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Projeto Técnico para Definição do Modelo de Gestão e Operação da UPA II Gravatá, no Município de Camaçari / Ba Av. Tancredo Neves, 1632 – Salas 601 e 602 – Torres Sul – Caminho das Árvores CEP: 41.820-770 - Salvador/BA Telefone: (71) 3341-8800 1 Projeto Técnico para Definição do Modelo de Gestão e Operação da UPA II Gravatá, no Município de Camaçari / Ba.

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Projeto Técnico para Definição do Modelo de Gestão e Operação da UPA II

Gravatá, no Município de Camaçari / Ba.

Projeto Técnico para Definição do Modelo de Gestão e Operação da UPA II Gravatá, no

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Ficha Catalográfica

GPública Consultoria

© reprodução autorizada pelo autor somente para uso privado de atividades de pesquisa e

ensino não sendo autorizada sua reprodução para quaisquer fins lucrativos. Na utilização ou

citação de partes do documento é obrigatório mencionar a autoria.

Nome da Empresa autora: GPública Consultoria.

Nome: Projeto Técnico para Definição do Modelo de Gestão e Operação da UPA

II -Gravatá, no município de Camaçari / BA.

Do Projeto: Elaboração do projeto em consonância com os termos do contrato

assinado entre a GPública Consultoria e a Prefeitura Municipal de Camaçari BA,

em maio de 2014

Cod. 001

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................... 5

2. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE CAMAÇARI - BA ............................................................................. 6

2.1 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS .............................................................................................. 6

2.2 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO ................................................................................................. 7

2.2.1 NATALIDADE ............................................................................................................. 7

2.2.2 MORTALIDADE .......................................................................................................... 8

3. ÁREA DE ABRANGÊNCIA DA UPA II GRAVATÁ .............................................................................. 13

4. JUSTIFICATIVA PARA ADOÇÃO DO MODELO DE GESTÃO POR ORGANIZAÇÃO SOCIAL .................. 16

5. CARACTERIZAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS ........................................................................ 17

6. PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA GESTÃO POR ORGANIZAÇÃO SOCIAL ............................................... 18

7. CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DA ORGANIZAÇÃO SOCIAL ................................................................ 19

8. FISCALIZAÇÃO E CONTROLE ....................................................................................................... 21

9. CONTRATO DE GESTÃO .............................................................................................................. 22

9.1 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO CONTRATO DE GESTÃO ........................................ 22

9.1.1 RELATÓRIOS DE DESEMPENHO ............................................................................... 23

9.2 AUDITORIAS .................................................................................................................. 24

10. METAS .................................................................................................................................. 24

11. DIMENSIONAMENTO DE PESSOAL PARA OPERACIONALIZAÇÃO DA UPA II GRAVATÁ ................ 26

12. DIMENSIONAMENTO DE SERVIÇOS, AQUISIÇÕES E ATIVIDADES DE APOIO À GESTÃO DA

ORGANIZAÇÃO SOCIAL ..................................................................................................................... 29

13. VARIÁVEL DE DESEMPENHO DE METAS E INDICADORES ......................................................... 30

14. RESULTADOS ESPERADOS ...................................................................................................... 33

15. AVALIAÇÃO CONCLUSIVA ....................................................................................................... 34

16. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 37

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INDICE DE TABELAS

Tabela 1: Evolução do número de óbitos, segundo Capítulo da CID-10, e participação percentual do

capítulo no total de óbitos registrados, 2006 a 2013, população residente, Camaçari-BA. ...................... 10

Tabela 2: População Referenciada pela UPA II Gravatá........................................................................ 14

Tabela 3: Metas Qualitativas e Indicadores de Desempenho ................................................................ 24

Tabela 4: Metas Qualitativas e Indicadores de Desempenho ................................................................ 25

Tabela 5: Estimativa da Taxa de Ocupação da UPA II Gravatá (Capacidade Instalada 100%) ................ 26

Tabela 6: Categorias profissionais com respectivos quantitativos .......................................................... 27

Tabela 7: Principais Rubricas no Processo de Gestão de Unidades de Saúde no porte da UPA II Gravatá 29

Tabela 8: Demonstrativo de Despesas Projetadas para a UPA II Gravatá .............................................. 31

INDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Evolução da população residente, Número absoluto e Diferença entre anos consecutivos, 2000

a 2013*, Camaçari-BA. ........................................................................................................................ 6

Gráfico 2: Taxa de mortalidade geral, por 1000 habitantes, e número de óbitos, população residente,

2006 a 2013*, Camaçari-BA. ................................................................................................................ 9

Gráfico 3: taxa de mortalidade infantil, por 1000 nascidos vivos, e número de óbitos infantis, população

residente, 2006 a 2013, Camaçari-BA. ................................................................................................ 11

Gráfico 4: taxa de mortalidade neonatal, por 1000 nascidos vivos, e número de óbitos neonatal,

população residente, 2006 a 2013, Camaçari-BA. ................................................................................ 12

Gráfico 5: taxa de mortalidade pós neonatal, por 1000 nascidos vivos, e número de óbitos pós-neonatal,

população residente, 2006 a 2013, Camaçari-BA. ................................................................................ 12

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1. Apresentação

O objetivo deste Projeto Técnico é apresentar o modelo de gestão, através de Organizações

Sociais,no gerenciamento da saúde pública. Para tanto, foram utilizadas as melhores práticas de

mercado, que vem sendo largamente adotadas por governos municipais e estaduais, para

operacionalização de uma Unidade de Pronto Atendimento, notadamente as de Porte II.

A partir da elaboração deste Projeto Técnico respaldando a adoção do Modelo de Gestão

por Organizações Sociais, a Prefeitura Municipal de Camaçari – BAbuscou se amparar

tecnicamente, de modo a minimizar possíveis questionamentos durante a execução e

monitoramento da gestão por OS.

O desenvolvidodeste projeto foi realizado em conformidade com o contrato assinado entre

a GPública Consultoria e a Prefeitura Municipal de Camaçari - BA, através da Secretaria

Municipal de Saúde.

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2. Histórico do Município de Camaçari - Ba

Aspectos Demográficos

De acordo com a dados do IBGE, o município de Camaçari possuía, em 2000, uma

população de 161.727 habitantes. Entre os dois últimos censos (2000 e 2010), a população de

Camaçari teve um aumento de 50,23%. Enquanto isto, no mesmo período, a população

estadual aumentou em 7,24%. A estimativa da população residente em Camaçari no ano de

2013 é de 275.575 habitantes, segundo o IBGE, o que equivale a um incremento de 20.337

habitantes entre os anos de 2012 e 2013 (Gráfico 01)1.

Gráfico 1: Evolução da população residente, Número absoluto e Diferença entre anos consecutivos, 2000 a 2013*, Camaçari-BA.

Neste município, segundo o censo demográfico de 2010 e Relatório dos Objetivos do

Desenvolvimento do Milênio, entre 2000 e 2010, a proporção de pessoas com renda domiciliar

per capita inferior a R$ 140,00, classificadas como abaixo da linha de pobreza, reduziu em

55,8%. Para estimar esta proporção de pessoas foi somada a renda de todas as pessoas do

domicílio, e o total dividido pelo número de moradores. No caso da indigência, considerou-se

renda per capta inferior a R$ 70,00. Assim, o somatório destas duas categorias perfaz um

percentual de 17,8% das pessoas classificadas como abaixo da linha de pobreza, segundo os

1 Fonte: IBGE 2013: dados estimados pelo IBGE

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critérios adotados na pesquisa. No Estado, a proporção de pessoas com renda domiciliar per

capita de até R$ 140,00 passou de 50,5%, em 2000, para 30,1% em 2010 (Gráfico 02).

Ainda segundo o Relatório dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, o número de

crianças pesadas foi de 28.893 em 2012. Destas, 0,8% estavam desnutridas. É importante

salientar que houve uma importante redução na proporção de crianças menores de 2 anos

desnutridas, saindo de um patamar de 8,0% (2000) para 0,8% (2012)2.

No que se refere ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o IDEB, indicador

que combina o rendimento escolar às notas do exame Prova Brasil, aplicado a crianças da 4ª e

8ª séries, e que pode variar de 0 a 10, o município de Camaçari classificou-se na 3.109.ª

posição, entre os 5.565 do Brasil, quando avaliados os alunos da 4.ª série, e na 3.884.ª, no caso

dos alunos da 8.ª série. Para as crianças da 4ª série, o índice foi de 3,8 em 2009 e de 4,5 em

2011. Já o índice dos alunos da 8ª série foi de 3,3 nos dois anos3.

Perfil Epidemiológico

Natalidade

A série histórica do número de nascidos vivos de mães residentes em Camaçari evidencia

uma tendência à redução de nascimentos até o ano de 2009 com retorno à elevação nos anos

subsequentes, sendo a maior quantidade observada em 2011 com registro de 4.242

nascimentos. Entre os anos de 2006 a 2011 o município apresentou uma média anual de 4.045

nascimentos. No ano de 2013 foram registrados no SINASC 2.832 nascimentos, até o mês de

agosto. No entanto, ressalta-se que os anos de 2012 e 2013 ainda estão com dados sujeitos a

alterações.

O número de nascidos vivos com baixo peso ao nascer (<2500g) de mães residentes em

Camaçari tem sido de cerca de 350 casos por ano, considerando o período de 2006 a 2012. A

sua menor proporção foi observada em 2007, quando 7,9% dos nascidos vivos apresentaram

baixo peso e a maior proporção, por sua vez, foi em 2009, com 9,5% do total de nascidos vivos.

2 Fonte: SIAB – DATASUS; Relatório dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio

3 Fonte: Ministério da Educação – IDEB; Relatório dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio

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Até o fim do mês de agosto de 2013, 260 dos nascidos vivos de mães residentes em Camaçari

apresentaram baixo peso ao nascer, o que corresponde a 9,2% do total de nascidos vivos.

A análise do número de nascidos vivos, segundo a idade materna, evidenciou que 78,0%

das mães têm idade entre 20 e 39 anos, 20,0% têm até 19 anos e 2,1% de mães têm idade

acima de 40 anos, considerando os dados parciais disponibilizados até o mês de Agosto de

2013. É importante sinalizar que entre os anos de 2006 até 2011, houve redução na proporção

de nascidos vivos de mães com até 19 anos de idade e elevação entre as mães com 20 a 39

anos e com idade acima de 40.

Até o mês de Agosto de 2013 foram registrados 36 nascidos vivos de mães com idade

entre 10 e 14 anos, o que corresponde a 1,3% do total de nascidos vivos. Dados preliminares

de 2012 e 2013 apontam discreta tendência à elevação, com 1,2% e 1,3%, respectivamente,

percentual discretamente maior do que a média apresentada para os anos de 2006 a 2011, que

foi de 0,98%.

Até o mês de Agosto de 2013, 44,9% de nascidos vivos foi de mães que realizaram 7 ou

mais consultas de pré- natal, a maior proporção registrada desde o ano de 2006. Por outro lado,

a proporção de mães que não realizaram nenhuma consulta de pré-natal foi de 7,1% para o

mesmo período, configurando-se também como o maior percentual registrado desde 2006 e

evidenciando a necessidade de ações que melhorem a captação de gestantes e o acesso às

consultas de pré-natal.

No período de 2006 a 2013 (até o mês de Agosto), a maior proporção de nascimentos foi

de parto do tipo normal ou vaginal, alcançando o percentual de 55,0% dos partos em 2013.

Neste mesmo período, o parto do tipo cesáreo respondeu por 45,0% do total (Gráfico 06).

Mortalidade

Em Camaçari, a taxa de mortalidade geral se manteve estável no período de 2006 a 2012

com uma média de 4,6 óbitos por 1000 habitantes. Até o mês de Agosto de 2013, foram

registrados 773 óbitos, compondo uma taxa de 3,0 óbitos por 1000 habitantes. A taxa de

mortalidade geral expressa à intensidade da ocorrência anual de mortes em determinada

população e pode ser influenciada por fatores como a estrutura populacional (sexo, idade) e

condicionada por fatores socioeconômicos (escolaridade, emprego, segurança etc.).

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Gráfico 2: Taxa de mortalidade geral, por 1000 habitantes, e número de óbitos, população residente, 2006 a 2013*, Camaçari-BA4.

Número de óbitos e Taxa de mortalidade, população residente, Camaçari-BA

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

me

ro d

e ó

bit

os

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

Ta

xa

Número 947 876 1059 1051 1144 1165 1204 773

Taxa 4,8 4,3 4,6 4,5 4,7 4,7 4,7 3,0

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Analisando-se a série histórica das causas de óbito segundo Capitulo do CID-10, observa-

se que as cinco principais foram: as causas externas e doenças do aparelho circulatório, se

alternando como primeira e segunda causa; as neoplasias e algumas afecções do período

perinatal se alternando entre terceira e quarta causa e as doenças endócrinas nutricionais e

metabólicas. Dados provisórios para 2012 e 2013 revelam que se mantêm o mesmo perfil,

apresentando como primeira as causas externas (24,2%), seguida das doenças do aparelho

circulatório (20,4%) e as neoplasias (13,2%).

4 Fonte: SESAB/ DIS/ SIM; IBGE; CICS/DEPLAN (Projeção populacional 2013). Dados consultados em

18/09/2013, com informações até agosto.

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Tabela 1: Evolução do número de óbitos, segundo Capítulo da CID-10, e participação percentual do capítulo no total

de óbitos registrados, 2006 a 2013, população residente, Camaçari-BA5.

A taxa de mortalidade infantil, importante indicador relacionado aos riscos ambientais e às

condições socioeconômicas e de vida (MONTEIRO e SCHMITZ, 2004), estima o risco de um

nascido vivo morrer durante seu primeiro ano de vida. Em sua maioria, estas mortes precoces

podem ser consideradas evitáveis, determinadas pelo acesso em tempo oportuno a serviços de

saúde qualificados.

As taxas podem refletir, de maneira geral, o nível de saúde, de desenvolvimento

socioeconômico e de condições de vida de uma população. A taxa de mortalidade infantil em

Camaçari tem apresentado oscilação no período considerado, sendo a maior taxa registrada em

2006 (19,6 óbitos por 1000 nascidos vivos) e a menor, em 2007 (14,2 óbitos por 1000 nascidos

vivos). Até o mês de agosto de 2013 foram registrados 42 óbitos de crianças menores de 1 ano,

o que correspondeu a uma taxa de 14,8 óbitos por 1000 nascidos vivos. Ressalta-se que a taxa

5 Fonte: SESAB / DIS / SIM. Dados consultados em 18/09/2013, com informações até agosto*.

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de mortalidade infantil pactuada pelo município em 2012 foi de, no máximo, 13,99 óbitos por

1000 nascidos vivos, evidenciando a necessidade de maior investimento em ações voltadas à

atenção materno-infantil, que busquem a melhoria do acesso e da qualidade da atenção e

cuidado prestados. É importante salientar, também, a limitação ainda existente no município de

referenciamento geográfico dos óbitos.

Gráfico 3: taxa de mortalidade infantil, por 1000 nascidos vivos, e número de óbitos infantis, população residente, 2006 a 2013,

Camaçari-BA6.

Número de óbitos infantil e Taxa de mortalidade infantil, população residente,

Camaçari-BA

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

me

ro d

e ó

bit

os

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

Ta

xa

óbitos infantis 74 57 79 77 66 74 63 42

Taxa de mortalidade infantil 19,6 14,2 19,1 19,5 15,8 17,4 15,2 14,8

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

A análise da mortalidade infantil desagregada pelas subcategorias neonatal (< 28 dias) e

pós-neonatal (>=28 dias), evidenciou que a maioria dos óbitos ocorreu ainda no período

neonatal, em todos os anos da série. A taxa de mortalidade neonatal oscilou no período

considerado, mas com tendência à redução ao longo do tempo. A maior taxa foi observada em

2006, com 15,7 óbitos por 1000 nascidos vivos, reduzindo ao patamar de 12,0 óbitos por 1000

nascidos vivos em 2010. Em agosto de 2013, esta subcategoria representou 71,4% dos óbitos

infantis, o que correspondeu, em número absoluto, a 30 óbitos e taxa de 10,6 óbitos por 1000

nascidos vivos. Este indicador estima o risco de um nascido vivo morrer durante a primeira

semana de vida e está normalmente relacionado a problemas congênitos, a fatores da saúde

6 Fonte: SESAB/ DIS/ SIM; Dados consultados em 23/09/2013, com informações até agosto*.

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materna e a complicações durante a gestação e parto, ou seja, reflete, de maneira geral, as

condições socioeconômicas e de saúde da mãe, bem como a adequação da assistência ao pré-

natal, ao parto e ao recém-nascido (MONTEIRO e SCHMITZ, 2004).

Gráfico 4: taxa de mortalidade neonatal, por 1000 nascidos vivos, e número de óbitos neonatal, população residente, 2006 a 2013,

Camaçari-BA7.

Número de óbitos neonatal e Taxa de mortalidade neonatal, população

residente, Camaçari-BA

0

10

20

30

40

50

60

70

me

ro d

e ó

bit

os

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

18,0

Ta

xa

Neonatal 59 46 60 57 50 58 47 30

Taxa neonatal 15,7 11,5 14,5 14,5 12,0 13,7 11,4 10,6

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

A subcategoria pós-neonatal oscilou no período, sendo as maiores taxas observadas entre

os anos de 2008 e 2009, com 4,6 e 5,1 óbitos por 1000 nascidos vivos, respectivamente. Até o

mês agosto de 2013, a taxa de mortalidade pós-neonatal foi de 4,2 óbitos por 1000 nascidos

vivos, correspondendo em número absoluto a 12 óbitos.

Gráfico5: taxa de mortalidade pós neonatal, por 1000 nascidos vivos, e número de óbitos pós-neonatal, população residente, 2006 a

2013, Camaçari-BA8.

7 Fonte: SESAB/ DIS/ SIM; Dados consultados em 23/09/2013, com informações até agosto.

8 Fonte: SESAB/ DIS/ SIM;

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Número de óbitos pós-neonatal e Taxa de mortalidade pós-neonatal, população

residente, Camaçari-BA

0

5

10

15

20

25

me

ro d

e ó

bit

os

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

Ta

xa

Pósneonatal 15 11 19 20 16 16 16 12

Taxa pósneonatal 4,0 2,7 4,6 5,1 3,8 3,8 3,9 4,2

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

3. Área de Abrangência da UPA II Gravatá

A Unidade de Pronto Atendimento do Gravatá está localizada na Rua do Canal, s/n, Bairro

Gravatá, onde a população dos bairros que serão referenciados pela UPA II Gravatá já sinalizam

o atendimento diário de uma demanda superior a 250 atendimentos, tendo em vista que será a

única desse porte em todo o Município, e abrangerá toda a Sede, conforme mencionado na

Portaria GM/MS nº104 de 15 de janeiro de 2014, em relação a população da área de

abrangência da UPA, quais sejam:

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Tabela 2: População Referenciada pela UPA II Gravatá

NOME DO BAIRRO POPULAÇÃO DA ÁREA

Santo Antônio 2.141

Fican 3.667

Buri Satuba I 2.811

Buri Satuba II 7.714

Lama Preta 4.580

Piacaveira I 3.348

Piacaveira II 4.139

Parque Verde I 4.205

Parque Verde II 3.952

PHOC III – I 2.978

PHOC III – II 3.590

Nova Vitória I 3.610

Nova Vitória II 3.929

Nova Vitória III 3.588

Novo Horizonte I 3.654

Novo Horizonte II 2.430

Dois de Julho 3.237

Parque Florestal I 1.979

Parque Florestal II 2.011

Verde Horizonte I 3.240

Verde Horizonte II 5.005

Machadinho 2.400

Parafuso 3.054

Gravatá 5.456

Ponto Certo 8.700

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NOME DO BAIRRO POPULAÇÃO DA ÁREA

Parque das Mangabas 4.256

Nova Aliança/Gleba C 1.920

Acajutiba 2.051

PHOC I 3.789

PHOC II 7.406

Gleba E 6.150

Camaçari de Dentro 3.997

Jardim Brasília 4.044

Bairro dos 46 3.541

Alto do Triangulo 4.159

Gravatá (Gleba A) 3.000

Gravatá (Cristo Redentor) 6.089

Gravatá (Alto da Cruz) 4.446

Jardim Limoeiro 2.400

Centro 2.958

Gleba B 8.851

TOTAL 164.475

Ressaltamos o fato de não somente a justificativa de uma demanda superior se dá pela

quantitativo populacional dos Bairros do entorno da UPA II Gravatá, mas, principalmente, pelo

fato de esta ser a única unidade no sistema de urgência e emergência municipal, com

complexidade adequada para atendimentos de nível intermediário na saúde do município.

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4. Justificativa para adoção do Modelo de Gestão por Organização Social

O Município de Camaçari - BA passa por um momento de reestruturação de seu modelo

gestor, no qual busca incessantemente opções de melhoria da utilização do recurso público, com

o objetivo de oferecer os melhores serviços à população, de forma digna e responsável.

Recentemente, questões voltadas à inflexibilidade das normas e leis que, por muitas

vezes, acabam por tornar o processo de gestão da coisa pública cada vez mais moroso, tem

dificultado de maneira substancial o cumprimento dos objetivos das políticas públicas,

principalmente nas questões voltadas à saúde.

Como forma de explicitar outras dificuldades também vivenciadas por outras Secretarias

de Saúde, em outros municípios ou estados, citaremos, também, os pontos levantados pelo

Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), que foram publicados em 2008, quais

sejam:

� Dificuldades de contratação, principalmente para incorporar e/ou repor recursos

humanos com agilidade, considerando as especificidades da área da Saúde Pública,

como, por exemplo, para serviços de urgência e emergência;

� Dificuldades de incorporar recursos humanos de acordo com a quantidade e necessidade

dos serviços e o perfil da clientela atendida;

� Dificuldade de reposição de estoque de insumos diversos e manutenção de

equipamentos de saúde;

� Falta de capacidade de gerência de unidades de saúde pública que dificulta a adoção de

mecanismos eficientes e resolutivos que qualifiquem o cuidado e permitam o

monitoramento e avaliação dos resultados;

� Problemas no financiamento das unidades em decorrência da forma atual de

remuneração por produção dos serviços;

� Elevado custo de manutenção;

� Falta de racionalização interna que provoca desperdícios, notadamente na área de

logística de insumos;

� Dificuldade de aplicar nas rotinas das unidades de saúde as políticas de ciência e

tecnologia e de economia à saúde (avaliação de novas tecnologias e de medicamentos);

� Baixa produtividade;

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� Dificuldades em investimentos em equipamentos medico - hospitalares e de informática;

� Desmotivação dos trabalhadores devido à inexistência de mecanismos de gerência na

administração direta que estimulam a maior produtividade, qualidade e eficiência;

� Problemas com registro da produção de serviços, que em geral é inferior ao realizado,

em virtude de uma cultura organizacional que não valoriza esse procedimento

administrativo em unidades públicas;

� Falta de flexibilidade administrativa, especialmente em relação à gestão

orçamentária/financeira, de recursos humanos e processos de compras;

� Dificuldade na aplicação de uma política salarial diferenciada e flexível para profissionais

em diferentes áreas de especialização.9

Como se pode observar no levantamento realizado para elaboração deste Projeto Técnico,

são muitas as dificuldades encontradas pelo Município de Camaçari para a efetiva gestão da

Saúde Pública Municipal, que culminou na busca da implantação de um novo modelo já utilizado

em grandes cidades como: São Paulo – SP; Rio de Janeiro – RJ; e Salvador – BA, para a

operacionalização da gestão da UPA II Gravatá.

Diante desse cenário, os estudos apontam para a adoção do Modelo de Gestão realizado

através de Organização Social, pelos benefícios já identificados e consolidados em outras

experiências, trazendo rapidez, eficiência e eficácia na gestão pública da saúde, proporcionando

à população um atendimento mais célere e de qualidade.

5. Caracterização das Organizações Sociais

As Organizações Sociais de Saúde (OSS) são instituições do setor privado, sem fins

lucrativos, que atuam em parceria formal com o Estado e colaboram, de forma complementar,

para a consolidação do Sistema Único de Saúde, conforme previsto em sua lei orgânica (Lei nº

8.080/90).

A Lei Federal nº 9.637/98 foi o marco legal para a estruturação das Organizações Sociais

autônomas, definidas como “pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas

9 Fonte: BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Gestão e Financiamento do Sistema Único de

Saúde, p. 14.

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atividades são dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à

proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde”.

No Modelo de Gestão por Organização Social, o Município continua a fomentar as

atividades de melhoria na Saúde Pública, onde exerce sobre elas um controle estratégico:

demandará resultados necessários ao atingimento dos objetivos das políticas públicas.

O Contrato de Gestão é o instrumento que regula as ações da Organização Social.

6. Principais Benefícios da Gestão por Organização Social

As Organizações Sociais gozam de uma autonomia administrativa muito maior do que

aquela possível dentro da estrutura dos órgãos da Administração Pública.

Qualificada como Organização Social, a entidade está habilitada a receber recursos

financeiros e administrar bens e equipamentos do Município, que no caso deste projeto, será a

UPA II Gravatá.

Através de um Contrato de Gestão, por meio do qual são acordadas metas de

desempenho que assegurem a qualidade e efetividade dos serviços, a Organização Social

prestará serviço de saúdeà população de Camaçari, demandante da UPA II Gravatá.

As principais vantagens da gestão por Organização Social, são:

� Contratação de pessoal dentro das condições de mercado;

� Adoção de normas próprias para compras e contratações, respeitando os princípios da

Administração Pública;

� Flexibilidade na execução do seu orçamento.

No que se refere ao modelo de gestão por Organização Social, a vantagem mais evidente

se dá por conta do estabelecimento de mecanismos de controle finalísticos, ao invés de

meramente processuais, como na Administração Pública. A avaliação da gestão da Organização

Social se dá por meio do cumprimento de metas estabelecidas no contrato de gestão, ao passo

que, na Administração Pública, o que predomina é o controle dos meios.

É de extrema importância sinalizar que o Município, por intermédio de sua Secretária de

Saúde, não deixará de controlar a aplicação dos recursos que serão transferidos para a

Organização Social, mas o fará por meio de instrumento mais eficaz: o controle por resultados,

estabelecidos no Contrato de Gestão.

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7. Critérios para Seleção da Organização Social

Para que seja alcançado o nível de excelência na prestação de serviços de uma unidade

tão complexa como uma unidade de saúde de Urgência e Emergência, é imprescindível que o

Município consiga selecionar, através de processo licitatório, uma Organização Social com

reconhecida competência nas áreas em que se pretende contratar. Com esse fim, elencamos

alguns pontos sugeridos para inclusão no Edital de Convocação, de modo a garantir a melhor

proposta técnica e financeira, devendo a Organização Social possuir:

a) Registro ou inscrição de pessoa jurídica nos Conselhos de Classe relacionados

abaixo, em plena validade, com indicação do objeto social compatível com o objeto

do processo de contratação, quais sejam:

� Conselho Regional de Medicina;

� Conselho Regional de Administração;

� Conselho Regional de Radiologia;

� Conselho Regional de Enfermagem;

� Conselho Regional de Nutrição;

� Conselho Regional de Farmácia;

� Conselho Regional de Assistência Social.

b) Comprovar que possui em seu quadro permanente, os profissionais relacionados

abaixo, para atuar como responsáveis técnicos na supervisão da execução dos

serviços objeto da contratação, acompanhado de prova da regularidade dos

mesmos perante os seus conselhos profissionais, e profissionais para atuar como

responsável técnico pela parte administrativa, com registro no Conselho Regional

de Administração reconhecido pelo Conselho Federal de Administração, numa das

formas a seguir:

� Carteira de Trabalho/CTPS, no caso de funcionário do quadro permanente;

� Contrato Social, Estatuto Social ou Ato Constitutivo;

Obs.: Não devem ser aceitos Contratos de Prestação de Serviço nem Registro do

profissional posterior a data de publicação deste edital.

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Deve ser vedado a indicação de um mesmo responsável técnico por mais de uma

instituição, fato este que inabilitará todas as envolvidas.

Relação de profissionais responsáveis técnicos que deverão constar como corpo

técnico da Organização Social:

� Responsável Técnico em Medicina;

� Responsável Técnico em Administração;

� Responsável Técnico em Radiologia;

� Responsável Técnico em Enfermagem;

� Responsável Técnico em Nutrição;

� Responsável Técnico em Serviço Social;

� Responsável Técnico em Administração Hospitalar;

� Responsável Técnico em Farmácia.

c) Comprovação de aptidão para o desempenho de atividade em contrato para gestão

de Unidades de Pronto Atendimento, em município com população superior a

250.000 habitantes, através da apresentação de um ou mais atestados fornecidos

por pessoas jurídicas de direito público ou privado, conforme segue:

� Os atestados deverão ser fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou

privado, comprovando atuação no ramo de atividade compatível com o objeto

desta licitação, constando informação de que cumpriu, ou vem cumprindo,

integralmente e de modo satisfatório;

� Não devem ser aceitos atestados emitidos por empresas do mesmo grupo

empresarial da Concorrente ou pela própria Concorrente e/ou emitidos por

empresas, das quais participem sócios ou diretores da Concorrente;

d) Comprovação de estar devidamente cadastrado no CNES – Cadastro Nacional de

Estabelecimentos de Saúde;

e) Comprovação de cadastro atualizado no CMAS – Conselho Municipal de Assistência

Social da sede da licitante.

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f) Estarão impedidos de participar de qualquer fase do processo os interessados que

se enquadrem em uma ou mais das situações a seguir:

� Declarados inidôneos por ato da Administração Pública;

� Estejam sob falência, concordata, dissoluções ou liquidações;

� Reunidos sob forma de consórcio;

� Estejam cumprindo penalidade de suspensão temporária imposta por qualquer

órgão da Administração Pública, nas hipóteses previstas no art. 88 da Lei

8.666/93;

� Enquadrados nas hipóteses previstas nos incisos I, II e III do art. 9º da Lei

8.666/93;

� Tenham funcionário ou membro da Administração Municipal, mesmo

subcontratado, como dirigente, acionista detentor de mais de 5% (cinco por

cento) do capital com direito a voto, ou controlador ou responsável técnico,

consoante o art. 9º da Lei 8.666/93.

g) Possuir Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho

– SESMT, em consonância com a legislação do Ministério do Trabalho.

Desse modo, utilizando tais critérios, consegue-se aumentar o filtro de Organizações

Sociais competentes e aptas para a operacionalização dos serviços.

8. Fiscalização e Controle

No modelo de gestão em parceria com Organizações Sociais de Saúde, o Município planeja

o serviço a ser executado, define as metas de produção e de qualidade (metas qualitativas e

quantitativas), garante os recursos orçamentários para o custeio dos serviços e cobra os

resultados previamente definidos em contrato. Neste modelo de gestão, a responsabilidade

direta pela administração da unidade é da Organização Social, que deve ser de reconhecida

competência gerencial em saúde.

A Secretaria de Saúde do Município de Camaçari deverá ser a responsável pela supervisão

e avaliação dos resultados, através de uma comissão nomeada especificamente para verificar o

cumprimento de metas estipuladas no Contrato de Gestão. Além desses pontos que são de

extrema importância, a UPA II Gravatá, que estará sob gerenciamento da Organização Social,

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deverá publicar anualmente suas contas no Diário Oficial, para a revisão do Tribunal de Contas,

que deve aprovar a sua execução.

9. Contrato de Gestão

O Contrato de Gestão é um compromisso institucional firmado entre o Município e a

Organização Social.

O objetivo do Contrato de Gestão é reforçar o atingimento das políticas públicas, mediante

o desenvolvimento de um programa de melhoria da gestão, visando conquistar uma qualidade

superior do serviço prestado ao cidadão.

No Contrato de Gestão para a operacionalização da UPA II Gravatá, utilizaremos com o

objetivo de manter o controle e a fiscalização, bem como de garantir a qualidade dos serviços

prestados à população, os seguintes critérios:

� Metas de desempenho quantitativo e qualitativo, bem como seus respectivos

indicadores;

� Obrigações e responsabilidades da Organização Social e do Município;

� O cronograma de repasse da unidade;

� Mecanismos de avaliação;

� Penalidades.

O Contrato de Gestão deve ser o instrumento chave para regular o relacionamento entre o

Município e a Organização Social, tendo por objetivo:

� Clarificar o foco da UPA II, interna e externamente;

� Oferecer uma base para se proceder a comparação entre o atual desempenho da

instituição e o desempenho desejado;

� Definir níveis de responsabilidade e responsabilização.

Acompanhamento e Avaliação do Contrato de Gestão

O acompanhamento e avaliação contínuo por parte da comissão fiscalizadora, nomeada

pela Secretaria Municipal de Saúde de Camaçari, para supervisão das atividades da Organização

Social gestora da unidade, consiste na fase mais importante, pois é dela que depende o

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atingimento da plena eficácia do contrato de gestão, fazendo dele um efetivo instrumento de

gestão estratégica para implementação das políticas públicas de saúde.

Definimos como ciclo de avaliação dos contratos de gestão da UPA II Gravatá, as

seguintes ações:

� Geração de relatórios parciais e anuais por parte da Organização Social;

� Avaliação institucional da Organização Social;

� Auditorias por parte do Município e demais órgãos de controle interno e externo;

� Demais obrigações constantes na legislação aplicável ao caso.

Os resultados devem ser continuamente avaliados pela comissão, de tal forma que o

efetivo controle seja exercido, no sentido de possíveis redirecionamentos durante o curso das

ações e não de registro ou diagnóstico posterior.

Relatórios de Desempenho

A função dos relatórios de desempenho, além de prestar contas, é prover, tanto o

Município quanto a Organização Social, de informações acerca do grau de atingimento de metas

pactuadas, conforme os indicadores definidos e segundo a sistemática de avaliação traçada. No

caso da UPA II Gravatá, será utilizado duas espécies de relatórios (prestação de contas):

� Parciais a cada trimestre (trimestral);

� Anuais (relatório final de exercício).

Os dados do relatório devem se ater a questões cruciais e devem ser apresentados de

forma concisa e compreensível ao Município a cada trimestre e a cada ano.

Os relatórios, além de prestar contas sobre a atuação da instituição, devem conter

informações que sejam úteis para a tomada de decisões, com vistas a eliminar fatores que

tenham sido identificados como constrangedores de um melhor desempenho institucional,

sempre com o foco no atendimento às diretrizes do Município e às demandas dos pacientes da

UPA II Gravatá.

O relatório deve, objetivamente, conter dados que identifiquem principalmente:

� Se os compromissos acordados no contrato de gestão são passíveis de monitoração;

� Se há compromissos que apresentam falhas graves de concepção e de viabilidade de

execução;

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� Se a instituição está sendo capaz de apontar causas e consequências de atrasos na

execução de objetivos e metas;

� Se há necessidade de atuação da Secretaria de Saúde junto a outras instâncias

governamentais, no sentido de se buscarem melhores condições de viabilidade de

atingimento dos compromissos acordados.

Auditorias

As auditorias ficam por conta dos Órgãos de Controle Interno e Externo e Tribunal de

Contas, onde deve ocorrer dentro de sua programação normal.

10. Metas

Como expusemos anteriormente, as metas são de extrema relevância para a

operacionalização da UPA II Gravatá. Desse modo, ao estipular metas de desempenho para a

operacionalização da unidade por uma Organização Social, buscamos atender aos anseios da

população de Camaçari, demandante desse serviço, e às diretrizes das Lei Orgânica do Sistema

Único de Saúde – SUS (lei 8.080). Assim, dividimos as metas em dois grandes blocos:

� Metas Quantitativas – objetiva avaliar a produtividade da unidade;

� Metas Qualitativas – objetiva avaliar a satisfação e a qualidade dos serviços prestados na

unidade.

De acordo com a avaliação do perfil epidemiológico da população de Camaçari e das

necessidades de melhoria da qualidade do sistema de saúde, elaboramos as seguintes metas

com seus respectivos Indicadores de Desempenho para a operacionalização da UPA II Gravatá:

a) Metas Qualitativas e Indicadores de Desempenho

Tabela 3: Metas Qualitativas e Indicadores de Desempenho

INDICADOR METAS FONTES DE VERIFICAÇÃO

Implantar comissão de avaliação do prontuário dos usuários atendidos

Comissão Implantada em até 30 dias, com a realização de ao menos 1 reunião por mês.

Portaria da comissão e Ata da reunião.

Implantação de Serviço Serviço implantado em até 90 dias, com retorno das demandas em até

Serviço de Ouvidoria 0800.

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Atendimento aos Usuários. 15 dias e 100% das demandas registradas.

Implantar protocolos clínicos para as patologias mais prevalentes em urgência e emergência.

Implantar ou reciclar os protocolos a cada 6 meses, com qualificação de toda a equipe.

Protocolos implantados e equipe qualificada.

Apresentação dos dados produzidos, de forma sistemática e atualizada para alimentação do sistema de informações utilizado pela Secretaria de Saúde de Camaçari.

Dados estatísticos de atendimento mensal entregue em meio magnético para serem processados pela Secretaria Municipal de Saúde de Camaçari.

Relatório mensal dos dados.

b) Metas Quantitativas e Indicadores de Desempenho

Tabela 4: Metas Qualitativas e Indicadores de Desempenho

INDICADOR METAS PONTUAÇÃO

Percentual de usuário que tiveram seu risco classificado (nº de usuários que passaram pela classificação de risco / total de usuários atendidos)

100%

Atingir 100% da meta – 200 pontos

90 a 99% da meta 180 pontos

80 a 89% da meta – 160 pontos

70 a 79% da meta – 120 pontos

Menor que 70% - não pontua.

Percentual de satisfação do usuário

Maior ou igual a 70% de bom e ótimo.

Até 70% de bom e Ótimo – 100 pontos

Entre 50 e 69% - 50 pontos

Menos de 50% - não pontua.

Tempo médio de espera entre a classificação de risco e a consulta médica, para usuários classificados como “vermelho”/ Emergência.

Atendimento Imediato

Atendimento Imediato – 100 pontos

Atendimento em 10 min – 80 pontos

Acima de 10 min – não pontua.

Tempo médio de espera entre a classificação de risco e a consulta médica, para usuários classificados como “amarelo”/Urgente.

Até 60 min

Até 60 min – 100 pontos.

De 61 min a 80 min – 50 pontos.

Acima de 80 min – não pontua.

Tempo médio de espera entre a classificação de risco e a consulta médica, para usuários classificados como “verde”/ pouco urgente.

Até 120 min

Até 120 min – 100 pontos.

De 121 min a 140 min – 50 pontos.

Acima de 140 min – não pontua.

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INDICADOR METAS PONTUAÇÃO

Tempo médio de espera entre a classificação de risco e a consulta médica, para usuários classificados como ”azul”/ não urgente.

Até 240 min

Até 240 min – 100 pontos.

De 241 min a 260 min – 50 pontos.

Acima de 260 min – não pontua.

Percentual de usuários que realizaram procedimento de “pequena cirurgia”(nº de usuários encaminhados para pequenas cirurgias / nº total de usuários que realizaram o procedimento.

100%

Atingir 100% da meta – 100 pontos.

90 a 99% da meta – 80 pontos.

80 a 89% da meta – 50 pontos.

70 a 79% da meta – 30 pontos.

Menor que 70% - não pontua.

Percentual de usuários encaminhados para internação hospitalar (número de usuários que necessitam de internação / total de usuários atendidos no mesmo período de tempo x 100.

Até 5%

Atingir a meta – 100 pontos.

90 a 99% da meta – 80 pontos.

80 a 89% da meta – 50 pontos.

70 a 79% da meta – 30 pontos.

Menor que 70% da meta – não pontua.

11. Dimensionamento de Pessoal para Operacionalização da UPA II Gravatá

Para realizar o dimensionamento de pessoal para operacionalização da UPA II Gravatá,

pela Organização Social, avaliamos basicamente os seguintes pontos:

� Necessidade de equipe para o atendimento da demanda diária;

� Requisitos da portaria nº 104 de janeiro 2014 do Ministério da Saúde;

� Carga horária das categorias profissionais que trabalham em regime de plantão;

� Número de leitos em observação contidos na unidade;

� Necessidade de forte atuação na classificação de risco dos pacientes;

� Nível de excelência da gestão feita pela Organização Social.

Nesse contexto, como demonstrado no estudo de viabilidade, no que concerne a projeção

da demanda, a UPA II Gravatá deverá atender aos seguintes quantitativos de demanda:

Tabela 5: Estimativa da Taxa de Ocupação da UPA II Gravatá (Capacidade Instalada 100%)

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ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4

MÊS % OCUP QUANT.

% OCUP. QUANT.

% OCUP. QUANT.

% OCUP. QUANT.

Mês 1 72 5580 80 6200 80 6200 79 6123

Mês 2 77 5968 85 6588 82 6355 80 6200

Mês 3 80 6200 90 6975 77 5968 81 6278

Mês 4 82 6355 88 6820 78 6045 80 6200

Mês 5 88 6820 89 6898 80 6200 79 6123

Mês 6 81 6278 85 6588 81 6278 78 6045

Mês 7 86 6665 82 6355 85 6588 77 5968

Mês 8 87 6743 80 6200 88 6820 82 6355

Mês 9 86 6665 83 6433 85 6588 81 6278

Mês 10 88 6820 83 6433 84 6510 84 6510

Mês 11 90 6975 82 6355 89 6898 83 6433

Mês 12 95 7363 85 6588 82 6355 82 6355

MÉDIA MENSAL

84,33 6536 84,33 6536 82,58 6400 80,50 6239

TOTAL ANUAL 78.430 78.430 76.803 74.865

Desse modo, para atendimento dessa demanda diária prevista e para atendimento ao

dispositivo legal do Ministério da Saúde (portaria nº104/2014), dimensionamos as seguintes

categorias profissionais com seus respectivos quantitativos:

Tabela 6: Categorias profissionais com respectivos quantitativos

CARGO C.H. SEMANAL QUANTIDADE

Médico Clínico 24 21

Médico Pediatra 24 14

Enfermeiros 30 18

Técnicos em Enfermagem 30 40

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CARGO C.H. SEMANAL QUANTIDADE

Farmacêutico 30 3

Assistente Farmacêutico 40 1

Almoxarife 40 1

Auxiliar de Almoxarifado 40 1

Técnico de Imobilização 36 8

Técnico em Enfermagem (CME) 30 2

Ajudante de Esterilização 30 2

Auxiliar de Manutenção 36 3

Assistente Administrativo 40 3

Auxiliar Administrativo 40 2

Gerente Administrativo 40 1

Gerente de Enfermagem 40 1

Copeira 36 9

Assistente Social 36 2

Nutricionista 36 2

Motorista 36 4

Maqueiro 36 6

Técnico em Informática 40 2

Mensageiro 40 1

Recepcionista 36 12

Diretor Adm. e Financeiro 40 1

Diretor Clínico 40 1

Secretária Executiva 40 1

Reiteramos que os quantitativos e cargos dimensionados no quadro acima fazem parte de

uma composição usualmente utilizada pelas Organizações Sociais de Saúde, com o intuito da

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busca da excelência e do melhor atendimento aos anseios da população. O regime de

contratação desses profissionais deve ser o da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT.

12. Dimensionamento de Serviços, Aquisições e Atividades de apoio à gestão da Organização Social

Para que se tenha maior foco na operacionalização das Unidades de Saúde, é comum que

alguns serviços que compõe o quadro de atividades e apoio técnico e operacional sejam

terceirizados, e outros tantos precisam ser adquiridos com celeridade e eficiência logística

(materiais, gases, medicamentos etc.). Desse modo, elencamos as principais rubricas

necessárias no processo de gestão de unidades de saúde no porte da UPA II Gravatá, de modo

a prever e fornecer todos os subsídios necessários para que se tenha excelência no atendimento

das demandas da população usuária dos serviços da UPA, conforme apresentado a seguir:

Tabela 7: Principais Rubricas no Processo de Gestão de Unidades de Saúde no porte da UPA II Gravatá

AQUISICÕES OPERACIONAIS

Materiais e Medicamentos

Gases Medicinais

Material de Expediente

Impressos

Uniformes

Material Gráfico

SERVIÇOS TERCEIRIZADOS

Serviço de Alimentação

Serviço de Segurança Armada

Serviço de Higiene e Limpeza

Serviço de Lavanderia

Serviços de Dedetização

Serviço de Laboratório

Serviço de Engenharia Clínica

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Serviço de Manutenção de Ar-Condicionado

Contabilidade

Consultoria

Publicações

Assessoria Jurídica

Assessoria de Imprensa

Apoio Operacional e Logístico

Pesquisa e Desenvolvimento - P& D

Tecnologia da Informação

Treinamento

Telefonia

Água e Esgoto

Energia Elétrica

Recarga de Extintores

Reparos prediais

Locação de Ambulância

Desse modo, atendemos a todas as possíveis necessidades oriundas da Organização

Sociais que fará a gestão da UPA II Gravatá.

13. Variável de Desempenho de Metas e Indicadores

Todas as rubricas mencionadas nos tópicos anteriores (Pessoal, Aquisições e Serviços

Terceirizados), referem-se ao custeio mensal da UPA II Gravatá. Desse modo, serão essas as

rubricas fixas que tiveram consequentemente os seus custos mensais orçados, conforme visto

no Estudo de Viabilidade Econômica e Financeira –EVEF apresentado junto com esse Projeto

Técnico. É imperativo afirmar que, mesmo essas rubricas sendo classificadas como fixas,

mensalmente a Organização Social terá de apresentar seus custos, com os valores de cada

rubrica claros e especificados, para fazer jus ao recebimento da parcela fixa por parte do

município.

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Ainda existe uma rubrica que completará a composição geral e orçamentária da UPA II

Gravatá: a “Variável de Desempenho”. A Variável de Desempenho nada mais é que um valor

medido em percentual que não ultrapasse 10% (dez por cento) dos custos total da Unidade.

Para que a Organização Social faça jus ao recebimento da parcela de remuneração

variável, ela terá de atingir percentuais satisfatórios das metas quantitativas e qualitativas

elencadas neste Projeto Técnico no item 10. (Metas).

Assim, a composição total do Orçamento da Unidade fica da seguinte forma:

Valor Global = 90% (parcela fixa) + 10% (parcela variável, de acordo com o atingimento

das metas quantitativas e qualitativas).

Assim, demonstramos a seguir a composição global do orçamento da UPA II Gravatá,

incluindo todas as rubricas aqui mencionadas:

Tabela 8: Demonstrativo de Despesas Projetadas para aUPA II Gravatá

ITEM VALOR

RECEITA FATURADA 1.623.041,33

Receita fixa da UPA II Gravatá 1.623.041,33

DEDUÇÃO DA RECEITA (-) 112.831,75

ISS 5% e IRPJ 1,5% 112.831,75

Outros descontos 0,00

RECEITA LÍQUIDA (=) 1.510.209,58

CUSTO DA MÃODEOBRA 987.768,44

Salários 615.432,05

Encargos, Provisões e Outros 372.336,39

Outros 0,00

AQUISIÇÕES E OUTROS CUSTOS 218.336,58

Materiais e Medicamentos 149.590,16

Gases Medicinais 7.791,53

Material de Expediente 8.900,21

Impressos 2.216,40

Uniformes 48.400,00

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ITEM VALOR

Material Gráfico 1.438,28

CUSTO COM SERVIÇOS TERCEIROS 304.104,56

Locação de Ambulância 66.000,00

Serviço de Alimentação 39.908,11

Serviço de Segurança Armada 27.511,34

Serviço de Higiene e Limpeza 17.611,62

Serviço de Lavanderia 8.681,46

Serviços de Dedetização 4.698,40

Serviço de Laboratorial 13.787,87

Serviço de Engenharia Clínica 5.500,00

Serviço de Manutenção de Ar-Condicionado 3.850,59

Contabilidade 3.190,00

Consultoria 27.500,00

Publicações 990,00

Assessoria Jurídica 5.500,00

Assessoria de Imprensa 1.980,00

Apoio Operacional e Logístico 19.705,53

Pesquisa e Desenvolvimento - P & D 6.600,00

Tecnologia da Informação 3.069,01

Treinamento 7.755,00

Telefonia 6.600,00

Água e Esgoto 9.900,00

Energia Elétrica 17.600,00

Recarga de Extintores 2.860,00

Reparos prediais 3.305,62

TOTAL GERAL DOS CUSTOS 1.510.209,58

VARIÁVEL DE DESEMPENHO (ATÉ 10 %) 151.020,96

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ITEM VALOR

RESULTADO FINANCEIRO 0,00

Como se pode observar e de acordo com o demonstrado no Estudo de Viabilidade

Econômica e Financeira – EVEF apresentado, o resultado financeiro ao final de cada mês é

R$0,00, ou seja, o que se busca é o ponto de equilíbrio entre o investimento aplicado e a sua

correta utilização, e é por esse motivo que as Organizações Sociais necessitam mensamente

entregar ao Órgão Supervisor, que no caso é a Secretaria de Saúde do Município de Camaçari, o

demonstrativo financeiro das despesas realizadas a cada mês, excetuando-se o primeiro, para,

assim, o Município possa realizar o repasse da parcela fixa mensal. Em paralelo, a Organização

Social deve, também, entregar mensalmente os dados estatísticos que levarão a avaliar o

percentual de metas alcançadas, para que então se faça jus a remuneração variável por

desempenho.

Há ainda que se destacar que o Valor da Variável por Desempenho de Metas deve ser

aplicado em sua integralidade, em ações sociais no Município de Camaçari. Essas ações podem

variar desde campanhas de atendimento médico e gratuito à população local, campanha de

vacinação, Feiras de Saúde, compra de medicamentos para distribuição à população e qualquer

outra atividade social que faça a Organização Social reverter o seu “Superávit Financeiro” em

benefício para a população, melhorando, consequentemente, a qualidade de vida do Município.

14. Resultados Esperados

Buscando minimizar as necessidades da população e qualificar os serviços de saúde

oferecidos no município, a Prefeitura Municipal de Camaçari, através da Secretaria Municipal de

Saúde, definiu como estratégia macro a implementação de uma Unidadede de Pronto

Atendimento(UPA) nova – Porte II, nos moldes estabelecidos pelo Ministério da Saúde,

atendendo a toda a legislação vigente e com qualificada assistência.

Espera-se que, com a implantação do serviço da UPA II Gravatá,o quantitativo de

atendimentos fora do perfil, hoje atendidos pela Emergência do Hospital Geral de Camaçari

(HGC) sejam reduzidos.

Para que isso seja viabilizado, a UPA II Gravatá deve manter um eficaz e eficiente

atendimento baseado no Acolhimento com Classificação de Risco, para preservar o tempo

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terapêutico das urgências,estabilizar as emergências para referenciar e ao mesmo tempo

atender a clientela primariamente ambulatorial,havendo,ainda, a necessidade de uma ação

educativa da comunidade para a Classificação de Risco,que deve permear todas as ações

voltadas à saúde.

O primeiro passo é estruturara unidade de modo que tenha a resolutividade de atender

esta proposta, sendo a segunda e mais importante ação a garantia de presença das equipes,

sem lacunas de plantão e com prioridade para o desenvolvimento da Política de Humanização.

Desta forma, a população da sede do município será atraída e fidelizada para a UPA II

Gravatá, desobstruindo a Emergência do HGC e principalmente efetivando a reorientação do

modelo assistencial.

Para o alcance deste objetivo a Secretaria Municipal de Saúde busca preencher esta

lacuna assistencial, proporcionando à população da região uma assistência mais completa,

integral, qualificada e humanizada, com boa resolutividade a um custo justo, utilizando um

modelo gerencial moderno, flexível e transparente, que permita um perfeito controle pelo Gestor

Municipal e satisfação dos usuários, que só é possível através de um instrumento balizador forte

e que possa trazer, de fato os resultados que se almeja que podem ser alcançados através do

Contrato de Gestão, através de um Modelo de Gestão por Organizações Sociais.

15. Avaliação Conclusiva

A demanda da população por serviços de excelência na saúde pública, é cada vez mais

crescente. Avaliando um sistema de saúde onde as políticas de prevenção sociais ainda carecem

muito de efetividade e de um novo modelo de atuação, entendemos que o sistema de saúde de

urgência e emergência terão seus serviços demandados cada vez mais pela população.

Partindo dessa premissa, é necessário buscar novas formas de gerir a “coisa pública”, de

modo que um modelo de gestão mais flexível e livre da morosidade comumente vista na

Administração Pública, que por vezes tem seu foco voltado para os “meios” e não para os “fins”,

se torna cada vez mais tendencioso dentro da gestão de organismos complexos como são as

unidades de saúde.

A Prefeitura Municipal de Camaçari tem por objetivo:

� Eficiência e qualidade dos serviços prestados ao cidadão;

� Redução das formalidades burocráticas para acesso aos serviços;

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� Dotação de maior autonomia administrativa e financeira, contribuindo para agilizar e

flexibilizar o gerenciamento da unidade;

� Utilização dos recursos de forma mais racional, visando à redução de custos;

� Priorização da avaliação por resultados.

Baseado nesses objetivos, o Município de Camaçari pretende qualificar o atendimento e a

gestão da UPA Gleba A/ Gravatá,utilizando um modelo de gestão que permite maior flexibilidade

na prestação dos serviços. A intenção abrange,também,manter um efetivo controle sobre a

operacionalização dos serviços.

O Município de Camaçari vem passando serias dificuldades em relação à contração e

fixação de recursos humanos na área de saúde, o que vem impactando seriamente no

funcionamento das UPAS.

É sabido que já foram deflagrados diversos processos de contratação, como a realização

de 2 (dois) Concursos Públicos, 4 (quatro) Processos Seletivos Simplificados em Regime Especial

de Direito Administrativo, Contrato Administrativo para prestação de serviços médicos, mas

nenhumas das tentativas lograram êxito na fixação do profissional em saúde na estrutura da

SESAU.

Hoje no Brasil é crescente a contratação de Entidades Filantrópicas e Sem Fins Lucrativos

para as Gestões de Unidades Hospitalares e de Pronto Atendimento, visando dar um

atendimento adequado e eficaz considerando que o tempo de respostas nestas Unidades é vital.

É notório que em diversos Municípios a contratação de Organizações Sociais para a Gestão

de Unidades Hospitalares e das UPAs vem dando resultados positivos, uma vez que a criação

das OS se configura como uma relevante estratégia de efetivação dos direitos sociais, visando

aumentar a eficiência e a qualidade dos serviços e, assim, melhor atender ao cidadão, a um

menor custo.

Não diferente de outros Municípios do Brasil, Camaçari vem enfrentando todos esses

problemas de recursos humanos na área de saúde, licitações fracassas ou desertas, dentre

outros, o que inviabiliza o atendimento de qualidade nas urgências e emergências das UPAs do

nosso Município.

De acordo com todas estas problemáticas aqui apresentadas, constata-se a inviabilidade

da Gestão Direta da UPA do Gravatá/ Gleba A.

O Município de Camaçari, através de sua Secretaria Municipal de Saúde, como foi

explanado neste Projeto Técnico, toma a decisão mais assertiva no momento, a de

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Operacionalizar a Gestão da UPA II Gravatá, através de uma parceria com a Sociedade Civil,

neste ato denominada: Organização Social.

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16. Referências

ABBAS, K. Gestão de custos em organizações hospitalares. Florianópolis, 2001.

Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção. PPGEP/UFSC.

ALMEIDA, J. J. de. Sistemas de custos em organizações hospitalares: estudo de casos. Rio de Janeiro, 1987. Dissertação de Mestrado em Ciências Contábeis. ISEC/FGV.

PONTALTI, G. A sistematização da gestão baseada em atividades (ABM) Activity-Based Management: para aplicação na área hospitalar. Caso Centro de Terapia Intensiva de um Hospital Universitário Público. Dissertação de Mestrado profissionalizante em Engenharia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 2002.

CARNEIRO, J. N. O setor público não-estatal: as organizações sociais como possibilidades e limites na gestão pública da saúde. São Paulo. 2002. Tese de Doutorado, Faculdade de Medicina, USP.

CECÍLIO, L. C. O. Inventando a mudança na saúde. Saúde em Debate. Série Didática. Campinas, 1994.

CELESTINO, P. Nó de normas. Notícias hospitalares: gestão de saúde em debate. Out/Nov, 2002, n. 39, Ano IV. Disponível em: <http://www. noticiashospitalares.com.

br/out2002/pgs/capa. htm>. Acesso em: 1o

mai. 2005.

CHERUBIN, A.; SANTOS, M. A. dos. Administração hospitalar: fundamentos. São Paulo: CEDAS (Centro São Camilo de Desenvolvimento em Administração da Saúde), 1997.

DOMINGUES, C. V. O controle externo e os novos modelos de gestão de serviços públicos. As Organizações Sociais. Tribunal de Contas do Estado da Bahia, 2000.