Projetos Lapa - RJ

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - RN Curso de Arquitetura e Urbanismo – CAU Planejamento e Projeto Urbano e Regional 05 Docente: Ruth Ataíde

Ana Luiza Sena

Iran Luiz Souza

Viviane Medeiros

Contextualização

• Contextualização; • Corredor Cultural;

• Distrito Cultural.

Intervenções na Lapa, Rio de Janeiro

Da decadência dos bairros centrais às intervenções de infill;

Três períodos: VAZ E SILVEIRA

I. séculos XVII/XIX: período de ocupação/dominação da

natureza;

2. décadas 1900/1970: período de renovação urbana;

3.décadas 1980/1990: período de preservação/revitalização

urbanas.

Quadro síntese de intervenções



Quadro síntese de intervenções



Lapa é o nome de um lugar... Morfologia urbana

irregular

Limites fluidos e móveis

Terrenos alagadiços, situados entre morros,

lagoas e pântanos

“Os bairros centrais, onde se situa a Lapa, seriam algo impreciso entre o residencial e o central, indefinidos entre o núcleo e a periferia, indeterminados entre o passado e o futuro, sem identidade, espaço nem tempo próprios” (VAZ E SILVEIRA, 1994)



Grande Reforma Urbana – Pereira Passos (1902-1906)

Abertura de eixos: Mem de Sá e Salvador de Sá;

Construção da Avenida Beira Mar e desaparecimento da praia da Lapa,

além da demolição de casas e cortiços;

PAs – Projetos de Alinhamento: Abertura ou redesenho de vias urbanas;

Período Rodoviarista: Posterior à Grande Reforma Urbana

Avenida Norte-Sul;

Melhoramento de circulação viária;





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Histórico

Transformação do tecido urbano;

Diversidade de expressões arquitetônicas de várias épocas;

Anos 20 e 30 = Lapa emergiu como o berço da boêmia carioca;

Anos 40 até 70 – processo de degradação com mais intensidade



Fonte: http://www.arquitetonico.ufsc.br/a-reforma-urbana-de-pereira-passos-no-rio-de-janeiro

Lapa – Início dos anos 20 Lapa – 1963

Fonte:http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=877776&page=57



Revitalização da Lapa – Anos 80

“Política cultural não pode ser mais do que o estímulo generoso do Estado para que a criatividade popular e erudita floresça, sem nelas jamais interferir” (Darci Ribeiro)

Recuperação dos imóveis e estímulo as potencialidades locais.



Limites físicos da intervenção

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Corredor Cultural

Contexto

Crise econômica, estabilização no crescimento populacional e a

retomada da democracia;

A carta de Veneza e a preservação dos sírios urbanos e conjuntos arquitetônicos;

Lei Corredor Cultural (1984)

• Contextualização;

• Corredor Cultural;


Fatos que contribuíram para a implantação do projeto

Iniciativa e vontade política da prefeitura;

Cooperação de atores sociais;

Forte exposição na mídia;

Isenção de IPTU na área central.




Características do Centro Histórico do Rio

Fragmentação do espaço urbano;

Mistura de prédios de várias décadas diferentes;

Alturas e tipologias diferenciadas;

Grande concentração de bens tombados pelo IPHAN. “Os bairros mais antigos do Rio de Janeiro apresentam qualidades urbanas e morfológicas com certa harmonia na ambiência”




Projeto Corredor Cultural Implantação;

Consolidação;

Estruturação;

Integração.




Projeto Corredor Cultural

População usuária;

Alteração nos tipos de uso de algumas edificações.

Padronização de letreiros;

Obras de requalificação urbana;

Entre 1993 e 1996: U$ 100.000.000,00.




Praça XV de Novembro




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Cinelândia




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Largo Carioca




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Largo da Lapa




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APACS

Uma das principais consequências positivas do projeto do Corredor Cultural foi a decretação de outras Áreas de Proteção.

Áreas de Proteção do Ambiente Construído (APACS) :

Desejavam a melhoria das condições de habitação nas áreas intervidas, sem mudar a morfologia e o valor cultural das edificações.

Buscavam intensificar a vida econômica e cultural através dos valores do próprio bairro.

Evitam a desertificação das áreas degradadas.




APACS A legislação para áreas centrais deve ser direcionada no sentido de

incentivar a moradia no centro.

Não basta projetos que mantenham seu foco no comércio e na cultura, é necessário um programa de ocupação habitacional.

“As políticas urbanas cariocas destinadas a proteger o patrimônio devem privilegiar a função habitacional, reabilitar a estrutura funcional e a qualidade ambiental, valorizar e preservar o patrimônio edificados, reordenar o sistema viário e o estacionamento, implementar medidas contra incêndios e qualificar o ambiente urbano sem proceder à descaracterização em pastiches sem valor histórico ou estético.”




Projeto Distrito Cultural da Lapa

O projeto

Consistia na “destinação de imóveis próprios estaduais, não afetados ao

uso comum do povo ou ao uso especial e alocados ao poder executivo

estadual ou pertencente a entidades vinculadas, para atividades

culturais e outras correlatas”;

Para o projeto de arquitetura, as intervenções deveriam ser realizadas

em nove imóveis, divididos em duas categorias: Novas Edificações e

reconversões/restaurações.



Objetivos

Objetivo = requalificação do “bairro” da Lapa, mediante o

desenvolvimento de diversas ações interligadas;

Viabilizado por intermédio de uma ampla parceria entre o poder

público, a iniciativa privada, a comunidade local, as instituições

acadêmicas e outras entidades da sociedade civil;

O projeto Previa o estabelecimento de diálogo entre a comunidade e as

instituições, e levantamento de recursos financeiros na iniciativa

privada.



Áreas de Atuação, Área Física do Projeto, Metas e Cronograma de Execução Física

Abrange: atividades teatrais, ópera, dança, música, artes gráficas, vídeo,

literatura, patrimônio cultural, rádio educativo – cultural e

manifestações da cultura afro – brasileira.

Outras atividades: Capacitação de recursos humanos e no

desenvolvimento de atividades de pesquisa, documentação e

informação.

Abrangência física: Bairro Centro (onde se encontra a área da Lapa)

estendendo-se a bairros periféricos como o da Glória, Catete, Santa

Teresa e Fátima.



Áreas de Atuação, Área Física do Projeto, Metas e Cronograma de Execução Física

Metas: Definição dos Espaços Imobiliários, Definição de parcerias

potenciais, coordenação e execução do projeto, lançamento do projeto

para o mercado, captação e definição dos meios de disponibilização dos

recursos financeiros, aporte de recursos financeiros e realização de

obras.



Regeneração Cultural?

A adequação da cidade às exigências da nova economia, gerou

renovações no campo do urbanismo e do planejamento urbano;

Formas de intervenções: desde o embelezamento, que geravam

reformas urbanas clássicas de intervenções e de renovação urbana,

passando pela revitalização ou reabilitação urbana e pelo projeto

urbano, paralelamente ao planejamento estratégico e ao marketing

urbano dos anos 1990;




Regeneração Cultural = Intervenção em áreas consolidadas por meio do

planejamento e do projeto urbano em ênfase na cultura (Wansborough

e Maggeean, 2000: 181-97);

EUROPA = Mescla dos dois princípios: Reabilitação do espaço histórico

existente e a criação de equipamentos culturais como âncoras de

projeto;

Alguns ambientes culturais utilizam-se do espaço publico próximo,

estendendo suas atividades;




Comum = Espaços culturais aparecerem sem qualquer tipo de

intervenção;

Ideal = Planejamento e desenho Distritos Culturais;

Distrito Cultural: área espacialmente distinta e limitada que contém alta

concentração de ofertas culturais (Wansborough e Maggeean, 2000:

181);



Regeneração Cultural? (Conclusão)

Do ponto de vista urbanístico, mesmo com a desfiguração ou

degradação da paisagem e da morfologia, a Lapa revela grandes

chances de renascer, regenerar seu tecido, tantas vezes agredido pelo

poder publico;

Lapa = Caso precursor e atípico de Regeneração Cultural, em escala

nacional.



Museu do Som (Obras)



In: Artigo Distrito Cultural da Lapa

Revitalização do eixo da av. Men de Sá



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Festa da entrega do Lampadário da Lapa



In: A

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Referências INSTITUTO BRASILEIRO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (IBDS), Forúm Patrimonio: Ambiente Construído, Patrimônio Sustentável. Belo Horizonte. IBDF/UFMG/Cedoral, 2007. VARGAS, Heliana Comin; CASTILHO, Ana Luiza Howard de (org). Intervenções em centros urbano: objetivos, estratégias e resultados. Baruerí: Manole, 2006.

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