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ESCOLA ESTADUAL DE FAROL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
FAROL
2007
A ESCOLA
Escola é...O lugar onde se faz amigos,não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos...Escola é, sobretudo, gente,gente que trabalha, que estuda,que se alegra, se conhece, se estima.O diretor é gente,o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente,cada funcionário é gente.E a escola será cada vez melhorna medida em que cada umse comporte como colega, amigo, irmão.Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”.Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém,Nada de ser como o tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só.Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,é também criar laços de amizade,é criar ambiente de camaradagem,é conviver, é se “amarrar nela”!Ora, é lógico...numa escola assim vai ser fácilestudar, trabalhar, crescer,fazer amigos, educar-se,ser feliz.
PAULO FREIRE
SUMÁRIO
I- INTRODUÇÃO..........................................................................................5ATO SITUACIONAL.....................................................................................9I-2. LOCALIZAÇÃO....................................................................................11I-3. ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA ..............................................12I-4. CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS.................................................18I-5 OFERTA DE CURSOS E TURMAS........................................................20I-6. CARACTERIZAÇÃO DO ALUNADO.....................................................21I-7 ORGANIZAÇÃO DOS DOCENTES, DISCENTES, FUNCIONÁRIOS EM 2007...........................................................................................................23II – OBJETIVO GERAL................................................................................26III – OBJETIVO ESPECÍFICO....................................................................26IV – PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR....................27V – PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO...................................31VI – REALIDADE ATUAL DA EDUCAÇÃO.................................................33VI-1 – PESQUISA DE OPINIÃO QUANTO A ESCOLA ESTADUAL DE FAROL........................................................................................................45VI-1.1 RESULTADO DE OPINIÃO DOS PAIS E ALUNOS..........................46VI-1.2 RESULTADO DE OPINIÃO DOS PROFESSORES...........................48VI-1.3 RESULTADO DE OPINIÃO DOS FUNCIONÁRIOS.........................51ATO CONCEITUAL....................................................................................54VII – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA ESCOLA ....................................55VII-1 FUNDAMENTOS POLÍTICOS...........................................................56VII-2 FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS....................................................57VII-3 FUNDAMENTOS ÉTICOS.................................................................59VII-4 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE.........................................................62VII-5 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA......................................................63VII-6 CONCEPÇÃO DE HOMEM...............................................................64VII-7 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO..........................................................65VII-8 CONCEPÇÃO DE ESCOLA...............................................................67VII-9 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO...............................................68VII-10 CONCEPÇÃO DE PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM............69VII-11 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO........................................................71VII-12 CONCEPÇÃO DE EDUCADOR........................................................73VII-13 CONCEPÇÃO DE EDUCANDO.......................................................75VII-14 CONCEPÇÃO DE CULTURA...........................................................75VII-15 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA .......................................................76VII-16 GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA..................................78VII-17 CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA – ESCOLA ESTADUAL DE FAROL........................................................................................................80VII-17.1. INCLUSÃO..................................................................................84VII-17.2 EDUCAÇÃO ESPECIAL................................................................86VII-17.3 RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA.................................................................................................88VII-17.4 EDUCAÇÃO DO CAMPO.............................................................90VII-17.5 AGENDA 21 NA ESCOLA............................................................92
VII-18.6 TECNOLOGIAS NO AMBIENTE ESCOLAR.................................93VII-18.7 EDUCAÇÃO FISCAL....................................................................96ATO OPERACIONAL..................................................................................99VIII – AÇÕES E PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS E PEDAGÓGICAS DA ESCOLA ESTADUAL DE FAROL..............................................................100VIII-1 GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA.................................101VIII-1.1 O PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR.................................................................................................102VIII-1.1.1 O DIRETOR COMO ARTICULADOR .......................................103VIII-1.1.2 O PROFESSOR PEDAGOGO COMO MEDIADOR E COORDENADOR DA AÇÃO PEDAGÓGICA.............................................104VIII-1.1.3 O PROFESSOR ENQUANTO EDUCADOR...............................106VIII-1.1.4 O EDUCANDO CONHECEDOR CRÍTICO-REFLEXIVO...........108VIII-1.1.5 O FUNCIONÁRIO ENQUANTO PARCEIRO DA EDUCAÇÃO. .110VIII-1.2 O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS................................111VIII-1.2.2 ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS / APMF.................................................................................................................112VIII-1.2.3 CONSELHO ESCOLAR............................................................114VIII-1.3 A INTEGRAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA........................................115VIII-2 RECURSOS QUE A ESCOLA ESTADUAL DE FAROL DISPÕE PARA REALIZAR O SEU PROJETO....................................................................117VIII-3 BIBLIOTECA DA ESCOLA ESTADUAL DE FAROL........................119VIII-4 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR. .120VIII-5 CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS .........................120VIII-6 LOCOMOÇÃO DO EDUCANDO DA ZONA RURAL - TRANSPORTE ESCOLAR.................................................................................................121VIII-7 MERENDA ESCOLAR OFERTADA PELA ESCOLA........................122VIII-8 COMPROMISSO DA ESCOLA ESTADUAL DE FAROL PARA UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE..................................................................123VIII-8.1 O CURRÍCULO DA ESCOLA ESTADUAL DE FAROL.................123VIII-8.2 A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS EDUCADORES DA ESCOLA ESTADUAL DE FAROL.............................................................................126VIII-8.3 A NECESSIDADE DE UM BOM PLANEJAMENTO DOCENTE E A HORA-ATIVIDADE...................................................................................128VIII-8.4 O TRABALHO PARA A PERMANÊNCIA, O RENDIMENTO/APROVEITAMENTO E PROMOÇÃO DO EDUCANDO. . .130VIII-9 PRÁTICAS AVALIATIVAS DA ESCOLA ESTADUAL DE FAROL.....132VIII-9.1 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO EDUCANDO, FRENTE À AÇÃO EDUCATIVA DO PROFESSOR.......................................................133VIII-9.2. O CONSELHO DE CLASSE: PROCESSO AVALIATIVO.............136VIII-9.3 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL....................................................138IX – PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA.........................................................143X – PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA..................................152XI – PROJETOS.......................................................................................158PROJETO: CONHECER E VALORIZAR A CULTURA BRASILEIRA.........166
CRONOGRAMA.................................................................................178XII – ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO..........................................................................................179CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................181REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA..............................................................182
2
ANEXOS...................................................................................................187PROPOSTA CURRICULAR.......................................................................192
3
APRESENTAÇÃO
A Escola Estadual de Farol - Ensino Fundamental apresenta
este projeto político-pedagógico, o qual explicita o cotidiano da
escola, as práticas pedagógicas articuladas e construídas, bem
como as bases teóricas e concepções que alicerçam o fazer
pedagógico da escola.
Este projeto vem representar também a luta intensa e
continua da Escola Estadual de Farol pela melhoria da qualidade
de ensino, o que representou longas horas de estudos,
reflexões e discussões entre os profissionais da educação da
escola, APMF, Membros do Conselho Escolar, enfim toda a
comunidade escolar.
Este trabalho coletivo exigiu a revisão de concepções,
princípios, e bases teóricas , no sentido de construção e
reconstrução consciente do comprometimento com a
comunidade a qual a escola pertence.
2
I- INTRODUÇÃO
A natureza humana não é dada ao homem mas é por ele produzida sobre a base da natureza biofísica. Conseqüentemente, o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens (SAVIANI, 1997 p. 11)
Tendo em vista que a escola pública é o elemento básico
da vida social e da cultura, esta deve trabalhar as diversidades
no espaço escolar diante da variedade de manifestações com o
intuito da promoção da cidadania através de preparação dos
profissionais da educação, respeito a diversidade promovendo a
inclusão, e aproveitamento da experiência do aluno valorizando
sua cultura.
O trabalho pedagógico na escola exige compreensão das
contradições, limites e possibilidades que a constituem. Isto
porque a escola é um espaço de construção, de luta contra a
desigualdade, um espaço de singularidade e pluralidade, um
espaço de socialização e saber.
Partindo do pressuposto de que a escola pública deve
estar comprometida com a construção da sociedade, e para isto
deve ser competente na transmissão do saber elaborado
historicamente pelos homens, faz-se necessário a organização
de um trabalho que sustente e explicite a sua especificidade.
Este trabalho implica na construção coletiva do “Projeto
Político-Pedagógico”, o qual manifesta a identidade da escola
pública, assim como seu compromisso político com aqueles a
quem ela “atende”.
O projeto político-pedagógico promove espaços de
discussão e participação coletiva, revela e explicita na forma de
registro documental as reflexões e propostas voltadas para a
educação pública.
Entretanto é preciso conceber um projeto político-
pedagógico que articule a idéia de que a educação escolar,
enquanto prática social mediadora, precisa ser instrumento de
transformação da realidade. Esta educação deve estar pautada
no conhecimento que se origina na prática social dos homens e
nos processos de transformação da natureza por eles
construído.
(...) Se a educação é mediação, isto significa que ela não se justifica por si mesma mas tem sua razão de ser nos efeitos que se prolongam para além dela e que persistem mesmo após a cessação da ação pedagógica. (...) dado o caráter da educação como mediação no seio da prática social global, a relação pedagógica tem na prática social o seu ponto de partida e seu ponto de chegada, resulta inevitável concluir que o critério para se aferir o grau de democratização atingido no interior das escolas
6
deve ser buscado na prática social. ( SAVIANI, 1995, p. 86)
Considerando a relação existente entre a produção
social da existência humana e a elaboração do conhecimento, a
prática pedagógica deve basear-se na teoria Histórico-crítica,
que tem na sua essência a valorização do conhecimento do
educando, sendo o conteúdo, uma produção histórico-social de
todos os homens, caracterizando uma concepção dialética da
educação.
Evidencia-se a necessidade de um Projeto Político-
pedagógico que venha ressignificar o papel da escola em nossa
comunidade, na busca da autonomia no sentido amplo de
construção, na formação do cidadão como agente
transformador da sociedade. E para isto a realização das ações
no coletivo da escola como: a participação da família que é
parte integrante e fundamental na formação do educando, a
união e valorização dos profissionais da escola, assim como
participação efetiva da comunidade, engajada no objetivo de
uma educação construidora de uma sociedade justa e
igualitária.
A Escola Estadual de Farol tem a responsabilidade de
promover um ensino de melhor qualidade; possibilitar
interações sociais e culturais; e utilizar de todos os recursos
necessários a fim de estimular e manter o educando e toda a
comunidade escolar como sujeitos ativos na construção da
realidade farolense.
7
A responsabilidade se faz muito maior considerando ser
a única escola do município a atender o ensino fundamental de
5ª a 8ª séries, este fator incide maior compromisso em realizar
um trabalho educativo sério. A comunidade farolense precisa
contar com uma escola que faça acontecer o ensino público,
gratuito e de qualidade que garanta acesso ao conhecimento
universal , fazendo assim acontecer o desenvolvimento global
dos indivíduos e conseqüentemente da comunidade.
8
ATO SITUACIONAL
I-1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Escola Estadual de Farol – Ensino FundamentalRua Pernambuco nº 669 – Centro. CEP – 87.325-000. Farol –PRTelefone: 44 35631211 CÓDIGO: 00032
1.1.MUNICÍPIO DE FAROL-PARANÁ
CÓDIGO: 0757
1.2.DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA ESTADUAL
CÓDIGO: 02
1.4. NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPO MOURÃO
CÓDIGO: 05
1.5.ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
1.6. ATO DE AUTORIZAÇÃO DE ESCOLA:RESOLUÇÃO Nº CONJUNTA 67/82 DE 29/07/1982
1.7. ATO DE RECONHECIMENTO DA ESCOLA:RESOLUÇÃO Nº 5544 DE 24/07/1984
1.8. ATO DE RENOVAÇÃO DO RECONHECIMENTO DA ESCOLA:RESOLUÇÃO Nº 2727/02 DE 09/08/2002
1.9. PARECER NO NRE DE APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR: Nº 049/2005 DE 07/03/2005.
1.10 DISTÂNCIA DA ESCOLA DO NRE: 30 (TRINTA) KM.
1.11 LOCAL: URBANA
1.12. E-mail da Escola: [email protected]
10
I-2. LOCALIZAÇÃO
A Escola Estadual de Farol localiza-se no município de
Farol/PR, o qual iniciou sua história pela instalação do Distrito
de Farol – Município e Comarca de Campo Mourão, em data de
30/11/1958. Pela Lei nº 9785 de 25/10/1991 ficou criado o
Município de Farol, com território desmembrado do Município de
Campo Mourão, com sede na localidade do mesmo nome e com
as divisas assim especificadas:
O Perímetro Urbano “começa no entroncamento da rua
Rio Grande do Sul, com a rua Ceará, segue pela rua
Pernambuco, segue por este até a rua Paraíba, por este até a
rua Goiás, por este até a rua Sergipe, por este até a rua Rio
Grande do Sul, por este até o entroncamento com a rua Ceará,
ponto inicial e final”.
O Perímetro Rural “tem como inicial a foz do rio Riozinho
no Rio Goioerê, sobe pelo rio Goioerê, ate a foz do rio Farol,
sobe por este até a divisa dos lotes 38 com os lotes 39 e 39 – A
por esta divisa até a cabeceira do rio granada, seguido por este
pelas divisas 29,50 e 26 com o lote 51, até encontrar a
nascente do arroio Isidoro, desce por este até sua foz do arroio
Paraguaio, desce por este até sua foz do rio Riozinho, desce
pelo rio Riozinho, até sua foz no rio Goioerê, ponto inicial.”
Área territorial do Município: 1998 km2 ou 19.980 alqueires
11
Altitude Média – 630 metros.
Topografia – 40% plana, 50% ondulada, 10% montanhosa.
Clima – Sub – tropical, verão chuvoso e inverno seco, com
temperatura que variam de 16º a 27º C.
Classificação – Latossolo roxo distrófico ( 60% ) podzolica
vermelho amarelo( 40% )
Possibilidade de mecanização – cerca de 90% de área é
mecanizável.
Quanto a população, o município de Farol, de acordo
com a estimativa do senso de 2006 na data de 01-07-2006
conta atualmente com uma população de 3.653 habitantes.
I-3. ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA
No ano de 1971, foi inaugurado em convênio Estado e
Município o prédio municipal, com cinco (5) salas de aulas
construídas para instalar a Escola de 1º Grau – 5ª a 8ª séries
para funcionar como extensão do Colégio Estadual Professor
João D’Oliveira Gomes – Campo Mourão.
12
Em 1978, já foi iniciado o Plano de implantação para
desmembrar a Escola da sede e criar a Escola do Distrito.
Em Outubro de 1981 foi construído através de convênio
Estado/Município o gabinete Odontológico, Departamento
Municipal de Esportes e refeitório, o qual parte dele é utilizado
para sala de recursos e sala de leitura.
Em 29-07-1982, foi criado a Escola de Farol - Ensino de
1º grau, pela Resolução conjunta nº 67/82, mantida pelo
governo do Estado do Paraná, funcionando em 2 turnos: tarde e
noite, com um total de 200 alunos, tendo como Diretora a
Professora Célia Maria Dadamo Carneiro e Secretária a Srª
Francisca Aparecida de Freitas Campos.
Em 25-05 de 1983, passou a denominar-se Escola
Estadual de Farol – Ensino de 1º Grau, pela Resolução 1.820/83.
O prédio no mesmo ano foi ampliado com 02 salas, totalizando
7 salas de aula.
Em data de nove de Julho de 1984, foi reconhecido o
curso de 1º Grau - Regular da Escola Estadual de Farol – Ensino
de 1º Grau do Distrito de Farol – Município de Campo Mourão,
mantido pelo Governo do Estado do Paraná.
Em 1986 foi criado o símbolo (Brasão) da Escola
Estadual de Farol, um fato muito importante, visto que foi
13
realizado por meio de seleção de várias sugestões entre
direção, professores, funcionários e alunos.
A antiga quadra de esportes foi substituída em 1994
por uma quadra coberta com arquibancadas, faltando concluir a
obra com levantamento das paredes e outros benefícios para se
transformar em ginásio de esportes.
A APMF da Escola Estadual de Farol ampliou a antiga
cantina em 1996, para também funcionar a sala dos
professores e Direção da escola. Foi então construído também a
praça e o portão de entrada lateral da escola.
Em Março de 1998, em conjunto, Fundepar e Município
construíram uma 01 sala para funcionar a Educação Especial,
02 salas de aula, 01 laboratório de ciências, 01 sala de leitura,
01 sala para atendimento psicológico, 01 sala para Secretaria
da Educação Municipal e salas para atender secretaria escolar,
direção, e professores da Escola Municipal Cassimiro de Abreu,
assim como para embelezamento a praça da geometria.
Foi construída também entre convenio Fundepar e
Município 02 salas de aula e laboratório de informática
municipal.
O prédio, o qual funciona a Escola Estadual de Farol é
municipal, sendo em sua maioria ampliado através de
convênio, como foi citado entre a Fundepar e o Município. O
14
atendimento se realiza no período da manhã e tarde para os
alunos da Escola Municipal Cassemiro de Abreu – 1ª a 4ª séries,
e também de manha e tarde para os alunos da Escola Estadual
de Farol – 5ª a 8ª séries, conforme demonstra o quadro abaixo:
Resumo da história, construção, ampliação e ocupação
do prédio o qual funciona a Escola Estadual de Farol – Ensino
Fundamental 5ª a 8ª séries:
ANO CONSTRUÇÃO ATENDIMENTO OBRA1971 ALA 1
05 salas de aula;01 secretaria01 cantina01 pátio coberto02 banheiros: masc. e fem.01 quadra de esportes
Extensão do Colégio Estadual Prof. João D’ Oliveira Gomes de Campo Mourão/PR
Convênio Estado e Município
1981 ALA 201 gab. Odontológico01 sala de esportes01 cozinha01 refeitório01 sala de recursos01 sala de leitura
MunicípioMunicípio5ª a 8ª séries5ª a 8ª séries1ª a 4ª e 5ª a 8ª séries5ª a 8ª séries
Convênio Estado e Município
1983 Ampliação da ALA 102 salas de aula 1ª a 4ª e 5ª a 8ª
Convênio Estado e Município
1994 Ampliação da ALA 1Cobertura da quadra de esportes
1ª a 4ª e 5ª a 8ªConvênio Estado e Município
1996 Ampliação da ALA 1Ampliação da cantina para:Sala de direçãoSala dos professoresPraça e calçamento do pátio aberto
5ª a 8ª séries APMF
15
1998 ALA 302 salas de aula01 laboratório de ciências01 biblioteca01 secretaria escolar 01 sala dos professores01 sala de direção01 cozinha01 sala para Educação Especial
1ª a 4ª séries Convênio Estado e Município
2002 ALA 402 salas de aula01 sala de informática02 banheiros: mas. e fem.
5ª a 8ª séries1ª a 4ª séries1ª a 4ª e 5ª a 8ª
Convênio Estado e Município
2007 Reforma e construção do muroReforma da sala de aula nº05
1ª a 4ª e 5ª a 8ª1ª a 4ª e 5ª a 8ª
EstadoEstado /Município
Situação Atual ano letivo de 2007.
16
2007
ADAPTAÇÃO ATEMDIMENTOALA 106 salas de aula;01 laboratório de Informática (Prdigital)01 secretaria01 pátio coberto02 banheiros: um masc. e um fem.01 quadra de esportes coberta01 sala de direção01 sala dos professores01 praça e calçamento do pátio aberto
1ª a 4ª e 5ª a 8ª5ª a 8ª5ª a 8ª1ª a 4ª e 5ª a 8ª1ª a 4ª e 5ª a 8ª1ª a 4ª e 5ª a 8ª5ª a 8ª5ª a 8ª1ª a 4ª e 5ª a 8ª
ALA 201 gab. Odontológico01 cozinha01 refeitório02 sala de recursos01 sala de leitura01 banheiro
MunicípioMunicípio5ª a 8ª1ª a 4ª e 5ª a 8ª5ª a 8ªMunicípio
ALA 302 salas de aula01 laboratório de ciências01 biblioteca01 Sala de informatica01 secretaria escolar 01 sala dos professores01 sala de direção01 cozinha01 DECET- Departamento de Educação
1ª a 4ª1ª a 4ª1ª a 4ª1ª a 4ª1ª a 4ª1ª a 4ª1ª a 4ª1ª a 4ªMunicípio
ALA 403 salas de aula02 banheiros: um mas. e um fem.
5ª a 8ª1ª a 4ª e 5ª a 8ª
Ao completar 20 anos de criação em 19/07/2002, a
Diretora da Escola Célia Maria Dadamo Carneiro, juntamente
com o professor Deocleciano Domingues Carneiro compuseram
Letra e Musica do Hino da Escola Estadual de Farol:
17
Hino da Escola
A Escola Estadual de Farol
Ensina o aprenderA busca pelo conhecimentoE a missão maior , a todo momento.
Sua proposta é dinâmicaNo social e no saber.A equipe sempre unidaSe torna forte e faz acontecer.
Estribilho.Todos ousam Sonhar e Ter féQue o mundo Melhor pode serComo nesta escola De encantos milCidade de FarolParaná Brasil.
I-4. CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS
O prédio municipal foi construído especialmente para
instalar esta Unidade Escolar (Estadual de 5ª à 8ª série, embora
18
na época (1971) funcionasse como extensão do Colégio
Estadual João D’Oliveira Gomes – Campo Mourão. Com a
municípalização de 1º a 4ª série passou a funcionar de 1ª a 8ª
séries no mesmo prédio. O prédio é térreo e de alvenaria, foi
ampliado com biblioteca, laboratório de informática. A quadra
de esporte ainda inacabada atende as atividades esportivas e
culturais. O gabinete odontológico oferece tratamento
preventivo, principalmente de 1ª a 4ª série embora atenda
durante as férias alunos de 5ª a 8ª séries).
As condições de salubridade, higiene e segurança do
prédio, bem como, da área onde esta localizada a Escola, são
consideradas satisfatórias. O terreno é bem localizado não
tendo em suas mediações ruas ou avenidas movimentadas que
venham a prejudicar as condições exigidas ambientais e de
segurança dos alunos.
As condições físicas e materiais da Escola Estadual de
Farol apresentam-se insatisfatórias considerando que a quadra
de esportes é aberta dificultando as aulas de Educação Física e
eventos culturais, a biblioteca ocupa espaço pequeno e
inadequado para estudos, leituras, e pesquisas, o refeitório
carece de melhorias na iluminação e ventilação assim como a
secretaria necessita de ampliação e adequação para o bom
trabalho e atendimento a comunidade escolar.
19
I-5 OFERTA DE CURSOS E TURMAS
O funcionamento da escola está distribuído em dois
turnos: manhã e tarde, sendo de Ensino Fundamental - 5ª a 8ª
séries, funciona com carga horária de 800 (oitocentos) horas,
ministradas em 200 (duzentos) dias letivos de trabalho escolar
efetivo.
No período da manhã, são atendidos os alunos que
moram na cidade e que não dependem do transporte escolar,
pois a escola da rede municipal inicia suas atividades às 08:00
horas (chegada do transporte escolar) tornando inviável a
matricula dos alunos que dependem do referido transporte.
No período da tarde, o transporte Escolar atende alunos
de todas as localidades e será priorizado o atendimento aos
alunos da zona rural.
Serão considerados de efetivo trabalho escolar, os dias
em que forem desenvolvidas atividades regulares de aulas ou
outras programações didático-pedagógico, planejadas pela
escola, desde que contem com a presença de professores e
com a freqüência controlada dos alunos.
Para cumprimento da carga horária em lei, o tempo de
intervalo entre uma aula e outra, assim com o recreio, serão
consideradas como atividades escolares e computadas na carga
20
horária diária da classe ou, proporcionalmente, na duração da
aula de cada componente curricular.
I-6. CARACTERIZAÇÃO DO ALUNADO
A Escola no ano de 2.007, conta com um total de 322
alunos matriculados nos turnos da manhã e tarde.
A comunidade escolar, está na faixa de idade entre 9 e
14 anos, exceto alguns casos de alunos com idade superior a
essa.
O grupo de alunos que compõe a Escola é oriundo da
zona urbana e periferias, tendo também uma boa clientela da
zona rural: Martinópolis, Água da Fartura, Água da Fonte,
Serraria Vitória, Água do Meio, Riozinho e Tamanduá. A clientela
recebida vêm das escolas municipais Casimiro de Abreu Ensino
Fundamental, (urbano) e Eulália Carneiro de Campos Educação
Infantil e Ensino Fundamental ( Martinópolis-urbano).
A maioria dos alunos apresenta condições favoráveis à
aprendizagem e prontidão para o saber, seja ele formal,
informal ou sistematizado. Há entretanto uma grande parcela
de alunos, que apresentam dificuldades de aprendizagem
provavelmente acarretadas por desestímulo devido as
condições em que vivem.
21
8% 7%
6%
9%
11%9%7%8%
8%
7%
7%
6%
7%
5ªA
5ªB
5ªC
6ªA
6ªB
6ªC
7ªA
7ªB
7ªC
8ªA
8ªB
8ªC
Sala de Recursos
As condições básicas de saúde, alimentação da maioria
do alunado é considerada razoável, embora na época de entre
safras acentua-se as dificuldades financeiras da população
carente, que geralmente é atendida pela Ação Social da
Prefeitura através de trabalhos temporários e cestas básicas.
A maioria dos alunos e pais acredita que a educação
seja a chance de um futuro mais promissor demonstrando
interesse em dar continuidade nos estudos. É notório que uma
pequena parcela apresenta chance de ingressar num curso
universitário, em virtude do fator sócio-econômico-cultural no
qual estão inseridos.
GRÁFICO DE MATRICULA INICIAL DE 2007
TOTAL= 322 ALUNOS
22
I-7 ORGANIZAÇÃO DOS DOCENTES, DISCENTES, FUNCIONÁRIOS EM 2007.
DADOS NÚMERONúmero de turmas 12Número de alunos 322Número de Professores 16Número de Diretor(a) 01Número de Pedagogos(as) 02Número de Funcionários 07
SETOR ADMINISTRATIVO
Nome Rg. Vinculo Função Turno TrabalhaFátima Mª de Souza
Rocha
4.346.498-
1
QPM Diretora Manhã e Tarde
SETOR PEDAGÓGICO
Nome Rg. Vinculo Função Turno TrabalhaClaudia Mª Colaço
Lemos
4.121.941-
6
QPM Profª
Pedagoga
Manhã
Regiane Apª de Souza 6790311-0 QPM Profª
Pedagoga
Tarde
PROFESSORES
23
N. dos Professores Rg. LF/Vi
nc
Habilitação Competências Turno
Camila Lucca Nunes 751256-82 PSS Cursando E.F Educação Física TardeClaudia Luciana Jorge 6488572-3 QPM Pedagoga PG Sala de
Recursos
Manhã
Daniel Luiz dos Stos
Martins
8057938-1 PSS Ed. Física- P.G. Educação Física Manhã
Dinorá Berbethe 2122945-8 QPM Geografia- P.G. Geografia Manhã e
TardeEdson Martins 3618579-1 QPM Letras - P. G. Inglês /
Literatura
Manhã e
TardeElza Mara Gênero
Novack
21231092 QPM Letras - P.G. Português / Arte Tarde
Irene Trevisoli de Lima 2134086-3 QPM Letras - P.G. Português / Lit. Manhã e
TardeJardel Santos Cipriano 7143445-1 PSS Matemática- P.G.Matemática ManhãJoana Souza de Melo
Oliveira
4064374-5 QPM Ciências- P.G. Ciências Manhã e
TardeMagnólia M. Bahlus 1593276 QPM Letras – P. G Artes Manhã e
TardeMaria Apª B. Francolina 4.577.232-
2
QPM Matemática- P.G.Matemática Tarde
Maria Ryzy Machado 1606310-0 QPM Geografia - P.G. Geografia Manhã e
TardeMirian Justi Vicente 4159541-8 PSS Port. / Inglês-
P.G.
Arte / Inglês Manhã e
TardeRosenilda Apª Farias 4029917-3 QPM História Hist. / E.
Religisoso
Manhã e
TardeShirley Lozove
Guimarães
2251559 QPM História- P.G. História Manhã e
TardeSirlene de Fátima de
França
6171864-8 QPM Mat. - P.G. Matem./Ciências Manhã e
Tarde
SETOR FUNCIONAL
24
Nome Rg. LF. Vinc. Habilitação Categori
a
Turno
Alzira Barros
Cordeiro
6192656-9 01-CLAD Fund. Inc. Aux.
Serv.
Gerais
Manhã
e Tarde
Candida Lourenço
Ferreira
4.347.135-
5
01-CLAD Fund. Inc. Aux.
Serv.
Gerais
Manhã
Genivaldo Ferreira 4.381.625-
0
01-QPPE Curso Normal
Superior – P.G.
Técn.
Adm.
Manhã
e TardeEderson Carlos
Gomes
8.636.765-
3
01-QPPE Ciências – P.G. Técn.
Adm.
Manhã
e TardeMarcos Antonio
Martins
6.066.496-
0
01-QPPE Grau -Superior Técn.
Adm.
Manhã
e TardeMarilene de Freitas 5.721.712-
0
01-CLAD Fund. Inc. Aux.
Serv.
Gerais
Manhã
e Tarde
Marinalva de Souza
Rocha
3.966.000-
8
01-CLAD Fund. Inc. Aux.
Serv.
Gerais
Manhã
e Tarde
25
II – OBJETIVO GERAL
Dar nova identidade a Escola Estadual de Farol,
contemplando a qualidade de ensino, assumindo o
compromisso pedagógico e político com a comunidade escolar.
Para isso será necessário enfrentar o desafio da mudança e da
transformação, no sentido de efetivar o papel da escola pública
que é o de realizar um trabalho educativo para formar o
cidadão que atue como transformador na comunidade a qual
faz parte, assim como na sociedade.
III – OBJETIVO ESPECÍFICO
Constituir um compromisso político e pedagógico
coletivo com a comunidade escolar no sentido de delinear um
trabalho organizado e integrado
Realizar profunda reflexão sobre as finalidades da
escola pública, seu papel social e definir os caminhos a serem
empreendidos por todos os envolvidos no processo educativo.
Ressignificar o papel da Escola Estadual de Farol na
comunidade, incentivando uma formação integral do educando,
a união e valorização dos profissionais da escola e a
26
participação efetiva da comunidade com objetivo de realizar
uma educação construidora de uma sociedade mais justa e
igualitária.
IV – PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR
No Brasil, a década de 80 foi fértil em termos de
produção teórica na área da educação. Realizada a crítica ao
tecnicismo dominante a partir da década de 70, passou-se a
pensar formas de realizar através da escola a democratização
do conhecimento. Sem a ilusão de que a escola vai mudar a
sociedade já marcada pelas desigualdades próprias do
capitalismo num país que se enriquece produzindo
contraditoriamente a pobreza é preciso acreditar que se pode
fazer da escola um instrumento que contribua para a
transformação social.
É dentro deste olhar que se inspira a Pedagogia
Histórico-Crítica, pois pressupõe a crítica à sociedade atual e a
luta pela sua transformação. Dentro da perspectiva
historicizadora constitui-se uma exigência metodológica: deve-
se buscar compreender a gênese e o movimento inscrito na
realidade construída, no tempo e no espaço, pela prática
humana social.
A exigência do trabalho pedagógico decorre da natureza
histórica do ser humano. A educação e o conhecimento são
instrumentos mediadores da prática social e política e adquirem
27
sentidos dependendo das forças sociais atuantes na sua
elaboração e com as quais se vincula a prática pedagógica.
Considera-se, portanto a existência de um conhecimento
universal firmado concreta e historicamente.
De acordo com Saviani:
“A escola existe, pois, para propiciar a aquisição dos instrumentos que possibilitam o acesso ao saber elaborado (ciência), bem como o próprio acesso aos rudimentos desse saber. (...) Está ai o conteúdo fundamental da escola elementar: ler, escrever, contar, os rudimentos das ciências naturais e das ciências sociais ( história e geografia humanas). (1997, p.19-20)
Dentro da visão do autor fica clara a função da escola
básica na formação do homem. Porque este ao mesmo tempo
em que transforma o seu meio para atender suas necessidades
básicas transforma a si mesmo, o que vai influenciar o seu
comportamento futuro.
Entende-se assim que a relação não é uma relação
direta pois é mediada por meios, que se constituem em
instrumentos da atividade humana. A capacidade de criar estes
instrumentos é exclusiva da espécie humana. O princípio da
mediação é fundamental na perspectiva sócio-histórica, porque
é através destes instrumentos e signos que os processos de
funcionamento psicológicos são fornecidos pela cultura. É por
isso que Vygotsky confere à linguagem um papel de destaque
no processo de pensamentos.
28
Nesta perspectiva de Vygotsky, embora os conceitos
não sejam assimilados, prontos, o ensino escolar desempenha
um papel importante na formação dos conceitos de um modo
geral e dos científicos em particular. A escola propicia as
crianças um conhecimento sistemático sobre aspectos que não
estão associados ao seu campo de visão ou vivência direta.
Possibilita que o indivíduo tenha acesso ao conhecimento
científico construído e acumulado pela humanidade.
“Desse ponto de vista, aprendizado não é desenvolvimento; entretanto, o aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental, e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que de outra forma seriam impossíveis de acontecer, assim o aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humanas. (VYGOTSKY, 1998, p.118.)
As relações especificamente humanas explicitam para o
homem que o mundo é uma realidade objetiva, e que
independente dele essa realidade pode ser conhecida. O
homem precisa mediar e construir o conhecimento nas inter-
relações da qual está inserido. Esta mediação implica em uma
dialética como prática da liberdade na concepção de mundo.
Paulo Freire, na sua filosofia de educação, concebe uma
formação baseada no princípio do diálogo, da liberdade, da
autonomia de que o conhecimento (educação) é uma forma de
intervenção no mundo.
29
A escola pública deve ter como filosofia e concepção de
trabalho a formação de educandos críticos e verdadeiros, com
visão crítica-reflexiva, que os leve a superar o conhecimento
estritamente ingênuo da realidade. A instituição escolar deve
fazer acontecer um pensar constante da sua prática que não
pode ser negado às massas populares, se o objetivo visado é a
libertação e autonomia do cidadão.
“O fundamental, realmente, na ação dialógia-libertadora, não é “desaderir” os oprimidos de uma realidade mitificada em que se acham divididos (...) pelo contrário, em proporcionar que os oprimidos reconhecendo o porquê e o como de sua “aderência”, exerce um ato de adesão à práxis verdadeira de transformação da realidade injusta.” ( FREIRE, 1987 p.173)
Com os embasamentos filosóficos de Saviani, Vygotsky
e Paulo Freire, a Escola Estadual de Farol tem por objetivo uma
prática pedagógica que venha ao encontro de uma formação
ampla, baseada numa educação que possibilite ao educando o
acesso ao conhecimento elaborado pelos homens, que de forma
dialética o faz ser construtor da sociedade a qual faz parte.
É com esta filosofia que a Escola Estadual de Farol está
comprometida com o desenvolvimento de um trabalho que
envolve conhecimento e prática que contemple: a inclusão
como oferta de educação de qualidade para todos; a cultura
afro-brasileira que visa à conscientização e valorização da
mesma; o interculturalismo que objetiva o respeito e
reconhecimento das diferenças culturais; a educação do campo
30
como espaço geográfico singular e a Agenda 21 na escola como
momento de discussão e efetivação das questões prioritárias da
comunidade.
Esta educação deve ser uma prática de intervenção da
realidade social, é um fenômeno composto por um conjunto
complexo de perspectivas e enfoques. Não pode, portanto ser
considerado como uma ciência isolada, a prática pedagógica,
portanto é influenciada por múltiplas dimensões social e
política, filosófica, ética, técnica e histórica.
V – PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
A educação brasileira, de acordo com o artigo 205 da
Constituição Federal de 1988, deve ser ministrada de forma que
vise ao desenvolvimento integral da pessoa humana,
permitindo-lhe o exercício da cidadania e estar apto para se
adequar ao mundo do trabalho. Todos têm o direito à educação
e é dever do Estado e da família assegurá-la. (BRASIL, 1989, p.
99)
Nesse novo milênio caracterizado por aspectos políticos,
econômicos e sociais, como visão de globalização, acontecem
evoluções tecnológicas, que trazem novas exigências para a
vida em sociedade.
31
O cidadão enquanto parte integrante da sociedade
necessita de formação ampla que o possibilite acompanhar a
velocidade das mudanças, compreender as diversidades, e
entender a importância do conhecimento que lhe garanta o seu
espaço e atuação na sociedade.
De acordo com o artigo 32 da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional 9394/96 os objetivos do Ensino
fundamental são:
“O Ensino Fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito, tem por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:- o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;- a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;- o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos, habilidades e a formação de atitudes e valores;- o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social”. (BRASIL, 1997, p.57-58)
Diante destes objetivos a formação acadêmica deve
contemplar uma educação em que os educando tornem-se
aprendizes pelo resto da vida, e que vivam no mundo como
adultos dignos com respeito por si mesmo e pelos outros,
apaixonados e dispostos a correr riscos a colaborar e a partilhar.
32
É interessante também que consigam pensar com
autonomia e independência e sejam capazes de se importar
com a vida, com eles mesmos, com a comunidade, com o meio
ambiente e com o planeta. Sabendo usar bem os recursos do
meio em que vivem, tendo competências básicas no
crescimento, na compreensão e receptividade para as
manifestações humanas.
A escola deve formar o cidadão para que seja crítico,
criativo, desafiador e competente. Isso tudo implica numa
educação que vise não só os valores econômicos, políticos e
sociais, mas também, os valores humanos. É a educação para a
cidadania.
A educação básica deve preparar para a vida, ser um
contínuo exercício de aprendizagem que possibilite um
conhecimento amplo que o faça participar ativamente da
construção coletiva da sociedade.
VI – REALIDADE ATUAL DA EDUCAÇÃO
A sociedade brasileira vive atualmente num contexto
num sistema neoliberal, cuja forma econômica se centra na
propriedade privada dos meios de produção o que implica a
apropriação privada dos bens produzidos coletivamente.
33
Portanto a produção social da riqueza fica subordinada aos
interesses privados da classe que detém o controle dos meios
de produção.
Na medida em que este tipo de sociedade constitui com
seu elemento regulador, um Estado, conseqüentemente
capitalista, favorece os interesses privados sobre os interesses
da coletividade.
Este contexto delineia uma situação de desigualdade
social em que sempre são analisados sobre o crivo da “relação
custo-benefício”. Assim os direitos sociais conquistados hoje na
maioria das vezes são classificados como despesas não
prioritárias. As carências de educação, saúde ou segurança são
consideradas como custos onerosos para os investimentos no
desenvolvimento econômico, o que tende atrofiar a política
social subordinando-a, em qualquer circunstância à política
econômica.
Está aí o cerne das dificuldades por que passa a política
educacional. Os recursos para a escola pública não são
suficientes para os custos que viabilizam uma educação para
todos e de qualidade. As desigualdades vividas por uma grande
parcela da sociedade evidenciam crianças pobres com baixo
rendimento escolar e pais sem o nível de conhecimento
necessário para acompanhar o processo educacional dos filhos.
“Esta realidade se reflete nos índices de escolaridade verificados na rede pública conforme exemplos a seguir extraídos do MEC:
34
• 14,9 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais são analfabetos. E 33 milhões não sabem ler, embora tenham sido formalmente alfabetizados;
• 4,3 milhões de crianças entre 4 e 14 anos e 2 milhões de jovens entre 15 e 17 anos estão fora da escola;
• 28% da população com 11 anos ou mais não completam a 4ª série;
• 59% dos alunos da 4ª série não sabem ler adequadamente;
• 52% dos alunos da 4ª série não dominam habilidades elementares da matemática;
• Entre 32 países investigados o Brasil ficou em último lugar na média de desempenho em matemática;
• Somente 42% da população com 15 anos ou mais completam a 8ª série;
• 1,3 milhão de crianças, entre 10 e 17 anos estão trabalhando no lugar de estudar e mais de 4,8 milhões são obrigadas a trabalhar e estudar ao mesmo tempo.” (PEE, 2004 p.15-16)
Os índices apresentados acima evidenciam que uma
parcela da população marginalizada e excluída não recebe
atendimento para um desenvolvimento social capaz de torná-la
ascendente e participativa na sociedade brasileira.
O Estado do Paraná foi um dos primeiros a assumir
reformas propostas pelo governo Federal para mudar esta
realidade, que induziu a municipalização de 1ª a 4ª série, os
quais não dispunham de infra-estrutura suficiente para dar
suporte a uma educação de qualidade.
35
Entretanto as reformas realizadas pelo Estado do Paraná
ao invés de solucionar as questões vividas no âmbito escolar
como: repetência, evasão, aprendizagem com qualidade e
outros, não foram satisfatórios para a realidade da escola
pública paranaense.
“ (...).Pelas pesquisas, ou pela observação direta do que acontece nas escolas, vê-se crianças e jovens concluindo as várias fases da escolarização, sem uma mudança perceptível na qualidade das aprendizagens escolares e na sua formação geral. Alunos do Ensino Fundamental chegam à 5ª série sem os conhecimentos básicos de leitura, escrita e cálculos. Essa realidade é devido a um conjunto complexo de fatores a serem considerados desde as condições de trabalho, a formação e remuneração dos professores, a difusão de teorias e práticas pedagógicas com precário vínculo, com necessidades e demanda da realidade escolar e a flexibilização das práticas avaliativas.(...).” (PEE, 2004, p.16)
A situação acima descrita é evidenciada também no
município de Farol. A responsabilidade do município pelo ensino
de 1ª a 4ª séries, trouxe dificuldades por não contar com a
infra-estrutura suficiente, e desta forma poder gerir uma
educação de qualidade.
A Escola Estadual de Farol – Ensino Fundamental de 5ª a
8ª séries vivência no seu cotidiano muitos dos problemas
citados acima: alunos chegam á 5ª série sem os pré-requisitos
necessários à série em questão; históricos de repetência; baixo
36
rendimento e desmotivação; desestrutura econômica e familiar
e evasão escolar.
O contexto escolar que deveria ser um espaço de
proporcionar uma educação para todos e de conhecimento
científico, acaba acumulando funções que não são do seu
campo de atuação como a educação familiar e programas
assistências.
Os alunos da Escola Estadual de Farol estão em
processo de construção da conscientização de transformação
da sociedade. Dentro deste contexto há crianças e adolescentes
vindos de estruturas familiares muitas vezes confusas quanto
ao seu papel de educadora refletindo, portanto em educandos
que não apresentam ideais, sonhos, ou seja, perspectiva de
futuro.
A direção e a coordenação pedagógica procuram juntas
desenvolver um trabalho que efetive uma educação como
direito de todo cidadão, com participação coletiva da
comunidade.
O quadro de docentes com formação e qualificação para
a sua função buscando sempre atualização e informação para
atuar como profissional da educação com qualidade. É sabido,
portanto que o professor muitas vezes sobrecarrega-se com
questões e situações inseridas no contexto escolar (situação
social, econômica e emocional/afetiva que compõe o educando
37
enquanto sujeito). Assim como não se sente ainda valorizado
como profissional da educação considerando a importância do
seu papel na sociedade.
Os funcionários da Escola Estadual de Farol com
formação básica para a atuação são muitas vezes
sobrecarregados na sua função, e nem sempre se sentem
valorizados como parceiros e colaboradores na educação.
Através do trabalho coletivo entre alunos, professores,
diretor, equipe pedagógica e funcionários a escola é um espaço
de construção, que luta contra a desigualdade, um espaço de
singularidade e pluralidade, socialização e saber.
Nas condições de organização e ambientes pedagógicos
da Escola Estadual de Farol – ensino fundamental de 5ª a 8ª
séries, esta funciona com a utilização de 07 salas de aula,
secretaria, sala de recursos, laboratório de informática, sala de
professores, sala da direção sendo a mesma utilizada para sala
do pedagogo, cozinha, refeitório sendo o mesmo utilizado para
palestras, seminários e multimídia.
Até o momento a escola conta com quatro ambientes
pedagógicos que é a sala de multimídia, laboratório de
informática, biblioteca, a qual conta com considerável acervo
de livros, conforme consta em anexo. E a sala de recursos a
qual atenderá o alunado que necessita de um atendimento
38
diferenciado, nas áreas de Deficiência Mental leve e
Dificuldades de Aprendizagem.
A escola procura adotar medidas de respeito à
adversidade, com a prática da inclusão, o multiculturalismo
valorizando as diversas heranças culturais e sociais e suas
relações umas com as outras, e a Agenda 21 Escolar como
responsabilidade e compromisso de todos com o futuro e
qualidade de vida dos cidadãos.
Os levantamentos estatísticos abaixo relacionados
trazem o perfil da Escola Estadual de Farol nestes últimos anos:
LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO DE 2001
Gráfico de 2001
Aprovados = 330
Reprovados = 021
Transferidos = 042
Desistentes = 047
39
74%
5%
10% 11%APROVADOREPROVADOTRANSFERIDODESISTENTE
LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO DE 2002
Gráfico de 2002
Aprovados = 327
Reprovados = 013
Transferidos = 044
Desistentes = 010
40
83%
3%
11% 3%APROVADOREPROVADOTRANSFERIDODESISTENTE
LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO DE 2003
Gráfico de 2003
Aprovados = 312
Reprovados = 030
Transferidos = 033
Desistentes = 043
41
75%
7%
8% 10%APROVADOREPROVADOTRANSFERIDODESISTENTE
LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO DE 2004
Gráfico de 2004
Aprovados = 296Reprovados = 028Transferidos = 035
Desistentes = 014
Reclassificados = 002
42
79%
7%9% 4%1% APROVADO
REPROVADOTRANSFERIDODESISTENTERECLASSIFICADO
LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO DE 2005
Gráfico de 2005
Aprovados = 298Reprovados = 013Transferidos = 028
Desistentes = 013
43
LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO DE 2006
Gráfico de 2006
Aprovados = 307Reprovados = 018Transferidos = 033
Desistentes = 02
Remanejado = 0284%
5%9% 1%1%APROVADO
REPROVADO
TRANSFERIDO
DESISTENTE
REMANEJ ADO
84%
4%
8%4% APROVADO
REPROVADO
TRANSFERIDO
DESISTENTE
44
VI-1 – PESQUISA DE OPINIÃO QUANTO A ESCOLA ESTADUAL DE FAROL
A Escola Estadual de Farol sente a necessidade de fazer
levantamento quanto a situação organizacional da mesma, para
tanto buscou junto aos pais, alunos, professores e funcionários
opinião para melhorias e mudanças que se fazem necessário
acontecer no seu interior.
45
VI-1.1 RESULTADO DE OPINIÃO DOS PAIS E ALUNOS
1 - Você está satisfeito com a qualidade e atendimento da Escola Estadual de Farol?
2 – Você acha que está acontecendo parceria entre escola e família no Processo Educacional?
181
25
0
20
40
60
80
100
1
Sim
Não
88%
12%
145
59
0
20
40
60
80
100
1
Sim
Não
71%
29%
46
3 – A escola está oferecendo material pedagógico (livros, revistas, vídeos) suficientes para a formação e aprendizagem do seu filho?
4 – Quanto à merenda escolar ofertada na escola, está sendo apreciada e com mais qualidade?
154
55
0
20
40
60
80
100
1
Sim
Não
74%
26%
115
90
80
100
1
Sim
Não
56%
44%
47
5 - O espaço físico da escola (prédio) está atendendo as necessidades físicas e pedagógicas do alunos?
VI-1.2 RESULTADO DE OPINIÃO DOS PROFESSORES
1- A Escola tem valorizado o Profissional da Educação?
153
56
0
20
40
60
80
100
1
Sim
Não
73%
27%
0
2
4
6
8
10
Sim Não
100% 000
%
48
2 – Está acontecendo a formação continuada ao profissionais da educação na escola?
3 – A organização administrativa (Diretor, Pedagogos, Professores e Funcionários) está efetivando o bom andamento da Escola?
0
2
4
6
8
10
Sim Não
100% 000
%
0
2
4
6
8
10
Sim Não
100% 000
%
49
4 – O trabalho da equipe pedagógica está contribuindo para a efetivação do ensino aprendizagem?
5 – Está acontecendo uma gestão democrática e participativa na Escola?
0
2
4
6
8
10
Sim Não
100% 000
%
0
2
4
6
8
10
Sim Não
100% 000
%
50
VI-1.3 RESULTADO DE OPINIÃO DOS FUNCIONÁRIOS
1 – Você considera que está sendo valorizado como parte integrante do processo educativo da escola?
2 – A Escola tem realizado momentos de estudos e atualizações para o bom desenvolvimento do seu trabalho no cotidiano?
0
2
4
6
8
10
Sim Não
100% 000
%
51
3 – Você e o seu trabalho são respeitados pelos alunos e demais profissionais da Escola?
4-Está acontecendo uma gestão democrática e participativa na Escola?
0
2
4
6
8
10
Sim Não
63% 37.%
0
2
4
6
8
10
Sim Não
88%
12%
52
0
2
4
6
8
10
Sim Não
100% 000
%
53
ATO CONCEITUAL
VII – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA ESCOLA
Na conferência de Educação para Todos em Jontien, na
Tailândia, em Março de 1990, o Brasil se fez presente e tomou a
responsabilidade de assegurar à população o direito à
educação, compromisso, aliás, ampliado e reafirmado em sua
Constituição em 1988. E desta forma colaborar para os esforços
mundiais na luta pela universalização da educação básica.
O Brasil necessita de um desenvolvimento com
ajustamento econômico e financeiro que torne possível novo
modo de inserção na ordem econômica, o que para tanto é
necessário profundas transformações estruturais,
desconcentração da economia e uma vigorosa redistribuição da
renda e da riqueza. Serão necessários novos critérios de
planejamento educativo e de relações de escola e sociedade,
capazes de gerar oportunidades educacionais mais amplas e
diferenciadas para os vários segmentos da população.
No plano político deve também tratar não somente de
educação para a democracia, mas também do estabelecimento
do ambiente de relações educativas democráticas voltadas
para a participação societária, engajamento das distintas
estruturas de representação e para o exercício dos direitos de
cidadania.
55
A descentralização e a autonomia no contexto da
democratização da sociedade levam a uma reorganização dos
espaços de atuação e das atribuições das diferentes estâncias
de governo e da sociedade organizada na educação com novos
processos e instrumentos de participação de parceria e de
controle.
VII-1 FUNDAMENTOS POLÍTICOS
Viver em sociedade significa orientar comportamento
por leis e regras criadas por seus sujeitos, com o objetivo de
tornar a convivência adequada às necessidades do homem. As
regras e leis sustentam–se em princípios e são modificados em
virtude das necessidades e interesses que surgem no processo
histórico.
Conviver democraticamente significa ter consciência de
que o papel do cidadão não é apenas seguir e reproduzir as leis,
mas contribuir para mudanças necessárias na sociedade.
A prática pedagógica na escola deve ter uma prática
política capaz de produzir a socialização do conhecimento que
efetive a especificidade da escola. Essa especificidade é a de
contribuição de formar o sujeito ativo e transformador.
56
(...) as relações entre educação e política, (..) tem existência histórica; logo só podem ser adequadamente compreendidas enquanto manifestações sociais determinadas.(...). Com efeito trata-se de práticas distintas, mas que ao mesmo tempo não são outra coisa senão modalidades específicas de uma mesma prática: a prática social. Integram assim, um mesmo conjunto, uma mesma totalidade. (Saviani, 1995 p.95)
De acordo com Saviani, educação e política são
fenômenos inseparáveis, porém efetivamente distintos entre si.
A escola tem o compromisso de ser espaço de conhecimento e
socialização do saber, que contribua na formação e ascensão
do educando.
Esta deve possibilitar aos educandos uma visão crítica,
reflexiva e participativa, que faça com que este conheça os
elementos essenciais da construção da sociedade a qual faz
parte, e desta forma intervenha com consciência da sua
responsabilidade.
VII-2 FUNDAMENTOS PEDAGÓGICOS
Os fundamentos pedagógicos estão voltados para uma
educação democrática e para a construção e o exercício da
cidadania. Para isto é necessário que haja coerência na ação
educativa. Os educandos serão participativos, éticos, críticos,
solidários, autônomos, responsáveis e afetivos, se a equipe
57
pedagógica realizar um trabalho acreditando que: a
aprendizagem se concretiza a partir da problematização de
situações contextualizadas, levando-se em conta a visão de
mundo do aluno, a capacidade de análise e síntese e o espírito
crítico que proporcionem ao educando a criação de alternativas
para solução de problemas.
O processo de construção e sociabilização do saber
reflexivo constituem-se mediante permanente problematização
da realidade e busca de soluções, proporcionando
conhecimento cada vez mais significativo. A educação é um dos
meios que possibilitam mudanças necessárias a transformação
da realidade.
Investir na constituição da cidadania dos indivíduos é
articular o projeto político da sociedade com os projetos
pessoais dos indivíduos, é proporcionar o espaço social para
que os sujeitos possam existir humanamente.
“A especificidade do trabalho pedagógico exige uma institucionalização de meios que vinculem educadores e educandos. A escola não pode ser substituída pelos meios de comunicação de massa, toda relação pedagógica depende de um relacionamento humano direto. Toda situação de aprendizagem, para ser educacional não basta ser tecnicamente operativa, precisa ser pedagógica, ou seja, relacionar pessoas diretamente entre si. Aliás, a fecundidade didática dos meios técnicos já é dependente da incorporação de significados valorativos pessoais.” ( Severino, 1998, p.88)
58
O trabalho pedagógico da Escola Estadual de Farol
realiza-se diante de uma abordagem sócio-interacionista, numa
relação entre indivíduo e sociedade e como conseqüência um
modo diferente de entender a educação. Pois o homem
constitui-se como tal através de suas interações sociais, é
alguém que transforma e é transformado nas relações
produzidas numa determinada cultura.
“Vygotsky, inspirado nos princípios do materialismo dialético considera o desenvolvimento da complexidade da estrutura humana como um processo de apropriação pelo homem da experiência histórica e cultural. Segundo ele, organismo e meio exercem influência recíproca, portanto o biológico e o social não estão dissociados. (...) (Rego, 2000, p.93)
A prática pedagógica constitui-se numa proposta
dialética de trabalho docente-discente, que parte da prática, vai
à teoria e retorna à prática, isto é ação-reflexão-ação.
VII-3 FUNDAMENTOS ÉTICOS
“É a ciência de uma forma específica do comportamento humano e tem como objeto de estudo a moral”. (Vasquez Adolfo Sanches).
59
No decorrer de nossa existência nos mais diversos
segmentos: familiar, religioso, social, profissional... Vivenciamos
situações que exigem de nós atitudes e posições que não
devem ser puramente espontâneas e naturais, surgindo então a
necessidade de pautarmos o nosso comportamento a
determinadas normas que julgamos mais apropriadas e dignas,
assim sendo estaremos agindo de forma moralmente valiosa.
“Dê um lado temos atos e comportamentos dos homens em relação, a determinados problemas, do outro lado temos juízos que aprovam ou desaprovam moralmente estes atos”.(Vasquez Adolfo Sanches)
Porém para que um homem seja capaz de agir
moralmente, faz-se necessário que o mesmo se aproprie do
pensamento ético, ou seja, que transcenda o plano da prática
moral para o plano da teoria moral.
Segundo Vasquez esta mudança de plano só é atingida
quando tomamos como objeto de reflexão o nosso próprio
comportamento prático (sua atitude diante de determinada
situação).
O homem só alcança o comportamento moral quando
sobre sua própria natureza (emoção) cria uma Segunda
natureza (razão).
60
Dentro desta perspectiva de comportamento
moralmente valioso fundamentada pelo autor acima citado a
Escola Estadual de Farol em todos os seus segmentos escolares:
administração, pedagogo, alunos, professores, funcionários
bem como as instâncias colegiadas:, APMF, conselho escolar e
demais membros envolvidos na comunidade escolar
compromete-se a desenvolver um trabalho sempre voltado ao
bem comum do grupo.
Direcionando tanto seus atos como seu juízo a normas
que possam fundamentar ou justificar certa forma de
comportamento, ou seja, recorrerá à ética para explicar,
esclarecer ou investigar uma determinada realidade elaborando
conceitos correspondentes a esta realidade.
Vale lembrar que a ética que priorizamos não é aquela
puramente filosófica nem uma ética especulativa e sim aquela
que considera o homem em sua totalidade, diversidade e
variedade, devendo assim esta ética fornecer a compreensão
racional de um aspecto real (histórico).
É importante ressaltar que na nossa comunidade
escolar cada um tem sua função social, logo seu
comporta.
61
VII-4 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Atualmente temos uma sociedade com desigualdades
sociais, políticas e econômicas que mantém estrutura do
sistema neoliberal, que impede a igualdade do ser humano na
sua amplitude.
Na sociedade capitalista a tendência é tornar o saber
produzido socialmente propriedade exclusiva da classe
dominante. Desta forma o trabalhador adquire algum tipo de
saber para poder produzir, mas não o suficiente para poder
produzir e transformar a sociedade.
“A produção do saber é social, se dá no interior das relações sociais. A elaboração do saber implica em expressar de forma elaborada o saber que surge da prática social. Essa expressão elaborada supõe o domínio dos instrumentos de elaboração e sistematização.” ( Saviani, 1997, p.91)
Diante disto a sociedade é um processo construído
historicamente pelos homens com ações que contribuem para o
pleno desenvolvimento do cidadão possibilitando conhecimento
histórico da sua realidade, buscando oportunidades de
participação e efetivação dos indivíduos que a compõe. Faz-se
necessário proporcionar atitudes que combatam o
individualismo, que tragam no seu bojo atitudes da valorização
do SER e não do TER.
62
É concebido, portanto uma sociedade em que todos
tenham direito adquirido quanto à educação, saúde, lazer,
segurança, trabalho, moradia, etc. Constituindo desta forma a
efetivação dos direitos e deveres de maneira democrática, justa
e igualitária.
VII-5 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
O Homem ao evoluir criou mecanismos para organizar
seu trabalho e sua vida na busca da satisfação plena. Neste
processo as transformações acontecem intensamente, dentre
estas está à tecnologia.
O conceito de tecnologia varia conforme o contexto. No
âmbito educacional tecnologia pode ser definida como o
emprego de ferramentas, aparelhos, máquinas dispositivos,
materiais e outros para melhoria dos ambientes, das
metodologias de ensino e das estratégias de aprendizagem.
A adoção de novas tecnologias no ensino não tem um objetivo em si mesma, mas é um recurso no processo de ensinar e aprender para alcançar os fins educacionais almejados. Vivemos uma época de grandes transformações. O desenvolvimento científico gera entre outros produtos, um enorme avanço
63
na tecnologia e no conhecimento. (Faria in Enricone, 2002, p.66)
As mídias digitais, televisivas e radiofônicas podem
impulsionar o entusiasmo de educadores e educandos
promovendo mudanças na escola.
Entretanto é preciso afirmar que as peças chaves no
processo ensino-aprendizagem com as novas tecnologias são o
educador e o educando, pois são as relações humanas que dão
sentido e significado as inovações construídas pelo Homem.
VII-6 CONCEPÇÃO DE HOMEM
A visão de HOMEM que a sociedade hoje tem na sua
maioria é de uma pessoa passiva e submissa, com o domínio da
ideologia da mídia, o que o torna inseguro, alienado, muitas
vezes sem projetos e sonhos.
O homem deve ser atendido em toda a sua dimensão e
deve dispor de recursos que satisfaçam as sua necessidades,
para que analise, compreenda e intervenha na realidade .
“ (...) Isto porque o homem não se faz homem naturalmente; ele não nasce sabendo ser homem, vale dizer, ele não nasce sabendo sentir, pensar, avaliar, agir. Para saber pensar e sentir; para saber querer, agir ou avaliar é
64
preciso aprender, o que implica o trabalho educativo.” (SAVIANI, 1997, p.11)
É fundamental que a escola garanta uma formação
integral voltada para a potencialidade humana. Esta formação
deve ser entendida como saber essencial que proporciona ao
ser humano transformar a realidade na qual está inserido.
Partindo do pressuposto que é um ser histórico, pode
este escrever a sua história de maneira crítica e construtiva,
traçando metas e buscando alcançá-las, sem prejudicar o meio
onde vive. Ter consciência do desenvolvimento, buscando-o
com sustentabilidade, traçando diretrizes que possibilitem a
consciência crítica reflexiva , participativa e transformadora. É
necessário o domínio do conhecimento, o respeito mútuo, a
aceitação das diferenças, para a conquista da sua autonomia
como HOMEM.
VII-7 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A educação deve ser considerada como processo para o
desenvolvimento humano e integral, instrumento gerador das
transformações sociais. É base para a aquisição da autonomia,
fator de progresso econômico, político e social. É o elemento
integração e conquista do sentimento e da consciência de
cidadania.
65
A educação tem por princípio a valorização das origens
do educando, suas primeiras experiências no seio da família e
na comunidade onde vive. Esta deve proporcionar
possibilidades de inserção e participação no processo e
transformação da sociedade.
A efetivação da educação possibilita ao educando
perceber-se como agente transformador numa atitude de
liberdade, visão crítica e humanitária. “(...) A educação,
portanto, não transforma de modo direto e imediato e sim de
modo indireto e mediato, isto é, agindo sobre os sujeitos da
prática.” (Saviani, 1995, p.85)
Nesta concepção de educação, que age sobre os
sujeitos da prática a finalidade é formar cidadãos capazes de
analisar, compreender e intervir na realidade, visando ao bem
estar do homem, no plano pessoal e coletivo. Para tanto, este
processo deve desenvolver a criatividade, o espírito crítico, a
capacidade de análise, e síntese, se dará através do auto –
conhecimento, a socialização, a autonomia e responsabilidade.
O processo educacional deve oportunizar um conhecimento
científico político e cultural visando uma formação consciente
dos direitos e deveres no preparo da vida em sociedade.
66
VII-8 CONCEPÇÃO DE ESCOLA
A Escola é lugar de efetivar o conhecimento
sistematizado, oportunizando espaço físico adequado e
contribuindo para que aconteça um ensino de forma prazerosa
e dinâmica, com possibilidade de crescimento humano nas
relações interpessoais.
Neste contexto, a Escola deve oportunizar uma
consciência critica que amplie a visão de mundo,
proporcionando meios para a formação de um educando que
saiba perceber os fatos sociais, as relações dos homens com a
natureza, e desta forma intervir.
“(...) a escola tem uma função específica educativa, propriamente pedagógica, ligada à questão do conhecimento; é preciso, pois, resgatar a importância da escola e reorganizar o trabalho educativo, levando em conta o problema do saber sistematizado, a partir do qual se define a especificidade da educação escolar.” (Saviani, 1997, p.114)
É necessária uma escola de qualidade, em que aconteça
uma formação cultural, tecnológica e científica, efetivando-se
enquanto espaço de conhecimento elaborado e sistematizado,
instaurando-se como formadora de cidadãos críticos e
conscientes do seu papel na sociedade.
67
VII-9 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
O conhecimento é construído através das relações de
trabalho dos homens. Este é influenciado pelo modo de
produção gerando uma concepção de homem, ideologia,
cultura e sociedade. Na sociedade capitalista o conhecimento é
detido por uma minoria dominante que o utiliza a seu favor
mantendo uma sociedade de classes.
De acordo com Vygotsky:
(...). Ao longo do desenvolvimento das funções superiores – ou seja, ao longo da internalização do processo de conhecimento – os aspectos particulares da existência social humana refletem-se na cognição humana: um indivíduo tem a capacidade de expressar e compartilhar com os outros membros do seu grupo social o entendimento que ele tem da experiência comum do grupo. (Vygotsky, 1999, p.176-177)
Diante desta concepção deve acontecer um
conhecimento dinâmico com liberdade na troca de experiências
que busquem inovações, proporcionando atividades que
instiguem o aluno a ousar, por em prática o conhecimento
científico mediado na escola, adquirindo o senso crítico e
autonomia para tomada de decisões.
68
De acordo com Paulo Freire é preciso a escola precisa
realizar um trabalho pedagógico que:
(...) a partir do conhecimento que o aluno traz, que é uma pressão da classe social à qual os educandos pertencem, haja uma superação do mesmo, não no sentido de anular esse conhecimento ou de sobrepor um conhecimento a outro. O que se propõe é que o conhecimento com o qual se trabalha na escola seja relevante e significativo para a formação do educando. ( Freire, 1995 p.83)
O conhecimento é percebido quanto há manifestação
de mudança de atitudes e comportamentos, frente a situações
vividas e a prática social. Este deve ser mediador num processo
ação-reflexão-ação simultaneamente, possibilitando a
transformação social.
VII-10 CONCEPÇÃO DE PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
O processo de ensino-aprendizagem ocorrerá se
considerar a prática social como ponto de partida e de chegada
da prática educativa.
Ao interagir o ser humano transforma o mundo e se
transforma, construindo significados a partir das informações
descontextualizadas, ampliando seus conhecimentos, lidando
69
com conceitos científicos hierarquicamente relacionados, os
quais possibilitam novas formas de pensamento de inserção e
atuação em seu meio.
“ (...) um aspecto essencial do aprendizado é o fato de ele criar a zona de desenvolvimento proximal. Ou seja, o aprendizado desperta vários processos internos de desenvolvimento, que são capazes de operar somente quando a criança interage com pessoas em seu ambiente e quando em cooperação com seus companheiros. Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições do desenvolvimento independente da criança.” ( Vygotsky, 1999, p.117-118).
A relação entre ensino e aprendizagem é um fenômeno
complexo, pois diversos fatores de ordem social política e
econômica interferem na dinâmica da sala de aula, isto porque
a escola não é uma instituição independente, está inserida na
trama do tecido social. Desse modo as interações estabelecidas
na escola revelam múltiplas facetas do contexto mais amplo em
que o ensino se insere.
Para Vygotsky o processo ensino-aprendizagem se dá
por meio da mediação: mediação homem-mundo pelo trabalho
e o uso de instrumentos e da linguagem. Este processo
acontece através da zona de desenvolvimento proximal:
(...). Assim, a zona de desenvolvimento proximal permite-nos delinear o futuro imediato da criança e o seu estado dinâmico de desenvolvimento, propiciando o acesso não
70
somente ao que já foi atingido através do desenvolvimento, como também aquilo que está em processo de maturação. (...). O estado de desenvolvimento mental de uma criança só pode ser determinado se forem revelados os seus dois níveis: o nível de desenvolvimento real e a zona de desenvolvimento proximal. (Vygotsky, 1999, p.113)
O acesso ao saber dependerá entre outros fatores de
ordem social, política e econômica, da qualidade de ensino
oferecida. Há a necessidade de uma avaliação mais criteriosa
de como este processo ensino-aprendizagem vem
desempenhando sua tão relevante função.
VII-11 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação corresponde a uma determinada forma de
olhar a questão pedagógica educativa, o desenvolvimento do
aluno e a construção do conhecimento. Não pode ser pensada
como uma atividade neutra.
Num projeto transformador de escola não deve se
perder de vista o papel do aluno. Deve-se pensá-lo como parte
integrante do processo das relações sociais mais abrangentes
que deve também ser transformado. O educando deve ser
alguém que requeira formas de acompanhamento e de
efetividade educativa no seu cotidiano escolar.
71
Nesta compreensão, avaliação da aprendizagem no ensino não será um ato pedagógico isolado, mas sim um ato integrado com todas as outras atividades pedagógicas; enquanto se ensina se avalia ou enquanto se avalia se ensina.Assim sendo a prática da avaliação da aprendizagem estará posta para subsidiar o desenvolvimento do educando no caminho de sua trajetória existencial, ou seja, estará a serviço da construção da sua experiência de vida. Nós educadores como partes do “princípio organizativo” da experiência do educando, estaremos, como adultos nesta relação, subsidiando sua auto-organização. (Luckesi, 2003, p.28-29)
Uma prática avaliativa exige do educador um
aprofundamento nas teorias do conhecimento. Exige uma visão
ampla e detalhada de sua disciplina. Fundamentos teóricos para
que estabeleça conexões entre as hipóteses formuladas pelo
aluno e a base científica do conhecimento.
A avaliação não deve ser um momento “terminal” do
processo educativo, mas sim um busca incessante de
compreensão das dificuldades do educando e na dinamização
de novas oportunidades de conhecimento.
(...) Uma nova perspectiva de avaliação exige do educador uma concepção de criança, de jovem e adulto, como sujeitos do seu próprio desenvolvimento, inseridos no contexto de sua realidade social e política. Seres autônomos
72
intelectual e moralmente (com capacidade e liberdade de tomar suas próprias decisões), críticos e criativos (inventivos, descobridores, observadores) e participativos (agindo com cooperação e reciprocidade). Nessa dimensão educativa, os erros, as dúvidas dos alunos, são considerados como episódios altamente significativos e impulsionadores da ação educativa. Serão eles que permitirão ao professor observar e investigar como o aluno se posiciona diante do mundo ao construir suas verdades. Nessa dimensão, avaliar é dinamizar oportunidades de ação-reflexão, num acompanhamento permanente do professor, que incitará o aluno a novas questões (...). (Hoffmann, 1996, p.20)
Diante disto é preciso conceber uma avaliação que
valorize as potencialidades expressas de diversas maneiras.
Buscando uma avaliação contínua e cumulativa considerar o
diagnóstico oriundo das mesmas para estabelecer parâmetros
que levem a um desencadeamento de ações didáticas
pedagógicas que permitem nortear o fazer docente, bem como
a melhoria de desempenho do educando. As múltiplas formas
para o processo de avaliação devem ser consideradas
priorizando aqueles instrumentos que se revelam mais justos
em relação ao perfil de cada turma, e principalmente de cada
aluno.
VII-12 CONCEPÇÃO DE EDUCADOR
73
O educador deve atuar como mediador do
conhecimento, e ser um profissional formador e reflexivo,
consciente da importância do seu papel. Comprometido com o
processo educativo no mundo de hoje, este é responsável
socialmente pela formação do cidadão e deve ser um eterno
aprendiz, que busca “inovar “e “inovar-se”.
Nas palavras de Paulo Freire:
“O educador democrático não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão. Uma de suas tarefas primordiais é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se “aproximar” dos objetivos cognoscíveis. (...) É exatamente neste sentido que ensinar não se esgota no “tratamento” do objeto ou do conteúdo, superficialmente feito, mas se alonga à produção das condições em que aprender criticamente é possível. E essas condições implicam ou exigem a presença de educadores e de educandos criadores, instigadores, inquietos, rigorosamente curiosos, humildes e persistentes.”. (Freire, 2000, p.28-29)
De acordo com o autor o papel do educador é
extremamente essencial nesta mediação, pois possibilita a
compreensão, mudança de atitudes e idéias no educando, de
modo a proporcionar ações capazes de efetivar transformações
sociais visíveis.
74
Esta concepção exige um educador responsável quanto
a sua atuação profissional, que busque constantemente
formação e capacitação para a efetivação de um trabalho de
qualidade, valorizando portanto a pessoa do educando e a sua
realidade.
VII-13 CONCEPÇÃO DE EDUCANDO
É preciso conceber um educando sujeito participante da
realidade a qual está inserido. Ser este capaz, autônomo,
preocupado com a sua formação intelectual e profissional, com
o conhecimento suficiente para ser cidadão que conquiste seu
espaço na sociedade, valorize a sua cultura e seja sujeito crítico
e transformador.
O educando não deve ser um receptáculo que absorve e
contempla as verdades, mas um sujeito ativo que em sua
relação com o mundo, com o seu objeto de estudo reconstrói
este mundo. O conhecimento envolve sempre um fazer, um
atuar do educando.
VII-14 CONCEPÇÃO DE CULTURA
75
O homem ao longo dos tempos construiu a sua história
produzindo assim uma cultura que trouxe transformações e
mudanças de valores costumes e hábitos de vida.
Para sobreviver o homem necessita extrair da natureza ativa e intencionalmente os meios da sua subsistência. Ao fazer isto ele inicia o processo de transformação da natureza criança um mundo humano (o mundo da cultura). (Saviani, 1997, p.15)
A cultura, portanto é resultado de toda produção
humana, que foi elaborada e acumulada por esta, em que se
tornam visíveis as manifestações e expressões culturais.
Analisando a realidade considera-se que se faz
necessário uma concepção de cultura que identifique, conheça
e vivencie o multiculturalismo visando à transformação do ser
humano, da sociedade e do mundo.
Não existe cultura inferior ou superior, o que se tem
são diversidades culturais que precisam ser aceitas valorizadas,
respeitadas e reconhecidas como parte dos seres humanos.
VII-15 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
76
A cidadania é construída numa dimensão dinâmica de
construção e reconstrução. Pode-se afirmar que a concepção de
cidadania invoca hoje as noções de universalidade e
indivisibilidade dos direitos humanos.
Ao investir na constituição da cidadania dos indivíduos, a educação escolar está articulando o projeto político da sociedade – que precisa ter seus membros como cidadãos – e os projetos pessoais desses indivíduos que, por sua vez, precisam dos espaço social para existir humanamente. (...) impõe-se concluir que na atual situação histórico social brasileira, só mesmo um sistema universalizado de ensino estará em condições de enfrentar o desafio da construção da cidadania. (...) (Severino, 1998, p.89-90)
O sujeito deve ter noção da importância da educação
para a formação da pessoa humana assim como das
instituições que contribuem para este processo. O cidadão na
sua formação deve ter conhecimento capaz de não aceitar
passivamente tudo o que lhe é imposto, mas almejar mudanças
que partam do interior para o exterior: do individual para o
coletivo.
A formação da cidadania consciente acontece quando o
sujeito consegue sair da sua zona de conforto, assumindo um
papel de provocador e transformador, sendo um ser pensante
sobre a realidade em que se encontra.
77
VII-16 GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA
Na atualidade a democratização da educação básica
assume o aspecto de ampla defesa do direito à escolarização
para todos, à universalização do ensino e à defesa de maior
participação da comunidade na gestão da escola.
O termo educação básica é comumente empregado
para definir o mínimo a que os indivíduos têm direito ou acesso.
Sobre esse conceito não existe um consenso nem mesmo entre
os organismos internacionais. Contudo no Brasil, a partir de
1988, a abrangência do termo passou a significar muito,
passou-se a lutar pela democratização da educação básica
considerando que é o mínimo a que todos têm direito.
A escola da educação básica, a partir dos anos 90,
passou a ser entendida como um núcleo de gestão, com
autonomia necessária, vinda da descentralização administrativa
e financeira. Diante disso também se conquista a autonomia
pedagógica compreendida como a liberdade de cada escola
construir o seu projeto pedagógico.
A administração educacional neste processo deixa a
concepção de administração autoritária e passa para uma
administração mais centrada nos princípios democráticos de
78
atuação. Esta mudança demanda não somente uma mudança
no conceito de administração e gestão, mas especialmente no
enfoque teórico e na própria natureza e prática social da escola.
A gestão incorporada de princípios democráticos
expressar-se-á no interior da escola nas práticas políticas e
culturais. Isto porque sociedade e escola são dialeticamente
constituídas.
A gestão democrática vai então além do
“administrativo”, pois ela envolve o pedagógico da escola, as
relações educador e educando, educandos e comunidade, o
currículo, a seleção de conteúdos, as atividades avaliativas,
assim como o planejamento pedagógico.
A prática de gestão democrática torna-se, então, uma
luta para modificar as relações sociais na construção de
saberes, de forma que a sociedade civil possa fazer frente a tais
mudanças, superando-as. A construção de um País democrático
precisa ser repensada e aproximada de concepções
democráticas.
(...) A construção de uma proposta hegemônica de gestão democrática pressupõe movimentos de participação na escola e na comunidade, acompanhados de debate em assembléias, e a organização de práticas compartilhadas nas decisões das esferas administrativa e pedagógica. (BASTOS, 2001, p.10)
79
Faz-se necessário que a escola divida
responsabilidades. Essa divisão implica normas de convivência
no exercício da direção, as quais podem ser democraticamente
organizadas por instâncias de discussão e decisão que lhes
dêem legitimidade e força. Ao democratizar as decisões
democratizam-se também as informações sobre as questões
públicas que gera conseqüentemente uma nova consciência
cidadã.
(...) Cria-se desta forma um espaço aberto por meio do qual surgem condições para a formação de um novo tipo de cidadão: um cidadão ativo, participante, crítico, que se diferencia do cidadão tradicional, o qual só se afirma mediante demandas isoladas ou que apenas exerce a sua cidadania por meio de revoltas isoladas e impotentes. (BASTOS, 2001, p.88)
A gestão democrática deve então, atingir todas as
esferas da escola e chegar à sala de aula. Somente desta forma
a democracia se concretizará formando nova cultura e nova
consciência política para a prática da cidadania.
VII-17 CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA – ESCOLA ESTADUAL DE FAROL
Há algum tempo o currículo deixou de ser entendido
como uma área meramente técnica, com uma série de métodos
80
e procedimentos a serem seguidos de maneira uniformizada. O
currículo é considerado hoje um conjunto social e cultural, que
somente pode ser compreendida dentro das determinações
histórica, do contexto em que é formulado e trabalhado.
Tendo a escola como especificidade o saber escolar, o
currículo tem o objetivo de organizar o conhecimento escolar.
Isto porque a escola deve proporcionar a construção de novas
relações para uma nova sociedade e ser lugar onde se constrói,
aprende, ensina, socializa todo tipo de saber, ou seja, o
conhecimento.
O currículo deve ser construído a partir da concepção de
que a educação visa instrumentalizar o povo para fins de
participação social, isto exige uma compreensão de totalidade e
profundidade sobre a função social da escola, revendo sua
forma de organização e de gestão, garantindo condições
objetivas que visem sua democratização. Não se pode reduzir
um currículo a escolha de conteúdos.
Considerando que o currículo é uma seleção de
conteúdos importantes para que a sociedade construa um novo
projeto de sociedade, não há como deixar de fora a consciência
sobre a diversidade e a exigência da abolição das diferentes
formas de opressão, de gênero, de raça, de geração e dos
portadores de necessidades especiais.
81
Os conteúdos que compõe um currículo devem estar
engajados em explicar o mundo físico e social, recuperar a
memória histórica para a construção de um projeto de futuro,
que problematizem o presente e, com posicionamento teórico e
político, recoloquem a escola lado a lado das lutas sociais. É no
currículo que ocorre a determinação destes conteúdos.
Currículo é o conjunto de operações, tarefas ou
atividades que se desenvolvem para atingir os objetivos da
escola, que determina o tipo de material didático, espaço físico,
instalações, equipamentos, tipos e qualificação do pessoal e os
recursos financeiros necessários para que a ação educativa da
Escola se efetive.
(...) cabe à escola dosar e sequenciar o saber sistematizado, o conhecimento científico, tendo em vista o processo de sua transmissão-assimilação. A tarefa que se impõe é organizar o saber escolar, ou seja, tornar como elemento norteador das atividades da escola a socialização do conhecimento sistematizado. O currículo deve ser entendido, a partir dessa leitura, como o “conjunto das atividades nucleares da escola”. A transmissão-assimilação do saber sistematizado é que deve nortear a definição dos métodos e processos de ensino-aprendizagem.” (Paraná, 1992, p.16)
O currículo da Escola Estadual de Farol - do Ensino
Fundamental tem como base o Currículo Básico Para a Escola
Pública do Paraná. Abrange uma Base Nacional Comum e uma
parte diversificada, exigida pelas características da sociedade e
também locais, relacionadas com a cultura do alunado.
82
A Base Nacional Comum abrange, obrigatoriamente, o
estudo da Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História,
Geografia, Educação Artística, Educação Física e Ensino
Religioso.
Na parte diversificada do currículo está incluída,
obrigatoriamente, em todas as séries o ensino de Língua
Estrangeira moderna, cuja escolha foi o “inglês” e a Literatura
Infanto-Juvenil.
Considerando um grande desafio da Escola Estadual de
Farol tornar-se um espaço de criação e de crítica cultural
elegendo a cultura como eixo articulador do currículo, esta
insere na sua composição curricular por meio de projetos a
inclusão como oferta de educação de qualidade para todos; a
Cultura Afro-brasileira que visa a conscientização e valorização
da mesma; o Multiculturalismo que objetiva o respeito e
reconhecimento das diferenças culturais; a educação do campo
como espaço geográfico singular e a Agenda 21 na escola como
momento de discussão e efetivação das questões prioritárias da
comunidade.
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 05 CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0757 - FAROL
ESTABELECIMENTO: 00032 - FAREOL, E E DE – E FUNDENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
83
CURSO: 4000 – ENS. 1 GR. 5/8 SER TURNO: MANHÃANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MODULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS /
SÉRIE
5 6 7 8
ARTE 2 2 2 2CIÊNCIAS 3 3 3 3EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3ENSINO RELIGIOSO * 1 1GEOGRAFIA 3 3 4 3HISTORIA 3 3 3 4LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4
SUB TOTAL 22 22 23 23PD L.E.M. – INGLÊS **
2 2 2 2
SUB TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL24 24 25 25
NOTA:MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96 * NÃO COMPUTADA NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER FACULTATIVA PARA O ALUNO.
** O IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO.
_________________________________ASSINATURA DO CHEFE DO NRE
VII-17.1. INCLUSÃO
A educação inclusiva é uma oferta de educação de
qualidade para todos e com todos. Significa que deve se ter um
olhar diferente do professor e da escola para as necessidades
de aprendizagem de todos os alunos e de cada aluno
individualmente.
84
A inclusão é sem dúvida o combate a toda e qualquer
forma do processo escolar, construindo uma educação com o
princípio da diversidade, valorizando as experiências dos alunos
e diversificando a ação pedagógica de modo a atender o
educando em sua especificidade.
A escola para todos rompe com o modelo instrutivo e transmissor com a escola tradicional onde as crianças diferentes não encontram as condições mínimas para o seu progresso. É um novo modelo de escola aberta à diferença onde se tenta que as minorias encontrem uma resposta às suas necessidades especiais sem prejudicar os outros, mas muito pelo contrário beneficiando todos os alunos em geral, porque tudo o que traz de mudança e renovação e pelos novos recursos e serviços com o que podem contar. O modelo de escola para todos pressupõe uma mudança de estruturas e de atitudes e à abertura à comunidade; deve mudar o estilo de trabalho de alguns professores que deverão reconhecer que cada criança é diferente das outras, tem as suas próprias necessidades específicas e progride de acordo com as suas possibilidades. (Jiménez, 1997,p.21)
A educação inclusiva deve contemplar todas as
diferenças sociais, econômicas, políticas, culturais, religiosas,
raciais e genético/biológicas. É portanto, papel da escola
proporcionar conhecimento capaz de fazer acontecer uma
inclusão que possibilite trabalhar com as diferenças numa
construção de valorização e respeito ao outro.
85
VII-17.2 EDUCAÇÃO ESPECIAL
A prática da escola, que almeja mudanças de
paradigmas no sistema educacional deve desafiar os
educadores a uma maior participação no processo de
conscientização e sensibilização rumo a uma sociedade
inclusiva.
Este desafio é o de mobilizar a sociedade na busca de
qualidade de relações que respeitem as diferenças e as
particularidades do ser humano levando em conta as
limitações, déficits cognitivos físicos, sensoriais, condutas
típicas e altas habilidades entre outras particularidades. Um
desafio da educação para a diversidade.
Diante da necessidade da Escola Estadual de Farol, está
em funcionamento mais um ambiente pedagógico que é a sala
de recursos, a qual atenderá o alunado que necessita de um
atendimento diferenciado, nas áreas de Deficiência Mental leve
e Dificuldades de Aprendizagem.
O princípio que deve mover esta prática educativa é a
do compromisso ético da inclusão buscando o processo de
construção de conhecimentos que façam sentido para a vida do
86
educador e do educando e ações alicerçadas no diálogo e na
construção coletiva.
Para que aconteça uma educação inclusiva, uma
democratização da educação é preciso saber identificar a
flexibilidade da atuação didática e metodológica em uma
dinâmica flexível na diversidade cultural, mas, sobretudo
associar as particularidades do meio interno e externo da
aprendizagem estimulando o ambiente e o sistema de
desenvolvimento do comportamento complexo do aluno, por
meio de atividades e experimentos que exercitem o cérebro
tendo o respaldo da psicologia da educação, que amplie novas
formas de pensar a aprendizagem na sua dimensão humana.
É claro que o homem quer ser mais do que ele mesmo, quer ser um homem total. Não lhe basta ser um indivíduo separado: além da parcialidade da sua vida individual, anseia uma “plenitude” que sente e tenta alcançar, uma plenitude de vida que lhe é fraudada pela individualidade e todas as suas limitações; uma plenitude na direção da qual se orienta quando busca um mundo mais compreensível e mais justo, um mundo que tenha significado. (Fischer, 1976, p.12)
A plenitude citada pelo autor, portanto deve levar os
educadores a aprenderem na dinâmica e no desafio da
qualidade de ensino, a busca constante de conhecimento,
sendo sensíveis para perceber o aluno que necessita de um
atendimento diferenciado, que são capazes também de
aprender e ampliar seu conhecimento enriquecendo-se com a
87
diversidade, um construir coletivo e compartilhado na escola.
Os educadores devem amar o que fazem e se sentir realizados
com a aprendizagem dos alunos, socializando o compromisso
profissional para semear uma educação pública de qualidade.
VII-17.3 RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA
A escola deve repensar o seu papel como fonte de
afirmação de identidade à luz das experiências vividas pelos
antepassados. É considerado então um desafio para a escola
desenvolver novos espaços pedagógicos que possam propiciar
a valorização das múltiplas identidades de forma à ajudar o
aluno a reconhecer suas origens e se reconhecer como
brasileiro.
A instituição escolar deve reconhecer a diversidade de
informações que seus alunos vivem no cotidiano com o
universo dos usos e costumes à dinâmica de criação e recriação
da cultura afro-brasileira procurando refletir sobre as festas e
comemorações religiosas nas comunidades, como
manifestações formadoras de identidade.
88
As manifestações são veículos de transmissão e
internalização de valores que possibilitam a afirmação e a
expressão da diferença das comunidades negras na sociedade.
É, portanto através desses meios que vão se desenvolvendo e
dando às crianças o conhecimento de suas origens e do valor
de seus antepassados ajudando-os a entender o passado,
vivenciar o presente, e apontar perspectivas futuras.
(...) A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira e africana não se restringem à população negra, ao contrário, dizem respeito à todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática. (Paraná/Seed. 2004 p.145)
A escola, como instituição socializadora tem o dever de
propiciar a ampliação do horizonte de experiências, como base
o respeito aos direitos humanos, a democracia que orienta o
desenvolvimento brasileiro. Cabe a escola então a função de, a
partir de valores especificamente pedagógicos ampliarem e
aprofundar no educando o processo de aquisição de
conhecimentos como espaço de escolarização.
(...) Nesta perspectiva, cabe às escolas incluir no contexto dos estudos e atividades, que proporcionam diariamente, também as contribuições histórico-culturais dos povos indígenas e dos descendentes de asiáticos além de raízes africanas e européia. É preciso ter clareza que o artigo 26A acrescido a Lei
89
9394/96 provoca bem mais do que a inclusão de conteúdos, exige que se repensem relações étnico-raciais, sociais, pedagógicas, procedimentos de ensino, condições oferecidas para aprendizagem, objetivos tácitos e explícitos da educação oferecida pelas escolas.(Paraná/Seed. 2004, p.145)
Como a democracia é ao mesmo tempo fundamento e
finalidade do exercício da cidadania, a educação deve
proporcionar a formação de cidadãos que respeitem a
diferença, e que, sem perder de vista o caráter universal do
saber e a dimensão nacional da sua identidade tenham
garantido o direito à memória e ao conhecimento de sua
história.
VII-17.4 EDUCAÇÃO DO CAMPO
Para construir uma Educação do Campo passa
necessariamente pelo entendimento de que a educação deve
possibilitar a reflexão a partir do lugar onde vive, na prática
social dos sujeitos, reconhecendo a identidade cultural e o
sentimento de pertença, condição fundamental para a formação
humana.
90
(...) um dos saberes fundamentais mais requeridos para o exercício de tal testemunho é o que se expressa na certeza que mudar é difícil mais é possível. É o que nos faz recusar qualquer posição fatalista que empresta a este ou aquele fator condicionante um poder determinante, diante do qual nada se pode fazer. (Freire, 2000, p.55).
A educação do campo é um avanço na construção do
Brasil rural onde a escola é espaço essencial para o
desenvolvimento humano. Deve-se acreditar que o campo e a
cidade se complementam e, por isso precisam ser
compreendidos como espaços geográficos singulares e plurais,
autônomos e interativos, com identidades culturais e modos de
organizações diferentes.
O campo é, portanto lugar de vida e de educação. É lá
que estão às florestas e também é lá que as pessoas podem
morar, trabalhar e estudar com dignidade de quem tem seu
espaço, lugar de identidade cultural.
A educação básica do campo nasceu da luta e da
resistência para superar a visão homogênea de educação. O
espaço nacional deve ser compreendido por suas
diferencialidades.
A escola do campo representa uma proposta de
construção e de uma pedagogia que toma como referência as
diferentes experiências dos seus sujeitos: os povos do campo.
91
A educação do campo deve suscitar compromissos que
possibilitem relações entre escola e comunidade, onde as
pessoas produzem conhecimento, sendo espaço de convívio
social, possibilitando a permanente (re)construção da sua
identidade cultural.
VII-17.5 AGENDA 21 NA ESCOLA
A Agenda 21 é um plano de ação aprovado na
Conferência das Nações Unidas pelo Meio Ambiente e
Desenvolvimento (Rio-92), realizada no rio de Janeiro. Neste
programa estão definidos os compromissos que 179 países
assinaram ao assumirem de construir um novo modelo de
desenvolvimento que resulte em melhor qualidade de vida para
a humanidade e que seja econômica, social e ambientalmente
sustentável. Desde 2002, o Brasil tem uma Agenda 21
Brasileira, feita com a participação de milhares de pessoas.
A Agenda 21 é um programa de ação para todo o
planeta. Envolve tudo o que é relacionado ao nosso ambiente,
do ar ao mar, da floresta aos desertos, estabelecendo também
uma nova relação entre países ricos e países pobres.
92
Nesta agenda estão marcados compromissos da
humanidade com o século XXI, visando garantir um futuro
melhor para o ser humano e seu ambiente.
(...) Chegou a vez de aprofundar o compromisso das pessoas em cada comunidade, por meio da Agenda 21 Local. Esta Agenda pode ser o resultado dos compromissos de cada grupo social, incluindo as escolas. (Brasil, 2004, p.15)
A Agenda 21 na Escola é importantíssima, pois vem
contribuir na formação e informação quanto ao ecossistema,
possibilitando discussões, seminários, debates e trocas de
conhecimento da realidade local.
A comunidade escolar junto ao município tem a
possibilidade de levantar estudos, traçar metas e efetivar ações
que venham melhorar a qualidade de vida e também
possibilitar mudanças de atitudes e valores.
VII-18.6 TECNOLOGIAS NO AMBIENTE ESCOLAR
93
Atualmente, em consonância com as intensas
transformações na sociedade, a instituição educativa necessita
diversificar suas reais possibilidades de construção do
conhecimento.
Cumprindo a missão de efetivar uma educação pública
de qualidade, a Escola Estadual de Farol objetiva aprimorar a
utilização das tecnologias, as quais oferecem diversas
possibilidades para melhoria dos ambientes, das metodologias
de ensino e das estratégias de aprendizagem.
As tecnologias da informação e da comunicação, as
mídias digitais, televisivas e radiofônicas, dentre outras
precisam se tornar instrumentos reais e eficientes no âmbito
escolar.
Faz-se necessário que a comunidade escolar se
conscientize das grandes mudanças e inovações e
principalmente o quanto estas podem ser benéficas para o seu
cotidiano, assim como para a construção do conhecimento.
Há muitas formas de tecnologias a serem utilizadas na
escola como: computador, televisor, vídeo, DVD, retro-projetor,
filmadora, máquina fotográfica. Na sala de aula, quando há
outros órgãos sensoriais envolvidos a atenção na aprendizagem
melhora muito.
94
Entretanto o educador e o educando são peças chaves
neste processo, pois é na interação, na atuação ativa entre
ambos que o conhecimento se efetivará.
Diante disso, a Escola Estadual de Farol tem a missão de
impulsionar o conhecimento e a utilização das tecnologias pelos
profissionais da educação. Cada educador em sua disciplina
inserirá atividades e/ou projetos envolvendo as tecnologias que
a escola dispõe, assim como trazendo conhecimento ao
educando das tecnologias ainda não disponíveis na escola.
A escola aguarda, atualmente, a finalização da
instalação do Laboratório de Informática, o qual será de grande
importância em todo este processo. É sabido que a informática
possibilita o resgate do papel social e da cidadania, a partir da
rápida e eficiente disseminação da informação e do
conhecimento na sociedade.
Assim evidencia-se a importância do papel do educador,
o qual mesmo com o uso das mais modernas tecnologias é
insubstituível:
... sua função é a de organizar o ambiente de aprendizagem, escolher os recursos e softwares, realizar a intervenção pedagógica, quanto necessária, reorganizar as atividades, ou seja, levar à auto-organização, interagindo, construindo, junto com os alunos, as situações e simulações. (Faria in Enricone, 2002, p.69)
95
Com Isto é preciso que os educadores se preparem
para este processo, tenham se possível seu computador em
casa, pratique digitação, manuseiem o computador com
facilidade explorando todas as suas possibilidades educativas
de uso.
A escola deve proporcionar também momentos de
formação e preparo para o educador. É com este olhar que
CRTE (Centro Regional de Tecnologia Educacional) tem o
objetivo de assessorar as escolas, capacitando os profissionais
da educação para trabalhar com os laboratórios de informática
e outras tecnologias, dentre estas o uso da TV Escola, Canal
Futura, etc.
O conhecimento se transforma no decorrer da história, e
a comunidade escolar deve acompanhar as mudanças,
renovando-se, garantindo a possibilidade de lidar com as
tecnologias de modo crítico e criativo.
VII-18.7 EDUCAÇÃO FISCAL
A Escola Estadual de Farol, no seu compromisso de
contribuir para a construção de uma realidade social, política e
econômica mais justa para a população que atende, assume
96
neste Projeto Político Pedagógico também o compromisso com a
Educação Fiscal.
A Educação Fiscal como programa nacional, tem o
objetivo de mudar o comportamento da sociedade,
transformando hábitos, atitudes e valores, sensibilizando a
sociedade para a função socioeconômica do tributo.
Considerando que somente o conhecimento liberta o
Homem e permite que este possa exercer a sua cidadania, este
contribui garantindo a participação na vida política do país, o
acesso ao trabalho, ao lazer, à educação, à saúde, etc.
Ser cidadão é algo que se aprende desde cedo,
adquirindo valores por meio do conhecimento.
O trabalho com a Educação Fiscal enfatiza a
necessidade do cidadão se envolver e acompanhar a qualidade
dos gastos públicos. Isto consequentemente gera um controle
social no desempenho dos administradores públicos o que
assegura melhores resultados para a população, na sua vida
cotidiana.
Este trabalho deverá ser realizado na escola de maneira
a envolver todas as disciplinas da grade curricular,
considerando que é amplo o compromisso com a formação da
consciência com relação ao acompanhamento das finanças
públicas. Os professores, conscientes dos resultados que este
97
controle social trará a população farolence, deverão fomentar e
concretizar projetos voltados à Educação Fiscal.
É preciso conscientizar a população farolense da
importância do conhecimento com relação às finanças públicas.
Os tributos são valores criados por lei, pagos pelos cidadãos ao
Poder Público, os quais otimizam a receita pública, assim como
são aplicados em benefício da própria população. O cidadão
como sujeito conhecedor e ativo, poderá realizar grandes
transformações em prol da si mesmo assim como de toda
comunidade farolense.
98
ATO OPERACIONAL
.
VIII – AÇÕES E PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS E PEDAGÓGICAS DA ESCOLA ESTADUAL DE FAROL
A Escola Básica requer uma prática pedagógica que
venha ao encontro dos anseios e das necessidades da
comunidade em que ela está situada. Esta prática deve
imbricar concepções políticas e educativas que possibilitem
uma educação em que se efetive o conhecimento sistematizado
capaz de proporcionar mudanças de pensamentos e atitudes no
sujeito.
A Escola Estadual de Farol, sendo formada na sua
maioria por educandos de classe socio-econômica baixa deve
procurar ensinar o aluno a ter uma postura positiva e recobrar-
se diante de situações difíceis, por estes encontrarem maiores
dificuldades para realizarem um projeto de vida. Essa meta será
alcançada mais facilmente se a escola for capaz de
proporcionar para todos experiências bem sucedidas de
aprendizagem.
O papel da Escola Estadual de Farol, assim como da
Escola Pública deve ser o de possibilitar o acesso ao saber
elaborado a todos, em clima de acolhimento e confiança
vivenciando experiências de sucesso que lhes mostre o quanto
são capazes, possibilitando crescimento e laços de amizade.
100
O trabalho pedagógico deve procurar estabelecer
parâmetros de organização em que haja regras claras válidas
tanto para o adulto, quanto para crianças e jovens. Vale a pena
inserir no currículo a aprendizagem não apenas de
conhecimentos, mas também de atitudes que são necessárias
para a vida, como a cooperação, a ação positiva para resolução
de conflitos e de problemas, a postura firme de resistência e de
segurança para a tomada de decisão. Para isso criar
oportunidades para que todos participem e tenham
responsabilidade.
VIII-1 GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA
A concepção de Gestão Democrática constrói-se no
interior da escola na correlação de forças entre o instituído
politicamente e o construído democraticamente. Este processo
dever ser centrado nos valores e princípios democráticos sendo
tarefa política e educativa na escola, que representa uma das
mais importantes e essenciais atividades públicas na
constituição de formação do cidadão como um ser social
histórico e sujeito de relações.
A Escola Estadual de Farol, partindo deste princípio
deve organizar-se com base na totalidade do processo
101
educativo justificando desta forma o seu compromisso político-
social, que se constrói no processo democrático da escola.
A democracia que permeia a escola implica a
participação de todos, levando a atingir objetivos comuns,
como o desenvolvimento do senso crítico do educando, o
respeito à individualidade, e a troca de resultados e
experiências. A gestão participativa constitui um dever para
todos os educadores em atuação na escola.
O trabalho de gestão democrática participativa
constitui-se na busca de ações que fortaleçam uma cultura de
participação e envolvimento da comunidade local e escolar.
Essa gestão tem como meta para o grupo gestor fortalecer
valores que eliminam a distância e aproximam a todos a
trabalhar com o desenvolvimento humano de pais, educandos,
professores, funcionários e membros de diversos órgãos do
Estado.
VIII-1.1 O PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR.
A escola, espaço originário da atuação dos educadores
mantém uma relação dialética com a sociedade: ao mesmo
tempo em que reproduz, ela transforma a sociedade a cultura.
Os movimentos de reprodução e transformação são
102
simultâneos. As práticas dos educadores, que ocorrem na
escola, também se apresentam dialéticas e muitas vezes até
complexas:
VIII-1.1.1 O DIRETOR COMO ARTICULADOR
O Diretor é o articulador do papel institucional, que lhe
garante o direito de exigir e tomar medidas para o bem estar de
todos. Ele não apenas desenvolve o aspecto político e
pedagógico do processo, mas também o aspecto legal.
Para isso faz-se necessário que ele esteja consciente
das relações que perpassam no cotidiano, e exerça o papel de
articular a organização da escola, sendo agente mediador entre
escola e comunidade.
Nesta prática está inserida ações de natureza técnico-
administrativa que são basicamente a legislação escolar e
normas administrativas; os recursos físicos, materiais e
didáticos, financeiros; as rotinas administrativas; a secretaria
escolar; assim como ações de natureza pedagógico-curricular
que são as ações voltadas para a formulação e gestão do
projeto pedagógico-curricular, do currículo, do ensino, do
desenvolvimento profissional e da avaliação, ou seja ações que
constituem a atividade escolar.
103
(…) A direção da escola tem a atribuições pedagógicas e administrativas próprias, entre as mais importantes estão a organização, administração e gestão do processo de tomada de decisões por meio de práticas participativas e a execução das decisões tomadas. Em geral ele atua mais diretamente nos aspectos administrativos, delegando aos aspectos pedagógico-curriculares à coordenação pedagógica (ou outra designação equivalente do trabalho de pedagogo escolar). (Libâneo, 2004, p.270)
O Diretor da Escola Estadual de Farol é deverá mediar
aorganização do trabalho escolar, e para isso será preciso ser
criativo, arrojado, organizado, democrático e articulador de
ações e relações que envolvem toda a instituição e comunidade
escolar.
VIII-1.1.2 O PROFESSOR PEDAGOGO COMO MEDIADOR E COORDENADOR DA AÇÃO PEDAGÓGICA
Em consonância com o compromisso educacional está o
trabalho do Pedagogo no cotidiano da escola. O Pedagogo tem
como princípio básico o compromisso de melhorar a qualidade
da oferta de ensino para a comunidade escolar.
104
O Pedagogo como coordenador pedagógico precisa
estar consciente que o seu trabalho não se dá isoladamente,
mas no coletivo, mediante a articulação dos diferentes atores
escolares, no sentido de construção de uma prática
transformadora.
Seu papel torna-se imprescindível como alicerce aos
professores no sentido de aprimoramento de seu desempenho
na sala de aula bem como na análise e compreensão das
situações de ensino. Com base nos conhecimentos teóricos, o
Pedagogo deve proporcionar a vinculação entre as áreas do
conhecimento pedagógico e o trabalho de sala de aula.
Cabe ao Pedagogo entre outras funções:
Oferecer aos professores capacitação em metodologias e procedimentos específicos de sua matéria, gestão da classe, orientação da aprendizagem,(…)Fornecer assistência profissional direta aos professores na sala de aula, dentre outros meios, pela observação sistemática das aulas realizada de comum acordo com os professores. Acompanhamento do trabalho com sugestões, aconselhamento, encorajamento, avaliação;Fornecer apoio na adoção de medidas de pedagogia diferenciada e de reforço nos domínios das didáticas específicas das disciplinas, e outras medidas destinadas a melhorar as aprendizagens, de modo a prevenir a exclusão e a promover a inclusão;Auxiliar os professores na análise e solução de problemas de disciplina, conflitos e de outras
105
situações problemáticas, sugerindo práticas que facilitem a gestão da classe;Apoiar diretamente os alunos com dificuldades transitórias nas aprendizagens instrumentais de leitura, escrita e cálculo, para além do tempo letivo de forma a que mais rapidamente possam integra-´se ao nível da turma. (Libâneo, 2004, p.268)
A trabalho do Pedagogo na escola torna-se
extremamente importante considerando que este deve ser o
mediador, o articulador do processo pedagógico, procurando
manter uma relação dialética entre os integrantes da
comunidade escolar.
VIII-1.1.3 O PROFESSOR ENQUANTO EDUCADOR
A presença deste profissional na instituição escolar é
imprescindível, visto que ele tem a função de ser o responsável
direto da mediação do conhecimento do aluno.
O professor é aquele que colabora junto ao aluno na
sua formação e realização como pessoa ajudando-o e dando
106
suporte para que este tenha condições de se firmar
profissionalmente.
Não é possível pensar uma escola sem este profissional,
pois é este que ajuda o aluno a organizar as informações e as
visões multiformes, sem impor o seu próprio ponto de vista, ou
seja, privilegiando a construção do conhecimento
sistematizado.
O professor precisa ensinar a pensar sobre o que se
pensa, instigar a necessidade da reflexão, pois é isto que torna
o homem diferente das outras espécies. Fazendo isto o
professor estará desenvolvendo o senso crítico, contribuindo
para uma formação política que é uma das maiores
colaborações que ele pode dar a nação.
É compromisso fundamental do professor incentivar a
reflexão para formar cidadãos participativos e críticos que
saibam utilizar as instituições democráticas e usufruí-las muito
bem. É preciso assumir posições sempre, mas estas devem ser
discutidas e podem ser modificadas. O professor deve ser este
fomentador mostrando ao grupo como participar das
controvérsias e como buscar posições tanto individuais quanto
coletivas.
A metodologia aplicada para a efetivação de uma
prática responsável e eficiente exige do professor uma busca
contínua de repensar e avaliar o seu trabalho.
107
De acordo com Libâneo este requer responsabilidades
tais como:
Domínio dos conteúdos e adequação às características do desenvolvimento mental, sócio-culturais e afetivas dos alunos;Domínio das metodologias de ensino correspondentes aos conteúdos;Clareza dos objetivos propostos, acentuando desenvolvimento de capacidades cognitivas e a habilidades de pensar e aprender;Formulação de planos de ensino e de aula;Capacidade de manter uma classe organizada, alunos motivados e sem tensão;Dominar procedimentos e instrumentos de avaliação da aprendizagem. (Libâneo, 2004, p.269)
Diante disso verifica-se o grande compromisso do
professor em ser um profissional que busque continuamente
formação e atualização para dar suporte e embasamento à sua
prática pedagógica diária.
VIII-1.1.4 O EDUCANDO CONHECEDOR CRÍTICO-REFLEXIVO
O Educando é o objetivo direto da escola. Não há
condições de acontecer o aprendizado se não tiver a presença
108
deste sujeito na instituição escolar. É este um dos agentes
mobilizadores do processo ensino-aprendizagem.
É extremamente necessário que a escola conscientize o
educando que o Estudo é o papel mais importante dele dentro
da instituição escolar. Estudar exige dedicação, tempo, técnica
e energias gastas para se alcançar o objetivo maior que é o
conhecimento.
Entretanto, a disciplina é ponto fundamental para que
se efetive um aprendizado de qualidade. Esta disciplina exige o
cumprimento de normas e regras construídas no coletivo: O uso
de uniforme; a pontualidade e a assiduidade; o respeito ao
outro; o zelo pelo bem público e a responsabilidade com o
estudo.
“Destacamos, ainda, que a disciplina, ou, se preferirmos, a autodisciplina, não deve ser entendida com meio de adestramento, mas no sentido de sistematizar as relações homem-meio e de construir, assim, a liberdade. O que buscamos é o aluno disciplinado, mas não submisso, pois se a disciplina implica em liberdade individual, com ela temos que construir a responsabilidade social (…) (Lucchesi, 2000 p.243)
Tendo a Escola Estadual de Farol um educando
conhecedor crítico-reflexivo, este possibilitará ao professor
refletir e avaliar com freqüência seu plano de trabalho e
redirecioná-lo sê necessário.
109
Este educando consequentemente terá possibilidades
de cultivar sonhos e ideais individuais e coletivos, na
construção de uma sociedade da qual ele é parte fundamental
com direitos e deveres.
VIII-1.1.5 O FUNCIONÁRIO ENQUANTO PARCEIRO DA EDUCAÇÃO
A Escola Estadual de Farol percebe atualmente a
necessidade e importância de incluir os funcionários na
organização político pedagógica do trabalho escolar. Os
funcionários são parte integrantes do contexto escolar, sendo
também parceiros no desenvolvimento dos educandos
É preciso valorizar os serviços muitas vezes
considerados simples no fazer escolar e desta forma reafirmar a
identidade dos funcionários da escola como agentes da
educação. Na secretaria, nos refeitórios, nos corredores, no
portão, ou seja, em qualquer ambiente escolar o funcionário
mantém também contato direto com os educandos.
O reconhecimento dos funcionários da escola também
como educadores acontece ao incluir os funcionários na gestão
democrática da escola, abrindo espaços para que participem,
por exemplo, dos conselhos de classe, das reuniões
pedagógicas, das decisões e ações que envolvem o
desenvolvimento escolar.
110
Para isto faz-se necessário promover momentos de
estudo e reflexão aos funcionários, entendendo que cada
função é de suma importância, e esta contribuirá para que a
educação se efetive com amplitude.
É importante que os funcionários tenham acesso a
conhecimentos específicos da sua função e também
conhecimentos educacionais que o levem a refletir e pensar
que todos na escola são trabalhadores em educação e buscam
o compromisso de promover uma educação pública para todos
com qualidade.
VIII-1.2 O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
As instâncias colegiadas são alicerces fundamentais
para que a gestão democrática se efetive. É por meios destas
instancias que a escola promove um trabalho educativo
democrático, participativo e com qualidade, ou seja, é
envolvendo toda a comunidade escolar que a educação se
realiza plenamente emancipadora, promotora de cidadania
plena.
VIII-1.2.1 GRÊMIO ESTUDANTIL
111
O Grêmio Estudantil é a organização que representa os
interesses dos estudantes na escola. Tem finalidades
educacionais, culturais, cívicas desportivas e sociais. Possui
autonomia, ou seja, seu funcionamento independe da vontade
da direção da escola e sua diretoria é eleita pelos estudantes. O
Grêmio permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam
inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente
escolar como na comunidade.
Na Escola Estadual de Farol ainda não se faz presente
esta organização, mas há intenção e possibilidades de se tornar
realidade, considerando ser de extrema relevância para o
crescimento e desenvolvimento da comunidade escolar. O
Grêmio Estudantil é uma das instâncias necessárias para a
efetivação de uma Gestão Democrática.
VIII-1.2.2 ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS / APMF
Esta associação tem como objetivo contribuir com o
processo educacional e a integração família-escola-
comunidade. Parcerias com a APMF são úteis na mobilização de
recursos e na identificação de ações necessárias.
112
Segue abaixo a Comissão da A.P.M.F ano de 2005:
Comissão A.P.M.F.NOME CARGO RG FONE
Pedro Chornobai Presidente 3.772.899-3
3563.1054
Edinéia Cristina L. Silva
Vice-Presidente 4.984347-0
3563.1085
Genivaldo Ferreira 1ª Secretário 4.381.625-0
3563.1254
Irene Trevisoli de Lima
2ª Secretária 2.134.086-3
3525.1504
Dirceu da Silva 1º Tesoureiro 3.688.061-9
3563.1088
Darci Mayeski 2º Tesoureiro 4.387.239-7
**********
Sonia Maria dos Santos Borges
1º Diretor Socialcultural e Esportivo
4.200.119-8
3563.1294
Maria Ryzy Machado
1º Diretor Socialcultural e Esportivo
1.606.310-0
3563.1155
Conselho Deliberativo e Fiscal
NOME CARGO RG. FONELinetes de Lurdes S. Biff Mestres 2.002.68
93563.11
03José Osvaldo da Rocha Mestres 1.771.19
53563.10
01Sebastiana Batista Cerqueira
Funcionários 4396.312-0
Douglas José Laquias Funcionários 8.084.094-2
Cleusa Maria da Conceição
Pais 5.068.412-1
Rosenilda Aparecida de Farias
Pais 4.029.917-3
Marilene de Freitas Pais 5.721.712-0
Valdomil Da Silva Pais 4.335.128-1
563.1085
113
VIII-1.2.3 CONSELHO ESCOLAR
Este conselho é o maior órgão de decisão da escola. É
composto por professores, pais, alunos, especialistas e
funcionários, eleitos no início o ano.
Estabelecimento: Escola Estadual de Farol – E.F. Código: 00032 Município: Farol Código: 07570003 Ato Administrativo do Regimento Escolar: Nº 100/2000 Data: 12/06/2000Parecer do Regimento Escolar: Nº 035/2000 Data: 09/06/2000
REPRESENTANTES DA COMUNIDADE ESCOLAR
RG. NOME FUNÇÃO NÍVEL4.346.498-14.121.941-64.381.625-0 6.171.864-85.721.712-0
Fátima Maria de Souza RochaClaudia Maria Colaço LemosGenivaldo Ferreira Sirlene de Fátima de FrançaMarilene de Freitas
DiretoraProfessora PedagogaSecretárioProfessoraServiços Gerais
---03030303
PAIS/ALUNOS OU RESPONSÁVEIS REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL
RG NOME PROFISSÃO
NÍVEL
108147075 Paloma Costa Rocha Aluno 039.770.196.2 Maria Eloysa Rocha Aluno 03
114
Ribeiro5.831.690-3 Márcia Jack da Silva Do Lar ---6.490.528-7 Maria Aparecida Costa da
SilvaVereadora
---
Farol, 16 de março de 2007.
VIII-1.3 A INTEGRAÇÃO ESCOLA E FAMÍLIA
O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica
(SAEB) de 1999 apontou que nas escolas que contam com a
parceria da Família, onde há troca de informações com o diretor
e os professores, os alunos aprendem melhor. Muitos estudos
da área da psicologia têm mostrado que crianças que convivem
calorosamente com os pais e familiares têm mais saúde, maior
estabilidade emocional e melhor desempenho escolar.
As dificuldades encontradas no processo ensino-
aprendizagem muitas vezes têm origens no contexto Familiar e
as intervenções pedagógicas nem sempre conseguem o
resultado esperado. O educando precisa estar bem na família
para também estar bem na escola.
115
A Escola Estadual de Farol entende que o apoio da
Família é crucial no desempenho escolar. É muito importante
que a Família acompanhe a lição de casa, participem das
reuniões, sejam cooperativos e atentos no desempenho escolar
dos filhos na medida certa.
Essa participação deve acontecer também no âmbito
administrativo, no sentido da Família participar das decisões e
ações que dão novos rumos a escola, como na Associação de
Pais, Mestres e Funcionários e no Conselho Escolar. A gestão
democrática somente se concretiza se a participação da Família
do educando acontecer efetivamente.
A Família deve realizar acompanhamento da escola,
verificando se seus objetivos estão sendo devidamente
alcançados. Em contrapartida a escola deve também considerar
o novo modelo familiar, no qual os adultos permanecem pouco
tempo em casa esquecendo do compromisso no
desenvolvimento educacional dos filhos.
É pensando neste contexto familiar que a escola precisa
desenvolver atividades (reuniões, palestras, seminários, cursos)
em periodicidade bimestral e sempre que se fizer necessário
buscando assim envolvimento e participação de todos.
É importante que a Escola utilize todas as
oportunidades de contato com a família para passar
116
informações relevantes sobre seus objetivos, recursos,
problemas e também sobre as questões pedagógicas. Desta
forma a família se sentirá comprometida com a melhoria da
qualidade escolar dos filhos.
VIII-2 RECURSOS QUE A ESCOLA ESTADUAL DE FAROL DISPÕE PARA REALIZAR O SEU PROJETO
A Escola Estadual de Farol conta com um espaço físico
de 07 salas de aula, 01 secretaria, 01 sala de Professores
conjunta com sala de Direção e coordenação pedagógica, 01
Biblioteca, 01 laboratório de informática, 01 refeitório que é
usado também como sala de multimídia e reunião para pais, 01
cozinha, 01 sanitário feminino e 01 masculino e 01 quadra de
esportes coberta, mas ainda inacabada. No período da manhã a
escola tem disponível 01 sala de recursos, sendo que a mesma
é usada no período da tarde pela Escola Municipal de 1ª a 4ª
séries.
Quanto aos ambientes pedagógicos, a Escola conta com
01 sala de multimídia (refeitório) e Biblioteca, a qual está
aparentemente com espaço físico e material pedagógico
insuficiente.
117
A Escola conta com recursos oriundos da Fundepar
(Fundação de Desenvolvimento do Paraná) e do PDDE
(Programa Dinheiro Direto na Escola). Estes recursos são
repassados a Instituição escolar durante o período do ano
letivo, senso estes os meios econômicos da qual a escola
dispõe para suas despesas pedagógicas e administrativas.
O Quadro de profissionais da escola é de 01 Diretor, 02
Pedagogos, 16 Professores e 07 Funcionários com uma
demanda de aproximadamente 322 alunos.
Os profissionais da Escola Estadual de Farol são
compromissados, responsáveis com formação e qualificação
para a função, estando sempre preocupados na busca de
informação e conhecimento para sua atuação dentro da
instituição escolar.
A Escola Estadual de Farol com a sua limitação busca
desenvolver um trabalho de qualidade procurando mostrar e
vivenciar a importância e a necessidade da Escola Pública como
formadora de sujeitos.
A Instituição Escolar procura com muito esforço
construir, preservar, atualizar e aperfeiçoar, ajudando o
educando a entender melhor como o mundo vive o que é
condição indispensável para viver no mundo.
118
VIII-3 BIBLIOTECA DA ESCOLA ESTADUAL DE FAROL
A biblioteca da Escola Estadual de Farol apresenta
condições insuficientes para atender as necessidades reais dos
professores e educandos. Entretanto a escola está disposta a
efetuar uma melhora significativa neste ambiente pedagógico,
no sentido de atualizar o acervo bibliográfico e ampliar o
espaço físico necessário para o bom desenvolvimento e
efetivação do conhecimento.
Segue abaixo levantamento de acervo bibliográfico da
Escola Estadual de Farol 2007:
LEVANTAMENTO DE LIVROS DA BIBLIOTECA
TÍTULO QUANTIDADELITERATURA 622 VOLUMESLITERATURA INFANTO-JUVENIL 595 VOLUMESPORTUGUÊS 13 VOLUMESATLAS GEOGRÁFICO 33 VOLUMESATLAS HISTÓRICO 34 VOLUMESGEOGRAFIA 11 VOLUMESDIVERSOS 45 VOLUMESINGLÊS 43 VOLUMESEDUCAÇÃO 88 VOLUMESDICIONÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA 130 VOLUMES
119
DICIONÁRIO DA LÍNGUA INGLESA 34 VOLUMESHISTÓRIA 245 VOLUMESHISTÓRIA DO PARANÁ 80 VOLUMESGEOGRAFIA DO PARANÁ 3 VOLUMESCIÊNCIAS 62 VOLUMESMATEMÁTICA 15 VOLUMESBARSA 1 COLEÇÃO 18
VOLUMESTOTAL 2046 VOLUMES
VIII-4 CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR
A Escola Estadual de Farol recebe via Núcleo Regional
de Educação do Paraná, opções de calendário escolar para o
ano letivo. Após análise em conjunto com as outras escolas do
município, faz-se a escolha apenas com ressalva quanto às
datas de Aniversário do Município e Dia do Padroeiro. Estes dois
dias voltados para comemorações da comunidade são supridos
nos 200 dias letivos conforme exige a legislação.
VIII-5 CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS
O critério para a organização de turma na Escola
Estadual de Farol é a necessidade do transporte escolar para a
zona rural. No período da manhã, das 07h e 40m às 12h 00 são
atendidos os alunos que moram na sede do município e que
120
não dependem do transporte escolar, pois a escola da rede
municipal inicia suas atividades somente às 8:00 horas
(chegada do transporte escolar) tornando inviável a matricula
dos alunos que dependem do referido transporte.
No período da tarde, o transporte Escolar atende alunos
de todas as localidades e por isso na Escola serão priorizados o
atendimento aos alunos da zona rural no período das 12h 50m
às 17h 10m.
VIII-6 LOCOMOÇÃO DO EDUCANDO DA ZONA RURAL - TRANSPORTE ESCOLAR
Considerando que grande parte do alunado da Escola
Estadual de Farol é da zona rural e se utiliza do transporte
escolar ofertado pelo município, há uma grande preocupação
por parte da administração da escola quanto à qualidade e
segurança deste transporte.
A locomoção dos educandos da Escola Estadual de Farol
é feita juntamente com educandos das demais escolas do
município. Esta é realizada em pequenos e longos trajetos, por
rodovia, estradas pavimentadas e estradas secundárias, o que
121
justifica uma ação intensiva de conscientização quanto à
qualidade e a segurança do alunado.
VIII-7 MERENDA ESCOLAR OFERTADA PELA ESCOLA
A alimentação ofertada pela escola procura ser de boa
qualidade com balanceamento nutricional, contribuindo para o
bem estar do educando, proporcionando condições para
efetivação do processo ensino-aprendizagem.
SUGESTÃO DE CARDÁPIO.
CARDÁPIO FREQUENCIA (Nº DE DIAS)Macarrão com salsicha e salada 4Arroz doce 1
122
Polenta com frango e salada 5Sucrilhos com leite 1Virado de feijão com charque e salada 2Bebida chocolate com biscoito salclik 2Sopa cereais com hortaliças “in natura 3“Mingau de aveia 1Arroz, feijão, picadinho e fruta 7Pavê de bebida láctea com biscoito 2Macarrão penne com carne moída e salada 4Bebida morango e pão de mel 2Arroz carreteiro com milho e ervilha 4Cereal de chocolate com leite 3Macarrão parafuso com molho de frango e fruta
4
OBS: Considerando o número de itens disponíveis, será possível a elaboração de outros cardápios. Use a criatividade!
VIII-8 COMPROMISSO DA ESCOLA ESTADUAL DE FAROL PARA UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE
A escola pública tem o compromisso de proporcionar a
sociedade um ensino de qualidade oportunizando ao sujeito o
acesso ao conhecimento. Para isto acontecer é necessário à
efetivação do ensino-aprendizagem, o qual desperta no
educando o senso crítico e reflexivo. Ação esta essencial para a
formação do cidadão participativo integrante da sociedade.
VIII-8.1 O CURRÍCULO DA ESCOLA ESTADUAL DE FAROL
123
O primeiro desafio da Escola Estadual e Farol é a escola
tornar-se um espaço de criação e de crítica cultural elegendo a
cultura com eixo articulador do currículo.
A cultura deve ser compreendida como conjunto de
práticas significativas nas relações sociais assimétricas,
relações de poder, nas quais se atribuem e compartilham
significados e se formam identidades.
Para considerar a cultura como centro do currículo é
necessário que se considerem os educandos como sujeitos
culturais adotando postura à cultura e as suas distintas
manifestações, superando a visão limitada de muitos docentes
e considerar a variedades culturais que se manifestam nas
salas de aula.
A prática pedagógica enquanto prática cultural
necessita de reescrever o conhecimento a partir das diferentes
raízes étnicas percebendo que as culturas são
interrelacionadas, mutuamente geradas e influenciadas.
Os conteúdos precisam estar ligados socialmente, é
necessário dizer como o conhecimento surgiu, como um dado
conceito foi proposto historicamente, quais eram as ideologias
dominantes, etc. Isso se trata de evidenciar com clareza, no
currículo como se construiu historicamente um dado
conhecimento e, ao mesmo tempo, como as raízes históricas e
124
culturais desse processo são usualmente esquecidas. O
conhecimento entendido enquanto produção histórica deve ser
explicitado considerando o mundo concreto dos educandos.
(...) a escola precisa se abrir para os “diferentes artefatos culturais que circundam o (a) aluno (a)”. A cultura dos estudantes precisa conviver e interagir com outras manifestações culturais (museus, centros culturais, clássicos, etc). As práticas pedagógicas centradas na cultura incentiva sua pluralidade, interação, no sentido de participação e compreensão de sua produção. (Moreira, 2004, p.11)
De acordo com Moreira, a escola deve ser espaço de
criação e de crítica cultural, lugar que cada professor como
intelectual, desempenha o papel reflexivo que propicie ao
educando a compreensão de que tudo o que passa por natural
e inevitável precisa ser questionado e conseqüentemente
transformado.
A Escola Estadual de Farol tem o compromisso de
efetivar uma prática pedagógica que estimule a busca do
conhecimento, questionando e refletindo sobre a ação do
sujeito no mundo, “desconstruindo” toda forma de
determinismo histórico-cultural.
125
VIII-8.2 A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS EDUCADORES DA ESCOLA ESTADUAL DE FAROL.
A formação continuada é o aprimoramento profissional
do pessoal docente, técnico e administrativo no próprio
contexto de trabalho, de modo que a própria escola seja um
lugar de formação profissional que leve a mudanças pessoais e
profissionais.
O grande desafio para os que se empenham em
desenvolver uma educação de qualidade é fazer da escola um
espaço de pesquisa, de construção e reconstrução do
conhecimento.
Todo intelectual deve ter compromisso com a pesquisa e
posicionamento político buscando um novo olhar na construção
de alternativas viáveis aos problemas políticos econômicos,
culturais e ambientais. Para isso, são necessárias reflexões,
investigações e lutas.
O desenvolvimento profissional como eixo de formação
continuada de professores precisa articular-se ao mesmo tempo
com desenvolvimento pessoal e organizacional. Esse
126
desenvolvimento diz respeito aos investimentos pessoais no
seu próprio processo de formação diante de um trabalho crítico-
reflexivo sobre o seu trabalho e a reconstrução de sua
identidade pessoal que resulta nos saberes da experiência.
(...) Como se trata de compreender a escola como organização educativa, em que se educa não apenas nas salas de aula, mas também em outras instâncias escolares como as instalações físicas (prédio, equipamento), as condições materiais, a conduta de professores e funcionários da secretaria, a limpeza e conservação, etc, as ações de desenvolvimento profissional não podem estar separadas das práticas de gestão e da cultura organizacional. (...) (Libâneo, 2004, p.271-272)
É necessário que o professor identifique suas
necessidades para promover ações de desenvolvimento
profissional. Isso pode acontecer por meio de reuniões,
encontros de estudo e de aprimoramento profissional.
Partindo deste contexto a escola promove momentos de
análise e de reflexão sobre as orientações pedagógicas e as
práticas docentes em seu contexto concreto por meio de troca
de experiências e da cooperação de todos os professores.
É sabido, portanto que a escola percebe como
necessidade primordial, também a formação de funcionários da
127
secretaria, cozinha, limpeza e conservação por serem estes
parceiros na educação. Essa formação deve contemplar
conteúdos que possibilitem reflexões proporcionando
conhecimentos da área de atuação específica e também de sua
formação pessoal.
VIII-8.3 A NECESSIDADE DE UM BOM PLANEJAMENTO DOCENTE E A HORA-ATIVIDADE
O planejamento é um instrumento de trabalho e ao
mesmo tempo, uma atividade de reflexão a cerca das ações e
resultados obtidos. Planeja-se para a tomada de decisões e
para decidir melhor, para racionalizar as ações necessárias do
trabalho em função de objetivos. Portanto planejar implica em
explicitação de objetivos, intenções, meios de ação, formas de
avaliação.
O planejamento docente requer: pesquisar sempre; ser
criativo na elaboração da aula; estabelecer prioridades e
limites; estar aberto para acolher o aluno e sua realidade e ser
flexível para replanejar sempre que necessário.
128
O professor deve estar sempre atento sobre as
características e necessidades de aprendizagens dos educandos
sem perder de vista os objetivos educacionais da escola e seu
projeto pedagógico, o conteúdos de cada série, os seus
objetivos e compromisso pessoal com o ensino e as condições
objetivas de trabalho.
O planejamento é a etapa mais importante do trabalho
docente porque nele é que estão às metas articuladas e as
estratégias são ajustadas às possibilidades reais. Não há ensino
sem planejamento.
É dentro deste olhar reflexivo que se faz acontecer à
hora-atividade, momento de prática coletiva e troca de
experiências que tem se caracterizado cada vez mais como
efetiva na educação. A hora-atividade é direito e também
necessidade do professor para que assim possa planejar,
analisar e efetivar a sua prática.
A hora-atividade deve organizar-se coletivamente,
caracterizando-se como concentração de esforços e também
eletiva na educação. Entretanto compreende-se a necessidade
de garantir a autonomia do professor e a sua individualidade.
A escola é o lugar por excelência que se lida com o
conhecimento, não se pode agir somente com base no
129
improviso. Ensinar, portanto requer intencionalidade e
sistematização.
VIII-8.4 O TRABALHO PARA A PERMANÊNCIA, O RENDIMENTO/APROVEITAMENTO E PROMOÇÃO DO EDUCANDO
A Escola Estadual de Farol sente-se compromissada em
buscar uma prática educativa que venha se efetivar um ensino
de qualidade para uma diminuição significativa da evasão e
repetência.
Por a escola estar situada numa comunidade que em
maioria, apresenta histórico sócio-econômico baixo e famílias
muitas vezes desestruturadas com nível de conhecimento
elementar. O que traz reflexos no aspecto emocional e cultural
dos educandos.
Este trabalho exige da equipe pedagógica e corpo
docente um olhar reflexivo sobre a prática e conseqüentemente
no aprendizado que se constrói no interior da escola. Esta
proposta visa buscar meios e alternativas para amenizar o
quadro de baixo rendimento, evasão e repetência.
130
A linha que permeia a filosofia de trabalho da escola é a
Pedagogia Histórico-Crítica. Nesta filosofia procura-se vivenciar
uma pratica de alternativas e metodologias que proporcionem
uma aprendizagem com valorização do educando.
A escola procurar desenvolver um trabalho quanto á
evasão buscando acompanhar a permanência dos educandos.
Quando ocorrem faltas significativas a equipe pedagógica vai
até a família com objetivo de sensibilizar e alertar da
importância e necessidade da permanência do educando na
escola. Caso não haja resultados positivos a escola busca a
parceria legal do Estatuto da Criança e do Adolescente no
trabalho do Conselho Tutelar.
Quanto ao rendimento/aproveitamento escolar, a
instituição verifica a necessidade de um trabalho específico
nas 5ª séries, visto que os educando estão iniciando uma nova
etapa do ensino fundamental. É preciso direcionar uma
organização pessoal devido ao aumento de disciplinas e
rotatividades de professores, bem como o compromisso com o
processo avaliativo.
As séries subseqüentes também necessitam de um
acompanhamento quanto à vida escolar. Este trabalho é feito
junto aos educandos e pais procurando ressaltar a importância
do estudo como compromisso e responsabilidade sendo a
131
formação acadêmica direito e dever da criança e do
adolescente.
No início do segundo semestre do ano letivo, a equipe
pedagógica junto aos professores analisam os resultados
obtidos quanto ao ensino-aprendizagem do primeiro semestre.
Com este levantamento procura-se refletir e buscar alternativas
de trabalho para sanar as dificuldades promovendo melhor
rendimento escolar e efetivação do conhecimento.
A escola por ter no seu interior educandos com
problemas comportamentais e afetivo-emocional, dificuldades
de aprendizagem e quadros de hiperatividade sentiu a
necessidade da implantação de uma sala de recursos para
melhor atender e intervir nesta aprendizagem.
A formação educacional oferecida pela instituição
procura efetivar um ensino de qualidade que possibilite o
acesso do conhecimento sistematizado na contribuição para a
construção de uma sociedade mais justa, humana e igualitária.
VIII-9 PRÁTICAS AVALIATIVAS DA ESCOLA ESTADUAL DE FAROL
132
As práticas avaliativas no contexto escolar são
fundamentais, pois por meio delas a escola tem condições de
perceber, analisar, discutir, refletir e buscar soluções para os
problemas vivenciados no seu interior.
A Escola Estadual de Farol tem por objetivo realizar uma
prática avaliativa que possibilite um olhar reflexivo para o
educando, que o ajude a adquirir conhecimentos numa relação
de mediação no processo ensino-aprendizagem.
VIII-9.1 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO EDUCANDO, FRENTE À AÇÃO EDUCATIVA DO PROFESSOR
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
9394/96 determina que a avaliação seja contínua e cumulativa
e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os
quantitativos. Da mesma forma os resultados obtidos pelos
educando ao longo do ano escolar devem ser mais valorizados
que a nota da prova final.
Essa nova forma de avaliar não deve ser apenas uma
questão educacional, mas uma mudança social. Isso tudo
133
porque a avaliação deve ser um projeto pautado na cooperação
e na inclusão, em lugar da competição e da exclusão.
Para que a avaliação sirva à aprendizagem é essencial
conhecer cada aluno e suas necessidades, buscar meios de
uma dinâmica de avaliação que se efetiva justamente a partir
da análise das respostas do educando frente às situações
desafiadoras nas diferentes áreas de conhecimento.
A avaliação deve ser um ato de confiança mútua entre
educador e educando quanto às possibilidades de
reorganização conjunta do saber que pode transformar o ato
avaliativo em um momento prazeroso de descoberta e troca de
conhecimento.
Conversão dos métodos de correção tradicionais (de verificação de erros e acertos) em métodos investigativos, de interpretação das alternativas de solução propostas pelos alunos às diferentes situações de aprendizagem.
Privilégio a tarefas intermediárias e sucessivas em todos os graus de ensino, descaracterizadas de funções de registro periódico por questões burocráticas (...)
Compromisso do educador com o acompanhamento do processo de construção do conhecimento do educando numa postura epistemológica que privilegie o entendimento e não a memorização. (Hoffmann, 1996, p.81)
134
O desafio da Escola Estadual de Farol numa perspectiva
mediadora de avaliação é principalmente a tomada de
consciência coletiva dos educadores sobre sua prática
avaliativa. Esta prática deve direcionar uma metodologia que
privilegie as várias formas de verificação de aprendizagem
como leituras, pesquisas, seminários, debates, atividades orais
e escritas, entre outras.
A instituição tem como forma de registro das avaliações
a atribuição de notas, acontecendo numa periodicidade
bimestral, com resultados expressos em notas de 0,0 a 10,0
(zero a dez vírgula zero), sendo resultado da somatória de
valores atribuídos a cada instrumento de avaliação, fazendo
intervenções de recuperação paralela no decorrer do bimestre.
Amparada na LDB/9394/96, artigo 24, inciso 5, a
Recuperação Paralela acontece em período extra-classe de
forma a atender os casos de baixo rendimento escolar e alunos
que necessitam de um trabalho diferenciado e individual do
professor.
O professor é fundamental neste processo, pois este
precisa realizar uma prática que acolha, nutra, sustente os
educando e confronte-os amorosamente, para que, ao longo do
tempo constituam sua identidade e possam realizar sua vida e
sua missão de forma mais satisfatória e feliz.
135
Procurando desenvolver um trabalho pedagógico que
possibilite a inserção de todos, a escola por ter no seu interior
educandos com problemas comportamentais e afetivo-
emocional, dificuldades de aprendizagem e quadros de
hiperatividade, implantantou uma sala de recursos para melhor
atender e intervir nesta aprendizagem.
Conforme garante a LDB/9394/96 no seu artigo 24,
parágrafo III a progressão parcial de estudos, a escola faz
cumprir a lei estando aberta aos educando que dela
necessitam.
Nesta compreensão a prática exige dos educadores
vínculo com a profissão, formação adequada e consistente,
comprometimento permanente, atenção plena e cuidados em
todas as intervenções, e flexibilidade nos relacionamento com
os educandos. É, portanto a avaliação da aprendizagem não um
ato isolado, mas um ato integrado com todas as outras
atividades pedagógicas; “enquanto se ensina se avalia, ou,
enquanto se avalia se ensina.”.
VIII-9.2. O CONSELHO DE CLASSE: PROCESSO AVALIATIVO
136
A Escola Estadual de Farol, compromissada com uma
avaliação global do educando, tem como parte da sua
organização escolar o Conselho de Classe. Este é um órgão
colegiado composto por Diretor, Pedagogos, Professores, e em
alguns casos por representantes dos alunos e pelos pais.
O Conselho de Classe é uma instância que permite o
acompanhamento dos alunos, visando a um conhecimento mais
minucioso da turma e de cada um, e análise do desempenho do
professor com base nos resultados alcançados. Tem a
responsabilidade de formular propostas referentes à ação
educativa e didática, facilitar e ampliar as relações mútuas
entre os professores, pais e alunos, e incentivar projetos de
investigação.
Os objetivos do conselho de classe são:
- Aprimoramento do diagnostico, dos problemas e dificuldades.
- Obtenção de informações para facilitar o aconselhamento ao aluno.
- Busca de soluções alternativas para as dificuldades que aparecem.
- Elaboração de programas de recuperação e outras atividades de apoio.
- Reformulação do plano de ensino (revisão, retomada da matéria etc).
- Identificação de progressos e mudanças de comportamento de alunos. (Libâneo, 2004 p.303)
137
No momento em que acontece o Conselho de Classe é
necessário haver uma intencionalidade comum entre os
agentes da organização escolar, representativa de um projeto
coletivo. Este projeto supõe um confronto entre os diferentes
valores e posições que se fazem presentes na Escola e que
aparecem nos momentos do Conselho por meio dos
argumentos que são utilizados pelos profissionais na defesa da
promoção ou retenção de um educando.
Portanto, o Conselho de Classe, enquanto mecanismo
previsto na organização escolar reflete, em realidade, como
vem sendo concebida e vivenciada à educação escolar. Este
deve ser um espaço de decisão coletiva que supõe enfrentar o
desafio de construir uma nova prática para a escola que aí está
por meio de relações compartilhadas.
VIII-9.3 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A Escola Estadual de Farol tem por princípio realizar um
ensino com qualidade. É com este principio que a Avaliação
Institucional se faz necessária. Este processo é construído de
138
forma coletiva sendo capaz de identificar as qualidades e
fragilidades da instituição e do sistema educativo.
A Avaliação Institucional é fundamentada em seus
aspectos políticos, técnicos, sociais e simbólicos, envolvendo as
relações de poder, as metodologias, os sujeitos, os valores e
significados importantes para instituição escolar e para a
sociedade.
Este é um processo que deve ter autonomia e ser
transparente. Ele vem associado à necessidade de avaliação
não somente do aprendizado dos alunos, mas também dos
professores e da escola.
A instituição escolar pública precisa prestar constas à
sociedade que, afinal é quem paga a educação que recebe; e
também realimentar o processo educativo que a escola
desenvolve, revelando erros e acertos que servem para
redirecionar práticas e reformular as estratégias que devem
levar aos objetivos visados.
A Avaliação Institucional tem por objetivo promover a
melhoria da qualidade, pertinência e relevância das atividades
desenvolvidas na área pedagógica e na administrativa.
139
Especificamente este processo possibilita alimentar o
interesse de se auto-avaliar como meio de se conhecer melhor
e garantir a qualidade de gestão; conhecer melhor como as
tarefas pedagógicas e administrativas está sendo realizado; (re)
estabelecer compromissos com a sociedade explicando as
diretrizes do Projeto-Político-Pedagógico, permitindo constante
reordenamento, consolidação e reformulação das ações
escolares; e estudar, propor e implementar mudanças no
cotidiano das atividades pedagógicas e administrativas,
contribuindo para a formulação de Projetos Político-Pedagógicos
cada vez mais socialmente legitimados e relevantes.
Para que haja legitimidade técnica do processo, este
depende da metodologia que além de construir indicadores
pode utilizar-se de procedimentos quantitativos e qualitativos e
oferecer modelos analíticos e interpretativos, depende também
da fidedignidade da informação que se faz na existência do
clima de confiança e de uma base de dados confiáveis.
As etapas de um processo de Avaliação Institucional
partem da sensibilização com reuniões, encontros, palestras e
estudos objetivando conscientizar professores, alunos,
funcionários e membros da comunidade. Este estudo possibilita
uma auto-avaliação para diagnosticarem dados que justificam a
necessidade de avaliações interna e externa da escola.
140
A avaliação interna é um momento de reflexão e debate
sobre as diversas dimensões da escola, num processo de auto-
avaliação. Ela implica na avaliação das séries, das disciplinas,
do desempenho professores, dos educandos, do pessoal
técnico-administrativo e da gestão escolar. Nesta perspectiva a
escola analisa os vários dados, gerando relatórios que reflitam
como ela é por si mesma. Nesta etapa, a participação de
professores, educandos e funcionários são fundamentais.
A avaliação externa tem o papel de complementar e
validar a avaliação interna da escola. Seu ponto de partida é o
relatório da auto-avaliação e ela contempla os mesmos
aspectos da avaliação interna, sempre em uma perspectiva
complementar.
Portanto, é necessário que a Escola Estadual de Farol
abra espaço pra reflexão, a reelaboração de seus rumos,
avanços em propostas, ações e perspectivas. Ao se avaliar não
se espera eliminar todas as discordâncias, dúvidas e
contradições características do cotidiano escolar. No entanto, a
Avaliação Institucional deve contribuir para revelar e estimular
a identidade própria da escola, preservando também a
pluralidade de opiniões que é constitutiva de toda escola.
141
142
IX – PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃONÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃOESCOLA ESTADUAL DE FAROL – E.F.
MUNICÍPIO DE FAROL
PLANO DE AÇÃOGESTÃO 2006-2008
DIRETORA: - Fátima Maria de Souza Rocha
PEDAGOGAS:- Claudia Maria Colaço Lemos;- Regiane Aparecida de Souza;
.
144
PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL DE FAROLEIXO OBJETIVO DETALHAMENTO CONDIÇÕES CRONOGRAMA RESPONSÁVEL
Gestão Democrática
Oportunizar no decorrer do ano letivos encontros por segmentos, para organização e articulação das metas necessárias ao bom funcionamento da Escola do ponto de vista da Gestão-Conselho de Classe democrático.
- Ampla reunião com todos os segmentos e depois separadamente para organização e exposição de casa um;
- Conselho Escolar;
-Escolha do representante professor e aluno por turma.
- Estudo e adequação do Regimento Escolar em relação à função de cada representante e metas para melhoria da aprendizagem e disciplinas
- Encontro com os professores da turma junto à equipe pedagógica/diretor sempre que julgar necessário para estabelecer estratégias buscando a melhoria no ensino/aprendizagem.
- Reunião mensal com os professores e alunos separados e em conjunto para expor os
Fevereiro e no meio de cada bimestre.
Bimestral e reunião e extraordinárias quando necessário.
Todo mês
Diretor e Equipe Pedagógica
Diretor, Equipe Pedagógica e Professores da turma e Secretária.
Diretor e Pedagogos
projetos e andamento buscando sugestões para melhoria dos anseios dos alunos e no ensino aprendizagem.
Eleição da Nova APMF.
- Assembléia de convocação à comunidade escolar para eleição da Nova Comissão da APMF.
- Enviar comunicado aos Pais;- Cartazes nos pontos de maior fluxo de pessoas.
Fevereiro Diretor
Promover encontro com a participação dos pais na escola através de eventos esportivos culturais e cívicos.
- Montar cronograma de distribuições das ações e datas culturais/cívicas;
- Reunião com os pais/responsáveis na entrega de boletins e entretê-los com as atividades programadas.
- Promover gincana da integração e jogos com envolvimento dos pais e professores e alunos.
- O professor representante organiza atividades para serem apresentados pelos alunos em sala ou quadra.
- Quadra de Esportes ou Estádio Municipal.
BimestralMaio agostoOutubro Dezembro
Maio
Agosto
ProfessoresDiretorPedagogo
Professores de Educação FísicaDiretor
Pedagogoe Professores
2.Proposta Pedagógica
Conhecer todo o processo sobre cada área do
- Reunir durante a Semana Pedagógica no inicio e meio do
- Proposta Pedagógica Estudos debates, montagem das ações e
Fevereiro
Julho
Diretor PedagogoProfessor
146
conhecimento Proposta Pedagógica da Escola
ano letivo os professores por área e depois todos juntos para que através da Proposta Pedagógica passam a montar o planejamento se embasando nos Pressupostos teóricos os critérios de seleção de conteúdos.
O encaminhamento metodológico a área de atuação: concepção/critérios; e instrumento de comunidade aos alunos e pais sobre o rendimento; e como deverá ser processadas a recuperação de estudos e a paralela.- Favorecer horário especial para realização da hora atividade, envolvendo os professores por área.
articulação das áreas do conhecimento.
Hora atividade por área/série
Hora Atividade Diretor PedagogoProfessor
3. - Oportunizar a - Buscar e repassar - Textos de assuntos Durante todo o Diretor
147
Formação continuada
todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem capacitação, na área de conhecimento assuntos atuais e de auto-estima.
aos professores texto sobre assuntos atuais e de interesse da Comunidade Escolar.
-Cursos de Capacitação de professores, funcionários administrativos e serviços gerais e pedagogos.- Curso de prevenção do uso de drogas;- Envolver alunos e pais em eventos para ampliação do conhecimento, socialização em busca do equilíbrio emocional.
contemporâneos;
- Grupo de estudos- Oficina;- Fórum;- Troca de experiência;
- Palestra;- Feiras;- Expor livros da biblioteca para incentivo.
ano PedagogoConselho EscolarAPMF
4.Qualificação dos equipamentos e espaços
- Elaborar planos para a aquisição e manutenção dos equipamentos e espaço físico.
- Montar Planos com verbas da FUNDEPAR (10 parcelas) para manutenção dos equipamentos, prédios e aquisição de material multiuso.
- Plano para o PDDE – 1º Parcela em
- Verbas da FUNDEPAR- PDDE
- Material Permanente e consumo em geral
10 parcelas de fevereiro a novembro
OutubroNovembro
APMF e Conselho Escolar
Diretor
148
outubro/novembro.
- APMF – Completando e incrementando projetos.
- Complemento de verbas para a merenda Escolar.
- Horta escolar- Promoções- Gincanas
Frutas, Verduras e Carnes
O ano todo
3 parcelas
APMF – DiretorE Pedagogos
SEED - Diretor
Ampliar o Acervo Bibliográfico e atendimento individual do livro didático ao aluno.
FNDE – enviar à Escola Romanos e LiteraturaE de 4 em 4 anos renova os livros didáticos dos alunos.
A escola recebe material para análise e escolha do livro didático.
20032007
DiretorEquipe pedagógica e Professores.
Oportunizar aos Professores curso de computação através do NTE
Já em fase de implantação do laboratório de informática, os professores terão que se atualizarem para utilizar esses recursos como ferramenta pedagógica.
CursoSolicitar do NTE capacitação em contra-turno.
Agendar Direção e Pedagogos
Dar atendimento especial para os alunos com
Em tramitação demanda para professor para dar atendimento especial
Sala de recursos Março Pedagogos e DireçãoProfessores
149
problemas de aprendizagem
aos alunos com dificuldades
Incentivar aos professores a utilizarem os recursos tecnológicos e pedagógicos que a escola dispõe e/ou solicitação de novos.
- orientar os professores como manuseia:- TV;- Vídeo;- DVD;- Computador;- Retroprojetor.
- Explicações;- Palestras;- Oficinas.
A Agendar DireçãoPedagogos
Adequar o espaço físico para as escolas do Ensino Fundamental (1ª a 4ª/ 5ª a 8ª) de acordo com as necessidades.
Vistoriar e preparar as salas de aula /pátio para receber os alunos.
Reunir diretores das duas escolas
Verificar ventiladores fechaduras e vidros
Analise das necessidades.
Arrumar com verba da FUNDEPAR/APMF
Janeiro
Janeiro e Julho e ano todo.
Direção
Direção e APMF
150
5. Outras Oportunizar a participação do aluno em eventos que visem a socialização, o desenvolvimento artístico literário/cultural/cívica e esportivo.
Participação: olimpíada de matemática;Jogos interclasses;Jornal mural;Circuito Cultural;Projeto Poesia/coletânea;Agrinho;Fera;Com Ciência;Jogos Colegiais;Diversidade Cultural-Cultura Afro;Compromisso da II conferência proferido pela aluna SARA PESSIM.Projeto Água;Projeto de Leitura; Projeto ConeProjeto Ambiental/Agenda 21;Aniversário do Padroeiro e da Cidade.
- FUNDEPAR
- APMF.
- Feira das Culturas.
Outubro
Julho/Dez.
QuinzenalSetembro
Março/Nov.
13 Junho23 Junho
Todos da Comunidade Escolar.
Farol, Março/2007
151
X – PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃONÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃOESCOLA ESTADUAL DE FAROL – E.F.
MUNICÍPIO DE FAROL
PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
DIRETORA: -Fátima Maria de Souza Rocha
PEDAGOGAS:- Claudia Maria Colaço Lemos;
- Regiane Aparecida de Souza.
153
PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
O Pedagogo da escola Pública não deve ser reduzido ao
mero instrumentador ou técnico, deve: agir, intervir, lançar
novos desafios para “quebrar equilíbrio” e assim contribuir com
a construção de novos conhecimentos e práticas libertadoras,
na construção da escola pública, democrática e de qualidade.
AÇÕES PERÍODO ESTRATÉGIAS METAS
Coordenação e acompanhamento do planejamento docente
Construção: FevereiroAcomp:Abril Jun/Set /Nov
Reuniões e encontros
Qualidade e efetivação real do planejamento docente.
Organização de turmas
Fevereiro Viabilizar as condições de acesso e de aprendizagem aos alunos zona urbana e rural
Bom desenvolvimento e aprendizagem
Revisão/apoio aos docentes nos procedimentos quanto ao Reg. de Classe
Fev/Abril/ Ago/Dez
Estudo/ Conscientização das instruções e procedimentos necessários
Garantir a efetivação necessária do registro escolar enquanto documento
Reunião de Pais Fev/Maio/Ago Out / Dez
Trabalhar questões relevantes quanto ao ensino-aprendizagem
Parceria com a família para efetivação de um ensino de qualidade
Orientação de Fev/ Ago Orientação Garantir
154
estudos p/ alunos de 5ª série
quanto aos compromissos da nova etapa do Ens.Fundamental
adaptação e também melhor rendimento dos alunos
Projeto “Como Estudar” p/ alunos de 5ª a 8ª series
Março/Agosto Orientar da responsabilidade e quanto aos estudos
Garantir compromisso, seriedade e produtividade no processo ensino-aprendizagem.
Projeto “Civismo” p/ alunos de 5ª a 8ª séries
Semanal -Estudo dos símbolos e hinos Farol/Paraná/BrasilEntoação de hinos com postura de respeito a Pátria
Conscientizar os alunos e comunidade quanto à necessidade de conhecer e vivenciar o respeito aos símbolos nacionais
Projeto “Sem drogas” p/ alunos de 5ª a 8ª séries
Março Estudos dos tipos de drogas (lícitas e ilícitas). Identificação dos riscos à saúde e a liberdade.
Conscientização p/ garantir a saúde e liberdade dos alunos afirmando o amor à vida.
Projeto “Adolescência e a sexualidade” p/ alunos de 5ª a 8ª série.
Maio Palestras, vídeos e estudos sobre as questões da sexualidade na adolescência.
Garantir segurança e saúde, proporcionando a conscientização quanto a sexualidade.
Conselho de Classe Maio/Ago/Out e Dez.
Portar de informações e registros concretos do rendimento dos alunos e analisar o processo ensino aprendizagem. Propor alternativas para efetivação de melhor
Trazer efetivação e qualidade ao processo ensino-aprendizagem, envolvendo a comunidade escolar na busca de estratégias para consolidar uma educação para promoção da cidadania.
155
rendimento. Reformular plano de ensino, se necessário.Identificação de progressos dos alunos
Formação continuada de professores
Fev/ Mai/ Ago/ Out
Estudos e análises de textos específicos, Seminários, vídeos, palestras e discussões enfocadas p/ uma educação de qualidade
Garantir uma prática pedagógica que proporcione um ensino-aprendizagem efetivo de qualidade.
Formação aos Funcionários
Março e Agosto
Estudos, seminários, vídeos, palestras voltados para as funções específicas e educacionais.
Proporcionar formação ao funcionário enquanto parceiro da educação e da sua função específica.
Acompanhamento dos alunos quanto a assiduidade
Durante o ano Parceria com os docentes.Visita às famíliasParceria com o Conselho Tutelar
Garantir a assiduidade e permanência dos alunos na escola.
Acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico
Semestralmente
Estudo do PPP, reflexão crítica da sua prática, efetivação da relação entre teoria e prática.
Efetivar o Projeto Político Pedagógico enquanto instrumento de ensino, garantindo assim uma educação de qualidade.
Farol, FEVEREIRO/2007
156
157
XI – PROJETOS
Projeto Nossa Água
Alunos atendidos: 5ª a 8ª Série
Duração: 2 meses.
Profª. Sirlene de Fátima de França
Profª. Joana Souza de Melo Oliveira
159
Justificativa
Com o crescente progresso e a degradação dos recursos
naturais, sentimos a necessidade de conscientizar os
educandos sobre a importância da preservação do meio
ambiente e o consumo adequado da água, ressaltando a água
como um elemento essencial à vida, despertando no educando
atitudes que venham proteger os mananciais que ainda estão
conservados e a recuperação daqueles que já estão
degradados, alertando–os para a possível escassez da água,
pois esta é um recurso natural finito.
Metodologia = Projeto Água
Exposição do conteúdo utilizando fatos cotidianos, revistas e
exemplos do cotidiano do aluno.
160
Debate sobre a ação do homem na Natureza. –
Desmatamento.
Plantio de árvores – matas ciliares – junho – 05/06/05.
Pesquisa sobre a importância do ciclo da água com elaboração
de cartazes.
Visita e pesquisa sobre a água consumida no Município.
Atividade prática sobre tratamento da água (Sanepar). -
Palestra 22/11/05.
Vídeos sobre estações e tratamento da água.
Distribuição de mudas de árvores silvestre, frutíferas –
21/09/05.
Elaboração de paródias e poesias sobre água.
Apresentações artísticas envolvendo o tema do projeto.
Distribuição de mudas frutíferas. – 21/09/05.
Montagem de painéis sobre o assunto.
Exposição dos trabalhos confeccionados pelos alunos na Feira
Cultural da Escola.
161
Produção de textos sobre água em parceria com a disciplina
de Literatura.
Objetivos
Reconhecer a importância da água na nossa vida;
Identificar a utilização adequada da água em nossa vida;
Reconhecer as situações em que a água é prejudicial a saúde;
Identificar os Direitos Universais da água;
Identificar os estados físicos da água e sua utilização;
Reconhecer e aplicar os diversos cuidados higiênicos com a
água;
Desenvolver a criatividade e imaginação;
Reconhecer a utilidade da água nas usinas hidrelétricas;
Desenvolver a atenção e o raciocínio;
162
Identificar a importância da água no corpo humano;
Identificar os benefícios da energia em nossas atividades;
Conscientização da importância da preservação da água e
preservação das matas ciliares.
Desenvolvimento
Leituras dos diferentes textos: informativos, literários,
recreativos;
Produção de textos;
Caça-palavras;
Poesia;
Pesquisas;
Atividades Matemáticas;
Vídeos / tratamento da água (Sanepar);
Distribuição da água no Planeta;
163
Danças – paródias;
Atividades com encartes;
Solta de alevinos no Rio Goioêre; - 21/09
Montagem de murais;
Confecção de cartazes;
Palestras;
Plantio de árvores;
Visita ao poço artesiano do Município;
Distribuição de mudas frutíferas.
Conteúdo
Onde encontramos a água;
Preservação;
A importância da água em nosso organismo;
Tratamento da água;
164
Estado físico da água;
Componentes da água;
A água no mundo;
Doenças transmitidas através da água (ver vídeo Escola);
Poluição as água (chuva ácida, efeito estufa);
Economia da água
Cronograma de Apresentação
- Dia da água – 22/03
- Meio ambiente – 05/06
- Dia da árvore – 21/09
- Dia nacional do Rio – 22/11
Avaliação
Avaliação do relatório das aulas práticas e pesquisas;
Avaliação dos cartazes e materiais produzidos
165
Apresentação dos trabalhos na Feira Cultural.
Observação das mudanças de atitudes.
FAROL, 12 DE MARÇO DE 2005.
PROJETO: CONHECER E VALORIZAR A CULTURA
BRASILEIRA
166
Alunos atendidos: 5ª a 8ª Série
Duração: 1Ano
Professores: Todos os professores da escola
TEMA: CONHECER E VALORIZAR A CULTURA BRASILEIRA
OBJETIVO GERAL:
Abordar os conhecimentos referentes às diversas culturas
que compõem o cenário brasileiro, preservando e
compartilhando as heranças culturais, trazendo com isso a
história e cultura Afro-Brasileira e Africana no sentido de
promover a compreensão e a conscientização da comunidade
escolar no que se refere ao entendimento do multiculturalismo,
das diferenças em relação ao outro, e da eliminação do
racismo.
167
OBJETIVO ESPECÍFICO:
- Compreender as diversas culturas que compõem o povo
brasileiro, reconhecendo a importância de cada uma para a
nação.
- Conhecer a cultura Afro-Brasileira e Africana em suas
realidades políticas, econômicas, sociais, históricas, religiosas e
culturais.
- Preservar, promover e compartilhar as heranças culturais.
- Identificar a cultura popular como expressão legitima e
espontânea do povo.
- Conscientizar para promover intelectualmente os educandos,
possibilitando-os eliminar preconceitos, discriminação e
racismo.
JUSTIFICATIVA:
É por meio do conhecimento que o educando percebe o
mundo que está a sua volta, e entende que ele é parte de uma
riqueza de expressões culturais, as quais compõem a nação
brasileira. A cultura deve ser pensada como um direito do
cidadão. A partir do conhecimento é possível que o educando
valorize as diferentes representações de cultura, articule a
168
igualdade e a diferença, e assim tenha condições, estratégias
para lidar com o preconceito, a discriminação e o racismo.
METODOLOGIA:
Este trabalho se efetuará com pesquisas e estudos das
culturas e suas relações nas diversas áreas específicas de
conhecimento, com seminários, debates e exposições deste
conhecimento com artes visuais, artes plásticas, artesanato,
dança, música, instrumentos musicais, poesia, o conto, teatro,
comidas e bebidas típicas, de forma que traga enriquecimento
cultural para toda a comunidade escolar .
AÇÕES
• Estudar, pesquisar e conhecer as diversas culturas que
compõem o cenário brasileiro, assim como à cultura Afro-
Brasileira e Africana. Conhecimentos estudados nas
diversas disciplinas.
• Identificar as tradições culturais da região norte, sul, leste
e oeste do Brasil, representando-as com as artes visuais,
dança, música e teatro.
• Resgate cultural e levantamento histórico com
representantes das culturas por meio de exposição oral.
169
• Exposição no espaço escolar dos trabalhos estudados e
desenvolvidos. Artesanato, musica, dança, poesia, conto,
comidas e bebidas típicas, etc.
• Levar o conhecimento e a representação cultural (cultura
popular) até a comunidade escolar no sentido de trazer
riqueza cultural a todos.
Bibliografia:
APP Sindicato. Jornal Educação com Raça e Classe. Out/2004.
MEGALE, Nilza V. Folclore Brasileiro. Editora Vozes, Petrópolis,
1999.
170
PROJETO: CONSTRUINDO AGENDA 21 NA ESCOLA
TEMA: COMUNIDADE ESCOLAR: MORADA E ESPAÇO DE
CONVIVÊNCIA
Alunos Atendidos: 5ª a 8ª séries
Duração: 1 Ano
Professores: Todos os professores da escola.
Tema: COMUNIDADE ESCOLAR: MORADA E ESPAÇO DE
CONVIVÊNCIA
OBJETIVO GERAL: Proporcionar a todos da comunidade
condições de formação e vida capaz de conviver
harmoniosamente com o ecossistema.
171
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Identificar as potencialidades econômicas, sociais,
econômicas, culturais e políticas do Município.
- Propiciar condições metodológicas de efetivação da escola que
queremos.
- Identificar, elaborar ações quanto aos pontos positivos e
negativos da região.
- Estabelecer formas de implantação da Agenda 21.
JUSTIFICATIVA:
A comunidade é composta por sujeitos que na sua
maioria tem formação elementar e para tanto não há
informação e conscientização suficiente quanto ao cuidado e
preservação com meio ambiente.
É neste contexto que a escola está inserida, e por ser concebida
como espaço de busca, construção, diálogo e descoberta de
diferentes possibilidades de expressão e linguagem,
organização cidadã, afirmação da dimensão étnica e política de
todo processo educativo, sente a necessidade de proporcionar
condições para as discussões e tomada de decisão para a vida
da comunidade.
METODOLOGIA:
172
Todo trabalho é coletivo, ou seja, conta com a
participação dos profissionais da educação, pais, e órgãos
competentes da comunidade. Através de: palestras, seminários,
discussões, pesquisas de campo, conscientização coletiva
(arrastão), práticas educativas com vídeo, plantação de árvores
nativas, limpeza dos rios, etc.
AÇÕES:
- Fórum de esclarecimento sobre a Agenda 21 na Escola aberta
a toda a comunidade.
- Palestras proferidas por profissionais nas áreas específicas que
discutam as questões relevantes da comunidade: a necessidade
da preservação da água, o equilibro ecológico, situação dos
alimentos no Brasil e o respeito as diversidades culturais.
- Seminário para debates e tomada de decisões quanto a
Agenda 21 na escola, formação de equipes responsáveis pelos
trabalhos, e elaboração de cronograma para as ações.
- Desenvolvimento das ações da Agenda 21 Escolar.
173
BIBLIOGRAFIA:
BRASIL, Ministério do Meio Ambiente.Ministério da Educação.
Formando COM-VIDA/ Construindo Agenda 21 na Escola.
Brasília, 2004.
CANDAU, Vera Maria. Reinventar a Escola, Petrópolis, RJ, Vozes,
2000, p.11-16
174
PROJETO POESIA
Alunos atendidos: 5ª a 8ª séries
Duração: 1 ano
Professores: Lingua Portuguesa e Literatura-Edson Martins-Irene Trevisoli de Lima-Mirian Justi Vicente-Angela Antonia Contipelli
TEMA: PROJETO POESIA.
175
JUSTIFICATIVA:
Partindo do pressuposto que poesia é a arte que leva o indivíduo navegar
no mundo da fantasia, Fazendo com que o mesmo saia da praticidade do
dia-a-dia, o qual a parte bela da vida percebe-se a urgência em resgatar a
sensibilidade de nosso educandos através da arte de criar e recriar.
OBJETIVO GERAL:
O objetivo desse projeto não será apenas dissecação formal dos poemas,
nem o estudo e classificação tediosa, de rimas, métricas, figuras de estilo
etc.
Será, antes, a aproximação com a linguagem poética, no sentido de
familiarizar os alunos com a poesia, para que tenham prazer em ler e ouvir
poemas e sobretudo, para que se sintam motivados a expor suas emoções
através dos recursos tão expressivos da linguagem poética.
OBJETIVO ESPECIFICO:
Motivar o aluno a criar o gosto pelos textos poéticos e expressar suas
próprias emoções, levando os alunos a produzir próprias as poesias.
Editar coletânea com os autores dos poemas selecionados;
Promover a expressão oral através da declamação;
176
Desenvolver a sensibilidade criativa do educando por meio de contato
com textos dos diversos autores a serem estudados;
Perpetuar e divulgar a produção poética escolar, através da edição de coletâneas de poemas pré-selecionadas;
Motivar o aluno a criar o gosto pelos textos poéticos e expressar suas
próprias emoções, levando os alunos a produzir suas próprias poesias;
Editar coletânea com os autores dos poemas selecionados.
METAS
- Estimular a pesquisa na área artística literária para fins de ampliação de informações a respeito da produção poética.
- Produzir poesia;
- Reconhecer os vários tipos de textos poéticos, produzidos por:
- Castro Alves – terceira geração do romantismo, poesia amorosa lírica e poesia social;
- Carlos Drumonnd de Andrade – segunda fase do modernismo –
temática social, lírica amorosa e existencial;
- Cora Carolina – modernismo – poesia sertaneja
ecológica;
- Helena Kolody – modernismo, poesia amorosa e urbana.
- Desenvolver a capacidade de expressar-se em público;
177
- Montar o varal de poesia já editado e das criadas pelos alunos;
- Editar coletânea de poesias com poesias produzidas e selecionadas.
ESTRATÉGIAS:
Iniciar a aula comentando com os alunos que eles conhecerão vários tipos
de poesias, onde serão trabalhados:
- Ritmo;
- Sonoridade;
- Repetição dos fonemas: aliteração, coliteração;
- Orientar os alunos a criarem poesias com palavras presentes
em alguns nomes (acróstico);
- Leitura e criação de classificados poéticos;
- Intertextualidade disciplinar;
- Criação do dicionário poético;
- Pesquisar autores e obras;
- Apresentação para fins de discusão dos conteúdos pesquisados.
CRONOGRAMA
-1ª etapa: Maio e Junho – pesquisa, produção e organização do
varal de poesias;
- 2ª etapa: outubro – seleção dos poemas participantes de varal de poesias para fins de publicação;
- Coletânea de poesia de diversos autores e levantamento do
contexto histórico, trabalhando a interdisciplinaridade com o professor de
Artes, Literatura infanto Juvenil e português;
178
- Encerramento do projeto com declamação e varal de poesias com
monitoramento dos professores e noite de autógrafo (1ª etapa);
- Organização da coletânea de poemas de diversos autores,
levantamento do contexto histórico, trabalhando
interdisciplinarmente com os professores de artes literatura,
português e história.
XII – ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico é algo mais que um
simples agrupamento de planos de ensino e de atividades
diversas. Não deve ser construído e em seguida arquivado ou
encaminhado as autoridades educacionais apenas como prova
do cumprimento burocrático. Ele é construído e vivenciado em
todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo
educativo da escola.
A Escola Estadual de Farol sente a necessidade em
fazer acompanhamento e avaliação do Projeto Político
Pedagógico por saber que este é um documento que requer da
instituição escolar discussões, reflexões e análises para intervir
e fazer mudanças sê necessário à efetivação do mesmo.
179
Este acompanhamento e avaliação acontecerá
anualmente considerando que durante o ano letivo o projeto
será vivenciado no contexto escolar, dando oportunidade de
perceber a sua efetivação.
As instâncias envolvidas neste processo serão as
mesmas que participaram da elaboração coletiva do Projeto
Político Pedagógico, sendo estas responsáveis também pela sua
efetivação. As instâncias envolvidas são o Conselho Escolar, a
APMF e os Profissionais da educação, os quais compõem a
comunidade escolar da Escola Estadual de Farol.
Portanto é necessário que se abra espaço para reflexões
e reelaboração de seus rumos, avanços e propostas, ações e
perspectivas promovendo assim, a contínua melhoria do
trabalho e das condições ambientais e pedagógicas de modo a
criar experiências educacionais estimulantes e mobilizadoras
que oportunizem a comunidade escolar o aprendizado e a
promoção humana.
180
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Acredita-se que as bases de um Projeto Político
Pedagógico capaz de recuperar ou construir a identidade da
escola e dos sujeitos que congregam podem estruturar-se num
trabalho que envolva a comunidade escolar.
Para que o Projeto Político Pedagógico se concretize há
necessidade de ter uma escola ágil, que preze a si mesma e
seja capaz de se questionar, uma escola com ambições, que
projete um futuro para si, que aspire a excelência e esteja
disposta a reconhecer e aprender com seus erros; uma escola
181
capaz de conviver com as mudanças porque aprendeu que a
mudança é a regra e a estabilidade, a exceção.
O que se espera é que toda comunidade escolar se
identifique com o trabalho realizado coletivamente, e a escola
seja espaço de transformação efetiva de realidade. O Projeto
Político Pedagógico vem cumprir o objetivo de construir a
identidade da escola pública, como lugar de universalização da
educação, efetivando um ensino público, gratuito e de
qualidade, que deverá este estar em condições de enfrentar o
desafio da construção da cidadania.
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182
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183
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LUCKESI, Martha Abrahão Saad. O Diretor de Escola Pública, um Articulador In: A Invenção da Escola a cada dia / Nilda Alves e Regina L. Garcia (orgs). Rio de Janeiro DP & PA, 2000, 231-248.
MOREIRA, Antônio Flavio Barbosa. Algumas reflexões sobre a escola e o conhecimento escolar. Jornal 30 de Agosto. Edição Pedagógica Especial. Out.2004.
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184
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico Crítica ./ Primeiras Aproximações. 6ª edição–Campinas, SP: Autores Associados, 1997.
SEVERINO, Antonio Joaquim. O projeto Político Pedagógico: a saída para a escola. Revista AEC. Brasília, v.27, nº 107, p.81-91, abr/jun/1998.
VIGOTSKI, Lev Semenovich. A formação Social da Mente: O desenvolvimento dos processos psicológicos superiores – 6ª edição – São Paulo: Martins Fontes, 1998.
FARIA, Elaine Tuk. In ENRIONE, Delicia(org). Ser
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http:www.diaadiaeducação.pr.gov.Br
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VAZQUEZ. Ética 23ª Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira
2002.
185
186
ANEXOS
APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR
Partindo do pressuposto de que o homem é um ser
histórico, que pode escrever sua história de maneira critica e
construtiva, traçando metas e buscando alcançá-las, sem
prejudicar o meio onde vive. Sendo consciente do
desenvolvimento, buscando-o com sustentabilidade, traçando
diretrizes que possibilitem a consciência crítica reflexiva,
participativa e transformadora.
Para isso é necessário o domínio do conhecimento, o
respeito mútuo, a aceitação das diferenças, para a conquista da
sua autonomia como homem.
A escola que respeita e integra o saber do povo faz a
diferença, tem papel preponderante para a eliminação das
discriminações e para a emancipação dos grupos discriminados.
Construir uma educação emancipadora e inclusiva é instituir
continuamente novas relações educativas numa sociedade
contraditória e excludente.
“É a preocupação da escola com o atendimento à diversidade social, econômica e cultural existente que lhe garante ser reconhecida como instituição voltada, indistintamente, para a inclusão de todos os indivíduos (...) o grande desafio dos educadores é estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas
188
culturais de tais sujeitos sem perder de vista o conhecimento historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos”(PARANÁ).
O espaço escolar deve ser dialógico no qual as
diferenças se complementem, e não sejam fatores de exclusão,
e os currículos tornem-se abertos e flexíveis, oportunizando a
reflexão crítica sobre a história da minorias, dos estigmatizados,
dos colonizados, dos dominados.
Sendo assim, a Proposta Curricular da Escola Estadual
de Farol, foi construída a partir, de um trabalho coletivo de
muita reflexão e discussão, buscando contribuir de forma
efetiva para a formação de cidadãos conscientes, críticos e
participativos. Assegurando ao estudante o acesso e a
apropriação do conhecimento sistematizado, mediante a
instauração de um ambiente propicio às aprendizagens
significativas e às práticas de convivência democrática.
189
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 05 CAMPO MOURÃO MUNICÍPIO: 0757 - FAROL
ESTABELECIMENTO: 00032 - FAREOL, E E DE – E FUNDENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4000 – ENS. 1 GR. 5/8 SER TURNO: MANHÃANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MODULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS /
SÉRIE
5 6 7 8
ARTE 2 2 2 2CIÊNCIAS 3 3 3 3EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3ENSINO RELIGIOSO * 1 1GEOGRAFIA 3 3 4 3HISTORIA 3 3 3 4LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4
SUB TOTAL 22 22 23 23PD L.E.M. – INGLÊS **
2 2 2 2
SUB TOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL24 24 25 25
NOTA:MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96 * NÃO COMPUTADA NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER FACULTATIVA PARA O ALUNO.
** O IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO.
190
_________________________________ASSINATURA DO CHEFE DO NRE
191
PROPOSTA CURRICULAR
DO
ENSINO FUNDAMENTAL
DISCIPLINA: Artes
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Durante o período colonial, incluindo onde hoje é o
Estado do Paraná ocorreu, nas Vilas e Reduções Jesuítas, a
primeira forma registrada de arte na educação. Essa
congregação veio ao Brasil e desenvolveu uma educação de
tradição religiosa, para grupos de origem portuguesa, indígena
e africana, bem como para missões Guaranis nos estados do sul
de poder espanhol.
Por volta do século XVIII, busca-se a efetiva superação
do modelo teocêntrico medieval, voltando-se ao projeto
conhecido como iluminista, que tinha como característica
marcante a convicção de que tudo pode ser explicado pela
razão do homem e pela ciência. O governo do Marquês de
Pombal expulsa os Jesuítas do território do Brasil colônia e
estabelece uma reforma na educação colonial, conhecida como
Reforma Pombalina.
Em 1808 com a vinda da família real de Portugal para o
Brasil, fugindo da invasão de Napoleão Bonaparte, inicia-se uma
série de obras e ações para acomodar, em termos materiais e
culturais a corte portuguesa.
193
Um marco importante para a arte brasileira e os
movimentos nacionalistas foi a Semana de Arte Moderna de
1922 ,que influenciou alguns artistas brasileiros .
O ensino de Artes e os cursos oficiais públicos,
estruturaram-se também por meio de movimentos sociais e
artísticos. Em todos os períodos históricos a arte foi ensinada
em diversos espaços sociais. De acordo com a classe social,
desenvolviam-se formas de ensino como a corporação de
músicas e a corporação de artesãos em Vila Rica no século
XVIII. No Paraná, observa-se reflexos desses vários processos
pelos quais passou o ensino de Arte até tornar-se disciplina
obrigatória.
Em 1886, foi criado em Curitiba, a Escola de Belas Artes e
Industrias, por Antonio Mariano de Lima que desempenho um
papel importante no desenvolvimento dos artes plásticas e da
música na cidade, impulsionando a fundação da futura
Universidade Federal do Paraná.
Em 1990 foi elaborado o Currículo Básico para a escola
Pública do Paraná no ensino de 1º e 2º graus. Nesse Currículo; o
ensino de Arte retoma o seu caráter artístico e estético visando
a formação do aluno pela humanização do sentido.
Durante o período de 2003 e 2006 são realizadas
diversas ações por parte do Governo do Estado do Paraná que
194
valorizam o ensino de Arte, dentre os quais, destacam-se o
estabelecimento de uma carga horária mínima duas aulas
semanais em todos as séries do Ensino Fundamental e de duas
a quatro aulas semanais de Arte no Ensino Médio.
A disciplina de Artes ainda exige reflexões que
contemplem a arte como área de conhecimento e não
meramente como meio para o destaque de dons inatos, sendo
até mesmo utilizado equivocadamente, em alguns momentos,
como prática de entretenimento e terapia.
O ensino de Artes deixa de ser coadjuvante no sistema
educacional e passa também a se preocupar como
desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação.
O ensino sistematizado de Artes, oportuniza o
educando a conhecer técnicas e grandes nomes criadores das
mesmas, estimulando e possibilitando que talentos se revelem,
e ao mesmo tempo persigam inclusive a profissionalização no
vasto campo artístico.
OBJETIVOS GERAIS
195
A Educação Artística contemplará as Artes Visuais, a
Dança, a Música, e o Teatro, buscando ampliar o repertório
cultural do aluno a partir dos conhecimentos estético, artístico e
contextualizado, oportunizando uma aproximação do universo
cultural da humanidade nas suas diversas representações.
CONTEÚDOS - 5ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes: Elementos Básicos das
Linguagens Artísticas ( Elementos básicos da linguagem
das artes visuais, da dança, da música e do teatro); Produções/
Manifestações Artísticas ( Produções/ Manifestações artísticas
das artes visuais, da dança, da música e do teatro); Elementos
Contextualizadores.
Conteúdos Específicos:
Cores primárias e secundárias;
A cor e a linguagem;
Ampliação e redução de figuras;
196
Linhas (reta, curva, sinuosa, quebrada, mista);
Expressões fisionômicas;
Recursos gráficos em desenho;
Recorte e colagem;
Ilustrações de textos poéticos e outros;
Técnicas através de linhas;
Pontilhismo (pintura com pontos);
Exploração da literatura folclórica
Luz e cor;
Cores complementares;
Mosaico
Móbile;
Cores quentes e cores frias;
Danças populares;
Dramatização de situações já vivenciadas;
Folclore: música, dança, culinária, artesanato;
Arte visual;
Técnica de pintura guache, canetinha, lápis de cor;
Grafismo – figuras geométricas;
Luz e sombra;
197
Análise das formas geométricas na arquitetura;
Estabelecer diferença entre comédia, tragédia e drama, a
partir de elementos do gênero dramático.
CONTEÚDOS - 6ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes: Elementos Básicos das
Linguagens Artísticas ( Elementos básicos da linguagem
das artes visuais, da dança, da música e do teatro); Produções/
Manifestações Artísticas ( Produções/ Manifestações artísticas
das artes visuais, da dança, da música e do teatro); Elementos
Contextualizadores.
Conteúdo Específico:
Harmonia de cores: primária, secundária, terciária, quentes e
frias;
As propriedades do som: altura, intensidade, densidade e
timbre;
Figuras geométricas: quadrado, losango, trapézio, retângulo,
Triângulo;
Ampliações e reduções de desenhos ;
Música;
Técnicas de pinturas;
198
Ilustrações colagens;
Folclore brasileiro;
Expressão musical e corporal;
Dramatização de texto;
Mural colagens;
Montagem tridimensionais;
Enfeites de natal;
Sons do cotidiano: CD, propaganda, rádio, ruído das
máquinas;
Espaço cênico;
Danças populares;
Expressões fisionômicas;
Grafismo – Figuras geométricas;
História em quadrinhos;
Luz e sombra;
Análise das formas geométricas na arquitetura;
Estabelecer diferenças entre comédia, tragédia e drama, a
partir de elementos do gênero dramático;
Desenvolvimento de formas arquitetônicas através de
maquete.
199
CONTEÚDOS - 7ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes: Elementos Básicos das
Linguagens Artísticas ( Elementos básicos da linguagem
das artes visuais, da dança, da música e do teatro); Produções/
Manifestações Artísticas ( Produções/ Manifestações artísticas
das artes visuais, da dança, da música e do teatro); Elementos
Contextualizadores.
Conteúdo Específico:
-Artes;
-Artes plásticas;
-(texturas, formas, cores, ponto);
-Texturas – grafismos;
-Formas e volumes – figuras geométricas;
-Cores – primárias, secundárias (expressividade das cores,
cores quentes e frias; (Van Gogh);
-História da arte
-Arte bizantina – mosaico;
-Arte primitiva cristã = símbolos: uva, peixe, pão...;
-Arte Romênia – pesquisa;
-Arte gótica – vitrais;
-Arte renascentista – claro-escuro;
-Ampliação e redução de figuras;
-Dança populares;
200
-Teatro – teoria e encenação;
-Música
-Datas comemorativas;
-Técnica através de linhas.
CONTEÚDO - 8ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes: Elementos Básicos das
Linguagens Artísticas ( Elementos básicos da linguagem
das artes visuais, da dança, da música e do teatro); Produções/
Manifestações Artísticas ( Produções/ Manifestações artísticas
das artes visuais, da dança, da música e do teatro); Elementos
Contextualizadores.
Conteúdo Específico:
Pintura
Ritmo
Pintores e autores brasileiros
História da Arte
Hinos
Figuras Humanas
Definição tradicional de Arte
201
Pesquisa: Nicolas Ponssin, uma dança para a música do
tempo
Pintores brasileiros
A evolução da música desde a antigüidade
Música Popular
Panorama cultural brasileiro no século XX
Pintores Brasileiros e obras
‘
Conteúdos Complementares:
- Projeto Poesia (noite de autógrafos, varal de poesia e jornal
mural)
Atividades Culturais: dança, teatro.
- Cultura Afro-Brasileira.
- Diversidade Étnica Cultural.
- Educação do campo.
- Uso de Tecnologias.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
202
O processo de aproximação do aluno com o universo
artístico de forma sistematizada, inicia-se no Ensino
fundamental.
Sendo assim, a escola como espaço socializador do
conhecimento deverá possibilitar e ampliar as oportunidades
para essas experiências estéticas.
As aulas de artes oportunizaram ao aluno possibilidades
de análise das linguagens artísticas, a partir da idéia de que as
mesmas são constituídas de produções culturais, isto é,
produtos de uma cultura em um determinado contexto
histórico. Através das manifestações/produções artísticas, o
professor explicitará elementos que identificam determinadas
sociedades e de que forma se deu artisticamente, a estilização
de seus pensamentos e ações. Esta materiliazação do
pensamento artístico de diferentes culturas coloca-se como
referencial (signos) que poderá ser interpretado pelos alunos
por meio do conhecimento dos códigos presentes nas
linguagens artísticas.
Assim, o professor ao trabalhar os conteúdos da
disciplina de Artes deverá considerar:
As várias manifestações artísticas presentes na
comunidade e na região, as várias dimensões de
cultura, entendendo toda manifestação artística
como produção cultural;
203
As peculiaridades culturais de cada aluno/escola
como ponto de partida para a ampliação dos saberes
em arte;
As situações de aprendizagem que permitam ao
aluno a compreensão dos processos de criação e
execução nas linguagens artísticas;
A experimentação como meio fundamental para a
ressignificação desse Componente Curricular,
levando em conta que essa prática favorece o
desenvolvimento e o reconhecimento da percepção
por meio dos sentidos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação será processual e não deverá estabelecer
comparações entre os alunos, estará discutindo dificuldades e
progressos de cada um a partir da sua própria produção. O
desenvolvimento do pensamento estético e a sistematização
dos conhecimentos para a leitura da realidade também deverão
ser levados em conta.
A sistematização da avaliação se dará na observação e
registro dos caminhos percorridos pelo aluno em seu processo
de aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades
percebidas em suas criações/produções. Também observará o
aluno na resolução das problematizações apresentadas e como
204
se relaciona com o colega nas discussões e consensos de
grupo. O aluno como sujeito desse processo também irá
elaborar seus registros de forma sistematizada.
BIBLIOGRAFIA:
205
ASSIS, Francisco de. História do Homem. 1ª ed, 1996.
CANTILE, Bruna Renato e LEONARDI, Angela Cantele. Arte linguagem visual.
DINIZ, Célia Maria de Deus e VALADARES, Solange F. Pinto. Educação Artística no Cotidiano Escolar.
GONÇALVES, Maria Silvia e RIOS, Rosana. Português em outras palavras vol.1 e 2.
MORAN. José Manuel, MARSETTO. Marcos T., BEHREUS. Marilda Aparecida. Tecnologias e mediação pedagógica, 6ª Ed, Editora Papirus, 2003.
PARANÁ. Currículo básico da escola pública do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Curitiba, 1990.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Fundamental. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.Curitiba, 2006.
PROENÇA, Graça. História da Arte. 3ª ed, 1991.
SALAS, Ozana O Rosa. A Professora Criativa
DISCIPLINA: Ciências
206
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desde que o homem começou a se interessar pelos
fenômenos à sua volta e aprender com eles a ciências já estava
presente.
A descoberta do fogo foi um marco na história da
Humanidade, pois a partir dele, o homem teve a necessidade
de inventar objetos que fossem úteis para o cozimento de
alimentos.
Há aproximadamente dez mil anos, o homem que caçava
e coletava, passou a cultivar a terra e criar animais, interferindo
diretamente na natureza.
Todos os conhecimentos científicos foram criados, a partir
de uma problemática apresentado pela humanidade, para
facilitar a vida do homem.
Nos tempos atuais, com grandes descobertas na área da
medicina, da genética e da tecnologia o ensino da ciência tem
papel fundamental para a formação do indivíduo crítico e
207
participativo nas decisões e no uso das mesmas que irão
influências sua vida, diretamente ou não.
A ciência tem papel fundamental no destino do planeta,
para a garantia da perpetuação da espécie e demais seres
vivos.
OBJETIVOS GERAIS
Identificar o conhecimento cientifico como resultado do
trabalho de gerações de homens em busca do conhecimento
para a compreensão do mundo do mundo, valorizando-o com
instrumento para o exercício da cidadania, como hábito de
saúde pessoal, social e ambiental.
Formular questões, diagnosticar problemas reais e
propor soluções para eles a partir de elementos das ciências,
colocando em prática conceito, procedimento e atitudes
desenvolvidos no aprendizado escolar e compreender as
diferentes as diferentes dimensões da espécie humana.
Ler e entender notícias científicas divulgada nos meios de
comunicação, no estudo de ciências a cultura afro-brasileira e
africana;
Contribuições dos povos africanos e de seus descendentes
para os avanços da ciência e da tecnologia.
208
Análise e reflexões sobre o panorama da saúde dos
africanos, nos dias atuais.
CONTEÚDOS: 5ª SÉRIES
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Corpo Humano e Saúde,
Ambiente, Matéria e Energia, Tecnologia.
Os conhecimentos químicos, físicos e biológicos serão
relacionados a cada conteúdo trabalhado, abordando a
contextualização dentro da realidade dos educandos.
Conteúdos Específicos:
Universo;
- As Galáxias;
- A Conquista do Espaço;
- O Planeta Terra;
- A Terra e a Vida;
- Os Ecossistemas;
- A Água;
- A Água na Natureza;
- A Água Potável e a Poluição das Águas;
- Tratamento da Água;
209
- Flutuação e Pressão da Água;
- Existência do Ar;
- Pressão Atmosférica;
- Pressão Atmosférica e Previsão do Tempo;
Conteúdos Complementares:
- Construção de Microambientes;
- Aquário de Água Doce;
- Ecossistema Engarrafado;
- Projeto Arco-Íris;
- Pesquisas sobre povos africanos;
- Educação Fiscal (Aplicação dos tributos arrecadados pelo
governo em projetos científicos e na saúde.);
- Educação do Campo (Importância e composição nutricional
dos produtos agrícolas da região).
CONTEÚDOS: 6ª SÉRIES
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Corpo Humano e Saúde,
Ambiente, Matéria e Energia, Tecnologia.
Os conhecimentos químicos, físicos e biológicos serão
relacionados a cada conteúdo trabalhado, abordando a
contextualização dentro da realidade dos educandos.
Conteúdos Específicos:
Os Seres vivos;
210
- Os Seres vivos e os Ecossistemas;
- Classificação e Nomenclatura dos Seres Vivos;
- Os Microorganismos;
- O Reino Animal;
- Os Poríferos;
- Os Cnidários;
- Os Platelmintos;
- Os Nematelmintos;
- Os Moluscos;
- Os Anelídeos;
- Artrópodes I – Os Insetos;
- Artrópodes II – Aracnídeos, Crustáceos, Diplópodes,
Quilópodes;
- Os Equinodermos;
- Os Peixes;
- Os Anfíbios;
- Os Répteis;
- As Aves;
- Os Mamíferos (caracteres gerais dos mamíferos).
- Os Grandes Grupos de Plantas;
- As Criptogramas;
- Nutrição das Fanerógamas;
- Reprodução das Fanerógamas;
- Agenda 21
- Cultura Afro-brasileira e Africana
Conteúdos Complementares:
- Um Álbum sobre os seres vivos (O mundo animal);
211
- DVD Bob Esponja, sobre a vida aquática;
- Pesquisas sobre povos africanos.
- Educação Fiscal (Aplicação dos tributos arrecadados pelo
governo em projetos científicos e na saúde.);
- Educação do Campo (Importância e composição nutricional
dos produtos agrícolas da região).
CONTEÚDOS: 7ª SÉRIES
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Corpo Humano e Saúde,
Ambiente, Matéria e Energia, Tecnologia.
Os conhecimentos químicos, físicos e biológicos serão
relacionados a cada conteúdo trabalhado, abordando a
contextualização dentro da realidade dos educandos.
Conteúdos Específicos:
- Estruturas e Funções do Organismo Humano;
- A Espécie Humana;
- Como é o Ser Humano;
- As Células;
- Os Tecidos do Corpo Humano;
- Relações do Ser humano Com o Ecossistema;
- O Aparelho Locomotor;
- O Sistema Sensorial;
- O Sistema Sensorial e a Saúde;
212
- Os Alimentos;
- A Digestão;
- O Sistema Respiratório;
- A Circulação;
- A Excreção;
- A Reprodução Humana;
- Noções de genética;
- Coordenação das funções;
- Agenda 21
- Cultura Afro-brasileira e Africana
Conteúdos Complementares:
Confecção de Álbum sobre o Corpo Humano (Órgãos e
Sistema);
Educação Fiscal (Aplicação dos tributos arrecadados pelo
governo em projetos científicos e na saúde.);
Educação do Campo (Importância e composição nutricional
dos produtos agrícolas da região).
CONTEÚDOS: 8ª SÉRIES
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Corpo Humano e Saúde,
Ambiente, Matéria e Energia, Tecnologia.
Os conhecimentos químicos, físicos e biológicos serão
relacionados a cada conteúdo trabalhado, abordando a
contextualização dentro da realidade dos educandos.
213
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Introdução à Química;
- Substância e Misturas;
- O Átomo;
- Tabela Periódica;
- Ligações Químicas;
- Reações Químicas;
- Cinemática;
- Dinâmica;
- Princípios da Dinâmica;
- Trabalho e Potência;
- Energia e Máquinas;
- Energia Térmica;
- Energia Sonora;
- Energia Luminosa;
- Eletricidade e Magnetismo;
- Agenda 21
- Cultura Afro-brasileira e Africana
Conteúdos Complementares:
Trabalho com coleta seletiva em troca de alimentos.
Educação Fiscal (Aplicação dos tributos arrecadados pelo
governo em projetos científicos e na saúde.);
214
Educação do Campo (Importância e composição nutricional
dos produtos agrícolas da região).
METOLOGIA DA DISCIPLINA
Exposição do conteúdo utilizando fatos cotidianos do como,
revista e exemplos do cotidiano do aluno.
Debates para desenvolver a capacidade de formular
questões e solucionar problemas e solucionar problemas a
partir da mobilização dos conteúdos das ciências.
Trabalhos com a Revista Galileu.
Pesquisas sobre epidemia e precauções para evita-las.
Recorte e colagens com embalagens de alimentos para
saber seus nutrientes e seu valor calórico.
Trabalhos práticos para melhor entendimento dos conteúdos.
Pesquisas para aprofundamento.
Intervenções pedagógicas, que atendam as individualidades
dos educandos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem será um processo
cumulativo, contínuo e sistemático de obter informações,
215
diagnosticar progressos, capacidades e habilidades dos alunos
e, também, possibilitar ao docente a reflexão sobre suas
intervenções didáticas no processo de aprendizagem dos
alunos.
A avaliação deve ser muito mais do que
simplesmente aplicar testes padronizados, selecionar pessoas
e/ou classificar alunos por nível de habilidades, pois já sabemos
que cada ser humano deve ser avaliado de uma forma, porque
pessoas diferentes respondem de forma diferente.
BIBLIOGRAFIA:
CAPELO, Maria R. C. Diversidade Cultural e desigualdades
sociais. Primeiras aproximações.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial
para a Construção de Currículos Inclusivos. Secretaria de
Estado da Educação. Superintendência de Educação. Curitiba,
2006.
216
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino
Fundamental. Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência de Educação. Curitiba, 2006.
VALLE, Cecília. Coleção Ciências de 5ª a 8ª séries -
Editora Positivo, 1ª ed. Curitiba, PR –2004.
DISCIPLINA: Educação Física
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Educação Física no Ensino Fundamental é parte de um
projeto de escolarização, articulada ao projeto político
pedagógico da escola, cujo compromisso está direcionado para
a formação humana.
217
Num contexto mais amplo, é parte integrante de uma
totalidade composta por interações que se estabelecem na
materialidade das relações sociais, políticas, econômicas e
culturais dos povos, relacionando o movimento humano ao
cotidiano escolar e todas as suas formas e manifestações. A
corporalidade como concepção orientadora da Educação Física
no Ensino Fundamental preconiza a transposição das práticas
corporais para além de uma dimensão meramente motriz,
possibilitando e incentivando o surgimento de expressões de
alegria, dor, violência, preconceito, sexualidade, dentre outras,
que tem sentido amplo no corpo e são historicamente
produzidos.
A Educação Física quando se refere aos conteúdos
relacionados ao corpo e à corporalidade abrange a totalidade
das manifestações corporais e sua potencialidade formativa,
que podem transformar o espaço pedagógico repleto de
significados, evitando formas de discriminação, segregações e
competição exacerbada, administrando com coerência as
situações conflitantes e direcionando-as para experiências de
fato significativas para a sua formação.
A trajetória da disciplina de Educação Física, retrata os
fatos ocorridos a partir do século XIX.
Com a proclamação da República, veio à tona a
discussão sobre as instituições escolares e as políticas
educacionais. Rui Barbosa, Deputado Geral do Império, no ano
218
de 1882, afirmou a importância da ginástica para a formação do
cidadão, equiparando-a em categoria e autoridade com as
demais disciplinas. Desde então, a Educação Física tornou-se
componente obrigatório dos currículos escolares. A burguesia
brasileira depositou na ginástica a responsabilidade de
promover, através dos exercícios físicos, a saúde do corpo, o
pudor e os hábitos condizentes com a vida urbana.
As práticas pedagógicas escolares de Educação Física,
foram fortemente influenciadas pela instituição militar e pela
medicina, emergentes dos séculos XVIII e XIX. Os exercícios
foram reelaborados pelo conhecimento médico na perspectiva
pedagógica de atender aos objetivos de adquirir, conservar,
promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos
foram importadas da Europa práticas conformativas, como o
modelo de saúde e os sistemas ginásticos, os quais foram
fundamentais para o surgimento e incorporação da Educação
Física brasileira nos currículos escolares.
Por não existir um plano nacional de Educação Física, a
prática nas escolas se dava pelo Método Francês de ginástica
adotado pelas Forças Armadas e tornado obrigatório a partir de
1931. A Educação Física se consolidou, no contexto escolar, a
partir da Constituição de 1937. A Educação Física seguiu a
guisa dos princípios higienistas para um corpo forte e saudável,
com atividades ligadas à formação de um corpo masculino
robusto. As atividades dirigidas à mulher, deviam desenvolver a
219
harmonia de suas formas e às exigências da maternidade
futura.
Ainda na década de 30, o esporte começou a se
popularizar confundindo-se com a Educação Física.
Com a promulgação da Lei Orgânica do Ensino
Secundário, em 1942, também conhecida como Reforma
Capanema, instituiu-se, no ensino secundário, um primeiro ciclo
denominado ginasial, com duração de quatro anos, e um
segundo ciclo de três anos, com duas opções, o clássico e o
científico. Impunha-se, assim, mais uma obrigação para a
juventude brasileira, além da defesa da nação, seus deveres
para com a economia.
A partir de 1964, o esporte passou a ser tratado com
maior ênfase no Brasil, devido aos acordos feitos entre o MEC e
o Departamento Federal de Educação Americana. O esporte
consolidou sua hegemonia no interior da Educação Física,
quando os currículos passaram a tratá-lo com maior ênfase,
através do método tecnicista centrado na competição e no
desempenho. Neste contexto, os chamados esportes olímpicos
(vôlei, basquete, handebol e atletismo entre outros) foram
priorizados com o objetivo principal de formar atletas para
representar o país em competições internacionais.
A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório
na escola, com a promulgação da Lei 5692/71 através de seu
220
artigo 7º e, pelo Decreto 69450/71, a disciplina passou a ter
legislação específica. Institui-se, assim, a integração da
disciplina como atividade escolar regular e obrigatória no
currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino.
A disciplina estava, então, ligada à aptidão física,
considerada importante para o desenvolvimento da capacidade
produtiva da classe trabalhadora, e ao desporto, pela intenção
de tornar o país uma potência olímpica.
Na área pedagógica, uma das primeiras referências a
ganhar destaque entre os profissionais foi a psicomotricidade,
por buscar uma suposta legitimação da disciplina na escola.
A Educação Psicomotora surgiu com a finalidade de
valorizar a formação integral da criança.
Em meados dos anos 80, já se pôde falar não só de uma
comunidade científica na Educação Física, mas também da
delimitação de tendências ou correntes, suscitando os primeiros
debates voltados a uma criticidade. Tais propostas dirigiram
suas críticas aos paradigmas da aptidão física e da
esportivização.
Já no início da década de 90, um momento significativo
para o Estado do Paraná foi a elaboração do Currículo Básico.
221
O currículo da Educação Física está embasado na
pedagogia histórico-crítica da Educação.
O Currículo Básico se caracterizou por uma proposta
avançada onde a instrumentalização do corpo deveria dar lugar
à formação humana do aluno em todas as suas dimensões. No
entanto, apresentava uma rígida listagem de conteúdos que
limitava o trabalho do professor, enfraquecendo seus
pressupostos teórico-metodológicos.
A insuficiente oferta de formação continuada necessária
à implementação da proposta e, posteriormente, as mudanças
políticas públicas de educação assumidas pelas novas gestões
governamentais no estado, enfraqueceram a força político-
pedagógica do Currículo Básico.
No mesmo período, foi elaborado também o documento
de Reestruturação da Proposta Curricular do Ensino de Segundo
Grau para a disciplina de Educação Física.
Esta proposta representou um marco para a Educação
Física, possibilitando a consolidação de um novo entendimento
em relação ao movimento humano como expressão da
identidade corporal, apontando a produção histórica e cultural
dos povos, relativos à ginástica, à dança, aos desportos, aos
jogos, bem como, às atividades que correspondem às
características regionais.
222
Todos esses avanços teóricos da Educação Física
sofreram um retrocesso na década de 90 quando após a
discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), apresentou-se a proposta dos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN´s) para a disciplina de Educação
Física.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação
Física do Ensino Fundamental buscaram romper com as
perspectivas da aptidão física, fundamentado em aspectos
técnicos e fisiológicos, destacando outras questões
consideradas relevantes relacionadas às dimensões culturais,
sociais, políticas, afetivas no tratamento dos conteúdos,
baseada em concepções teóricas que discutem corpo e
movimento. Porém, o documento não apresenta uma coerência
interna de proposta curricular, analisada por alguns críticos com
ecletismo teórico. Ou seja, há elementos da pedagogia
construtiva piagetiana, abordagem tecnicista com a idéia de
eficiência e eficácia e também a perspectiva da saúde e
qualidade de vida do aluno pautada na aptidão física.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio,
há a descaracterização dos conhecimentos historicamente
construídos, ao propor temas amplos que desviam a
centralidade e importância dos conhecimentos próprios de cada
conteúdo de tradição da Educação Física. Verifica-se, portanto,
uma desvalorização da teoria, em nome de questões
223
imediatistas e abstratas, presentes na pedagogia das
competências.
Por fim pode-se dizer que os Parâmetros Curriculares
Nacionais de Educação Física dos Ensinos Fundamental e Médio,
trazem uma proposta confusa e acrítica com uma redação
aparentemente progressista. Porém, as diversas concepções
pedagógicas ali apresentadas atendem a interesses que visam
a um processo de individualização e adaptação à sociedade, ao
invés da construção e abordagens dos conhecimentos que
possibilitem a formação do sujeito em todas as suas dimensões.
Considerando o contexto histórico citado até o
momento, onde a Educação Física transitou em diversas
perspectivas teóricas, desde as mais reacionárias até as mais
críticas, torna-se possível sistematizar propostas pedagógicas
que orientem estas diretrizes, com vistas a avançar sobre a
visão hegemônica que aplicou e continua aplicando à Educação
Física a função de treinar o corpo, sem qualquer reflexão sobre
o fazer corporal.
Objetivos Gerais
O Projeto Político Pedagógico tem como prioridade
organizar o trabalho pedagógico do Colégio Estadual de Farol.
224
Mobilizar todos os envolvidos no processo educacional
para diagnosticar a situação que temos, a comunidade escolar
na sua relação com o ensino-aprendizagem e propor
alternativas para a sua transformação, descobrindo a
identidade do Colégio Cultura Universal – Ensino Médio para a
definição de princípios que norteadores da elaboração e
execução dos planejamentos, para a organização do trabalho
pedagógico, seguindo os princípios de igualdade, gratuidade,
qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do
Magistério, com a finalidade de formar um cidadão
participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo na
construção de uma sociedade justa, igualitária e democrática,
com a finalidade de formar um cidadão participativo,
responsável compromissado, critico e criativo na construção de
uma sociedade justa, igualitária e democrática.
A Educação Física Escolar deve resgatar e valorizar o
corpo, pois ele fala através de gestos e movimento, está
sempre relacionado com a vida, acumula experiências e traz,
embutido em si, as marcas de uma cultura.
A Educação Física deve perceber o homem por inteiro,
como corpo e sujeito da sua própria história, e não como algo
possível de ser manipulado. Sendo assim, através do
movimento e da reflexão as aulas devem auxiliar na construção
do ser humano integral, crítico, criativo, independente,
autônomo e cooperativo.
225
Conhecer, respeitar e valorizar o mundo motor, por
meio da diversidade das manifestações da cultura corporal,
possibilitando ao educando a consciência de sua corporalidade,
constituindo assim, um meio efetivo para a conquista de um
estilo de vida ativo e saudável, visando o entendimento e a
autonomia frente aos conhecimentos relativos a prática da
atividade física permanente, proporcionando maior qualidade
de vida prevenindo doenças e/ou patologias futuras
Conteúdos Estruturantes
Os conteúdos estruturantes adotados para o Ensino
Fundamental são relativos à expressividade corporal.
Conteúdos – 5ª série
Manifestações esportivas
• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
• O esporte como fenômeno de massa;
• Princípios básicos dos esportes;
• O sentido da competição esportiva;
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
• Elementos básicos constitutivos dos esportes;
226
• Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e
equipamentos;
Manifestações ginásticas
• Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
• Diferentes tipos de ginástica;
• Princípios básicos de diferentes ginásticas;
• Práticas ginásticas;
• Cultura da rua, cultura do circo
Manifestações estético-corporais na dança e no teatro
• A dança e o teatro como possibilidades de manifestação
corporal;
• Diferentes tipos de danças;
• Porque dançamos?
• Danças tradicionais e folclórica;
• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
• Mímica, imitação e representação;
• Expressão corporal com e sem materiais;
• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
Brincadeiras, brinquedos e jogos
227
• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
• Por que brincamos?
• Oficina de construção de brinquedos;
• Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados,
rodas e cirandas;
• Diferentes manifestações e tipos de jogos;
• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
• Diferenças entre jogo e esporte
Conteúdos – 6ª série
Manifestações esportivas
• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
• O esporte como fenômeno de massa;
• Princípios básicos dos esportes;
• O sentido da competição esportiva;
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
• Elementos básicos constitutivos dos esportes;
• Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e
equipamentos;
Manifestações ginásticas
228
• Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
• Diferentes tipos de ginástica;
• Princípios básicos de diferentes ginásticas;
• Práticas ginásticas;
• Cultura da rua, cultura do circo
Manifestações estético-corporais na dança e no teatro
• A dança e o teatro como possibilidades de manifestação
corporal;
• Diferentes tipos de danças;
• Porque dançamos?
• Danças tradicionais e folclórica;
• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
• Mímica, imitação e representação;
• Expressão corporal com e sem materiais;
• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
Brincadeiras, brinquedos e jogos
• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
• Por que brincamos?
• Oficina de construção de brinquedos;
229
• Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados,
rodas e cirandas;
• Diferentes manifestações e tipos de jogos;
• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
• Diferenças entre jogo e esporte
Conteúdos – 7ª série
Manifestações esportivas
• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
• O esporte como fenômeno de massa;
• Princípios básicos dos esportes;
• O sentido da competição esportiva;
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
• Elementos básicos constitutivos dos esportes;
• Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e
equipamentos;
Manifestações ginásticas
• Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
• Diferentes tipos de ginástica;
• Princípios básicos de diferentes ginásticas;
• Práticas ginásticas;
230
• Cultura da rua, cultura do circo
Manifestações estético-corporais na dança e no teatro
• A dança e o teatro como possibilidades de manifestação
corporal;
• Diferentes tipos de danças;
• Porque dançamos?
• Danças tradicionais e folclórica;
• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
• Mímica, imitação e representação;
• Expressão corporal com e sem materiais;
• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
Brincadeiras, brinquedos e jogos
• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
• Por que brincamos?
• Oficina de construção de brinquedos;
• Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados,
rodas e cirandas;
• Diferentes manifestações e tipos de jogos;
• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
• Diferenças entre jogo e esporte
231
Conteúdos – 8ª série
Manifestações esportivas
• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
• O esporte como fenômeno de massa;
• Princípios básicos dos esportes;
• O sentido da competição esportiva;
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
• Elementos básicos constitutivos dos esportes;
• Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e
equipamentos;
Manifestações ginásticas
• Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
• Diferentes tipos de ginástica;
• Princípios básicos de diferentes ginásticas;
• Práticas ginásticas;
• Cultura da rua, cultura do circo
Manifestações estético-corporais na dança e no teatro
232
• A dança e o teatro como possibilidades de manifestação
corporal;
• Diferentes tipos de danças;
• Porque dançamos?
• Danças tradicionais e folclórica;
• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
• Mímica, imitação e representação;
• Expressão corporal com e sem materiais;
• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
Brincadeiras, brinquedos e jogos
• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
• Por que brincamos?
• Oficina de construção de brinquedos;
• Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados,
rodas e cirandas;
• Diferentes manifestações e tipos de jogos;
• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
• Diferenças entre jogo e esporte
Elementos Articuladores
• O conhecimento do corpo:
233
• O corpo que brinca e aprende – manifestações lúdicas;
• desenvolvimento corporal e construção da saúde;
• relação do corpo com o mundo do trabalho.
Conteúdos Complementares
• Participação nos JOCOP´S
• Pesquisa de IMC (Índice de Massa Corporal) e outros
• Jogos Inter-classes
• Festivais de Dança
METODOLOGIA
As aulas de Educação Física não podem ser um
apêndice das demais disciplinas e atividades escolares, nem
um momento subordinado e compensatório para as durezas das
aulas em sala. A Educação Física é parte do projeto geral de
escolarização e, como tal, deve estar articulada ao Projeto
Político Pedagógico da escola. Se a atuação do professor é na
quadra e em outros lugares do ambiente escolar, seu
compromisso é com a escola, com o projeto de escolarização ali
instituído, sempre em favor da formação humana.
234
As aulas serão práticas e teóricas através de textos,
comentários, atividades individuais e em grupo, participações
em eventos e projetos internos e externos utilizando-se de
material específico para cada atividade.
Para garantir o acesso de todos os alunos às atividades
propostas, devemos considerar as características individuais e
integrar as diferenças de forma justa. Sendo assim, para
atender os alunos com necessidades educacionais especiais,
será utilizada uma metodologia diferenciada, ou seja,
atividades adaptadas e jogos cooperativos.
A diversidade cultural será abordada em termos
corporais, com o intuito de que os alunos possam respeitar as
diferenças identificadas, bem como se posicionarem frente a
elas de modo autônomo.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação em Educação Física deve ser muito mais do
que simplesmente aplicar testes padronizados, selecionar
pessoas e/ou classificar alunos por nível de habilidades, pois já
sabemos que cada ser humano deve ser avaliado de uma
forma, porque pessoas diferentes respondem de forma
diferente.
235
O importante é sempre estar atento aos avanços
conseguidos pelos alunos. Deve-se diagnosticar o nível motor ,
cognitivo, social e afetivo em que se encontra cada aluno, e ir
aumentando o grau de complexidade das atividades, fazendo
com que o grupo sempre alcance um novo aprendizado.
Para tanto, a avaliação da aprendizagem em Educação
Física será formativa; contínua, a fim de identificar os processos
dos alunos durante o ano letivo; diagnóstica, onde tanto o
professor quanto os alunos poderão revisitar o processo de
ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem a superação das dificuldades
constatadas; permanente e cumulativa.
Para isto serão utilizados trabalhos teóricos e práticos,
provas escritas e práticas, apresentação das pesquisas em
forma de seminários, discussões em grupos.
Não esquecendo de levar os alunos a uma reflexão e
posicionamento crítico a fim de construir uma suposta relação
com o mundo, obedecendo-se os princípios de inclusão e
igualdade, contemplando os conteúdos programáticos
propostos.
236
Bibliografia
BARRETO, D. Dança: Ensino, Sentidos e Possibilidades na
Escola. Campinas. Autores Associados, 2004.
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da
educação física. In: Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto/99.
BRACHT, V. As ciências do Esporte no Brasil. Campinas. Autores
Associados, 1995.
______. Educação física e aprendizagem social. Porto Alegre.
Magister, 1992.
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história
que não se conta. 2. ed. Campinas: Papirus, 1991.
______ Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo.
Cortez, 1992.
237
DAOLIO, J. . Educação Física e o conceito de cultura. Campinas.
Autores Associados, 2004.
ESCOBAR, M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da
educação física. In: Revista Motrivivência, nº 08, p. 91-100,
Florianópolis: Ijuí, 1995.
LIBÂNIO, J. C. Democratização da Escola Pública: a Pedagogia
Crítico-Social dos Conteúdos. São Paulo: Loyola, 1985.
NOZAKI, H. T. Educação Física e reordenamento no mundo do
trabalho: mediações da regulamentação da profissão. Tese de
doutorado – Niterói: UFF, 2004.
TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o
ensino de educação física na escola básica? Pensar a prática,
Goiânia, 2:1-23, jun/jul. 1998.
SOARES, Carmem Lúcia. Educação Física: raízes européias e
Brasil. 2 ed. Campinas: Autores Associados, 2001.
SOARES, Carmem Lúcia. Imagens do corpo “educado”: um olhar
sobre a ginástica do século XIX. In: FERREIRA NETO, Amarílio
(org). Pesquisa Histórica na Educação Física. 1 ed. Vitória: 1997,
v.2, p. 05-32.
Apostilas da SEED, Paraná, 2005/2006.
238
Parecer nº CNE/CP 003/2004, Brasília, MEC, 2004.
FERREIRA, Vanja. Um novo ritmo para a Educação Física. Rio de
Janeiro: Sprint, 2006.
NANNI, Dionésia. Dança educação pré-escola à universidade.Rio
de Janeiro: Sprint, 2003.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a
Construção de Currículos Inclusivos. Secretaria de Estado da
Educação. Superintendência de Educação. Departamento de
Ensino de 1º Grau. Curitiba, 2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o
Ensino Fundamental. Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência de Educação. Curitiba, 2006.
SOLER, Reinaldo. Educação Física: uma abordagem cooperativa.
Rio de Janeiro: Sprint, 2006
239
DISCIPLINA: Ensino Religioso
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
No espaço escola, o Ensino Religioso era,
tradicionalmente, o ensino da Religião Católica Apostólica
Romana, religião oficial do Império conforme Constituição de
1824. Após a proclamação da República o ensino passou a ser
laico, público, gratuito e obrigatório, respeitando a hegemonia
católica que exercia até então o monopólio do ensino. A partir
da Constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser
admitido como disciplina na escola pública, porém, com
matrícula facultativa.
Nas Constituições de 1937, 1946 e de 1967, o Ensino
Religioso foi mantido como matéria do currículo, de freqüência
livre para o aluno, e de caráter confessional de acordo com o
credo da família.
240
Em meados de 60, surgiram grandes debates,
retornando a questão da liberdade religiosa devido a pressão
das tradições religiosas e da sociedade civil organizada que
partiu de diferentes manifestações religiosas.
Na LDB 4042/61, no título “Disposições Gerais e
Transitórias”, o Ensino Religioso foi citado no Art. 97, o que
determina que essa disciplina deve ser de matrícula facultativa,
sem ônus para o poder público, ela deve ser ministrada de
acordo com a confissão religiosa do aluno e, ainda, sobre o
provimento dos professores, estabeleceu a criação de um
cadastro de docentes e um registro dos profissionais que
atuariam ministrando as aulas de ensino religioso. O cadastro
deveria ser realizado perante as autoridades religiosas das
respectivas tradições religiosas. Assim sendo, novamente o
Ensino Religioso foi marginalizado no contexto escolar e o
Estado novamente delegou a responsabilidade sobre a sua
organização às diferentes tradições religiosas, assim sendo, não
se identificou avanços na sua organização.
O tratamento a ser dado ao Ensino Religioso, durante a
vigência do regime militar foi expresso pela lei nº 5692/71, Art.
7º como parágrafo único: “ o ensino religioso de matrícula
facultativa constituirá disciplina dos horários normais dos
estabelecimentos oficiais de 1º e 2º grau. “Em decorrência
dessa Lei nº 5692/71, o Ensino Religioso foi implantado como
241
disciplina escolar em 1972 no Estado do Paraná, a partir da
criação da Associação Interconfessional de Curitiba (ASSINTEC).
Em 1972, elaborou-se um material pedagógico e cursos
de formação continuada, que propôs a implantação do Ensino
Religioso radiofonizados nas escolas municipais.
Em 1973, com a criação do ” Centro Interconfessional
de Educação “, em Curitiba, aconteceram as primeiras reuniões
com educadores das escolas municipais e estaduais, para
viabilizar a disseminação dos programas nas escolas.
Também em 1973, foi firmado um convênio entre a
SEED e a ASSINTEC, com a proposta de implementar um ensino
religioso nas escolas públicas em Curitiba.
Em 1976, pela resolução 754/76, foi autorizada a
realização dos cursos de atualização religiosa em quatorze
municípios do Estado, com o apoio da Associação das Escolas
Católicas (AEC).
Em 1981, nasce um novo programa de rádio “ Diga
Sim”, dirigido aos professores como meio para ampliar as
possibilidades de uma formação continuada, bem como
favorecer a preparação dos temas a serem tratados nas aulas
de Ensino Religioso.
242
No ano de 1987, teve o curso de Especialização em
Pedagogia Religiosa com carga horária de 360 horas aula, numa
parceria da SEED, ASSINTEC e PUC/PR, voltado a formação para
professores interessados em ministrar aula de ensino religioso.
As discussões, iniciadas durante a Constituinte, foram
intensificadas com a promulgação da Constituição em 1988, por
meio da organização de um movimento nacional para garantir o
Ensino Religioso como disciplina escolar.
No processo de redemocratização no país nos anos 80,
as tradições religiosas, mais uma vez, asseguram no
documento o direito à liberdade de culto e de expressão
religiosa.
Nessa conjuntura, o Estado do Paraná elaborou o
Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná 1990. Na
primeira edição do documento, o Ensino Religioso, seguindo os
moldes do Currículo Básico, no entanto, a sua elaboração ficou
sob a responsabilidade da ASSINTEC, com a colaboração da
SEED.
Mais uma vez, identifica-se o esvaziamento do papel do
Estado em relação ao Ensino Religioso.
243
Somente a partir das discussões da LDBEN, 9394/96,
incentivadas pela sociedade civil organizada, é que o Ensino
Religioso passou a ser compreendido como disciplina escolar.
No período entre 1995 e 2002, houve um esvaziamento
do Ensino Religioso na rede pública estadual do Pr., acentuado a
partir de 1998.
Na reorganização das matrizes curriculares do Ensino
Fundamental, realizadas nesse período, o Ensino Religioso foi
praticamente extinto, mesmo diante da exigência legal da
LDBEN. 9394/96.
Em 2002, o Conselho Estadual de Educação do Paraná
aprovou a Deliberação 03/02 que regulamenta o Ensino
Religioso nas Escolas Pública do Sistema Estadual de Ensino do
Pr.
Com a aprovação dessa deliberação, a SEED elaborou a
Instrução Conjunta nº 001/02 do DEF/SEED, que estabeleceu as
normas para esta disciplina na rede pública estadual. No início
da gestão 2003-2006, retomando a responsabilidade sobre a
oferta e organização curricular da disciplina, no que se refere à
composição do corpo docente, metodologia, avaliação e
formação continuada de professores.
244
No final de 2005 a SEED, encaminhou questionamento
ao CEE, que em 10/02/2006 aprovou a Deliberação nº 01/06,
que visa instituir novas normas para o Ensino Religioso no
Sistema Estadual de Ensino do Paraná.
O Ensino Religioso pressupõe promover aos educandos
a oportunidade de processo de escolarização fundamental para
se tornarem capazes de entender os movimentos religiosos
específicos de cada cultura, possuir o substrato religioso, de
modo a colaborar com a formação da pessoa, contribuir
também para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir
o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão,
conforme Art. 5º, inciso VI, da Constituição Brasileira.
OBJETIVOS GERAIS
A disciplina de Ensino Religioso tem por objetivo levar o
educando a analisar e compreender o sagrado como cerne da
experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no
universo cultural. Sendo assim, ao resgatar o sagrado, busca
explicitar a experiência que perpassa as diferentes culturas
expressas tanto nas religiões mais sedimentadas, como em
outras manifestações mais recentes.
245
O Ensino Religioso busca superar as aulas de religião,
através de um enfoque de entendimento com base cultural
sobre o sagrado, de modo a promover um espaço de reflexão
na sala de aula em relação à diversidade religiosa.
O sagrado, como parte da dimensão cultural vem
oportunizar a compreensão de mundo e a maneira como o
homem religioso vive o seu cotidiano. Assim, aquilo que para
alguns é normal e corriqueiro, para outros é encantador,
sublime, extraordinário, repleto de importância e , portanto
merecedor de um tratamento diferenciado.
CONTEÚDOS - 5ª SÉRIE
246
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NTES
Pais
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Texto
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oO Ensino Religioso na Escola Pública
- Orientações legais
- Objetivos
- Principais diferenças entre as aulas de Religião e o Ensino
Religioso como disciplina Escolar.
RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA
Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.
- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição
Brasileira: respeito à liberdade religiosa
- Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão
- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas
- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado
LUGARES SAGRADOS
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de
peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais
práticas de expressão do Sagrado nestes locais
- Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas,
cachoeiras, etc.
- Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.
TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita
pelas diferentes culturas religiosas.
- Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações,
etc.)
Exemplos: Vedas – Hinduismo, Escrituras Bahá’ís – Fé Bahá’I,
247
CONTEÚDOS - 6ª SÉRIE
248
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oUNIVERSO SIMBOLICO RELIGIOSO
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e
textos:
- Nos Ritos
- Nos Mitos
- No cotidiano
Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos,
etc.
RITOS
São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosa,
formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos
como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é
imitação, serve à memória e à preservação da identidade de
diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem
remeter a possibilidades futuras a partir de transformações
presentes.
- Ritos de passagem
- Mortuários
- Propiciatórios
- Outros
Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (Kaingang – ritual
fúnebre), Via sacra, Festejo indígena de colheita, etc.
FESTAS RELIGIOSAS
249
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O estudo do Ensino Religioso tem um compromisso com
a transformação social, ajudando a pessoa a harmonizar-se
consigo mesma, com os outros, com o mundo e com o
transcendente.
Por isso optou-se pelo método dialético, o qual explicita
as diferentes facetas da realidade, permitindo julgá-la segundo
certos parâmetros e possibilita à pessoa assumir em
posicionamento consciente e coerente, inclui uma concepção
de pessoa, sociedade e relação homem-mundo.
A medida que o Ser Humano faz descobertas e conhece
melhor o meio em que vive, muda sua concepção de vida,
mundo e pessoa.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
As práticas avaliativas na disciplina de Ensino Religioso
deverão permitir ao professor acompanhar o processo de
apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, tendo
como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos.
250
Serão elaborados instrumentos que auxiliem o professor a
registrar o quanto o aluno e a turma e apropriaram ou têm se
apropriado dos conteúdos tratados nas aulas.
Buscar-se-á com o processo avaliativo identificar em
que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a
compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos. Ou
seja, em que medida o aluno demonstra respeito pelos amigos
que têm opções religiosas diferentes da sua; aceita as
diferenças e, principalmente, reconhece que o fenômeno
religioso é um dado da cultura e da identidade de cada grupo
social; emprega conceitos adequados para referir-se às
diferentes manifestações do sagrado.
Assim como se espera que os alunos tenham respeito
pela diversidade do grupo, o professor também respeitará as
limitações de aprendizagem que poderão acontecer e
oportunizara aos alunos uma avaliação diferenciada, onde o
mesmo possa mostrar seu conhecimento e aprendizagem.
251
BIBLIOGRAFIA
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino
Fundamental. Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência de Educação. Curitiba, 2006.
252
DISCIPLINA: Geografia
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
As relações com a natureza e com o espaço geográfico
fazem parte das estratégias de sobrevivência dos grupos
humanos desde suas primeiras formas de organização.
Observar a dinâmica das estações do ano, conhecer o ciclo
reprodutivo da natureza envolvendo todas as transformações e
variações possíveis.
Desde a Antigüidade os saberes geográficos procura
considerar as relações sociedade-natureza, suas conquistas e
organizações políticas e econômicas na elaboração de mapas.
253
Na Idade Média alguns conhecimentos foram
abandonados, tidos como não verdade, pois feriam a visam de
mundo imposto pelo poder político. Foram retomadas as
questões cartográficas pelos mercadores para registrar as
Grandes Navegações, e passaram a descrever o espaço
Natureza – Homem, observando os elementos que compõem o
meio natural como necessário ao trabalho humano.
As escolas alemã e francesa marcam a divisão
sociedade – natureza e o determinismo geográfico, justificando
o avanço neo-colonial europeu. Enquanto na Europa,
principalmente na Alemanha e na França a ciência geográfica
se encontra sistematizada no Brasil isso só aconteceu mais
tarde.
A institucionalização da Geografia no Brasil se realizou
a partir da década de 30, buscando compreender e descrever o
ambiente físico e nacional aos interesses políticos do Estado
visando o nacionalismo econômico.
As transformações históricas relacionadas aos modos
de produção, após a Segunda Guerra Mundial, em diversos
aspectos à degradação da natureza, explanação dos recursos
naturais e suas conseqüências para o planeta; as desigualdades
e injustiças do espaço geográfico capitalista de produção como
uma das realidades do mundo bipolarizado. Essas mudanças
no Brasil foram afetadas e tiveram modificações no ensino de
Geografia e na organização curricular da escola. Nos anos 80,
ocorreram movimentos visando ao desmembramento da
254
disciplina de Estudos Sociais e o retorno da Geografia e da
História.
A chamada Geografia Crítica, deu novas interpretações
aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da Geografia,
nas questões econômicas, sociais e políticas, acontecendo a
produção e a provação a nova Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDB) e a construção dos PCNs, como
documentos realizar das reformulações curriculares, e
descobriu o aprimoramento teórico-conceitual que o movimento
da Geografia Crítica fazia. As questões ambientais e culturais
inseridas e abordadas de várias perspectivas teóricas
descritivas às críticas, não aparece nos PCNs a medida que a
abordagem Socioambiental enfatiza o determinismo tecnológico
e sustentabilidade.
Os assuntos relacionados a Geografia do Paraná devem
ser contemplados nos conteúdos curriculares da disciplina
matriz, a Geografia.
Assim as diretrizes trazem questões epistemológicas,
teóricas e metodológicas para estimular reflexões a respeito do
ensino de Geografia.
OBJETIVO GERAL
Compreender o espaço geográfico constituído por
formas naturais e construídas pelas sociedades através das
255
relações que se estabelecem e, que dão característica aos
lugares em cada tempo histórico.
O estudo de geografia deve prestar-se a desenvolver no
aluno a capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar
criticamente a realidade, para melhor compreender e identificar
as possibilidades de transformação no sentido de superar suas
contradições. Mostrar aos alunos a relação homem-meio,
também entendida como relação homem-natureza ou
simplesmente a organização do espaço pelo homem.
O espaço deve ser compreendido e considerado uma
totalidade, e deve ser interpretado e entendido a partir do real
e o real é tudo: é a natureza, é a sociedade, as interelações que
se configuram, os valores e interesses.
A partir da percepção da totalidade e dinâmica dos
elementos naturais e culturais, bem como da interferência
humana, a Geografia deve dar suporte a sensibilização do aluno
para que o mesmo possa agir com coerência na sociedade
produzindo e reproduzindo o espaço, mas também garantindo a
perpetuação das espécies.
CONTEÚDOS - 5ª SÉRIE
256
Conteúdos Estruturantes: A dimensão econômica da
produção do/no espaço, A dimensão socioambiental, A dinâmica
cultural demográfica, A questão geopolítica.
Conteúdos Específicos:
- Os movimentos da Terra no Universo e suas influência
(Rotação e Translação)
As Rochas e Minerais
Relevo e suas formas
Classificação, fenômenos atmosféricos e mudanças
climáticas
Rios e bacias hidrográficas
Circulação e poluição atmosférica
Desigualdades sociais e problemas ambientais
Natureza e sociedade
Os setores da economia
Ocupação de áreas irregulares
Movimentos socioambientais
O ambiente urbano e o rural
Êxodo rural
257
Meio ambiente e Desenvolvimento
Consumo e Consumismo
Cultura Afro-brasileira e africana
CONTEÚDOS - 6ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes: A dimensão econômica da
produção do/no espaço, A dimensão socioambiental, A dinâmica
cultural demográfica, A questão geopolítica.
Conteúdos Específicos:
Meio Ambiente e Desenvolvimento
Economia e desigualdade social
Sistemas de produção industrial
Formação dos Estados Nacionais
Estado, Nação e Território
A identidade nacional e processo de globalização
Regionalização do espaço brasileiro
O Paraná e suas principais características econômicas e
sociais
Agroindústria
Sistemas de produção industrial
258
Urbanização brasileira
Movimentos sociais
Cultura Afro-brasileira e africana
CONTEÚDOS - 7ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes: A dimensão econômica da
produção do/no espaço, A dimensão socioambiental, A dinâmica
cultural demográfica, A questão geopolítica.
Conteúdos Específicos:
Eras Geológicas
Meio Ambiente e Desenvolvimento
Blocos econômicos
Desigualdade dos Países: Norte x sul
Guerra Fria
Recursos energéticos
Conflitos Mundiais
Movimentos sociais
Terrorismo
Narcotráfico
Meios de comunicação
259
Estudo dos Gêneros (masculino, feminino, entre outros).
Desigualdade social e problemas ambientais
Desmatamento
Chuva ácida
Buraco na Camada de Ozônio
Efeito Estufa (Aquecimento Global)
Cultura Afro-brasileira e africana
CONTEÚDOS - 8ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes: A dimensão econômica da
produção do/no espaço, A dimensão socioambiental, A dinâmica
cultural demográfica, A questão geopolítica.
Conteúdos Específicos:
Meio ambiente e Desenvolvimento
Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências
no Espaço Geográfico
Histórias das migrações mundiais
Estrutura etária
260
Formação e conflitos étinico-religiosos e raciais
Blocos Econômicos
Globalização
Recursos energéticos
Conflitos Mundiais
Políticas Ambientais
Órgãos Internacionais
Neoliberalismo
Biopirataria
Dependência tecnológica
Consumo e Consumismo
Cultura Afro-brasileira e Africana
Conteúdos Complementares:
- Agenda 21;
- Educação Fiscal;
- Educação do Campo;
- Uso de Tecnologias.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
261
Sendo o espaço geográfico o objeto de estudo da
geografia, é indispensável realizar trabalhos de uma forma
crítica e dinâmica, interligando teoria e prática e realidade,
utilizando a cartografia como ferramenta que permite
dimensionar do local ao global e vice-versa.
Utilizando-se de trabalhos diversos como; pesquisas,
relatórios e trabalho de campo, busca-se compreender o espaço
geográfico como resultado de integração entre a dinâmica
físico/material e dinâmica humano social, em diferentes
escalas; utilizando-se também de mapas, gráficos, tabelas,
construção de maquetes pretende-se levar o educando a
analisar e refletir sobre as diferenças dos lugares, das
paisagens bem como a influência humana e a modificação
destes lugares. Levando o cidadão a se conscientizar quanto ao
seu papel na relação e preservação do meio ambiente em que
vive utilizando-se de recursos humanos e também tecnológico
tais como; Vídeo, rádio, TV, informática, retro-projetor, máquina
fotográfica, filmadora, DVD, etc.
Trabalhar a interdependências entre o campo e as
cidades, seus recursos como alimentos, matéria-prima, energia
elétrica, água, etc, utilizando-se de trabalhos voltados para a
tributação fiscal, as quais levarão os alunos a refletirem sobre a
condição do mundo atual e mudar o comportamento da
sociedade, transformando atos, atitudes e valores.
262
Analisar e refletir a relação de poder político e
econômico nas diferentes esferas da nação e entre as nações
permitindo compreensão sobre o espaço de no processo de
globalização. Sendo a educação um direito fundamental de
todos, deve-se então considerar as características individuais e
integrar as diferenças de maneira justa e solidária,
contemplando temas que retrate e valorize a cultura afro
brasileira e africana, ressaltando a importância da
miscigenação dos povos, bem como a contribuição do negro na
constituição do espaço brasileiro. No entanto também
considerará outras culturas, como as asiáticas, européias,
americanas e etc que poderá oportunizar apropriações de
conhecimentos.
Pensando em garantir a permanência de todos na
escola, a mesma deve conceder um ambiente próprio, para que
se reflita sobre a sociedade, buscando entender como ela é.
Para os alunos com necessidades especiais inclusos, a disciplina
proporcionará espaço e oportunidades, com aulas que permita
a apropriação dos saberes para os diferentes, numa escola de
todos e para todos.
As aulas de campo devem ser bem contextualizadas. A
linguagem cartográfica deverá partir das representações dos
263
alunos, com símbolos (cores, figuras, formas, etc) e aos poucos
se estender a níveis maiores.
Através de pesquisas o aluno descobre coisas e lugares
novos que estimulam a busca pelo conhecimento e
entendimento no mundo em que vive e interage.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A proposta de avaliação coloca-se a serviço da proposta
pedagógica que norteia a elaboração do currículo de Geografia.
Neste sentido, convém lembrarmos que nosso entendimento é
o da educação como instrumento da transformação da prática
social.
A avaliação como do processo ensino aprendizagem
constitui-se num recurso essencial onde o professor pode
refletir e rever os resultados de sua prática a partir da analise
do aproveitamento e dificuldade do aluno.
Tendo o educando como centro do processo ensino
aprendizagem é indispensável que a avaliação seja continua
diagnóstica, que contemple as diferentes práticas pedagógicas,
tais como: leitura, interpretação e produção de textos gráficos;
264
leitura e interpretação de fotos, imagens e mapas; pesquisas
bibliográficas, aulas de campo, viagens turísticas-culturais,
construção de maquetes; produção de mapas mentais,
confecção de jornais murais, entre outros.
Adotar uma proposta avaliativa clara para os alunos
respeitando os diferentes ritmos de aprendizagem e as
diferenças culturais físicas psíquicas, valorizando as
singularidades, tendo em vista que cada aluno é único e trás
consigo uma gama de saberes que podem auxiliar e contribuir
para uma aprendizagem eficaz e integradora.
265
BIBLIOGRAFIA
BOLIGIAN, Levon; Introdução à ciência geográfica: 5ª a 8ª
séries (Geografia espaço e vivência), editora atual .São Paulo;
SP. 2001.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos (org.) Ensino de Geografia:
práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre,
Mediação, 2000.
MORAES, Antônio Carlos R. A gênese da geografia moderna.
São Paulo. Hucitec, 1989.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial
para a Construção de Currículos Inclusivos. Secretaria de
Estado da Educação. Superintendência de Educação.Curitiba,
2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Geografia para o
Ensino Fundamental. Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência de Educação.Curitiba, 2006.
SANTOS, Milton. Novos Rumos da Geografia Brasileira. São
Paulo. Hucitec. 1988.
_____________. Técnica, Espaço e Tempo: globalização e
meio técnico-científico informacional. São Paulo. Hucitec,
1994.
266
DISCIPLINA: História
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Ao propor um breve histórico da disciplina de História,
tem por objetivo suscitar reflexões a respeito dos aspectos
políticos, econômicos, culturais, sociais.
Na década de 70, o ensino de História era
predominante tradicional, cabia aos alunos a memorização e
repetição do que era ensinado como verdade.
A História como disciplina passou a ser obrigatória a
partir da criação do colégio D. Pedro II, em 1837.
O ensino de História após a implantação do regime
militar (1964) manteve seu caráter estritamente político,
mantiveram-se os grandes heróis como sujeitos da história
narrada, exemplos a serem seguidos e não contestados pela
nova geração.
267
No período pós ditatorial nos anos 80, governos
estaduais democráticos, apresenta proposta de abertura da
escola pública para a maioria da população.
A História enquanto conhecimento passa, na virada dos
séculos XX e XXI por um conflito entre as diferentes correntes
historiográficas.
Este quadro não caracteriza por uma ruptura de
paradigmas, mas por novas configurações e construções que se
expressam por meio de contrapontos e consensos.
Ao optar pelas contribuições das correntes
historiográficas identificadas como nova História cultural e nova
esquerda Inglesa como referenciais teóricos da diretrizes
curriculares de História, objetiva – se propiciar aos alunos a
formação da consciência histórica. Nessa perspectiva possibilita
que o professor explore novos métodos de produção do
conhecimento histórico e amplie possibilidades de recortes
temporais, do conceito de documento, de sujeito e de suas
experiências, de problematização em relação ao passado.
Possibilita o aluno pensar historicamente superando a idéia de
História como algo dado, como verdade absoluta.
O ensino de História não se opõe ao conhecimento que
o aluno traz consigo, mas, vem adicionar ao conhecimento
adquirido.
268
OBJETIVOS GERAIS
A disciplina de História se propõe a levar o aluno a
transformações, compreendendo as relações básicas do
processo histórico e a forma de organização da sociedade
brasileira e mundial, os grupos que a compõem e as relações
que se estabelecem entre si, e os problemas que a afetam.
Contribuir para a construção do respeito à diversidade e
estimular às ações colaborativas através da disciplina de
História, indispensável em qualquer currículo onde vivemos,
permitindo analisar quem somos e apontar perspectivas para
um futuro melhor e mais promissor para a humanidade.
269
CONTEÚDO - 5ª SÉRIE
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Conteúdos Específicos Conteúdos Complementares• Produção do conhecimento
histórico
- O historiador e a produção
do conhecimento histórico,
- Tempo, temporalidade,
- Fontes, documentos,
- Patrimônio material e
imaterial
- Pesquisa.
• Articulação da História com
outras áreas do conhecimento
Arqueologia, antropologia,
paleontologia, geografia, geologia,
sociologia, etnologia e outras.
• A Humanidade e a História
- De onde viemos quem somos
como sabemos?
• Arqueologia no Brasil
- Lagoa Santa: Luzia (MG)
- Serra da Capivara (PI)
- Sambaquis (PR)
• Surgimento, desenvolvimento
da humanidade e grandes
migrações.
- Teorias do surgimento do
homem na América
- Mitos e Lendas da origem do
homem
- Desconstrução do conceito de
Pré-história
- Povos ágrafos, memória e
história oral
• Povos indígenas no Brasil e no
Paraná
- Ameríndios do território
• As primeiras civilizações na
América
- Olmecas, Mochicas,
271
CONTEÚDOS - 6ª SÉRIES
272
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Conteúdos Específicos Conteúdos Complementares
• Expansão e consolidação do
território
- Missões
- Bandeira
- Invasões estrangeiras.
• Consolidação dos Estados
nacionais europeus e
Reforma Pombalina
- Reforma e contra reforma
- Colonização do território Paranaense
- Economia
- Organização Social
- Manifestações culturais
- Organização político –
administrativo.
• Movimentos de contestação
- Quilombos ( Br- Pr)
- Irmandades manifestações
religiosas – sincretismo
- Revoltas nativistas e Nacionalistas
- Inconfidência mineira
- Conjuração baiana
- Revolta da cachaça
- Revolta do maneta
- Guerra dos mascates
• Independência das treze
colônias inglesas da América
do Norte
• Diáspora africana
• Revolução Francesa
- Comuna de Paris.
• Chegada da família real ao Brasil • Invasão napoleônica na
273
CONTEÚDOS - 7ª SÉRIES
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Conteúdos Específicos Conteúdos Complementares
• A construção da Nação
- Governo de D. Pedro II
- Criação do IHGB
- Lei de Terras, Lei Euzébio de Queiróz –
1850
- Início da imigração européia
- Definição do território
- Movimento Abolicionista e
emancipacionista
• Revolução Industrial e
relações de trabalho ( XIX e
XX )
- Luddismo
- Socialismo
- Anarquismo
Relacionar: Taylorismo,
Fordismo, Toyotismo
• Emancipação política do Paraná (1853)
- Economia
- Organização social
- Manifestações culturais
- Organização política-administrativa
- Migrações: internas (escravizados,
libertos e homens livres pobres) e
externas (europeus)
- Os povos indígenas e a política de
terras
• A Guerra do Paraguai e/ou a Guerra da
Tríplice Aliança• O processo de abolição da escravidão
- Legislação
- Resistência e negociação
- Discursos: abolição
- Imigração – senador Vergueiro
• Colonização da África e da
Ásia
• Guerra Civil e Imperialismo
estadunidense
• Carnaval na América
Latina: entrudo, murga e
275
CONTEÚDOS - 8ª SÉRIES
276
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Conteúdos Específicos Conteúdos
Complementares• A Semana de 22 e o repensar da
nacionalidade
- Economia
- Organização social
- Organização político-administrativa
- Manifestação culturais
Coluna Prestes
• Crise de 29
• A “Revolução” de 30 e o Período Vargas
(1930 a 1945)
- Leis trabalhistas
- Voto feminino
- Ordem e disciplina na trabalho
- Mídia e divulgação do regime
- Criação do SPHAN, IBGE
- Futebol e carnaval
- Contestação à ordem
- Integralismo
- Participação do Brasil na II Guerra Mundial
• Ascensão dos
regimes totalitários
na Europa
• Movimentos
populares na
América Latina
• Segunda Guerra
Mundial
• Populismo no Brasil e na América Latina
- Cárdenas – México
- Perón – Argentina
Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart – Brasil
• Independência da
colõnisa afro-
asiáticas
• Guerra Fria
• Construção do Paraná Moderno
- Governos de
- Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento
Munhoz as Rocha Neto e Ney Braga
• Guerra Fria
277
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As Diretrizes Curriculares que se apresentam recusam
uma concepção de História como verdade pronta e definitiva,
vinculada a uma determinada vertente do pensamento
humano, sem diálogo com outras vertentes, pois não se pode
admitir que o ensino de História seja marcado pelo dogmatismo
e pela ortodoxia. Por outro lado, recusam-se também as
produções historiográficas que afirmam não existir objetividade
possível em História, sendo, portanto, todas as afirmativas
igualmente validas.
278
A produção do conhecimento histórico, realizada pelo
historiador possui um método específico, baseado na
explicação e interpretação de fatos do passado. A
problematização, construída a partir dos documentos e da
experiência do historiador, produz uma narrativa histórica que
tem como desafio contemplar a diversidade das experiências
sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas relações. Nessa
perspectiva, um fenômeno, um processo, um acontecimento,
uma relação ou um sujeito, podem ser analisados a partir do
conhecimento histórico construído.
Ao planejar as aulas, caberá ao professor
problematizar, a partir do conteúdo que se propôs a tratar, a
produção do conhecimento histórico, considerando que a
apropriação deste conceito pelos alunos é processual, e deste
modo exigirá que seja constantemente retomado. Neste sentido
algumas questões poderão ser feitas pelo professor e seus
alunos: como o historiador a essa interpretação? Que
documentos / fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões?
Existem outras pesquisas a esse respeito? Que dimensões
contemplou em sua análise? O político, o econômico social, o
cultural? Onde podem ser identificados? Existem aspectos que
ainda podem ser pesquisados? Quais?
279
Nessa perspectiva, não cabe o modelo de trabalho em
História restrito a cópia do que os livros trazem, tal
procedimento exigirá que o professor problematize o que
pretende que os alunos investiguem, com vistas a ampliar,
refutar ou validar análise de determinado conteúdo trazido no
livro didático.
Nesse sentido, poderá propor aos alunos que
busquem diferentes documentos a respeito do conteúdo
estudado como revistas, charges, jornais, vídeos e outros livros
para analisar como pode existir diferentes interpretações sobre
um mesmo acontecimento.
A metodologia utilizada também estará oportunizando
aos alunos com limitações de aprendizagem, utilizando
métodos diferenciados, considerando o seu desenvolvimento
final em relação ao processo inicial.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação no ensino de História objetiva favorecer a
busca da coerência entre a concepção de História defendida e
280
as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de
aprendizagem. Nesta perspectiva, a avaliação deve ser
colocada a serviço da aprendizagem de todos, de modo que
permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como um
elemento externo a este processo.
A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor
quanto os alunos poderão revisitar as práticas desenvolvidas
até então para identificar lacunas no processo de ensino
aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem a superação das dificuldades
constatadas.
A avaliação se dará de modo contínuo, processual e
diversificado, permitindo uma análise crítica das práticas que
podem ser constantemente retomadas e reorganizadas pelo
professor e pelos alunos.
O aluno com limitações na aprendizagem deve ser
contemplado com uma avaliação diferenciada onde o mesmo
possa mostrar seu conhecimento e aprendizagem valorizando
as diversas manifestações do conhecimento.
Tendo como referência os conteúdos de História
trabalhados em sala de aula, e que são essenciais pra o
desenvolvimento da consciência histórica, o professor fará uso
de novas práticas avaliativas no processo ensino aprendizagem,
281
as atividades orais e escritas, atividades realizadas em grupo,
pesquisas, seminários, debates, elaboração de textos.
.
BIBLIOGRAFIA:
282
BRAZ, Fábio Cezar História do Paraná: das origens á
atualidades. Arapongas
EI Shaddai , 2000. 1a ed.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de História para o Ensino
Fundamental. Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência de Educação. Curitiba, 2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial
para a Construção de Currículos Inclusivos. Secretaria de
Estado da Educação. Superintendência de Educação. Curitiba,
2006.
DISCIPLINA : Língua Portuguesa
283
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou
a integrar os currículos escolares brasileiros somente nas
últimas décadas do século XIX, depois de já há muito
organizado o sistema de ensino-conteúdo, a preocupação com
formação do professor dessa disciplina teve início apenas nos
anos 30 do século XX.
Levando-se em conta o tempo decorrido desde a
chegada, aqui dos primeiros conquistadores europeus, pode se
tornar os cento e poucos anos da disciplina e os quase oitenta
de preocupação com formação dos professores como fato
recente.
As primeiras práticas de ensino moldavam-se ao ensino
do latim, para os poucos que tinham acesso a uma
escolarização mais prolongada.
Em meados do século XVIII, o Marques de Pombal, torna
obrigatório o ensino da Língua Portuguesa em Portugal e no
Brasil. Em 1837, o estudo da Língua Portuguesa foi incluído no
currículo sob as formas das disciplinas Gramática Retórica e
Poética, abrangendo, esta última a Literatura. Somente no
284
século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de
Português e, em 1871 foi criado no Brasil, por decreto imperial.
O cargo do Professor de Português. A Língua Portuguesa
manteve sua característica até meados do século XX, a partir
de 1967 um processo de democratização do ensino, com a
ampliação de vagas, eliminação dos chamados exames de
admissão.
No governo de Getúlio Vargas se institucionalizou a
vinculação da educação com a industrialização. A lei 5692/71
amplia e aprofunda esta vinculação dispondo que o ensino
devia estar voltado à qualificação para o trabalho. Desse
vínculo decorreu, para o ensino, a instituição de uma pedagogia
tecnicista que, na Língua Portuguesa, estava pautada nas
teorias da comunicação com um viés mais pragmático e
utilitário do que com o aprimoramento das capacidades
lingüísticas do falante.
Com a lei 5692/71 a disciplina de Português passou a
denominar-se no primeiro grau, Comunicação e Expressão: Em
decorrência disso, a gramática deixa de ser o enfoque principal
do ensino de língua e a teoria da comunicação torna-se o
referencial.
A força e a preponderância do livro didático retiraram do
professor a autonomia e a responsabilidade quanto à sua
prática pedagógica desconsiderando seu conhecimento,
experiências e senso crítico em função de um ensino
reprodutivista e de uma pedagogia da transmissão. Assim com
285
base na estrutura dos livros didáticos, têm-se um ensino de
Literatura focado na historiografia literária e no trabalho com
fragmentos de texto.
Os estudos lingüísticos, centrado no texto e na interação
social de práticas discursivas, e as novas concepções sobre a
aquisição da língua materna chegaram ao Brasil em meados da
década de setenta e contribuíram para fazer frente à pedagogia
tecnicista geradora de um ensino baseado na memorização. A
dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço a novos
paradigmas, valorizando o texto como unidade fundamental de
análise.
A partir dos anos 80 com as contribuições teóricas dos
pensadores que integraram o círculo de Bakhtin.
Em 1997 segundo Geraldi, pesquisas trouxeram avanços
para o ensino de Língua Portuguesa e tornaram-se hegemônica
em relação aos estudos literários trazendo o desprestigio da
função poética.
Na década de 60 e 70 a leitura de texto literário, no
ensino primário e ginasial tinha por finalidade transmitir a
norma culta, a partir de 70 o ensino de Literatura restringiu-se
ao então 2º grau.
Atualmente dos livros didáticos tendem a perpetuar e
priorizar determinados autores para estudos diacrônicos.
286
A partir dos anos 80, os estudos lingüísticos mobilizaram
os professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da
língua materna. E dessa época o livro O texto na sala de aula,
de João Wanderley Geraldi marcou as discussões sobre o ensino
de Língua Portuguesa no Paraná.
A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de
90 fundamentou-se em pressupostos coerentes com a
concepção dialógica e social da linguagem delineada a partir de
Bakhtin e dos integrantes do Circulo de Bakhtin para fazer
frente ao ensino tradicional.
No caso do Currículo do Paraná pretendia-se uma prática
pedagógica que enfrentasse o normativismo e o estruturalismo,
e na literatura uma perspectiva de análise mais aprofundada
dos textos.
Nas discussões Curriculares Nacional, do final da década
de 90 também fundamentaram a proposta para a disciplina de
Língua Portuguesa nas concepções interacionistas ou
discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da
linguagem oral e escrita.
Nessa perspectiva os fundamentos teóricos que estão
alicerçando a discussão sobre o ensino de Língua e Literatura
requerem novos posicionamentos em relação às práticas de
ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja pelo
287
envolvimento direto dos professores na construção de
alternativas, levando o aluno a desenvolver e ampliar as
habilidades de ler, falar, escutar e escrever, valorizando os
elementos culturais adquiridos no meio familiar.
Buscar-se á ainda, situações reais de comunicação e
expressões dentro e fora da escola, orientando o aluno no
sentido do uso, das diversas formas de linguagem e sua
adequação quanto a esse uso.
Desenvolver a capacidade de análise e produção de
textos, a partir de textos já produzidos, através de estimulação
visual oral e auditiva.
Produzir situações de concordância oral e verbal,
estimulando a expressão oral nas diversas situações de fala,
com debates relatos, emissão de opiniões e críticas.
Articular os conteúdos com as diversas áreas do
conhecimento, assim com a “Agenda 21”, História e Cultura
“Afro-Brasileira” juntamente com o compromisso da II
Conferência Pelo Meio Ambiente – Diversidade Étnica Cultural.
Incentivar a busca pelo conhecimento científico,
através; pesquisa e leitura na biblioteca virtual.
288
CONTEÚDOS- 5ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes: Prática da oralidade, Prática da
leitura, Prática da escrita; Análise Lingüística e as Práticas
Discursivas.
Conteúdos Específicos:
Acentuação gráfica;
Emprego de g e j;
Palavras com c, ç, s, ss;
Artigo;
Flexões do substantivo, gênero número e grau;
Texto;
Produções orais;
Análise de fatos;
Ordem alfabética;
Uso do dicionário;
Sinônimos e Antônimo;
Narração + Descrição;
Cartaz gerador;
Palavras com som de s ou z;
Adjetivos;
Numerais;
289
Sílabas, encontro vocálicos;
Texto Poético;
Preposição;
Interjeição;
Leitura extra classe;
Diferenciação dos sons abertos e nasalizados através do uso
dos acentos gráficos: (´) agudo, ( ^ ) circunflexo, ( ~ ) til;
Verbo;
Flexão dos verbos, tempo, pessoa, número;
Notícia reportagens (jornal, revistas, TV.);
Chamar atenção para situações do uso da crase.
Conteúdos Complementares:
Projeto Poesia (noite de autógrafos)
Varal de poesias
Jornal Mural
Atividades Culturais: dança, teatro, declamação.
Cultura Afro-brasileira e compromisso assumido na II
Conferência Pelo Meio Ambiente - Diversidade Étnica
Cultural.
Educação do Campo
Uso de tecnologias
290
CONTEÚDOS - 6ª Séries
Conteúdos Estruturantes: Prática da oralidade, Prática da
leitura, Prática da escrita; Análise Lingüística e as Práticas
Discursivas.
Conteúdos Específicos:
Leitura e interpretação de texto.
Contos.
Fábulas.
Classes gramaticais:
Substantivo;
Pronomes;
Verbos;
Textos narrativos.
Características física e psicológica.
Tipos de discursos.
Frases, oração e período.
Pontuações.
291
Objeto direto e indireto.
Provérbios.
Carta.
Textos poéticos.
Conteúdos Complementares:
Projeto Poesia (noite de autógrafos)
Varal de poesias
Jornal Mural
Atividades Culturais: dança, teatro, declamação.
Cultura Afro-brasileira e compromisso assumido na II
Conferência Pelo Meio Ambiente - Diversidade Étnica
Cultural.
Educação do Campo
Uso de tecnologias
CONTEÚDO - 7ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes: Prática da oralidade, Prática da
leitura, Prática da escrita; Análise Lingüística e as Práticas
Discursivas.
292
Conteúdos Específicos:
Uso do dicionário.
Sentido próprio e figurado.
Radicais gregos/ sufixo e prefixos.
Palavras de origem estrangeira.
Contos.
Revisão de classes gramaticais.
Estudo das classes gramaticais.
Fixação de acentuação.
Revisão de acentuação.
Significação das palavras.
Metáfora e Comparação.
Narração + descrição.
Textos, jornais e revistas.
Produção oral.
Metáfora e Ironia.
Carta.
Oração.
Tipos de predicado.
-Predicativo.
293
Verbo transitivo e intransitivo.
Objeto direto.
Objeto indireto.
Sinais de pontuação.
Termos acessórios da oração.
Aposto, vocativo.
Dissertação.
Produções orais.
Crase.
Adjunto adnominal e verbal.
Vozes do verbo.
Agente da passiva.
A partícula se.
Concordância verbal.
Período composto por subordinação
Conteúdos Complementares:
Projeto Poesia (noite de autógrafos)
Varal de poesias
Jornal Mural
Atividades Culturais: dança, teatro, declamação.
294
Cultura Afro-brasileira e compromisso assumido na II
Conferência Pelo Meio Ambiente - Diversidade Étnica
Cultural.
CONTEÚDOS - 8ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes: Prática da oralidade, Prática da
leitura, Prática da escrita; Análise Lingüística e as Práticas
Discursivas.
Conteúdos Específicos:
Uso do dicionário.
Sentido próprio e figurado.
Radicais gregos/ sufixo e prefixos.
Palavras de origem estrangeira.
Contos.
Revisão de classes gramaticais.
Fixação das classes gramaticais.
Fixação de acentuação.
Revisão de acentuação.
Substantivo.
Significação das palavras.
295
Metáfora e Comparação.
Narração + descrição.
Textos, jornais e revistas.
Produção oral.
Metáfora e Ironia.
Carta.
Oração.
Tipos de predicado.
Predicativo.
Verbo transitivo e intransitivo.
Objeto direto.
Objeto indireto.
Sinais de pontuação.
Termos acessórios da oração.
Aposto, vocativo.
Dissertação.
Produções orais.
Crase.
Adjunto adnominal e verbal.
Vozes do verbo.
296
Agente da passiva.
A partícula se.
Concordância verbal.
Período composto por subordinação
Análise sintática.
Análise morfológica.
Conteúdos Complementares:
Projeto Poesia (noite de autógrafos)
Varal de poesias
Jornal Mural
Atividades Culturais: dança, teatro, declamação.
Cultura Afro-brasileira e compromisso assumido na II
Conferência Pelo Meio Ambiente - Diversidade Étnica
Cultural.
Educação do Campo
Uso de tecnologias
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Tendo em vista que a língua só existe em situações de
interação e através das práticas discursivas, que assumem a
297
língua em sua história e funcionamento. A língua em sua
perspectiva histórica e social, precisa ser trabalhada em
situações reais do uso da fala, valorizando-se a produção de
discursos nos quais o aluno realmente constitua como sujeito
do processo interativo.
Não se deve tomar as variedades lingüísticas como
texto para discriminação social dos sujeitos, mas promover o
diálogo entre os diversos falares e adequar às circunstâncias do
processo de interação.
A leitura como um processo de produção de sentido que
se dá a partir de interações sociais ou relações dialógicas que
acontece entre o texto e o leitor, o leitor participa da
elaboração dos significados, confrontando o texto lido com o
saber que é seu, com suas experiências de vida. A leitura deve
ser experiênciada, desde a alfabetização.
Tendo como objetivo o desenvolvimento da oralidade, leitura
e escrita e análise lingüística, precisa-se desenvolver em sala
de aula atividades que favoreçam a caminhada do educando,
com as relacionadas a seguir:
Temas e formas textuais diversificadas;
Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou
defender ponto de vista, colher e dar informações, fazer e
dar entrevistas, expor programações, dar avisos, etc.;
Confronto de texto oral e escrito, observando suas
similaridades e diferenças;
298
Debates, seminários, e outras atividades que possibilitem
o desenvolvimento da argumentação;
Transcrição da oralidade com a observância das pausas,
hesitações, alteração de tonalidade de voz, etc.;
Disponibilizar aos alunos, livros, revistas, para que possam
ser manuseados pelos mesmos;
Leitura oral de poemas, trechos de obras e histórias;
Dramatização de textos lidos;
Produção de texto a parir de uma pré-discusão de um
contexto estabelecido;
Reestruturação de texto para uma melhor elaboração,
objetivando a clareza da mensagem;
Produção de texto em seus diversos gêneros;
Análise lingüística contextualizada, mostrando a razão de
ser de cada termo ou expressão analisada;
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação da aprendizagem será contínua, priorizando
o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Contudo ela é
formativa respeitando os ritmos e processos de aprendizagem
dos mesmos. Contínua e diagnóstica aponta dificuldades,
possibilitando intervenções pedagógicas constantes. A
299
avaliação com função interativa, dialógica ou discursiva da
linguagem será analisada através das atividades verbais, tais
como a fala, a leitura e a escrita.
Através de diálogos, relatos, discussões, exposição de
idéias, fluência da fala, desembaraço; capacidade de adequar o
discurso/ textos, avaliará a oralidade.
A leitura pode ser avaliada com questões abertas,
através do texto lido, posicionamento e reflexão diante do tema
a partir do texto. A partir da produção dos mesmos e tendo
sempre clara a proposta, pode-se avaliar a escrita. Sendo assim
é no texto que a língua expõe todos os seus aspectos
discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais. Também a
partir de textos, avalia-se os aspectos que permita a reflexão e
contextualização, possibilitando a compreensão dos elementos
que estão inseridos dentro do mesmo.
Na utilização oral e escrita da língua junto as práticas
sociais, procura-se trabalhar a mesma dentro das mais
diferentes circunstâncias, que proporcione ao educando
capacidades suficientes para que ele possa adapta-las na sua
prática cotidiana.
A avaliação da aprendizagem será um processo
cumulativo, contínuo e sistemático de obter informações,
diagnosticar progressos, capacidades e habilidades dos alunos
e, também, possibilitar ao docente a reflexão sobre suas
intervenções didáticas no processo de aprendizagem dos
alunos.
300
BIBLIOGRAFIA
CEREJA, William Roberto; Livro Didático – Linguagem, 5ª, 6ª,7ª,
e 8ª Séries (Willian Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães –
2ª edição –São Paulo: Anual 2002.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial
para a Construção de Currículos Inclusivos. Secretaria de
Estado da Educação. Superintendência de Educação.Curitiba,
2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa
para o Ensino Fundamental. Secretaria de Estado da
Educação. Superintendência de Educação.Curitiba, 2006.
301
DISCIPLINA: Matemática
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A História da matemática nos revela que os povos
das antigas civilizações conseguiram desenvolver os
rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a
compor a matemática que se conhece hoje.
Na Grécia nos séculos VI e V a. C, que ocorre as
preocupações iniciais sobre a importância e o papel da
matemática no ensino e na formação das pessoas, as primeiras
propostas de ensino de matemática baseadas em práticas
pedagógicas ocorreram no século V a. C , com os sofistas.
Entre os séculos VIII e IX o ensino passa por mudanças
significativas, com o surgimento das escolas, onde surgiram as
primeiras idéias que privilegiavam aspecto empírico da
matemática.
302
Foi através dos Jesuítas, na metade do século XVI
que a matemática viria a ser introduzida como disciplina nos
currículos da escola brasileira, já nos século XVIII ministrava-se
um ensino de matemática de caráter técnico com o objetivo de
preparar os estudantes para as academias militares,
influenciado pelos acontecimentos políticos que ocorriam na
Europa.
No decorrer da história a matemática teve diferentes
abordagens quanto ao seu ensino e aprendizagem. Com
aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
9394/96 de 20 de dezembro de 1996, insere novas
interpretações sobre ensino, entre os quais da matemática. A
partir de 2003 a SEED, elaborou o documento de Diretrizes
Curriculares, onde o ensino da matemática possa demarcar nos
currículos escolares, uma postura que possibilite aos
estudantes realizar analises, discussões, conjecturas,
apropriação de conceitos e formulação de idéias.
Através do conhecimento matemático o homem
quantifica, geometriza, mede e organiza informações. Assim
sendo, é impossível não reconhecer o valor educativo desta
ciência como indispensável para a resolução e compreensão de
diversas situações do cotidiano (e para além dele), desde uma
simples compra de supermercado até o mais complexo projeto
de desenvolvimento econômico.
303
OBJETIVO GERAL
A educação matemática tem como objetivo, fazer com o
educando compreenda e se aproprie da própria matemática
concebida como um conjunto de resultados, métodos,
procedimentos, dando suporte para que o mesmo construa,
através do conhecimento matemático, valores e atitudes,
visando à formação integral do ser humano e do cidadão.
O ensino e aprendizagem em matemática tem que
contribuir para que o educando tenha condições de constatar
regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de
linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos
ligados a matemática e a outras áreas do conhecimento. Assim,
a partir do conhecimento matemático, seja possível o educando
criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
304
CONTEÚDOS: 5ª Série
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS:
CONTEÚDOS
COMPLEMENTARES:
Números,
Operações e
Álgebra;
Medidas;
Geometria
Tratamento da
Informação.
- Números naturais;
- Escrita dos números;
- Múltiplos, divisões e
divisibilidade;
- Números decimais;
- Frações;
- Adição, subtração,
multiplicação e
divisão de números
- Exposição no jornal
mural da escola, sobre
gráficos construídos
com pesquisas sobre
temas atuais. Por
exemplo: taxa de
mortalidade infantil nas
regiões brasileira,
população afro por
cidades paranaenses,
- Números de casos de
305
decimais;
- Frações no lugar de
decimais;
- Formas geométricas;
- Ângulos;
- Polígonos;
- Medidas;
- Sistemas decimais
de medidas;
- Proporcionalidade;
- Grandezas
diretamente
proporcional;
- Grandezas
inversamente
proporcionais;
- Números positivos e
negativos;
- Adição, subtração,
multiplicação e
divisão com
números negativos;
- Expressões
numéricas;
- Construções
geométricas;
- Simetria, ampliações
e reduções;
HIV entre os jovens
(tabelas e gráficos).
- Sensibilizar o
educando para a
observação e
cálculo da carga
tributaria e o
impacto na vida
financeira familiar ;
- Pesquisar sobre a
produção agrícola e
agropecuária local.
306
- Equações;
- Números
desconhecidos;
- Regra de três;
- Porcentagem;
- Estatísticas e
gráficos;
- Área e volume;
CONTEÚDOS: 6ª Série
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS:
CONTEÚDOS
COMPLEMENTARES:
Números,
Operações e
Álgebra;
Medidas;
Geometria
Tratamento da
Informação.
- Números naturais;
- Escrita dos
números;
- Múltiplos, divisões e
divisibilidade;
- Números decimais;
- Frações;
- Adição, subtração,
multiplicação e
divisão de números
decimais;
- Frações no lugar de
decimais;
- Formas
geométricas;
- Exposição no jornal
mural da escola, sobre
gráficos construídos
com pesquisas sobre
temas atuais. Por
exemplo: taxa de
mortalidade infantil nas
regiões brasileira,
população afro por
cidades paranaenses,
- Números de casos
de HIV entre os
jovens (tabelas e
gráficos).
- Sensibilizar o
307
- Ângulos;
- Polígonos;
- Medidas;
- Sistemas decimais
de medidas;
- Proporcionalidade;
- Grandezas
diretamente
proporcional;
- Grandezas
inversamente
proporcionais;
- Números positivos e
negativos;
- Adição, subtração,
multiplicação e
divisão com
números negativos;
- Expressões
numéricas;
- Construções
geométricas;
- Simetria,
ampliações e
reduções;
- Equações;
- Números
desconhecidos;
educando para a
observação e
cálculo da carga
tributaria e o
impacto na vida
financeira familiar ;
- Pesquisar sobre a
produção agrícola e
agropecuária local.
308
- Regra de três;
- Porcentagem;
- Estatísticas e
gráficos;
- Área e volume;
CONTEÚDOS: 7ª Série
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS:
CONTEÚDOS
COMPLEMENTARES:
Números,
Operações e
Álgebra;
Medidas;
Geometria
Tratamento da
Informação.
- Raiz quadrada;
- Conjunto dos
números reais;
- Valor numérico de
uma expressão
algébrica;
- Expressões
algébricas;
- Termos
semelhantes;
- Operações com
monômios;
- Operações com
polinômios;
- Produtos notáveis;
- Fatoração;
- Exposição no jornal
mural da escola, sobre
gráficos construídos
com pesquisas sobre
temas atuais. Por
exemplo: taxa de
mortalidade infantil nas
regiões brasileira,
população afro por
cidades paranaenses,
- Números de casos
de HIV entre os
jovens (tabelas e
gráficos).
- Sensibilizar o
educando para a
observação e
cálculo da carga
tributaria e o
309
- Frações algébricas;
- Equações
fracionárias;
- Equações literais do
1 grau;
- Introdução à
geometria;
- Ângulos;
- Triângulos;
- Congruência de
triângulos;
- Quadriláteros;
- Polígonos;
- Circunferência e
circulo;
impacto na vida
financeira familiar ;
- Pesquisar sobre a
produção agrícola e
agropecuária local.
-
CONTEÚDOS: 8ª - SÉRIE
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS:
CONTEÚDOS
COMPLEMENTARES:
Números,
Operações e
Álgebra;
Medidas;
Geometria
- Potenciação;
- Radicais;
- Operações com
radicais;
- Racionalização de
- Exposição no jornal
mural da escola, sobre
gráficos construídos
com pesquisas sobre
temas atuais. Por
exemplo: taxa de
310
Tratamento da
Informação.
denominadores;
- Equações do 2º
grau;
- Propriedades das
raízes;
- Equações
irracionais;
- Problemas do 2º
grau;
- Produto cartesiano;
- Relações e funções;
- Função do 2º grau;
- Grandezas
proporcionais;
- Semelhança;
- Relações métricas
no triângulo
retângulo;
- Razões
trigonométricas;
- Relações métricas
no triângulo
qualquer;
- Relações métricas
na circunferência;
- Polígonos regulares;
- Área das figuras
planas;
mortalidade infantil nas
regiões brasileira,
população afro por
cidades paranaenses,
- Números de casos
de HIV entre os
jovens (tabelas e
gráficos).
- Sensibilizar o
educando para a
observação e
cálculo da carga
tributaria e o
impacto na vida
financeira familiar ;
- Pesquisar sobre a
produção agrícola e
agropecuária local.
-
311
- Medida da
circunferência e área
do círculo;
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os conteúdos de matemática serão trabalhados de
forma contextualizada, para a formação de conceitos,
contemplando os conhecimentos trazidos pelos alunos, fazendo
com que os mesmos entendam a matemática como
instrumento para compreender e solucionar os problemas do
cotidiano.
Os conteúdos serão trabalhados com aulas expositivas,
resolução e correção de exercícios para eliminar dúvidas, lista
de exercícios complementares, material concreto, construção
de figuras geométricas, pesquisas de campo para a construção
de tabelas e gráficos, bem como o uso de recursos áudio visuais
para a apresentação de conteúdos.
As aulas serão desenvolvidas respeitando as diferenças
e valorizando a singularidade de cada educando
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
312
A avaliação será realizada de modo a contemplar os
diferentes momentos do processo de ensino e aprendizagem e
sendo coerente com a proposta pedagógica da escola e com a
metodologia utilizada. Assim deve servir como instrumento que
orienta a prática do professor e possibilita ao educando uma
aprendizagem sólida e significativa.
Serão utilizados como recursos de avaliação trabalhos,
exercícios cartazes provas, pesquisas de campo, bem como
outros que venham a atender as necessidades dos educandos,
observando e respeitando as diferenças e valorizando a
singularidade de cada educando.
BIBLIOGRAFIA
313
ANDRINI, Álvaro; Praticando Matemática. São Paulo: Editora
do Brasil, 1989.
BIGODE, Antônio J L; Matemática Hoje É Assim. São Paulo:
FTD, 2000.
JUNIOR, Giovanni; A conquista da matemática, a mais
nova . São Paulo: FTD, 1ª Edição,2002.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Matemática para o
Ensino Fundamental. Secretaria de Estado da Educação.
Superintendência de Educação.Curitiba, 2006.
CAPELO, Maria R.C. Diversidade Cultural e desigualdades
sociais: Primeiras aproximações.
DISCIPLINA: Língua Estrangeira Moderna – Inglês
314
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Estudar uma língua estrangeira, vai muito além da
mera repetição de palavras, ou memorização das mesmas. É a
oportunidade de enriquecimento cultural, que permite ao ser
humano ampliar sua capacidade de leitura do mundo. Por mais
distante que esteja um povo, considerando-se o aspecto
globalizado que se tem atualmente, as diversas culturas não se
limitam mais às fronteiras geográficas pelo contrário, estas
avançam alcançando povos com traços culturais cuja
diversidade se apresenta de forma inteiramente diversa.
Os estudos de língua estrangeira, possibilitam a
integração humana, favorecendo sobremaneira o respeito e a
valorização das múltiplas culturas espalhadas inúmeros países,
representando a essência dos respectivos povos.
A Língua Estrangeira e seu ensino no Brasil, passaram
por diversos estágios.
A Tomada de posse da terra pelos portugueses, impôs o
ensino da língua, já que não há nenhuma novidade dizer que o
conquistador impõe a língua ao povo conquistado.
Os Jesuítas da Companhia de Jesus, em seu trabalho de
catequização, procuraram além de ensinar o português ao
nativo, também oferecer o latim.
315
Expulsos os Jesuítas, com a Reforma Pombalina, o
sistema régio propunha a contratação de professores não-
religiosos. Grego e latim, eram as línguas relevantes para o
desenvolvimento do pensamento e da literatura.
A vinda da família real portuguesa para o Brasil, em
1808, permitiu a valorização do ensino das línguas. O príncipe
regente D. João VI, em 1809, criou as cadeiras de inglês e
francês. Em 1840 foi a vez da língua alemã ter sua cadeira
criada.
Até 1929, o modelo de ensino de línguas instituído pelo
colégio Pedro II, o primeiro em nível secundário na Brasil, foi
mantido. Valorizando-se o idealismo em termos de cultura e
civilização, priorizava-se o ensino do francês, seguido do inglês
e do alemão.
Ferdinand Saussure inaugura em 1916, os estudos da
linguagem em caráter científico.
A abolição da escravatura no Brasil e conseqüente
abertura do país à mão-de-obra do imigrante, promoveu o
surgimento das escolas nas colônias formadas por esses
estrangeiros nessas escolas, a língua portuguesa era ensinada
como idioma estrangeiro.
316
Em meados da década de 1910, bem como na década
seguinte, o raciocínio nacionalista, leva o governo federal a
fechar as escolas dos imigrantes, criando as escolas primárias.
A era Vargas, registra o surgimento do ministério e da
cultura, e ainda as secretarias estaduais de educação. A
reforma do ensino desencadeada em 1931, trouxe em seu bojo
a aspiração da modernização do Brasil, através do ensino. Pela
primeira vez um método de ensino de língua estrangeira foi
estabelecido: o Método Direto.
Em 1942, nova reforma do ensino. Desta vez o curso
secundário passava há ter sete anos, divididos em dois níveis:
ginasial e colegial. O Método Direto permanecia o francês foi
mantido seguido do inglês, sendo implantado o ensino de
espanhol.
Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência
econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos,
intensificou-se enfatizando assim o ensino da língua inglesa.
O desenvolvimento da lingüística nos anos 50 permitiu
avanços significativos no ensino de línguas.
A década de 60 apresenta a expansão do Método Oral.
A Gramática Gerativa Transformacional contribuiu também para
o desenvolvimento do ensino da língua estrangeira.
317
Em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº.
4.024 delegou aos Conselhos de Educação a decisão da
inclusão da língua estrangeira nos currículos. Os cursos clássico
e científico foram substituídos pelo ensino profissionalizante,
objetivando atender as demandas do mercado de trabalho.
Na década de 70, o regime militar concebia o ensino de
língua estrangeira como privilégio de classes mais abastadas,
porém em 1976, a língua estrangeira volta a ter caráter
obrigatório no 2º grau, continuando a ser recomendada para o
primeiro grau.
No estado do Paraná, no colégio Estadual do Paraná,
tradicional instituição de ensino paranaense, ofertava-se latim,
grego, inglês e espanhol. Com o advento do parecer 581/76,
estabelecendo a oferta de um único idioma nas escolas, a
maneira encontrada para não se perder a diversidade de
idiomas foi a criação dos CELEMs- Centros de Línguas
Estrangeiras Modernas, em que o Colégio Estadual do Paraná
foi pioneiro. Posteriormente, a UFPR, a partir de 1982, inclui em
seu vestibular as línguas espanhola, italiana e alemã.
A década de 80 assiste manifestações pela pluralidade
de oferta de língua estrangeira nas escolas públicas. Os CELEMs
são disseminadas pela SEED, alcançando atualmente a marca
de mais de 300 estabelecimentos.
318
A abordagem comunicativa, sugerida na Europa, previa
uma abordagem da língua como instrumento de comunicação
ou de interação social.
Hymes e Chomsky fornecem através de suas idéias,
subsídios para a construção de uma concepção de língua em
sue aspecto funcional.
Halliday e Savignon, ampliando o conceito de
competência comunicativa, incorpora a competência
sociolingüística, a estratégia e a discursiva.
Em 1996, a nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação) 9394, determinou a obrigatoriedade de se ofertar,
pelo menos, uma língua estrangeira moderna no ensino
fundamental a partir da 5ª série. O ensino médio deveria ofertar
uma língua estrangeira, em caráter obrigatório, e uma segunda,
em caráter optativo.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, para o Ensino
Fundamental der Língua Estrangeira – PCNs, privilegiava a
abordagem comunicativa, reconhecendo ênfase na leitura. Em
1999, os Parâmetros, passam a recomendar ênfase também na
língua escrita.
Paulo Freire, com seus postulados, influencia as
definições tradicionais de letramento, surgindo uma nova
abordagem , o Letramento Crítico.
319
Em 2005, motivado pelo MERCOSUL, a Lei nº 11.161 de
5 de agosto de 2005, decreta a oferta de língua espanhola nos
estabelecimentos de Ensino Médio. O estabelecimentos terão 5
anos para implementação, cuja matrícula é facultativa para o
aluno.
A secretaria de Estado da Educação tem valorizado o
ensino da língua estrangeira, realizando concursos públicos,
ampliando os CELEMs, estabelecendo parcerias para a
formação e aprimoramento pedagógico de professores,
adquirindo e distribuindo material didático para as escolas.
OBJETIVOS GERAIS
Levar o educando a tomar contacto com uma língua
estrangeira, oportunizando a ampliação de sua cultura, por
meio do estudo desta língua, adquirindo noções do idioma para
fins de leitura do mundo globalizado, em que o inglês é
praticado nas mais diversas situações.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
O conteúdo estruturante será o Discurso enquanto
prática social, efetivado por meio das práticas discursivas, as
quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita.
320
De caráter basilar, o conteúdo estruturante, alicerçará o
ensino da língua estrangeira.
• Ser capaz de usar a língua em situações de
comunicação oral e escrita;
• Vivenciar, na aula de língua estrangeira, formas de
participação que lhe possibilite estabelecer
relações entre ações individuais e coletivas;
• Compreender que os significados são sociais e
historicamente construídos e, portanto, passíveis
de transformação na prática social;
• Ter maior consciência sobre o papel das línguas na
sociedade;
• Reconhecer e compreender a diversidade
lingüística e cultural, bem como seus benefícios
para o desenvolvimento cultural do país.
CONTEÚDOS - 5ª SÉRIE
Conteúdos Específicos:
• Apresentação de textos em língua inglesa para leitura,
interpretação, escrita, audição ampliação do vocabulário e
tradução.
• Apresentação de textos em língua inglesa para fins de
conservação.
• Cumprimentos:
321
Formais.
Informais.
Vozes de Comando.
Apresentado-se.
Apresentando um amigo.
• Grupos sociais.
Família.
Escola.
Amigos.
Igreja.
• Noções sobre ambientes.
A casa e suas dependências.
Estrutura arquitetônica básica de uma casa.
• Animais e plantas.
• Enfoque Estrutural
Artigos
Pronomes pessoais.
Pronomes interrogativos
• Noções de quantidade.
Números até vinte.
322
• Introdução ao verbo “TO BE”.
.
CONTEÚDOS - 6ª SÉRIE
Conteúdos Específicos:
• Apresentação de textos em língua inglesa para leitura,
interpretação, escrita, audição ampliação do vocabulário e
tradução.
• Apresentação de textos em língua inglesa para fins de
conservação.
• Estudo de expressões idiomáticas.
• Fixação das vozes de comando.
• Estruturação de frases e parágrafos.
• Informação quanto a origem e destino.
• Nacionalidades.
• Gostos e preferências.
• Cores.
• Peças do vestuário.
• Descrição física.
• Descrevendo a si.
• Descrevendo um (a) amigo (a).
• Meios de transporte.
323
• Meios de comunicação.
• Estudo Estrutural da língua:
- pronomes pessoais.
- Estudo do verbo “TO BE” (tempo e formas
afirmativa, interrogativa e negativa).
Singular e plural.
Pronomes demonstrativos.
Adjetivos.
Uso de “and”, “or” e “but”.
Respostas curtas (short answers).
CONTEÚDOS - 7ª SÉRIE
Conteúdos Específicos:
Apresentação de textos em língua inglesa para leitura,
interpretação, escrita, audição ampliação do vocabulário e
tradução.
Apresentação de textos em língua inglesa para fins de
conservação.
Vida em comum (inter-relações): sala de aula, escola,
colegas de classe.
Minha idade; onde nasci;
324
Períodos de dia e horas;
Descrevendo minha cidade (vida urbana);
Descrevendo o campo (vida rural);
Partes do corpo humano;
Preferências esportivas;
Principais frutas e legumes;
Meu endereço;
Signos do zodíaco;
Datas comemorativas.
Estudo estrutural da língua:
Fixação do verbo “TO BE”, no tempo presente.
Formas:
Afirmativa;
Interrogativa;
Negativa.
Forma contraída.
Números até 100.
Uso de “more” e “less”.
Pronomes demonstrativos:
Uso de “how many” e “how much”.
325
Pronomes pessoais, possessivos e adjetivos.
Antônimos.
Uso do verbo “TO BE”, no tempo passado: “Was” e “Were”.
Verbo “There To be”.
Verbo “TO HAVE” – Introdução.
CONTEÚDOS - 8ª SÉRIE
Conteúdos Específicos:
Apresentação de textos em língua inglesa para leitura,
interpretação, escrita, audição ampliação do vocabulário e
tradução.
Apresentação de textos em língua inglesa para fins de
conservação.
Estrutura familiar:
Dias da semana;
Meses do ano;
Estações do ano;
Datas importantes;
Refeições: “breakfast”, “lunch” e “dinner”;
Profissões;
326
Festas brasileiras e de outros povos;
Férias, viagens.
Personalidades famosas;
Comprando e vendendo (relações comerciais);
Atividades de lazer;
Escrevendo cartas e bilhetes;
Estudo estrutural da língua;
Enfoque Estrutural
Revisão do verbo “TO BE”.
Estudo do verbo “TO HAVE”.
Tempo presente:
Formas afirmativa, interrogativa e negativa.
Forma contraída.
Plural dos substantivos: regra geral e regras especiais.
Preposições.
Uso de “DO” e “DOES”.
Números até mil.
Estudo do verbo “TO LOVE”.
Advérbios.
Uso de “Why” and “because”.
327
Vozes do verbo.
Formação do passado dos verbos regulares.
Formação do passado dos verbos irregulares.
Caso genitivo.
Verbos: gerúndio e infinito.
Verbos no imperativo.
Graus dos adjetivos.
METODOLOGIA
Para o desencadeamento das ações de ensino-
aprendizagem, será utilizada a teoria comunicativa. Portanto,
será dado enfoque as quatro inter-habilidades: ler, escrever,
ouvir e falar; remetendo-se sempre à idéia do aprendizado de
uma língua para fins de comunicação.
Outro sim, não será esquecido o aspecto dinâmico da
língua, ou seja, toda e qualquer língua é utilizada pelo falante,
para realização do ato comunicativo, e, portanto é mutável no
tempo e no espaço.
A estruturação dos textos serão realizadas, em sala de aula,
dando ênfase a realidade da clientela, avançando-se para que a
extensão ao assunto possa alcançar uma multiplicidade de
caracteres lingüísticos/informativos.
328
Sempre que necessário, textos suplementares serão
acrescentados, para fins de ampliação das informações.
No que concerne à expressão oral, a leitura oral
individual e em grupo, além da conversação, serão práticas
habituais.
A aula expositiva ganhará sempre tom ilustrativo, para
que gradativamente, o estudante de língua inglesa, possa
formar imagens, que facilitem sua assimilação dos conteúdos
trabalhados.
Pesquisas e games, também terão lugar, vez que
oportunizam de forma amena, a concretização do aprendizado.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Avaliar consiste em mensurar resultados. Em língua
estrangeira, a tarefa de avaliar, é ainda mais desafiadora. Há
que se considerar o pouco tempo para o desenvolvimento das
habilidades essenciais, e as limitações para a prática de uma
língua, inteiramente distinta da materna. Logo, para que se
efetive uma avaliação contínua, acumulativa, e oportunizadora,
lançar-se-á mão de:
- leitura de textos em língua estrangeira;
- conversação;
- atividades orais;
329
- atividades escritas;
- questões interpretativas;
- dramatizações;
- organização seqüencial de textos;
- elaboração de dicionários ilustrados;
- tradução de textos literários em língua inglesa;
- tradução de histórias em quadrinhos.
Quanto à distinção de ritmo, e ausência de apropriação
de conteúdos, comuns em qualquer turma, para que se
verifique a oportunização de assimilação dos conteúdos em que
se constatou aprendizagem limitada, ou não aprendizagem,
buscar-se-á metodologias alternativas para reaplicação dos
mesmos.
BIBLIOGRAFIA
330
AUGUSTO, Ângela Maria Lemos. Sulzer. Smart English. São
Paulo: Quinteto Editorial 2002.
AZEVEDO, Dirce Guedes de. Blow Up. São Paulo: FTD, 1999.
CHIQUETTO, Oswaldo. Inglês: erros que você deve evitar.
São Paulo: Scipione,
1995.
COHEN – COUDAR, Corinne. O inglês divertido: minhas cem
primeiras palavras. São Paulo: Scipione, 1995.
DESTARAC, Marie-Claire. O inglês divertido: meus cem
primeiros verbos. São
Paulo: Scipione, 1995.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Especial
para a Construção de Currículos Inclusivos. Secretaria de
Estado da Educação. Superintendência de Educação. Curitiba,
2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira
para o Ensino Fundamental. Secretaria de Estado da
Educação. Superintendência de Educação.Curitiba, 2006.
331
LIBERATO, Wilson. English in Formation. São Paulo: FTD,
2005.
MORINO, Eliete Canesi. Start Up. 1ª ed. São Paulo: ed. Ática,
2004.
PRESCHER, Elisabeth. Graded English. 2. ed. São Paulo:
Moderna, 2003.
ROLIM, Mirian. Insights Into English. São Paulo: FTD, 1998.
ROCHA, Analuiza Machado. Take Your Time. 3ª ed. São Paulo:
Moderna, 2003.
332
Ata nº03
Assembléia Geral Ordinária para escolha dos integrantes da APMF
Escola Estadual de Farol – E.F. Gestão 2005/2007.
Às 18:30 horas do dia 16 de novembro (11), do ano de dois mil e cinco (2005) foi feita a apuração dos votos da chapa única, que concorreu às eleições para a Associação de Pais, Mestres e Funcionários da Escola Estadual de Farol – Ensino Fundamental, composta pelos seguintes candidatos: PRESIDENTE: Pedro Chornobai, brasileiro, casado, mecânico, RG 3772899-3; VICE-PRESIDENTE: Edinéia Cristina Lopes da Silva, casada do lar, RG 4984347-0; 1º SECRETÁRIO: Genivaldo Ferreira, brasileiro, secretário, RG 4381625-0, 2º SECRETÁRIO: Irene Trevisoli de Lima, brasileira, solteira, professora RG 2134086-3, 1º TESOUREIRO: Dirceu da Silva, brasileiro, casado, lavrador RG 3688061-9-PR, CPF 513660379-87 e 2º TESOUREIRO: Darci de Lima Mayeski, brasileiro, casado, lavrador, RG 4387239-7, PR, 1º DIRETORSOCULTURAL. ESPORTIVO, Sonia Maria dos Santos Borges, brasileira, professora, casada, RG 4200119-8, PR e 2º DIRETORSOCIOCULTURAL ESPORTIVO, Maria Ryzy Machado, brasileira, professora, casada, RG 1606310-0, o Conselho Deliberativo e Fiscal composto por: MESTRES, Linetes de Lourdes Semprebom Biff, RG. 200268-9, brasileira, professora, casada e José Osvaldo da Rocha, brasileiro, casado, professor, RG 1771195, PR, FUNCIONÁRIOS: Sebastiana Batista Cerqueira, brasileira, Solteira, professora, RG nº 4396312-0 PR, Douglas José Laquias, brasileiro, solteiro, funcionário administrativo, RG 8084094-2, e PAIS: Cleusa Maria da Conceição, brasileira, casada, RG 5068412-1, Valdomil da Silva, brasileiro, lavrador, casado, RG nº 4984347-0, PR, Rosenilda Aparecida Farias, brasileira, professora, RG nº 4029917 PR e Marilene de Freitas, brasileira, Aux. De Seviços Gerais, casada RG 5721712-0, A ACESSORIA TÉCNICA é constituída pela Diretora representante da Equipe Pedagógica Administrativa da Escola, a mesa apuradora dirigida pela professora pedagoga Lindicéia Batista de França Lopes, comprovou os seguintes resultados: sessenta e quatro votantes sendo sessenta e dois válidos e dois brancos sendo assim eleita a Chapa única para o biênio/16 de novembro de 2005 a 16 de novembro de 2007. Nada mais havendo a constar eu Genivaldo Ferreira, lavrei a presente ata que vai assinada por mim, e, atestando a lisura do pleito assinam: Neusa Ferreira dos Santos – RG nº 6.494.058-4 – CPF 695.991.149-49 – Os membros da Comissão eleitora e receptora e Dirceu da Silva RG –
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3.688.061-9, P R, Vice Presidente da Associação de Pais e Mestres e Funcionários.
Farol, 16 de novembro de 2005.
(Cópia fiel do livro Ata 02 – Reuniões Ordinárias da APMF folha nº 28.)
Ata nº
Aos vinte e sete (27) do mês de março(03) de dois mil e sete (2007) estiveram reunidos em uma das salas de aula da Escola Estadual de Farol-E.F., o conselho Escolar com o fim especial de analise e aprovação do Projeto Político Pedagógico da referida Escola. As pedagogas: Claudia Maria Colaço Lemos e Regiane Aparecida de Souza juntamente com a Diretora da Escola a professora Fátima Maria de Souza Rocha, colocaram o plano para analise, respondendo e expondo as questões que lhes foram feitas. Após o estudo, questionamente, debates; o Projeto Político Pedagógico foi aprovado pelo Conselho Escolar e a reunião encerrada. Nada mais a ser acrescido a presente foi lida e após achada conforme. Eu, Genivaldo Ferreira lavrei a presente que vai assinada por mim e pelos Membros do Conselho Escolar gestão 2005/2007.
Farol, 27 de março de 2007.
(Cópia fiel do livro Ata – Reuniões Pedagógicas folha nº 8 V.)
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