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Propaganda Oficial e
Política Regras para os
Municípios
Dia 17 - das 13h30 às 17h30
A Publicidade Oficial dos Municípios
Dia 18 - das 9h às 12h
As Regras para a Propaganda Política 2016
Nome:
A Unipública
Conceituada Escola de Gestão Municipal do sul do país, especializada em capacitação e treinamento de agentes
públicos atuantes em áreas técnicas e administrativas de prefeituras, câmaras e órgãos da administração indireta, como fundos,
consórcios, institutos, fundações e empresas estatais nos municípios.
Os Cursos
Com diversos formatos de cursos técnicos presenciais e à distância (e-learning/online), a escola investe na qualidade
e seriedade, garantindo aos alunos:
- Temas e assuntos relevantes e atualizados ao poder público
- Professores especializados e atuantes na área (Prática)
- Certificados de Participação digitalizado
- Material complementar de apoio (leis, jurisprudências, etc)
- Tira-dúvidas durante realização do curso
- Controle biométrico de presença (impressão digital)
- Atendimento personalizado e simpático
- Rigor no cumprimento de horários e programações
- Fotografias individuais digitalizadas
- Apostilas e material de apoio
- Coffee Breaks em todos os períodos
-Acesso ao AVA (Ambiente Virtual do Aluno)para impressão de certificado, grade do curso, currículo completo dos
professores, apostila digitalizada, material complementar de apoio de acordo com os temas propostos nos cursos, chat
entre alunos e contato com a escola.
Público Alvo
- Servidores e agentes públicos (secretários, diretores, contadores, advogados, controladores internos, assessores,
atuantes na área de licitação, recursos humanos, tributação, saúde, assistência social e demais departamentos) .
- Autoridades Públicas, Vereança e Prefeitos (a)
Localização
Nossa sede está localizada em local privilegiado da capital do Paraná, próximo ao Calçadão da XV, na Rua Des.
Clotário Portugal nº 39, com estrutura própria apropriada para realização de vários cursos simultaneamente.
Feedback
Todos os cursos passam por uma avaliação criteriosa pelos próprios alunos, alcançando índice médio de satisfação
9,3 no ano de 2014, graças ao respeito e responsabilidade empregada ao trabalho.
Transparência
Embora não possua natureza jurídica pública, a Unipública aplica o princípio da transparência de seus atos mantendo
em sua página eletrônica um espaço específico para esse fim, onde disponibiliza além de fotos, depoimentos, notas de
avaliação dos alunos e todas as certidões de caráter fiscal, técnica e jurídica.
Qualidade
Tendo como principal objetivo contribuir com o aperfeiçoamento e avanço dos serviços públicos, a Unipública
investe no preparo de sua equipe de colaboradores e com rigoroso critério, define seu corpo docente.
Missão
Preparar os servidores e agentes, repassando-lhes informações e ensinamentos gerais e específicos sobre suas
respectivas áreas de atuação e contribuir com:
a) a promoção da eficiência e eficácia dos serviços públicos
b) o combate às irregularidades técnicas, evitando prejuízos e responsabilizações tanto para a população quanto para
os agentes públicos
c) o progresso da gestão pública enfatizando o respeito ao cidadão
Visão
Ser a melhor referência do segmento, sempre atuando com credibilidade e seriedade proporcionando satisfação aos
seus alunos, cidadãos e entidades públicas.
Valores
Reputação ilibada
Seriedade na atuação
Respeito aos alunos e à equipe de trabalho
Qualidade de seus produtos
Modernização tecnológica de metodologia de ensino
Garantia de aprendizagem
Ética profissional
SEJA BEM VINDO, BOM CURSO!
Telefone (41) 3323-3131 / Whats (41) 8852-8898
www.unipublicabrasil.com.br
Programação:
Dia 17 - das 13h30 às 17h30
A Publicidade Oficial dos Municípios
1 Princípio constitucional
2 Publicidade, transparência e controle
3 Desmembramentos:
a) obrigatória
b) facultativa (institucional)
4 Meios de veiculação:
a) órgão oficial (impresso e ou eletrônico)
b) mídias eletrônicas oficiais (site, face, instagram, blog, etc)
c) veículos terceirizados
5 Formas de contratação pelo município:
a) licitação
b) inexigibilidade
c) dispensa
d) credenciamento
6 Promoção Pessoal
7 Abuso de Poder
8 Proibições em ano eleitoral
9 Limitações em ano eleitoral:
a) gastos
b) publicidade e bens públicos
c) divulgações eleitoreiras
d) outros atos vedados
10 Incidência da Legislação Local no Período Eleitoral
11 Poder de Polícia
12 Instruções Municipais para evitar ilicitudes no período
Dia 18 - das 9h às 12h
As Regras para a Propaganda Política 2016
1 Desmembramentos:
a) propaganda partidária
b) propaganda intrapartidária
c) propaganda eleitoral
2 Momentos:
a) propaganda antecipada (extemporânea)
b) propaganda de campanha
3 Propaganda negativa
4 Propagandas vedadas
5 Direito de Resposta
6 Regras específicas da propaganda política em 2016:
a) outdoor
b) brindes
c) impressos de propaganda
d) alto-falantes ou amplificadores
e) carro de som
f) trio elétrico e minitrio
g) comícios
h) showmício
i) utilização de símbolos e imagens
j) simuladores de urnas eletrônicas
k) bens públicos
l) bens particulares
m) placas
n) faixas
o) cartazes
p) pinturas
q) internet
r) mensagens eletrônicas
s) carreata
t) caminhada ou passeata
u) propaganda na imprensa
v) propaganda no dia das eleições
x) retirada da propaganda após as eleições
7 Outros temas interligados:
a) roteiro de prazos (calendário do TSE)
b) pesquisa eleitoral
c) desincompatibilizações
d) inelegibilidade
8 Procedimentos Judiciais e Penas Aplicáveis:
a) ações eleitorais
b) crimes eleitorais
c) recursos eleitorais
d) penas
Professores:
Jonias de O. e Silva: Advogado e Consultor - Especialista em Administração Pública e Direito Constitucional
Luiz Fernando Pereira: Advogado e Consultor jurídico, doutor e Mestre em Direito Processual Civil, professor universitário,
autor de livros e artigos jurídicos.
Sumário
A PUBLICIDADE OFICIAL DOS MUNICÍPIOS ................................................................................. 1
AS REGRAS PARA A PROPAGANDA POLÍTICA 2016 .................................................................... 9
1
Curso: Propaganda Oficial e Política Regras para os Municípios – 17 e 18 de Março de 2016 /Curitiba-PR
A PUBLICIDADE OFICIAL DOS MUNICÍPIOS
Jonias de O. e Silva
De modo geral, os termos PUBLICIDADE e PROPAGANDA se equivalem, quando se trata da divulgação
oficial pelos órgãos públicos.
No entanto, numa melhor análise, podemos separa-las!
É que o termo propaganda é mais amplo, sendo utilizado também pela iniciativa privada.
E pelo próprio poder público, quando na oferta de produto ou serviço que tenham concorrência no mercado.
Aliás, propaganda tem a ver com mercado...
Já a publicidade, é derivada de “levar a público”, mais no sentido de obediência ao ditame constitucional de
divulgação dos atos e ações do poder público.
Inclusive, a publicidade foi instituída como um dos 5 (cinco) princípios básicos da Administração Pública (art.
37, caput, da CF).
Com isso, tem-se que com a publicidade o gestor realiza a prestação de contas, promove transparência em
sua gestão, e permite o melhor controle da coisa pública.
Ou seja:
Todos são interligados!
Publicidade
Transparência
Prestação de Contas
Controle
2
Curso: Propaganda Oficial e Política Regras para os Municípios – 17 e 18 de Março de 2016 /Curitiba-PR
02 Transparência Pública no Brasil
Desde o nascimento de nossa pátria, em 22 de abril de 1500, a população jamais teve acesso ás formas de
utilização dos bens públicos e de administração dos recursos financeiros arrecadados do próprio povo.
Tanto a monarquia (até 14 de novembro de 1889), quanto no governo civil que comanda o país de lá pra cá,
praticamente todos os gestores não tinham a obrigação ou o costume de prestar contas de seus atos.
É certo que o faziam, mas de forma genérica, apenas para órgãos de controle.
O povo (contribuinte direta ou indiretamente), não conseguia individualmente saber do que se passava no
âmbito dos Poderes da nação.
No entanto, com o advento da globalização e da evolução rápida e espetacular das tecnologias de comunicação,
houve também um grande avanço nos direitos dos cidadãos.
Aqui no Brasil, após a Constituição Federal de 1988, muito se conquistou desses direitos.
A própria Carta Magna reservou uma lista grande de direitos e garantias individuais e coletivas (em especial,
nos art. 5º, 6º e 7º).
03 Transparência Pós-CF/88
De toda forma, criando verdadeiro divisor na história do Brasil, a nossa CF/88 acendeu nos nacionais o desejo
de conhecer de perto e participar da vida do país.
Mais que isto: passou a discutir os seus direitos enquanto membros da nação.
Representados no governo, tanto nas casas legislativas, quanto nos demais poderes (Executivo e Judiciário),
passamos a conquistar espaço e elaborar instrumentos que exigem (forçam) os gestores a dar transparência em sua
atuação.
Dentre esses instrumentos, podemos citar a Lei de Responsabilidade Fiscal, que desde o seu nascimento (em
2000) já previa certas obrigações aos governantes, para levar ao povo o conhecimento de seus atos e ações.
Mas foi exatamente em 2010, pela Lei Complementar nº 131 de 27 de maio de 2009, que houve uma
implementação maior da obrigatoriedade de transparência nos meio público, aplicando-se, inclusive, regras específicas
sobre a divulgação tecnológica via internet.
Com isso, desencadeou no Brasil, em todos os órgãos públicos, a obrigação de publicar mais amplamente as
informações que poderiam ter o interesse público.
Essa é a chamada Transparência Ativa, pois, independentemente de alguém solicitar, o órgão público tem a
obrigação de divulgar.
E diga-se mais:
A divulgação (publicação) deverá ser eficiente e eficaz.
Ou seja:
O canal disponibilizado deverá ser de boa qualidade, permitindo o acesso de forma rápida e fácil, e evitando os
subterfúgios (mesmo que da tecnologia) para esconder dados e informações.
A Lei Complementar Federal nº 101/2000, mais conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), exige
que ocorram publicações trimestrais.
04 Prestação de Contas
Dar conhecimento ao contribuinte do que o gestor faz com os recursos públicos é prestar contas.
Seguindo a evolução social humana, sobretudo após a identificação da figura do estado moderno (povo,
território, governo), a exigência de os governantes ou particulares dar satisfação aos contribuintes sobre o uso e
aplicação dos recursos públicos (financeiros e de bens) tem crescido mais e mais.
Já na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, elaborada e aceita por muitos povos na era da
Revolução Francesa (1789), consta essa exigência:
“Art. 15 – A Sociedade tem o Direito de pedir conta a todo agente público de sua administração.”
Segundo o texto divulgado no site do Tribunal de Contas do Estado do Paraná:
“A Prestação de Contas é dever constitucional dos que utilizam, arrecadam, guardam, gerenciam ou administram
dinheiros, bens e valores públicos.”
http://www1.tce.pr.gov.br/conteudo/prestacao-de-contas-municipios/214
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Curso: Propaganda Oficial e Política Regras para os Municípios – 17 e 18 de Março de 2016 /Curitiba-PR
05 Publicidade Oficial Obrigatória
Dentre eles, a obrigação ao Estado de promover a divulgação de seus atos e ações, tornando a publicidade um
dos princípios básicos da Administração Pública (art. 37, caput).
É que o legislador constituinte entendeu como sendo prioridade a divulgação dos atos e ações dos governantes,
para que o povo (contribuinte-eleitor) acompanhe as atuações dos eleitos, bem como, com a coisa pública.
Embasadas na Carta Maior da República, muitas leis editadas depois de 1988 criaram obrigação de publicar
certos atos, quando se tratar de recursos públicos (financeiros, patrimoniais, funcionais, etc.).
Os Atos Oficiais de publicação obrigatória, devem ser divulgados em um único meio de comunicação,
escolhido por cada ente da federação, conforme previsão na legislação esparsa (licitações-contabilidade-tributação-
orçamentária...).
No caso do Municípios, deverá ser apenas 01 para o Executivo e para o Legislativo, contratado por Licitação,
cuja homologação deverá ocorrer após Autorização Legislativa.
06 Publicidade oficial Facultativa
A CF de 1988 também autorizou despesas com a divulgação de caráter educativo e informativo, ou de
orientação social (art. 37, §1º).
No entanto, de lá pra cá muita polêmica foi gerada, discutindo sobre o que poderia se aceitar, referente às
despesas com publicidade.
É que a interpretação anterior impunha uma separação severa na publicidade oficial, entre a obrigatória e a
facultativa.
Entendia-se que a obrigatória era apenas aquela especificada na lei, como a publicação de atos como: leis,
decretos, portarias, resoluções, editais...
Quando se divulgava as ações do poder público, questionava-se se aquela despesa se enquadrava como
educacional, de orientação social, ou de informação exigida (serviços de utilidade pública).
07 Publicidade Institucional
Porém, com a evolução do conceito, e com a crescente demanda do povo sobre a atuação do poder público e
as ações governamentais, ampliou-se em muito as possibilidades de realizar despesas para esse fim.
Portanto, além da publicação obrigatória e daquelas enquadradas como “serviços de utilidade pública” ,
passou-se a entender que o gestor deva divulgar amplamente as atividades de cada órgão público, para manter a
população por dentro dos acontecimentos que envolvem recursos dos contribuintes.
De certo modo, essa divulgação não obrigatória, pode ser considerada como publicidade institucional, pois,
além de informar ao povo sobre as ações do órgão, promove este diante da opinião pública, fortalecendo-o
institucionalmente.
E para essa divulgação, o TCE/PR definiu que os poderes municipais (Executivo e Legislativo) poderão
contratar serviços de comunicação tanto diretamente, quanto por intermédio de agências (de comunicação ou de
publicidade).
No caso de contratação de agências, as regras a serem obedecidas deverão ser aquelas da lei federal nº
12.232/2010. (Vide cópia da Lei no material eletrônico)
Resumindo, as regras do TCE/PR, para a comunicação institucional é:
1- Serviços de criação e administração da publicidade, exigem contratação de Agência de Comunicação (ou de
Publicidade), por Licitação no tipo TÉCNICA e PREÇO, por exigência da Lei nº 12.232/2010.
A Comissão de Licitação, se não possuir conhecimentos técnicos da área, deverá nomear SUB-COMISSÃO,
para julgar a melhor técnica.
2- Para contratar os serviços para objeto específico, como por exemplo, para produzir jornal (impresso ou
eletrônico), programa de rádio ou TV, ou outros tipos de comunicação, poderá ser feita a licitação apenas pelo
MELHOR PREÇO.
Mas para isso, terá que indicar exatamente o tipo do serviço (por ex: tamanho do jornal, quantas páginas,
periodicidade, etc.).
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Curso: Propaganda Oficial e Política Regras para os Municípios – 17 e 18 de Março de 2016 /Curitiba-PR
Insta lembrar, também, que a partir de 2006, o TCE/PR passou a autorizar as Câmaras Municipais a publicar
não apenas seus atos oficiais, mas também, a contratar emissoras de Radiodifusão, de Televisão a cabo ou de sites de
internet, ou outros serviços de publicidade e de propaganda (Acórdão 1139/2006 – Prejulgado 02), para divulgar:
a)- transmissões de sessões
b)- divulgação e transmissão de audiências públicas
c)- mensagens alusivas a eventos, serviços, campanhas, programas e homenagens a personalidades
Porém, instruiu e indicou obediência:
a)- ao planejamento orçamentário e financeiro da entidade
b)- princípios constitucionais do caput do art. 37 da Magna Carta Federal
c)- §1º, art. 37, da Constituição da República
d)- as normas contidas na Lei de Licitações - Lei Federal nº 8666/93
e)- as regras da Lei de Responsabilidade Fiscal
f)- indicações da Lei de Imprensa.
Lembrando que existem Atos Oficiais que devem ser obrigatoriamente divulgados em um único meio de
comunicação, escolhido por cada ente da federação, conforme previsão na legislação esparsa (licitações-contabilidade-
tributação-orçamentária...).
E atenção!
O Órgão Oficial nos Municípios deverá ser apenas 01, para o Executivo e para o Legislativo, contratado por
Licitação, cuja homologação deverá ocorrer após Autorização Legislativa.
Vide Acórdão nº 409760-5 do TJ/PR e Processo nº 229723/06 do TCE/PR, no AVA.
Inclusive, o Município poderá optar por apenas um Diário Oficial Eletrônico, ou este e mais o Diário Oficial
Impresso, segundo o TCE/PR (Acórdão nº 3830/13).
Aliás, o TCE/PR, passou a autorizar as Câmaras Municipais a partir de 2006, a publicar não apenas seus atos
oficiais, mas também, a contratar emissoras de Radiodifusão, de Televisão a cabo ou de sites de internet, ou outros
serviços de publicidade e de propaganda (Acórdão 1139/2006 – Prejulgado 02), para divulgar:
- transmissões de sessões
- divulgação e transmissão de audiências públicas
- mensagens alusivas a eventos, serviços, campanhas, programas e homenagens a personalidades
Porém, instruiu e indicou obediência:
- ao planejamento orçamentário e financeiro da entidade
- princípios constitucionais do caput do art. 37 da Magna Carta Federal
- §1º, art. 37, da Constituição da República
- as normas contidas na Lei de Licitações - Lei Federal nº 8666/93
- as regras da Lei de Responsabilidade Fiscal
- indicações da Lei de Imprensa.
Atenção, de novo!
: A lei federal nº 12.232/2010, criou regras específicas para a contratação de serviços de publicidade prestados
por intermédio de agências de propaganda. (Vide cópia da Lei no material eletrônico)
O TCE/PR definiu que os poderes municipais (Executivo e Legislativo) poderão contratar serviços de
comunicação tanto diretamente, quanto por intermédio de agências (de comunicação ou de publicidade).
Resumindo
a)- Serviços de criação e administração da publicidade, exigem contratação de Agência de Comunicação (ou de
Publicidade), por Licitação no tipo TÉCNICA e PREÇO, por exigência da Lei nº 12.232/2010.
A Comissão de Licitação, se não possuir conhecimentos técnicos da área, deverá nomear SUB-COMISSÃO,
para julgar a melhor técnica.
b)- O TCE/PR tem se posicionado (vide acórdão 308/2012 no AVA) no sentido de que a contratação dos serviços
para objeto específico, como por exemplo, para produzir jornal (impresso ou eletrônico), programa de rádio ou
TV, ou outros tipos de comunicação, poderá ser feita a licitação apenas pelo MELHOR PREÇO.
Mas para isso, terá que indicar exatamente o tipo do serviço (por ex: tamanho do jornal, quantas páginas,
periodicidade, etc.).
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Curso: Propaganda Oficial e Política Regras para os Municípios – 17 e 18 de Março de 2016 /Curitiba-PR
08 Publicidade Oficial em Período Eleitoral!
Referentemente aos gastos com publicidade e propaganda em período eleitoral, o Tribunal de Contas do Paraná
(TCE/PR) editou em 2011 o Prejulgado nº 13 (acórdão 892/2011), tratando do assunto.
Na definição da Corte, as regras básicas são:
1º - o TCE tem competência para analisar esse ponto quando da Prestação de Contas Anuais;
2º - Para o período de três meses que antecedem as eleições, ou seja, basicamente, nos meses de julho, agosto e
setembro, a lei eleitoral, em seu art. 73, VI, “b”, permite apenas os gastos com publicidade em situações de grave
e urgente necessidade pública, cabendo apenas à Justiça Eleitoral o reconhecimento dessas exceções em sede de
consulta;
3º - Para o período que se encerra três meses antes do pleito, ou seja, o primeiro semestre do ano eleitoral, a
análise deverá levar em conta a média anual dos três anos anteriores ou do ano anterior, qual for a menor.
Conforme decisão do TSE, esse exame levará em conta a média anual ficando vedada a adoção de qualquer outra
proporcionalidade seja mensal ou semestral;
4º - As implicações da extrapolação dos limites dos gastos com publicidade previstos na lei eleitoral serão ditadas
pela análise contextual de cada caso.
Agora, com a alteração do inciso VII do art. 73, da Lei 9.504/97, pela Lei nº 13.165/2015 (reforma política), é
provável que o TCE volte a se manifestar sobre tais regras.
Mas entendemos que manterá seu posicionamento, eis que já acompanhava a jurisprudência no mesmo sentido
dessa alteração...
E diga-se de passagem, a Corte de Contas paranaense julgou e condenou vários gestores municipais, por
extrapolação dessa despesa!
Vide decisões no AVA.
Como visto, na confecção da Lei Eleitoral (9.504/97), tanto na via original quanto nas alterações inseridas, o
legislador pensou várias situações nas quais o poder público poderá influir no pleito, por intermédio do “uso da
máquina”, ou promovendo desigualdades entre os candidatos.
E impôs vedações e limites, para coibir tais condutas.
E uma das vias mais importantes de imposição de controle, é a da publicidade e da propaganda.
Inclusive, começa proibindo que o poder público faça qualquer tipo de doação a candidatos, “inclusive por meio
de publicidade de qualquer espécie”.
Vejamos:
“Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em dinheiro ou estimável em
dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer espécie, procedente de:
I - entidade ou governo estrangeiro;
II - órgão da administração pública direta e indireta ou fundação mantida com recursos provenientes do Poder
Público;
III - concessionário ou permissionário de serviço público;
IV - entidade de direito privado que receba, na condição de beneficiária, contribuição compulsória em virtude de
disposição legal;
...
X - organizações não-governamentais que recebam recursos públicos;
XI - organizações da sociedade civil de interesse público.”
Outra vedação da Lei 9.504/97 ligada à publicidade (divulgação), está no art. 57-E, onde adverte:
“São vedadas às pessoas relacionadas no art. 24 a utilização, doação ou cessão de cadastro eletrônico de seus
clientes, em favor de candidatos, partidos ou coligações.”
Ora!
Mais do que justa essa proibição, pois, além de proteger contra a divulgação do cadastro das pessoas, ainda
evita o abuso político e o desequilíbrio entre candidatos.
Pois bem!
A lista de vedações legais do art. 73 da Lei 9.504/97 inclui propaganda e publicidade institucional:
“VI - nos três meses que antecedem o pleito:
...
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Curso: Propaganda Oficial e Política Regras para os Municípios – 17 e 18 de Março de 2016 /Curitiba-PR
b) com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado, autorizar publicidade
institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos federais, estaduais ou
municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade
pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral;
...
VII - realizar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos órgãos públicos federais,
estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, que excedam a média dos gastos no
primeiro semestre dos três últimos anos que antecedem o pleito; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)”
Inclusive, a propaganda política é proibida em bens públicos (uso comum, especiais e dominiais).
Entretanto, no âmbito do Poder Legislativo (Câmara, no Município), a lei deixou a critério da Mesa Diretora a
regulamentação do uso dos bens para a divulgação política:
“Art. 37. Nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público, ou que a ele pertençam, e nos
bens de uso comum, inclusive postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes,
paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos, é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza,
inclusive pichação, inscrição a tinta e exposição de placas, estandartes, faixas, cavaletes, bonecos e
assemelhados. (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015)
...
§ 3º Nas dependências do Poder Legislativo, a veiculação de propaganda eleitoral fica a critério da Mesa
Diretora.”
Por isto, colacionamos no AVA alguns exemplos e minuta de Ato Regulamentar para as Casas Legislativas.
De se lembrar que o caput do art. 37 da CF inclui a publicidade como um dos princípios básicos da
Administração Pública.
É que o legislador constituinte entendeu como sendo prioridade a divulgação dos atos e ações dos governantes,
para que o povo (contribuinte-eleitor) acompanhe as atuações dos eleitos, bem como, com a coisa pública.
E indo além, a CF advertiu:
“Art. 37...
...
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.”
§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade
responsável, nos termos da lei.”
09 Incidência da Legislação Local e Poder de Polícia
Há três espécies de propaganda que, juntas, formam o gênero propaganda política:
- propaganda partidária
- propaganda intrapartidária
- propaganda eleitoral
A propaganda eleitoral é a realizada por candidatos, partidos políticos e coligações para divulgar plataformas
eleitorais e candidatos, sempre em língua nacional, com o específico objetivo de obter o voto do eleitor e influenciar no
pleito.
Para a promoção da democracia, fortalecimento dos partidos, o bom desempenho dos pleitos e liberdade dos
candidatos, o legislador impõe inúmeras regras, as quais, desobedecidas, podem gerar multas, impedimentos, cassações
e até penalidades criminais.
Para tanto, o Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65) adverte a que:
“Art. 249. O direito de propaganda não importa restrição ao poder de polícia quando êste deva ser exercido em
benefício da ordem pública.”
E a Lei Eleitoral (9.504/97) também especifica:
7
Curso: Propaganda Oficial e Política Regras para os Municípios – 17 e 18 de Março de 2016 /Curitiba-PR
“Art. 41. A propaganda exercida nos termos da legislação eleitoral não poderá ser objeto de multa nem cerceada
sob alegação do exercício do poder de polícia ou de violação de postura municipal, casos em que se deve proceder
na forma prevista no art. 40.
§ 1o O poder de polícia sobre a propaganda eleitoral será exercido pelos juízes eleitorais e pelos juízes designados
pelos Tribunais Regionais Eleitorais.
§ 2o O poder de polícia se restringe às providências necessárias para inibir práticas ilegais, vedada a censura
prévia sobre o teor dos programas a serem exibidos na televisão, no rádio ou na internet.”
E como se pode constatar acima, a legislação afirma que:
“O poder de polícia sobre a propaganda eleitoral será exercido pelos juízes eleitorais e pelos juízes designados
pelos Tribunais Regionais Eleitorais.” (Art. 41, §1º, da Lei 9.504/97)
Entretanto, é comum encontrar na jurisprudência eleitoral, discussões acerca de regulamentação local sobre
questões ligadas às eleições oficiais para cargos eletivos dos Poderes Executivo e Legislativo nos Municípios.
É que os atos de campanha poderão afetar:
- Higiene Pública
- Estética Urbana
- Sossego Público
- Meio ambiente
- Trânsito
E o Município, que possui o Poder de Polícia para manter a ordem e o bem comum, vez ou outra toma
providências para coibir certas práticas durante o pleito.
Segundo o saudoso mestre Hely Lopes Meirelles:
“Poder de Polícia é a faculdade de que dispõe a administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo
de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado.”
In - Direito Municipal, Malheiros, 15ª edição, 2006, pág. 469
Para a realização de seu Poder de Polícia, a Administração Pública (Executivo) deverá estar embasada em
legítimo regulamento, fiscalizar e aplicar penalidades, possuindo inclusive certa força coercitiva.
Por isto, necessária se faz a análise sobre esse ponto, para orientação e tomada de decisões.
Pois bem!
A Constituição Federal assevera o seguinte:
“Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho”
...
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
...
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e
aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios
estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
...
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber” Assim, encontramos na Constituição Federal a assertiva de que a legislação eleitoral é de competência da União
Federal, enquanto que a manutenção da ordem local, criando regras próprias ou complementando a legislação superior.
Razão pela qual, surgiram e continuarão surgindo indagações sobre como a Administração Municipal deverá
agir para a manutenção da ordem pública local.
Por algum tempo, o Judiciário repeliu a atuação do Município na fiscalização da propaganda eleitoral, alegando
que a competência era exclusiva (privativa) da Justiça eleitoral, por ordem legal.
Entendia-se que, pelo fato da competência legislativa da União nessa área, o Poder de Polícia seria unicamente
desta.
Todavia, o TSE tem pacificado entendimento no sentido de que, a princípio, esta de fato é a regra.
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Porém, em algumas situações peculiares, pode-se aplicar o Poder de Polícia Municipal também, desde que
exista legislação local e que esta não ultrapasse os parâmetros delineados pelo regramento e princípios eleitorais.
Inclusive, o TSE tem aplicado o art. 243, inciso VIII, do Código Eleitoral (Lei 4.737/65), que assevera:
“Art. 243. Não será tolerada propaganda:
...
VIII - que prejudique a higiene e a estética urbana ou contravenha a posturas municiais ou a outra qualquer
restrição de direito” Vejamos um julgamento recente do TSE:
“ELEIÇÕES 2008. Agravo regimental em recurso especial eleitoral. Representação por propaganda eleitoral de
dimensões superiores ao legalmente permitido. Limites da legislação municipal: prevalência sobre a norma
eleitoral. Art. 243, inc. VIII, do Código Eleitoral. Precedentes. Agravo regimental ao qual se nega provimento.”
In - Ac. do TSE no Agravo Regimental em Recurso Especial Eleitoral nº 35134, de 17/02/2011, Rel. Min. Carmen
Lúcia Antunes Rocha, publicado no DJE de 07/04/2011.
Na verdade, está-se diante de um conflito de normas, resolvendo-se pelo princípio da hierarquia das leis:
Vale a norma superior, tornando-se a inferir inconstitucional. No entendimento atual de alguns Tribunais, só poderá ser aplicada a Legislação Local nos casos de
extrapolação dos limites da propaganda, onde não esteja previsto pela Legislação Superior e, mesmo assim, apenas a
Justiça Eleitoral possui Poder de Polícia sobre esse tema.
Vejamos um julgado do TRE/MG:
“O poder de polícia sobre a propaganda eleitoral será exercido pelos juízes eleitorais e pelos juízes designados
pelos Tribunais Regionais Eleitorais.
É quanto basta para constatar que os órgãos de fiscalização municipal não podem intervir no controle da
propaganda eleitoral, quer porque não lhes seja atribuído poder de polícia para coibir irregularidades eleitorais,
quer porque, neste pleito de 2010, a violação de postura municipal não pode servir de substrato para o
cerceamento à propaganda.
Vale dizer: o controle da atividade da propaganda eleitoral é exclusivo desta Justiça Especializada, a quem
competiria, se o caso, fazer cessar a suposta irregularidade, ainda que alicerçada em inobservância à Lei
Municipal.
Deparando com supostas transgressões na propaganda, cabe ao agente fiscalizador municipal noticiar o fato ao
Juízo Eleitoral de Pirapora, a fim de que por este sejam tomadas as medidas necessárias para o exercício do
poder de polícia eventualmente cabível...
CONCLUSÃO Ante todo o exposto, CONCEDO a medida liminar, para suspender os efeitos dos auto de
infração expedido e assegurar a utilização de carro de som pelo impetrante, que se submete exclusivamente ao
controle da Justiça Estadual.” In TREMG – Processo MS 38766 MG – Relatora ÁUREA MARIA BRASIL SANTOS PEREZ – Julgamento
17/09/2010 – Publicação DJEMG - Diário de Justiça Eletrônico-TREMG, Tomo 174, Data 21/09/2010, Página 6
Resumindo:
1º - A propaganda regular não poderá ser cerceada sob alegação de violação de postura municipal.
2º - o Poder de Polícia sobre a propaganda política é da Justiça Eleitoral.
3º - em caso de risco ou dano à ordem pública, pela desobediência de regra de postura urbana, a legislação local
poderá ser aplicada.
4º - mas a aplicação sempre será da Justiça Eleitoral. Destarte, conforme visto, em caso de incidência da legislação local, relativamente à quebra da postura urbana
com propaganda eleitoral, o Executivo deverá REPRESENTAR junto à Justiça Eleitoral, solicitando providências.
E o Judiciário, competente para aplicação do Poder de Polícia no controle da propaganda eleitoral, deverá tomar
as providências necessárias a coibir e restabelecer a ordem, aplicando-se concomitantemente:
a) a base jurídica do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65)
b) a Lei Eleitoral (9.504/97);
c) as Instruções da Justiça Eleitoral (em 2016 será a Resolução nº 23.457 do TSE); e ainda
d) a Legislação local.
10 Expedição de Instruções pelos órgãos Municipais
Vide material no AVA – Ambiente Virtual do Aluno, na página eletrônica da Unipública...
Bom Estudo!
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AS REGRAS PARA A PROPAGANDA POLÍTICA 2016
Luiz Fernando Pereira
ELEIÇÕES 2016
1. Agente Público - conceito
2. Condutas vedadas
3. Condições de Elegibilidade e Inelegibilidade
4. Prazos de Desincompatibilização
5. Lei de Responsabilidade Fiscal – vedações (LC 101/00)
1. Agente Público
"Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade
de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais: (...)"
“§ 1º Reputa-se agente público, para os efeitos deste artigo, quem exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nos órgãos ou entidades da administração pública direta, indireta, ou
fundacional”.
Beneficiário da conduta
Art. 73. (...)
§ 5o Nos casos de descumprimento do disposto nos incisos do caput e no § 10, sem prejuízo do disposto no § 4o, o
candidato beneficiado, agente público ou não, ficará sujeito à cassação do registro ou do diploma
2. Condutas Vedadas
Para Rodrigo López Zilio, condutas vedadas são “normas proibitivas que exprimem espécies do gênero abuso de poder
político, de caráter numerus clausus, que se manifestam através do desvirtuamento dos recursos materiais (incisos I, II,
IV § 10º do art. 73), humanos (incisos III e V do art. 73), financeiros (inciso VI, a, VIIe e VIII, do art. 73) e de
comunicação (inciso VI, b e c do art. 73) da Administração Pública latu sensu.”
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Resolução nº 23.457/15:
Art. 62. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de
oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais (...)
São as condutas vedadas presentes na Resolução 23.457/15:
I. Ceder ou usar, em benefício de candidato, de partido político ou de coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à
administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, ressalvada
a realização de convenção partidária;
Art. 62, §2º: A vedação do inciso I não se aplica ao uso, em campanha, pelos candidatos à reeleição aos cargos de
prefeito e de vice-prefeito, de suas residências oficiais, com os serviços inerentes à sua utilização normal, para
realização de contatos, encontros e reuniões pertinentes à própria campanha, desde que não tenham caráter de ato
público (Lei nº 9.504/1997, art. 73, § 2º).
.
II. Usar materiais ou serviços, custeados pelos governos ou casas legislativas, que excedam as prerrogativas consignadas
nos regimentos e normas dos órgãos que integram;
Jurisprudência:“(…) 1. Mera utilização de fotografias que se encontram disponíveis a todos em sítio eletrônico
oficial, sem exigência de contraprestação, inclusive para aqueles que tiram proveito comercial (jornais, revistas, blogs,
etc), é conduta que não se ajusta às hipóteses descritas nos incisos I, II e III, do art. 73 da Lei das Eleições. 2.
Representação que se julga improcedente”. (TSE, Representação nº 84453, Acórdão de 09/09/2014, Relator(a) Min.
ADMAR GONZAGA NETO, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo 184, Data 1/10/2014, Página 29)
.
III. ceder servidor público ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadual ou municipal do Poder
Executivo, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de candidato, de partido político ou de
coligação, durante o horário de expediente normal, salvo se o servidor ou o empregado estiver licenciado
Jurisprudência:
“(…) Não obstante a literalidade da norma de que a conduta vedada prevista no art. 73, inciso III, da Lei n.º 9.504/97 se
refere aos servidores do Poder Executivo, a melhor interpretação é no sentido de que a vedação deste dispositivo
alcança qualquer servidor público, de quaisquer esferas ou Poderes, que esteja em horário de expediente normal,
conforme os limites legais da jornada de trabalho, não importando o vínculo com a Administração Pública, sob pena de
afronta aos princípios da eficiência e da moralidade. (…)”. (TRE/MS, RECURSO ELEITORAL nº 62630, Relator
JOSUÉ DE OLIVEIRA, Publicação: DJE Data 18/09/2013)
IV. fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, de partido político ou de coligação, de distribuição
gratuita de bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo poder público;
“(…). 1. A conduta vedada prevista no art. 73, IV, da Lei nº 9.504/97 - que veda aos agentes públicos, servidores ou
não, "fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, partido político ou coligação, de distribuição gratuita de
bens e serviços de caráter social custeados ou subvencionados pelo Poder Público" - não incide quando há
contraprestação por parte do beneficiado. O contrato de doação de terras firmado traz previsão expressa de sua
revogação, caso não atendidos os pressupostos que embasaram a sua concessão. A doação com encargo não configura
"distribuição gratuita". (…)
3. Na linha dos precedentes desta Corte, "para a configuração do inc. IV do art. 73 da Lei n° 9.504/97, a conduta deve
corresponder ao tipo definido previamente. O elemento é fazer ou permitir uso promocional de distribuição gratuita de
bens e serviços para o candidato, quer dizer, é necessário que se utilize o programa social - bens ou serviços - para
dele fazer promoção (AgRg-REspe n° 25130/SC, DJ de 23.9.2005, rel. Min. Carlos Madeira)" (...) ”. (TSE, RESPE nº
34994, Relator(a) Min. LUCIANA CHRISTINA GUIMARÃES LÓSSIO, Publicação: DJE Data 25/06/2014)
.
Art. 73.
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(…)
"§ 10. No ano em que se realizar eleição, fica proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte
da Administração Pública, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais
autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior, casos em que o Ministério Público poderá
promover o acompanhamento de sua execução financeira e administrativa".
.
V. nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por
outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor
público, na circunscrição do pleito, a partir de 2 de julho de 2016 até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno
direito, ressalvadas:
a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança;
b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos
órgãos da Presidência da República;
c) a nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início daquele prazo;
d) a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais,
com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo;
e) a transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes penitenciários;
“EMENTA - Recurso eleitoral. Eleições 2012. Conduta vedada a agente público. Artigo 73, inciso V da Lei nº
9.504/1997. Aplicação. Remanejamento de servidores públicos no período vedado. Multa. Reduzida e mantida.
Recursos parcialmente providos. A transferência/remoção/remanejamento de servidores públicos, quando não abarcada
pelas exceções legais expressas, em período vedado pela legislação eleitoral, perfaz objetivamente a conduta vedada a
agente público prevista no artigo 73, inciso V, da Lei nº 9.504/1997, impondo-se a condenação nas sanções previstas”
(TRE/PR, RECURSO ELEITORAL nº 22154, Relator(a) JOSAFÁ ANTONIO LEMES, Publicação: DJ Data
13/6/2013)
VI. a partir de 2 de julho de 2016 até a realização do pleito:
a) realizar transferência voluntária de recursos da União aos Estados e Municípios, e dos Estados aos Municípios, sob
pena de nulidade de pleno direito, ressalvados os recursos destinados a cumprir obrigação formal preexistente para a
execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de
emergência e de calamidade pública;
b) com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado, autorizar publicidade
institucional de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos ou das respectivas entidades da
administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral;
c) fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da
Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e característica das funções de governo
.
Resolução 23.457/15
Art. 62, § 3º As vedações do inciso VI, alíneas b e c, aplicam-se apenas aos agentes públicos das esferas
administrativas cujos cargos estejam em disputa na eleição (Lei nº 9.504/1997, art. 73, § 3º)
Despesa Vedada
Alteração promovida pela Minirreforma Eleitoral de 2015:
VII. realizar, no primeiro semestre do ano de eleição, despesas com publicidade dos órgãos públicos ou das
respectivas entidades da administração indireta, que excedam a média dos gastos no primeiro semestre dos três últimos
anos que antecedem o pleito;
> Obs: Pela redação anterior, estava vedada a realização de despesas, durante o ano da eleição, que excedessem a média
dos gastos nos três últimos anos que antecedessem o pleito ou do último ano imediatamente anterior à eleição.
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VIII. fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos que exceda a recomposição
da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição, a partir de 5 de abril de 2016 até a posse dos eleitos
Jurisprudência:
“Eleições 2012. Recurso especial. Abuso de poder. Não configuração. Art. 73, § 10, da Lei nº 9.504/97. Caracterização.
Multa. (...)
4. A aprovação de projeto de revisão geral da remuneração de servidores públicos até o dia 9 de abril do ano da eleição,
desde que não exceda a recomposição da perda do poder aquisitivo, não caracteriza a conduta vedada prevista no inciso
VIII do art. 73 da Lei das Eleições. Nesse sentido: Cta nº 782, rel. Min. Fernando Neves da Silva, DJe de 7.2.2003.
Agravos regimentais a que se nega provimento. (Agravo Regimental em Recurso Especial Eleitoral nº 46179, Acórdão
de 16/06/2014, Relator(a) Min. HENRIQUE NEVES DA SILVA, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo
145, Data 07/08/2014, Página 164)
Sanções previstas na Resolução nº 23.457/15
Art. 62, (...) § 4º O descumprimento do disposto neste artigo acarretará a suspensão imediata da conduta vedada, quando
for o caso, e sujeitará os responsáveis a multa no valor de cinco a cem mil UFIR.
§ 5º Nos casos de descumprimento dos incisos do caput e do § 10 do art. 73 da Lei nº 9.504/1997, sem prejuízo do
disposto no § 4º deste artigo, o candidato beneficiado, agente público ou não, ficará sujeito à cassação do registro ou
do diploma, sem prejuízo de outras sanções de caráter constitucional, administrativo ou disciplinar fixadas pelas demais
leis vigentes (Lei nº 9.504/1997, art. 73, § 5º, c.c. o art. 78). (...)
§ 7º As condutas enumeradas no caput caracterizam ainda atos de improbidade administrativa, a que se refere o art.
11, inciso I, da Lei nº 8.429/1992, e sujeitam-se às disposições daquele diploma legal, em especial às cominações do art.
12, inciso III (Lei nº 9.504/1997, art. 73, § 7º).
§ 8º Aplicam-se as sanções do § 4º aos agentes públicos responsáveis pelas condutas vedadas e aos partidos políticos, às
coligações e aos candidatos que delas se beneficiarem (Lei nº 9.504/1997, art. 73, § 8º).
Condutas vedadas - Lei 9.504/97
Art. 74. Configura abuso de autoridade, a infringência do disposto no § 1º do art. 37 da Constituição (“A publicidade
dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de
orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos”), ficando o responsável, se candidato, sujeito ao cancelamento do registro ou do
diploma.
Art. 75. Nos três meses que antecederem as eleições, na realização de inaugurações é vedada a contratação de shows
artísticos pagos com recursos públicos.
Parágrafo único. Nos casos de descumprimento do disposto neste artigo, sem prejuízo da suspensão imediata da
conduta, o candidato beneficiado, agente público ou não, ficará sujeito à cassação do registro ou do diploma.
Art. 77. É proibido a qualquer candidato comparecer, nos 3 (três) meses que precedem o pleito, a inaugurações de obras
públicas.
Parágrafo único. A inobservância do disposto neste artigo sujeita o infrator à cassação do registro ou do diploma.
3. Condições de Elegibilidade e Inelegibilidade
Condições de elegibilidade:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
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a) vinte e um anos para prefeito e vice-prefeito (verificada na data da posse)
b) dezoito anos para vereador (verificada dia 15 de agosto de 2016, último dia para o requerimento de registro de
candidatos)
.
São inelegíveis, :
I - os inalistáveis e os analfabetos
II - no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por
adoção, do presidente da República, de governador de Estado ou do Distrito Federal, de prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição
III - os que se enquadrarem nas hipóteses previstas na Lei Complementar nº 64/1990.
.
Via de regra, as condições de elegibilidade e inelegibilidade são aferidas no momento do pedido do registro da
candidatura, salvo se houverem alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que afastem a
inelegibilidade:
Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até as dezenove horas do
dia 15 de agosto do ano em que se realizarem as eleições (...)
§ 10. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento da formalização do
pedido de registro da candidatura, ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro que
afastem a inelegibilidade.
Caso Arruda
“FIXAÇÃO DE TESE A SER OBSERVADA NOS REGISTROS DE CANDIDATURA DO PLEITO DE 2014: As
inelegibilidades supervenientes ao requerimento de registro de candidatura poderão ser objeto de análise pelas instâncias
ordinárias no próprio processo de registro de candidatura, desde que garantidos o contraditório e a ampla defesa.
Votação por maioria”. (TSE, Recurso Ordinário nº 15429, Acórdão de 26/08/2014, Relator Min. Henrique Neves da
Silva, Publicado em Sessão, Data 27/08/2014)
Artigo 26-C e o fato superveniente que afasta a inelegibilidade
Lei Complementar n.º 64/90:
“Art. 26-C. O órgão colegiado do tribunal ao qual couber a apreciação do recurso contra as decisões colegiadas a que se
referem as alíneas d, e, h, j, l e n do inciso I do art. 1o poderá, em caráter cautelar, suspender a inelegibilidade sempre
que existir plausibilidade da pretensão recursal e desde que a providência tenha sido expressamente requerida, sob pena
de preclusão, por ocasião da interposição do recurso”.
Jurisprudência –suspensão da condenação até a data da diplomação
“(...) 2. Considerado ter o TSE entendido ser possível reconhecer inelegibilidade superveniente em processo de registro
de candidatura (caso Arruda), como ocorreu no caso concreto, com maior razão a possibilidade de se analisar o fato
superveniente que afasta a inelegibilidade antes da diplomação dos eleitos, sob pena de reduzir o alcance do art. 26-
C da Lei Complementar nº 64/1990 às situações de inelegibilidade que surgiram após o pedido de registro de
candidatura, não proporcionando ao candidato a possibilidade de suspender a condenação. (...)”. (TSE, Embargos de
Declaração em Recurso Ordinário nº 29462, Relator Min. Gilmar Ferreira Mendes, Publicado em Sessão, Data
11/12/2014)
Observações:
-> é possível a arguição de inelegibilidade superveniente ao pedido de registro de candidatura até o dia das eleições,
caso o registro ainda esteja sob apreciação do juiz eleitoral ou do TRE;
-> é possível, antes da diplomação, analisar fato superveniente que afasta a inelegibilidade;
-> é possível a derradeira arguição de inelegibilidade em sede de Recurso Contra a Expedição de Diploma, caso a sua
incidência se efetivar após o período de registro, mas antes da diplomação;
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4. Prazos de desincompatibilização
LC n.º 64/90:
Autoridade policial, civil ou militar:
Prefeito: 4 meses
Vereador: 6 meses
*Exceção (p/ cargo de vereador): Policial civil: 3 meses
Prefeito Municipal:
Primeiro mandato:
Vice-prefeito: 6 meses
Reeleição: desnecessidade
Primeiro ou segundo mandato:
Vereador: 6 meses
Entidades mantidas pelo Poder Público (dirigente, administrador ou representante):
Prefeito: 4 meses
Vereador: 6 meses
Vice-Prefeito:
a) Que não substituiu o titular nos 6 meses anteriores ao pleito e nem o sucedeu:
Desnecessário (para qualquer cargo)
b) Que sucedeu o titular:
Titular (Prefeito): desnecessidade
Vice-Prefeito: 6 meses
Vereador: 6 meses
Servidores públicos, estatutários ou não, dos órgãos da administração direta ou indireta:
Prefeito: 3 meses
Vereador: 3 meses
*Exceção (p/ cargo de vereador): Delegado de polícia: 6 meses
Servidores públicos ocupantes de cargo em comissão:
Prefeito: 3 meses
Vereador: 3 meses
Entidades de classe em geral (dirigente, administrador ou representante):
Prefeito: 4 meses
Vereador: 4 meses
Secretários municipais ou de Estado:
Prefeito: 4 meses
Vereador: 6 meses
Servidores públicos efetivos/comissionados, cargo relativo a arrecadação/fiscalização de impostos, taxas e
contribuições:
Prefeito: 4 meses
Vereador: 6 meses
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5. Lei de Responsabilidade Fiscal – Vedações
Art. 21 (...)
Parágrafo único. Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos
cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20.
Art. 23. Se a despesa total com pessoal, do Poder ou órgão referido no art. 20, ultrapassar os limites definidos no
mesmo artigo, sem prejuízo das medidas previstas no art. 22, o percentual excedente terá de ser eliminado nos dois
quadrimestres seguintes, sendo pelo menos um terço no primeiro, adotando-se, entre outras, as providências previstas
nos §§ 3º e 4o do art. 169 da Constituição.
(...)
§ 3o Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá:
I - receber transferências voluntárias;
II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente;
III - contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao refinanciamento da dívida mobiliária e as que
visem à redução das despesas com pessoal.
§ 4o As restrições do § 3
o aplicam-se imediatamente se a despesa total com pessoal exceder o limite no primeiro
quadrimestre do último ano do mandato dos titulares de Poder ou órgão referidos no art. 20.
Art. 31. Se a dívida consolidada de um ente da Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um quadrimestre,
deverá ser a ele reconduzida até o término dos três subseqüentes, reduzindo o excedente em pelo menos 25% (vinte e
cinco por cento) no primeiro.
§ 1o Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele houver incorrido:
I - estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvado
o refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária;
II - obterá resultado primário necessário à recondução da dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas,
limitação de empenho, na forma do art. 9o.
(...)
§ 3o As restrições do § 1
o aplicam-se imediatamente se o montante da dívida exceder o limite no primeiro quadrimestre
do último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo.
Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o
exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as seguintes:
(...)
IV - estará proibida:
(...)
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal.
Art. 42. É vedado ao titular de Poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato,
contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem
pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa serão considerados os encargos e despesas
compromissadas a pagar até o final do exercício.
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Parabéns por estudar!
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ANOTAÇÕES:
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