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Programa Nacional de Programa Nacional de Diagn Diagnó stico Precoce: 30 anos stico Precoce: 30 anos Programa Nacional de Diagn Programa Nacional de Diagnó stico stico Precoce Precoce Rastreio Rastreio Neonatal Neonatal O rastreio neonatal é um Programa sistemático destinado a todos os recém-nascidos, tendo como objectivo evitar a evolução da patologia rastreada, através do diagnóstico pré-sintomático e da instituição precoce de terapia adequada

Programa Nacional de Diagn óstico Precoce: 30 anos · Crit érios para o rastreio • Doença grave e com alterações metabólicas profundas • Diagnóstico neonatal difícil •

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Programa Nacional de Programa Nacional de DiagnDiagnóóstico Precoce: 30 anosstico Precoce: 30 anos

Programa Nacional de DiagnPrograma Nacional de Diagnóóstico stico PrecocePrecoce

Rastreio Rastreio NeonatalNeonatal

O rastreio neonatal é um Programa sistemático

destinado a todos os recém-nascidos, tendo como

objectivo evitar a evolução da patologia rastreada,

através do diagnóstico pré-sintomático e da

instituição precoce de terapia adequada

CritCritéérios para o rastreiorios para o rastreio

• Doença grave e com alterações metabólicas profundas

• Diagnóstico neonatal difícil

• Existência de tratamento específico e a que correspondam melhorias significativas

• Marcador sensível e específico

• Custos aceitáveis em Saúde Pública

DoenDoençças rastreadas atas rastreadas atéé 20042004• Fenilcetonúria - 1979• Hipotiroidismo Congénito - 1981

História do Rastreio Neonatal

� 1972 – primeiras tentativas para a detecção PKU – pesq. do ác. fenilpirúvico em amostra de urina (CMG-Lx).

� 1979 – por iniciativa do IGM este rastreio começou a ser efectuado de uma forma sistematizada – Phe em sangue capilar colhido sobre papel de filtro.

� 1981 – início do rastreio do HC – marcador a TSH doseada a partir da mesma amostra de sangue.

� Foi criada a Comissão Nacional para o Diagnóstico Precoce (DR II série nº 91, 3151, 1981)

HipotiroidismoHipotiroidismo CongCongéénitonito

FenilcetonFenilcetonúúriaria(PKU)(PKU)

Fenilcetonúria tratada

• 3º - 6º dia de vida

ColheitaColheita

OrganizaOrganizaççãoão

Colheita Centros de Saúde CGM

(75%RN)

Diagnóstico

Lisboa

Porto

Centros de tratamento Coimbra

Funchal

P. Delgada

OrganizaOrganizaççãoão• Programa Nacional

• Não obrigatório

• Financiado pelo Ministério da Saúde (subsistemas ADSE, ARS...)

• Envio das colheitas pelo correio

• Unidade de Rastreio Neonatal

• “Biobanco” (repositório) - sangue excedentário é armazenado 1A a 4ºC e a Comissão Nacional de Proteção de Dados permite até 15A (temp. ambiente)

Projecto SaProjecto Saúúde XXI de XXI -- Tandem Tandem –– massmass(espectroscopia de massa em tandem)(espectroscopia de massa em tandem)

Que doenQue doençças rastrear?as rastrear?

Actualmente podem ser testadas pelo MS/MS - 84 doenças

Grupo I – Rastreio recomendado – 29

Grupo II – Podem ser rastreadas – 25

Grupo III – Rastreio não recomendado – 30

American College of Medical Genetics (Março de 2006)

Novas patologias a rastrear Novas patologias a rastrear a partir de 2004a partir de 2004

• Aminoacidopatias – Leucinose (MSUD), Tirosinemiastipo I e tipo II, Citrulinemia, Hiperargininemia, AcidúriaArgininosuccínica, Hipermetioninemia (déf. MAT), Homocistinúria clássica

• Doenças da beta-oxidação mitocondrial – Def. de MCAD, LCHAD, VLCAD, CPT I, CPT II, MADD e CUD

• Acidúrias orgânicas – Acidúrias: propiónica, metilmalónica, isovalérica, 3-hidroxi-3-metilglutárica, glutárica tipo I, malónica e 3-metilcrotonilglicinúria

Rede hospitalarRede hospitalar

PortoH.S.João H.Mª Pia C.H. Gaia

CoimbraH. Pediátrico

LisboaH.Stª. Maria H. D.Estefânia

FuncionamentoFuncionamentoUnidade de Rastreio Neonatal,

DG, INSA

Médico da Unidade

de Doenças Metabólicas

Início de tratamento

Doente

Internamento

Alimentos Alimentos hipoproteicoshipoproteicos e pobres e pobres em em fenilalaninafenilalanina

Dez. 2008 ResultadosTaxa de cobertura – 99,6%

RN estudados

Doença Nº de casos Prevalência

2.871.105 HC 928 1/3.093

2.903.350 PKU 268 1/10.833

349.184Outras

DHM98 1/3.563

Prevalências GlobaisPrevalências Globais

Doenças Hereditárias do Metabolismo

1/ 2.545

DHM + Hipotiroidismo Congénito

1/ 1.383

InIníício de tratamentocio de tratamento

0

5

10

15

20

25

30

81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08

Anos

Dia

s

Novas patologias a rastrearNovas patologias a rastrear

• Devem-se rastrear doenças sem tratamento mas com possibilidade de aconselhamento genético ?

O resultado na O resultado na internetinternet

O resultado na InternetO resultado na Internet

O resultado na O resultado na internetinternet

O resultado na O resultado na internetinternet

LaboratLaboratóório Nacional: amostras/ano rio Nacional: amostras/ano • Portugal - 105.437• Suécia - 101.450• Austria - 77.180• Suíça - 71.450• Dinamarca - 66.657• Irlanda - 62.000• Noruega - 56.846

Nos países com vários laboratórios - o maior é o de Heidelberg(Alemanha) processa 60.427 amostras/ano

Portugal dispõe do maior laboratório de rastreios da Europa

Referencias• Loebler G. Neonatal Screening in Europe: the situation in 2004, JIMD, 2007;30:430-38• Bodamer et al. Expanded newborn screening in Europe 2007, JIMD, 2007;30:439-44• European Metabolic Group Meeting, Heidelberg, Junho 2008

Banco de ADNBanco de ADN

Banco de ADNBanco de ADN

Programa Nacional de DiagnPrograma Nacional de Diagnóóstico Precocestico Precoce

• Início – 1979

• Nº de fichas/ano - > 100.000

• Nº total de fichas recebidas

> 2,5 milhões

• Banco actual – Cerca de 1 milhão de fichas

Programa Nacional de DiagnPrograma Nacional de Diagnóóstico Precocestico Precoce

• Início – 1979

• Nº de fichas / ano - > 100.000

• Nº total de fichas recebidas

> 2,5 milhões

• Banco actual – Cerca de 1 milhão de fichas

Programa Nacional de DiagnPrograma Nacional de Diagnóóstico Precocestico Precoce

• Início – 1979

• Nº de fichas/ano - > 100.000

• Nº total de fichas recebidas

> 2,5 milhões

• Banco actual – Cerca de 1 milhão de fichas

Programa Nacional de DiagnPrograma Nacional de Diagnóóstico Precocestico Precoce

• Início – 1979

• Nº de fichas/ano - > 100.000

• Nº total de fichas recebidas

> 2,8 milhões

• Banco actual – Cerca de 1 milhão de fichas

Lei NLei Nºº 12/200512/2005ProtecProtecçção de dados genão de dados genééticosticos

• Art.19,nº 7 – As amostras de sangue seco em papel obtidas em rastreios neonatais podem ser utilizadas

para estudos familiares no contexto do aconselhamento genético ou para investigação desde que previamente anonimizadas

InvestigaInvestigaççãoão

• Hemoglobinopatias

• Mutações da Fibrose Quística

• Citomegalovírus – Prevalência – 1,1%

• Pesquisa de anticorpos (HIV) – Prevalência – 0,5%

• Epidemiologia molecular das doenças rastreadas

DiagnDiagnóósticostico

• Diagnóstico clínico

• Aconselhamento genético

O R G A N I Z A O R G A N I Z A ÇÇ Ã O A C T U A LÃ O A C T U A L

Ministério da Saúde

Conselho Directivo do INSAPrograma Nacional de Diagnóstico Precoce

Comissão Técnica Nacional

Comissão Executiva

Unidade de RastreioNeonatal

Departamento de Genética Outros Departamentos

UBG UC UGMol UGMéd UID UTI

Constrangimentos actuaisConstrangimentos actuais• Dificuldades financeiras que não permitem

manter sem sobressaltos o seu normal

funcionamento

• Incapacidade de transmitir a ideia de que o

rastreio, ou funciona a 100% ou perde o seu

prestígio e eficácia

PerspectivasPerspectivas FuturasFuturas

• Implementação de “second tier tests”

(homocisteína; ác metilcítrico; ácido metilmalónico;

allo-Ile) (novo MS/MS)

• Implementação/desenvolvimento de novas

abordagens para melhorar o rastreio de algumas

destas doenças e permitir a inclusão de outras.

Websites

Portuguese Neonatal Screening Homepage:www.diagnosticoprecoce.org

International Society for Neonatal Screening:

www.isns-neoscreening.org