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1 Programa Joaquim Nabuco 1º/2012

Programa Joaquim Nabuco 1º/2012 - stf.jus.br · – SEVIDORES 1º/2012 – 1. SUPERVISORA ... recebemos a programação da primeira semana de intercâmbio, ... apelação civil,

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Programa Joaquim Nabuco

1º/2012

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PROGRAMA JOAQUIM NABUCO – SEVIDORES 1º/2012 –

1. SUPERVISORA Cyntia Maria Martins Santos Assessoria de Assuntos Internacionais da Presidência E-mail: [email protected] Telefone: (+55 61) 3217-4012 2. COORDENADOR Vinícius Arrais Limongi Miguel Assessoria de Assuntos Internacionais da Presidência E-mail: [email protected] Telefone: (+55 61) 3217- 6505 3. SERVIDOR Francisco das Chagas Bezerra de Sousa Nacionalidade: brasileira Tribunal de Origem: Supremo Tribunal Federal Período: 17/06/2012 a 30/06/2012 Alocação: Suprema Corte de Justicia de Uruguay

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ÍNDICE

VISITA À SUPREMA CORTE DE JUSTIÇA ................................................................................................... 5

VISITA AO DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO À SUPREMA CORTE DE

JUSTIÇA ............................................................................................................................................................... 7

FERIADO NACIONAL ....................................................................................................................................... 8

VISITA À DIRETORIA DE JURISPRUDÊNCIA DAS CORTES DE APELAÇÃO .................................... 9

RETORNO À SUPREMA CORTE DE JUSTIÇA .......................................................................................... 10

VISITA À SEÇÃO DE RECEPÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE PROCESSOS DOS TRIBUNAIS DE

APELAÇÃO ........................................................................................................................................................ 11

VISITA AO BANCO DE DADOS DO PODER JUDICIÁRIO ...................................................................... 12

VISITA AO PROFOSJU – PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DO PODER JUDICIÁRIO ........... 13

VISITA AO PARLAMENTO ............................................................................................................................ 15

VISITA AO JUÍZO LETRADO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA DO TERCEIRO TURNO ........................ 21

VISITA À DIRETORIA GERAL DA SUPREMA CORTE DE JUSTIÇA ................................................... 23

VISITA AO JUÍZO LETRADO DE FAMÍLIA ............................................................................................... 24

VISITA AO JUÍZO CONCILIAÇÃO DO TERCEIRO TURNO .................................................................. 25

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VISITA À SUPREMA CORTE DE JUSTIÇA

Montevidéu, 18 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa

Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil

Fomos recebidos pela senhora Ethel Mercadal, representante do Departamento de

Relações Públicas e Protocolo, na Suprema Corte de Justiça.

A Corte é sediada no Palácio Piria, um solar localizado na Pasaje de Los Derechos

humanos com a Plaza Cagancha e a Rua São José.

A custódia simbólica do edifício é responsabilidade da Companhia de Zapadores,

desbravadores, do Batalhão de Engenheiros. Os sapadores eram os responsáveis pela

abertura de caminhos, construção de pontes, estradas etc.

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O palácio possui uma suntuosa escada que se bifurca duas vezes com o signo de

Áries, que simboliza segundo Piria, uma dantesca ascensão aos céus, estes representados

por um magnífico vitral ovalado que coroa toda a estrutura.

Na Suprema Corte fomos recebidos pelo Senhor Fernando Tovagliare Romero,

Secretário Letrado da Corte, que nos apresentou dentre outros espaços a Sala “Dr. Héctor L.

Odriozola, onde se recebem os dignitários estrangeiros e outros ilustres visitantes. Foi

concebido originalmente como salão de festas da residência.

Em seu gabinete, fez-nos uma breve explicação sobre as competências da Corte e,

posteriormente, a qual fomos convidados a participar de uma seção solene de juramento

dos advogados recém formados. Nessa cerimônia, estavam presentes os cinco ministros da

Suprema Corte: Dr. Daniel Gutiérrez, Dr. Ricardo Pérez Manrique; Dr. Jorge Omar Chediak

González; Dr. Jorge Larrieux e Dr. Jorge Ruibal Pino, e o Secretário Letrado Fernando

Tavagliare, bem assim, os neoadvogados e familiares.

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VISITA AO DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO À SUPREMA CORTE DE JUSTIÇA

Montevidéu, 18 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa

Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil

Posteriormente, conhecemos o Departamento de Informação e Documentação da

Suprema Corte de Justiça. Lá fomos recebidos pelas Doutoras Graciela Barón, Ximena

Gonzalez, Gabriela Hebech e pelo Doutor Gonzalo Pettinari, que nos deram uma primorosa

explicação sobre a formação do banco de jurisprudência, como, a inserção e recuperação de

dados, forma de pesquisa e conectores utilizados. Nessa oportunidade recebemos cópia do

Manual do Usuário da Base de Jurisprudência Nacional, e, ainda, estatística dos anos de

2002 a 2011 dos expedientes que ingressaram na jurisprudência para expedientes estudados

com informe elaborado.

Como exemplificação sobre inserção de dados foram-nos fornecidas cópias de

sentenças de alguns processos que chegaram à Corte, destacando-se, entre eles, um que se

referia ao questionamento da constitucionalidade do art. 206 da Lei 18.719. Neste caso um

policial militar que exercia atividades privadas como segurança, questionou o referido artigo

por violar o direito, que, entre nós, seria equiparado ao de exercício de qualquer trabalho,

ofício ou profissão.

O mais interessante é que qualquer cidadão pode questionar a constitucionalidade

de uma lei perante a Suprema Corte, desde, é claro, que haja alguma vinculação entre a

norma questionada e a parte questionadora.

Algo que nos chamou também a atenção foi o fato de que não há controle de

constitucionalidade abstrato, mas somente para o caso concreto, ou seja, destinado a

resolver a situação concreta e não a lei em tese. Assim, não possui efeito “erga omnes”, para

todos, mas somente entre as partes do processo.

Após o que, retornamos ao Gabinete do Dr. Fernando Tovagliare Romero, onde

recebemos a programação da primeira semana de intercâmbio, bem como fomos agraciados

com um exemplar de uma edição comemorativa do Centenário da Suprema Corte de Justiça,

com riquíssimas informações sobre o Poder Judiciário local, suas origens, evolução,

integração atual, atribuições, limitações e seu funcionamento.

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FERIADO NACIONAL

Montevidéu, 19 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa

Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil

O dia 19 de junho é o dia de nascimento de José Gervasio Artigas (Montevidéu, 19 de

Junho de 1764 — Ibiray, 23 de Setembro de 1850) foi um político e militar uruguaio, sendo o

herói nacional de seu país.

Faço questão de inserir a foto e fazer um comentário pois foi um fato que nos

chamou a atenção. Ao contrário de nosso país, as repartições públicas não exibem a foto

oficial de governador ou presidente. O Uruguai exibe em todas as repartições a foto de seu

herói nacional, José Artigas.

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VISITA À DIRETORIA DE JURISPRUDÊNCIA DAS CORTES DE APELAÇÃO

Montevidéu, 20 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa

Supremo Tribunal Federal

Brasília – Brasil

Encaminhamo-nos novamente à Suprema Corte de Justiça e de lá nos dirigimos à às

Cortes de Apelação, localizadas em edifício em frente àquela Corte. Lá fomos recebidos pela

Dra. Maria Luisa Tosi, Diretora Jurisprudência da Corte de Apelação, que nos fez detalhada

explanação sobre o banco de dados de jurisprudência de todo o Poder Judiciário.

O sistema foi criado em 2003. Inicialmente era alimentado por disquetes

encaminhados pelos próprios ministros. Posteriormente, por meio de um convênio entre a

Universidade do Uruguai, o Poder Judiciário, o Poder Legislativo e o Tribunal Administrativo,

para aprimoramento do sistema. Posteriormente o próprio tribunal desenvolveu um

software com participação francesa e também brasileira.

Atualmente a base de jurisprudência nacional contém julgados desde 2007. É

alimentado com resumos dos acórdãos da Suprema Corte de Justiça e das Cortes de

apelação. Essas sentenças são classificadas pelos ministros ou pelo secretário do Tribunal.

Foi-nos mostrado o sistema de banco de dados de jurisprudência, seu

funcionamento, alimentação, forma de indexação e verbetação. Por parte do Poder

Judiciário, a jurisprudência é depositada somente em banco de dados, mas a iniciativa

privada a disponibiliza em repositórios impressos.

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RETORNO À SUPREMA CORTE DE JUSTIÇA

Montevidéu, 20 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa

Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil

De volta à Suprema Corte de Justiça, fomos recebidos pelo Dr. Fernando Tovagliare

Romero, que fez um aprofundamento sobre as competências da Suprema Corte de Justiça,

destacando que é composta por cinco ministros de carreira, iniciada na magistratura de

primeiro grau.

Destacou as principais competências da corte:

A declaração de inconstitucionalidade de leis - por meio de ação, cautelar ou

incidentalmente em qualquer processo judicial (artigos 256-261 e 508 Const. - 523

Código Geral do Processo)

Competência recursal; e,

Conflito de competência.

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VISITA À SEÇÃO DE RECEPÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE PROCESSOS DOS TRIBUNAIS DE APELAÇÃO

Montevidéu, 21 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa

Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil

Dirigimo-nos à Suprema Corte de Justiça, e, na companhia da Senhora Ethel

Mercadal, seguimos para o prédio dos Tribunais de Apelação. Lá funcionam os tribunais de

apelação civil, família, trabalho e penal.

Fomos recebidos pela Senhora Adriana Zunino, Secretária adjunta da Seção de

Recepção e Distribuição de Processos, que nos explanou sobre os trabalhos realizados, como

a classificação, numeração e distribuição dos recursos.

Também lá correm os procedimentos de jurisdição voluntária, nesses casos não há

necessidade de advogados, bem como os pedidos de informação, de acordo com a Lei

18.281/2008, que trata de acesso a informações pelos cidadãos.

Causas contra o Estado são julgados por juízo especial, também competente para a

execução desse julgado.

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VISITA AO BANCO DE DADOS DO PODER JUDICIÁRIO

Montevidéu, 21 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa

Supremo Tribunal Federal

Brasília – Brasil

Após a visita à Seção de Recepção e Distribuição de Processos, em companhia do

Engenheiro César Arambillete, Diretor da Divisão de Tecnologia e Informática, visitamos a

dependência no 5º andar, onde está localizado o servidor de todo o banco de dados do

Poder Judiciário.

Daí, seguimos para a Rua Julio Herrera, 1192, onde fica a Divisão. Lá conversamos

também com o Engenheiro Marcelo Pesce, Diretor da Área de Desenvolvimento e

Manutenção. A explanação foi direcionada em maior parte para a colega Mônica, que

domina o assunto, vez que é da área de informática no Supremo Tribunal Federal.

Em suma, foi-nos informado que por determinação pela Suprema Corte de Justiça

que, para que se baixassem custos fossem utilizados softwares livres. Os programas

utilizados pelo Poder Judiciário são desenvolvidos pela Divisão e por empresas privadas.

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VISITA AO PROFOSJU – PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DO PODER JUDICIÁRIO

Montevidéu, 22 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa

Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil

Visitamos o PROFOSJU – Programa de Fortalecimento do Sistema Judicial Uruguaio,

onde fomos recebidos pela Doutora Ivonne Carrion Ramos, juíza coordenadora do

Programa.

Foi criado em 2003. Inicialmente o órgão ocupava uma sala e tinha três funcionários.

Para a composição do pessoal há um acordo para sejam sempre funcionários do Poder

Judiciário, da área administrativa.

Como os trabalhos eram bem aceitos, houve bastante retorno às solicitações feitas.

Houve, por meio do programa, iniciativa para as seguintes proposições:

Implantação de número único para o processo em todas as instâncias;

Notificações, intimações e ofícios internos por meio eletrônico. A comunicação

eletrônica é feita por todo o poder judiciário do país.

Para tornar efetivo o programa, foi criada a UAND – Unidade de Administração de

Notificações Eletrônicas. É obrigatório para todas as partes processuais constituírem um

domicílio eletrônico.

Qualquer pessoa, mesmo não sendo parte em um processo, poderá solicitar um

usuário e senha ao programa.

Tudo é comunicado eletronicamente. Se houver necessidade de o interessado retirar

cópias físicas de um processo, ele será notificado com destaque na mensagem para que em

três dias, sob pena de perda de prazo.

Há um portal corporativo para os funcionários. Todos têm usuário, senha e atribuição

na movimentação processual. Há, também, a possibilidade de órgãos se comunicarem entre

si.

Quanto aos atos processuais, se houver questionamento sobre o recebimento de

mensagens, um técnico promoverá o levantamento do fluxo de movimentações, contra o

qual não haverá contestação.

Atualmente ingressam em torno de cinquenta causas por mês.

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Em sua primeira fase, funcionava como escritório que promovia o desenvolvimento

do Poder Judiciário. Confeccionava organogramas, planejamento estratégico, metas de

gestão, indicadores etc.

Em fase posterior, promoveu o fortalecimento de gestão da Suprema Corte de

Justiça, com atribuição principal de descongestionar a corte de tarefas substantivas, como,

anteriormente os ministros se reuniam por questões menores, como para a compra de uma

cafeteira, por exemplo.

Dia 25 de junho de 2012, segunda-feira – Dia de coordenação dos intercambistas.

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VISITA AO PARLAMENTO

Montevidéu, 26 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa

Supremo Tribunal Federal

Brasília – Brasil

Dirigimo-nos à Suprema Corte de Justiça e de lá seguimos em companhia da Senhora

Ethel Mercadal à sede do Parlamento Uruguaio.

Lá fomos recebidos para uma visita guiada exclusiva pelo Senhor Carlos Lucas Lamit,

da área de protocolo e relações públicas do Poder Legislativo.

Trata-se de um belíssimo edifício. É o mais importante do país, não só pela beleza,

mas pelo que ele representa vez que é uma junção da história, da riqueza, do trabalho, da

cultura, da arte, da religiosidade e do espírito uruguaio. O Edifício espelha o próprio povo,

assim, como deveria ser, pois nele estão seus representantes.

Quanto ao edifício, no jardim destacam-se quatro grupos de escultura que

representam a lei, a justiça, as ciências e o trabalho. É coroado por uma cúpula adornada por

24 cariátides, Representam as diferentes atividades do país.

No vestíbulo de honra, ingresso principal ao palácio, se encontra a primeira

Constituição Nacional, guardada pelo Batalhão Florida.

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Há um salão com 52 variedades de mármores. Há, também, grandes vitrais,

claraboias, mosaicos, abóbadas. Um verdadeiro espetáculo de beleza.

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18

No Senado há uma galeria para o público e um rodapé em mogno paraguaio com um

fino trabalho de marcenaria que se repete no mobiliário.

Realçando a presidência se destaca uma meia abóbada laminada em ouro, coroada

pelo Escudo Nacional feito em madeira policromada.

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A Câmara dos Deputados mostra um valioso trabalho em nogueira italiana. O

plenário tem capacidade para 168 pessoas. Conta com duas galerias para o público.

Nessa sala se realiza a Assembleia Geral e fazem compromisso de honra o Presidente

da República.

Há também a Biblioteca do Poder Legislativo, a segunda maior do país, contando com

mais de 250.000 títulos que abrangem todos os temas.

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VISITA AO JUÍZO LETRADO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA DO TERCEIRO TURNO

Montevidéu, 27 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa

Supremo Tribunal Federal

Brasília – Brasil

Dirigimo-nos à Suprema Corte de Justiça, onde fomos recebidos pela Srta. Ana Ignez

que nos conduziu ao Palácio dos Tribunais, em frente à Suprema Corte, lá fomos ao Juízo

Letrado de Primeira Instância do Terceiro Turno que tem como titular a Dra. Cláudia Kelland,

que, além de juíza, é professora universitária. O didatismo da juíza-professora nos

proporcionou um perfeito entendimento do que é chamada “Audiência Preliminar”.

Segundo o artigo 341 do Código Processual Geral, nessa audiência se realizam os

seguintes atos:

Ratificação da demanda;

Ratificação do pedido;

Conciliação;

Produção de provas;

Fixação do objeto da ação.

Ressalte-se que apesar do nome “audiência preliminar”, ela não é a primeira

tentativa de solução do caso, antes dela é obrigatória a passagem pelo Juizado Especial de

Conciliação, que, não vislumbrando conciliação, emite uma ata que é o pré-requisito para

ajuizar a ação no Juízo Letrado.

Nesse juízo, ao contrário do especializado de conciliação, é obrigatório o patrocínio

das partes por profissional qualificado, ou seja, as partes têm de estar acompanhadas por

seus advogados.

O rito é o Ordinário.

Iniciada a audiência, cumpriram-se religiosamente os ditames do artigo 341:

ratificou-se a demanda; tentou-se a conciliação; fixou-se o objeto da ação; protestou-se por

provas documentais e testemunhais; e, por fim, o anunciação da decisão interlocutória.

Importante destacar que tudo que foi ratificado nessa audiência não poderá ser

alterado, a não ser pela presença de fatos novos.

Estavam presentes na audiência, além da parte autora e da demandada, familiares da

vítima; nós, intercambistas; um estudante de direito; e a Dra. Virginia H. Cardozo Cáceres,

advogada e professora universitária, colega da eminente juíza que preside a audiência.

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O caso trata de um abalroamento entre um ônibus e uma motocicleta ocorrido em

2008, com resultado morte. A parte autora, requer indenização por danos morais e

materiais, estes por lucros cessantes, em razão de que a vítima era, em vida, provedora do

lar.

Haverá audiência complementar para oitiva das testemunhas, sendo oito pela parte

autora e cinco pela parte demandada. Foi marcado o dia 30 de agosto de 2012, às 13h15 e

às 14h30, para as seis primeiras testemunhas da parte autora; 3 de setembro para as

testemunhas restantes; e 4 de setembro de 2012, para as testemunhas da parte

demandada.

O limite é de cinco testemunhas por pedido, de acordo com o artigo 159 do Código

Processual Geral.

Após a oitiva das testemunhas e proferida decisão interlocutória as partes poderão

apresentar as alegações finais e, em até 30 dias, será proferida a sentença.

Da sentença poder-se-á recorrer à Corte de Apelação Civil e, posteriormente à

Suprema Corte, caso a decisão envolva questão constitucional ou haja divergência entre os

julgadores.

O prazo prescricional desse tipo de ação, no caso, responsabilidade extracontratual, é

de quatro anos. A demora no ajuizamento da ação deveu-se à espera solução do caso na

esfera penal, onde o preposto da empresa de ônibus responde de homicídio culposo. Apesar

da independência entre as esferas, é importante a esfera penal para a solução da demanda

no cível.

O processo recebeu o número IUE 0002-008130/2012 e pode ser acompanhado no

portal do Poder Judiciário.

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VISITA À DIRETORIA GERAL DA SUPREMA CORTE DE JUSTIÇA

Montevidéu, 28 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa

Supremo Tribunal Federal

Brasília – Brasil

Dirigimo-nos à Suprema Corte onde fomos recebidos pela Senhora Ethel Mercadal.

De lá seguimos para o Departamento de Relações Públicas e Protocolo, situado próximo à

Suprema Corte de Justiça, onde conhecemos o local de trabalho da Senhora Ethel. Lá

também fomos recebidos pela Srta. Ana Inés.

De lá seguimos para outro prédio onde fica a Diretoria-Geral da Suprema Corte de

Justiça. Fomos recebidos pelos Senhores Escrivães Carlos Queirolo, Diretor de Divisão;

Morgan Mariño, Subdiretor-Geral; e, pelo Senhor Gustavo Machin, Chefe; que nos fizeram

breve explanaram sobre as atribuições daquela Diretoria.

A Diretoria Geral dos Serviços Administrativos rege-se pelas disposições dos artigos

519 e 520 da Lei 15.809 de 8/4/86, 18/8/86; Ata 6889, 7166-7380 de 30/11/92 e 10/11/99.

Sua missão planejar, organizar, dirigir e controlar os serviços administrativos do

Poder Judiciário, com orçamento próprio, bem como serviços de apoio, sem prejuízo de

qualquer outro que foi encomendado pela Suprema Corte de Justiça.

Suas atribuições são exercidas em todas as unidades do Judiciário em assuntos

administrativos, sem prejuízo das competências que a Suprema Corte transfere a outros

órgãos.

Suas principais funções:

Promover o trâmite dos expedientes administrativos;

Coordenar a Secretaria Letrada;

Contratações por meio de licitação;

Procedimentos disciplinares.

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VISITA AO JUÍZO LETRADO DE FAMÍLIA

Montevidéu, 29 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa

Supremo Tribunal Federal

Brasília – Brasil

Dirigimo-nos à Suprema Corte onde fomos recebidos pela Senhora Ethel Mercadal.

Fomos recebidos pelo Senhor Fernando Tovagliare Romero, Secretário Letrado da Corte, de

quem nos despedimos, vez que era o último dia de intercâmbio.

De lá seguimos em companhia da Senhora Ethel Mercadal para o Juízo Letrado de

Família, onde presenciamos uma audiência que tratava de uma adoção.

O interessante é que para que se promova a adoção primeiramente deveria ser

declarada a separação dos vínculos familiares da menor com o pai biológico, mesmo este

nunca ter reconhecido a paternidade da criança.

Quebrado o vínculo de parentesco com o pai biológico e avós paternos, tratou-se do

o processo de adoção, que tem trâmite bem semelhante ao nosso, inclusive com a

obrigatoriedade do estágio de convivência; pareceres de psicólogos, de assistentes sociais e

estágio de convivência, que, no presente caso poderia ser dispensado vez que a criança

convivia com o adotante, marido de sua mãe, desde a mais tenra idade, sendo que aquela o

tem como seu verdadeiro pai.

Após a audiência fomos recebidos pelo doutor Fernando Moreno, juiz letrado titular

daquele juízo de família. Ele nos fez uma breve explanação sobre o processo.

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VISITA AO JUÍZO CONCILIAÇÃO DO TERCEIRO TURNO

Montevidéu, 29 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa

Supremo Tribunal Federal

Brasília – Brasil

Após a visita ao juízo de família nos dirigimos ao Juízo de Conciliação do Terceiro

Turno, lá fomos recebidos pela Doutora Marta Toyos Rodrigues, juíza titular daquele juízo de

conciliação.

Fomos informados que a tentativa de conciliação é pressuposto de ingresso nos

juizados civis. Não há limite de valor de alçada para ingressar no juizado. Caso seja citado

como parte o Estado sua resposta é facultativa.

Curiosamente, a juíza falava muito bem o português e nos fez explanação sobre os

trabalhos de conciliação, que prima pela oralidade.

Foi-nos apresentada estatística dos trabalhos do juizado dos meses de fevereiro a

maio de 2012.

A contabilização é dividida em: audiências realizadas à revelia; audiências realizadas

com comparecimento, mas não logradas; audiências realizadas com comparecimento e

logradas parcialmente; audiências realizadas com comparecimento e prorrogadas; as

prorrogadas com mandato verbal (citação verbal) e as audiências não realizadas. Conforme a

seguir:

26

Revelia; 26

Não logradas; 46

Logradas totalmente; 15

Prorrogadas; 3

Prorrogações de

mandato; 20

Não realizadas; 24

Fevereiro

Revelia; 73

Não logradas; 65

Logradas totalmente; 16

Prorrogadas; 2

Prorrogações de mandato;

30

Não realizadas; 55

Março

27

Revelia; 29

Não logradas; 35

Logradas totalmente; 14

Prorrogadas; 3

Prorrogações de mandato;

16

Não realizadas; 16

Abril

Revelia; 80

Não logradas; 78

Logradas totalmente; 18

Prorrogadas; 6

Prorrogações de mandato;

37

Não realizadas; 44

Maio