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PROJECTO DE IMPLANTAÇÃO DE UMA UNIDADE DE FUNDIÇÃO, MAQUINAÇÃO E MANUTENÇÃO INDUSTRIAL Musseque Kabele, Barra do Dande/Bengo Dezembro de 2011

PROJECTO DE MODERNIZAÇÃO, IMPLANTAÇÃO, … · 2012-05-17 · SEAPRO - Grandes Empresas - Indústria, Agroindústria, Comércio e Serviços Módulo de Comentários 1 1 – O PROJECTO

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PROJECTO DE IMPLANTAÇÃO

DE UMA UNIDADE DE FUNDIÇÃO,

MAQUINAÇÃO E MANUTENÇÃO

INDUSTRIAL

Musseque Kabele, Barra do Dande/Bengo

Dezembro de 2011

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SUMÁRIO

1 – O PROJECTO ........................................................................................................... 1

1.1 – CÓDIGO DO PROJECTO ............................................................................................... 1

1.2 – SÍNTESE DO INVESTIMENTO PROGRAMADO ............................................................ 1

1.3 - OBJECTIVOS DO PROJECTO ....................................................................................... 1

2 – A EMPRESA ............................................................................................................. 4

2.1 – INFORMAÇÕES DA PESSOA COLECTIVA ................................................................... 4

2.2 – EXPERIÊNCIA NAS ACTIVIDADES ACTUAIS E PROJECTADAS ................................. 4

3 - ADMINISTRAÇÃO ................................................................................................... 11

3.1 – ORGANIZAÇÃO ........................................................................................................... 11

3.2 – PLANO DE SUCESSÃO ............................................................................................... 12

3.3 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ............................................................................... 13

3.4 – GESTÃO DA QUALIDADE ............................................................................................ 13

4 - MERCADO ............................................................................................................... 19

4.1 – OFERTA DE PRODUTOS E SERVIÇOS ...................................................................... 19

4.2 - DEMANDA E COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO ................................................... 23

4.3 – PRINCIPAIS CLIENTES ............................................................................................... 25

4.4 – VANTAGENS COMPETITIVAS .................................................................................... 25

5 - ENGENHARIA DO PROJECTO ............................................................................... 25

5.1 – LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .................................................................... 25

5.2 – DIMENSÃO DO PROJECTO ........................................................................................ 26

5.3- PROCESSO PRODUTIVO ACTUAL .............................................................................. 26

5.4– PROCESSO PRODUTIVO PROJECTADO ................................................................... 27

5.7 – MÃO-DE-OBRA PROJECTADA ................................................................................... 35

5.8 – ENERGIA ..................................................................................................................... 37

5.9 – ASPECTOS AMBIENTAIS ............................................................................................ 37

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6 – LINHAS ESTRATÉGICAS DESENVOLVIMENTO DA EMPRESA .......................... 38

6.1 – CRIAÇÃO DE VALOR E ACTRATIVIDADE SECTOR ................................................... 38

7 - ANÁLISE SWOT ...................................................................................................... 41

8 – FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTOS DE MATERIAIS E INSUMOS ................ 42

8.1 - PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS E INSUMOS................................. 42

8.2 – CERTIFICAÇÃO DE FORNECEDORES, PRODUTOS E INSUMOS ............................ 43

9 - INVESTIMENTOS .................................................................................................... 43

10- GARANTIAS ........................................................................................................... 44

11 - CONCLUSÕES ...................................................................................................... 44

12 - ASSINATURAS ...................................................................................................... 47

13 - ANEXOS ................................................................................................................ 48

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1 – O PROJECTO

1.1 – CÓDIGO DO PROJECTO

U71.D1Q.583.7UJ.QFW.PRJ

1.2 – SÍNTESE DO INVESTIMENTO PROGRAMADO

FINALIDADE DO FINANCIAMENTO

Implantação de uma unidade de Fundição, Maquinação e Manutenção Industrial

VALORES

ORIGEM VALOR - KZ VALOR - USD

BDA 2.516.700.258,00 25.167.003,00

OUTROS

Recursos Próprios 72.271.327,00 722.713,00,00

TOTAL 2.588.971.585,00 25.889.716,00

1.3 - OBJECTIVOS DO PROJECTO

Pretende-se com o presente projecto de investimento a criação de uma infra-

estrutura tecnológica de base industrial, através da implantação de uma unidade

de fundição, maquinação e manutenção industrial.

Esta iniciativa é a concretização da 1ª fase do programa de implantação de

unidades similares nas províncias de Benguela, do Huambo e da Huíla, no

centro e sul de Angola.

A indústria a criar, decorre do posicionamento estratégico da empresa

promotora, no sentido de concretizar um processo de diversificação de

actividades/negócios, em estreita coerência com as suas actividades de partida,

nomeadamente a prestação de serviços nas áreas das engenharias e serviços

integrados e interdisciplinares.

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O projecto a desenvolver será estruturado de acordo com as:

seguintes competências:

Gestão de Projecto; Engenharia; Manutenção Industrial; Soldadura; Caldeiraria; Preparação de Tubos; Enformagem; Corte; Fundição; Maquinação; Pintura;

segmentos de actividade:

Equipamentos Para o Sector de Energia;

Mini centrais Eléctricas até 1 Mw

Equipamentos para o Sector Água, Agricultura e

Agropecuária;

Equipamentos de Bombeamento de água

(Turbo –bombas e Turbo rodas/pé de carneiros)

Prestação de Serviços

Óleo&Gás

Concepção e Projecto; Execução de projectos globais de parques de

armazenagem de produtos petrolíferos e pipelines;

redes de piping; Montagens metalomecânicas de instalações

(processo,transporte e distribuição); Equipamentos industriais;

Reabilitação de instalações petrolíferas e de gás ;

Realização de manutenção industrial; Cedência de Pessoal Qualificado;

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Outros Produtos Peças diversas de desgaste em aço-manganes

(maxilas,rotores, impactores de barras, ligas de

aço, conexões, grades diversas…..);

Chumaceiras;

Ferros de Engomar

Formação “on Job” Desenvolvimento de acções de formação,

capacitação e certificação profissional;

Para a implantação da indústria, o promotor possui uma área com cerca de 150

hectares localizado na zona de Musseque Kabele, Barra do Dande, província do

Bengo.

Como se pode depreender, esta proposta de candidatura visa não apenas dotar

a firma promotora dos meios e equipamentos tecnológicos, de ultima geração,

necessários para que possa produzir e fornecer ao mercado produtos com

qualidade, dentro dos padrões internacionalmente estabelecidos e aceites, mais

também contribuir para aumentar a disponibilidade deste tipo de produtos no

mercado, ajudar no relaxamento dos preços praticados, contribuindo para o

aumento da produção interna e consequentemente para a diminuição do peso

das importações na economia nacional.

As várias componentes do projecto foram determinadas tendo em conta os

objectivos definidos pelo promotor, em termos de plano de desenvolvimento

estratégico que preconizam para a empresa. Assim a coerência entre essas

componentes, foram as condições básicas para a concepção do projecto.

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2 – A EMPRESA

2.1 – INFORMAÇÕES DA PESSOA COLECTIVA

As informações abaixo são as mesmas inseridas no módulo de cálculos.

Denominação Social Número de Identificação Fiscal (NIF)

INTERSERVIÇOS & Cª, LDA 5171000859

Enderereço Escritório Bairro

Rua Rainha Ginga, nº 200 Ingombotas

Telefone Fax Endereço Electrónico

+244222396032 +244222394220 [email protected]

Município Província

Ingombotas Luanda

Enderereço Fábrica/Unidade de

Produção Bairro

Estrada Cacuaco-barra do Dande Musseque Kabele

Telefone Fax Endereço Electrónico

+244222396032 +244222394220 [email protected]

Município Província

Barra do Dande, Dande Bengo

2.2 – EXPERIÊNCIA NAS ACTIVIDADES ACTUAIS E PROJECTADAS

EXPERIÊNCIA DA EMPRESA

A Interserviços é uma empresa de direito angolano, detida na totalidade por

empresários angolanos. Criada em 1996, tem a sua sede na cidade do Lubango

e escritório central em Luanda. A par destes conta com escritórios permanentes

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e operacionais nas províncias de Benguela, Huambo, Kuando Kubango,

Namibe, Malange, Moxico, Uige, Kwanza Sul, Bengo e Bié.

A empresa está representada em Portugal, Alemanha e nos Estados Unidos da

América, com plataformas de procura global e acesso a mercados,

competências, tecnologias, parcerias e soluções de financiamento.

Tem a sua actividade focada no fornecimento de serviços de engenharia,

consultoria e serviços.

APRESENTAÇÃO GRUPO INTERSERVIÇOS

O Grupo Empresarial Interserviços , é um grupo empresarial diversificado de

origem Angolana .

O Grupo desenvolve as suas actividades na base das seguintes competências:

Competência Essencial Dinâmica :

Gestão de Redes de Valor;

Competências Distintivas:

Lobby Institucional e Empresarial;

Parcerias e Redes de competências;

Gestão de Projectos;

Soluções de Financiamento;

Competências Específicas:

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Soluções Integradas e Desenvolvimento;

Desenvolvimento Estratégico, Marketing e Comunicação e Qualidade;

o Implementar, sistematizar e coordenar as acções de

desenvolvimento estratégico, marketing e comunicação e gestão da

qualidade;

Gestão de Redes de Competência e Participações;

o Gerir as redes de competência de acordo c/ a estratégia de

desenvolvimento (identificação, selecção, definição dos

mecanismos transaccionais, avaliação, constituição dos portfólios);

o Gestão das Participações (Avaliar e supervisionar os

enquadramentos estratégicos e de desenvolvimento dos projectos

empresariais em curso;

o Criar as metodologias de desenvolvimento de novos projectos

empresariais;

o Implementação e Gestão de Macro Projectos de desenvolvimento;

o Participar activamente no processo de identificação de Macros

Projectos de desenvolvimento a concretizar, concepção e

montagens dos projectos, acompanhamento e avaliação;

Desenvolvimento Empresarial:

Ciências empresariais;

Diagnósticos Estratégicos;

Estudos e Projectos Específicos;

Estudos Económicos e de Viabilidade Técnica e Financeira;

Cooperação Empresarial;

Empreendorismo;

Localização Empresarial;

Capacitação Empresarial;

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Desenvolvimento do Território:

Planos de Desenvolvimento Estratégico (Provinciais e Municipais);

Planos Directores Provinciais e Municipais;

Planos de Ordenamento Orla Costeira e Bacias Hidrográficas;

Planeamento Urbanístico;

Marketing Territorial;

Topografia;

Cartografia;

Sistemas de Informação Geográfico;

· Engenharias e Serviços Integrados e Interdisciplinares;

Projectos de Infra-estruturas;

Projectos de Edifícios;

Coordenação e Fiscalização de Obras;

Gestão Global de Empreendimentos;

Edifícios, Recuperação e Restauro;

Instalações Industriais;

Laboratórios e Ensaios.

Georecursos e Ambiente:

Definição de Estratégias Ambientais;

Gestão Ambiental;

Gestão da Água;

Gestão da Energia;

Gestão de Resíduos.

· Desenvolvimento Rural, Agro-Pecuário, Florestal e das Pescas:

Tecnologia de Produção Agrícola;

Modelação de Sistemas;

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Planeamento Agrícola (Território e Exploração);

Economia e Gestão Agrícola;

Planeamento e Gestão de Regadios;

Gestão e Desenvolvimento Sustentável da Floresta;

Ordenamento Agro-Pecuário;

Organização e Implementação de Projectos e Processos de Investimento

Produtivo na área das Pescas;

Organização e Implementação de Estruturas Produtivas na Área do

Pescado;

Estudos Sectoriais no Âmbito da Actividade Piscatória.

Petróleo&Gas

Fiscalização e Gestão de Empreitadas em Instalações Petrolíferas;

Controle de Qualidade- Laboratório de Betões, Solos, Betuminosos,

Materiais Soldaduras;

Fornecimento de Recursos Humanos Especializados;

Gestão do Meio Ambiente;

A Interserviços desenhou um modelo estrutural, através de um mix rede/horizontal concretizado através de formas multi-organizacionais que englobam um conjunto de organizações ou unidades de negócio, com poucos níveis hierárquicos e recurso extensivo a parcerias. Este forma de organização é a base para o seu modelo de desenvolvimento, que alicerçado numa metodologia (concepção, realização e avaliação) de desenvolvimento contínuo de Programas e Projectos permite cumprir os seguintes objectivos:

Desenvolvimento de Programas e Projectos de Alto Valor Acrescentado;

Replicação e disseminação destes projectos, com as devidas adaptações a outros contextos;

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Geração de Spin-offs de racionalidade técnica e empresarial, traduzidos em novas empresas ou núcleos de competência;

Estes Spin-offs são o cerne de desenvolvimento de novos projectos empresariais em vários mercados.

Como consequência deste posicionamento a Interserviços participa à cerca de 7

anos, em sectores produtivos na indústria de materiais de construção. Detêm em

pleno funcionamento, quatro (4) centrais de britagem três (3) localizadas em

Libongos/Barra do Dande/Bengo e uma (1) na Arimba/Lubango/Huíla) e duas (2)

unidades de produção de artefactos de betão (uma (1) na Arimba/Lubango/Huíla

e uma (1) em Benfica/Kilamba Kiaxi/Luanda). Igualmente, vem executando

projectos industriais, agro-industriais e agro-pecuários, chave-na-mão, com

soluções inovadoras e actuais. Com a entrada nesta industria de capitais

intensivos, abriu-se o caminho para a manutenção industrial, 1º como

necessidade própria, 2º por carência destes serviços de engenharia no mercado,

para atender igualmente a terceiros.

Com a internacionalização da empresa, a cerca de 4 anos o promotor –

Interserviços -, adquiriu em Portugal uma unidade agro-industrial – 180 hectares

de vinhas em produção e uma unidade de transformação e engarrafamento, com

capacidade para 1.200.000 litros de vinhos diversos/ano. Os vinhos que produz,

de qualidade reconhecida, tem como mercados preferenciais o Africano (Angola

e Guine Bissau), o Europeu (Portugal, Suíça e Espanha), o Asiático (China,

Japão e Macau) e o Americano (Estados Unidos da América e o Brasil). Possui

certificação europeia.

Todos estes investimentos, dotaram a empresa dos meios e instrumentos, assim

como de capacidade de gestão para concretizar novos projectos nesta área

específica da engenharia.

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A iniciativa surge de uma oportunidade que a empresa promotora identificou no

mercado. A decisão de se avançar com a montagem do negócio é resultado do

diagnóstico efectuado que visou analisar o sector industrial angolano, com

particular relevância para a indústria mineira, de materiais de construção e de

construção civil. Foi igualmente analisada a concorrência existente e a empresa

na perspectiva interna e externa (pontos fortes e fracos, oportunidades e

ameaças).

EXPERIÊNCIA DOS SÓCIOS E ADMINISTRADORES

Um dos sócios e co-gestor, o senhor Dr. Salvador Rodrigues, foi até muito

recentemente o Director da UTA-ACP/C.E no Sul de Angola, portanto, co-autor

do êxito na intervenção dos vários projectos e programas então financiados pela

União Europeia em Angola (U.E.) com missões de coordenação em

Moçambique e Cabo Verde, onde também trabalhou nos projectos da União

Europeia. Com formação de base em Engª Técnico Indústrial, foi igualmente

Director Técnico da ex-Indústria Nacional Açucareira (Caxito, Bom-Jesus,

Dombe-Grande e Catumbela). É licenciado em economia e mestrando em

Gestão e Administração de Empresas – Análise de Investimentos – no Instituto

Superior Politécnico de Madrid. Por um período muito curto, coadjuvou a

leccionar na Faculdade de Economia do Lubango, as disciplinas de Micro-

economia e Análise de Investimentos.

A sócia, senhora Rosa da Conceição Ferreira Rodrigues, é formada em gestão

de empresas, com experiencia acumulada de 20 anos.

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3 - ADMINISTRAÇÃO

3.1 – ORGANIZAÇÃO

Conforme pacto social, que em anexo se faz constar, a Interserviços possui

como objecto social o fornecimento de serviços de engenharia, consultoria,

serviços, supervisão, procurement, monitoring, marketing, representações e

trading, investimentos e participações, a gestão de projectos, gestão de

empresas, assistência técnica e prestação de serviços, industria pesada e

ligeira, prospecção e exploração, beneficiamento e comercialização de recursos

minerais, petrolíferos e diversos, industria de materiais de construção, agro-

pecuária, silvicultura, hidráulica, pescas e ambiente, industria transformadora e

agro-indústria, ensino, investigação cientifica e formação profissional.

Convindo facilitar a resolução de problemas legais decorrentes do crescimento

da empresa e do processo de diversificação que estava subjacente desde o

inicio da sua actividade, decidiu-se por apresentar um âmbito de actividade

alargado.

No que se refere ao fornecimento de serviços de engenharia, consultoria e

supervisão, a Interserviços faz parte do grupo de empresas nacionais pioneiras

na actividade e melhor cotadas no mercado. A titulo de exemplo, no âmbito da

Linha de Crédito da China, a firma elaborou os estudos prévios e de viabilidade

e fiscalizou a 1ª fase dos 2 grandes programas de referência nacional - os 4

sistemas de regadio-agrícola em Caxito, Luena, Waco-Kungo e Chibia, com o

MINADER, e os 6 Hospitais de referência Provincial e Municipal nas províncias

da Huíla, Malange e Namibe, com o MINSA.

Esta capacidade de intervenção permite recrutar técnicos nacionais e

estrangeiros altamente qualificados para o desempenho de missões de grande

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complexidade técnica e, em último recurso, como já descrito, conta com a

parceria de empresas estrangeiras de várias nacionalidades, especializadas em

matérias mais exigentes.

A Interserviços é detentora de know-how em soluções empresariais sob

medida, prestando Assistência Técnica a vários investidores privados e

públicos. Possui em carteira, vários projectos em negociações com entidades

financeiras.

3.2 – PLANO DE SUCESSÃO

Conforme pacto social, a empresa é uma sociedade por quotas, que em termos

práticos funciona cumprindo todos os preceitos exigidos para uma gestão que se

quer transparente e rigorosa.

Os sócios maioritários, Dr. Salvador Rodrigues e Rosa da Conceição Ferreira

Rodrigues, gestores da empresa, formularam a cerca de 12 anos, o plano de

sucessão, que teve como base a formação dos restantes quatro sócios, na

altura menores, em gestão de empresas, direito administrativo, Administração e

gestão de recursos humanos. A par, e em parceria com universidades

angolanas e europeias, absorveu técnicos formados nas mais diversas áreas

das engenharias para ocuparem cargos de direcção e de operações dentro da

empresa. O sentido é o de dar os meios e instrumentos necessários para que a

empresa seja flexível, adaptada as constantes mutações do mercado mundial.

Os quadros da Interserviços estão em constante actualização, quer com cursos

de estágios de refrescamento no país, como no exterior.

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3.3 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

3.4 – GESTÃO DA QUALIDADE

Convindo melhorar a qualidade dos serviços e produtos que fornece ao

mercado, a Interserviços no âmbito do alargamento das suas actividades ao

sector industrial, vem executando um rigoroso programa de reforma interna de

modos a adequar e promover internamente os Sistemas de Gestão da

Qualidade, de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (HSE) e a Politica de Ética.

Em Setembro/2011, a empresa foi certificada pelo CAE – Centro de Apoio

Empresarial, entidade angolana cujo objectivo é o de capacitar empresas

angolanas de modos a terem condições organizacionais de nível internacional

que lhes permita fornecer produtos e serviços a indústria petrolífera e não só.

3.4.1. A política de qualidade

Para a Interserviços, primar pela qualidade é palavra de ordem, não apenas

como um mero controlo de resultados, mais sim como um processo de

Presidente

Conselho de

Administração

Vice Presidente

Conselho de

Administração

Secretário

Director

Geral

Serviços Administração

e Finanças (Centrais)

Recursos

Humanos

Gerência

Escritório Lubango

Gerência

Escritório Luanda

Secretáriado

Logística

Relações Públicas,

Transportes e Pessoal

Secretáriado

Logística

Relações Públicas,

Transportes e Pessoal

Direcção

Comercial, Administrativo

e Negócios

Serviços Económicos

(Estudos e Projectos)

Direcção

Técnica

Direcção de

Engenharia

Direcção

Desenvolvimento Industrial

Frente - Norte

(Fiscalização e

Gestão Obras)

Frente - Sul

(Fiscalização e

Gestão Obras)

ORGANIGRAMA INTERSERVIÇOS & Cª, LDA

Unidade

Industrial (FB)

Unidade Industrial

(Pedreira)

Laboratório

Geotecnia

Serviços Administração

e Finanças (Luanda)Recursos

Humanos

Unidade Industrial

FB

Planeamento Estratégico,

Estudos e Projectos

Secretariado

Prestação de Serviços,

Consultoria, Participações e

Representações

Serviços de Informática

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supervisão em cada serviço que presta ou produto que fornece. Por isso, a

Interserviços associa o seu nome e prestigio ao sucesso dos projectos.

Objectivos

Conquistar o mercado em toda a sua plenitude ao nível do país.

Satisfazer as necessidades dos clientes primando por um serviço de

excelência.

Implementar um sistema integrado de gestão.

Elaborar planos de trabalhos a curto, médio e longo prazo.

Elaborar orçamentos desagregados num processo contínuo e participativo

do topo a base e vice-versa.

Adoptar critérios de gestão onde o binómio custo/beneficio tem um peso

significativo para cada decisão.

Avaliar com frequência o capital humano tendo em atenção a evolução de

carreiras.

Implementar um procedimento de rotina para que a todos os níveis da

empresa se exerça uma gestão para reduzir custos e aumentar receitas.

Atingir níveis de resultados qualitativos ou seja definir estratégias para

caminhar para a qualidade total.

Aprimorar procedimentos organizacionais bem como tecnologias

empregadas para possibilitar registar de forma acessível todo trabalho

praticado pela empresa tanto na prestação de serviço bem na

comercialização dos produtos.

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3.4.2. O planeamento do SGQ

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3.4.3. O Compromisso da direcção da empresa

A direcção da empresa fornece evidências do seu compromisso para com o

desenvolvimento e implementação do sistema de gestão de qualidade e com a

melhoria contínua de sua eficácia.

3.4.4. As acções preventivas de problemas

Na empresa, qualquer trabalho ou material, em que sejam detectadas

ineficiências face aos requisitos especificados, dá origem a uma investigação e

análise das causas do trabalho ou produtos não-conformes e adoptar-se-á

medidas para prevenir a reincidência destas não-conformidades.

Os materiais não conformes, por sua vez são classificadas como:

Materiais ou trabalhos que mereçam reparo, para o cumprimento

dos requisitos.

Materiais ou trabalhos a rejeitar.

Materiais ou trabalhos a utilizar para outros fins.

Os materiais ou trabalhos não conformes são sempre classificados e separados

dos demais de forma evitar a sua utilização.

3.4.5. As acções correctivas dos problemas identificados

É compromisso da empresa prever e evitar as possíveis não conformidades.

Para que elas não aconteçam criou-se um calendário periódico de auditoria

interna assim como reuniões periódicas com as equipas envolventes.

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Depois de se identificar qualquer causa de uma não conformidade são tomada

acções correctivas para eliminar definitivamente tais anomalia quer de

processos ou materiais.

As acções correctivas são motivadas por: i. Reclamações dos clientes; e, ii.

Relatório da inspecção.

3.4.6. Auditoria Interna

Auditorias periódicas são realizadas com base num programa anual de auditoria

interna aprovado pelo Gerência da empresa. As auditorias são realizadas em

parte ou em todo o Sistema, garantindo que todos os elementos sejam

contemplados, como meio de assegurar a adequação do Sistema de Gestão da

Qualidade.

Os auditores fazem-se acompanhar durante as visitas, com o arquivo de

reclamações da empresa e observar se as acções correctivas e os

procedimentos foram adoptados.

A auditoria Interna é um assunto que merece preciosa atenção de todos, de

forma a ocupar e conquistar um nível de importância indiscutível no alcance da

eficiência e eficácia no desempenho das atribuições das áreas e unidades

organizacionais tendo em vista as estratégias pré-estabelecidas.

Conforme previsto as auditorias internas na empresa acontecem com objectivo

de: i. Identificar não conformidade com os processos; ii. Implementar acções

correctivas; e, iii. Implementar acções preventivas.

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18

3.4.7. Satisfação dos clientes

Para melhor satisfazer o cliente, a Interserviços pensa que quanto melhor

conhecer as suas opiniões melhor os vai satisfazer. Assim utiliza as seguintes

ferramentas:

Questionário de pesquisa sobre a satisfação do cliente que é entregue ao cliente depois do término de cada serviços ou empreitada onde procuramos saber onde melhorar.

As cartas de reclamações ou de elogio vindo dos clientes são sempre respondidas com agradecimentos pelo reparo ou encorajamento e assinado pelo director.

Usamos também como indicador de satisfação dos clientes a taxa de devolução de um produto ou a taxa de reclamação para reparação de um serviço recentemente executado.

Recolha de opiniões dos trabalhadores que estão em contacto com os cliente.

Número de clientes reembolsados anualmente.

A taxa de novas demandas dos nossos serviços.

Depois de identificar as não conformidades de acordo com as reclamações dos

clientes são estabelecidas acções preventivas ou acções correctivas

apropriadas para o tratamento de reclamações de clientes.

As cartas de reclamações e elogios tanto como qualquer informação sobre a

satisfação do cliente, mesmo os resultados das pesquisas serão informadas a

todos os trabalhadores e afixada publicamente.

Todas as acções preventivas, análises de reclamações recebidas e as acções

correctivas realizadas deverão ser registadas e arquivadas.

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4 - MERCADO

4.1 – OFERTA DE PRODUTOS E SERVIÇOS

Pretende-se com a indústria a criar, a produção de:

Item Designação do produto Produção

U/M Quant./Ano

1. Micro Central Hidroeléctrica Und 18 2. Turbo Bombas Und 10 3. Turbo Rodas (Pé de carneiro) Und 30

Rotores, Maxilas Cónicas, Planas e Moinhos de barras, luvas, chumaceiras, materiais de desgaste e formas de aplicação diversas. Tonelada 500

Micro central

hidroeléctrica

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Layout mini-centrais hidroeléctricas

Turbo Bomba

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Layout Turbo-bombas

Rotores

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Maxilas Cónicas

Maxilas planas

A indústria a criar, e porque não haverá o risco de ruptura de stocks em matérias

– primas, devido a possibilidade de importação a partir do mercado internacional

a preços competitivos, por um lado e por outro lado estar bastante avançado o

projecto de reabilitação e reestruturação das Minas de exploração e

beneficiamento de Cassinga e Tchamutete na província da Huíla e no Kwanza

Norte, projectos que ao começarem as suas actividades, contribuirão

enormemente para o sucesso da unidade que aqui se propõe desenvolver, além

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de bastante sucata existente em todo o território angolano, para não nos

abstermos em referenciar só Luanda.

Da análise do mercado feita durante a fase de diagnóstico, constata-se não

existirem empresas concorrentes de facto. Não existe nenhuma fundição e

empresa estruturada de maquinação e manutenção industrial. Existem algumas

oficinas de torneiros mecânicos com equipamentos ultrapassados e fora de

contexto, que não respeitam as normas técnicas e ambientais exigidas, e

atravessam enormes dificuldades de índole estrutural que influencia o

financiamento.

4.2 - DEMANDA E COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO

Os principais clientes que deverão contribuir para a facturação total são:

DESTINO DA PRODUÇÃO PARTICIPAÇÃO

ACTUAL (%)

PARTICIPAÇÃO

PROJECTADA (%)

LOCAL

PROVINCIAL 30%

NACIONAL 70%

EXTERNO

T O T A L 100%

Como acima descrito, os produtos que se pretendem produzir, são na totalidade

importados, portanto, todas as empresas instaladas no país (construtores e

industriais), a este nível, sobrevivem de importações.

As indústrias petrolíferas, mineira, de materiais de construção e de construção

civil, estão a braços com problemas de eficiência, com graves quebras em seus

processos produtivos, decorrentes da inexistência de uma fábrica transversal de

base, que suporte o fornecimento de materiais e alguns equipamentos de

desgaste intensivo. A totalidade dos materiais e equipamentos de desgaste

intensivo para a indústria no geral é importado. Importa destacar, a título de

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exemplo, que o tempo de espera, para chegada ao país de qualquer

equipamento ou uma peça de reposição, varia dos 8 aos 60 dias. Este indicador

por si só, demonstra a grave situação existente, uma vez que existe

equipamentos e maquinas a paralisar enquanto se aguarda pelos processos de

importação, normalmente muito burocratizados

O esquema de produção que se pretende implantar, andará entre a lotes, por

serie e o por encomenda, com o simples objectivo de acautelar os mais variados

tipos de clientela. Adoptar-se-á o método de venda a pronto e a prazo.

Conforme descrito acima, a indústria estará muito bem localizada. A rede de

infra-estruturas (estradas, sistemas de transporte, armazenagem) da zona é

funcional.

Quanto a estratégia de penetração no mercado, é sabido que a concorrência

entre empreendimentos industriais, embora ainda não ser notável, dá os seus

primeiros sinais e a afigura-se no médio/longo prazo, acirrada. Para responder a

este possível ameaça, o promotor traçou uma estratégia de penetração de

mercado, constituída por acções e metas, com cunho ofensivo e defensivo, a

serem seguidas a fim de ganhar marketing share. Para inicio de actividades, a

estratégia será a aplicação de preços promocionais, oferecendo preços

diferenciados para clientes por tempo determinado.

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4.3 – PRINCIPAIS CLIENTES

Os principais clientes com tendência a inverter para o sector de óleo & gás no

futuro, são:

NOME DO CLIENTE

PARTICIPAÇÃO %

NA FACTURAÇÃO

TOTAL

Sector energia e águas 10%

Sector agro-pecuárias 20%

Sector Construção Civil, transportes e industria geral 50%

Sector Óleo & Gás 20%

T O T A L 100,0 %

4.4 – VANTAGENS COMPETITIVAS

A existência no passado de Siderúrgicas e de Metalo-mecânicas de renome no

país em particular e na região metropolitana de Luanda, de Benguela, do

Huambo e do Lubango, com níveis de produtividade elevada e quantidades de

matéria-prima suficientes, animou os promotores à elaboração do presente

projecto. Por se tratar da única fabrica, não existira problemas de maior no

esquema de comercialização de produtos.

5 - ENGENHARIA DO PROJECTO

5.1 – LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

A indústria a criar, será implantada na zona de Musseque Kabele, comuna da

barra do Dande, município do Dande, província do Bengo.

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A matéria-prima será adquirida, numa primeira fase em vários países (compra

competitiva custo/qualidade), complementada com recolha de sucata em

Angola. Mais tarde utilizar-se á os recursos dos projectos de exploração e

beneficiamento de ferro nas províncias da Huíla e do Kwanza Norte.

A zona do projecto é servida pela estrada nacional Luanda – Barra do Dande –

Nzeto – Soyo/Mbanza Kongo. Possui rede de telefonia móvel das companhias

Movicel e Unitel. A rede bancária na região é formada pelos bancos BPC, BIC,

BFA, BAI e Banco Sol.

O escoamento da produção estará facilitado, devido a localização do

empreendimento por um lado, e a dos potenciais clientes por outro - a indústria

petrolífera, a mineira, a de materiais de construção, a de construção de civil e os

sectores de energia e águas, dos transportes, etc. Trata-se de uma industria

base, transversal a todo o sector produtivo

5.2 – DIMENSÃO DO PROJECTO

O volume de vendas no ano de estabilização orçará cerca de 1.489.600.000,00 Akz.

Produzindo em plena capacidade o projecto foi concebido para fornecer ao mercado

cerca de 58 equipamentos/ano (micro centrais hidráulicas, Turbo bombas e rodo

bombas) de cerca de 33 toneladas de material. Igualmente, produzira 500

toneladas/ano de material de desgaste (rotores, maxilas, impactores, chumaceiras,

peças de caminho de ferro, de locomotivas, etc).

5.3- PROCESSO PRODUTIVO ACTUAL

A indústria é de raiz, portanto não possui processo produtivo actual.

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5.4– PROCESSO PRODUTIVO PROJECTADO

A maioria dos produtos que o projecto propõe produzir respeitará as fases

seguintes:

5.4.1. Moldação

Dependentemente do tipo de peça e equipamento a produzir, serão usados

os seguintes tipos de moldes

5.4.2. Molde em areia verde

Consiste na elaboração do molde com areia húmida modelada pelo formato

do modelo da peça a ser fundida. Actualmente, é o método mais usado,

serve para todos os metais. É especialmente apropriado para peças de

tamanho pequeno e médio. Este método, não é adequado para peças

grandes, de geometria complexas, nem para acabamentos finos, pois ficam

as marcas de corrugamento da areia, e a tolerância dimensional da peça é

reduzida.

5.4.3. Molde em areia seca

Este tipo de molde se consolida em altas temperaturas (entre 200 e 300°C).

É um método utilizado para aumentar a resistência mecânica e a rigidez do

molde de fundição. Este processo permite a modelação de peças de grandes

dimensões e geometrias complexas. Obtêm-se uma excelente precisão

dimensional e o bom acabamento superficial, uma vez que o corrugamento

das peças causado pela areia é mínimo.

5.4.4. Molde mecânico

Trata-se de um sistema desenvolvido para que o material de conformação do

molde seja comprimido através de equipamento pneumático ou hidráulico

cujas cavidades mecânicas (negativo) ou formas possam receber o metal

com maior tamanho densidade ou pressão, de forma a suportar os esforços

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28

sem que ocorram desmoronamentos durante o enchimento. Este sistema foi

desenvolvido para resolver as deficiências da utilização dos moldes em areia

verde, no caso menos resistente.

5.4.5. Modelo de cera descartável em moldes para micro fusão

Normalmente utilizados para modelagens delicadas das peças que precisam

de acabamento fino, estes processos são chamados também de micro fusão.

A sua fabricação consiste num modelo em cera ou plástico de baixo ponto de

fusão.

A peça em cera ou plástico é inserida no material que a revestirá, formando

assim o molde preenchido com o modelo.

A granulação do material do molde que reveste o modelo deve ser fina para

dar um melhor acabamento na peça fundida. Após a formação do molde

preliminar, este material é revestido por outro de granulação maior com a

finalidade de proporcionar rigidez mecânica ao conjunto que terá a cavidade

preenchida com o material liquefeito.

A grande diferença deste sistema dos restantes, é a de que uma vez

completo, o modelo não é retirado de seu interior, mais sim derretido. O

modelo em cera é pré aquecido, portanto, derreterá e escorrerá para fora do

molde, ficando desta forma a cavidade pronta para receber o material

fundido.

A principal vantagem deste sistema é a ausência de machos e de superfícies

de junta, obtendo-se uma peça com acabamento fino e com pouca exigência

em termos de fabricação principal.

5.4.6. Macharia

A macharia, consiste na fabricação do macho. O macho é um elemento

refractário colocado no molde para definir uma cavidade ou espaço vazio no

fundido final. Uma vez que o material irá fluir em volta do macho ele tem de

ser mecanicamente resistente durante o enchimento e ainda tornar-se

quebradiço após o enchimento e o resfriamento, permitindo assim, uma fácil

remoção da peça fundida do molde, ou seja, a desmoldagem. A areia para a

fabricação do macho é preparada em um misturador através da mistura de

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areia de sílica com um ligante orgânico tal como o óleo de linhaça e amido ou

dextrina.

Nesta fase em particular, há preocupações a serem respeitadas em relação

ao manuseamento da resina e do catalisador enquanto se prepara a mistura.

Tais preocupações incluem a protecção dos operadores - pele e olhos para

ambas as resinas a base de fenol e ureia. Este processo requer ainda o

controle por ventilação e exaustão no misturador, na máquina de moldagem

do macho, no local de arrefecimento do macho e nas estações de despejo

fundição, arrefecimento da peça e na área de remoção da areia da peça

fundida.

A areia preparada é colocada em uma caixa de macho determinando a forma

do mesmo. De seguida o macho é retirado e curado em uma estufa para se

conseguir uma forma refractária rija.

5.4.6. Fusão

A fase de fusão é definida como o conjunto de actividades requeridas para

dar forma aos materiais, consequente liquefacção e seu escoamento ou

despejo para moldes adequados e posterior solidificação.

5.4.7. Decapagem

Esta é senão a fase mais crítica de todo o processo, já que um esfriamento

brusco pode provocar tensões mecânicas na peça, inclusive promover o

aparecimento de trincas, e a formação de bolhas. O contrario igualmente

também será critico, um esfriamento muito lento provocará diminuição da

produtividade.

Estes aspectos influenciam bastante o tamanho, a forma, a uniformidade e a

composição química dos grãos formados na peça fundida, que por sua vez

influencia as suas propriedades globais.

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30

Os factores mais importantes que afectam esta fase são: o tipo do metal, as

propriedades térmicas do metal e do molde, a relação geométrica entre

o volume e área da superfície da fundição e a forma do molde.

5.4.8. Rebarbagem

Depois de retirada a peça do molde de fundição, ela possui diversas rebarbas

resultantes do enchimento através dos canais de respiração, alimentação e

drenagem, além da marca da emenda das caixas de macho que deixa às

vezes alguma rebarba.

Quando ocorre este efeito, afigura-se necessário executar a limpeza da peça

através do rebarbamento, processo que consiste na retirada das sobras e

rebarbas por esmeris, ou por lixadeiras.

Depois do processo de retirada das rebarbas, e se ainda existerem

imperfeições e areia nas saliências e reentrâncias das peças, é feita uma

limpeza usando-se escovas de aço manuais ou rotativas, além da utilização

de lixas, ou por jatos se necessário for o caso.

5.4.9. Tratamento térmico

Depois de rebarbadas, as peças necessitam de algum tratamento térmico

para que se obtenha uma melhor estrutura interna. Esta é executada em

fornos especiais onde são temperadas de modos a i. ter um endurecimento

total, superficial; ii. um endurecimento em determinadas zonas da peça; e/ou

iii. aliviar tensões internas.

5.4.10. Controlo de qualidade e ambiente

O controlo de qualidade e meio ambiente passam pela inspecção de peças

fundidas, como de peças produzidas por qualquer outro processo

metalúrgico, tem dois objectivos:

i. Rejeitar as peças defeituosas; e,

ii. Preservar a qualidade das matérias-primas utilizadas na

fundição e a sua mão-de-obra.

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O controlo de qualidade compreende as seguintes etapas:

1ª Inspecção Visual: usada para detectar defeitos visíveis, resultantes das

operações de moldagem, confecção e colocação dos machos, de vazamento

e limpeza;

2ª Inspecção dimensional: é realizada geralmente em pequenos lotes

produzidos, antes que toda a série de peças seja fundida;

3ª Inspecção metalúrgica: inclui i. análise química; ii. exame metalográfico,

para observação de microestrutura do material; iii. ensaios mecânicos, para

determinação de suas propriedades mecânicas; e, iv. ensaios não-

destrutivos, para verificar se os fundidos são totalmente perfeitos.

Não será posta de parte a possibilidade de execução de testes de uma

montagem, onde são incluídas as peças fundidas, e onde simulam ou

duplicam as condições esperadas em serviço.

5.4.11. Maquinagem

As peças mecânicas dificilmente ficam prontas e acabadas após a sua

limpeza, ainda necessitam, em alguns casos, de serem trabalhadas, devido a

imperfeições ocorridas durante o processo de rebarbas ou mesmo no

processo de fundição. Somente componentes que não necessitarem de

revisão em suas dimensões, não precisaram de ser

torneados, rectificados, ou manipulados em suas medidas.

5.4.12. Pintura

A última fase do processo de produção é a pintura. São seleccionados os

materiais que poderão ser submetidos a pintura. A escolha do tipo e da

qualidade da pintura depende em muito do tipo de material ou equipamento

produzido.

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5.4.13. Layout da fábrica

5.4.14. Processos

5.4.14.1. Processo e equipamento tecnológico em linha

As Micro Centrais Hidroeléctricas e as turbo-bombas a produzir, serão

desenvolvidas utilizando turbinas hidráulicas dos tipos Michell Banki e Pelton.

Projectadas para converter energia hidráulica em energia mecânica. Na

generalidade, as turbinas hidráulicas são caracterizadas pelo tipo de rotor, que

para cada tipo específico funciona com maior ou menor queda e volume de

água. As turbinas do tipo Michell Banki, também conhecidas como turbinas de

fluxo cruzado (Cross-Flow), são constituídas por um rotor tipo tambor dotado de

pás estampadas em forma de lâminas e um perfil hidráulico regulador do volume

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de água. As pás do rotor, são accionadas pelo fluxo de água controlado e

direccionado pelo perfil hidráulico, impulsionando-as. Esse tipo de turbina é

utilizado em aproveitamentos hidráulicos com quedas menores e maiores

volume de água, situação que geralmente ocorre em regiões planas. Já as

turbinas do tipo Pelton, constituem-se de uma ou mais rodas, dotadas de pás

em forma de conchas, e um ou mais injectores. Nestas, o jacto de água

proveniente do injector, ao se chocar contra as conchas do rotor, gera o impulso

que o move. Esse tipo de turbina é utilizado em aproveitamentos hidráulicos com

quedas maiores e menores volume de água, situação que geralmente ocorre em

regiões montanhosas.

Pretende-se produzir Micro Centrais Hidroelectricas com capacidades de até

1000 KVA. Em termos de materia prima a utilizar para o processo de produção,

por exemplo para capacidades de geração de energia na ordem de 100, 140,

342 e 450, estima-se necessarias as seguintes:

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3040 100 KVA Quant. KG 40120 140 KVA Quant. KG 4065 342 KVA Quant. KG 6040 450 KVA Quant. KG

Chapa de aço 430 Chapa de aço 1011 Chapa de aço 997 Chapa de aço 1911

Volante inércia 274 Volante inércia 274 Volante inércia 479 Volante inércia 534

Barra chata aço 168 Barra chata aço 271 Barra chata aço 202 Barra chata aço 616

Eixos 427 Eixos 616 Eixos 587 Eixos 467

cantoneiras aço 9,5 cantoneiras aço 9,5 cantoneiras aço 9,5 cantoneiras aço 17

perfil U aço 180 perfil U aço 180 perfil U aço 187 perfil U aço 190

Tubo Mecânico aço 69 Tubo Mecânico aço 81 Tubo Mecânico aço 68 Tubo Mecânico aço 90,3

Acoplamentos 2 Acoplamentos 2 Acoplamentos 3 Acoplamentos 3

Bronze 5 Bronze 5 Bronze 5,1 Bronze 7,5

Bucha de fixação rolamento 4 Bucha de fixação rolamento 6 Bucha de fixação rolamento 6 Bucha de fixação rolamento 6

Ferro fundido 179 Ferro fundido 147 Ferro fundido 147 Ferro fundido 96

Mancal rolamento 2 Mancal rolamento 4 Mancal rolamento 4 Mancal rolamento 4

Rolamento 4 Rolamento 6 Rolamento 6 Rolamento 6

Gerador 1 Gerador 1 Gerador 1 Gerador 1

Material de fixação e pintura 1 Material de fixação e pintura 1 material de fixação e pintura 1 material de fixação e pintura 1

Reg. Velocidade Painel de

comando 1

Reg. Velocidade Painel de

comando 1 Painel de comando 1 Painel de comando 1

Redutor 1 Redutor 1 Redutor 1 Redutor 1

Para a produção de Turbo bomba 20220160 e as Turborodas TR 400 e TR

600, serão usados os materiais constantes dos quadros abaixo nas quantidades

referenciadas.

Turbo Bomba 2020160 Quantidade KG TurboRoda TR600 Quantidade KG

Chapa de aço 34,7 Chapa de aço 21,8

Barra chata aço 37,7 Eixos 7,6

Eixos 41,9 perfil U aço 30,6

cantoneiras aço 11,1 Ferro fundido 44,4

perfil U aço 22,7 Rolamento 2,0

Tubo Mecânico aço 7,4 Retentor 2,0

Bronze 1,3 Material de fixação e pintura 1,0

Ferro fundido 100,3 Bomba 40 1,0

Rolamento 2,0 Polias 4,0

Retentor 2,0 correias 1,0

Material de fixação e pintura 1,0

Bomba 160 1,0

Polias 2,0

correias 3,0

Funil de fibra de vidro 1,0

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5.4.14.2. Processo reciclagem e reutilização das areias, mitigação de efeitos

negativos ao ambiente.

Este projecto de investimento, foi estruturado de modos a ser sustentável e amigo do ambiente. Deste modo, os promotores para além da preocupação com os parceiros tecnológicos e de formação, apontaram também como ponto fulcral do investimento o aspecto medidas de mitigação dos possíveis danos ao meio ambiente decorrentes do processo de produção da indústria a criar. Assim, e depois de um meticuloso processo de diagnostico ao mercado mundial, verificando as tecnologias mais actualizadas e adaptáveis a industria que se pretende levar a efeito, decidiu-se pelo uso de um processo de regeneração de areias de fundição, desenvolvido e em uso no mercado europeu.

A tecnologia a utilizar, baseia-se no tratamento a seco, que possibilita a remoção de cerca de 90% do material poluente, normalmente constituído por metais pesados (chumbo e cobre) e fenol, e permite a reutilização de areias limpas em processos de moldagem.

O equipamento trabalha com processos mecânicos de regeneração, por meio da separação de partículas. Possui todos os recursos encontrados em equipamentos fixos, portanto, tem a vantagem de ser um equipamento compacto, passível de ser deslocado, mais barato e com as valências de uma industria fixa.

Importa destacar, que esta tecnologia introduz um conceito inovador para a solução de um problema importante, que afecta um ramo industrial sem condições de atender às exigências actuais relativas ao meio ambiente.

5.5 - MÃO-DE-OBRA ACTUAL

Por ser uma indústria de raiz, não existe mão-de-obra actual.

5.7 – MÃO-DE-OBRA PROJECTADA

O fornecimento dos serviços que a empresa se propõe prestar, será efectuada

por 64 pessoas especializadas nas diversas áreas de desempenho, e assim

distribuídas:

1. Sector Administrativo:

2 director/ gerente

1 secretária p/ os serviços correspondentes

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2. Sector Comercial :

1 director Comercial

1 chefe de vendas

4 vendedores

3. Sector fabril :

4 engenheiros de produção

45 operários

4. Outro:

8 apoio logístico/serviços gerais

O promotor, em paralelo promoverá um processo de formação “on job”

(formação teórica, simulada e no posto de trabalho).

Dentro das formações a promover, estão contidos os necessários à formação e

capacitação dos quadros afectos a esta unidade. Esta intervenção terá

igualmente, a função de fomentar quadros jovens profissionais para o mercado

nacional, com principal realce para manutenção as indústrias petrolíferas e

mineiras.

O processo selectivo será efectuado por uma entidade especializada a contratar,

seguindo Termos de Referencia por Categorias Ocupacionais, recorrendo a

especialização de formandos dos institutos politécnicos – Industriais e/ou as

escolas de formação profissional protocolos de colaboração ou a assinar)

O promotor esta consciente de que o mercado é carente em mão-de-obra

especializada. Porém, para a resolução desta lacuna irá utilizar em permanência

os acordos que possui com instituições de formação profissionais e

Universidades nacionais. Para aquelas especialidades que o mercado não

possui, irá recorrer a contratação a partir do exterior do país.

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5.8 – ENERGIA

A indústria a criar deverá ter a disposição cerca de 1.500KVA de energia. Por

ser uma indústria com especificidades técnicas próprias e um processo de

produção complexo, será dotada de fonte alternativa, com a disponibilidade de 4

geradores com capacidade para fornecer 2.000 KVA/cada.

5.9 – ASPECTOS AMBIENTAIS

Indicar as medidas que serão adoptadas para o controlo da poluição, segundo

os padrões fixados pelas autoridades, caso o processo produtivo venha a

interferir no meio ambiente, directa ou indirectamente, prejudicando a atmosfera,

os recursos hídricos, os solos, a vegetação etc.

O promotor em paralelo à negociação da presente proposta de financiamento,

está a executar os pressupostos para a elaboração do estudo de impacto

ambiental e a consequente certificação dos serviços correspondentes. O estudo

de impacto ambiental servirá como guia e incluirá as medidas de mitigação para

que o processo produtivo não altere as condições ambientais existentes na zona

de intervenção. É, portanto, um importante instrumento de defesa do meio

ambiente e se fundamenta na obrigatoriedade de se respeitar o meio ambiente e

no direito dos cidadãos a participar e à informação.

Serão também respeitadas, avaliações de impacto ambiental anuais para

identificar, prever e interpretar, assim como prevenir consequências ou efeitos

negativos ao ambiente, à saúde e ao bem-estar humano.

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6 – LINHAS ESTRATÉGICAS DESENVOLVIMENTO DA EMPRESA

6.1 – CRIAÇÃO DE VALOR E ACTRATIVIDADE SECTOR

Este projecto de investimento teve como suporte um intenso trabalho de reflexão

estratégica (confidencial), que tentou responder ao um conjunto de questões

pertinentes:

Criar e reforçar os fins e as coerências dos actos para criar valor para:

o Clientes;

o Pessoal (que contribui com seu trabalho);

o Accionistas (que aportam capital);

o E mais geralmente a colectividade;

Fontes possíveis de Valor ou fontes de Vantagens Concorrenciais;

o Custo;

o Diferenciação;

Satisfação dos

Clientes

Forças concorrenciais

Custo

Diferenciação

(Qualidade da

oferta)

Lucro

Produtor/Vendedor

Preço

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Análise das componentes diferenciação e composição dos custos:

o Análise das fontes de valor para os clientes;

o Análise da Cadeia de Valor (Vertical);

o Análise componentes diferenciação e custos;

Criação da Estratégia para um Domínio de Actividade (SBU)

o Objectivos de evolução e investimento;

o Segmentos estratégicos;

o Combinação das Vantagens Concorrenciais;

o Tecnologias;

o Posição na fileira vertical,

Competências

Marketing

Competências

Tecnológicas

Custos dos

Factores

Criação de Valor

Baixo dos custos

relativos

Crescimento da

Diferenciação

Competências Gestão

Produtividade

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o Modo de desenvolvimento e alianças;

Sistemas concorrenciais

o Ciclo de Vida do Produto/Maturidade do Sector;

o Influência da procura na avaliação do ciclo de vida;

o Tipologia dos Sistemas Concorrenciais;

Análise das Forças Concorrenciais

o Avaliação da intensidade concorrencial (5 forças Porter)

A análise das cinco forças de Porter é extremamente útil, pois identifica a

intensidade concorrencial do sector onde a empresa se insere.

Intensidade da Rivalidade: ao nível nacional e internacional o

sector da indústria apresenta ainda um baixo nível de concorrência.

Ameaça de novos concorrentes: as barreiras a entrada no sector

são elevadas (capital, gestão, tecnologia). No entretanto, basta

surgir uma para outras aparecerem.

Ameaça de produtos substitutos: as únicas alternativas ao

produto serão a concorrência na mesma linha, através de

importações (que serão penalizadas em termos de preços com as

novas taxas aduaneiras).

Poder de negociação dos clientes: a capacidade negocial dos

clientes é baixa, pois são produtos de intensa atractividade

Poder negocial dos fornecedores: Existe poder negocial dos

fornecedores de matéria-prima, mas a empresa organizará um

processo competitivo de obtenção dos inputs entre os vários

fornecedores.

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7 - ANÁLISE SWOT

Como forma de ponderação sistémica, dos factores de que poderão influenciar o desenrolar do projecto desenvolver periodicamente uma orientação a seguir face ao meio envolvente de mercado, ou seja, a análise SOWT – Forças (Strenghts), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).

Esta análise, consiste na avaliação dos pontos fortes e fracos e nas

oportunidades e ameaças que envolvem a empresa, e permite:

Efectuar uma síntese das análises internas e externas

Identificar elementos chave para a gestão da empresa

Preparar opções estratégicas: riscos/Problemas a Resolver

Pontos Fortes Pontos Fracos

O alargamento do mercado – exploração de um nicho de mercado e satisfação de uma necessidade identificada pela empresa

Diversificação de produtos

Qualidade do produto a fornecer

Alta tecnologia aplicada

Necessidade de investimento inicial para a montagem de infra-estruturas de produção

Mão-de-obra qualificada

Oportunidades Ameaças

Segmento de mercado com potencial de crescimento

Procura de produtos metálicos com potencial de crescimento

Segmento de mercado inexplorado

Politicas concorrenciais

Inexistências de redes de infra-estruturas água e luz acarretando elevados custos de produção

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PRINCIPAIS FORNECEDORES

SOMUST, S.A.

Outros

PRINCIPAIS CLIENTES (Publicos e Privados)

Sector Energia e Águas;

Petróleo & Gas e Industria Geral;

Construção Civil e Caminhos de Ferro;

Agro-Pecuário e Manutenção Industrial;

PRINCIPAIS CONCORRENTES

Mercado exterior

8 – FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTOS DE MATERIAIS E INSUMOS

8.1 - PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS E INSUMOS

O processo previsto para a aquisição dos equipamentos e insumos respeitou

dois pressupostos importantes:

- O primeiro, que refere-se ao processo de selecção dos parceiros

tecnológicos (empresa brasileira fabricante de Mini hídricas e torbo

bombas e portuguesa fabricante de material de desgaste intensivo na

industria e nos transportes) e de formação (o centro de formação

protocolar português CENFIC).

- O segundo, refere-se a selecção dos fornecedores dos equipamentos,

privilegiou-se o mercado europeu por apresentarem a melhor proposta

técnica e condições do fornecimento.

Estes processos de selecção tiveram como base programática a procura de

equipamentos certificados internacionalmente e de parceiros com capacidade e

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uso tecnologia reconhecida, com experiencia na relação com África/Angola.

Igualmente, foi dada a prioridade ao facto de terem sido apresentadas soluções

que se adaptam as condições do nosso mercado, por exemplo as falhas no

fornecimento de energia eléctrica. Outrossim, a predisposto a assinatura do

acordo de Assistência Técnica ao projecto por um período de 5 anos.

Quanto a aquisição de matéria-prima, já referido acima, o promotor tem já

contactos firmados com produtores em vários países. Esta decisão de se

importar a matéria-prima é temporária. Terminará tão logo arranque a nossa

produção interna, minas de exploração, tratamento e beneficiamento do ferro

nas províncias da Huíla e do Kwanza Norte.

Para o armazenamento da matéria-prima, a indústria contará com uma área de

50 hectares, dentro da área de exploração que são cerca de 150 hectares.

8.2 – CERTIFICAÇÃO DE FORNECEDORES, PRODUTOS E INSUMOS

Como descrito no ponto anterior, os fornecedores dos equipamentos, materiais e

insumos constantes do plano de investimento da presente proposta de

financiamento possuem certificação internacional ISSO pela SGS, IPAC e GL.

9 - INVESTIMENTOS

O investimento a realizar é composto de duas linhas tecnológicas modernas,

que permitirão responder com veemência as necessidades do mercado, sendo

uma destinada a fundição propriamente dita, constituída de secções de matéria-

prima, controlo de qualidade, carpintaria e moldagem, formagem, rebarbagem e

tratamento térmico. Outra linha, totalmente diferente, será a unidade de metalo-

mecânica, onde serão fabricadas e montadas peças e equipamentos diversos,

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respeitando as normas e os padrões internacionalmente aceites, de modos a se

alcançar a eficiência e a excelência na produção. Esta unidade será constituído

de tornos, prensas, equipamentos de rebarbagem, madriladoura, pontes

rolantes, equipamentos para diversos tipos de soldaduras, estufas para pintura,

geradores, dentre outros.

Igualmente inclui também a construção do edifício fabril e os custos com

serviços gerais.

10- GARANTIAS

Como garantia, o promotor apresenta a unidade industrial a construir.

11 - CONCLUSÕES

O estudo foi elaborado tendo em conta análise ponderada, de modos a

preservar possível alteração dos preços no mercado.

Indicadores económico-sociais

A empresa prevê 64 trabalhadores no ano de estabilização e um investimento

total na ordem de 40.452.681,00 Kwanzas.

Indicadores de viabilidade e rentabilidade

Considerando uma taxa de custo de capital de 6,7%, obtivemos os seguintes:

VAL 1.338.099.424,00 Akz

TIR 24,31%

Pay-back: 40 meses

Racio B/C: 2,30

De facto o VAL é muito superior a zero, o que nos permite ter uma margem de

viabilidade muito grande, para além de obviamente o projecto se demonstrar

perfeitamente viável.

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A TIR, é superior em relação a taxa de atractividade. O valor assumido por este

indicador, é superior ao nível de remuneração médio obtido nos investimentos

financeiros, mesmo aqueles que incorporam riscos elevados para os

investidores.

O prazo de retorno do investimento é curto, 40 meses, portanto bom para um

investimento deste tipo, cujos períodos de vida económica, vida útil e mesmo

vida fiscal, são muito superiores - os equipamentos, por exemplo, tem um

período de vida útil estimada em cerca de 12 anos, segundo as previsões dos

seus construtores.

Indicadores do impacto do projecto no mercado e para a colectividade

O coeficiente médio do capital produto é igual a 0,1456 o que significa que o

investimento total representa cerca de 14,56% do VAB acumulado.

O coeficiente de intensidade capitalista é igual a 3,09, o que significa que por

cada unidade de capital investido é gerado um V.A.B. de 3,09 Akz

A produtividade média da mão-de-obra é de Akz 43.303.858,00, o que

significa que ao longo de toda vida útil do projecto, cada trabalhador gera um

produto acumulado de Akz. 43.303.858,00.

O efeito distribuído do projecto é de 5,31 o que significa que 5,31% do VAB

gerado é destinado a remunerar o factor produtivo primário, o trabalhador.

A intensidade de produtividade de capital é de 6,87 Akz, o que quer dizer que

por uma unidade de capital o V.A. B. 6,87 AKz.

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Percentagem de utilização da capacidade de pagamento da exploração

previsional

A capacidade de pagamento da exploração previsional máxima é de cerca de

68,49% e a mínima é de cerca de 32,84%.

A empresa goza de boa saúde financeira. Cumpre com todos os prazos de

pagamento das dívidas a fornecedores.

Este projecto, em particular, vai ajudar na melhoria desta já salutar saúde

financeira, na medida em que aumentará os seus cash flows.

Do diagnóstico feito, este projecto de investimento responde clara e

positivamente aos princípios exigíveis: i. os seus objectivos são coerente com a

estratégia da empresa e do país; ii. O investimento possui um excelente grau de

inovação; iii. A iniciativa promove a cooperação inter-empresarial nacional; e, iv.

Contribui de forma positiva para a competitividade nacional.

O projecto vai de encontro as necessidades prementes da economia nacional.

Ajudará na diminuição dos custos de produção das indústrias existentes, que

terão disponíveis no mercado os meios e equipamentos de substituição de que

necessitam, deixando, como é óbvio de importar com os altos custos dai

decorrentes.

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12 - ASSINATURAS

Os signatários, na forma da lei, responsabilizam-se pela veracidade das

informações prestadas.

Luanda, 13 de Dezembro de 2011.-

Representantes da Empresa

Responsáveis p/ Elaboração do

Projecto

Nome Nome

Salvador Rodrigues e Paulo Neto António Ngongo T. Conceição

BI BI

000673672BO037 000518297HA038

Assinatura Assinatura

Nome Nome

BI BI

Assinatura Assinatura

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13 - ANEXOS

Da Empresa Proponente:

1) Comprovativo da titularidade do imóvel onde será implantado o

empreendimento que servirá de garantia da operação;

2) Licença expedida pelo órgão do meio ambiente (Ministério de Urbanismo e

Ambiente);

3) Cópia do contrato de fornecimento de tecnologia;

4) Cópia do contrato de assistência técnica;

5) Cópia dos contratos de venda dos produtos;

6) Relação Patrimonial dos sócios, fiadores e avalistas, com estimativa de

valores;

7) Alvará Comercial;

8) Certificado de Registo Estatístico;

9) DAR – Documento de Arrecadação de Receitas;

10) Escritura ou pacto social da empresa com a respectiva publicação em D.R.;

11) Certificado de Registo Comercial;

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12) Projecto arquitectónico das edificações, incluindo croquis de

localização/situação;

13) Orçamento analítico das construções civis a realizar;

14) Cronograma físico-financeiro:

- das construções civis a realizar;

- do projecto (construções civis, máquinas e equipamentos, veículos,

embarcações e capital circulante);

15) Proposta / Orçamento dos fornecedores e catálogos de máquinas,

equipamentos, veículos, embarcações, móveis e utensílios e demais bens

objecto do financiamento;

16) Comprovativo da disponibilidade de recursos próprios (aplicações

financeiras, depósitos, poupança), além de bens para venda e/ou comprovante

de gastos realizados por conta do projecto, para fazer face à contrapartida da

empresa no investimento projectado, se for o caso;

17) Relação de Equipamentos Nacionais;

18) Relação de Equipamentos Importados.

19) Pacto Social/Estatuto Social da empresa controladora, com respectivas

alterações;

21) Balanços dos três últimos exercícios com respectivas Demonstrações de

Resultados.