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PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

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PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO

SUSTENTÁVEL (COAST): ÁREA TEMÁTICA DA GESTÃO

DA RECREAÇÃO MARINHA E DE RECIFES (RMRM)

MOÇAMBIQUE

PROJECTO

Maio 2014

Por um Turismo Marinho Sustentável no Sítio de Demonstração

do Tofo-Barra-Tofinho (TBT)

Versão 1

2014 - 2019

Por:

Bernice Mclean*

Jonathan Kingwill*

Jayshree Govender*

Gabriel Marime*

Em colaboração com o Comité de Gestão do Sítio de Demonstração do COAST

e outros interveinentes

*Consultores da EcoAfrica Environmental

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Prefácio

É com enorme prazer que apresentamos-vos o documento: “Plano Por um Turismo Marinho

Sustentável no sítio de Demonstração no Tofo-Barra-Tofinho (TBT), em nome do Projecto da Acção

Conjunta Por Um Turismo Sustentável (COAST), Terceira Área Temática: Gestão da Recreação

Marinha e de Recifes.

O meio ambiente marinho, turismo marinho e costeiro da África Oriental é famoso pela sua riqueza do

património cultural, beleza natural, e biodiversidade biológica. Os sensíveis ecosistemas que oferecem

uma multiplicidade de bens e serviços para apoiar o turismo e outros sectores económicos nas áreas

costeiras estão, contudo, sob uma crescente pressão de ameaças tais como níveis crescentes de

poluição, degradação de habitats sensíveis devido a um desenvolvimento mal planificado, corrida aos

recursos naturais. Para além disso, as comunidades locais estão afectadas por uma pobreza degradante

e decréscimo de recursos. Em face destes desafios o Projecto COAST dedicou-se ao trabalho através

de aplicação de uma série de projectos práticos de demonstração, Melhores Práticas Disponíveis e/ou

Melhores Tecnologias Disponíveis (MPDs/MTDs) em nove destinos turísticos na África Sub-

sahariana.

A Área Temática sobre Gestão da Recreação marinha e de Recife (RMRM), foi uma das principais

três Áreas Temáticas, através da qual as actividades do COAST foram categorizadas. O objectivo das

actividades da RMRM era promover práticas sustentáveis de recreação marinha e de recife em três

Sítios de Demonstração selecionados de modo a reduzir as ameaças aos ecosistemas marinhos

costeiros sensíveis e prevenir mais perda da biodiversidade. O presente documento é um resultado

essencial das actividades do projecto.

O objectivo do presente documento visa o turismo sustentável dentro do Sítio de Demonstração do

TBT (doravante denominado Sítio de Demonstração), que seja gerido para o benefício de todos os

utentes. Isto garantirá que a longevidade dos recursos marinhos e de recifes é mantida e que também

garanta ganhos económicos para o sustento das populações locais.

O Sítio de Demonstração (TBT) situa-se na costa do Oceano Índico, a Nordeste de Inhambane, em

Moçambique. Este local singular é caracterizado por praias arenosas de tirar o fôlego, grandes dunas,

ecossistemas de corais de recife raros, uma grande quantidade de mega fauna de espécies marinhas,

lagoas, florestas de mangais, pradarias e de ervas marinhas. A área conta também com muitos

habitantes locais, assim como visitantes nacionais e internacionais.

Os moçambicanos têm usado esta área e o meio ambiente marinho natural como um recurso para o seu

sustento e um destino turístico, e como local de relaxamento tanto para os locais assim como para os

visitantes. A área costeira a partir do Tofo até Bazaruto foi identificada como um potencial Local de

Património Mundial Marítimo com um valor universal incomensurável (Obura et al., 2012). A alta

biodiversidade e a fantástica beleza natural atrai um grand número de turistas de ano para ano. A

pressão sobre o meio ambiente pelo sector do turismo tornou-se uma grande preocupação do governo

e como consequência identificou-se a necessidade através do Projecto COAST para a elaboração de

um plano com vista a melhorar a gestão sustentável do turismo marinho na área do TBT. A

abordagem identificada pelo projecto COAST é trabalhar com os intervenientes locais de modo a

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identificar as necessidades do sítio e trabalhar com vista uma gestão sustentável da área de turismo

marinho.

As actividades do projecto foram coordenadas através do Comité de Gestão do Sítio de Demonstração

(DSMC), e uma pequena Equipa Técnica (Tech), constituida por instituições Governamentais,

Organizações Não-Governamentais (ONGs), Organizações Baseadas na Comunidade (OBC),

pesquisadores, o sector privado e outros intervenientes. Um processo altamente participativo da

planificação de gestão sustentável resultou na identificação da Visão pela área e prioridades essenciais

para o reforço de gestão de turismo marinho na área, que estão delineadas no presente documento.

Este documento foi elaborado de uma forma participativa. A filosofia fundamental é que num contexto

complexo como o da área do TBT com os seus múltiplos utentes, intervenientes e gestores, a gestão

deve ser abordada de uma forma participativa, conjunta e transparente. É importante tomar em conta

que a gestão do turismo marinho de uma forma sustentável na área do TBT é um processo – não irá

acontecer de uma forma instantânea, mas irá evoluir ao longo do tempo, se for conduzido de modo

conjunto pelos membros do DSMC e outros actores principais.

É importante realçar que este documento é a primeira Versão do documento e devia ser revisto

regularmente. Deve ser reconhecido como um documento de trabalho que será modificado e

actualizado de modo a reflectir novas ideias e inovações e abordar assuntos e oportunidades

emergentes nos próximos anos.

Por fim gostaríamos de manifestar a nossa gratidão e estima às pessoas e às partes, que participaram

na elaboração deste documento, incluindo aqueles que participaram em seminários, os que

generosamente forneceram dados e informação, pelo seu tempo, ou aos que prestaram apoio à nossa

equipa no terreno. A vontade dos que contribuíram ajudará no reforço da governação da área e

estabelecer um trajecto por uma colaboração e acção conjunta.

Pelo Comité da Gestão do Sítio de Demonstração de Moçambique

Visão

A área de Tofo-Barra-Tofinho é um destino turístico de classe mundial na qual a riqueza da nossa

biodiversidade marinha costeira está conservada e faz-se manutenção de um meio ambiente limpo

e saudável. A utilidade dos diversos recursos naturais é gerida de uma forma integrada e conjunta

de modo a garantir sustentabilidade e para reduzir conflitos entre os utentes. A gestão da

recreação dos corais de recife e marinhos é aperfeiçoada de modo a reduzir os impactos

negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector

privado, ao governo e ao país no seu todo. Através da implementação da gestão sustentável,

dentro de dez anos, a área do TBT transformar-se-á numa área de conservação importante na

região.

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Índice

Prefácio ............................................................................................................................................. ii

Índice ............................................................................................................................................... iv

Lista de Figuras ................................................................................................................................. v

Lista de Tabelas ................................................................................................................................. v

Lista de Abreviaturas ........................................................................................................................ vi

1 Introdução ................................................................................................................................. 1

1.1 Turismo em Zonas Costeiras ............................................................................................... 1

1.2 O Valor de Ecosistemas Marinhos Saudáveis para o Turismo .............................................. 1

1.3 O Projecto COAST no Tofo, Barra, Tofinho ....................................................................... 2

2 Contexto do Sítio de Demonstração do Tofo-Barra-Tofinho ....................................................... 3

2.1 Visão Geral ........................................................................................................................ 3

2.2 Turismo Marinho no Sítio de Demonstração do TBT .......................................................... 4

2.3 Desafios para o Turismo marinho Sustentável ..................................................................... 7

2.4 Medidas Actuais de Gestão do Turismo Marinho .............................................................. 10

2.5 Consultas com os Actores Intervenientes .......................................................................... 11

3 Quadro Institucional e Regulador ............................................................................................. 12

3.1 Quadro Institucional ......................................................................................................... 12

3.2 Políticas e Legislação ....................................................................................................... 12

4 Elaboração do Plano de Gestão da Recreação marinha para o Sítio de Demonstração de TBT .. 15

4.1 Processo de Elaboração do Documento ............................................................................. 15

4.2 Principais Problemas Identificados pelos Actores Intervenientes ....................................... 15

4.3 Avaliação Preliminar de Ecossistemas e Mapeamento de Actividades ............................... 16

4.4 Constatações da Pesquisa .................................................................................................. 19

5 Visão, Princípios e Objectivos ................................................................................................. 21

5.1 Visão ................................................................................................................................ 21

5.2 Princípios Orientadores..................................................................................................... 21

5.3 Metas e Objectivos ........................................................................................................... 22

5.4 Potenciais Parceiros, suas Funções e Responsabilidades .................................................... 22

5.5 Plano de Ancoragem ......................................................................................................... 23

6 Plano de Implementação .......................................................................................................... 24

6.1 Monitoria e Avaliação para Gestão Adaptativa.................................................................. 24

7 Conclusão e Recomendações ................................................................................................... 42

7.1 Conclusão Geral ............................................................................................................... 42

7.2 Desafios ........................................................................................................................... 42

7.3 Riscos............................................................................................................................... 43

7.4 Período ............................................................................................................................. 43

7.5 Recomendações ................................................................................................................ 44

7.6 Futuro do Documento Versão 1 ........................................................................................ 45

Referências ...................................................................................................................................... 46

Anexo 1: Lista do DSMC (DSMC) e Membros da Equipa Técnica (Tech) ........................................ 48

Anexo 2: Lista de Actores Intervenientes Consultados ..................................................................... 49

Anexo 3: Lista de Espécies Ameaçadas e Vulneráveis1..................................................................... 51

Anexo 4: Pesquisa em Curso no Sítio de Demonstração ................................................................... 53

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Lista de Figuras

Figura 1: indicative do potencial de Sítio de Património Mundial no Canal de Moçambique (adaptado

de Obura et al. 2012). ......................................................................................................................... 3

Figura 2: Actividades de recreação marinha dentro do Sítio de Demonstração de TBT ....................... 6

Figura 3: Processo de desenvolvimento do Plano de Gestão de Turismo marinho Sustentável para o

Sítio de Demonstração ..................................................................................................................... 15

Figura 4: Sítios Afectados pelo Turismo marinho dentro do Sítio de Demonstração do TBT ............. 18

Lista de Tabelas

Tabela 1: AMPs em Moçambique, nos termos do Acordo de Conservação Marinha ......................... 10

Tabela 2: Políticas e leis principais relacionadas com o turismo e protecção costeira e marítima ....... 14

Tabela 3: Plano de Implementação para o melhoramento do recife e gestão de recreação marinha .... 26

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Lista de Abreviaturas

ADMAR Administração Marítima

AHTPI Associação de Hotelaria e Turismo da Província de Inhambane

ALMA Associação de Limpeza e Meio Ambiente

AMAR Associação dos Mergulhadores Activos para os Recursos Marinhos

ANAC Administração Nacional das Áreas de Conservação

AOA All Out Africa (de África)

MPDs Melhores Práticas Disponíveis

MTDs Melhores Tecnologias Disponíveis

OBC Organizações Baseadas na Comunidade

CCP Conselho Comunitário de Pescas

CDS Centro de Desenvolvimento Sustentável

CEPI Conselho de Empregadores de Inhambane

CMCI Conselho Municipal de Inhambane

COAST Acções Conjuntas por um Turismo Sustentável (ACTS)

CoC Código de Conduta

CTA Confederação das Associações Moçambicanas

DINATUR Direcção Nacional de Turismo

DPCA Direcção Provincial Para Coordenação da Acção Ambiental

DPC Coordenador do Projecto do Sítio de Demonstração (CPSD)

DPP Direcção Provincial das Pescas

DPTUR Direcção Provincial do Turismo

DSMC Comité de Gestão do Sítio de Demonstração (DSMC)

EBM Gestao Baseada no Ecosistema (GBE)

AIA Avaliação do Impacto Ambiental (EIA)

SGA Sistemas de Gestão Ambiental (EMS)

OH Olhos no Horizonte (EotH)

FOPROI Fórum Provincial de Organizações de Inhambane

FGA Fundo Global do Ambiente (GEF)

GoM Governo de Moçambique

INAE Instituto Nacional de Actividades Económicas

INAMAR Instituto Nacional da Marinha

IDPPE Instituto para o Desenvolvimento de Pesca de Pequena Escala

IIP Instituto de Investigação Pesqueira

IUCN União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN)

AMGL Área Marinha Gerida Localmente (LMMA)

ACM Acordo de Conservação Marítima (MCA)

MICOA Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental

MITUR Ministério do Turismo

MMA Área Marítima sob Gestão (AMG)

MMF Fundação Marinha Mega Fauna

MoE Memorando de Entendimento

AMP Área Marítima Protegida (MPA)

ONGs Organizações Não-Governamentais

VUE Valor Universal Escepcional

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RMRM Gestão da Recreação marinha e de Recife

AAE Avaliação Ambiental Estratégica (SEA)

SDAE Serviços Distritais de Actividades Económicas

SNV Organização de Desenvolvimento da Holanda

TBT Tofo-Barra-Tofinho

Tech Team Equipa Técnica do DSMC no Sítio de Demonstração

UEM Universidade Eduardo Mondlane

UNEP Programa das Nações Unidas para o Ambiente

UNESCO Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura

UNIDO Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial

UNWTO Organização Mundial de Turismo

WCS Sociedade de Conservação da Vida Selvagem

WWF Fundo Mundial para Natureza

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1 Introdução

1.1 Turismo em Zonas Costeiras

O meio ambiente costeiro é complexo, dinâmico e altamente sensível e tem ecossistemas delicados,

constituídos por habitats significativos e é rico em biodiversidade (OMC, 2013a). Universalmente, a

capacidade produtiva e a integridade ecológica do ambiente marinho, que inclui tanto os estuários e

águas costeiras, estão a degradar-se, e em muitos destes locais a degradação acentuou-se. Na maioria

dos casos, os principais factores que contribuem para a degradação destes ecossistemas é a falta de

uma planificação espacial adequada, crescimento rápido e desenvolvimento de actividades

relacionadas nestas áreas costeiras. Isto vem como resultado do aumento populacional, urbanização,

industrialização, turismo e transporte marítimo (OMC, 2013a).

Ao longo da história, o ambiente costeiro tem sido um chamariz carismático de turistas. O turismo em

áreas costeiras é um dos maiores e um dos sectores da indústria que mais crescem e que é uma

promessa como um contributo para o bem-estar económico e social dos países destinatários. Na África

Subsaariana, muitas destas áreas foram desenvolvidas em destinos turísticos prósperos dado que os

países estão cada vez mais a virar as suas atenções para o turismo como uma opção viável para

acelerar o seu crescimento económico ao mesmo tempo que o sector tem demonstrado de uma forma

consistente a sua capacidade para actuar como um factor principal de crescimento em alguns dos

países mais pobres do mundo (OMC, 2013a).

O turismo costeiro é contudo, um sector frágil, sobretudo em países em desenvolvimento, onde

sistemas de governação e estruturas de desenvolvimento estão a emergir. Neste caso os residentes

locais poderão experimentar o lado negativo do comércio de turismo do que o tormento das suas

riquezas. Os impactos negativos incluem, por exemplo, níveis crescentes de poluição e degradação das

áreas costeiras e marinhas sensíveis devido ao planeamento mal concebido, concorrência por água

doce e sobre exploração dos escassos recursos para alimentar o sector, subida dos preços do parque

imobiliário, deslocação das comunidades locais de pescadores e de agricultores e os danos

irreversíveis à cultura local. Em poucas palavras, o desenvolvimento de turismo inadequado destrói os

recursos naturais e culturais locais e limita as oportunidades de negócio no turismo a longo prazo. A

boa nova é o reconhecimento cada vez mais crescente de que nem todas as formas de turismo são

também destrutivas e que também o turismo pode ser gerido para prover tanto experiências de

qualidade de visitantes e também beneficiar as economias locais e seus meios de sobrevivência, se

planificados e implementados de um modo conjunto e responsável.

1.2 O Valor de Ecosistemas Marinhos Saudáveis para o Turismo

Recifes de coral, algas marinhas e mangais dão lugar à funções essenciais tais como protecção

costeira, fixação do carbono, zonas de reprodução e habitats para uma diversidade de organismos

incluindo espécies pesqueiros importantes para o comércio. Os recifes de coral estão entre a maioria

dos biologicamente diversos ecossistemas na terra. A saúde dos recifes, ervas marinhas e os

ecosistemas de florestas de mangais está estritamente interligado devido a uma interconectividade de

espécies e processos naturais. Algumas das principais oportunidades recreativas na região providas por

estes ecossistemas marinhos incluem barcos com armadura de vidro com vista de baixo (fundo),

mergulho submarino, pesca desportiva e recreativa e o Scuba diving (mergulho). A avaliação dos

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ganhos económicos anuais gerados a partir destas formas de turismo é estimada em $9.6 biliões. Uma

análise de 2013 das receitas directas geradas pelo turismo com relação à observação de uma única

espécie marinha (operações de observação de arraias manta) em 23 países de todo mundo, valorizaram

a indústria em mais de US$ 73 milhões anualmente. O impacto económico directo das despesas

associadas ao turismo é avaliado em US$140 milhões anualmente (O’Malley et al, 2013). Contudo, o

crescimento do turismo marinho da costa não consegue cumprir com as promessas de grandes

benefícios para as comunidades costeiras pobres ao mesmo tempo que estas descendem para

enfrentarem problemas ambientais e sociais sérios. O turismo das áreas costeiras é um dos sectores

desta indústria que mais crescem com a promessa de trazer contributos para o bem-estar económico e

social dos países destinatários. Contudo, o turismo tornou-se uma das forças mais poderosas, mais

influentes e menos examinadas no mundo ao ponto de ser considerado “a indústria sorrateira do século

21” (Becker, 2013).

Embora diferentes tipos e dimensão de actividades de recreação marinha acontecem no Sítio de

Demonstração, o sector do turismo depende directamente de ecosistemas marinhos e costeiros

saudáveis e produtivos para uma sustentabilidade a longo prazo. Contudo, a realidade prova que muita

pressão ameaça a saúde destes ecosistemas. A sobreutilizaçào dos recursos marinhos e costeiros,

actividades destrutivas nos ecosistemas sensíveis, e a falta de gestão e uso (costeira) e o

desenvolvimento mal planificado estão a resultar na degradação dos recursos de base. A pobreza

extrema, pressão crescente das actividades piscatórias e os conflitos cada vez crescentes entre os

usuários, acentuam as ameaças aos ecosistemas sensíveis. A fraca governação e colaboração limitada

entre os intervenientes contribuem ainda mais para as ameaças que esta área enfrenta.

Tal como “O Ganso dos Ovos de Ouro”, o turismo marinho depende estritamente de ecosistems

saudáveis e funcionais. Se o meio ambiente natural dos destinos marítimos e costeiros se manuter e for

usado de uma forma responsável, maiores serão as oportunidades para o sector do turismo crescer e

florescer a longo termo e maior será o apoio para o desenvolvimento económico contínuo da área.

1.3 O Projecto COAST no Tofo, Barra, Tofinho

O Projecto de Acções Conjuntas por um Turismo Sustentável (COAST) implementado pela

Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), pretende, através de

uma série de projectos de acções práticas de demonstração, aplicar certas Melhores Práticas

Disponíveis e/ou Melhores Técnicas Disponíveis (MPDs/MTDs) em nove destinos turísticos na África

Sub-Sahariana. Todas elas têm como objectivo reduzir os impactos ambientais negativos que resultam

das acções do sector do turismo costeiro e poluentes. A Área Temática da Gestão da Recreação

marinha e de Recifes (RMRM) é uma das três principais Áreas Temáticas através das quais as

actividades COAST estão categorizadas.

O Projecto COAST selecionou as áreas de Tofo, Barra, Tofinho como um dos três Sítios de

Demonstração da África Oriental (doravante designados Sítios de Demonstração) para a Área

Temática RMRM. O bjectivo dos Sítios de Demonstração é demonstrar e apoiar a adopção de

abordagens de melhores práticas de modo a promover práticas sustentáveis de actividades de

recreação marinha e de recifes. O presente documento foi elaborado a partir de actividades levadas a

cabo na área como parte do Projecto COAST e oferece uma visão geral de recomendações para a

melhoria de gestão das actividades de recreação marinha e de recifes na área de TBT.

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2 Contexto do Sítio de Demonstração do Tofo-Barra-Tofinho

2.1 Visão Geral

O Sítio de Demonstração Tofo-Barra-Tofinho (TBT) localiza-se a sudeste de Moçambique. A área

está localizada na Costa do Oceano Índico, na península da Ponta da Barra na província de

Inhambane. O Sítio de Demonstração localiza-se a cerca de 22 quilómetros da histórica cidade de

Inhambane e caracteriza-se pelos diversos ecossistemas incluindo as dunas costeiras arenosas,

margens rochosas e arenosas, florestas de mangais, leitos de ervas marinhas, corais de recifes e oceano

aberto. O Sítio de Demonstração inclui áreas principais de praias: Tofo, Barra e Tofinho e alguns

corais de recife com muita abundância de corais suaves do Lobophytum e Cladiela geral. As correntes

oceânicas dominantes transportam sedimentações para o norte e formam pequenas penínsulas com

tendência para norte, tais como Tofo (Obura et al, 2012). Um alto nível de produtividade na região

resulta da mistura da variação de redemoinhos a partir do Canal de Moçambique no Norte, e a partir

da região da Corrente do Cabo das Agulhas do Leste de Madagáscar no Sul.

A área de Tofo, Barra, Tofinho alberga uma riqueza excepcional de biodiversidade biológica, que

forma uma base para o turismo e comércio ao longo desta extenção da costa. A área de TBT localiza-

se dentro de uma série de sítios no Canal de Moçambique, que combinados, tem potencial de valor de

Património Mundial. Um estudo recente do Ocidente do Oceano Índico sobre Património marítimo

Mundial em 2012, constatou que 6 sítios dentro do Canal de Moçambique, (incluindo a área do Tofo,

Barra e Tofinho), alberga características únicas e que potencialmente tem Valor Universal

Excepcional (OUV) necessários para a designação como uma área para Património Mundial

transfronteiriço. As seis áreas constituintes incluem: a) Quirimbas – Mtwara; b) Norte de Madagáscar;

c) o Arquipélago das Comores; d) the Iles Éparses; e)Tofo – Bazaruto, Moçambique; f) Planície de

Madagáscar (Veja-se figura 1 abaixo).

Figura 1: potencial para indicação de Patrimônio da Humanidade no

Canal de Moçambique (adaptado de Obura et al. 2012).

Este sistema alberga uma diversidade única de espécies marinhas,

particularmente espécies carismáticas tais como cavalo marinhos,

peixe de recife e espécies de grande megafauna, tais como manta

raias, tubarões baleias, tartarugas, dugongos e baleias curcunda. A

importância do potencial da designação de Património Mundial

marítimo significaria reconhecimento global do valor do

património marítimo da área, o que alavancaria grandemente o

turismo e maximizar recursos para a gestão.

O mosaico de ecossistemas na área de TBT suportaria uma combinação única formas de vida terrestres

e marinhas. Os mais citados são os globalmente significantes, do conjunto de todo o ano de arraias

manta, o Recife Manta (Manta Alfredi) e a Manta Gigante (Manta birostris), que representam o maior

conjunto no Oceano Índico e o segundo maior no mundo (Marshal et al 2011). A área também alberga

um dos maiores conjuntos de Tubarões baleia (Rhincodon typus) no Oeste do Oceano Índico (Obura et

al, 2012). Outra mega fauna carismática citada na área inclui as grandes populações de baleias jubarte

de inverno (Megaptera novaeangliae), golfinhos nariz de garrafa (Tursiops truncates) golfinhos

e

a b

c

d

f

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4

jubarte (Sousa chinensis)e os dugongs altamente ameaçados pela extinção (Dugong dugon). Existem

nesta área cinco espécies de tartarugas em risco de extinção, como os cavalos-marinhos e uma

variedade de outras espécies que atraem visitantes para esta área. Mais de trinta corais de recife são

usados dentro do Sítio de Demonstração como destinos de mergulho e/ou snokerlling, com mais

recifes a serem descobertos regularmente.

Para além da alta biodiversidade que existe na costa do Tofinho, Tofo e Barra, a baía de Inhambane dá

uma ligação essencial nos processos dentro do ecossistema na área. A Baía é rica em mangais e

ecossistemas de ervas marinhas que dão habitat crucial aos organismos marinhos incalculáveis

incluindo cavalo-marinho (Hippocampus sp.), pepino do mar (Holotúrias sp.), crustáceos e moluscos.

Estes habitats também servem como locais importantes para a alimentação e procriação para uma

diversidade de espécies de pesqueiras economicamente importantes. Uma outra evidência empírica é

da existência de dugongs em perigo de extinção na Baía. A Baía de Inhambane é extensivamente

usada pelos pescadores locais com recurso a uma vasta gama de redes e armadilhas de pesca. A área

nordeste da Baía tem estado também a atrair cada vez mais turistas, sobretudo na região onde estes

fazem piqueniques, snorkel, MERGULHO, kayak, barcos a motor e o jet ski. Viagens a barco são

também alguns pacotes oferecidos por alguns operadores turísticos para as duas pequenas ilhas na

Baía, incluindo a Ilha dos Porcos, Ilha dos Ratos e a Ilha Pansy Shell.

A Província de Inhambane possui uma riqueza de património cultural, com a histórica cidade de

Inhambane e a diversidade de autênticas experiências para os visitantes incluindo comida tradicional,

música, dança e arte. A área do Sítio de Demonstração é também constituída por uma rica diversidade

cultural das comunidades locais, maioria das quais estão envolvidas em actividades pesqueiras ou

relacionadas com o turismo. Historicamente uma pequena aldeia costeira de pescadores, a área do

TBT cresceu significativamente nos últimos anos e tornou-se um grande destino turístico que

impulsionou um crescimento significativo na população. Um total de seis aldeias localizam-se na área

do Sítio de Demonstração, incluindo Sequiriva, Salela, Machavenga, Josina Machel, Conguiana e

Nhamua. A pesca artesanal e de Subsistência é a única fonte de proteínas para mais de 40% da

população moçambicana (Ocean Revolution, 2012). Os aldeões da área do Sítio de Demonstração

dependem largamente do mar através da pesca tanto no mar assim como na Baía de Inhambane para o

seu sustento. As práticas pesqueiras locais incluem pesca à anzol e fio, pesca a lança, à rede e captura

de mariscos nos recifes na Baía de Inhambane. Actividades agrícolas de pequena escala suplementam

o sustento dos aldeões. Estão em fase piloto de implementação as actividades de aquacultura no

continente na área mas ainda espera-se o seu significativo contributo nas actividades de sustento. A

extrema dependência dos aldeões das zonas costeiras sobre o mar revela o grande imperativo da

manutenção de ecossistemas marinhos e costeiros produtivos e saudáveis.

2.2 Turismo Marinho no Sítio de Demonstração do TBT

A linha costeira moçambicana com uma extensão de 2,700 km é caracterizada por habitats que dão

lugar a abundância de várias espécies. Esta riqueza torna a zona costeira de Moçambique única na

África Oriental. O turismo costeiro está bem desenvolvido na parte sul do país, e esta indústria

expandiu-se rapidamente desde o fim da guerra civil em 1992 (COAST, 2009).

Inhambane é uma das províncias mais pobres de Moçambique, contudo, tem uma grande taxa de

crescimento e esta indústria representa a principal actividade económica na área do Sítio de

Demonstração. O sector do turismo está concentrado nas praias para férias e actividades marinhas

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relacionadas tais como mergulho, safaris marinhos e snorkelling. A maioria dos operadores turísticos

são de origem sul-africana e a maioria dos visitantes vem da África do Sul, Zimbabwe, Europa e dos

Estados Unidos da América. Aproximadamente 3 hotéis, 9 pousadas e 72 lodges oferecem alojamento

dentro do Sítio de Demonstração. Actualmente existem seis provedores de serviços de mergulho a

operarem na área, quatro no Tofo e duas na Barra. Estes Centros promovem viagens de snorkelling

para nadar junto com os tubarões baleias e viagens de mergulho para ver as arraias manta (estes

mergulhos vão até uma profundidade de 20 metros) e também algumas fazem viagens de snorkelling e

excursões de barco para as ilhas localizadas na Lagoa de Inhambane. Mais 3 operadores de merguho

usam os recifes na área de TBT. Estes incluem operadores em Guinjata e um em Paindane. Existe

também a possibilidade de incluir os recifes de Wogwarts e Paindane Express na área marinha de TBT

dado que é uma extensão do sistema de recife de TBT e oferece excelente mergulho em corrente

(drift). As actividades relacionadas ao turismo dentro do Sítio de Demonstração que dependem do

capital natural da área – características marinhas e de praia.

O total de visitantes nocturnos para esta área estimou em 50,000 em 2010. Aproximadamente metade

dos 125,000 visitantes que viajam para a província todos os anos, chegando para ver a maior

densidade mundial do residente da mega fauna - tubarões baleia e arraias manta (Ocean Revolution,

20120). Sendo um sector de mão-de obra intensiva, o turismo tem o potencia de contribuir

significativamente para a renda da população rural, daí que tem um grande potencial para ser uma

indústria para os pobres (SLE, 2003). Enquanto o impacto económico deste sector nas comunidades

circunvizinhas é actualmente baixo, com a maioria dos trabalhadores em contratos precários para o

nível de entrada, trabalhadores não qualificados, o turismo continua a ser um sector importante. Em

2011, estima-se que 45% do emprego formal em Inhambane (130,000 empregos) estava directamente

ou indirectamente relacionado com o turismo marinho (Ocean Revolution, 2012). Assim sendo, as

ameaças da sustentabilidade à indústria do turismo marinho a longo termo constituem uma grande

preocupação.

A figura 2 apresenta a diversidade das actividades turísticas no Sítio de Demonstração do TBT

mostrando que as actividades relacionadas com o turismo que dependem da praia e características

marinhas incluem os que fazem negócio na praia, operadores de barcos e de mergulho, pesca

desportiva, snorkelling, surf, Caiaque passeio de barco. As actividades secundárias são passeios de

safari, diversão desportiva e outras actividades comerciais. Enquanto a ligação entre o turismo

marinho e a economia local podia ainda ser melhorada na área do Sítio de Demonstração, as empresas

de ecoturismo estão a crescer na área, com cada vez mais interesse por parte dos residentes locais nas

oportunidades das actividades de turismo marinho sustentável.

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Figura 2: Actividades de recreação marinha dentro do Sítio de Demonstração de TBT

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2.3 Desafios para o Turismo marinho Sustentável

Os oceanos em todo o mundo estão sob pressão. Alterações globais, exacerbadas por actividades

destrutivas tais como a poluição, exploração excessiva, pesca destrutiva, baixo desenvolvimento, falta

de governação e outras de impacto humano são tão evidentes como a perda da biodiversidade,

degradação de ecossistemas marinhos e costeiros cruciais e a redução de recursos marinhos essenciais.

Enquanto as actividades marinhas raramente são consideradas como as que criam estes tipos de

impacto, a gestão turística e de actividades de recreação inadequada pode resultar na poluição de áreas

marinhas e costeiras sensíveis, impedir os processos naturais e espécies, destruição de habitats devido

ao fraco desenvolvimento do turismo costeiro, a procura dos poucos recursos para alimentar o sector,

preços imobiliários em alta, deslocamento das comunidades locais e impactos indirectos como o

crescimento populacional.

Os desafios já são evidentes tanto no ambiente marinho assim como no sector do turismo na área do

TBT. Uma pesquisa levada a cabo pela Fundação Marinha Megafauna mostra claramente uma redução

acentuada na visualização das arraias manta de recife (redução em 88%) e de tubarão baleia (redução

em 79%) entre 2003 e 2011. Embora as causas possam ser diferentes, considera-se que tanto a pesca

destrutiva assim como o crescente número de visitantes para os recifes é que estão a causar a redução

destas espécies (Rohner et al, 2013). Algumas evidências empíricas mostram que o turismo na área de

TBT reduziu de certa forma nos últimos anos devido, em parte, à crise económica mundial. A recente

instabilidade política em Moçambique poderá também aumentar esta redução. Os impactos destas

mudanças a longo termo ainda irão se evidenciar, porém, o declínio do desenvolvimento económico

na região irá certamente afectar negativamente tanto os residentes locais assim como o meio ambiente.

Estas tendências requerem uma atenção urgente pelos decisores e pelos utentes da área marinha.

A província de Inhambane tem uma taxa de pobreza bastante alta. Cerca de 80% da população vive

em pobreza extrema (Barros 2012). Dado que os recursos marinhos são a única fonte de proteínas para

a maioria dos residentes, a manutenção de um meio ambiente marinho produtivo é crucial. Segundo o

acima citado, as mudanças nos recursos marinhos e na economia na área do TBT já são evidentes.

Também os conflitos de uso, que principalmente estão a volta de actividades turísticas não geridas e a

extracção de recursos para a sobrevivência dos locais. Desafios chave interligados seleccionados,

especificamente, relacionados com a recreação marinha e de recifes que foram identificados através de

consultas com os actores no Sítio de Demonstração do TBT incluem:

1) Falta de conhecimento da importância do ambiente marinho & costeiro saudáveis pelos

órgãos decisores, grupos de utentes e visitantes

As consultas com os actores destacaram a falta de disponibilidade de e acesso à informação sobre os

ecossistemas e recursos marinhos e costeiros e o desejo de todos os sectores e níveis de actores para

mais informação. Estas são actualmente as poucas vias para a partilha de informação entre os actores,

sobretudo ao nível local, para além das actividades essenciais levadas a cabo pela Bitonga Divers. As

actividades de sensibilização levadas a cabo no âmbito das actividades do projecto COAST incluindo

encontros e conversações nas aldeias locais e no Sítio de Demonstração foram importantes na criação

de ânimo e interesse por mais discussões e partilha de informação sobre uma gestão melhorada.

Pedidos dos pescadores e sobretudo dos aldeões foram recebidos, de mais recursos de informação de

modo a aumentar o seu conhecimento sobre os recursos marinhos. Há boas oportunidades para a

partilha das constatações dos grupos de pesquisas com o governo local, OBCs e o sector privado, que

irão reforçar ainda mais a preocupação por um uso sustentável de recursos e identificação das

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melhores opções de gestão. Há também a necessidade de mais informação para os visitantes assim

como para os operadores e proprietários de estâncias turísticas sobre o valor e a importância das

actividades turísticas sustentáveis, a necessidade de turismo responsável e de baixo impacto, e as

opções para a redução de impactos sobre os ecossistemas marinhos e espécies. Esta informação pode

ser incluída nos Códigos de Conduta para as diferentes actividades assim como na sinalização e outros

materiais de sensibilização.

2) Falta de Gestão de turismo marinho

Os actores falam de gestão deficitária por parte das instituições governamentais e falta de

cumprimento das leis de turismo e regulamentos dos assuntos principais. Os representantes do

governo local, por sua vez, destacaram Problemas que têm a ver com recursos técnicos e financeiros

inadequados que influem na execução das suas responsabilidades. Os aldeões manifestaram a sua

frustração devido à falta de consideração dos impactos do turismo nas comunidades locais por parte do

governo, sobretudo com relação ao consumo de recursos marinhos, uso de material local para a

construção, pressão crescente sobre espécies específicas tais como cavalo-marinho e tubarões da

extracção sem controle e acesso restrito à certos recursos como resultado do desenvolvimento do

turismo. Falta de controlo por parte do governo do licenciamento da pesca desportiva e outras

actividades que afectam os recursos disponíveis para as comunidades foi, igualmente, destacado. As

comunidades gostariam de ver uso responsável do ambiente marinho pelo sector do turismo. Membros

do sector privado destacam assuntos atinentes à falta de cumprimento dos regulamentos pelo governo

e a falta de transparência no licenciamento e requisitos de autorização e procedimentos.

O fraco cumprimento de e respeito aos regulamentos importantes conducentes ao desenvolvimento

costeiro e a regulação do turismo costeiro e marinho e actividades de uso dos recursos, está

claramente a afectar os ecossistemas e espécies sensíveis de uma forma negativa. Por exemplo, todas

as infra-estruturas nas áreas costeiras foram erguidas em dunas extremamente frágeis dada a ausência

das devidas avaliações de impacto ambiental (SLE 2003). O tráfego não regulado de veículos tem

estado a degradar áreas de praias e mangais sensíveis, que servem como locais propícios de habitat e

procriação das espécies de tartarugas em extinção. O mesmo acontece com barcos à motor conduzidos

sobre as áreas de ervas marinhas sensíveis na Baía de Inhambane. A gestão de resíduos sólidos

naquela área é precária e a deposição de lixo em áreas de mangais sensíveis é evidente. À medida que

o desenvolvimento costeiro aumenta e enquanto actividades recreativas marinhas emergem com a

diversificação dos produtos turísticos por operadores, mais ecossistemas marinhos sensíveis e espécies

ficam afectados. A falta de um plano de desenvolvimento turístico e zoneamento apropriado para

turismo específico e actividades de uso de recursos tem estado a aumentar os conflitos entre os

utentes. A necessidade de uma gestão mais forte pelo governo de modo a reduzir conflitos entre os

grupos de utentes e garantir que o turismo adequado seja a principal preocupação. Recentemente, um

plano de infraestruturas urbanas para o Município de Inhambane foi desenvolvido pelo CMCI com o

apoio da GIZ. Este plano inclui áreas turísticas, dentro da área de TBT. Espera-se que a aprovação

deste plano aconteça em princípios de 2014.

3) Protecção Inadequada de ecossistemas marinhos e dos recifes e de espécies marinhas

Actualmente não existe nenhuma área formal marinha protegida ou um plano de gestão da zona para

proteger os ecossistemas marinhos sensíveis, processos e espécies dentro do Sítio de Demonstração e

toda área em geral. Esforços preliminares foram, contudo, empreendidos através de uma colaboração

informal entre os pescadores e um dos operadores de mergulho de modo a reduzir a pressão piscatória

num recife de Buddies na área da Barra. Pescar em corais de recife é ilegal, e o que é necessário

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apenas é o cumprimento. Vários grupos comunitários também manifestaram um grande desejo de criar

áreas marinhas geridas localmente para proteger áreas seleccionadas da exploração excessiva e para o

uso de recursos de uma forma mais sustentável através de práticas piscatórias menos destrutivas. Os

desafios referidos têm a ver com a obtenção de licenças formais do governo para a criação e gestão

local de tais áreas. Um acordo preliminar foi igualmente alcançado entre os operadores para o

encerramento de um dos recifes de mergulho mais famosos (Recife Manta) por um período curto de

modo a reduzir pressão sobre as raias manta devido ao número excessivo de mergulhos. Embora

resultados iniciais pareceram encorajadores, a falta de colaboração entre os operadores precipitou o

fim desse acordo. A gestão das pescas vai para além do âmbito deste plano.

É importante contudo, reconhecer a relação entre o turismo e as pescas na medida em que a pressão da

demanda pelos mariscos para o comércio do turismo e também para alimentação dos residentes locais

trazidos à esta área sob a promessa de emprego na indústria do turismo. Um levantamento preliminar,

levado a cabo para perceber os contornos do comércio de mariscos dentro do sector do turismo nas

áreas de Tofo e Barra, revela que uma diversidade de espécies marinhas é capturada para alimentar o

sector do turismo, algumas das quais incluem espécies vulneráveis de recifes. Os Actores

intervenientes também sugerem que algumas espécies da mega fauna são capturadas pelos pescadores

locais para fornecer carne e objectivos comerciais. Inicialmente, as actividades de turismo no Sítio de

Demonstração centralizavam-se nos recifes costeiros. Recentemente, contudo, certas áreas dentro da

Baía de Inhambane tornaram-se bastante famosas para muitos turistas. Novas áreas de atracção tais

como a área de bastante biodiversidade e ervas marinhas estão a surgir na área nordeste da Baía. A

fraca monitoria e gestão governamental na direcção turística e de actividades piscatórias e a prevenção

da degradação são tidas como preocupação principal pelos actores intervenientes. A exploração não

controlada de recursos marinhos (peixe e mangais) e a falta de controlo das actividades marinhas

destrutivas deve ser resolvida muito urgentemente de uma forma sistemática e informada.

4) Práticas de turismo marinho não sustentáveis

O sector do turismo no Sítio de Demonstração é maioritariamente detido por estrangeiros e os

visitantes são geralmente oriundos de países estrangeiros. A aplicação inconsistente de regulamentos

por parte do governo, combinada com a falta de um quadro regulador de gestão para o sector do

turismo e actividades turísticas potencialmente conflituosas têm estado a resultar na redução na

condição de algumas áreas e espécies altamente sensíveis. Embora algumas soluções estejam a ser

elaboradas, as mesmas ainda não produziram resultados. Por exemplo, a Associação dos

Mergulhadores Activos para os Recursos Marinhos (AMAR) foi delegada a tarefa de rever a

legislação sobre mergulho recreativo (Decreto 44/2006) pelo Instituto Nacional da Marinha

(INAMAR), e submeteu uma proposta da comunidade dos mergulhadores ao INAMAR. Esperava-se

uma resposta em Março de 2014. Actividades como condução na praia, danificam gravemente os

habitats de pássaros e tartarugas. Barcos a motor e jet skies ameaçam as áreas frágeis de ervas

marinhas na Baía de Inhambane e com a falta de mapeamento representa perigo para os banhistas e

mergulhadores. Visitas excessivas de vários mergulhadores para certos recifes famosos, fraco

conhecimento de mergulho e snorkelling e a interferência no comportamento de espécies tem criado

um alto nível de perturbação, que poderá ter sido motivo da redução de espécies principais. O que

agrava os factores supracitados é a gestão inadequada pelo governo que está limitado a

colaboração/auto-regulação pelos operadores turísticos. Alguns actores na área estão a tentar auto-

regulamentar algumas actividades e têm estado a disseminar Códigos de Conduta (CoC) elaborados

localmente baseados em boas práticas internacionais para os mergulhadores. Contudo, o cumprimento

de CoCs acontece de forma esporádica e mais ênfase é necessária para o cumprimento dos

procedimentos nos CoCs e para uma maior auto-regulamentação geral por parte dos operadores de

passeios turísticos.

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5) Falta de colaboração, coordenação & comunicação entre todos os grupos de utentes

A colaboração entre o governo, o sector privado e os aldeões no Sítio de Demonstração é fraca. Em

outras palavras, alguns esforços iniciais são evidentes que até podem servir como um exemplo útil

para mais colaboração. Um encontro de Diálogo do Grupo Intersectorial foi convocado para mediar

problemas do diálogo público-privado. Este grupo inclui representantes da Administração Marítima

(ADMAR), Direcção Provincial de Turismo (DPTUR), Ministério para a Coordenação da Acção

Ambiental (MICOA), Direcção Provincial das Pescas (DPP), Conselho Municipal da Cidade de

Inhambane (CMCI), Conselho dos Empregadores da Província de Inhambane (CEPI), Associação dos

Mergulhadores de Moçambique (AMAR), Associação de Hotelaria e Turismo de Inhambane (AHTPI)

e o Instituto Nacional para Actividades Económicas (INAE). Outra iniciativa conjunta é a

disponibilização e transporte pelos operadores das estâncias turísticas para os funcionários do governo

para velarem pelo cumprimento dos regulamentos tais como a prevenção da condução nas praias.

Estas acções colaborativas, contudo, se afiguram poucas. é um desses exemplos, porém, estas práticas

são poucas. Há muita competição e rivalidade entre os operadores turísticos e a colaboração é bastante

baixa, sobretudo em termos de regulamentação do número de turistas que devem visitar os recifes

famosos. As preocupações manifestadas pelos residentes locais e pescadores artesanais têm a ver com

os desafios da sua sobrevivência em assuntos como conflitos com o sector do turismo, e a falta de

acordos de co-gestão entre o governo e as comunidades costeiras para a manutenção de recifes.

Embora as áreas geridas localmente são escassas, actualmente existe apenas um acordo entre os

pescadores e os operadores turísticos na Barra para proteger um dos recifes, consultas iniciais com os

pescadores revela um grande interesse em tais acordos.

2.4 Medidas Actuais de Gestão do Turismo Marinho

O meio ambiente marinho de Moçambique é bastante diversificado e produtivo mas está ameaçado

pelo excesso da pesca, desenvolvimento costeiro e poluição (WWF, 2007). Apesar da extensa linha

costeira, Moçambique demarcou sete Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) (vide Tabela 1).

Tabela 1: AMPs em Moçambique, nos termos do Acordo de Conservação Marinha

Áreas Marinhas Protegidas em Moçambique

Sítio

Categoria

UICN (IUCN) Tamanho (em km2) Data da criação Tipo de Gestão

Arquipélago Primeiras e

Segundas (2 áreas) 10,411 2012 Governo

Bazaruto II 1430 2001 Governo

Ilha do Inhaca e dos

Portugueses VI 1 1965 Governo

Quirimbas -- 1522 2002 Governo

Quirimbas Norte -- 230 2008 Privado

Reserva Marinha Parcial

da Ponta do Ouro - 678 2009 Governo

Vilanculos -- 80 2000 Privado

Apesar da importância da biodiversidade da área de Inhambane e da dependência do sector do turismo

(e por isso também da economia local) pelo capital natural da marinha, actualmente não há áreas

marinhas formais protegidas dentro do Sítio de Demonstração ou de uma forma clara quaisquer áreas

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demarcadas de gestão marinha com a indicação de actividades específicas. As áreas marinhas

protegidas estão localizadas mais para o norte do arquipélago do Bazaruto. Esforços, contudo, foram

envidados para criar áreas marinhas geridas localmente seguindo modelos participativos, envolvendo

os aldeões por intermédio do Conselho Comunitário dos Pescadores (CCP), autoridades locais, o

sector do turismo e organizações de pesquisa, de modo a proteger alguns dos recifes e espécies que

sustentam a economia local. Segundo o mencionado anteriormente, a área foi também identificada

como parte de um complexo de áreas marinhas globalmente importantes (em associação com

Bazaruto), que têm um valor de potencial Património Mundial.

Do lado continental da zona costeira, Inhambane foi identificada como uma Área Prioritária para o

Investimento de Turismo no âmbito do Plano Estratégico para o Desenvolvimento de Turismo em

Moçambique (2004-2013) (MITUR, 2004). Uma série de estudos foram conduzidos de modo a

orientar o desenvolvimento na área. Em 2002 o Centro para o Desenvolvimento Sustentável das Zonas

Costeiras (CDS-ZS) – uma instituição consultiva do Ministério para a Coordenação de Acção

Ambiental (MICOA) adjudicou uma Estratégia de Avaliação Ambiental (EAA) como um Plano de

Macro-Zoneamento para as áreas das praias de Tofo, Barra, Tofinho e Rocha.

Este processo destacou alguns dos assuntos chave e soluções para alguns impactos do turismo para a

área incluindo aqueles que têm impacto sobre o meio ambiente marinho, e identificou zonas

territoriais de protecção comunitária e uma zona de reflorescimento da comunidade e sete zonas para a

aprovação de propostas de desenvolvimento (Gove, 2003). O Plano de Macro-Zoneamento ainda

carece de implementação mas manifesta-se como um Plano útil na orientação do desenvolvimento

desta área. Subsequentemente, um plano de desenvolvimento de Turismo (Nhantumbo, 2009) foi

criado para a Província de Inhambane, e a administração da província de Inhambane tem estado a

trabalhar de modo a promover a transparência no processo da criação de empresas turísticas, e para

desenvolver associações do sector privado para representar os operadores de mergulho.

Para além do acima citado, um estudo importante foi feito em 2002 pelo Centro para a Formação

Superior em Desenvolvimento Rural (SLE) destacou passos claros para o desenvolvimento de turismo

costeiro sustentável em Inhambane (SLE, 2003). O presente documento intitulado “Turismo e Gestão

da Zona Costeira” centra-se principalmente no meio ambiente costeiro do continente mas as

recomendações nele contidas para reduzir a pobreza, gerir conflitos e proteger o meio ambiente são

ainda bastante válidas dado que muitos dos impactos sobre os recifes e ecossistemas marinhos são

movidos por actividades do turismo costeiro.

Muito recentemente o Banco Mundial financiou o Projecto de Competitividade para Desenvolvimento

do Sector Privado (PACDE), apoiou o sector de turismo em Inhambane através da elaboração e

implementação do plano de acção e estratégia do turismo. O projecto iniciou em 2009 e espera-se que

seja concluido em 2015 (Banco Mundial, 2014).

2.5 Consultas com os Actores Intervenientes

Um grupo diverso de actores intervenientes está preocupado com a recreação marinha e de recifes no

Sítio de Demonstração incluindo representantes governamentais de diferentes agências, aldeões locais,

Pescadores, sector privado, operadores de excursões e proprietários de estâncias turísticas, residentes e

proprietários de residências, organizações de pesquisa, ONGs e OBCs. No princípio do projecto

COAST, um Comité de Gestão DSMC foi criado para o Sítio de Demonstração do TBT (vide Anexo

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1). O Objectivo do DSMC é de ajuda na implementação das actividades do projecto e promover a

sustentabilidade dos resultados do projecto. O DSMC também ajudou na ligação entre os actores

intervenientes com o governo central, através de um Coordenador do Projecto do Sítio de

Demonstração (CSP). Uma Equipa Técnica do Sítio de Demonstração foi igualmente criada em

Agosto de 2013 para incluir outros actores intervenientes e dar mais apoio de especialidade para a

implementação das actividades da RMRM do projecto. O presente documento foi elaborado através de

consultas contínuas com os membros do DSMC e a equipa Técnica assim como outros actores

intervenientes tanto dentro do Sítio de Demonstração assim como na região do Oeste do Oceano

Índico. O Anexo 2 apresenta a lista dos actores consultados.

3 Quadro Institucional e Regulador

3.1 Quadro Institucional

O Ministério do Turismo – MITUR é a instituição governamental responsável pela promoção e

licenciamento de actividades turísticas. As Direcções Provinciais de Turismo – DPTURs e os Serviços

Distritais de Actividades Económicas – SDAEs são as instituições governamentais que representam o

MITUR ao nível local.

A responsabilidade geral da gestão ambiental em Moçambique é do Ministério para a Coordenação da

Acção Ambiental (MICOA). As instituições responsáveis pela gestão dos recifes e recursos marinhos

são os Departamentos de Pescas, MICOA e ADMAR. O mandato das áreas protegidas está sob

responsabilidade do Ministério do Turismo, através da Agência Nacional para as Áreas de

Conservação (ANAC)), dado que o turismo é tido como a via para financiar a conservação. O Instituto

de Desenvolvimento da Pesca de Pequena Escala (IDPPE) e o Instituto Nacional de Investigação

Pesqueira (IIP) faz a gestão de assuntos relacionados com as AMPs. A gestão local das pescas é

promovida pela legislação através do desenvolvimento de organizações locais conhecidas como

Conselhos Comunitários de Pesca. Nem todos os pescadores fazem parte dos CCPs, contudo, o

número de membros tem estado a crescer (Songane pers. com. 2013). Os CCPs têm conhecimento de

práticas insustentáveis por parte de pescadores. Estes conselhos têm um alto nível de conhecimento de

práticas tradicionais e são grandes promotores de métodos sustentáveis de pesca (Ocean Revolution,

2012

A Administração Marítima, no Ministério dos Transportes e Comunicações, é responsável pela

navegação e segurança marítima. A Administração Marítima também presta assistência no

licenciamento da pesca artesanal e licenciamento de centros e escolas de mergulho. Na área de

Inhambane, são responsáveis pelo cumprimento de alguns regulamentos turísticos tais como a

proibição de condução nas praias.

3.2 Políticas e Legislação

Uma variedade de instrumentos de políticas, leis e regulamentos são relevantes para o sector do

turismo marinho em Moçambique e na área do Sítio de Demonstração (vide Tabela 2). O sector do

turismo em Moçambique tem estado a receber muita atenção na perspectiva de planificação e

legislação. Com o fim da guerra civil e a consequente assinatura do Acordo Geral de Paz em 1992, a

Organização Mundial de Turismo ajudou o governo de Moçambique na formulação de um plano

estratégico de desenvolvimento de turismo no período de 1993 à 1997. Em 2000 o Governo

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Moçambicano criou o Ministério do Turismo, MITUR, que dirigiu a formulação do Plano Estratégico

para o Desenvolvimento do Turismo (MITUR, 2004) e a Política Nacional do Turismo e a Estratégia

de Implementação para o desenvolvimento de turismo em Moçambique (GoM, 2007). O primeiro

Plano Estratégico para o desenvolvimento do Turismo e Desenvolvimento Humano em Inhambane foi

adoptado, cobrindo um período que ia de 2004 à 2013 (Gove, 2011). Subsequentemente, o Plano de

Acção e Estratégia do Turismo foi elaborado através do Banco Mundial, Projecto PACDE e foi

apresentado ao governo nos finais de 2012. O objectivo do documento é dar uma visão e estratégia do

desenvolvimento do destino geral sobre o desenvolvimento dos produtos turísticos da Província de

Inhambane e actualizar bem como aumentar os benefícios às comunidades locais e conexões

sustentáveis entre pequenos e médios negócios e a indústria de turismo entre 2011 e 2016. A

implementaçao da Estratégia está ainda por ser concluída (Empresa da Estratégia do Turismo, 2014).

As Áreas Protegidas foram criadas nos termos da Lei de Florestas e Fauna Bravia de 1999. A mesma

refere-se essencialmente às áreas protegidas no continente. Embora não exista nenhuma legislação

específica sobre as Áreas Marítimas Protegidas (AMP), o Decreto 16/96, sobre o Regulamento da

Pesca Marítima, permite a designação de Reservas Nacionais Marítimas, Parques Marinhos Naturais e

“Áreas Marítimas Protegidas”. A Lei Nacional de Pescas e os planos Estratégicos Provinciais prevêem

a criação de zonas co-geridas para o uso de recursos marítimos com os Conselhos Comunitários de

Pesca Locais (Ocean Revolution, 2012). A tabela abaixo resume as leis principais e políticas

relacionadas com o uso e conservação dos recursos marinhos.

Em 2013, o governo aprovou uma nova Lei das Pescas (2013), que irá abordar os direitos baseados em

gestão de pescas, principalmente para o benefício directo dos pescadores locais e conservação em

favor dos pobres. Este instrumento baseado em direitos é o primeiro da sua natureza no Oeste do

Oceano Índico. A Lei das Pescas é o instrumento mãe que regula todas as actividades piscatórias em

Moçambique e regulamentos afim e está sob a Política das Pescas de 1996. Os principais instrumentos

do quadro do sector são o Plano Director de Pescas, Plano Estratégico para a Pesca Artesanal,

Estratégia para o Desenvolvimento da Aquacultura, Estratégia de Desenvolvimento da Investigação

Pesqueira, Políticas de MCS e a Estratégia de Implementação, e o Plano Nacional de Combate à Pesca

Ilegal, não Declarada e não Regulamentada.

Na área do Sítio de Demonstração, a Associação dos Pescadores da Comunidade de Tofo e o Conselho

Comunitário dos Pescadores criaram um regulamento local de modo a reforçar a legislação existente

para dar uma melhor compreensão entre os pescadores e centrar-se no uso dos recursos marinhos e na

área de TBT.

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Tabela 2: Políticas e leis principais relacionadas com o turismo e protecção costeira e marinha

Política ou Lei Relevância

Políticas e Quadros

Programa Nacional de Gestão

Ambiental (NEMP, 1995)

Abrangendo a estratégia nacional do ambiente procurando promover e

implementar boas políticas ambientais.

Política de Conservação e

Estratégia de Implementação

(2009)

Estratégia para a Conservação dos recursos naturais e biodiversidade de

Moçambique.

Política de Terra (1995) Mantendo o princípio segundo o qual a terra é pertença do Estado

reconhecendo, porém os direitos tradicionais de uso.

Estratégia Nacional e Plano de

Acção para a Conservação da

Biodiversidade (2003)

Plano para atingir os objectivos da Convenção sobre a Diversidade

Biológica (Apêndice 1) incluindo a conservação dos recursos marinhos.

Política de Pescas e Estratégia de

Implementação (1996)

Pretende maximizar os objectivos económicos ao mesmo tempo que

garante a colheita sustentável de recursos

Estratégia e Política Nacional de

Turismo (2003)

Reconhece a necessidade para desenvolver o turismo de uma forma

sustentável e promove investimentos do sector privado

Legislação

Quadro da Lei Ambiental (1997) Quadro legal e institucional para a gestão do meio ambiente de

Moçambique

Lei da Terra (1997) Determina que a Terra é propriedade do Estado e que não está à venda.

Prevê bases legais para determinar áreas protegidas

Lei de Florestas e Fauna Bravia

(1999)

Determina os princípios e regras para a protecção, conservação e uso

sustentável da gestão integrada, para o desenvolvimento económico e

social de Moçambique. Cria áreas protegidas em terra

Regulamentos de Florestas e Fauna

Bravia Anexo II (2002)

Faz uma lista de animais protegidos que não podem ser caçados nos

termos da Legislação de Florestas e Fauna Bravia (as únicas espécies

marinhas incluídas são dugongs e tartarugas marinhas que cada uma delas

dá direito a uma multa de 50.000.000 Mzn e 25.000.000 Mzn

respectivamente)

Lei do Turismo (2004) Aplica-se às actividades de turismo, actividades do sector público

direccionadas a promoção de turismo, fornecedores, turistas e

consumidores de produtos turísticos e serviços

Regulamentos sobre os Benefícios

do Turismo para a comunidade

(2005)

Regula os benefícios do turismo para a comunidade. Estipula que 20% do

valor dos impostos do turismo reverterão às comunidades locais. Inclui

detalhes do registo, gestão e distribuição de finanças, etc. da comunidade.

Decreto sobre Regulamentos de

Mergulho (2006)

Em substituição do decreto 1968 requer pleno registo e autorização dos

centros de mergulho das Autoridades Marítimas Nacionais. Os

dispositivos referem-se essencialmente à admissão, certificação e prática

dos instrutores de mergulho e mergulhadores.

Taxas e tarifas para as Áreas

Protegidas (2009)

Estipula taxa e tarifas para as áreas protegidas em Moçambique (parques e

reservas)

Lei e Regulamentos de Pescas Regula a adopção de uma arraia da gestão de pescas e medidas de

conservação.

Órgãos Locais e Lei Permite as autoridades distritais para propor e designar áreas protegidas

através dos seus poderes da planificação do uso da terra

Lei sobre as Avaliações do Impacto

Ambiental (AIAs) (2004)

Aborda todos os assuntos atinentes à avaliação do Impacto Ambiental da

terra anterior ao desenvolvimento, incluindo a poluição, infra-estruturas,

gestão sustentável, auditorias, responsabilidades e sanções

Regulamentos que regulam AIAs

(2004)

Os regulamentos para a lei nos AIAs.

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15

4 Elaboração do Plano de Gestão do Turismo marinho para o

Sítio de Demonstração de TBT

4.1 Processo de Elaboração do Documento

O presente documento foi elaborado através de um processo participativo envolvendo os membros

DSMC, intervenientes relevantes, ONGs, OBCs e pesquisadores dentro do Sítio de Demonstração. A

abordagem seguida foi ascendente, descendente, com recurso à certas técnicas de linha de base de

pesquisa, identificação de Melhores Práticas Disponíveis e Tecnologias (BAPs & BATs), avaliação de

ecossistemas, mapeamento participativo, sensibilização, problemas e identificação de necessidades e

debates para identificar soluções prioritária (vide Figura 3 abaixo ilustrando o processo). O presente

documento espera-se que seja simples, prático e simpático para o seu utente de modo que possa ser

usado por todos os utentes dos recursos marinhos do Sítio de Demonstração que estejam interessados

na gestão melhorada da recreação marinha de recifes.

Figura 3: Processo de desenvolvimento do Plano de Gestão de Turismo marinho Sustentável para o Sítio

de Demonstração

4.2 Principais Problemas Identificados pelos Actores Intervenientes

Segundo o debatido na Secção 2.3 acima, uma lista de problemas principais priorizados foram

identificados pelos actores através do processo de consultas, a saber:

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16

Falta de conhecimento sobre a importância de ambientes marítimos & costeiros saudáveis por

parte dos órgãos decisores, grupos de utentes e visitantes

Falta de gestão do turismo marinho

Protecção deficitária de ecossistemas espécies marinhas e de recifes importantes e sensíveis

Práticas de turismo marinho insustentável

Falta de colaboração, co-ordenação & comunicação entre os grupos de utilizadores

4.3 Avaliação Preliminar de Ecossistemas e Mapeamento de Actividades

A avaliação rápida de ecossistemas e mapeamento participativo de actividades deram uma indicação

das principais áreas de ecossistemas sensíveis e sítios degradados ou afectados. Primeiras sondagens

de recifes foram conduzidas com recurso à metodologia de avaliação rápida de recifes para obter uma

compreensão do nível e tipo de uso de recifes assim como os tipos de impactos devido à recreação

marinha. A metodologia de avaliação rápida com recurso a combinação de técnicas tais como: (i)

perfil fotográfico; (ii) Contagens de Peixe e Corais (corais rijos e suaves e outras espécies indicativas),

(iii) fotos transversais e (iv) Vídeos Transversais. Estas técnicas também foram pilotos para testar

opções para futura monitoria.

Visitas preliminares de campo foram também levadas a cabo em outros ecossistemas marinhos

incluindo as florestas de mangais e os leitos de ervas marinhas na Baía de Inhambane. As avaliações

do campo foram suplementadas de constatações de pesquisas existentes e consultas aos actores

intervenientes. A avaliação sustentou a identificação de áreas marinhas sensíveis dentro do Sítio de

Demonstração de alguns dos principais impactos humanos do turismo marinho sobre o sistema

marinho.

O exercício do mapeamento participativo foi levado a cabo através de consultas contínuas com os

actores intervenientes e visitas de campo para identificar características chave, impactos, áreas de

preocupação, e oportunidades para uma gestão melhorada. Pontos de GPS foram registados para tantas

características quantas foram possíveis, relacionadas com o uso recreativo marinho e de recifes. A

recolha de informação adicional através de avaliação dos ecossistemas, “levantamento de dados em

campo (ground-truthing)”, pesquisa existente e participação dos actores, contribuíram para o exercício

de mapeamento. O mapeamento de alguns dos ecossistemas sensíveis (recifes, leitos de ervas

marinhas e mangais) foi suplementado pela informação fornecida pelos pesquisadores da Universidade

Eduardo Mondlane, Bitonga Divers e operadores seleccionados.

Os projectos de mapas produzidos foram discutidos com os DSMC, membros de equipas Técnicas,

aldeões do Sítio de Demonstração, pesquisadores, proprietários de estâncias turísticas e outros

utilizadores chave do Sítio de Demonstração. As áreas de uso específico ou preocupação identificadas

pelos actores durante os encontros de consultas foram igualmente mapeados. Um segundo projecto

dos mapas foi apresentado aos actores para mais feedback e input que foram incorporados nos mapas

finais. O objectivo dos mapas é prover informação para orientar a gestão (sensibilidades, degradação,

ameaças, acordos de gestão e prioridades, pesquisa e falta de informação) do sítio.

A Figura 4 abaixo ilustra a zona de alto uso e algumas das principais áreas marinhas afectadas pelo

turismo incluindo recifes de corais, florestas de mangais, leitos de ervas marinhas e prais arenosas. O

mapa providencia uma ilustração do local dos ecossistemas sensíveis e a sua proximidade para o alto

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uso turístico. É claro que o seu alto uso e áreas afectadas relacionam-se directamente com o nível de

acesso pelos utentes das áreas e há uma clara necessidade de uma gestão melhorada nestas áreas. A

criação de protecção e de gestão da zona das áreas afectadas e de alta prioridade de uso indicado no

mapa deveriam ser uma prioridade.

As áreas marinhas em alto uso do turismo marinho incluiam corais de recife, áreas próximo das

margens (para banho, surf, pesca, passeio a barco, jet ski, etc) e o Estuário de Inhambane, uma área

que tem muitos leitos de ervas marinhas sensíveis, áreas rochosas e florestas de mangais. Certos corais

de recife têm sido muitas vezes alvos por parte dos operadores devido ao seu acesso fácil e a

percepção de oportunidades de visualização de fauna marinha. Embora áreas de corais de recife estão

continuamente sob exploraçao, o que podia aliviar alguma pressão de visitas nos recifes visitados

regularmente, a colaboração entre operadores de mergulho revela-se necessária para se alcançar

acordos sobre o número limite de visitas e opções de gestão recreativa. Na altura da elaboração deste

documento, áreas sensíveis do Estuário de Inhambane estavam em crescente fama como destinos de

turismo marinho. Novas actividades recreativas que aumentam acesso à algumas das áreas sensíveis

no estuário estavam a ser promovidas incluindo snorkelling sobre as ervas marinhas e áreas rochosas

no estuário, passeio a barco,caiaque, jet ski e natação. Embora que os números de visitantes eram

controlados até certo ponto por alguns operadores em algumas das áreas mais sensíveis tais como

ervas marinhas, mangais e áreas de corais de recife, estas áreas ainda continuam com acesso livre por

barcos e sem controle de taxas ou regulamentos. A gestão de visitas a estas áreas e actividades dentro

destas áreas sensíveis e as áreas tampão menos sensíveis, ainda não era forte o suficiente para garantir

protecção adequada e uso sustentável.

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Figura 4: Sítios Afectados pelo Turismo marinho dentro do Sítio de Demonstração do TBT

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4.4 Constatações da Pesquisa

Algumas das constatações que saíram da avaliação do ecossistema, mapeamento e consultas com os

actores são as seguintes:

Registou-se uma redução drástica (aproximadamente 80%) na visualizaçao de certas espécies

marinhas (arraias manta e tubarões baleia), e uma evidência empírica de um declínio geral em

peixe e outros recursos marinhos.

Ao longo do mesmo período em que o declínio na visualização destas espécies marinhas

grandes foi também observada a prática de identificação e amostras de tecidos e outras

actividades pelos pesquisadores. Estes estudos tem sido dadas como não reguladas e sem

permissão e co-relacionam-se directamente com o declínio na vizualização durante o período e

na área supracitada (Dykman, per. com., 2014).

Há evidências claras de alterações e degradação de ecossistemas em algumas áreas de alto uso

de actividades turísticas. Isto inclui erosão de áreas de praias devido ao desenvolvimento não

regulado e inadequado e também devido às actividades turísticas destrutivas (condução na

praia). Isto aumenta a ameaça de áreas de ninhos das tartarugas marinhas já ameaçadas de

extinção e aumenta o risco de perturbação de outras espécies sensíveis.

Risco de áreas cruciais de viveiros e procriação de organismos marinhos dentro da Baía de

Inhambane de actividades inadequadas e não controladas como tráfego intenso de visitantes, o

uso de barcos motorizados, ancoragem não controlada de barcos em leitos frágeis de ervas

marinhas e corais de recife.

A falta de garante do cumprimento de regulamentos está a falhar na prevenção contra o

excesso de utilização e extracção destrutiva de recursos incluindo a remoção de mangais para

a construção e obtenção de lenha e pesca excessiva e práticas piscatórias destrutivas nos

recifes e na Baía de Inhambane que está a reduzir a quantidade de tartarugas, tubarões e outras

espécies de peixes.

Remoção descontrolada de espécies alvos tais como cavalo-marinho (Hippocampus sp.) da

Baía de Inhambane.

A degradação de ecossistemas sensíveis de recifes e perturbação de espécies marinhas devido

à altas taxas de visitas por mergulhadores e pressão da pesca. Alguns dos corais nas margens

nos recifes das águas não profundas demonstram alguns sinais de destruição, tanto devido à

pesca e/ou devido à más práticas recreativas.

Informações sobre as áreas e actividades recreativas marinhas de alto risco, bem como

procedimentos a serem seguidos em casos ocorrência de ferimentos ou mortes, não estão

prontamente disponíveis. A segurança de pessoas que participam em actividades recreativas

marinhas é uma preocupação crescente e que o problema que deve ser resolvido através de

protocolos e regulamentos preventivos fortes, bem como maior consciência dos riscos e

opções para reduzi-los

Embora avaliações preliminares não são suficientes para quantificar causas específicas e a relação e

efeito da degradação, as pressões combinadas de certos impactos contribuem para a degradação

incluindo: excesso de utilização dos recursos, turismo destrutivo e actividades de pesca,

desenvolvimento costeiro descontrolado e fraca gestão dos resíduos sólidos. A figura 4 ilustra uma

zona em sombra de alto uso turístico que se estende ao longo da costa do Leste da península do Tofo,

até ao Norte, ao longo da ponta da Barra e pela Baía de Inhambane adentro. A área de alto uso mostra

a concentração de actividades sobre os ecossistemas marinhos sensíveis (recifes, praias arenosas,

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mangais e ervas marinhas) e destaca a necessidade por uma maior protecção ambiental e gestão

turística melhorada nesta área. Demonstra também a necessidade de se zonear áreas específicas para

usos diferentes e para gerir a quantidade de visitantes e impactos para estas áreas com relação ao tipo e

alcance da actividade de recreação marinha.

Através da avaliação de recifes e mapeamento fica claro que o impacto humano está sendo prejudicial

aos ecossistemas da área. A combinação de uso insustentável de recursos movido pela pobreza e

ßactividades de turismo

descontroladas e a falta

de planificação e gestão

tem levado à redução

de espécies e

degradação dos habitats

essenciais. Existe uma

necessidade urgente de

uma gestão melhorada

assim como pesquisas

direccionadas e

monitoria de impactos

específicos (das

actividades turísticas)

tais como os Limites de

Mudança Aceitáveis –

abordagem (uma

abordagem actualizada

àquela de determinação

a capacidade de carga

de uma área), que

informa sobre gestão

adaptativa.

Limites de Mudanças Aceitáveis

A gestão dos impactos dos visitants pode ser atacado através do

programa do Limite de Mudanças Aceitáveis (LMA)em que o limite de

visitas pode ser determinado como um instrumento de gestão dentre um

agama de instrumentos. O programa de gestão do LMA baseia-se numa

monitoria constante do sítio de acordo com objectivos específicos e

podem ser implementados com base num processo de nove passos:

1. Identificar as áreas de problemas e preocupações;

2. definir e descrever classes de oportunidades;

3. selecionar indicadores de recursos e condições sociais;

4. inventariar os recursos existentes e condições sociais;

5. Especificar padrões de recursos e indicadores sociais para cada

classe de oportunidades

6. Identificar alocações de classe de oportunidade alternativas

7. Identificar acções de gestão para cada alternativa;

8. avaliar e selecionar alternativas preferenciais;

Implementar acções e monitorar condições

(O Grupo de Pesquisa de Mercado, 2007).

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5 Visão, Princípios e Objectivos

O presente Plano de Gestão Sustentável do Turismo marinho para o Sítio de Demonstração do Tofo-

Barra-Tofinho (TBT) foi elaborado através de um processo extensivo de consultas junto dos DSMC,

equipas Técnicas, actores importantes e utentes do meio ambiente marinho. Este documento serve para

promover a recreação e turismo marinho sustentável dentro do Sítio de Demonstração e aumentar o

valor social e económico do meio ambiente marinho na área de TBT.

5.1 Visão

A identificação de estratégias de gestão foi orientada através do desenvolvimento de uma declaração

da Visão que ocorreu durante o processo consultivo da elaboração do presente documento. Os actores

identificaram o seguinte conjunto de aspirações para a área:

5.2 Princípios Orientadores

A partir da Visão gerou-se um conjunto de princípios orientadores para guiar o desenvolvimento do

presente documento.

Alguns dos princípios orientadores que deviam sustentar a implementação deste plano incluem:

a. Abordagem de Gestão baseada no Ecossistema (AGBE) para a gestão da recreação marinha

e de recifes que têm em recursos marinhos elementos de sistemas completos, reconhecem a

complexidade na gestão e tenta proteger a saúde dos ecossistemas ao mesmo tempo que

mantém os serviços dos ecossistemas procurados pelas populações. Uma abordagem baseada

em ecossistemas incorpora a ciência e equilibra a demanda dos utentes com o uso dos

recursos.

b. Áreas Marinhas geridas localmente (AMGL) e o uso do conhecimento local e práticas

tradicionais em que as áreas a beira das águas e recursos costeiros são largamente ou

completamente geridos ao nível local pelas comunidades costeiras, organizações parceiras,

e/ou instituições governamentais que colaboram nos programas baseados na área imediata.

c. Integração de abordagens baseadas na ciência na gestão de recreação marinha e de recifes e

monitoria.

d. Planificação e Gestão Conjunta e participativa através do envolvimento multi-sectorial dos

actores e consulta comunitária. A gestão da complexidade envolve colaboração entre um

conjunto diverso de organizações e individualidades na tomada de decisões.

e. Gestão Adaptativa que tenta melhorar a gestão em áreas de incertezas científicas, através da

aprendizagem. A monitoria e avaliação relacionada às mudanças na orientação da gestão

futura são cruciais para a percepção da interacção dos diferentes elementos dentro dos

sistemas marinhos.

“A área de Tofo Barra e Tofinho é um destino turístico de classe mundial na qual a riqueza da

nossa biodiversidade marinha e costeira está conservada e é limpa, mantém-se um meio ambiente

saudável. O uso diversificado dos recursos naturais é gerido de uma forma integrada e conjunta

de modo a garantir a sustentabilidade e para reduzir conflitos entre os utentes. A gestão da

recreação marinha e de recifes é melhorada para reduzir os impactos negativos do sector e para

optimizar os benefícios das comunidades locais, o sector privado, o governo e o país no seu todo.

Através da implementação da gestão sustentável, dentro de dez anos, a área de TBT será

transformada numa área de conservação marinha importante na região da África Austral.”

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5.3 Metas e Objectivos

Constituem objectivos deste documento os seguintes:

i. Aumentar a consciência sobre a importância dos recifes e meios marinhos à todos os utilizadores;

ii. Promover a consciência sobre a importância da gestão melhorada e uso sustentável dos recifes e

meio marinho através das Melhores Práticas e Tecnologias Disponíveis (BAPs e BATs)

sustentáveis;

iii. Promover a protecção dos recifes sensíveis importantes e os ecossistemas marinhos dentro do

sítio de demonstração.

iv. Promover práticas recreativas diversificadas, contudo, sustentáveis e apropriadas nos recifes e

meios marinhos (BAPs/BATs) ao nível do Sítio de Demonstração para o benefício de todos os

intervenientes e grupos de utentes;

v. Melhorar a colaboração e cooperação entre todos os grupos de utentes do Sítio de Demonstração,

e

vi. Apoiar a gestão melhorada dos recursos marinhos e ecossistemas.

5.4 Potenciais Parceiros, suas Funções e Responsabilidades

Este documento baseia-se nos resultados da pesquisa realizada no sítio de demostracao. O documento

reflecte a contribuição das partes interessadas de base alargada e espera-se que possa incentivar acções

por parte de todos os actores de modo a produzir resultados mais eficientes e eficazes para uma gestão

de recifes e recreação marinha como um pequeno pedaço do quebra-cabeças do turismo em geral.

Os potenciais parceiros devem ser envolvidos na implementação e acompanhamento do presente

Plano e foram incluídos no Plano de Implementação na Secção 6 abaixo. Os mais óbvios são os

Membros da Equipe do Comité de Gestão do Sítio de Demonstração (DSMC) e a Equipa Técnica que

representam as partes interessadas mais importantes e que têm desempenhado um papel fundamental

no desenvolvimento deste Plano. Outros órgãos governamentais que não participam, actualmente, no

DSMC como Pescas e Planificação também devem ser envolvidos. Outros parceiros chaves que deram

o seu contributo e que serão, igualmente, fundamentais na implementação do Plano incluem:

A Fundação Marinha Megafauna (FMM), leva a cabo a maioria dos esforços das pesquisas

científicas na área bem como muitos dos progamas de educação estabelecidos. A FMM

fornecerá dados a este documento e promoverá o valor da conservação na área de um modo

geral. A FMM será um parceiro importante na orientação e implementação de muitas

prioridades de pesquisa e acções de lobbying identificadas no presente documento.

A Ocean Revolution, que apoia Bitonga Divers, prestou informações e aconselhamento à

equipe da RMRM durante a preparação e implementação das actividades da RMRM bem

como contribuir informação para o presente documento.

A Bitonga Divers que esteve representada no DSMC e a Equipa Técnica ao longo do projecto

e que ajudou nas pesquisas nos recifes e entre os grupos nas escolas nas campanhas de

consciencilização. A Bitonga Divers será um parceiro fundamental no prosseguimento da

criação da consciência sobre a importância do recife e do ambiente marinho e na

implementação das acções prioritárias identificadas neste documento.

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Os voluntários da All Out África ajudaram numa pesquisa e também elaboraram um conjunto

de cartazes de Códigos de Conduta para os Sítios de Demonstração assim como fornecer

dados para este documento. O grupo está integralmente envolvida em actividades de monitoria

dos recifes e meio ambiente marinho e será um parceiro importante na implementação de

muitas acções relacionadas a pesquisa identificadas no presente documento.

A AMAR esteve representada na DSMC por parte do projecto e levou a cabo acções de

capacitação aos skippers e mestres de mergulho dos operadores de mergulho na área de TBT.

A AMAR também deu informação útil para este documento e será um parceiro importante na

coordenação das operações de mergulho por um turismo marinho sustentável e na

implementaçào de muitas actividades prioritárias neste documento.

A Eyes on the Horizon deu um contributo útil e orientação no processo de consulta para o

desenvolvimento deste Plano e pode ser um parceiro útil na disseminação de informação,

pesquisa e lobby para a melhoramento da gestão .

Os operadores do sector privado e proprietários de estâncias turísticas localizadas dentro do

‘sitio de demonstração serão fundamentais para o sucesso de qualquer esforço visando o

melhoramento e sustentabilidade do recife e recreação marinha. Os operadores privados não

só têm influência directa sobre o comportamento dos visitantes ao recife e áreas marinhas,

porém também podem apoiar o governo no cumprir com as suas responsabilidades de

cumprimento de normas na ausência de recursos e capacidade técnica.

O Conselho de Empregadores da Província de Inhambane (CEPI) representa a Confederação

das Associações de Moçambique (CTA) ao nível provincial e inclui empregadores relevantes

da Província de Inhambane.

Para além do Sítio de Demonstração, os governos provincial e nacional, ONGs e instituições

de pesquisa que operam no Norte de Tofo, no Arquipélago de Bazaruto, deve ser envolvidos

de forma a garantir que o valor potencial do Património Mundial Marinho de toda a região

seja conhecido.

O Plano de Implementação apresentado na Tabela 3 abaixo indica uma série de diferentes parceiros

para garantir a consecução das actividades priorizadas. Observe-se que apesar do DSMC estar

identificado como um líder-chave e como uma entidade de colaboração, esta estrutura não poderá

persistir após encerramento do projecto COAST. Daí que revela-se essencial que as partes envolvidas

no DSMC (e outras organizações interessadas), também criem uma estrutura para conduzir a

implementação de actividades após o fim do projecto. As recomendações para tal estrutura estão

descritas no Plano de Implementação mas este deve ser uma prioridade para o desenvolvimento antes

do fecho do projecto.

5.5 Plano de Ancoragem

Qualquer plano é apenas tão bom quanto a sua execução e tese, tipicamente orientados por um órgão

de implementação coordenado. Este órgão terá de continuar a partir da compilação na DSMC para

conduzir a implementação das etapas descritas neste Plano depois do encerramento do projecto

COAST, em Junho de 2014. O Plano de Implementação, que é apresentado na próxima secção,

procura estabelecer um órgão formal de gestão localizada para o Sítio de Demonstração de TBT para

dar continuidade dos esforços de gestão, no futuro. Sistemas potenciais de gestão e estratégias para

este sítio precisam de ser delineados antes do fim do projecto COAST

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6 Plano de Implementação

O Plano de Implementação fornece ao Sítio de Demonstração de TBT um modelo claro e simples de

implantação de actividades com vista ao fortalecimento da gestão do turismo marinho. O plano de

implementação foi desenvolvido de forma a permitir que elementos individuais possam ser facilmente

absorvidos pelos diferentes grupos de intervenientes em programas ou planos de gestão existentes ou

futuros. A concepção do Plano de Implementação contou com a facilitação da equipe da RMRM,

tendo deixado recomendações aos membros da assistência do DSMC, Equipe Tech, principais partes

intervenientes e outros parceiros identificados durante o curso do projecto

O Plano de Implementação visa abordar as questões principais, preocupações e aspirações

identificadas pelas partes intervenientes. A tabela 3 abaixo, descreve os principais objectivos e acções

específicas e passos para a implementação. Os indicadores e medidas de desempenho são identificados

de modo a facilitar o acompanhamento das acções e passos de implementação. A tabela igualmente

sugere os parceiros de implementação para liderar ou conduzir as actividades e colaborar na

implementação de acções. Estas funções não devem ser talhadas em pedra mas devem ser vistas como

sugestões para outros acordos entre as entidades participantes. Cada acção é classificada em termos de

níveis de prioridade de forma a destacar a urgência de certas acções. Importa salientar que a

implementação também se enquadra no âmbito das recomendações feitas pela Organização Mundial

de Turismo (UNWTO) no documento que foi desenvolvido através do projecto COAST intitulado:

"Planificação de Acções e Actividades de Apoio à Gestão de Turismo Sustentável nas Áreas

Costeiras" (UNWTO, 2013b).

Note-se que o Plano de Implementação deve ser visto como um document “vivo” e interactivo que

pode ser facilmente actualizado em balanços e revisões regulares. De modo a operacionalizar o Plano

de Implementação plenamente, será necessário que cada Acção seja mais discutida, calculada e

acordada pela/s parte/s e que se garanta que um orçamento adequado seja conseguido. Isto exigirá uma

cooperação estreita entre todas as partes identificadas na Tabela e coordenação cuidadosa pela

entidade ou agência (Veja-se Acção 2.5 e 2.6 na Tabela 3 abaixo) que continuará a gerir o turismo na

área.

6.1 Monitoria e Avaliação para Gestão Adaptativa

Na ausência de informação científica global para orientar a gestão, a gestão adaptativa apresenta a

abordagem da gestão "aprender fazendo". Medidas de monitoria e avaliação (M&E) que visam

esclarecer as mudanças na gestão, fornecem a única forma de compreender e medir o impacto das

actividades de gestão. Assim, a implementação das acções descritas neste documento deve ser

cuidadosamente monitorada e os resultados considerados, em futuras medidas de gestão, de modo a

assegurar uma melhoria contínua, tendo como base o melhor conhecimento disponível. Propõe-se que

o Plano de Implementação seja avaliado numa base regular (semestral/anual). Os obstáculos podem

ser discutidos e resolvidos a posterior. A vantagem da monitoria é que os obstáculos na gestão também

podem ser facilmente identificado e a assistência oportuna pode ser prestada às respectivas partes e

aos responsáveis.

Finalmente, uma matriz de avaliação que incide sobre os resultados finais também deve ser

incorporada no sistema de M&E do qual o impacto desse documento pode ser avaliado. Nem todas as

acções planificadas podem sair da forma inicialmente prevista. Certas abordagens ou acções podem

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necessitar de aprimoramentos e abordagens ou acções completamente novas serem introduzidas para

assegurar que o efeito desejado seja alcançado. Esta é a base de uma gestão adaptativa. E uma outra

vantagem é que um bom sistema de M&E pode contribuir muito na divulgação aos interessados e na

criação de consciência sobre as ideias importantes, descobertas, oportunidades e assuntos.

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Tabela 3: Plano de Implementação para o melhoramento do recife e gestão de recreação marinha

Acção Passos Indicador Medida de

desempenho

Responsabilidade Prioridad

e até

Objectivo 1: Aumentar a consciência sobre a importância de meios marítimos e costeiros saudáveis em todos os utentes e decisores

1.1. Desenvolver e

implementar uma

campanha de

sensibilização

direccionada, a longo

prazo, nos bairros

costeiros e escolas,

sobre o valor dos

ecossistemas costeiros e marinhos saudáveis

e uso sustentável dos

recursos.

1.1.a Desenvolver uma campanha

de sensibilização sobre o valor dos

ecossistemas costeiros e marinhos

saudáveis e uso sustentável dos

recursos, composta por diferentes

elementos e abordagens adequados à

todas as partes interveniente locais

Pelo menos uma campanha

anual de sensibilização com

as funções de todos os grupos

de utentes

Melhor compreensão

entre os utilizadores

locais da necessidade

de um uso mais

sustentável dos

recursos marinhos e

costeiros

Mudanças no

comportamento de

grupos de utentes

para reduzir o seu

impacto negativo

sobre a base de

recursos.

Maior envolvimento

dos cidadãos em

actividades de gestão

através de actividades

voluntárias

Redução de conflitos

entre os utilizadores

sobre os recursos

marinhos

Colaboradores:

CCP, Bitonga Divers,

Ocean Revolution, Eot,

ALMA, AMAR,

FOPROI

DPP, DPCA,

Administração Marítima, DPTURI

UEM, ESHTI, MMF,

AOA

Ano 1

1.1.b Realizar reuniões e

encontros regulares nos bairros,

conforme as necessidades

Pelo menos uma palestra para

cada bairro, por ano

Cada palestra feita para pelo

menos 15 participantes

Liderança: DSMC

Colaboradores: CCP,

FMM

Bitonga Divers, Ocean

Revolution, UEM, DPP

Ano 1

1.1.c Trabalhar com as escolas

de modo a incluir conteúdos

sobre recursos marinhos

relevantes no currículo escolar

Incorporação de conteúdos

sobre educação marítima no

currículo escolar

Bitonga Divers, Ocean

Revolution, All out

Africa

Ano 2

1.1.d Usar cinema, rádio e

outros meios de comunicação

para abordar problemas de

gestão marítima aos bairros

Filme e programas

radiofónicos sobre gestão

marítima

Liderança: DPP

Colaboradores: CCP,

Bitonga Divers,

FOPROI, FMM, Eot

FOPROI, Ocean

Revolution

Ano 3 –

em curso

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Acção Passos Indicador Medida de

desempenho

Responsabilidade Prioridad

e até

1.1.e Facilitar projectos locais

(protecção de recife, limpeza de

praias, grupos de jovens,

monitoria, comunidade de

ecossistemas/espécies;

reciclagem etc)

Pelo menos 4 Projectos locais

por ano centrados na acção

dos cidadãos na melhoria da

saúde marinha

implementados

Pelo menos disseminação de

um filme anualmente sobre

gestão marinha

Pelo menos 2 eventos anuais

de disseminação sobre a

gestão marinha

Liderança: AMAR

Colaboradores:

Operadores turísticos e

de mergulho, ALMA,

FOPROI, Bitonga

Divers, Eot, FMM,

Ocean Revolution,

AOA, AHTPI &

Estancias Turísticas

Ano 3 –

em curso

1.1.f Partilhar resultados de

pesquisas com a comunidade e

governo local

Resultados de projectos locais

disseminados anualmente

Liderança: Bitonga

Divers

Colaboradores: DPP,

UEM, FMM, AOA,

Eot, ALMA, DPP,

Bitonga Divers,

Ano 5

1.1.g Trabalhar com os

pescadores de modo a

identificar e implementar as

melhores práticas e métodos

sustentáveis

Formação anual com a

participação de pelo menos

20 de Pescadores em práticas

de pesca sustentáveis

Mudanças nas práticas

piscatórias para métodos mais

sustentáveis

Liderança: DPP

Colaboradores: CCPs,

Bitonga Divers,

AMAR, DPP

Ano 2

1.2. Aumentar a

consciência dos

visitantes sobre a

sensibilidade e a

1.2.a Conceber e disseminar

códigos de conduta (CdC) para

todas as actividades de

recreação marinha relevantes

Um conjunto de 3 Códigos de

Conduta (CoCs) concebidos

para a recreação marinha

Visitantes

conscientes sobre

como se comportar

para reduzir o seu

Liderança: FMM, AOA

Colaboradores:

Operadores Turísticos e

de Mergulho, AHTPI e

Ano 1

Page 36: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

28

Acção Passos Indicador Medida de

desempenho

Responsabilidade Prioridad

e até

grande

biodiversidade da

área

(mergulho e snorkelling

CoC transmitidos à todos os

operadores turísticos e a pelo

menos 500 visitantes por ano;

impacto sobre os

ecossistemas

marinhos e costeiros

& espécies

Mudanças no

comportamento dos

visitantes de modo a

reduzir o seu impacto

negativo sobre as

pessoas e meio

ambiente da região.

Maior procura de

produtos de turismo

responsável por parte

dos visitantes.

Experiências de

ecoturismo mais

autênticas para os

visitantes.

Estâncias turísticas,

DIPA, DPTUR, FMM

1.2.b Promover e realizar

actividades que envolvem e

inspirar os visitantes a

contribuir e participar no

ecoturismo autêntico e

responsável

Pelo menos 5 Actividades

turísticas anuais responsáveis

implementadas i.e. limpeza de

recifes/praias, ajuda da

comunidade nas actividades

etc.

Liderança: AMAR

Colaboração:

Operadores turísticos &

de Mergulho, AHTPI &

estâncias turísticas,

ALMA, AMAR,

Bitonga Divers,

FOPROI, FMM, AOA

Ano 1

1.2.c Desenvolver informações

de consciencialização e

disseminá-la através dos pontos

de saída/entrada de visitante

(cartazes, folhetos, etc)

Materiais que promovem

comportamento turístico

responsável exibido e

actualizado anualmente

Liderança: AMAR

Colaboradores: FMM,

AHTPI & estâncias

turísticas, AOA, EotH

Ano 2 –

em curso

1.2.d Continuar e expandir

eventos de consciencialização

sobre o mar e ambiente costeiro

aos visitantes

Palestras & eventos semanais

para ajudar os visitantes

Liderança: Bitonga

Divers, FMM

Colaboradores:AMAR,

Dive & operadores

turísticos, estâncias

turísticas, AOA, EotH

Ano 1

1.2.e Desenvolver e colocar

sinalização e informações sobre

a importância de ecossistemas

saudáveis/espécies e turismo

responsável.

1 Sinal sobre o

valor/importância do

ambiente oceânico & espécies

instaladas (link as campanhas

de sensibilização)

Liderança: DSMC,

DPTUR

Colaboradores:

DPCA, DPP, AHTPI &

lodges

Ano 1

1.3. Aumentar a

consciência dos

operadores

1.3.a Transmitir conhecimento

sobre o impacto do turismo nos

ecossistemas sensíveis aos

Informações do CoC das

actividades turísticas

fornecidas a todos operadores

Melhor compreensão

por parte dos

operadores turísticos

Liderança: DPP

Colaboradores:

FMM, AHTPI &

Ano 1 –

em curso

Page 37: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

29

Acção Passos Indicador Medida de

desempenho

Responsabilidade Prioridad

e até

turísticos e

estâncias

turísticas /hotéis

sobre a

sensibilidade e a

grande

biodiversidade da

área

operadores turísticos e/ou

proprietários de

estabelecimentos hoteleiros

e hoteleiros para exibição e proprietários das

estâncias turísticas

sobre o impacto do

turismo em

ecossistemas

marinhos e costeiros

& espécies.

Maior esforço por

parte dos operadores

turísticos e

proprietários de

estâncias turísticas na

promoção de turismo

responsável

Redução de conflitos

entre os utilizadores

sobre os recursos

marítimos

lodges, AMAR, EotH

1.3.b Destacar opções para

hotéis e operadores para reduzir

o seu impacto sobre o meio

ambiente costeiro e marinho,

através de medidas como

limitar o número de visitantes à

locais sensíveis, minimizando a

perturbação à nidificação,

reprodução etc. de espécies,

seguindo as ideais de frutos do

mar sustentáveis etc.

20 CoC fornecidos aos

operadores e estâncias

turísticas com informações

básicas sobre as causas do

impacto sobre o meio

ambiente e as opções e passos

a seguir para evitar os

impactos

Desenvolve-se e lança-se

Iniciativas sustentaveis

baseadas em mariscos no

cumprimento voluntário

Liderança: DSMC,

DPTUR

Colaboração: MMF,

AMAR, AHTPI, EotH

Alta

Objectivo 2: Melhoria da gestão para o turismo marinho sustentável

2.1. Fontes alternativas de

sustento para

comunidades

desenvolvidas

utilizando recursos

naturais marinhos e

ecossistemas sensível

são identificadas e

apoiadas

2.1.a. Determinar, em colaboração com

as comunidades, o nível de uso de

espécies vulneráveis (tartarugas,

tubarões, peixes de recife, cavalos

marinhos, etc veja-se anexo3) e

produtos provenientes dos

ecossistemas marinhos e costeiros

(recifes, mangais, ervas marinhas,

areia e costões rochosos) de modo

a entender as motivações da

pelo menos elaboração de um

Relatório anual sobre a

disseminação utilização dos

recursos naturais marinho e

costeiros na área de TBT

incluindo tipos e níveis de

uso, recomendações para a

gestão e mais pesquisa e

monitoria

Melhoria do bem-

estar das

comunidades que são

mais resistentes às

mudanças ambientais

devido à

diversificação dos

meios de subsistência

Liderança: Governo,

Colaboradores: CCP,

Bitonga Divers, Ocean

Revolution, DPP,

UEM, MMF, All out

Africa, Eyes on the

Horizon

Ano 4 em

curso

Page 38: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

30

Acção Passos Indicador Medida de

desempenho

Responsabilidade Prioridad

e até

extracção de recursos Maior compreensão

do estado de saúde de

ecossistemas

marinhos & costeiros

& espécies

Colaboração mais

forte entre os

moradores, decisores

e utilizadores dos

recursos marinhos

Fornecimento

contínuo de bens e

serviços que

fornecem uma

plataforma para a

economia local dos

ecossistemas

essenciais e, portanto,

uma maior

sustentabilidade do

sector do turismo

2.1.b. Identificar opções com as

comunidades para iniciativas de

subsistência alternativa (incluindo

opções de financiamento) para

reduzir a pressão do uso

extractivo dos recursos naturais

nos ecossistemas marinhos

sensíveis

Pelo menos uma Lista das

necessidades da comunidade

e aspirações de meios de

subsistência alternativos

Pelo menos duas Propostas de

projecto adequadas

desenvolvidas para apoiar

projectos específicos para

cada aldeia

Todas propostas de projecto

concluidas enviadas ao

governo, sector privado e aos

parceiros de desenvolvimento

Liderança: CMCI, CCP

Colaboradores: DPCA,

FOPROI, Bitonga

Divers, FMM, Ocean

Revolution, DPP,

Estâncias relevantes &

Operadores turísticos,

GIZ

Ano 3 em

curso

2.1.c. Implementar projectos locais com

as comunidades para reduzir a

dependência de recursos naturais

ou seja aqua/maricultura, energia

verde, gestão de resíduos, viveiros

de árvores, guia turístico, etc.

Pelo menos anualmente

Implementado 1 projecto

alternativo local de

subsistência

Aumento do número de

oportunidades de emprego

disponíveis para os locais no

sector do turismo marinho

Os projectos devem estar

relacionados com iniciativas

existentes tais como o

projecto de ecoturismo STEP

gerido pelo Escritório

Regional do MITUR e pelo

projecto de turismo do Banco

Mundial que opera na área.

Redução da pressão sobre os

Liderança: DPCA,

CMCI

Colaboradores:

FOPROI, CCP, Bitonga

Divers, estância

turísticas relevantes &

operadoras turísticos,

GIZ, DPP

Ano 4 em

curso

Page 39: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

31

Acção Passos Indicador Medida de

desempenho

Responsabilidade Prioridad

e até

ecossistemas sensíveis e

espécies vulneráveis de uso

extractivo

2.2. . Maior planeamento e

gestão do ambiente

marinho e costeiro

integrados baseados

na abordagem EBM

(Gestão Baseada no

Ecossistema)

2.2.a. Incluir considerações de

sensibilidade costeira e

ecossistemas e as ligações entre

elas no projecto de terra existente

e no documento proposto sobre

planeamento de uso costeiro e nos

documentos de desenvolvimento e

directrizes (i.e. dentro do Plano

de Estrutura Urbana para

Inhambane que está a ser

elaborado e na proposta de uso da

terra, planos para Inhambane

(micro-Zoneamento) a ser

desenvolvido pela DPC.

Revisão do planeamento de

uso da terra e

desenvolvimento de

directrizes e documentos

completos até Dezembro

2014

Recomendações para a EBM

dos ecossistemas marinhos e

orientações sobre boas

práticas para a recreação

marinha, incluídos no distrito

e ordenamento do território

municipal e gestão dos

recursos naturais

Uso mais sustentável

da terra e

desenvolvimento que

não degrada a base de

recursos naturais

sobre a qual a

economia local

prospera

Uma maior sinergia

entre os sectores de

planeamento e

desenvolvimento

Liderança: MICOA,

CMCI

Colaboradores:

MITUR,

MPD, DPCA, DPTUR,

DINATUR, DPP, CCP

Ano 2

2.3. Fortalecer a aplicação

de leis, regulamentos

e decretos que

impedem a

degradação marinha e

costeira

2.3.a. Aumentar a consciência geral

sobre as leis de todos os grupos de

utentes e directrizes existentes,

que servem para prevenir a

degradação ambiental i: e. não

dirigir na praia, corte de mangais,

ou remoção de espécies sensíveis

ou protegidas, autorizações

ambientais para o

desenvolvimento costeiro, as

contribuições do sector de turismo

para as comunidades, etc.

2.3.b. Dar formação às instituições que

velam pelo cumprimento dos

analizar os detalhes das

incertezas existentes em

disposições legais e

legislatórias (i.e. legalidade

de ressucitar pessoas na praia,

remoção de espécies,

condução na praia /

estacionamento, etc.) e fazer

relatórios para a clarificação

de problemas

Lista de leis e regulamentos

relevantes relacionados com

turismo marinho e costeiro é

elaborada e amplamente

A consciência de leis

e regulamentos

aplicáveis é

aumentada,

proporcionando uma

forte plataforma para

execução

Os cidadãos e os

grupos de utentes são

mais respeitadores do

enquadramento legal

e compreendem os

impactos de não

ADMAR, DPP,

DIPTUR, Eyes on the

Horizon, CCP

Alta

Page 40: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

32

Acção Passos Indicador Medida de

desempenho

Responsabilidade Prioridad

e até

regulamentos e leis tais como o

judiciário e a polícia

disponibilizada aos visitantes,

operadores turísticos e grupos

usuários

Informação sobre leis e

regulamentos aplicáveis ao

turismo marinho conferida e

divulgada aos operadores e

estâncias turísticas

conformidade.

A aplicação é mais

eficaz e transparente

Os recursos para a

execução são

compartilhados e as

capacidades são

construídas através da

cooperação

A aplicação é mais

eficaz e transparente

Maior

responsabilidade por

parte dos cidadãos

sobre o seu ambiente

marinho

2.3.c. Melhorar a coordenação entre os

vários ministérios a níveis

provincial e local, para as

inspecções de empresas de

turismo marinho e utilização de

recursos

Pelo menos uma Inspecção

sectorial conjunta e visitas

realizadas numa base

trimestral ou se necessário (o

mais frequente)

Informações documentadas,

desenvolvidas e distribuidas

às empresas de turismo

marinho sobre os requisitos e

objectivos das inspecções

Liderança: ADMAR

Colaboradores: DPP,

DIPTUR, CCP, CMCI,

DPCA, DINATUR

Ano 2 em

curso

2.3.d. Reforçar a aplicação regular das

leis através de parcerias com os

pescadores e do sector privado

(i.e. na ausência de recursos para

a aplicação da lei, o sector

privado pode fornecer veículos /

embarcações, hospedagem,

combustível, etc.)

Pelo menos 1 MoE elaborado

delineando a coordenação de

acordos de coordenação entre

o governo e sector privado

para a aplicação da lei

Pelo menos 2 acordos

elaborados entre o governo,

sector privado e utilizadores

de recursos (pescadores,

colhedores de recursos) para

evitar ou usar de forma

Liderança: ADMAR

Colaboradores: DPP,

DIPTUR, CCP, sector

privado (estancias

turísticas, operadores de

mergulho)

Ano 2 em

curso

Page 41: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

33

Acção Passos Indicador Medida de

desempenho

Responsabilidade Prioridad

e até

sustentável as áreas marinhas

sensíveis

2.3.e. Desenvolver mecanismos eficazes

de identificação e elaboração de

relatórios sobre as actividades

ilegais que degradam o ambiente

marinho

Linha directa de denúncias

(ou similar) é estabelecida até

Dezembro de 2014 para que

qualquer pessoa possa

denunciar violações de leis

relativas à recreação marinha

Criado mecanismo para

monitorar e relatar sobre a

resposta do cumprimento por

parte das agências

governamentais relevantes

com relação às queixas feitas

Liderança: MPD,

Colaboração: CMCI,

ADMAR

Ano 3 em

curso

2.4. Fortalecer a pesquisa

e monitoria de modo a

melhorar a gestão da

recreação

marinha(anexo 4

delineia os esforços

de pesquisa existentes

na área de TBT)

2.4.a. Identificar necessidades

específicas de pesquisa para

melhorar a gestão dos recursos

costeiros sensíveis na área de

TBT, incluindo (mas não se

limitando à) pesquisa sobre o

estado e uso de:

Recifes de coral

Costões arenosos e rochosos

Florestas de mangal

Base de ervas marinhas

Baia de Inhambane

2.4.b. No contexto da região marinha

mais ampla através do

desenvolvimento de uma

Realizado pelo menos um

encontro anual para

identificar e criar prioridades

das necessidades de pesquisa

através de um processo de

colaboração entre governo,

pesquisadores e grupos de

utentes

Pesquisa marinha & costeira

específica e estratégia de

monitoria desenvolvida para

TBT dentro do contexto

marinho mais amplo

Actividades de pesquisa

científica do cidadão são

incorporadas dentro de uma

Maior compreensão

do uso e de mudanças

nos ecossistemas

marinhos e costeiros

para orientar acções

de gestão

Maior capacidade

local na monitoria e

gestão de uso do

ecossistema costeiro

A pesquisa é utilizada

para informar a

tomada de decisão e

evitar uma maior

Liderança: FMM, UEM

Colaboração: ESHTI,

AOA, EotH, MICOA,

DPP, CCP, MPD,

DIPTUR, AMAR

Ano 1 em

curso

Page 42: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

34

Acção Passos Indicador Medida de

desempenho

Responsabilidade Prioridad

e até

estratégia de pesquisa e

acompanhamento específico que

promove a ciência do cidadão, o

desenvolvimento da capacidade

local e da cooperação regional e

global

estrutura e pesquisa orientada

e estratégia de monitoria para

garantir relevância e

viabilidade da informação

recolhida

degradação dos

ecossistemas

marinhos e costeiros

Maior

responsabilidade

entre os cidadãos na

gestão marinha e

turismo responsável

2.4.c. 2.4.c. Realizar actividades de

investigação orientada que

envolve grupos de utilizadores e

promove a ciência do cidadão e a

cooperação regional e global (isto

é, gravação e mapeamento da

ocorrência de espécies e uso de

recursos)

Pelo menos 6 iniciativas de

Pesquisa marinha e costeira

orientadas em curso numa

base anual para trazer

informação sobre a gestão do

uso marinho e costeiro

Feitas pelo menos ligações

com redes regionais e globais

para a monitoria & protecção

de ecossistemas chaves

(recifes de corais, mangais,

ervas marinhas) e espécies

(raias, tubarões-baleia,

dugongos, baleias jubarte,

tubarões, cavalos-marinhos)

MMF, UEM, ESHTI,

All Out Africa, Eyes on

the horizon, MICOA,

DPP, CCP, MPD,

DIPTUR, AMAR

Média

2.4.d. Estabelecer um sistema de

comunicação e utilização dos

resultados de pesquisa para o

governo & grupos de utilizadores

para a melhoria da gestão (isto é,

relatórios anuais, reunião com os

intervenientes para compartilhar

descobertas, etc.)

Estabelecido e operacional até

Junho de 2015 um Sistema

regular de prestação de

informações e elaboração de

relatórios sobre as actividades

de pesquisa e descobertas em

funcionamento

Liderança: MMF, UEM

Colaboração: ESHTI,

AOA, EotH, MICOA,

DPP, CCP, MPD,

DIPTUR, AMAR

Ano 3 em

curso

2.4.e. Estabelecer um sistema de

monitoria de uso e do estado dos

Um Sistema de M&E, criado

como parte da estratégia de

Liderança: MMF, UEM

Colaboração: ESHTI,

Ano 1

Page 43: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

35

Acção Passos Indicador Medida de

desempenho

Responsabilidade Prioridad

e até

recursos marinho e dos

ecossistemas e implementação de

medidas de gestão.

pesquisa que pode prestar

informação sobre gestão

adaptativa

AOA, EotH, MICOA,

DPP, CCP, MPD,

DIPTUR, AMAR

2.5 Estabelecer um

grupo de acção

para o meio

marinho com os

princípios

orientadores e

de auto-

governação para

conduzir a

gestão entre os

operadores

Esta acção pode ser

conduzida pela

AMAR para os

operadores de

mergulho, mas deve

incluir outros

operadores de

recreação marinha e

hotéis. Pode

enquadrar-se dentro

do fórum de

desenvolvimento

sustentável da

DPTUR criado em

2005: "Fórum do

Turismo

2.5.a criar um grupo de acção ambiental

marinha com princípios orientadores e de

auto-governação para impulsionar a

gestão entre os operadores. Esta acção

pode enquadrar-se dentro do fórum

desenvolvimento sustentável da DPTUR

criado em 2005: "Fórum do Turismo

Criado um grupo de acção

ambiental com princípios

orientadores e de auto-

governação para conduzir a

gestão entre os operadores

Melhoria da gestão

do meio ambiente

pelo sector privado

(operadores turísticos

e proprietários de

estancias turísticas,

etc.) para reduzir os

impactos negativos

das suas actividades

de turismo marinho.

Redução de conflitos

entre operadores e

pesquisadores sobre o

uso de áreas e

recursos marinhos

Um sector do turismo

marinho mais

sustentável devido

aos impactos

reduzidos de

actividades de

recreação marinha

mal geridas

Liderança: AMAR

Colaboração: Hotéis &

estâncias turísticas,

FOPROI, AHTPI

Alta

2.5.b Desenvolver e

implementar por meio de um

processo colaborativo, as

acções para reduzir os impactos

sobre espécies marinhas e

habitats pelo turismo (isto é,

fechar os recifes, os limites do

número de mergulhadores em

recifes, o acesso à áreas

sensíveis, etc.)

Acções para a redução dos

impactos sobre os

ecossistemas e espécies

marinhas desenvolvidas e

implementadas de forma

colaborativa. O foco imediato

deve ser sobre:

o Cumprimento dos CoCs,

desenvolvimento e

implementação de CoCs

adicionais sobre a recreação

marinha

o Acordado encerramento

temporário de recifes

altamente impactadas aos

turistas, (i.e. recife manta)

o Limitar o número de

mergulhadores em recifes

acordados

Liderança: AMAR

Colaboradores:

operadores turísticos e

de mergulho, Hotéis &

estâncias turísticas,

AHTPI, ESHTI, MMF,

EotH, AOA, FOPROI

Ano 2 em

curso

Page 44: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

36

Acção Passos Indicador Medida de

desempenho

Responsabilidade Prioridad

e até

o Acesso restrito e/ou

controlado à áreas

altamente sensíveis, isto é,

área de mergulho na Baia

de Inhambane

o Planificação adequada após

a avaliação ambiental com

vista ao desenvolvimento

de infra-estrutura adicional

ou perto de habitats

marinhos (calçadões,

recifes artificiais, artefatos

de pesca, modismos, etc)

2.5. C Desenvolver e disseminar

informações de percepção

sobre essas acções

disseminadas à todos os

operadores turísticos

marinhos, hotéis, estâncias

turísticas e pesquisadores

Pelo menos um conjunto de

materiais de informações

sobre a consciência dessas

acções disseminadas à todos

os operadores e estancias

turísticas para incentivar o

cumprimento voluntário dos

princípios do turismo

responsável

Liderança: AMAR

Colaboração:

operadores turísticos e

de mergulho, Hotéis &

estâncias turísticas,

AHTI, ESHTI, MMF,

Eyes on the Horizon,

All Out Africa,

FOPROI

Ano 1

2.6. Estabelecer um

observatório/planeam

ento turístico ou

unidade de

informação para

Inhambane, que inclui

uma plataforma na

internet para

promover a partilha

2.6.a. Estabelecer e/ou desenvolver com

base nos acordos existentes para o

desenvolvimento de uma unidade

de informação que pode acomodar

e usar a planificação relevante e

informações de pesquisa para a

gestão do turismo, incluindo

actividades turísticas marinhas

Uma instalação para

planificação turística é

estabelecida que serve como

um repositório de

informações sobre o turismo

em Inhambane, incluindo

dados sobre o turismo

marinho

Uma plataforma na internet

A informação sobre o

turismo marinho é

centralizada e

amplamente

disponível para o uso

na tomada de

decisões

Os dados recolhidos

Liderança: ESHTI,

Colaboração: UEM,

DPTUR, MICOA

Ano 1

Page 45: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

37

Acção Passos Indicador Medida de

desempenho

Responsabilidade Prioridad

e até

de informações e

informar os decisores

da área de

desenvolvimento

sustentável

que funciona como um

mecanismo de disseminação

de informações é estabelecida

como parte da instalação

durante as actividades

RMRM do projecto

COAST são

acessíveis para o uso

pelas partes

interessadas

2.6.b. Preencher o observatório e a

plataforma na internet com

informações relevantes, i.e. os

dados de mapeamento

desenvolvido através das

actividades da RMRM do projecto

COAST; documentos de

planeamento relevantes e

resultados de pesquisas

O observatório é preenchido

com dados e informações,

incluindo informações sobre

recreação marinha.

A plataforma na internet

inclui os dados de

mapeamento desenvolvidos

através das actividades da

RMRM

Liderança: ESHTI,

colaboração: UEM,

DPTUR, MICOA

Ano 4 em

curso

2.7. Identificar opções

para uma distribuição

equitativa dos

benefícios do turismo

marinho para os

habitantes locais

2.7.a Identificar opções /

projectos para promover

alternativas de sustento para

comunidades pesqueiras,

incluindo alternativas

relacionadas com o turismo

marinho (Vide 2.1 acima)

Identificadas Pelo menos

opções para projectos de

apoio em meios de

subsistência alternativos para

os moradores

desenvolvidas opções de

forma colaborativa e

delineadas pelo menos duas

propostas de apoio

Os moradores da área

do TBT beneficiam-

se equitativamente do

turismo marinho e

têm uma maior

compreensão da

importância da gestão

ambiental para o

sector

Liderança: DPTUR

Colaboração: Bitonga

Divers, FOPROI, CCP,

CMCI, ESHTI

Ano 2 em

curso

2.7.b. Apoiar oportunidades de

capacitação de moradores

locais para o trabalho no sector

de turismo marinho

Pelo menos duas acções de

formação implementadas

anualmente para os

moradores locais sobre

actividades relacionadas com

o turismo marinho

A formação tem de estar

relacionada com iniciativas

existentes tais como o

Liderança: DPTUR,

Colaboração: Bitonga

Divers, FOPROI, CCP,

CMCI, ESHTI

Alta

Page 46: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

38

Acção Passos Indicador Medida de

desempenho

Responsabilidade Prioridad

e até

projecto de ecoturismo STEP

gerido pelo Escritório

Regional do MITUR e pelo

projecto de turismo do Banco

Mundial a operar na área

Objectivo 3: Proteger recifes sensíveis importantes e ecossistemas marinhos

3.1. Melhorar o

conhecimento e

compreensão sobre os

ambientes marinhos e

costeiros e seu uso

3.1.a. Pesquisa especifica de modo a

entender o funcionamento e uso

do ambiente marinho e costeiro e

dos recursos (vide 2.4 acima).

Segundo os indicadores em 2.4

acima

Vide 2.4 acima Liderança: UEM, FMM

Colaboração: ESHTI,

EotH, AOA, Bitonga

Divers, AMAR,

AHTPI, FOPROI

Ano 2 em

curso

3.2. Procurar opções para

a protecção formal

dos ambientes

marinhos e costeiros

da área de TBT e da

região no seu todo

com base em

resultados do projecto

COAST & das

propostas e iniciativas

(i.e. Ocean

Revolution)

3.2.a. Determinar o valor da área e a

necessidade de protecção. Inclui

uma pesquisa socioeconómica

para determinar o valor dos

recursos para a subsistência local

e identificar opções com vista a

reduzir a dependência dos

recursos naturais marinhos.

Analizada e concluida a

cadeia de valores do uso dos

recursos marinhos, incluindo

valores de uso directo,

indirecto e outros da área

marinha e da Baia de

Inhambane

A análise delineia opções

adequadas para uso e

protecção

Os resultados da análise e

opções de uso sustentável são

compartilhados com as

autoridades relevantes

Maior compreensão

do valor dos recursos

marinhos e costeiros

e decisores

informados sobre o

uso e as opções de

gestão.

Utilização mais

sustentável e gestão

local eficaz dos

recursos marítimos

por grupos de

utilizadores.

Maior protecção dos

ecossistemas

marinhos essenciais,

processos e espécies

que sustentam a

UEM, ESHTI, Ocean

Revolution, MMF,

Eyes on the Horizon,

All Out Africa, Bitonga

Divers, AMAR,

MICOA, UNESCO

(Património Marítimo

Mundial), CCP

Ano 2 em

curso

3.2.b. Determinar opções para o

estabelecimento de áreas

marinhas geridas localmente

dentro de uma rede mais ampla

das áreas marinhas geridas para a

Conduzido Pelo menos um

processo participativo entre

os moradores, utilizadores,

pesquisadores e outros

interessados e decisores nos

UEM, CCP, DPP,

Ocean Revolution,

Bitonga Divers, MMF,

AMAR, MICOA,

UNESCO (Património

Ano 3 em

curso

Page 47: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

39

Acção Passos Indicador Medida de

desempenho

Responsabilidade Prioridad

e até

região próximos dois anos de modo

a delinear opções para a

protecção de áreas marinhas e

estabelecer etapas para a sua

realização

economia local e a

subsistência da área

do TBT e outras

áreas.

Marítimo Mundial)

3.2.c. Delinear um processo com um

plano de trabalho claro para

avançar para a protecção da área

marinha no contexto regional

mais amplo, que inclui o

arquipélago de Bazaruto e

culmina dentro da rede nacional

da área Marinha Protegida de

Moçambique

Acordado um plano de

trabalho, de 2014 - 2019

através de um processo

colaborativo com as partes

interessadas, para projectar e

desenvolver a protecção

marinha para a área do TBT

Liderança: MICOA,

DPP

Colaboração: UEM,

CCP, Ocean

Revolution, Bitonga

Divers, MMF, AMAR,

UNESCO (Património

Marítimo Mundial),

WWF

Ano 2 em

curso

3.3. Identificar opções

para iniciativas de

conformidade

voluntária para grupos

de utentes para

reduzir a pressão

sobre os ecossistemas

marinhos

3.3.a. Promover o cumprimento dos

códigos de conduta de recreação

marinha através da sensibilização

e gestão colaborativa (vide 1.2 e

1.3 acima)

Indicadores de acordo com

1.2 e 1.3 acima

Vide 1.2 e 1.3 acima Liderança: AMAR

Colaboradores:

operadores turísticos e

de mergulho, Hotéis &

estâncias turísticas,

AHTPI, ESHTI, MMF,

EotH, AOA, FOPROI

Ano 1 em

curso

3.3.b. Colaborar com grupos de

utilizadores para identificar

oportunidades para a gestão local

dos recursos marinhos com base

nas melhores práticas disponíveis

Indicadores nos termos de

3.2b acima

Liderança: CCP, DPP

Colaboradores: Ocean

Revolution, Bitonga

Divers

Ano 2 em

curso

3.3.c. Desenvolver opções de rotulagem

verde ou de eco-certificação para

promover recreação marinha

sustentável, tal como uma

Desenvolver e promover uma

iniciativa de frutos do mar

(seafood initiative)

sustentável entre restaurantes

Liderança: AMAR

Colaboradores: Hotéis

& estâncias turísticas,

AHTPI, ESHTI, MMF,

Ano 3 em

curso

Page 48: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

40

Acção Passos Indicador Medida de

desempenho

Responsabilidade Prioridad

e até

iniciativa sustentável de frutos do

mar (seafood)

Este deve considerar as

metodologias das constatações do

Projecto COAST EMS/TEST que

destacaram os desafios de

trabalhar com hoteis/lodges de

pequeno e médio tamanho.

e hotéis para reduzir a pressão

sobre os recifes e outros

recursos marinhos sensíveis

Desenvolver pelo menos uma

iniciativa de eco-certificação

para o turismo costeiro e

marinho

EotH, AOA, FOPROI

Objectivo 4: Promover práticas de turismo marinho sustentável para o benefício de todos os intervenientes

4.1. Reduzir os conflitos

entre os diferentes

grupos de utilizadores

4.1.a. Identificar práticas de recreação

apropriadas e áreas específicas

(zoneamento) para reduzir os

conflitos entre os utentes

Estabelecer um mecanismo de

gestão de conflitos (Comité

de multi-Intervenientes) até

Janeiro de 2015, para resolver

conflitos sobre recursos

marinhos e áreas

Conduzir um processo

participativo com grupos de

utilizadores de modo a

identificar recreação

adequada e usos para as áreas

marinhas sensíveis

Estabelecer zoneamento de

áreas marinhas específicas,

como parte da área marinha

gerida localmente e da rede

da área protegida

As zonas marinhas e

costeiras são usadas

de forma sustentável

e geridas de maneira

mais colaborativa

Liderança: MICOA,

DPP

Colaboradores: CCP,

Bitonga Divers, MPD,

DIPTUR, AMAR,

MMF, ESHTI, AOA,

EotH, MMF, UEM

Ano 2 em

curso

Objectivo 5: Melhorar a coordenação e comunicação entre todos os grupos de utentes com vista à uma gestão melhorada da recreação marinha

5.1. Melhorar a

coordenação entre os

5.1.a. Estabelecer um fórum de gestão

da recreação marinha composta

Indicadores nos termos de 2.5 As áreas marinhas e

costeiras são

Liderança: AMAR

Colaboradores:

Ano 1

Page 49: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

41

Acção Passos Indicador Medida de

desempenho

Responsabilidade Prioridad

e até

operadores turísticos

com vista a reduzir a

pressão sobre os

ecossistemas e fauna

marinha

por pessoas interessadas para

promover a gestão melhorada do

turismo marinho na área

e 2.6 acima utilizadas de forma

sustentável e gerida

de forma colaborativa

operadores de

mergulho, hotéis &

estâncias turísticas,

AHTI, Bitonga Divers

5.1.b. Estabelecer um sistema de

coordenação para reduzir o

número de visitantes à recifes (ou

seja, desconcentrar safaris

oceânicas e mergulhos para

garantir menor número de

visitantes de uma só vez)

Indicadores nos termos de 2.5

e 2.6 acima

Liderança:AMAR

Colaboradores:

operadores de

mergulho, hotéis &

estâncias turísticas,

AHTPI, Bitonga

Divers, FMM

Ano 1 em

curso

5.2. Melhorar a consulta

com as comunidades

por parte do governo

sobre questões de

turismo e meio

ambiente

5.2.a. Estabelecer um mecanismo

através do qual as comunidades

possam fornecer informações

regulares ao processo de tomada

de decisão e comunicar

problemas para os decisores.

Vide 2.1, 2.2, 3.2 e 3.3 acima

Organizar pelo menos uma

reunião o MICOA, DPP,

CCPs e outras organizações

comunitárias para acordar no

mecanismo de consulta eficaz

para uma comunicação

regular

As áreas marinhas e

costeiras são

utilizadas de forma

sustentável e gerida

de forma colaborativa

Liderança:

MICOA, DPP, CCP

DPP, DPCA,

Administração

Marítima, Bitonga

Divers

Ano 3 em

curso

Page 50: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

42

7 Conclusão e Recomendações

7.1 Conclusão Geral

O ambiente marinho do Sítio de Demonstração do TBT representa uma área de importâncias global,

ambiental, cultural e económica. Este sítio é habitat de agregações de espécies importantes e

ameaçadas de megafauna (raias, tubarões-baleia, baleias, tartarugas marinhas, etc.) e uma variedade de

outros organismos marinhos e costeiros (vide anexo 4 da lista de espécies marinhas ameaçadas e

vulneráveis). Os ecossistemas complexos e interconectados, os corais de recifes, mangais, sargaços e

as praias arenosas e rochosas, suportam uma gama altamente produtiva de organismos que fornecem

uma base de recursos essenciais para a economia local na região. A saúde do recife e do ambiente

marinho da zona de TBT está sob pressão resultante de numerosos e diversos impactos humanos,

muitos dos quais associados à indústria turística, que continua a se expandir de forma não

regulamentada e mal planejada.

Os altos níveis de pobreza entre as populações que vivem dentro do Sítio de Demonstração resultam

na dependência directa da maioria dos moradores locais sobre os recursos marinhos para a

subsistência. Os benefícios do turismo marinho ainda não contribuem significativamente para a vida

das comunidades locais, facto que tem dificultado o trabalho de consciencialização sobre o valor do

uso sustentável dos recursos e protecção dos ecossistemas. A relação entre as práticas de turismo

insustentável, excesso de utilização e métodos destrutivos no uso dos recursos naturais, a falta de

gestão e de execução, e a baixa consciência sobre o valor do ambiente marinho estão a provocar um

declínio acentuado na integridade e produtividade da base de recursos naturais. Este declínio é

claramente evidente e está a criar um impacto negativo no sector do turismo e, mais

significativamente, no bem-estar social e económico das comunidades costeiras, no Sítio de

Demonstração e nas áreas circunvizinhas.

Existe um bom potencial para melhorar a gestão da área através de uma maior cooperação e

colaboração entre grupos de utentes, decisores, pesquisadores, ONGs e organizações comunitárias.

Esta colaboração pode contribuir para ultrapassar a actual falta de recursos técnicos e financeiros

enfrentada pelas autoridades. Ademais, a colaboração contribuiria para a transformação do actual

cenário dos grupos de utentes caracterizado por conflitos, concorrência e interesses individuais para

um cenário em que todas as partes intervenientes trabalham em conjunto para garantir um ambiente

saudável, que continua a apoiar uma economia sustentável a longo prazo. Para alcançar este objectivo,

especialmente no sector de turismo marinho, é necessário que as partes intervenientes empreendam

mais esforço para garantir que a gestão das suas actividades seja melhorada.

7.2 Desafios

Os principais desafios na implementação das acções delineadas neste documento têm a ver com a

capacidade institucional, disponibilidade de recursos e colaboração e coordenação dos intervenientes.

A continuação e extensão da colaboração dos intervenientes no âmbito da DSMC/DSMC ou a criação

futura de um forum similar de intervenientes múltiplos que possa guiar e orientar uma gestão

melhorada de turismo marinho é um grande desafio na implementação de acções prioritárias. As

sugestões são dadas nos Parágrafos 2.5 e 2.6 da Tabela 3 para o quadro de reforço institucional. O

presente desafio tem de ser considerado como sendo um assunto urgente na implementação do

Page 51: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

43

presente documento. Outros intervenientes devem ser envolvidos na discussão sobre o turismo

marinho sustentável, incluindo os habitantes locais e os grupos utentes (pescadores e aldeões) bem

como grupos de pesquisa adicionais, entidades do sector privado e autoridades governamentais tais

como as Pescas e autoridades do Plano e Desenvolvimento. A disponibilidade de recursos se configura

importante na implementação das acções prioritárias – tanto em termos de recursos financeiros assim

como em termos de recursos humanos e capacidades. As acções descritas na Tabela 3 precisam de ser

orçamentadas e ainda planificadas como actividades do projecto e o financiamento identificado para a

implementação. Serão também necessários Recursos humanos e capacidade para a gestão e monitoria

da implementação. Os desafios relacionados com a colaboração e coordenação dos intervenientes

precisam de ser reforçados na área do TBT por todos os actores. Se for implementado, as opções

sugeridas para o reforço do quadro institucional será capaz de abordar este aspecto, contudo, ainda

haverá necessidade de esforços adicionais para assegurar que há colaboração e garantir que haja

envolvimento dos intervenientes de modo a se ter um turismo marinho responsável.

7.3 Riscos

Alguns dos maiores riscos na implementação das acções descritas no âmbito do presente documento

tem a ver com os desafios acima mencionados e têm a ver com vontade política permanente e recursos

para implementar actividades prioritárias, colaboração dos intervenientes, protocolos adequados

seguros e de segurança e a saúde dos ecosistemas marinhos. A falta de vontade política para sustentar

os esforços em curso para melhorar a gestão do turismo marinho dificultará a implementação das

acções prioritárias e vai pôr em risco a possibilidade de se obter um apoio financeiro para o Plano de

Implementação. Uma falta de colaboração entre todos os intervenientes e a continuação do sector de

turismo tal como se apresenta, representa um risco à saúde do meio marinho. A falta de engajamento

na implementação das actividades prioritárias por parte dos Pescadores e aldeões representa mais

riscos para o sucesso dos esforços de gestão. Outros aspectos que representam risco para o sector do

turismo marinho e para o sector de turismo como um todo, incluem a ausência de protocolos seguros e

de segurança para reger as actividades de recreação marinha. A falta de um desenvolvimento de

turismo responsável bem como a degradação em curso do meio ambiente marinho e a sobre-

exploração de recursos marinhos e costeiros. Dada a dependência do sector do turismo em áreas

marinhas e costeiras saudáveis e a presença da megafauna e de outras espécies carismáticas que

atraem visitantes, a degradação ou o desaparecimento das mesmas representa um risco ao sector de

turismo no seu todo. Os outros aspectos que podem afectar a economia do turismo local na área do

TBT incluem distúrbios civis, desastres naturais e actividades extrativas conflituosas que influenciem

negativamente a base de recursos naturais através da degradação ou poluição (i.e. garimpo e extracção

mineira).

7.4 Período

O periodo de implementação das acções esboçadas no presente documento é de 5 anos, que

compreende meados de 2014 e meados de 2019. A medida que decorre a monitoria e alinhamento dos

conteúdos do documento pode-se afigurar importante, de acordo com os assuntos emergentes, que

aspectos atinentes a alteração do quadro legal e institucional (i.e. implementação da Estratégia de

Turismo e do Plano de Acção) e oportunidades sejam oportunamente revistos e as acções

ecomendadas incorporadas de modo a manter o conteúdo do documento relevante.

Page 52: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

44

7.5 Recomendações

Os resultados apresentados no presente documento dão alguma luz sobre as ameaças, prioridades e

oportunidades inerentes ao sector do turismo marinho no Sítio de Demonstração do TBT. Embora

aspectos concernentes à gestão das pescas e turismo terrestre estejam fora do âmbito do presente

Plano, ambos estão ligados à saúde do meio ambiente marinho. Havendo a importância de se adoptar

uma abordagem holística dos ecosistemas marinhos para reger o meio ambiente marinho, que

reconheça as interligações entre os diferentes ecosistemas marinhos e espécies e as ameaças que os

afectam, o Plano de Implementação acima apresentado inclui algumas acções urgentes para abordar os

impactos terrestres e pesqueiros. Fica claro há pertinência e necessidade de uma acção urgente e

selectiva conjunta entre todos os sectores e grupos de usuários de modo a prevenir mais degradação da

base dos recursos costeiros e marinhos e para melhorar a sustentabilidade das actividades dentro do

Sítio de Demonstração. Há uma necessidade urgente de um forum para uma gestão melhorada do

turismo marinho (e do turismo em geral) para conduzir a implementação de acções prioritárias no

Plano de Implementação. O presente documento apoia a gestão melhorada do turismo marinho de

modo a beneficiar os grupos usuários, reduzir conflitos e apoiar um desenvolvimento sustentável da

economia local.

Para além das recomendções incorporadas dentro do Plano de Implementação do presente documento,

esta afigura-se a melhor oportunidade para o melhoramento da área do TBT e para analisar a

oportunidade de expandir a protecção da área dentro de uma plataforma de governação ampla. A

experiência mostra que a abordagem mais efectiva no contexto actual seria a criação das AMGL

(LMMAs) que são desenvolvidas através de um processos altamente participativo com o

envolvimento dos habitantes das áreas costeiras e outros utentes e são fundamentadas numa

abordagem de gestão baseada no ecosistema que reconheça a importância da gestão pelos usuários

locais e que proteja as interligações importantes e os processos entre os ecosistemas marinhos

costeiros sensíveis. A Incorporação destas áreas marinhas geridas localmente ou AMGLs dentro do

sistema nacional das áreas marinhas geridas poderia melhorar significativamente o perfil turístico da

área bem como o apoio à área para uma gestão melhorada.

Algumas opções que podiam ser pesquisadas como ferramentas para a gestão marinha da área

imediata do TBT foram sugeridas pela Ocean Revolution (2011) e incluem:

Zona de Interesse Turístico: em que a área terrestre (para além das AMGL) é declarada como

sendo uma Zona de Interesse Turístico para permitir a elaboração de um plano de zoneamento

espacial.

O Sítio do Ramsar: É óbvio que a Baía de Inhambane é um sítio de valor significativo e revela-se

elegível para concorrer para a demarcação de um Sítio do Ramsar. Esta designação podia

propiciar ao desenvolvimento de um plano espacial para equilibrar o uso dos recursos com a

protecção de importantes áreas sensíveis e espécies.

A Terceira opção é o potencial da área para ser incorporada dentro das áreas marítimas de

Patrimônio Mundial, o que representa uma grande oportunidade. A área já foi identificada como

tendo valor suficiente para ser uma área regional marítima de Patrimônio Mundial. A protecção do

amplo contexto costeiro e marinho através do desenvolvimento de áreas marinhas geridas dentro do

Sítio de Demonstração que estejam congregadas na rede nacional e regional de áreas marinhas geridas

podiam chegar ao ponto de garantir a produtividade e saúde a longo termo do meio ambiente marinho

e costeiro.

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45

A protecção e o uso sustentável dos ecosistemas marinhos e costeiros, processos e espécies no TBT

são de importância fulcral para o futuro da economia da área. A protecção da base dos recursos através

de uma planificação, governação e uso sustentável fortes devia ser prioridade número um para garantir

benefícios permanentes ao país e para a região como um todo.

7.6 Futuro do Documento Versão 1

O presente document, Versão 1, deve ser reconhecido como sendo um documento de trabalho em

progresso. Para além da M&E em curso sobre as acções esboçadas no Plano de Implementação,

propõe-se que o presente documento seja revisto de uma forma alargada após cinco anos de modo que

novos dados, informação, estatísticas, etc. sejam incorporados. A revisão da presente Versão 1 deverá

ser feita pela Entidade de Gestão que tomará a responsabilidade para dar continuidade às actividades

que possam emergir do Projecto COAST na sequência do fecho do projecto em Junho de 2014.

Page 54: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

46

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Page 56: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

48

Anexo 1: Lista do DSMC e Membros da Equipa Técnica (Tech) Membros da equipe do DSMC

Títul

o

Nome Organização Tipo Contacto

Sr. JuliaoMachava Direcção Provincial Para Coordenação da

Acção Ambiental (DPCA)

Governo +258 824506740

Sr. Marcos Trerup Associação de Limpeza e do Meio

Ambiente (ALMA)

Privado +258 843060970

Sr. RaufoUsta Fórum Provincial das ONGs de Inhambane

FOPROI)

ONG

Sr. Jose da Cunha Associação de Hotelaria e Turismo de

Inhambane (AHTI)

Privado

Sr. Ernesto

Macaringue

Escola Superior de Hotelaria e Turismo

(ESHTI)

Governo +258 848494343

Sr. Casimiro José Conselho Municipal da Cidade de

Inhambane (CMCI)

Governo +258 824288890

Sr. Vasco Miguel

Pascoal

Administração Marítima (ADMAR) Governo +258 824923110

Sr. Sinde Direcção Provincial de Pescas (DPP) Governo +258 849224943

Sr. Songane Associação Comunitária dos Pescadores

do Tofo

Privado +258 842180401

Sr. Gabriel Marime Bitonga Divers Privado +258 840357719

Srª. Karin

Allogoewer

Sociedade Alemã de Cooperação

Internacional (GIZ)

Privado

Sr. Augusto Issae Congma Privado

Sr. Avelino David Associação Wonelela Privado +258 828125675

Sr. Ricardo Filipe Conselho Comunitário de Pescas (CCP) OBC +258 823893840

Membros da equipa Técnica

Organização Tipo

Ministério para Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) Governo

Fórum Provincial das ONGs de Inhambane FOPROI) ONG

Associação de Hotelaria e Turismo de Inhambane (AHTI) Privado

Escola Superior de Hotelaria e Turismo (ESHTI) Governo

Administração Marítima (ADMAR) Governo

Direcção Provincial de Pescas (DPP) Governo

Bitonga Divers ONG

Marine Megafauna Foundation (MMF) Pesquisa

Associação dos Mergulhadores (AMAR) Privado

Conselho Comunitário de Pescas (CCP) OBC

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49

Anexo 2: Lista de Actores Intervenientes Consultados Título Nome Apelido Função da COAST Endereço da Instituição

DPC/FPC de Moçambique

Sr Alexandrea Magno Ponto Focal do

Turismo

Direcção Provincial de Turismo de

Inhambane-Moçambique

Sra Cidália Mahumane Ponto Focal do Turismo

Ministério do Turismo – Direcção Provincial das Áreas de Conservação,

Moçambique

Sr Lúzio Nhavene DPC Direcção Provincial de Turismo de

Inhambane-Moçambique

Sra Ester Munyithia VSO Direcção Provincial de Turismo de

Inhambane-Moçambique

Equipa Técnica Moçambicana

Sr Juliao Machava Direcção Provincial Para Coordenação da Acção Ambiental (Dept. Do

Ambiente)

Sr Vasco

Miguel

Pascoal Administração Marítima (ADMAR)

Sr Sinai Macuacua Direcção Provincial de Pescas (DPP)

Sr Augusto Songane Associação Comunitária dos Pescadores do Tofo (CCP)

Sr Carlos Macuacua Bitonga Divers

Sr Ernesto Macaringue Escola Superior de Hotelaria e Turismo

(Tourism College) (ESHTI)

Sra Natalie Nordin Tourism Association/Dinos Bar

Sra Libby Bowles Marine Megafauna (MMF)

Equipa do DSMC

Sr Juliao Machava Direcção Provincial Para Coordenação

da Acção Ambiental (DPCA)

Sr Carlos Macuacua Bitonga Divers (BD)

Sra Raquel Maliquela Associação de Limpeza e do Meio

Ambiente (ALMA)

Sr Raufo Usta Associação de Turismo (APHTI)

Sr Ernesto Macaringue Escola Superior de Hotelaria e Turismo

(ESHTI)

Sr Lulu dos Santos Conselho Municipal da Cidade de Inhambane (CMCI)

Sr Vasco Miguel

Pascoal Administração Marítima (ADMAR)

Sr . Sinai

Ricardo

Macuácua Direcção Provincial de Pescas (DPP)

Sr Augusto Songane Associação Comunitária dos Pescadores

do Tofo (CCP)

Sr . Luis Cuamba Comite de Co-gestao (CCRNT)

Sr Avelino David Associação Wonelela

Sr Afonso Mapasse Instituto de Investigacao Pesq. (IIPI)

Sr Elisio Panzambila Direccao Provincial do Tourism

(DPTURI)

Sra Natalie Nordin Tourism Association/Dinos Bar

Sra Leigh Davis Farol da Barra

sr Frank Weetjens Associação dos Mergulhadores Activos

para os Recursos Marinhos (AMAR)

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50

Membros Adicionais do DSMC que Participaram nas reuniões

sr Marcos Trerup Associação de Limpeza e do Meio

ambiente (ALMA)

Sr José da Cunha Associação de Hotelaria e Turismo de

Inhambane (APHTI)

Sr Casimiro José Conselho Municipal da Cidade de

Inhambane

Sr Ricardo Filipe Conselho Comunitário de Pescas

Sr Karin Angoewer Sociedade Alemã de Cooperação

Internacional

Sr Augusto Issae Congma

Operadores de Mergulho de Moçambique

Sr Alain Dinis Mergulhador Tofo Scuba

Sr John Pears Mergulhador Tofo Scuba

Sr Marcell Claassen Mergulhador Tofo Scuba

Sra Tibea Hamman Mergulhador Tofo Scuba

Sr Patrick Little Gestor de projecto GIZ/Change Management Agency

Sr Donovan Parker Mergulhador Barra lodge

Sr Matthew Eglinton Mergulhador WEBB

Sra Nadia Rifaat Mergulhador Liquid Adventures

Sra Cindy Acutt Proprietário Liquid Adventures

Sra Linda Viljoen Mergulhador Liquid Adventures

Sr Paul Acutt Proprietário Liquid Adventures

Sr Steve Thorley Mergulhador Diversity Scuba

Sr Russel Walster Mergulhador Barra Reef Divers

Sr Tim Dykman Co-Director Ocean Revolution

Sr Steve Counsel Co-proprietário Peri-Peri Divers

Outros - Moçambique

Dr. Andrea Marshal Cientista Sénior de Pesquisa de Manta

Raia

Marine Megafauna (MMF)

Sra Libby Bowles Pesquisadora Marine Megafauna (MMF)

Dr. Fabrice Jaine Cientista Sénior Marine Megafauna (MMF)

Mr. Daniel van Duinkerken Pesquisador Marine Megafauna (MMF)

Sra Kudzi Guicome Directora Bitonga Divers

Sra Katie Reeve-Arnold Directora de Pesquisa

Marítima

All Out Africa

Sra Hannah Darrin Assessor Técnico Eyes on the Horizon

Sr Gabriel Marime Assistente de

Projecto

EcoAfrica

Sra Manuela

Elisa

Amone Pesquisador Universidade Eduardo Mondlane

Prof. Salmo Bandera Professor Universidade Eduardo Mondlane

Sra Halima Taju Pesquisador Universidade Eduardo Mondlane

Sra Damboia Cossa Pesquisador Universidade Eduardo Mondlane

Sr Aubrey Kloppers Proprietário de um

Lodge

Barra Lake and Sea

Ms Danielle Cook Operador Turístico Walk on Water

Sr Freddie Du Plessis Proprietário White Sands

Page 59: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

51

Anexo 3: Lista de Espécies Ameaçadas e Vulneráveis1

Nome científico Nome comum Classificação da IUCN

Tubarões e Raias

Pristis pristis Peixe serra Comum Altamente Ameaçada

Pristis zijsron Peixe Serra Longcomb Altamente Ameaçada

Aetomylaeus vespertilio Raia Eléctrica Ornado Ameaçada

Holohalaelurus favus Honeycomb Izak Ameaçada

Holohalaelurus punctatus Pata-roxas africano manchado (African Spotted Catshark)

Ameaçada

Rostroraja alba White Skate Ameaçada

Sphyrna lewini Scalloped Hammerhead Ameaçada

Sphyrna mokarran Great Hammerhead Ameaçada

Aetomylaeus nichofii Banded Eagle Ray Vulnerável

Alopias pelagicus Pelagic Thresher Shark Vulnerável

Alopias superciliosus Bigeye Thresher Shark Vulnerável

Alopias vulpinus Common Thresher Shark Vulnerável

Carcharhinus longimanus Oceanic Whitetip Shark Vulnerável

Carcharhinus obscurus Dusky Shark Vulnerávelvulnerável

Carcharhinus plumbeus Sandbar Shark Vulnerável

Carcharias taurus Spotted Ragged-Tooth Shark Vulnerável

Carcharodon carcharias Great White Shark Vulnerável

Centrophorus granulosus Gulper Shark Vulnerável

Centrophorus lusitanicus Lowfin Gulper Shark Vulnerável

Centrophorus squamosus Leafscale Gulper Shark Vulnerável

Galeorhinus galeus Tope Shark Vulnerável

Hemipristis elongata Snaggletooth Shark Vulnerável

Heteronarce garmani Natal Electric Ray Vulnerável

Himantura gerrardi Whitespotted Whipray Vulnerável

Himantura uarnak Reticulate Whipray Vulnerável

Isurus oxyrinchus Shortfin Mako Shark Vulnerável

Manta alfredi Reef Manta Ray Vulnerável

Manta birostris Giant Manta Ray Vulnerável

Nebrius ferrugineus Tawny Nurse Shark Vulnerável

Negaprion acutidens Sicklefin Lemon Shark Vulnerável

Rhina ancylostoma Bowmouth Guitarfish Vulnerável

Rhincodon typus Whale Shark Vulnerável

Rhinoptera javanica Cownose Ray Vulnerável

Rhynchobatus djiddensis Giant Guitarfish Vulnerável

Sphyrna zygaena Smooth Hammerhead Vulnerável

Stegostoma fasciatum Leopard Shark Vulnerável

Taeniurops meyeni Blotched Fantail Ray Vulnerável

Peixe Ósseo

Latimeria chalumnae Coelacanth Altamente Ameaçada

Cheilinus undulatus Humphead Wrasse Ameaçada

Epinephelus marginatus Dusky Grouper Ameaçada

Liza luciae St. Lucia Mullet Ameaçada

Bolbometopon muricatum Green Humphead Parrotfish Vulnerável

Cromileptes altivelis Humpback Grouper Vulnerável

Epinephelus albomarginatus White-Edged Grouper Vulnerável

Epinephelus lanceolatus Brindle Bass Vulnerável

Hippocampus histrix Thorny Seahorse Vulnerável

Hippocampus kuda Spotted Seahorse Vulnerável

Makaira nigricans Blue marlin Vulnerável

Page 60: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

52

Plectropomus areolatu Square-tail coral grouper Vulnerável

Plectropomus laevis Blacksaddled Coral Grouper Vulnerável

Tartarugas

Dermochelys coriacea Leatherback Turtle Altamente Ameaçada

Eretmochelys imbricata Hawksbill Turtle Altamente Ameaçada

Caretta caretta Loggerhead Turtle Ameaçada

Chelonia Mydas Green Turtle Ameaçada

Lepidochelys olivacea Olive Ridley Turtle Vulnerável

Mammals

Balaenoptera musculus Blue Whale Ameaçada

Balaenoptera physalus Fin Whale Ameaçada

Dugong dugon Dugong Vulnerável

Physeter macrocephalus Sperm Whale Vulnerável

Espécies Moçambicanas Protegidas não classificadas como ameaçada pelo Livro Vermelho da IUCN

Hippocampus camelopardalis Giraffe Seahorse Insuficiência de Dados

Hippocampus borboniensis Reunion Seahorse Insuficiência de Dados

Tridacna squamosa Giant Clam Menos Preocupante

Charonia tritonis Trumpet Triton Não Avaliado

Cassis cornuta Horned Helmet Não Avaliado

Petrus rupestris Red Steenbras Não Avaliado

Polysteganus undulosus Seventy-Four Seabream Não Avaliado

Megaptera novaeangliae Humpback Whale Menos Preocupante

Ephinephelus tukula Potato Grouper Menos Preocupante

Tridacna maxima Small Giant Clam Menos Preocupante

Eubalaena australis Southern Right Whale Menos Preocupante

Page 61: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

53

Anexo 4: Pesquisa em Curso no Sítio de Demonstração

Espécies/E

cosistema

Alvos

pesquisad

or

Detalhes Data Utilidade da informação Detalhes da Partilha

dos resultados com as

autridades

Parceiro de

Financiamento

Ajuda Local

Ervas marinhas

UEM –

Manuela Amone

Identificação de

espécies de ervas marinhas na Baía

de Inhambane,

distribuição &

extenção

2012-

2013

Grau de Mestrado Apresentação feita ao

grupo local multi-sectorial do governo

Revolução Oceânica

(Ocean Revolution), Projecto COAST

Bitonga

Divers

Mangais UEM –

Salamo

Bandeira

Mapeamento de

Mangais na Baía

de Inhambane

2013 Publicações

Raias

Manta

Fundação

Marinha

Megafauna

http://www.mar

inemegafauna.org/research/ma

nta-ray-

ecology/

2003 - Relatórios do Governo,

trabalhos de defesa de

estudantes, publicações com

revisões prévias, gestão de

recomendações, actas de

conferências

MeE desenvolvidos com

a BANP, Relatórios sobre

pescas constantemente

preparados para o

MICOA e os pontos

focais dos CMS/CITES para conferências

internacionais

Fundação Salve os

Nossos Mares (Save

Our Seas

Foundation),

Fundaçao Dobberke,

Fundação Lucie Bergers, National

Geographic, Projecto

Revolução Oceânica,

AWARE, Idea Wild,

Privados, Doadores

Casa Barry

Lodge, Peri

Peri Divers,

Pestana

Resort, Big

Blue, Vilanculos

Beach Lodge,

AMAR,

Bitonga

Divers

Unidade

de

Investigad

ores

Marítimos

AOA

Numerous, fotos,

localização

2008 - Dados adicionados à base de

dados e disponíveis para

pesquisadores baseados

localmente

Publicações planificadas

para o future. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Olhos no Horizonte

Constatações: Números, sexo,

fotos,

localização;

colheita ilegal

Informação recolhida é levada de volta aos decisores e actores

intervenientes para sensibilizar

sobre o que está a acontecer nas

zonas costeiras e oceanos

Via publicações periódicas,

apresentações, e

interação directa

LM Radio, DHL, Executive Logistics,

Kangela Cellular,

Libelular, Apex

Shark Expeditions

Visitants, actores

intervenientes,

grupos de

utentes

Page 62: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

54

Tubarões

baleia

Marine

Megafauna

Foundation

http://www.marin

emegafauna.org/r

esearch/whale-shark-ecology/

2005 - Relatórios do Governo,

trabalhos de defesa de

estudantes, publicações com revisões prévias, gestão de

recomendações, actas de

conferências

MeE desenvolvidos com

a BANP, Relatórios

sobre pescas constantemente

preparados para o

MICOA e os pontos

focais dos CMS/CITES

para conferências

internacionais

Shark Foundation,

PADI Foundation,

National Aquarium UK, Norcross,

Projecto AWARE,

Revolução Oceânica

(Ocean Revolution)

, Private Donors

Casa Barry

Lodge, Peri

Peri Divers, Pestana

Resort, Big

Blue,

Vilanculos

Beach Lodge,

AMAR,

Bitonga

Divers

Unidade de

Pesquisa

Marítima

AOA

Numerous, fotos,

amostras

biológicas

2008 - Dados adicionados à base de

dados e disponíveis para

pesquisadores baseados

localmente

Publicações planificadas

para o future. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Olhos no

Horizonte

Constatações:

Números, sexo,

fotos tipo passé,

localização;

colheita ilegal

Informação recolhida é levada

de volta aos decisores e

actores intervenientes para

sensibilizar sobre o que está a

acontecer nas zonas costeiras

e oceanos

Via publicações

periódicas,

apresentações, e

interação directa

LM Radio, DHL,

Executive Logistics,

Kangela Cellular,

Libelular, Apex

Shark Expeditions

Visitants,

actores

intervenientes,

grupos de

utentes

Tartarugas

Marinhas

Fundação

Marinha

Megafauna

(Marine

Megafauna Foundation)

http://www.marin

emegafauna.org/r

esearch/sea-

turtles/

2008 - Relatórios do Governo,

trabalhos de defesa de

estudantes, publicações com

revisões prévias, gestão de

recomendações, actas de conferências

MeE desenvolvidos com

a BANP, Relatórios

sobre pescas

constantemente

preparados para o MICOA e os pontos

focais dos CMS/CITES

para conferências

internacionais

Rufford Small Grants Casa Barry

Lodge, Peri

Peri Divers,

Pestana

Resort, Big Blue,

Vilanculos

Beach Lodge,

AMAR,

Bitonga

Divers

Unidade de

Pesquisa

Marítima

AOA

Numerous, fotos

tipo passé,

localização

2008 - Dados adicionados à base de

dados e disponíveis para

pesquisadores baseados

localmente

Publicações planificadas

para o futuro. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

Page 63: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

55

pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Unidade de

Pesquisa

Marítima

AOA

Numerous, fotos,

amostras

biológicas

2008 - Dados adicionados à base de

dados e disponíveis para

pesquisadores baseados

localmente

Publicações planificadas

para o future. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Olhos no

Horizonte

(EotH)

Constatações:

Números, sexo,

fotos tipo passé,

localização; colheita ilegal

Informação recolhida é levada

de volta aos decisores e

actores intervenientes para

sensibilizar sobre o que está a acontecer nas zonas costeiras

e oceanos

Via publicações

periódicas,

apresentações, e

interação directa

LM Radio, DHL,

Executive Logistics,

Kangela Cellular,

Libelular, Apex Shark Expeditions

Visitants,

actores

intervenientes,

grupos de utentes

Tartarugas

Marinhas

Fundação

Marinha

Megafauna

(Marine

Megafauna

Foundation)

http://www.marin

emegafauna.org/r

esearch/sea-

turtles/

2008 - Relatórios do Governo,

trabalhos de defesa de

estudantes, publicações com

revisões prévias, gestão de

recomendações, actas de

conferências

MeE desenvolvidos com

a BANP, Relatórios

sobre pescas

constantemente

preparados para o

MICOA e os pontos

focais dos CMS/CITES

para conferências

internacionais

Rufford Small Grants Casa Barry

Lodge, Peri

Peri Divers,

Pestana

Resort, Big

Blue,

Vilanculos

Beach Lodge,

AMAR,

Bitonga Divers

Unidade de

Pesquisa

Marítima

AOA

Numerous, fotos

tipo passé,

localização

2008 - Dados adicionados à base de

dados e disponíveis para

pesquisadores baseados

localmente

Publicações planificadas

para o futuro. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Olhos no

Horizonte

Constatações:

Números, sexo,

fotos tipo passé,

localização;

Recolha illegal,

Informação recolhida é levada

de volta aos decisores e

actores intervenientes para

sensibilizar sobre o que está a

acontecer nas zonas costeiras

Via publicações

periódicas,

apresentações, e

interação directa

LM Radio, DHL,

Executive Logistics,

Kangela Cellular,

Libelular, Apex

Shark Expeditions

Visitants,

actores

intervenientes,

grupos utentes

Page 64: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

56

mortalidade

e oceanos

Tubarão e

Raias

Ameaçadas

Fundação

Marítima

Megafauna

(arine

Megafauna

Foundation)

http://www.marin

emegafauna.org/r

esearch/shark-

rays/

2006 - Relatórios do Governo,

trabalhos de defesa de

estudantes, publicações com

revisões prévias, gestão de

recomendações, actas de

conferências

MeE desenvolvidos com

a BANP, Relatórios

sobre pescas

constantemente

preparados para o

MICOA e os pontos

focais dos CMS/CITES

para conferências

internacionais

Casa Barry

Lodge, Peri

Peri Divers,

Pestana

Resort, Big

Blue,

Vilanculos

Beach Lodge,

AMAR,

Bitonga

Divers

Olhos no Horizonte

Constataçoes: Números, sexo,

fotos tipo passe,

localização;

recolha illegal,

mortalidade

Informação recolhida é levada de volta aos decisores e

actores intervenientes para

sensibilizar sobre o que está a

acontecer nas zonas costeiras

e oceanos

Via publicações periódicas,

apresentaçoes, e

interacção directa

LM Radio, DHL, Executive Logistics,

Kangela Cellular,

Libelular, Apex

Shark Expeditions

Visitants, actores

intervenientes,

grupos de

utentes

Small Eye

Sting Ray

Unidade de

Pesquisa

Marítima de

AOA

Numeros, fotos

tipo passe,

localização

2011 - Base de Dados desenvolvida e

dados analisados pelos

pesquisadores da AOA

Publicações planificadas

para o futuro. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

pedido mas sem

mecanismos directos de comunicação

Bow

Mouth

Guitar Ray

Unidade de

Pesquisa

Marítima de

AOA

Numeros, fotos

tipo passe,

localização

2011 - Base de Dados desenvolvida

e dados analisados pelos

pesquisadores da AOA

Publicações planificadas

para o futuro. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Tubarão

Leopardo

Unidade de

Pesquisa

Marítima de

AOA

Numeros, fotos

tipo passe,

localização

2011 - Base de Dados desenvolvida

e dados analisados pelos

pesquisadores da AOA

Publicações planificadas

para o futuro. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

pedido mas sem

Page 65: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

57

mecanismos directos de

comunicação

Tubarão

Branco

(Great

White

Shark)

Olhos no

Horizonte

Constataçoes:

Números, sexo,

fotos tipo passe,

localização;

recolha illegal,

mortalidade

Informação recolhida é levada

de volta aos decisores e

actores intervenientes para

sensibilizar sobre o que está a

acontecer nas zonas costeiras

e oceanos

Via publicações

periódicas, e interação

directa

LM Radio, DHL,

Executive Logistics,

Kangela Cellular,

Libelular, Apex

Shark Expeditions

visitantes,

actores

intervenientes,

grupos de

utentes

Dugongos Fundação

Marítima

Megafauna

(Marine

Megafauna

Foundation)

http://www.marin

emegafauna.org/r

esearch/dugongs/

2012 - Relatórios do Governo,

trabalhos de defesa de

estudantes, publicações com

revisões prévias, gestão de

recomendações, actas de

conferências

MeE desenvolvidos com

a BANP, Relatórios

sobre pescas

constantemente

preparados para o

MICOA e os pontos focais dos CMS/CITES

para conferências

internacionais

Fundo para a

Faunabravia em

Ameaça (Endangered

Wildlife Trust)

(South Africa),

WWF, Big Blue

Casa Barry

Lodge, Peri

Peri Divers,

Pestana

Resort, Big

Blue, Vilanculos

Beach Lodge,

AMAR,

Bitonga

Divers

Levantame

nto da

Fauna no

Estuário de

Inhambane

Fundação

Marítima

Megafauna

(Marine

Megafauna

Foundation)/

Underwater Africa

Levantamentos da

Fauna de Estuário

e criaçao de uma

base de dados de

espécies

2012 - Lista de espécies, publicações

revistas

Não estão em curso mas

planificados para o

futuro

Casa Barry

Lodge

Espécies

de

interesse

ou

actividades

ilegais

observadas

no Estuário

Olhos no

Horizonte

Constatações:

Números, sexo,

fotos tipo passe,

localização,

colheita ilegal,

mortalidade

Informação recolhida é levada

de volta aos decisores e

actores intervenientes para

sensibilizar sobre o que está a

acontecer nas zonas costeiras

e oceanos

Via publicações

periódicas,

apresentações, e

interaçao directa

LM Radio, DHL,

Executive Logistics,

Kangela Cellular,

Libelular, Apex

Shark Expeditions

Visitantes,

actores

intervenientes,

grupos utentes

Cavalo

marinhos

Unidade de

Pesquisa

Marítima da

AOA

Monitorar a

diversidade geral

e espécies de

Cavalo marinho

2013 - Colaboração com o Projecto

Cavalo Marinho

Publicações planificadas

para o futuro. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

Page 66: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

58

encontrados,

números

pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Corais de

Recife

Transeção

Marítima da

África

Oriental

(East Africa

Marine

Transect)

Levou a cabo um

levantamento de

linha de base de

vários corais na

área

2012 -

2013

Dados actualmente em

análise, haverá uma fonte

aberta para uso por qualquer

pessoa ou organização

All Out

Africa

(AOA)

Unidade marítima de

Pesquisa

A monitorar 60

espécies de peixe

indicador

2008 - Dados analisados pelos

pesquisadores da AOA.

Colaboração com Tim

McClanahan da Sociedade de Conservação da Fauna Bravia

(WCS) e Transeção da África

Oriental estão em elaboração

Publicações planificadas

para o futuro. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Unidade de

Pesquisa

Marítima da

AOA

Coroa de

Monitoria do

abrigo das

estrelas-do-mar

espinhos (Montior

Crown of thorns

starfish cover)

2013 - Dados analisados pelos

pesquisadores da AOA.

Colaboração com Tim

McClanahan da Sociedade de

Conservação da Fauna Bravia

(WCS) e Transeção da África

Oriental estão em elaboração

Publicações planificadas

para o futuro. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Unidade de

Pesquisa

Marítima da

AOA

Monitorar

descoloaração do

coral e doenças

2013 - Dados analisados pelos

pesquisadores da AOA.

Colaboração com Tim

McClanahan da Sociedade de

Conservação da Fauna Bravia

(WCS) e Transeção da África

Oriental estão em elaboração

Publicações planificadas

para o futuro. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Unidade de

Pesquisa

Marítima da

AOA

Monitorar abrigos

bentónicos

2013 - Dados analisados pelos

pesquisadores da AOA. Colaboração com Tim

McClanahan da Sociedade de

Publicações planificadas

para o futuro. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

Page 67: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

59

Conservação da Fauna Bravia

(WCS) e Transeção da África

Oriental estão em elaboração

pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Plankton Unidade de

Pesquisa

Marítima da

AOA

Rede de aristo a

5m por 5 min

2012 - Parte de uma colaboração

ampla do Oceano Índico com

a Dra Rowena White

Publicações planificadas

para o futuro. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Nudibranc

hs Unidade de

Pesquisa

Marítima da

AOA

Numerous, fotos

tipo passé,

localização,

diversidade de

espécies

2013 - Base de dados elaborada em

colaboração com o

Laboratório Marinho de

Závora

Publicações planificadas

para o futuro. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Golfinhos Unidade de

Pesquisa

Marítima da

AOA

Numerous, fotos

tipo passé,

localização

2011 - Colaboração com a Dolphin

Encountours na Ponta do

Ouro para examiner a

aplicação do Código de

Conduta de acordo com

variações em encontros e

comportamentos

Publicações planificadas

para o futuro. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Olhos no Horizonte

Constatações: Números, sexo,

fotos tipo passé,

localização;

colheita illegal,

mortalidade

Informação recolhida é levada de volta aos decisores e

actores intervenientes para

sensibilizar sobre o que está a

acontecer nas zonas costeiras

e oceanos

Via publicações periódicas,

apresentações, e

interaçao directa

LM Radio, DHL, Executive Logistics,

Kangela Cellular,

Libelular, Apex

Shark Expeditions

Visitantes, actores

intervenientes

e grupos de

utentes

Whales Unidade de Numerous, fotos 2008 - Colaboração com o Publicações planificadas

Page 68: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

60

(boat-

based)

Pesquisa

Marítima da

AOA

tipo passé,

localização,

comportamentos

Laboratório Marítimo de

Závora para elaborar uma

Base de Dados de

Identificação de indivíduos.

Colaboraçao com

pesquisadores mútiplos ao

longo da costa Oriental de

África sobre a migraçao de

baleias. Colaboração de Kym

Collins

para o futuro. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Baleias

(baseados

shore-based)

Unidade de

Pesquisa

Marítima da AOA

Numerous,

comportamentos,

localizações

2008 - Colaboração com o

Laboratório Marítimo de

Závora para elaborar uma Base de Dados de

Identificação de indivíduos.

Colaboraçao com

pesquisadores mútiplos ao

longo da costa Oriental de

África sobre a migraçao de

baleias. Colaboração de Kym

Collins

Publicações planificadas

para o futuro. Resultados

disponíveis para os decisores mediante

pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Baleias Olhos no

Horizonte

Constatações:

Números, sexo,

fotos tipo passé,

localização; colheita illegal,

mortalidade

Informação recolhida é levada

de volta aos decisores e

actores intervenientes para

sensibilizar sobre o que está a acontecer nas zonas costeiras

e oceanos

Publicações periódicas, e

interação directa

LM Radio, DHL,

Executive Logistics,

Kangela Cellular,

Libelular, Apex Shark Expeditions

Visitantes,

actores

intervenientes,

grupos de utentes

Turismo Unidade de

Pesquisa

Marítima da

AOA

Todos os estudos

recolhem dados

sobre turismo

Actualmente não está sendo

usado de modo formal

Publicações planificadas

para o futuro. Resultados

disponíveis para os

decisores mediante

pedido mas sem

mecanismos directos de

comunicação

Auto-financiado

Page 69: PROJECTO DE ACÇÕES CONJUNTAS POR UM TURISMO DA … · negativos do sector do turismo e para optimizar os benefícios às comunidades locais, ao sector privado, ao governo e ao país

61