Programas de Pastoral

PROGRAMA INSERÇÃO ECLESIAL E SOCIAL

Caderno 4

Programa de Pastoral - 4

02

Cada unidade que compõe a INSA carrega consigo a identidade primeira das Filhas de Maria Auxiliadora conforme desejou Dom Bosco: “participar na Igreja da missão salvífica de Cristo, realizan-do o projeto de educação cristã próprio do Sistema Preventivo”

(C 1). Deste modo, não é possível realizar fielmente nossa missão carismática sem estarmos inseridas na comunidade eclesial e, con-sequentemente, nas instâncias sociais em que se pode contribuir para a edificação do Reino de Deus através da busca consciente e comprometida da justiça social e do bem comum, visto que como

Filhas de Maria Auxiliadora “respondemos às necessidades da Igreja particular e do ambiente, também com outras formas de

presença, de acordo com nossas possibilidades e sempre em fide-lidade à índole do Instituto” (C 76). Somos convocadas a cuidar

especialmente da catequese “tarefa prioritária das Filhas de Maria Auxiliadora” (C 70), tarefa para a qual precisamos estar em cons-

tante preparação e disponibilidade.Assim, procurando crescer a cada dia na fidelidade criativa ao

nosso carisma fundacional, desejamos sistematizar o caminho das comunidades a fim de que não se perca nada do trabalho tão

rico e necessário realizado já em cada uma delas e por diversas ir-mãs, mas que pode e precisa ser abraçado por todas e cada uma

também pelas demais pessoas de boa vontade que colaboram com a missão salesiana em nossa inspetoria.

Programa de Pastoral - 4

03

1. Apresentação

04

Programa de Pastoral - 4

Num contexto cada vez mais globalizado e multicultural, a presença da comunidade Educativa é decisiva para garantir a identidade carismática e para dar respostas concretas às necessidades pro-fundas das novas gerações. A comunidade educativa, vive para e com os jovens, procurando captar no cotidiano os sinais da presença de Deus e elabora seu projeto educativo pastoral entrando em diálogo com o território (cf.LOME p. 42).Dom Bosco e Madre Mazzarello, na sua experiência apostólica, colocaram em primeiro plano o va-lor da comunidade como lugar privilegiado de educação e evangelização. A dimensão comunitária, tão fortemente radicada no Carisma, é uma exigência da pessoa humana e do mesmo processo educativo, que implica encontro, colaboração, reciprocidade. A missão educativa, confiada a toda a comunidade educativa, requer a convergência de múltiplas intervenções num projeto de promoção global, que, por sua vez, exige a participação de várias

4. Fundamentação

A fim de que permaneçamos fieis à essência da nossa identidade eclesial e, igualmente, tornemos nossa missão sempre mais significativa na “construção da civilização do Amor” – que é nossa tarefa e esperança no serviço de evangelização das juventudes – asseveramos nossa opção pela inserção ativa na Igreja e na sociedade.

Ser presença expressiva e sugestiva na ação evangelizadora da Igreja e na construção de uma sociedade mais justa e fraterna tendo em vista “a promoção do jovem na sua totalidade” (cf. C 69).

Objetivo específicos• Participar ativamente da vida da Igreja local como comunidade educativa, contribuindo na sua

ação evangelizadora e fortalecendo nossa própria opção vocacional;• Colaborar na missão catequética da Igreja;• Fortalecer nossa comunhão com Deus e com os irmãos e irmãs através da vivência e do aprofun-

damento da espiritualidade litúrgica da Igreja;• Testemunhar a beleza da vocação salesiana junto à comunidade eclesial e a sociedade;• Fortalecer o elã missionário próprio do Instituto através dos grupos de Infância e Adolescência

Missionária das Pontifícias Obras Missionárias;• Propor aos jovens experiências de engajamento de discipulado missionário;• Participar ativamente nos espaços sociais decisórios concernentes às juventudes;

2. Justificativa

3. Objetivo geral

05

Programa de Pastoral - 4

5. Interlocutores

vozes e em diversos níveis de interação: eclesial, social, política. Colocando os jovens no centro, a comunidade educativa se compromete uma tecer rede de solidariedade entre todos aqueles que acreditam na educação [...]. (cf. LOME nº 136) A experiência fundamental da Filha de Maria Auxiliadora se dá na comunidade eclesial. O berço vocacional de Maria Domingas Mazzarello não está senão na paróquia de Mornese, no apostola-do das Filhas da Imaculada. Seu testemunho de fiel engajada e atuante, sob a orientação atenta e paterna de Padre Pestarino, fizeram-na chegar ao conhecimento de Dom Bosco que, antes de mais nada, foi um fidelíssimo filho da Igreja.Um desafio que se apresenta em todos os tempos e lugares é o de criar comunidade cristãs de referência que, enquanto sujeito eclesial, acompanham os diversos trajetos deformação cristã dos jovens e adultos, celebram e testemunham a fé a partir do empenho de construção do Reino de Deus, de transformação social para uma convivência civil sempre mais caracterizada pela justiça e respeito pela vida [...]. Comunidades que intensifiquem o senso de pertença às próprias Igrejas locais ou que favorecem a formação da comunidade cristã nos lugares onde ela ainda não existe (LOME nº 159).A comunhão eclesial é o que autentifica nossa unidade ao Evangelho de Jesus Cristo e nossa iden-tidade cristã. Como não é possível separar o seguimento pelo Reino de Deus de nossa atuação social na busca pela justiça e pelo bem comum, é igualmente importante refletir sobre os espaços para onde a Palavra do Evangelho precisa chegar através de nossa presença.Esta presença é sempre propositiva e guiada pela luz da Boa Nova, ainda que nem sempre seu anúncio ali seja explícito. Nossa missão está em levar até as instituições sociais de caráter deli-berativo os valores e critérios da Vida em plenitude para todos, ponderando sempre um olhar particular e prioritário para o bem dos jovens.Deste modo, nos propomos como comunidade educativa a vivermos inseridas na Igreja e na sociedade, fortalecendo-nos através da comunhão e compartilhando a vida e a fé com todos os irmãos e irmãs.

Crianças, adolescentes, jovens e adultos

6. Metodologia

a. Em nível local1. Atuar e colaborar na Igreja Local conforme suas possibilidades e as necessidades, na formação de catequistas, na catequese propriamente dita e na liturgia / diversas pastorais;2. Garantir o acompanhamento dos grupos juvenis de forma que estes sejam o foco de nossa espe-cial atenção e disposição;3. Acompanhar grupos de Infância e Adolescência Missionária com clareza da proposta metodoló-gica identitária das Pontifícias Obras Missionárias, procurando participar das formações oferecidas e apropriando-se integralmente dos subsídios que lhe são próprios;4. Participar dentro do possível nos conselhos municipais de educação e assistência social, nos ór-

06

Programa de Pastoral - 4

7. Avaliação

O programa será avaliado uma vez por ano em nível estadual e inspetorial, com os envolvidos no processo.

gãos de secretariado da mulher e da criança, e das juventudes;5. Participar do Setor juventude, PASCOM, SAV;6. Motivar a comunidade educativa para participar dos eventos eclesiais, bem como da vida paro-quial;7. Participar de Grupos de educação solidária;8. Atenção especialmente as mulheres em situação de vulnerabilidade social;9. Participar e se envolver em Campanhas de solidariedade;10. Atenção às novas periferias; Nas Unidades onde não há inserção na igreja local e nem social- Ver na comunidade educativa pessoas que se disponham a participar dos CPP, CPC, na catequese, liturgia e outros...- Entrar em contato com o pároco para ver quais pastorais precisam do apoio e da participação da comunidade educativa;- Disponibilizar os ambientes educativos para que sejam realizados encontros em nível paroquial e outras atividades da Igreja ;- Entrar em contato com os poderes públicos para ver quais espaços a comunidade educativa pode estar se envolvendo e participando;

b) Em nível de inspetoria1. A coordenação de pastoral da inspetoria será responsável pela implantação e desenvolvimento do programa;2. Toda a ação pastoral e missionária da Inspetoria deve acontecer em profunda comunhão eclesial;3. Oferecer às comunidades que atuam nos espaços decisórios sociais o respaldo necessário;4. Incentivar a participação das Irmãs nas pastorais eclesiais, tanto em âmbito comunitário quanto da Igreja Local ou serviço de evangelização da juventude das Regionais da CNBB;

8. Referências

INSTITUTO DAS FILHAS DE MARIA AUXILIADORA. Para que tenham vida e vida em abundân-cia: Linhas Orientadoras da Missão Educativa das FMA. Roma, 2005.INSTITUTO DAS FILHAS DE MARIA AUXILIADORA. Alargai o olhar: Com os jovens, missioná-rias de alegria e de esperança. Atos do XIII Capítulo Geras das FMA. Gráfica Editora São Judas, 2014.PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ARTICULAÇÃO DA JUVENTUDE SALESIANA – EDEBÊ 2016.DISCATÉRIO PARA A PASTORAL JUVENIL SALESIANA. A Pastoral Juvenil Salesiana – Quadro Referencial. 3ª ed. Editora Gráfica São Judas: Brasília, 2014.

Programa de Pastoral - 4

07