).
De acordo com Carvalhosa, 2010, as vtimas tendem a ser mais ansiosas e
deprimidas, exibindo sentimentos de infelicidade, tristeza e insegurana. Possuem uma
baixa autoestima e fraca autoconfiana, sofrendo de rejeio pelos pares. Consideram a
escola desagradvel e podendo at rejeitar a ida escola.
Na caracterizao da vtima esto associados alguns fatores de risco,
nomeadamente, individuais, relacionais, comunitrios e sociais. Os fatores de risco que
as crianas podero reunir, iro, de certa forma, contribuir para um aumento da
probabilidade de vitimao. Na tabela 1 ser possvel verificar alguns fatores de risco
associados vtima:
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
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5 - Caracterizao do/a agressor/a e fatores de risco associados perpetrao
Embora se denomine sempre um agressor, importante esclarecer que o bullying
pode ser, tambm, perpetrado pelo sexo feminino. Segundo Haber e Glatzer (2009), os
agressores so, na maioria, populares, perspicazes, com uma vasto leque de amigos,
adorveis e inocentes perante os adultos. Mantm o estatuto social fazendo com que os
outros se tornem objetos do seu escrnio e ridicularizando-os. Para a maioria das pessoas,
parecem lderes, no entanto, os agressores no tm empatia, e isso pode ser o elemento
mais crtico na sua diferena perante os outros. Assim, para o perpetrador, qualquer
transparncia de vulnerabilidade por parte do outro far com que seja um alvo mais
presumvel.
Fatores de risco da vtima
Individuais Relacionais Comunitrios Sociais
Sexo masculino
Mais jovens e
fracos
Pobres
competncias
interpessoais
Dificuldade na
identificao,
sinalizao e
atuao ao bullying
Desvalorizao da
violncia em
contexto escolar
Reduzida
autoestima /
Elevada
insegurana
Isolamento relativo
aos pares
Ausncia de
comunicao
acerca das
temticas da
vitimao
Ausncia de
normas e regras
relativas quilo que
ou no aceitvel
socialmente
Vulnerabilidade /
Fragilidade
emocional
Baixo nvel
socioeconmico
Escassez e
inconsistncia de
consequncias
punitivas para este
tipo de conduta
Dfices de ateno
e hiperatividade
Tabela 1 - Fatores de risco associados vtima (APAV, 2011).
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
18
A caracterizao do agressor pode, tambm ser analisada de acordo com os
mesmos indicadores de risco identificados na vtima, de resto, tal como se demonstra na
tabela que se segue:
Fatores de risco
Individuais Relacionais Comunitrios Sociais
Sexo masculino Associao a pares
desviantes
Fraco rendimento
escolar
Desvalorizao
social da violncia
em contexto escolar
Fisicamente
maiores e mais
fortes
Baixo nvel
socioeconmico
Absentismo Ausncia de um
cdigo de conduta
Faixas etrias
inferiores
Temperamento
difcil Reduzida
ansiedade
Reduzido suporte
social
Monoparentalidade
Conflito
interparental
Ausncia de
informao e
comunicao
acerca das
temticas da
violncia
Falta de meios de
punio
Agressividade,
impulsividade,
irritabilidade
Reduzida
afetividade e
comunicao entre
os elementos do
agregado
Inconsistncia na
atuao punitiva
face aos seus
autores
Perturbaes do
comportamento
Tolerncia face ao
recurso violncia
e agressividade
Perceo de
insegurana que o
ambiente escolar
transmite aos
alunos
Envolvimento em
comportamentos de
risco e delinquncia
Menor superviso
parental
Hiperatividade e
dfice de ateno
Recurso a prticas
educativas
punitivas ou
inconsistentes por
parte dos
progenitores
Elevada autoestima
e um menor
desenvolvimento
cognitivo
Ambientes
familiares com
agentes stressores
Tabela 2 - Fatores de risco associado perpetrao (APAV, 2011).
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
19
6 - Consequncias do bullying na vtima e no agressor
O fenmeno do bullying pode, eventualmente, causar consequncias a curto e a
longo prazo para a vtima. Esta pode manifestar alguns sinais e sintomas que facilitam a
deteo de uma experincia de vitimao de comportamentos agressivos e violentos
contra a prpria, facilitando a identificao da existncia de um problema na criana por
parte de um adulto.
Esta problemtica portadora de vrios problemas que podem causar uma sbita
mudana na vida da vtima, persistindo na idade adulta. Assim, so mencionadas algumas
das possveis caractersticas adquiridas, como caractersticas fsicas (e.g., hematomas,
queimaduras, traumatismos, queixas fsicas sem razo mdica aparente dores de cabea,
estmago, vmitos problemas de sono, problemas alimentares) caractersticas
psicolgicas, emocionais e comportamentais (e.g., diminuio da autoestima, sintomas
de stress ps-traumtico, ansiedade e ativao fisiolgica aumentadas, sintomas
depressivos, comportamentos de automutilao, suicdio, agressividade, impulsividade)
e caractersticas relacionais e sociais (e.g., afastamento em relao aos pares, dificuldade
de adaptao aos contextos sociais, diminuio do rendimento escolar, insucesso escolar,
receio e desconforto em frequentar a escola, evitamento/recusa da frequncia escolar,
abandono escolar precoce, dificuldades na adaptao ao local de trabalho) (Serrate, 2014).
Uma vez que, como j referido, estas consequncias podem prolongar-se ao longo
da vida, comprometendo-a, torna-se necessria uma rpida deteo e interveno para
que o problema no se agrave com o tempo.
As consequncias do bullying no afetam apenas a vtima, para o agressor tambm
existem consequncias a curto e a longo prazo. Segundo Carvalhosa (2010), as
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
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consequncias para o agressor so classificadas como diretas ou indiretas. As
consequncias diretas so aquelas que o agressor pode sofrer a curto prazo (e.g., castigos
por parte dos pais ou professores no momento aps a perpetrao), as consequncias
indiretas so aquelas que afetam maioritariamente o prprio psicolgico do agressor a
longo prazo. Por exemplo, aps vrias agresses sem castigo, o sujeito aprende a conseguir os seus
objetivos sempre de forma violenta, encaminhando-se para uma conduta delituosa permanente. A ao do
agressor consegue reforar-se sobre o ato violento como algo de bom e desejvel e, por outro lado, constitui-
se como forma de obter um determinado estatuto no grupo, uma forma de reconhecimento social por parte
dos outros (Carvalhosa, 2010, p.119).
Segundo a APAV (2011), surge, assim, a possibilidade de existncia de alguns
efeitos causados pelos seus comportamentos, nomeadamente consequncias fsicas (e.g.,
leses e ferimentos resultantes do seu comportamento agressivo), consequncias
psicolgicas, emocionais e comportamentais (e.g., ansiedade, depresso, agressividade,
impulsividade, perturbaes de conduta perturbao de oposio e desafio adoo de
condutas de risco, manifestao de comportamentos antissociais e delinquentes) e
consequncias relacionais e sociais (e.g., rejeio por parte dos pares, dificuldades no
estabelecimento e manuteno de relaes estveis e positivas no futuro, agravamento
dos problemas de rendimento e desempenho escolar, instabilidade profissional na vida
adulta).
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
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V - Programa de Preveno Prevenir a Brincar
Com a necessidade de prevenir comportamentos agressivos entre crianas, foi
concebido um programa de preveno ao bullying atravs da estimulao de
competncias pessoais e sociais com vista a melhorar as relaes interpessoais dos alunos
de 1 e 2 ano da Escola Bsica de Mao, intitulado Programa Prevenir a Brincar.
Para Caballo (1987), as competncias sociais correspondem ao conjunto de
comportamentos emitidos por um individuo, num contexto interpessoal, que expressem
sentimentos, atitudes, desejos, opinies, direitos, de um modo adequado situao,
respeitando as condutas dos demais, e que geralmente, resolva os problemas imediatos,
minimizando a probabilidade de futuros problemas (Caballo, 1987, cit. in Ministrio da
Educao, 1997).
Spence (1981) refere que jovens com fracas competncias sociais, tm maior
dificuldade em aproveitar oportunidades sociais, o que pode conduzir no s
delinquncia, como inadaptao escolar, desmotivao em aprender, e abandono escolar
(Spence, 1981, cit. in Ministrio da Educao, 1997).
Perante esta situao, de maior importncia instruir as crianas de competncias
pessoais e sociais, pois nas faixas etrias mais baixas que deve ser feita uma preveno
inicial, de modo a que aprendam a lidar com situaes adversas que possam surgir no seu
quotidiano.
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
22
1 - Objetivos
O presente programa tem como objetivo geral:
i. Contribuir para a reduo dos comportamentos agressivos entre as crianas,
implementando medidas preventivas educativas em contexto escolar.
Relativamente aos objetivos especficos, pretende-se:
i. Promover e estimular as competncias pessoais e sociais das crianas;
ii. Desenvolver a mudana de comportamentos segundo prticas que contribuam
para o sentimento de igualdade; promover a autoestima das crianas.
2 Populao alvo
O presente programa foi aplicado aos alunos do primeiro ciclo do Ensino Bsico
da Escola de Mao, nomeadamente s turmas de primeiro e segundo ano, com idades
compreendidas entre os seis e os sete anos, num total de 51 alunos participantes.
Uma vez que este programa foi realizado e aplicado durante o estgio na Comisso
de Proteo de Crianas e Jovens de Mao, foi elaborada uma carta aos encarregados de
educao para que autorizassem a participao do seu educando neste programa (Anexo
1).
3 Recursos
Para a realizao do programa de preveno Prevenir a brincar foram
necessrios alguns materiais de suporte informtico (e.g., computador, retroprojetor, tela
e diapositivos/apresentaes em powerpoint) e materiais didticos como por exemplo:
cartes com questes (Anexo 2), fichas de trabalho (Anexo 3), dados dos sentimentos
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
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(Anexo 4), famlia dos sentimentos (Anexo 5), puzzle dos sentimentos (Anexo 6), jogo
da memria (Anexo 7), cartes dos elogios (Anexo 8), histria do Pinquio (Anexo 9) e
um livro de oferta para os participantes (Anexo 10). Foram igualmente utilizados alguns
livros auxiliares de cada sesso (e.g., Moreira, P. (2001). Crescer a Brincar. Promoo
do Ajustamento Psicolgico; Moreira, P. (2004). Ol, Obrigado! Competncias sociais e
assertividade e Moreira, P. (2004). Aventura dos sentimentos e dos pensamentos.
Diferenciao emocional, cognitiva e comportamental).
De modo a ser possvel a aplicao deste programa foi realizada uma reunio com
a direo da Escola Bsica de Mao que, posteriormente, disponibilizou salas de aula
bem como um horrio para as sesses com cada turma. Foi tambm enviada uma carta
aos Encarregados de Educao para que autorizassem os seus educandos a participar neste
programa (Anexo 1).
4 Metodologia
De acordo com a reviso da literatura citada anteriormente, foi realizada uma
avaliao qualitativa inicial de forma a perceber quais as maiores dificuldades dos alunos
relativamente s competncias pessoais e sociais de cada um, onde foi aplicado um
questionrio (Anexo 11).
No fim da aplicao do programa, foi novamente utilizado um questionrio para que se
pudesse comparar a qualidade das respostas dadas em funo das competncias
adquiridas, pelos alunos, ao longo do programa (Anexo 12).
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
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5 Atividades / Estrutura do programa
Uma vez que o tempo era bastante reduzido, o programa Prevenir a Brincar foi
estruturado em seis sesses de quarenta e cinco minutos com cada turma - turma de 1
ano, turma de 2 ano e turma mista (Anexo 13).
1 Sesso:
Esta sesso teve como objetivo principal a promoo e estimulao dos alunos a
cumprimentar, pedir algo e a agradecer. Foi realizada uma breve apresentao do projeto.
De seguida, foi apresentada, em formato powerpoint, uma histria (do livro de Moreira,
P. (2004). Ol, Obrigado! Competncias sociais e assertividade) com algumas questes
sobre as competncias apresentadas. Foi realizada uma atividade de grupo onde as
crianas puderam aplicar os conhecimentos adquiridos acerca da capacidade para
cumprimentar, agradecer e fazer pedidos e apresentar as suas perspetivas, relativas a estas
competncias, turma. No fim da sesso foi apresentado um vdeo alusivo ao tema (Boas
maneiras de Maria de Vasconcelos).
2 Sesso:
A segunda sesso teve como objetivo a promoo da autoestima de cada criana,
com o tema Sou nico e especial.
Nesta sesso foram apresentadas duas histrias (do livro de Moreira, P. (2001).
Crescer a Brincar. Promoo do Ajustamento Psicolgico), relativas ao tema com o
intuito de criar um debate, acerca da autoestima, entre os alunos e a posterior realizao
de uma ficha de trabalho. Por fim, foi efetuado um debate sobre as perspetivas de cada
aluno e aprendizagens adquiridas em relao a esta sesso (e.g., o que aprenderam de
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
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25
novo, as suas experincias pessoais e aquilo que podero alterar nos seus
comportamentos).
3 Sesso
Esta sesso teve como objetivo o desenvolvimento da capacidade de elogiar algo
ou algum. Primeiramente, recorrendo ao manual de Moreira (Moreira, P. (2004). Ol,
Obrigado! Competncias sociais e assertividade) definiu-se o conceito de elogio e foram
apresentados turma alguns exemplos de elogios que podem dar e receber (e.g., fizeste
um bom trabalho, o teu desenho est muito bonito, s maravilhosa, entre outros). De
seguida foi realizada uma atividade em grupo, onde cada aluno tinha de dar e receber um
elogio. Esta atividade consistiu na distribuio de uma folha com o nome de cada aluno
e, em grupos de trs, juntamente com os cartes dos elogios, cada aluno colocava um
carto do elogio no nome do colega que mais se identificasse com o elogio escrito no
carto. No final, realizou-se um debate sobre a importncia de dar e receber elogios, sobre
o que cada aluno aprendeu ao longo desta sesso e quais os comportamentos que deveriam
alterar de modo a elogiar o outro e a ser elogiado.
4 Sesso:
A 4 sesso teve como objetivo desenvolver a capacidade de identificar e expressar
sentimentos. Para tal, definiu-se o conceito de sentimento, com o apoio do manual de
Moreira (Moreira, P. (2004). Aventura dos sentimentos e dos pensamentos. Diferenciao
emocional, cognitiva e comportamental), e foram, apresentados turma alguns exemplos
de sentimentos (e.g., feliz, aborrecido, zangado, nervoso, apaixonado, entre outros). Por
fim, foram utilizados alguns jogos didticos adequados s crianas, como os dados dos
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sentimentos, o puzzle dos sentimentos, bem como o jogo da memria, a fim de
conseguirem identificar e expressar cada sentimento aprendido.
5 Sesso:
Na 5 atividade foi realizado o jogo do telefone avariado, com o objetivo de
promover a ateno e estimular perceo e a comunicao. Este jogo consistia em passar
uma mensagem, de aluno para aluno, de modo a que o ltimo do crculo recebesse a
mensagem completa e correta. De seguida foi concretizado um debate acerca da
importncia de aprender a escutar com ateno.
Com o objetivo de estimular os alunos a esperar pela sua vez, foi tambm
executada uma atividade de modo a promover esta competncia. O jogo do leno consistia
em que, quem tivesse na posse do leno exercesse o dom da palavra enquanto respondia
a uma questo feita pelo professor, enquanto o resto da turma permanecia em silncio,
No final da atividade, foi realizado um debate sobre a importncia de esperar pela sua
vez.
6 Sesso:
Na ltima atividade com as crianas, foram abordadas a assertividade, a
capacidade de tomada de perspetiva do outro, a emoo e a resoluo de problemas e
conflitos. O objetivo desta atividade era que as crianas aprendessem a integrar novos
elementos no seu crculo de amizades, refletissem acerca da excluso social e que
interiorizassem que a violncia no soluo para os seus problemas.
Com o auxlio de um conto infantil, baseado no filme de animao O Pinquio
as crianas participaram num debate sobre a melhor forma de agir e contribuir para a
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
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resoluo de um conflito. No final, foi entregue a cada aluno um pequeno livro de
atividades relativas a cada sesso.
6 Apresentao, anlise e discusso dos resultados
Este captulo apresenta os resultados obtidos atravs da metodologia de
investigao adotada. So apresentados e interpretados os dados relativos s respostas
obtidas. Apresentam-se, para cada questionrio, as respostas por questo e a respetiva
anlise da informao recolhida.
Neste estudo, os dados recolhidos atravs do inqurito por questionrio, foram
analisados recorrendo expresso grfica dos dados. Depois de recolhidos os dados, estes
foram organizados em tabelas do programa Microsoft Office Excel. Posteriormente, os
dados foram analisados e em seguida interpretados, tendo como orientao as questes
da investigao.
6.1 Apresentao dos resultados
A avaliao inicial do Programa Prevenir a Brincar foi realizada a trs turmas
da Escola Bsica de Mao turmas do 1 e 2 anos e turma mista, num total de 51 alunos
participantes. Esta avaliao pretendia perceber quais as competncias em que havia
maior conhecimento e as que mais dificuldades demonstravam. Esta avaliao foi feita
individualmente, aplicada por meio de um questionrio, tendo em conta as dificuldades
de escrita e leitura dos alunos (Anexo 11). O questionrio foi constitudo por um conjunto
de nove questes agrupadas por competncia, selecionadas com base nas dificuldades
bsicas dirias das crianas.
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28
Com a realizao desta avaliao verificou-se que os alunos possuam um bom
conhecimento e aptido para cumprimentar, agradecer e fazer pedidos, aprender a escutar
e esperar pela sua vez. Por outro lado, embora os alunos demonstrassem competncias
para elogiar e resolver conflitos, estas deveriam ser reforadas ao longo das atividades.
Por fim, foi possvel apurar que havia uma grande necessidade de trabalhar em pormenor
a competncia para expressar sentimentos, uma vez que os alunos revelam um baixo
conhecimento, como se pode verificar na figura seguinte:
Figura 1 - Avaliao inicial: Respostas corretas no total de alunos por turma.
Os resultados coincidem com as perspetivas iniciais, embora exista um
decrscimo considervel no item E (expressar sentimentos), nas turmas mista e de 2 ano,
comparativamente com a turma de 1 ano. Considera-se, assim, bastante profcua a
promoo destas competncias bem como a sua constante e persistente aprendizagem
como forma de prevenir comportamentos violentos entre as crianas.
1618
1614
16 16
12
8
131416 15
12
16 15
84
15
12
15 14 13 14 14
68
11
A 1 A 2 A 3 B 1 C 1 D 1 E 1 E 2 F 1
Respostas corretas no total de alunos por turma.
Turma 1 Ano 18 Alunos Turma 2 Ano 17 Alunos Turma Mista 16 Alunos
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6.2 Anlise e discusso dos resultados
No final do Programa Prevenir a Brincar, foi aplicada uma avaliao qualitativa
final com o objetivo de avaliar as competncias adquiridas pelos alunos ao longo do
programa. A avaliao foi aplicada por meio de um questionrio, idntico ao questionrio
aplicado inicialmente, constitudo pelos mesmos grupos de competncias e com onze
questes (Anexo 12).
Finda a avaliao final, e comparando com a avaliao efetuada inicialmente,
verificou-se existir uma pequena melhoria no geral, embora na competncia para elogiar,
tenha havido uma acentuada diminuio de respostas corretas, em relao avaliao
inicial.
Tendo em conta o questionrio aplicado, verificou-se que, de facto, o grupo B
(elogiar) e a primeira questo do grupo E (expressar sentimentos) apresentaram um
decrscimo significativo nas respostas corretas, uma vez que as questes foram, tambm,
colocadas de forma mais complexa de acordo com a matria lecionada. Talvez por esta
razo se tenha sentido uma maior dificuldade por parte dos alunos, como se pode verificar
na seguinte figura:
Figura 2 - Avaliao final: Respostas corretas no total de alunos por turma.
17 18 18
9 10
7
17
11
1
14 13
16 15 16
11
8 8
17 16
3
1517
13 13 13
7 7 7
13 12
4
12 12
A 1 A 2 A 3 B 1 B 2 B 3 C 1 D 1 E 1 E 2 F 1
Respostas corretas no total de alunos por turma.
Turma 1 Ano 18 Alunos Turma 2 Ano 17 Alunos Turma Mista 13/16 Alunos
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de salientar que na turma mista a amostra final no coincide com a amostra
inicial uma vez que trs crianas se encontravam a faltar por motivo de doena, motivo
esse que levou alterao da amostra de 16 alunos para 13 alunos.
Fazendo uma anlise mais pormenorizada, foi realizado um estudo comparativo
dos dados relativamente s duas avaliaes aplicadas (avaliao inicial e final):
Considerando o primeiro grupo (grupo A Cumprimentar, agradecer e pedir) de
questes das avaliaes inicial e final, verifica-se que a maioria dos alunos apresenta
conhecimentos acerca das competncias para cumprimentar, agradecer e fazer pedidos.
Na avaliao inicial, principalmente na primeira questo, oito alunos no sabiam
responder ou responderam de forma errada. De qualquer forma, na avaliao final denota-
se um aumento de respostas corretas. Este facto demostra que as sesses realizadas para
o desenvolvimento destas competncias tiveram sucesso e foram adquiridas sem grandes
dificuldades como se pode observar nos grficos que se seguem:
Figura 3 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo A da Avaliao Inicial.
4
12
259
1 2211
1 2 1 1
BOM DIA OL NO SABE NADA QUERES BRINCAR COMIGO
ESTS BEM
O que dizemos quando encontramos um amigo, professor, funcionrio, familiar?
Turma 1 ano Turma 2 ano Turma mista
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31
Figura 4 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo A da Avaliao Final.
Figura 5 - Respostas obtidas na segunda questo do grupo A da Avaliao Final.
Figura 6 - Respostas obtidas na segunda questo do grupo A da Avaliao Final.
5 1 1
13
14 1 1
15
12
11
BOM DIA BOA TARDE BOA NOITE OL NO SABE
Como cumprimentas um amigo?
Turma 1 ano Turma 2 ano Turma mista
1816
1
16
OBRIGADO NO SABE
A Catarina ofereceu um chocolate ao seu amigo. O que que ele lhe deve responder?
Turma 1 ano Turma 2 ano Turma mista
1816
1
13
OBRIGADO NO SABE
Como deves agradecer um presente?
Turma 1 ano Turma 2 ano Turma mista
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Figura 7 - Respostas obtidas na terceira questo do grupo A da Avaliao Inicial
Figura 8 - Respostas obtidas na terceira questo do grupo A da Avaliao Final.
Relativamente ao grupo B, onde se pretendia avaliar a competncia para elogiar,
foi possvel perceber que o tempo reservado para o desenvolvimento da competncia para
elogiar no foi o suficiente. Como se pode verificar nos grficos que se seguem, existe
um enorme decrscimo da avaliao inicial para a avaliao final. Na primeira avaliao
dez alunos responderam incorretamente ou no souberam responder questo. J na
avaliao final pode apurar-se que, na primeira questo vinte e um alunos no souberam
responder corretamente e, na segunda questo quarenta e dois alunos no sabiam a
resposta e sete responderam que no costumam fazer nem receber elogios.
16
2
15
2
15
1
POR FAVOR NO SABE
Imagina que te esqueceste do estojo e no tens lpis para escrever. Como poderias pedir um lpis emprestado ao teu
colega?
Turma 1 ano Turma 2 ano Turma mista
1816
1
13
POR FAVOR NO SABE
Como podes pedir um copo de gua a uma auxiliar?
Turma 1 ano Turma 2 ano Turma mista
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do Ensino Bsico
33
O facto de se ter verificado este decrscimo pode dever-se alterao das questes
na avaliao final. De qualquer forma, a competncia para elogiar dever, de futuro, ser
mais trabalhada e desenvolvida de modo a que os alunos aprendam a elogiar e se possvel
com mais frequncia.
Figura 9 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo B da Avaliao Inicial.
Figura 10 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo B da Avaliao Final.
7 7
4
8
2 2 3 1 15
7
2 1 1
BONITO MUITO GIRO OBRIGADO NO SABE CONTAR A ALGUM
LINDO BEM DESENHADO
O Pedro fez um desenho muito bonito. Desenhou uma escola com muitos meninos a brincar. O que lhe dirias?
Turma 1 ano 18 alunos Turma 2 ano 17 alunos Turma mista 16 alunos
1 3 2
9
1 21 1 2
6
1 1 14
1 11 1
6
41
Como elogias um amigo?
Turma 1 ano 18 alunos Turma 2 ano 17 alunos Turma mista 13 alunos
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Figura 11 - Respostas obtidas na segunda questo do grupo B da Avaliao Final.
Analisando os resultados referentes ao grupo C Aprender a Escutar e de acordo
com os resultados obtidos possvel verificar nos grficos que possvel verificar que,
relativa avaliao inicial, quatro alunos responderam incorretamente s questes
apresentadas. Na avaliao final o nmero de respostas incorretas reduziu para apenas
uma. Assim, pode concluir-se que, relativamente a este grupo de questes os alunos
apresentaram boas capacidades e competncia para esperar pela sua vez e saber ouvir o
outro. Contudo, devido importncia desta duas competncias, poder-se- realizar mais
uma sesso (mais terica) para que a aprendizagem seja mais solidificada.
108
3
78
2
87
2
877
67
6
NO SIM NO SABE NO SIM NO SABE
COSTUMAS ELOGIAR? S ELOGIADO?
Costumas elogiar os outros? E os outros, elogiam-te?
Turma 1 ano 18 alunos Turma 2 ano 17 alunos Turma mista 13 alunos
1
18 18 1817
1
17 1616
1
16 16
FALAR AO MESMO TEMPO
ESTAR EM SILNCIO
FAZER BARULHO OUVIR COM ATENO
ESPERAR QUE O MENINO TERMINE PARA QUE POSSA
FALAR
Quando um menino est a falar os outros devem:
Turma 1 ano Turma 2 ano Turma mista
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
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Figura 12 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo C da Avaliao Inicial.
Figura 13 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo C da Avaliao Final.
Analisando o grupo D Esperar pela sua vez, questo A professora faz uma
pergunta e todos querem responder, o que deves fazer?, quarenta e seis alunos
responderam adequadamente e cinco crianas no souberam responder questo. Na
17 18 1817 16 17
1
16 15 15
FALAR AO MESMO TEMPO
ESTAR EM SILNCIO
SALTAR FAZER BARULHO ESPERAR QUE O MENINO TERMINE PARA QUE POSSA
FALAR
Quando um menino est a falar os outros no devem:
Turma 1 ano Turma 2 ano Turma mista
17 18 1817 17 1713 13 13
ESTAR EM SILNCIO OUVIR COM ATENO ESPERAR QUE O MENINO TERMINE PARA QUE POSSA
FALAR
Quando um menino est a falar os outros devem:
Turma 1 ano Turma 2 ano Turma mista
18
1
18 1817 17 17
13 13 13
FALAR AO MESMO TEMPO
ESTAR EM SILNCIO SALTAR FAZER BARULHO
Quando um menino est a falar os outros no devem:
Turma 1 ano Turma 2 ano Turma mista
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
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avaliao final a questo foi alterada de modo que apenas trinta e nove alunos
responderam corretamente em relao aos restantes, onde quatro no conseguiram
responder e cinco responderam de forma errada como se pode observar nos grficos
seguintes. Pode concluir-se que esta competncia no foi, de certa forma, to bem
desenvolvida nas crianas como era esperado, portanto, de futuro, seria uma competncia
a desenvolver mais pormenorizadamente e durante mais tempo.
Figura 14 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo D da Avaliao Inicial.
Figura 15 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo D da Avaliao Final.
Observando as questes do grupo E, onde a competncia que se pretendia que as
crianas adquirissem/desenvolvessem era identificar e expressar sentimentos, pode dizer-
se que, na avaliao inicial constata-se que de um modo geral as crianas revelam algum
conhecimento acerca dos sentimentos. Na avaliao final foram feitas algumas alteraes
4 10 2 22 13 26 9 1
ESPERAR PR O DEDO NO AR E ESPERAR
UM DE CADA VEZ NO SABE
A professora faz uma pergunta e todos querem responder, o que deves fazer?
Turma 1 ano 18 alunos Turma 2 ano 17 alunos Turma mista 16 alunos
3
11
41
16
12
1
NO SABE ESPERA PASSA FRENTE
O que fazes quando vais almoar e os teus colegas esto na fila tua frente?
Turma 1 ano 18 alunos Turma 2 ano 17 alunos Turma mista 13 alunos
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
37
nas questes de modo a aumentar o grau de dificuldade (uma vez que esta competncia
foi abordada ao longo das sesses). Como tal, na primeira questo O que um
sentimento? vinte e dois alunos no souberam responder, enquanto que as respostas mais
frequentes foram o que sentimos pelo outro seguida de uma coisa que sentimos.
Todas as respostas so vlidas uma vez que o que se pretendia nesta questo era perceber
o que cada criana tinha aprendido durante a sesso. Em relao ltima questo, onde
se pretendia que cada aluno apresentasse um exemplo de um sentimento, apenas oito
crianas responderam que no sabiam. As respostas foram diversas e, em alguns casos,
cada aluno apresentou um ou mais exemplos que foram todos contabilizados. Os grficos
apresentados em seguida referem-se a esta anlise:
Figura 16 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo E da Avaliao Inicial.
Figura 17 - Respostas obtidas na segunda questo do grupo E da Avaliao Inicial.
5
1
7
14
8
1 2 3 1 1 1
67
BEM MAL CONTENTE TRISTE FELIZ ALEGRE ORGULHOSOAGRADECIDO
Como te sentes quando algum te oferece um chocolate?
Turma 1 ano 18 alunos Turma 2 ano 17 alunos Turma mista 16 alunos
10
53
13
3 16 6
3 1
MAL TRISTE ZANGADA FELIZ OFENDIDO
Como te sentes quando um menino te empurra no recreio?
Turma 1 ano 18 alunos Turma 2 ano 17 alunos Turma mista 16 alunos
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38
Figura 18 - Respostas obtidas na primeira questo do grupo E da Avaliao Final.
Figura 19 - Respostas obtidas na segunda questo do grupo E da Avaliao Final.
9
51 1 1 1
8
1 3 1 1 1 1 15
1 2 3 1 1
NO SABE O QUE SENTIMOS
PELO OUTRO
UMA COISA QUE
SENTIMOS
ADORAR UMA PESSOA
QUANDO ESTAMOS TRISTES
O SENTIMENTO
DE UMA PESSOA
UMA PESSOA QUE AMA
OUTRA
SINTOMA QUE NS TEMOS
SENTIR-SE MAL
ELOGIAR ALGUM
QUANDO NOS SENTIMOS
FELIZES
O QUE NS PENSAMOS
QUANDO SENTIMOS
UMA COISA ESPECIAL
O que um sentimento?
Turma 1 ano 18 alunos Turma 2 ano 17 alunos Turma mista 13 alunos
4
13
1
6
4
1 1 1 23
9
5
23
11 13
5
31 1 1
NO SABE MAGOADO APAIXONADO NERVOSO FELIZ TRISTE CONTENTE FURIOSO ABORRECIDO ZANGADO ENVERGONHADO RAIVA
D um exemplo de um sentimento.
Turma 1 ano 18 alunos Turma 2 ano 17 alunos Turma mista 13 alunos
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Analisando as respostas dos inquiridos alusivas competncia Resoluo de
conflitos e conclui-se, de acordo com os resultados obtidos na avaliao inicial, os alunos
apresentaram bons conhecimentos e competncias para a assertividade, a capacidade de
tomada de perspetiva do outro, a emoo e a resoluo de problemas e conflitos. Apenas
cinco crianas responderam incorretamente questo apresentada. Quanto avaliao
final, o nmero de respostas incorretas aumentou para seis. Tal situao no deveria
ocorrer, uma vez que o objetivo diminuir respostas incorretas atravs da aprendizagem.
Neste caso, estas competncias deveriam, tambm, ser abordadas por mais tempo e mais
afincadamente. Estes so apresentados em seguida:
Figura 20 - Respostas obtidas na questo do grupo F da Avaliao Inicial.
8
1 3 2 1 1 2
12
2 1 1
7
3 2 2
O que devemos fazer se um menino nos empurrar no recreio?
Turma 1 ano 18 alunos Turma 2 ano 17 alunos Turma mista 16 alunos
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Figura 21 - Respostas obtidas na questo do grupo F da Avaliao Final.
75 1 3 1 1
11
4 1 1
7
2 3 1
CHAMAR AUXILIAR
CONVERSAR CHAMAR ALGUM ADULTO
GOZAR TAMBM
NO SABE RALHAR OU BATER
FAZER QUEIXA AO PROFESSOR
CONTAR AOS PAIS
O que deves fazer se gozarem contigo na escola?
Turma 1 ano 18 alunos Turma 2 ano 17 alunos Turma mista 13 alunos
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do Ensino Bsico
41
VI Concluso
O Programa de Preveno Prevenir a Brincar foi elaborado e aplicado ao longo do
estgio pelo que o tempo foi um fator que dificultou a aplicao do programa, pois os
resultados no foram muito conclusivos, uma vez que deveria ser aplicado durante o ano
letivo para que estes se apresentassem mais credveis, visveis e conclusivos.
O questionrio final foi alterado estrategicamente por forma a testar os
conhecimentos adquiridos pelas crianas durante as atividades desenvolvidas. Como tal,
as questes foram elaboradas de forma mais indireta aumentando assim o grau de
dificuldade em relao ao questionrio inicial. Por esta razo, pode concluir-se que os
resultados no foram os esperados, uma vez que foi notvel a dificuldade sentida pelas
crianas. No entanto, apesar de ter sido um programa adaptado ao tempo que se dispunha,
este programa foi bastante profcuo no sentido em que a aprendizagem adquirida pelos
alunos possa vir a produzir bons resultados a mdio prazo.
A agressividade entre as crianas tem vindo a aumentar gradualmente, sendo de
extrema importncia a sua preveno, principalmente ao nvel escolar. Como se sabe, no
apenas na escola que estes comportamentos se evidenciam, embora deva ser realizada
uma preveno mais exaustiva em ambiente escolar.
Seria bastante importante que as escolas inclussem nos seus objetivos educativos
estes programas de preveno face aos comportamentos agressivos entre as crianas, de
modo a diminuir a sua incidncia: promovendo aes de sensibilizao junto de toda a
comunidade escolar (professores, auxiliares, alunos, encarregados de educao) alertando
para as suas consequncias a mdio e longo prazo. nas escolas que as crianas passam
os seus dias e l que descarregam todas as suas frustraes, tristezas e angstias,
tornando-se assim um meio propcio para a agressividade. Assim, quanto mais cedo a
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
42
interveno for realizada, no mbito das competncias sociais e afetivas, mais facilmente
se (re)conhecem emoes, comportamentos, opinies, sentimentos e o respeito pelos
outros tentando desta forma minimizar a ocorrncia de problemas futuros.
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
43
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Quarteto Editora.
Moreira, P. (2004). Ol, Obrigado! Competncias sociais e assertividade. Porto. Porto
Editora.
OLWEUS, Dan. 1993. Bullying at school: What we know and what we can do. Londres,
Lackwell Publishing.
Pereira, B. (2002). Para uma Escola sem Violncia - Estudo e Preveno das Prticas
Agressivas entre Crianas. Porto: Fundao Calouste Gulbenkian.
Picado, L. (2009). Prefcio. In: Menezes, M. (Ed.). O bullying e a violncia escolar.
Lisboa, Coisas de Ler, p.6.
Serrate, R. (2014). Bullying na escola. Madrid, Espanha, Bookout.
TeachSafeSchools Home Page. [Em linha]. Disponvel em
. [Consultado em
27/05/2016].
Prevenir a Brincar - Programa de Preveno de Comportamentos Agressivos entre Crianas do 1. Ciclo
do Ensino Bsico
45
Anexos
Anexo 1 - Autorizao para os Encarregados de Educao dos Alunos
participantes no Programa Prevenir a Brincar
Rua 5 de Outubro, n. 25 6120-752 Mao
Telef.:241571541 E-mail: [email protected]
Caros Pais e Encarregados de Educao
No mbito de um estgio curricular em Criminologia a decorrer na Comisso de Proteo de
Crianas e Jovens pretende-se dar incio ao Programa Prevenir a Brincar, no 1 ano de
escolaridade. Este programa trabalha a preveno de comportamentos agressivos entre as
crianas.
Este Programa tem como objetivo a promoo de competncias pessoais e sociais em crianas,
num total de seis sesses iniciadas no 1 ano de escolaridade, procurando reduzir a violncia
entre as crianas, dotando-as de competncias bsicas essenciais para o seu desenvolvimento a
este nvel.
As sesses sero realizadas em grupo Turma no perodo que o Professor da Turma considerou
adequado, com a calendarizao que apresentamos em seguida.
Horrio
1 Sesso Tera-feira 5 De Abril Das 15:45h s 16:45h
2 Sesso Tera-feira 12 De Abril Das 15:45h s 16:45h
3 Sesso Quinta-feira 14 De Abril Das 15:45h s 16:45h
4 Sesso Tera-feira 19 De Abril Das 15:45h s 16:45h
5 Sesso Tera-feira 26 De Abril Das 15:45h s 16:45h
6 Sesso Quinta-feira 28 De Abril Das 15:45h s 16:45h
Rua 5 de Outubro, n. 25 6120-752 Mao
Telef.:241571541 E-mail: [email protected]
Para que o/a seu/sua educando/a possa participar, solicitamos que preencha a ficha em anexo
e a devolva Professora da Turma.
Agradecemos a Vossa ateno e encontramo-nos disponveis para esclarecer qualquer dvida
ou informao que considere pertinente.
Com os melhores cumprimentos
A Estagiria
Carolina Oliveira
Rua 5 de Outubro, n. 25 6120-752 Mao
Telef.:241571541 E-mail: [email protected]
FICHA DE INSCRIO 2015/2016
Nome do/a Aluno/a: ___________________________________________________________
Turma: _________
Tomei conhecimento do Programa Prevenir a Brincar, a implementar junto dos/as alunos/as do
1 ano das Escolas do Agrupamento Verde Horizonte.
Autorizo que o/a meu/minha educando/a participe no referido Programa
No autorizo que o/a meu/minha educando/a participe no referido Programa
Mao, ________ de Maro de 2016
O Encarregado de Educao
___________________________________________________
(Entregar Professora)
Rua 5 de Outubro, n. 25 6120-752 Mao
Telef.:241571541 E-mail: [email protected]
Caros Pais e Encarregados de Educao
No mbito de um estgio curricular em Criminologia a decorrer na Comisso de Proteo de
Crianas e Jovens pretende-se dar incio ao Programa Prevenir a Brincar, no 2 ano de
escolaridade. Este programa trabalha a preveno de comportamentos agressivos entre as
crianas.
Este Programa tem como objetivo a promoo de competncias pessoais e sociais em crianas,
num total de seis sesses iniciadas no 2 ano de escolaridade, procurando reduzir a violncia
entre as crianas, dotando-as de competncias bsicas essenciais para o seu desenvolvimento a
este nvel.
As sesses sero realizadas em grupo Turma no perodo que o Professor da Turma considerou
mais adequado. Para que o/a seu/sua educando/a possa participar, solicitamos que preencha a
ficha em anexo e a devolva ao Professor da Turma.
Agradecemos a Vossa ateno e encontramo-nos disponveis para esclarecer qualquer dvida
ou informao que considere pertinente.
Com os melhores cumprimentos
A Estagiria
Carolina Oliveira
Rua 5 de Outubro, n. 25 6120-752 Mao
Telef.:241571541 E-mail: [email protected]
FICHA DE INSCRIO 2015/2016
Nome do/a Aluno/a: ___________________________________________________________
Turma: _________
Tomei conhecimento do Programa Prevenir a Brincar, a implementar junto dos/as alunos/as do
2 ano das Escolas do Agrupamento Verde Horizonte.
Autorizo que o/a meu/minha educando/a participe no referido Programa
No autorizo que o/a meu/minha educando/a participe no referido Programa
Mao, ________ de Maro de 2016
O Encarregado de Educao
___________________________________________________
(Entregar ao Professor)
Anexo 2 - Material didtico para o Programa Prevenir a Brincar- Cartes com
questes
Atividade 1 Cartes com questes para as crianas responderem
A Joana foi ao parque com a sua me. Pelo caminho encontrou o seu amigo Lus, mas
no lhe disse nada. Acham que a Joana agiu bem? Porqu?
O Diogo deu uma prenda ao seu amigo. Ser que o amigo do Diogo dever aceitar a
prenda e virar-lhe as costas? O que dever responder o amigo do Diogo?
A Alexandra estava a passear e deixou cair a sua carteira. O Jos apanhou a carteira e
entregou-a Alexandra que lhe disse: Obrigada! Ser que a Alexandra fez bem em
agradecer ao Jos?
O Eduardo entrou no caf e disse: Quero um chocolate, j! A senhora que estava a
atender o Eduardo no lhe deu o chocolate, porqu? Ser que o Eduardo fez alguma
coisa de errado?
A Elsa deixou o seu lpis em casa. Durante as aulas precisou de um lpis para escrever
uma histria. O que dever fazer? Como?
O Ruca estava na praia a comer um gelado. A Anabela tambm queria comer um gelado
mas no tinha dinheiro, ento chegou ao p do Ruca e tirou-lhe o gelado. Existe alguma
coisa errada na histria? O que acham?
A Alice entrou na sala de aula. Os seus colegas disseram-lhe: Ol Alice, mas a Alice
no lhes respondeu. Acham que a Alice fez algo errado ou acham que os colegas da
Alice no lhe deveriam ter dito ol?
Durante as aulas o Bernardo ficou com vontade de ir casa de banho. Digam ao
Bernardo o que dever fazer.
Atividade 1 Cartes com questes para as crianas responderem
A Francisca foi ao Jardim Zoolgico com os seus pais. O senhor Joaquim convidou a
Francisca para ir andar a cavalo. O que dever dizer a Francisca ao senhor Joaquim?
O Hugo foi s compras com a sua me. Entrou numa loja, escolheu uma camisola e
disse: Me, podes comprar-me esta camisola, por favor? A me respondeu que sim.
Ser que o Hugo deve agradecer sua me? O que deve responder?
Anexo 3 - Material didtico para o Programa Prevenir a Brincar- Ficha de
trabalho sou nico e especial
Atividade 2 - Ficha de atividades Sou nico e especial
Anexo 4 - Material didtico para o Programa Prevenir a Brincar- Dados dos
sentimentos
Atividade 4 Dados dos Sentimentos
Atividade 4 Dado dos Sentimentos
Atividade 4 Dado dos Sentimentos
Atividade 4 Dado dos Sentimentos
FELIZ
TRISTE ZANGADO ASSUSTADO
AMUADO
NERVOSO
Anexo 5 - Material didtico para o Programa Prevenir a Brincar Famlia dos
sentimentos
Famlia dos Sentimentos
Anexo 6 - Material didtico para o Programa Prevenir a Brincar- Puzzle dos
sentimentos
Puzzle dos Sentimentos
Anexo 7 - Material didtico para o Programa Prevenir a Brincar- Jogo da
memria
Atividade 4 Jogo da memria Os Sentimentos
Atividade 4 Jogo da memria Os Sentimentos
Anexo 8 - Material didtico para o Programa Prevenir a Brincar Cartes dos
elogios
Atividade 3 Cartes dos elogios
ENCANTADOR / ENCANTADORA
INCRVEL
FANTSTICO / FANTSTICA
AMIGO / AMIGA
LINDO / LINDA
SIMPTICO / SIMPTICA
Anexo 9 - Material didtico para o Programa Prevenir a Brincar- A histria do
Pinquio
Atividade 6 A Histria do Pinquio
Histria do Pinquio
Era o primeiro dia de aulas do Pinquio, ele era novo na escola e ainda no tinha
amigos. O Pinquio era um menino como os outros mas tinha um nariz muito grande.
Quando entrou na sala todos os meninos olharam para ele e comearam-se a rir.
No recreio, o Pinquio perguntou se podia brincar com eles e os meninos comearam
de novo a rir, a bater-lhe e a chamar-lhe nomes.
Esta situao repetiu-se durante vrios dias at que um dia o Pinquio foi para
casa a chorar e disse sua me que nunca mais queria voltar quela escola.
Questes
1- Como achas que se sentiu o Pinquio?
2- Se fosse contigo o que farias?
3- Se fosses colega do Pinquio, o que farias para o ajudar?
4- Achas que os meninos se portaram bem com o Pinquio s por ele ser diferente?
Anexo 10 - Livro de oferta aos participantes do Programa Prevenir a Brincar
Projeto Prevenir a Brincar
Carolina Oliveira e Dr. Clia Pires
Aos Pais:
O Projeto Prevenir a Brincar surgiu da necessidade de promover algumas competncias
pessoais e sociais no mbito do ensino, com o objetivo de prevenir comportamentos agressivos
entre as crianas.
Este livro corresponde s sesses lecionadas apresentando algumas atividades para as
crianas aplicarem os conhecimentos adquiridos ao longo das sesses.
Atividade 1 Ol, Obrigado, Por favor
Responde s seguintes questes:
1- A Maria vai ao parque e encontra o Joo. O que lhe diz?
____________________________________________________________________
2- O Joo oferece um chocolate sua amiga Maria. O que deve dizer a Maria?
____________________________________________________________________
3- A Maria queria outro chocolate, como pode pedi-lo com educao?
____________________________________________________________________
Atividade 2 Sou nico e especial
A Fofinha teve 10 cachorrinhos. Sabes, eles so todos muito parecidos. Mas a Fofinha
sabe que so todos diferentes. Uns tm mais branco do que outros, outros tm branco na cauda,
outros na ponta das patas. A Fofinha acha que os seus filhotes so todos muitos bonitos. So
todos nicos. Porque no h nenhum que seja exatamente igual ao outro. Ainda bem que no
so todos iguais, no achas? Porque se fossem como que a Fofinha os ia conhecer a todos?
E tu? J encontraste algum exatamente igual a ti? Claro que no. Por isso s nico e s especial!
Desenha a Fofinha com os seus cachorrinhos todos diferentes.
Atividade 3 Os elogios
Durante a terceira sesso conheces-te a famlia dos elogios. Tenta encontr-los no crucigrama.
Ajuda:
Incrvel * Parabns * Boa * Lindo * Muito bem
M
I I V L
P B N S
B
Atividade 4 As emoes
Faz a ligao entre o desenho e o sentimento a que corresponde:
Zangado Triste Nervoso Feliz
Na prxima atividade PEDE AJUDA A UM ADULTO para construir o dado dos sentimentos.
Joga com a tua famlia, descobre os sentimentos e diverte-te a aprender!
Atividade 5 Aprender a escutar
Pinta de vermelho as respostas erradas e de verde as respostas corretas como no exemplo.
Durante as sesses aprendeste que quando um menino est a falar os outros meninos devem:
Falar ao mesmo tempo
Estar em silncio
Saltar
Cantar
Ficar no seu lugar
Fazer barulho
Ouvir com ateno
Esperar que o menino termine para que possa falar
Atividade 6 Sei esperar pela minha vez
1 - Trs meninos esto na fila para o almoo. O Joo est em primeiro lugar, o Andr no meio
e o Filipe no fim da fila.
2 - O Filipe tinha muita fome ento empurrou o Andr para fora da fila e roubou-lhe o lugar.
Achas que o Filipe se portou bem com o Andr? O que farias se fosses o Filipe?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
1 2
Atividade 7 Violncia entre crianas
A histria do Pinquio
Era o primeiro dia de aulas do Pinquio, ele era novo na escola e ainda no tinha amigos.
O Pinquio era um menino como os outros mas tinha um nariz muito grande.
Quando entrou na sala todos os meninos olharam para ele e comearam-se a rir. No
recreio, o Pinquio perguntou se podia brincar com eles e os meninos comearam de novo a rir,
a bater-lhe e a chamar-lhe nomes.
Esta situao repetiu-se durante vrios dias at que um dia o Pinquio foi para casa a
chorar e disse sua me que nunca mais queria voltar quela escola.
1- Como achas que se sentiu o Pinquio?
2- E tu, como te irias sentir?
3- Achas que os meninos se portaram bem com o Pinquio s por ele ser diferente?
4- Se fosses amigo do Pinquio o que farias para o ajudar?
Brincar com o
Pinquio
Fazer queixa
professora
Bater no
Pinquio
Gozar com o
Pinquio
Um livro um brinquedo feito com letras. Ler brincar.
(Rubem Alves)
Anexo 11 - Questionrio de avaliao inicial do Programa Prevenir a Brincar
Avaliao inicial
Sexo: Idade: _____
A - Cumprimentar, Agradecer, Pedir
1. O que dizemos quando encontramos um amigo, professor, funcionrio,
familiar?
2. A Catarina ofereceu um chocolate ao seu amigo. O que que ele lhe deve
responder?
3. Imagina que te esqueceste do estojo e no tens lpis para escrever. Como
poderias pedir um lpis emprestado ao teu colega?
B Elogio
1. O pedro fez um desenho muito bonito. Desenhou uma escola com muitos
meninos a brincar. O que lhe dirias?
C Aprender a escutar
Quando um menino est a falar os outros devem:
Falar ao mesmo tempo Sim No
Estar em silncio
Saltar
Fazer barulho
Ouvir com ateno
Esperar que o menino termine para que possa falar
D Esperar pela sua vez
1. A professora faz uma pergunta e todos querem responder, o que deves fazer?
E Sentimentos
1. Como te sentes quando algum te oferece um chocolate?
2. Como te sentes quando um menino te empurra no recreio?
F Resoluo de conflitos
1. O que devemos fazer se um menino nos empurrar no recreio?
Anexo 12 - Questionrio de avaliao final do Programa Prevenir a Brincar
Avaliao Final
Sexo: Turma_____ Idade: _____
A - Cumprimentar, Agradecer, Pedir
1. Como cumprimentas um amigo?
2. Como deves agradecer um presente?
3. Como podes pedir um copo de gua a uma auxiliar?
B Elogio
1. Como elogias um amigo?
2. Costumas elogiar? s elogiado?
C Aprender a escutar
Quando um menino est a falar os outros devem:
Falar ao mesmo tempo Sim No
Estar em silncio
Saltar
Fazer barulho
Ouvir com ateno
Esperar que o menino termine para que possa falar
D Esperar pela sua vez
1. Quando vais almoar e os teus colegas esto tua frente, o que fazes?
E Sentimentos
1. O que um sentimento? D um exemplo.
F Resoluo de conflitos
1. O que deves fazer se gozarem contigo na escola?
Anexo 13 Plano de atividades do Programa Prevenir a Brincar
Planeamento de Sesses
1 Sesso (4 e 5 de Abril)
Objetivos Materiais Aes Durao
Promover e estimular os alunos a cumprimentar, a
pedir algo e a agradecer.
Livro Ol, obrigado!.
Cartes com problemas
Vdeo de Maria de Vasconcelos
Boas
maneiras.
Apresentao do
projeto.
5 min.
Projeo e leitura do
livro Ol,
obrigado!.
10 min.
Debate e questes
sobre o tema
apresentado.
5 min.
Trabalhos de grupo
com problemas
alusivo ao tema.
10 min.
Apresentao dos
trabalhos de cada
grupo turma.
10 min.
Visualizao de um
vdeo.
5 min.
2 Sesso (11 e 12 de Abril)
Objetivos Materiais Aes Durao
Promoo da autoestima. Livro Crescer a brincar.
Quadro e caneta.
Ficha Sou nico e
especial.
Leitura da histria da
Fofinha.
5 min.
Discusso do tema. 5 min.
Leitura da histria do
miau. Questes.
20 min.
Realizao de uma
ficha alusiva ao tema.
10 min.
Debate sobre a
sesso.
5 min.
3 Sesso (1 ano 19 de Abril)
Objetivos Materiais Aes Durao
Desenvolver a capacidade de elogiar
algo/algum.
Livro Ol, obrigado!.
Cartes dos elogios.
Definio e
identificao dos
elogios.
10 min.
Jogo dos elogios. 25 min.
Debate com os
alunos acerca da
importncia de
elogiar o outro.
10 min.
3 Sesso (2 ano 18 de Abril)
Objetivos Materiais Aes Durao
Desenvolver a capacidade de identificar
e expressar sentimentos.
Livro Aventura dos
sentimentos e
dos
pensamentos.
Puzzle das emoes
Jogo da memria
Definio e
identificao de
sentimentos.
10 min.
Atividade rotativa
com o puzzle e o jogo
da memria.
25 min.
Debate com os alunos
acerca da aula.
10 min.
4 Sesso (1 ano 21 de Abril)
Objetivos Materiais Aes Durao
Desenvolver a capacidade de identificar
e expressar sentimentos.
Livro Aventura dos
sentimentos e
dos
pensamentos.
Puzzle das emoes.
Jogo da memria.
Cubo das emoes.
Livro DSA.
Definio e
identificao de
sentimentos.
15 min.
Atividade rotativa
com o puzzle e o jogo
da memria.
20 min.
Debate sobre a
importncia do tema.
10 min.
4 Sesso (2 ano - 28 de Abril )
Objetivos Materiais Aes Durao
Desenvolver a capacidade de elogiar
algo/algum.
Livro Ol, obrigado!.
Cartes dos elogios.
Definio e
identificao dos
elogios.
15 min.
Jogo dos elogios. 20 min.
Debate sobre a
importncia do tema.
10 min.
5 Sesso (1 ano 26 de Abril) (2 ano 2 de Maio )
Objetivos Materiais Aes Durao
Promover a capacidade de ateno, perceo e
comunicao e
estimular a
competncia para
escutar o outro.
Promover a capacidade de esperar pela sua vez.
Leno
Livro DSA.
Jogo do leno. 15 min.
Discusso sobre a
importncia de
saber esperar pela
sua vez.
10 min.
Jogo do telefone
avariado.
15 min.
Debate sobre a
importncia do
tema.
5 min.
6 Sesso (1 ano 28 de Abril) (2 ano 3 de Maio )
Objetivos Materiais Aes Durao
Incentivar os alunos a relacionarem-se de
forma saudvel,
promovendo a
resoluo de conflitos
sem comportamentos
agressivos.
Histria do Pinquio.
Leitura da histria
do Pinquio.
5 min.
Discusso sobre a
histria.
10 min.
Debate sobre o tema
de bullying e
comportamentos
agressivos.
15 min.
Retrospetiva do
aluno em relao s
sesses lecionadas.
Entrega das ofertas.
10 min.