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CÂMARA MUNICIPAL DE FRANCA ESTADO DE SÃO PAULO www.camarafranca.sp.gov.br Rua da Câmara, 1 Bairro São José CEP: 14.401-306 Fone: (16) 3713-1555 Fax: (16) 3713-1500 DDG 0800 940 1555 [email protected] Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Franca, SP. A preservação do patrimônio histórico, natural, cultural e artístico de um município é dever de todos os seus cidadãos e constituem- se pela paisagem natural característica, por bens móveis ou imóveis, de natureza material ou imaterial. Essa preservação do patrimônio histórico, natural, cultural e artístico tem como instrumento institucionalizado o seu tombamento, quando esse patrimônio for de interesse público. Franca conta com o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico - Condephat, órgão municipal destinado a cuidar das questões do patrimônio histórico e cultural do município. Ali são registrados, em seu Livro de Tombo, os declarados como patrimônio histórico, artístico ou natural. Vários imóveis, monumentos e equipamentos com valor histórico, artístico ou natural de Franca foram tombados pelo Condephat ou por lei municipal, como o Relógio do Sol, o Jardim Zoobotânico, Fossas Sépticas Imnhoff da Estação de Tratamento de Esgoto, Coreto da Praça Sabino Loureiro, frontão do Estádio do Palmeiras Futebol Clube, Estação Ferroviária “Mogiana”, entre outros imóveis, que relacionamos em anexo. Enquanto o tombamento histórico de uma casa antiga busca preservar as raízes culturais de uma sociedade, podemos dizer que o tombamento de uma árvore pretende resguardar não apenas as raízes, mas também o tronco, os galhos, as flores e os frutos de ações irregulares, do descaso, do descuido e do seu corte, além e manter longe do esquecimento todas as histórias envolvidas com sua existência.

PROJETO DE LEI DE PROTEÇÃO Á PAINEIRA

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Projeto de Lei de autoria do vereador Luiz Carlos Vergara (PSB) que protege de extermínio a centenária Paineira, localizada no km 406 da Rodovia Cândido Portinari, ameaça de ser derrubada pela duplicação da estrada.

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Fone: (16) 3713-1555 Fax: (16) 3713-1500 DDG 0800 940 1555

[email protected]

Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Franca, SP.

A preservação do patrimônio histórico, natural, cultural e

artístico de um município é dever de todos os seus cidadãos e constituem-

se pela paisagem natural característica, por bens móveis ou imóveis, de

natureza material ou imaterial.

Essa preservação do patrimônio histórico, natural, cultural e

artístico tem como instrumento institucionalizado o seu tombamento,

quando esse patrimônio for de interesse público.

Franca conta com o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,

Arqueológico, Artístico e Turístico - Condephat, órgão municipal

destinado a cuidar das questões do patrimônio histórico e cultural do

município. Ali são registrados, em seu Livro de Tombo, os declarados como

patrimônio histórico, artístico ou natural.

Vários imóveis, monumentos e equipamentos com valor histórico,

artístico ou natural de Franca foram tombados pelo Condephat ou por lei

municipal, como o Relógio do Sol, o Jardim Zoobotânico, Fossas Sépticas

Imnhoff da Estação de Tratamento de Esgoto, Coreto da Praça Sabino

Loureiro, frontão do Estádio do Palmeiras Futebol Clube, Estação

Ferroviária “Mogiana”, entre outros imóveis, que relacionamos em anexo.

Enquanto o tombamento histórico de uma casa antiga busca preservar

as raízes culturais de uma sociedade, podemos dizer que o tombamento de

uma árvore pretende resguardar não apenas as raízes, mas também o tronco,

os galhos, as flores e os frutos de ações irregulares, do descaso, do

descuido e do seu corte, além e manter longe do esquecimento todas as

histórias envolvidas com sua existência.

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Em Franca, o Código do Meio Ambiente prevê, em seu artigo 50, que

qualquer árvore ou grupo de árvores poderão ser declarados como imunes ao

corte, mediante ato do Poder Executivo ou de lei municipal, quando o

motivo for a localização, raridade, beleza, tradição histórica, condição

genética de porta sementes ou esteja a espécie em vias de extinção na

região.

É o que estamos vivenciando atualmente em relação à Grande Paineira

existente na Rodovia Cândido Portinari, entre os quilômetros 406 e 407,

ao lado da pista Sul, defronte ao Posto Paineirão e ao bairro Jardim

Paineiras.

A árvore, pertencente à espécie Ceiba speciosa, da família

Malvaceae, conhecida por todos francanos como a Grande Paineira, com as

obras para a duplicação da Rodovia Cândido Portinari corre o risco de ser

arrancada.

A sociedade já se manifestou contra essa possibilidade, porque se

trata de uma espécie de grande porte, representativa da flora regional, e

que é considerada por todos um patrimônio histórico, cultural e natural

de nosso município e que precisa ser preservada.

A espécie em questão é centenária, um marco do local onde está

plantada, que deu nome ao Posto Paineirão inaugurado em 1990 e ao bairro

Jardim Paineiras, inaugurado em 1993. É referência aos usuários da

Rodovia Cândido Portinari e representa a flora regional e dá abrigo e

alimento à fauna silvestre. Representa muitas lembranças aos que viveram

no campo e aos que a têm como referencial de acontecimentos históricos do

município.

Fomos procurados pelo cidadão Mateus Domingos Mendes Silva,

francano, solicitando medidas para a preservação da Grande Paineira, como

uma das árvores mais relevante existente no município. Ele sugere a

declaração de imunidade ao corte, prevista no Código do Meio Ambiente do

Município.

É o que estamos propondo com o anexo Projeto de Lei, que dispõe

sobre declaração de Imunidade ao Corte da Paineira existente às margens

da Rodovia Cândido Portinari.

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A Grande Paineira tem valor cênico, está ameaçada de ser extinta,

através de seu corte, é um banco de sementes e tem importância para a

flora e fauna de nosso município. Além disso, centenária, a árvore

frondosa tem um valor histórico, considerando que gerações de famílias já

aproveitaram a sombra que ela proporciona e está inserida na história do

município.

Restringir seu corte, nesse momento em que corre o risco de ser

extinta para dar lugar a duplicação da Rodovia Cândido Portinari, é

obrigação do poder público, com base nos seus valores paisagísticos,

ambientais e histórico, salvando um patrimônio natural de nossa cidade,

cada vez mais cheia de concreto e asfalto.

A matéria é de interesse do município, que pode legislar sobre a

questão, e concorrente, podendo ser apresentada por vereador, razão pela

qual contamos com a colaboração dos nobres pares para a apreciação e

aprovação da seguinte propositura:

PROJETO DE LEI Nº /2015.

Dispõe sobre declaração de Imunidade ao Corte da

árvore Paineira localizada às margens da Rodovia

Cândido Portinari (SP 334,) entre os quilômetros

406 e 407, ao lado da pista Sul.

A Câmara Municipal de Franca, Estado de São Paulo, nos termos da

Lei Orgânica do Município,

APROVA:

Art. 1º. Fica declarada imune ao corte, nos termos do artigo 50 da Lei

Complementar nº 09, de 26 de novembro de 1996 (Código do Meio Ambiente do

Município de Franca), a árvore localizada às margens da Rodovia Cândido

Portinari (SP 334) entre os quilômetros 406 e 407, ao lado da Pista Sul,

conhecida como a Grande Paineira, pertencente à espécie Ceiba speciosa,

da família Malvaceae.

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§ 1º. A proibição de corte da Grande Paineira, de que trata este artigo,

visa resguardar um patrimônio histórico, cultural e natural do município,

que faz parte da história de Franca, dando-lhe garantia legal de

sobrevida.

§ 2º. Motiva a declaração de imunidade ao corte da Grande Paineira, seus

valores histórico, cultural e natural:

I. A árvore é um exemplar adulto, centenária, gravada na memória dos

usuários da Rodovia Cândido Portinari e dos moradores dos bairros

periféricos localizados às margens da rodovia, pela sua saúde,

beleza e exuberância.

II. Em suas sombras muitos já passaram e descansaram e suas flores e

painas remetem à lembrança de quem viveu no campo;

III. Representa a flora regional e dá abrigo e alimento à fauna

silvestre.

Art. 2º. A Declaração de Imunidade ao Corte da Grande Paineira, na forma

desta Lei, será registrada no Livro de Tombo do Conselho Municipal de

Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico de

Franca – CONDEPHAT.

Parágrafo único. Qualquer intervenção nas proximidades da Grande Paineira

somente poderá ser feita após comunicação ao CONDEPHAT de Franca, que

poderá determinar a execução de obras ou ações imprescindíveis à sua

preservação.

Art. 3º. A infração de dispositivos desta Lei implicará em multa de até

500 UFMF’s (Unidade Fiscal do Município de Franca), que será aplicada

pela unidade municipal de posturas.

Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 5º. Revogam-se as disposições em contrário.

Câmara Municipal de Franca, em 20 de fevereiro de 2015.

LUIZ CARLOS VERGARA PEREIRA

Vereador