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PROGRAMA JOAQUIM NABUCO – SEVIDORES 1º/2012 –
1. SUPERVISORA Cyntia Maria Martins Santos Assessoria de Assuntos Internacionais da Presidência E-mail: [email protected] Telefone: (+55 61) 3217-4012 2. COORDENADOR Vinícius Arrais Limongi Miguel Assessoria de Assuntos Internacionais da Presidência E-mail: [email protected] Telefone: (+55 61) 3217- 6505 3. SERVIDOR Francisco das Chagas Bezerra de Sousa Nacionalidade: brasileira Tribunal de Origem: Supremo Tribunal Federal Período: 17/06/2012 a 30/06/2012 Alocação: Suprema Corte de Justicia de Uruguay
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ÍNDICE
VISITA À SUPREMA CORTE DE JUSTIÇA ................................................................................................... 5
VISITA AO DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO À SUPREMA CORTE DE
JUSTIÇA ............................................................................................................................................................... 7
FERIADO NACIONAL ....................................................................................................................................... 8
VISITA À DIRETORIA DE JURISPRUDÊNCIA DAS CORTES DE APELAÇÃO .................................... 9
RETORNO À SUPREMA CORTE DE JUSTIÇA .......................................................................................... 10
VISITA À SEÇÃO DE RECEPÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE PROCESSOS DOS TRIBUNAIS DE
APELAÇÃO ........................................................................................................................................................ 11
VISITA AO BANCO DE DADOS DO PODER JUDICIÁRIO ...................................................................... 12
VISITA AO PROFOSJU – PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DO PODER JUDICIÁRIO ........... 13
VISITA AO PARLAMENTO ............................................................................................................................ 15
VISITA AO JUÍZO LETRADO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA DO TERCEIRO TURNO ........................ 21
VISITA À DIRETORIA GERAL DA SUPREMA CORTE DE JUSTIÇA ................................................... 23
VISITA AO JUÍZO LETRADO DE FAMÍLIA ............................................................................................... 24
VISITA AO JUÍZO CONCILIAÇÃO DO TERCEIRO TURNO .................................................................. 25
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VISITA À SUPREMA CORTE DE JUSTIÇA
Montevidéu, 18 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa
Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil
Fomos recebidos pela senhora Ethel Mercadal, representante do Departamento de
Relações Públicas e Protocolo, na Suprema Corte de Justiça.
A Corte é sediada no Palácio Piria, um solar localizado na Pasaje de Los Derechos
humanos com a Plaza Cagancha e a Rua São José.
A custódia simbólica do edifício é responsabilidade da Companhia de Zapadores,
desbravadores, do Batalhão de Engenheiros. Os sapadores eram os responsáveis pela
abertura de caminhos, construção de pontes, estradas etc.
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O palácio possui uma suntuosa escada que se bifurca duas vezes com o signo de
Áries, que simboliza segundo Piria, uma dantesca ascensão aos céus, estes representados
por um magnífico vitral ovalado que coroa toda a estrutura.
Na Suprema Corte fomos recebidos pelo Senhor Fernando Tovagliare Romero,
Secretário Letrado da Corte, que nos apresentou dentre outros espaços a Sala “Dr. Héctor L.
Odriozola, onde se recebem os dignitários estrangeiros e outros ilustres visitantes. Foi
concebido originalmente como salão de festas da residência.
Em seu gabinete, fez-nos uma breve explicação sobre as competências da Corte e,
posteriormente, a qual fomos convidados a participar de uma seção solene de juramento
dos advogados recém formados. Nessa cerimônia, estavam presentes os cinco ministros da
Suprema Corte: Dr. Daniel Gutiérrez, Dr. Ricardo Pérez Manrique; Dr. Jorge Omar Chediak
González; Dr. Jorge Larrieux e Dr. Jorge Ruibal Pino, e o Secretário Letrado Fernando
Tavagliare, bem assim, os neoadvogados e familiares.
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VISITA AO DEPARTAMENTO DE INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO À SUPREMA CORTE DE JUSTIÇA
Montevidéu, 18 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa
Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil
Posteriormente, conhecemos o Departamento de Informação e Documentação da
Suprema Corte de Justiça. Lá fomos recebidos pelas Doutoras Graciela Barón, Ximena
Gonzalez, Gabriela Hebech e pelo Doutor Gonzalo Pettinari, que nos deram uma primorosa
explicação sobre a formação do banco de jurisprudência, como, a inserção e recuperação de
dados, forma de pesquisa e conectores utilizados. Nessa oportunidade recebemos cópia do
Manual do Usuário da Base de Jurisprudência Nacional, e, ainda, estatística dos anos de
2002 a 2011 dos expedientes que ingressaram na jurisprudência para expedientes estudados
com informe elaborado.
Como exemplificação sobre inserção de dados foram-nos fornecidas cópias de
sentenças de alguns processos que chegaram à Corte, destacando-se, entre eles, um que se
referia ao questionamento da constitucionalidade do art. 206 da Lei 18.719. Neste caso um
policial militar que exercia atividades privadas como segurança, questionou o referido artigo
por violar o direito, que, entre nós, seria equiparado ao de exercício de qualquer trabalho,
ofício ou profissão.
O mais interessante é que qualquer cidadão pode questionar a constitucionalidade
de uma lei perante a Suprema Corte, desde, é claro, que haja alguma vinculação entre a
norma questionada e a parte questionadora.
Algo que nos chamou também a atenção foi o fato de que não há controle de
constitucionalidade abstrato, mas somente para o caso concreto, ou seja, destinado a
resolver a situação concreta e não a lei em tese. Assim, não possui efeito “erga omnes”, para
todos, mas somente entre as partes do processo.
Após o que, retornamos ao Gabinete do Dr. Fernando Tovagliare Romero, onde
recebemos a programação da primeira semana de intercâmbio, bem como fomos agraciados
com um exemplar de uma edição comemorativa do Centenário da Suprema Corte de Justiça,
com riquíssimas informações sobre o Poder Judiciário local, suas origens, evolução,
integração atual, atribuições, limitações e seu funcionamento.
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FERIADO NACIONAL
Montevidéu, 19 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa
Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil
O dia 19 de junho é o dia de nascimento de José Gervasio Artigas (Montevidéu, 19 de
Junho de 1764 — Ibiray, 23 de Setembro de 1850) foi um político e militar uruguaio, sendo o
herói nacional de seu país.
Faço questão de inserir a foto e fazer um comentário pois foi um fato que nos
chamou a atenção. Ao contrário de nosso país, as repartições públicas não exibem a foto
oficial de governador ou presidente. O Uruguai exibe em todas as repartições a foto de seu
herói nacional, José Artigas.
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VISITA À DIRETORIA DE JURISPRUDÊNCIA DAS CORTES DE APELAÇÃO
Montevidéu, 20 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa
Supremo Tribunal Federal
Brasília – Brasil
Encaminhamo-nos novamente à Suprema Corte de Justiça e de lá nos dirigimos à às
Cortes de Apelação, localizadas em edifício em frente àquela Corte. Lá fomos recebidos pela
Dra. Maria Luisa Tosi, Diretora Jurisprudência da Corte de Apelação, que nos fez detalhada
explanação sobre o banco de dados de jurisprudência de todo o Poder Judiciário.
O sistema foi criado em 2003. Inicialmente era alimentado por disquetes
encaminhados pelos próprios ministros. Posteriormente, por meio de um convênio entre a
Universidade do Uruguai, o Poder Judiciário, o Poder Legislativo e o Tribunal Administrativo,
para aprimoramento do sistema. Posteriormente o próprio tribunal desenvolveu um
software com participação francesa e também brasileira.
Atualmente a base de jurisprudência nacional contém julgados desde 2007. É
alimentado com resumos dos acórdãos da Suprema Corte de Justiça e das Cortes de
apelação. Essas sentenças são classificadas pelos ministros ou pelo secretário do Tribunal.
Foi-nos mostrado o sistema de banco de dados de jurisprudência, seu
funcionamento, alimentação, forma de indexação e verbetação. Por parte do Poder
Judiciário, a jurisprudência é depositada somente em banco de dados, mas a iniciativa
privada a disponibiliza em repositórios impressos.
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RETORNO À SUPREMA CORTE DE JUSTIÇA
Montevidéu, 20 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa
Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil
De volta à Suprema Corte de Justiça, fomos recebidos pelo Dr. Fernando Tovagliare
Romero, que fez um aprofundamento sobre as competências da Suprema Corte de Justiça,
destacando que é composta por cinco ministros de carreira, iniciada na magistratura de
primeiro grau.
Destacou as principais competências da corte:
A declaração de inconstitucionalidade de leis - por meio de ação, cautelar ou
incidentalmente em qualquer processo judicial (artigos 256-261 e 508 Const. - 523
Código Geral do Processo)
Competência recursal; e,
Conflito de competência.
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VISITA À SEÇÃO DE RECEPÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE PROCESSOS DOS TRIBUNAIS DE APELAÇÃO
Montevidéu, 21 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa
Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil
Dirigimo-nos à Suprema Corte de Justiça, e, na companhia da Senhora Ethel
Mercadal, seguimos para o prédio dos Tribunais de Apelação. Lá funcionam os tribunais de
apelação civil, família, trabalho e penal.
Fomos recebidos pela Senhora Adriana Zunino, Secretária adjunta da Seção de
Recepção e Distribuição de Processos, que nos explanou sobre os trabalhos realizados, como
a classificação, numeração e distribuição dos recursos.
Também lá correm os procedimentos de jurisdição voluntária, nesses casos não há
necessidade de advogados, bem como os pedidos de informação, de acordo com a Lei
18.281/2008, que trata de acesso a informações pelos cidadãos.
Causas contra o Estado são julgados por juízo especial, também competente para a
execução desse julgado.
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VISITA AO BANCO DE DADOS DO PODER JUDICIÁRIO
Montevidéu, 21 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa
Supremo Tribunal Federal
Brasília – Brasil
Após a visita à Seção de Recepção e Distribuição de Processos, em companhia do
Engenheiro César Arambillete, Diretor da Divisão de Tecnologia e Informática, visitamos a
dependência no 5º andar, onde está localizado o servidor de todo o banco de dados do
Poder Judiciário.
Daí, seguimos para a Rua Julio Herrera, 1192, onde fica a Divisão. Lá conversamos
também com o Engenheiro Marcelo Pesce, Diretor da Área de Desenvolvimento e
Manutenção. A explanação foi direcionada em maior parte para a colega Mônica, que
domina o assunto, vez que é da área de informática no Supremo Tribunal Federal.
Em suma, foi-nos informado que por determinação pela Suprema Corte de Justiça
que, para que se baixassem custos fossem utilizados softwares livres. Os programas
utilizados pelo Poder Judiciário são desenvolvidos pela Divisão e por empresas privadas.
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VISITA AO PROFOSJU – PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DO PODER JUDICIÁRIO
Montevidéu, 22 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa
Supremo Tribunal Federal Brasília – Brasil
Visitamos o PROFOSJU – Programa de Fortalecimento do Sistema Judicial Uruguaio,
onde fomos recebidos pela Doutora Ivonne Carrion Ramos, juíza coordenadora do
Programa.
Foi criado em 2003. Inicialmente o órgão ocupava uma sala e tinha três funcionários.
Para a composição do pessoal há um acordo para sejam sempre funcionários do Poder
Judiciário, da área administrativa.
Como os trabalhos eram bem aceitos, houve bastante retorno às solicitações feitas.
Houve, por meio do programa, iniciativa para as seguintes proposições:
Implantação de número único para o processo em todas as instâncias;
Notificações, intimações e ofícios internos por meio eletrônico. A comunicação
eletrônica é feita por todo o poder judiciário do país.
Para tornar efetivo o programa, foi criada a UAND – Unidade de Administração de
Notificações Eletrônicas. É obrigatório para todas as partes processuais constituírem um
domicílio eletrônico.
Qualquer pessoa, mesmo não sendo parte em um processo, poderá solicitar um
usuário e senha ao programa.
Tudo é comunicado eletronicamente. Se houver necessidade de o interessado retirar
cópias físicas de um processo, ele será notificado com destaque na mensagem para que em
três dias, sob pena de perda de prazo.
Há um portal corporativo para os funcionários. Todos têm usuário, senha e atribuição
na movimentação processual. Há, também, a possibilidade de órgãos se comunicarem entre
si.
Quanto aos atos processuais, se houver questionamento sobre o recebimento de
mensagens, um técnico promoverá o levantamento do fluxo de movimentações, contra o
qual não haverá contestação.
Atualmente ingressam em torno de cinquenta causas por mês.
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Em sua primeira fase, funcionava como escritório que promovia o desenvolvimento
do Poder Judiciário. Confeccionava organogramas, planejamento estratégico, metas de
gestão, indicadores etc.
Em fase posterior, promoveu o fortalecimento de gestão da Suprema Corte de
Justiça, com atribuição principal de descongestionar a corte de tarefas substantivas, como,
anteriormente os ministros se reuniam por questões menores, como para a compra de uma
cafeteira, por exemplo.
Dia 25 de junho de 2012, segunda-feira – Dia de coordenação dos intercambistas.
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VISITA AO PARLAMENTO
Montevidéu, 26 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa
Supremo Tribunal Federal
Brasília – Brasil
Dirigimo-nos à Suprema Corte de Justiça e de lá seguimos em companhia da Senhora
Ethel Mercadal à sede do Parlamento Uruguaio.
Lá fomos recebidos para uma visita guiada exclusiva pelo Senhor Carlos Lucas Lamit,
da área de protocolo e relações públicas do Poder Legislativo.
Trata-se de um belíssimo edifício. É o mais importante do país, não só pela beleza,
mas pelo que ele representa vez que é uma junção da história, da riqueza, do trabalho, da
cultura, da arte, da religiosidade e do espírito uruguaio. O Edifício espelha o próprio povo,
assim, como deveria ser, pois nele estão seus representantes.
Quanto ao edifício, no jardim destacam-se quatro grupos de escultura que
representam a lei, a justiça, as ciências e o trabalho. É coroado por uma cúpula adornada por
24 cariátides, Representam as diferentes atividades do país.
No vestíbulo de honra, ingresso principal ao palácio, se encontra a primeira
Constituição Nacional, guardada pelo Batalhão Florida.
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Há um salão com 52 variedades de mármores. Há, também, grandes vitrais,
claraboias, mosaicos, abóbadas. Um verdadeiro espetáculo de beleza.
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No Senado há uma galeria para o público e um rodapé em mogno paraguaio com um
fino trabalho de marcenaria que se repete no mobiliário.
Realçando a presidência se destaca uma meia abóbada laminada em ouro, coroada
pelo Escudo Nacional feito em madeira policromada.
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A Câmara dos Deputados mostra um valioso trabalho em nogueira italiana. O
plenário tem capacidade para 168 pessoas. Conta com duas galerias para o público.
Nessa sala se realiza a Assembleia Geral e fazem compromisso de honra o Presidente
da República.
Há também a Biblioteca do Poder Legislativo, a segunda maior do país, contando com
mais de 250.000 títulos que abrangem todos os temas.
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VISITA AO JUÍZO LETRADO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA DO TERCEIRO TURNO
Montevidéu, 27 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa
Supremo Tribunal Federal
Brasília – Brasil
Dirigimo-nos à Suprema Corte de Justiça, onde fomos recebidos pela Srta. Ana Ignez
que nos conduziu ao Palácio dos Tribunais, em frente à Suprema Corte, lá fomos ao Juízo
Letrado de Primeira Instância do Terceiro Turno que tem como titular a Dra. Cláudia Kelland,
que, além de juíza, é professora universitária. O didatismo da juíza-professora nos
proporcionou um perfeito entendimento do que é chamada “Audiência Preliminar”.
Segundo o artigo 341 do Código Processual Geral, nessa audiência se realizam os
seguintes atos:
Ratificação da demanda;
Ratificação do pedido;
Conciliação;
Produção de provas;
Fixação do objeto da ação.
Ressalte-se que apesar do nome “audiência preliminar”, ela não é a primeira
tentativa de solução do caso, antes dela é obrigatória a passagem pelo Juizado Especial de
Conciliação, que, não vislumbrando conciliação, emite uma ata que é o pré-requisito para
ajuizar a ação no Juízo Letrado.
Nesse juízo, ao contrário do especializado de conciliação, é obrigatório o patrocínio
das partes por profissional qualificado, ou seja, as partes têm de estar acompanhadas por
seus advogados.
O rito é o Ordinário.
Iniciada a audiência, cumpriram-se religiosamente os ditames do artigo 341:
ratificou-se a demanda; tentou-se a conciliação; fixou-se o objeto da ação; protestou-se por
provas documentais e testemunhais; e, por fim, o anunciação da decisão interlocutória.
Importante destacar que tudo que foi ratificado nessa audiência não poderá ser
alterado, a não ser pela presença de fatos novos.
Estavam presentes na audiência, além da parte autora e da demandada, familiares da
vítima; nós, intercambistas; um estudante de direito; e a Dra. Virginia H. Cardozo Cáceres,
advogada e professora universitária, colega da eminente juíza que preside a audiência.
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O caso trata de um abalroamento entre um ônibus e uma motocicleta ocorrido em
2008, com resultado morte. A parte autora, requer indenização por danos morais e
materiais, estes por lucros cessantes, em razão de que a vítima era, em vida, provedora do
lar.
Haverá audiência complementar para oitiva das testemunhas, sendo oito pela parte
autora e cinco pela parte demandada. Foi marcado o dia 30 de agosto de 2012, às 13h15 e
às 14h30, para as seis primeiras testemunhas da parte autora; 3 de setembro para as
testemunhas restantes; e 4 de setembro de 2012, para as testemunhas da parte
demandada.
O limite é de cinco testemunhas por pedido, de acordo com o artigo 159 do Código
Processual Geral.
Após a oitiva das testemunhas e proferida decisão interlocutória as partes poderão
apresentar as alegações finais e, em até 30 dias, será proferida a sentença.
Da sentença poder-se-á recorrer à Corte de Apelação Civil e, posteriormente à
Suprema Corte, caso a decisão envolva questão constitucional ou haja divergência entre os
julgadores.
O prazo prescricional desse tipo de ação, no caso, responsabilidade extracontratual, é
de quatro anos. A demora no ajuizamento da ação deveu-se à espera solução do caso na
esfera penal, onde o preposto da empresa de ônibus responde de homicídio culposo. Apesar
da independência entre as esferas, é importante a esfera penal para a solução da demanda
no cível.
O processo recebeu o número IUE 0002-008130/2012 e pode ser acompanhado no
portal do Poder Judiciário.
23
VISITA À DIRETORIA GERAL DA SUPREMA CORTE DE JUSTIÇA
Montevidéu, 28 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa
Supremo Tribunal Federal
Brasília – Brasil
Dirigimo-nos à Suprema Corte onde fomos recebidos pela Senhora Ethel Mercadal.
De lá seguimos para o Departamento de Relações Públicas e Protocolo, situado próximo à
Suprema Corte de Justiça, onde conhecemos o local de trabalho da Senhora Ethel. Lá
também fomos recebidos pela Srta. Ana Inés.
De lá seguimos para outro prédio onde fica a Diretoria-Geral da Suprema Corte de
Justiça. Fomos recebidos pelos Senhores Escrivães Carlos Queirolo, Diretor de Divisão;
Morgan Mariño, Subdiretor-Geral; e, pelo Senhor Gustavo Machin, Chefe; que nos fizeram
breve explanaram sobre as atribuições daquela Diretoria.
A Diretoria Geral dos Serviços Administrativos rege-se pelas disposições dos artigos
519 e 520 da Lei 15.809 de 8/4/86, 18/8/86; Ata 6889, 7166-7380 de 30/11/92 e 10/11/99.
Sua missão planejar, organizar, dirigir e controlar os serviços administrativos do
Poder Judiciário, com orçamento próprio, bem como serviços de apoio, sem prejuízo de
qualquer outro que foi encomendado pela Suprema Corte de Justiça.
Suas atribuições são exercidas em todas as unidades do Judiciário em assuntos
administrativos, sem prejuízo das competências que a Suprema Corte transfere a outros
órgãos.
Suas principais funções:
Promover o trâmite dos expedientes administrativos;
Coordenar a Secretaria Letrada;
Contratações por meio de licitação;
Procedimentos disciplinares.
24
VISITA AO JUÍZO LETRADO DE FAMÍLIA
Montevidéu, 29 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa
Supremo Tribunal Federal
Brasília – Brasil
Dirigimo-nos à Suprema Corte onde fomos recebidos pela Senhora Ethel Mercadal.
Fomos recebidos pelo Senhor Fernando Tovagliare Romero, Secretário Letrado da Corte, de
quem nos despedimos, vez que era o último dia de intercâmbio.
De lá seguimos em companhia da Senhora Ethel Mercadal para o Juízo Letrado de
Família, onde presenciamos uma audiência que tratava de uma adoção.
O interessante é que para que se promova a adoção primeiramente deveria ser
declarada a separação dos vínculos familiares da menor com o pai biológico, mesmo este
nunca ter reconhecido a paternidade da criança.
Quebrado o vínculo de parentesco com o pai biológico e avós paternos, tratou-se do
o processo de adoção, que tem trâmite bem semelhante ao nosso, inclusive com a
obrigatoriedade do estágio de convivência; pareceres de psicólogos, de assistentes sociais e
estágio de convivência, que, no presente caso poderia ser dispensado vez que a criança
convivia com o adotante, marido de sua mãe, desde a mais tenra idade, sendo que aquela o
tem como seu verdadeiro pai.
Após a audiência fomos recebidos pelo doutor Fernando Moreno, juiz letrado titular
daquele juízo de família. Ele nos fez uma breve explanação sobre o processo.
25
VISITA AO JUÍZO CONCILIAÇÃO DO TERCEIRO TURNO
Montevidéu, 29 de junho de 2012. Francisco das Chagas Bezerra de Sousa
Supremo Tribunal Federal
Brasília – Brasil
Após a visita ao juízo de família nos dirigimos ao Juízo de Conciliação do Terceiro
Turno, lá fomos recebidos pela Doutora Marta Toyos Rodrigues, juíza titular daquele juízo de
conciliação.
Fomos informados que a tentativa de conciliação é pressuposto de ingresso nos
juizados civis. Não há limite de valor de alçada para ingressar no juizado. Caso seja citado
como parte o Estado sua resposta é facultativa.
Curiosamente, a juíza falava muito bem o português e nos fez explanação sobre os
trabalhos de conciliação, que prima pela oralidade.
Foi-nos apresentada estatística dos trabalhos do juizado dos meses de fevereiro a
maio de 2012.
A contabilização é dividida em: audiências realizadas à revelia; audiências realizadas
com comparecimento, mas não logradas; audiências realizadas com comparecimento e
logradas parcialmente; audiências realizadas com comparecimento e prorrogadas; as
prorrogadas com mandato verbal (citação verbal) e as audiências não realizadas. Conforme a
seguir:
26
Revelia; 26
Não logradas; 46
Logradas totalmente; 15
Prorrogadas; 3
Prorrogações de
mandato; 20
Não realizadas; 24
Fevereiro
Revelia; 73
Não logradas; 65
Logradas totalmente; 16
Prorrogadas; 2
Prorrogações de mandato;
30
Não realizadas; 55
Março