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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Jaqueline Melani Dagnoni TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO Proposta de Aplicação da ferramenta MRP na Serraria E. I três J Ltda Administração de Produção e Operações ITAJAÍ (SC) 2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

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CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Jaqueline Melani Dagnoni

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

Proposta de Aplicação da ferramenta MRP na Serraria E. I três J Ltda

Administração de Produção e Operações

ITAJAÍ (SC) 2008

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JAQUELINE MELANI DAGNONI

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DA FERRAMENTA DE MRP NA SERRARIA

E.I TRÊS J

Projeto de estágio desenvolvido para o estágio supervisionado do curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade do Vale de Itajaí.

ITAJAÍ (SC), 2008.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, agradeço a Deus pela dádiva da vida, e pela graça de

ter me acompanhado até aqui... Toda a força que me impulsionou desde o

início deste trabalho foi muito maior do que qualquer obstáculo que durante

este trajeto tenha surgido e, Ele estava sempre comigo!

Aos meus pais, Irení e Eliomar, que estiveram ao meu lado desde o início

da minha vida, buscando e realizando o melhor, e que hoje, sabem da

importância dos estudos e batalham para garantir este aos seus filhos. Pai e

mãe, por vocês, sinto um amor incomparável, e tudo o que sou e tenho hoje,

devo à vocês! Orgulha-me muito oferecer-lhes esta conquista!

Meus agradecimentos se estendem também, a minha irmã Juliana, que

me auxiliou sempre que precisei o que de uma maneira muito positiva, contribui

para que eu chegasse até aqui... Muito obrigada pela força!

Duas pessoas muito importantes durante esse meu trajeto, aos meus

supervisores Eliomar e Irení, que muitas vezes dedicaram seu tempo para me

auxiliar, não medindo qualquer esforço para que pudesse seguir em frente e

fazer o melhor, disponibilizando sua empresa para que eu pudesse realizar

este trabalho.

Hoje, não consigo demonstrar em palavras professor Roberto Hering, o

quanto sou grata a você, que foi quem durante todo esse tempo, esteve

sempre presente, sugerindo, corrigindo, estimulando! Sendo base forte para

que esse trabalho fosse concluído... Com certeza, levarei sempre o seu nome

junto com esta minha conquista... Muito Obrigada por tudo!

Enfim, aos meus familiares e amigos que estiveram de alguma forma

presentes durante esse período, ouvindo meus desabafos, me aconselhando,

me instigando a seguir em frente e não desistir.

A todos, de coração, muito obrigada!

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“Epígrafe: Quero, um dia, dizer às pessoas que nada foi em vão”... Que o amor existe que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim e que eu sempre dei o melhor de mim... E que valeu a pena”. (Mario Quintana)

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Jaqueline Melani Dagnoni

b) Área de estágio

Administração de Produção e Operações

c) Supervisor de campo

Eliomar Benjamin Dagnoni

d) Orientador de estágio

Prof. Roberto Hering

e) Responsável pelos estágios em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão Social

Serraria E.I três J Ltda

b) Endereço

Rua Benjamin Dagnoni, s/nº, Rio do Meio – Itajaí/SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Produção

d) Duração do Estágio

240 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Eliomar Benjamin Dagnoni – proprietário da empresa

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Itajaí, 03 de novembro de 2008.

A Empresa Serraria E.I três J Ltda, pelo presente instrumento, autoriza a

Universidade do Vale de Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua biblioteca, o

Trabalho de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio

Supervisionado, pela acadêmica Jaqueline Melani Dagnoni.

Eliomar Benjamin Dagnoni Proprietário

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RESUMO

O setor de produção é o responsável pela transformação de matéria-prima em bens e serviços para a comunidade. Sendo assim, com o avanço da tecnologia e da globalização, cada vez mais as empresas estão buscando se atualizar para manter-se competitiva no mercado atual. Este trabalho tem como principal objetivo, propor a empresa Serraria E.I três J, a aplicação de um sistema simples de MRP - Planejamento das Necessidades de Materiais, já que é uma empresa pequena, considerando a ocorrência de sazonalidade em determinadas épocas, para prever a demanda futura, dos anos de 2008 e 2009, e assim, mensurar a quantidade de matéria prima necessária para os próximos períodos. Para a elaboração do sistema MRP, foram levantados os dados reais de demanda dos períodos anteriores, anos de 2005, 2006, 2007 e até o mês de setembro de 2008, projetando a demanda para o ano de 2008, sendo possível analisar com os dados reais, disponibilizados pela empresa, e para o ano de 2009. Os resultados obtidos foram satisfatórios, ressalvando que foi elaborado um sistema de previsão de demanda, que não dá certeza absoluta da mesma, mesmo porque, não se pode basear apenas em dados passados, já que o futuro pode apresentar incertezas e novos fatores. Em contrapartida, esta previsão proporciona um alicerce póstumo, uma base para que a instituição possa se preparar para os próximos períodos, evitando também desperdícios com materiais. Concluindo, os resultados apresentados nos permitem verificar que um sistema simples de MRP, pode proporcionar grande auxílio na tomada de decisão. Palavras-chave: previsão, MRP, sazonalidade.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES Quadro 1 - Número de funcionários ..........................................................................44 Quadro 2 - Produtos..................................................................................................45 Quadro 3 - Clientes ...................................................................................................46 Tabela 1 - Demandas reais e previsões...................................................................47 PREVISÕES DE DEMANDA/MRP – ANO 2008 Tabela 2 - Histórico das vendas ...............................................................................48 Tabela 3 - Previsão da demanda .............................................................................49 Tabela 4 - Explosão das Necessidades de Materiais...............................................50 Gráfico 1 - Previsão de vendas .................................................................................54 Tabela 5 - Previsão de vendas.................................................................................54 Gráfico 2 - Compras ..................................................................................................55 Tabela 6 - Compras..................................................................................................55 PREVISÕES DE DEMANDA/MRP – ANO 2009 Tabela 7 - Histórico das vendas ...............................................................................56 Tabela 8 - .Previsão da demanda .............................................................................57 Tabela 9 - Explosão das Necessidades de Materiais...............................................57 Gráfico 3 - Previsão de vendas ................................................................................61 Tabela 10 - Previsão de vendas................................................................................62 Gráfico 4 - Compras .................................................................................................62 Tabela 11-. Compras.................................................................................................63

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................10 1.1 Problema de Pesquisa/Justificativa ................................................................11 1.2.1 Objetivos gerais..............................................................................................11 1.2.2 Objetivos Específicos .....................................................................................12 1.3 Aspectos Metodológicos.................................................................................12 1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio ...........................................................12 1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa.............................................................14 1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados ........................................14 1.3.4 Tratamento e análise dos dados ....................................................................15 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...........................................................................17 2.1 Administração.................................................................................................17 2.1.1 Áreas da Administração..................................................................................18 2.2 Administração da produção ............................................................................19 2.2.1 Administração da produção em pequenas empresas.....................................20 2.3 Administraçao de Materiais ............................................................................21 2.4 Estoque ..........................................................................................................23 2.4.1 Acurácia de controle de estoque ....................................................................24 2.5 MRP - Planejamento de Recursos/Necessidades Materiais...........................25 2.5.1 Sistema MRP..................................................................................................27 2.5.2 Elementos do MRP.........................................................................................28 2.5.3 Vantagens e limitações do MRP.....................................................................29 2.6 Demanda ........................................................................................................30 2.6.1 Demanda Dependente e Independente..........................................................31 2.6.2 Previsão de demanda.....................................................................................33 2.6.2.1 Classificação dos métodos de previsão ........................................................34 2.6.2.2 Previsões de venda de curto prazo ..............................................................35 2.6.2.3 Previsões: Métodos de tratamento de informações......................................36 2.6.2.4 Erros de previsão .........................................................................................36 2.6.2.5 Método da Regressão Linear (ajustamento de retas) ..................................37 2.7 Inventário de materiais ..................................................................................37 2.8 PCP - Planejamento e controle da produção ................................................38 3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA .........................................................40 3.1 Caracterização da empresa ..........................................................................40 3.1.1 Histórico da empresa.....................................................................................40 3.1.2 Missão ...........................................................................................................41 3.1.3 Visão .............................................................................................................41 3.1.4 Objetivos .......................................................................................................41 3.1.5 Funcionograma .............................................................................................42 3.1.6 Número de funcionários ................................................................................43 3.1.7 Processos .....................................................................................................44 3.1.8 Clientes .........................................................................................................45 3.1.9 Concorrentes.................................................................................................46 3.2 Resultado da pesquisa ..................................................................................47 3.2.1 Previsão de demanda/MRP - Ano de 2008 ...................................................48 3.2.2 Previsão de demanda/MRP - Ano de 2009 ...................................................56

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................64 5 PROGRAMA DE TRABALHO E CRONOGRAMA .............................................65 5.3 ORÇAMENTO ................................................................................................66 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...............................................................................67 ANEXOS ...................................................................................................................70 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS......................................................................87

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1 INTRODUÇÃO Diante das constantes mudanças e transformações que vêm ocorrendo nos mais

diversos segmentos de mercado, as organizações buscam cada vez mais alternativas

que possibilitem sua adaptação e atualização frente às incertezas e situações

imprevisíveis que surgem a todo momento no seu ambiente.

A globalização da economia impõe uma concorrência acirrada, exigindo um nível

de profissionalismo elevado, afinal, não é possível manter-se no mercado sem dar

importância ao investimento no setor de produção da empresa, pois a produtividade

gera lucro, ou seja, o objetivo primordial de toda e qualquer empresa.

Tendo em vista, que a “Produção” seja uma funcionalidade da organização, é a

responsável pelo processo de transformação e, recordando: processos de

transformação são os responsáveis pela geração de bens (produtos e serviços) para a

sociedade.

Neste sentido, a atividade industrial, caracterizada como “produção”, implica na

fabricação de um produto físico, tangível, tal como uma geladeira, um automóvel, um

sabonete. Por sua vez, a prestação de um serviço, atividade de característica

“operacional” implica em uma ação, embora meios tangíveis possam estar presentes

para facilitar ou justificar o serviço.

A empresa Serraria E.I três J Ltda, atua no ramo a cinco anos, possui

características de produção, ou seja, é caracterizada como uma empresa de pequeno

porte, sua principal atividade é a fabricação de um produto físico, madeiras de pinus

para caixaria, e seus principais clientes são as lojas de materiais de construção da

região, que revendem a madeira serrada.

A escolha do tema proposto deu-se pelo fato da demanda da Serraria ser

instável, ou seja, variar de acordo com os períodos do ano, como por exemplo, início e

final de ano a demanda diminui e no restante do ano aumenta, então por este fator que

o planejamento das necessidades de materiais, dos estoques precisa ser bem

elaborado, seguindo os critérios de sazonalidade para evitar desperdícios.

As ações na área de produção são relevantes sob todos os aspectos, para o

sucesso do empreendimento, visto ser a principal responsável pelo índice de eficiência

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e, embora não tenha contato direto com o cliente final, participa preponderantemente

das variáveis que compõem o índice de eficácia.

1.1 Problema de pesquisa/Justificativa:

Atualmente, com o mercado cada vez mais exigente, as organizações sentem a

necessidade de se adaptarem com a nova realidade de mercado.

O trabalho será desenvolvido em uma empresa madeireira, buscando proporcionar

melhorias com relação às necessidades de materiais. Desta forma pretende-se

descobrir “Como controlar as necessidades de materiais frente à sazonalidade?”.

Para a empresa este trabalho será um fator importante, por ser a primeira vez

que está sendo realizado um trabalho dessa natureza.

O projeto será desenvolvido internamente sem elevar os custos, propondo

melhorias e, acima de tudo, contribuindo para o futuro profissional da acadêmica.

Os custos deste projeto, além de reduzidos, será coberto pela empresa, assim

como, a disponibilização de informações de dados, vindo a contribuir para a realização

do projeto.

1.2 Objetivos do trabalho:

1.2.1 Objetivos Gerais:

O presente projeto de estágio tem como objetivo geral, propor um plano de

aplicação do MRP na Serraria E.I três J Ltda.

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1.2.2 Objetivos Específicos:

Considerando o objetivo geral acima apresentado, definem-se os seguintes

objetivos específicos:

• Levantar as vendas (carteira de períodos);

• Levantar lista de materiais;

• Levantar registros de inventários;

• Calcular a participação por produto;

• Calcular a previsão de demanda para os anos de 2008 e 2009;

• Elaborar o cálculo da necessidade de matéria-prima utilizando o MRP.

1.3 Aspectos metodológicos:

Este item trata da metodologia utilizada na realização do trabalho. Ver-se-á

adiante como a pesquisa foi caracterizada, como foi feita a coleta de dados e por

último, como foram verificados e analisados os dados.

De acordo com Roesch (1999), metodologia é a definição, a partir dos objetivos do

qual será desenvolvido o projeto a ser realizado visando o mais apropriado para

obtenção do sucesso quanto à viabilização do mesmo.

“A metodologia são as regras estabelecidas para o método científico, por exemplo:

a necessidade de formular hipóteses, a elaboração de instrumentos, etc.”

(RICHARDSON, 1999, p.22).

1.3.1 Caracterização do trabalho de estágio

A presente pesquisa utilizou a abordagem qualitativa que para Roesch (1999), é

o mais recomendável quando o propósito é medir relações entre variáveis ou em avaliar

o resultado de algum sistema ou projeto.

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Os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a

complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis,

compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no

processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de

profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento de indivíduos.

(RICHARDSON, 1999)

A tipologia utilizada será a de proposição de planos, podendo se enquadrar no

método de estudo de caso.

Para Roesch (2007, p.71), ”na prática, há vários exemplos de projetos, em que o

propósito é apresentar propostas de planos ou sistemas para solucionar problemas

organizacionais. Alguns visam burocratizar e controlar sistemas; outros buscam maior

flexibilidade”.

Segundo Gil (1999, p.72), “o estudo de caso é caracterizado pelo estudo

profundo e exaustivo de um ou poucos objetivos, de maneira a permitir o seu

conhecimento amplo e detalhado”.

“O estudo de caso é um estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro

do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não

são claramente definidas e no qual são utilizadas várias fontes de evidência”.

(ROESCH, 1999, p.73 apud YIN, 1981, p.23).

Para maiores informações sobre os dados da empresa, será feito uma entrevista

informal, abordando questões de fato ou de atitude com os proprietários da empresa.

Conforme Roesch (2007, p. 145):

Questões de fato requerem apenas uma resposta correta, por exemplo, quando se trata de questôes que visam à classificação do respondente, como idade, nível de educação; ou quando se pede o número de empregados de uma empresa, ano de fundação, número de estabelecimentos, nacionalidade. etc.

Outros meios utilizados para a obtenção de informações serão através da coleta

de dados em diários, documentos e análise de conteúdo.

Para Roesch (2007, p.164):

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(...)uma forma alternativa de coletar dado é usar diários. O pesquisador distribui diários aos integrantes da amostra selecionada e solicita que escrevam fatos e impressões durante certo período. Uma estrutura de itens é apresentada para dar um foco ao diarista.

Uma das fontes de dados mais utilizadas em trabalhos de pesquisa é constituída

por documentos como relatórios anuais da organização, materiais utilizados em

relações públicas, documentos legais, etc. Normalmente, tais fontes são utilizadas para

complementar entrevistas ou outros métodos de coleta de dados. (Roesch, 2007,p.166)

Para analisar e organizar as informações recolhidas através dos meios acima

citados, será feito uma análise de conteúdo, ou seja, de acordo com Roesch (2007,p.

169), “análise de textos, seja aqueles levantados por meio de transcrição de

depoimentos gravados, seja por meio de análise de documentos existentes (dados

secundários), ou mesmo de técnicas projetivas”.

Na próxima seção ver-se-á o contexto e participantes da pesquisa.

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

Este trabalho foi realizado apoiando-se nas informações fornecidas pelo

proprietário e uma das sócias-proprietárias da Serraria E.I três J, empresa de

característica familiar e uma micro-empresa.

Por se tratar de uma micro - empresa, esta não possui setores subdivididos

como vendas, recursos humanos, contando com apenas oito funcionários, incluindo o

proprietário e os dois sócios-proprietários, sendo assim, as informações de suma

importância encontram-se centralizadas no proprietário e nos sócios.

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

As informações coletadas baseiam-se em fontes primárias e secundárias, que

segundo Roesch (1999), são dados colhidos diretamente pelo pesquisador, onde neste

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trabalho, foi através da observação dos processos e métodos utilizados na organização

e, visitas a empresa envolvida, com o auxílio dos proprietários na busca pelas

informações.

Para Mattar (1996, p. 48), “dados primários são aqueles que já foram coletados,

estando ainda em posse dos pesquisados, e que são coletados com o propósito de

atender as necessidades específicas da pesquisa em andamento”.

Os dados secundários são aqueles que já foram coletados, tabulados e, às

vezes, até analisados. Suas fontes básicas são: a própria empresa, publicações,

governos, instituições não governamentais e serviços padronizados de informações de

marketing. (MATTAR, 2000)

Através da entrevista desejar-se-á levantar situações de problemas relacionados

à gestão do estoque. Para Roesch (1999, p. 150), “a entrevista em profundidade é a

técnica fundamental da pesquisa qualitativa”.

A utilização de diários e documentos permitirá o entendimento de situações,

conceituar a organização com base em uma visão de dentro, em contraste com

métodos que se propõem testar hipóteses e partem de uma visão de fora, em que o

pesquisador se distancia da realidade pesquisada e utiliza instrumentos estruturados

em conceitos externos (teóricos). (ROESCH apud FOSTER, 2007).

O próximo item falará do tratamento e análise dos dados, para auxiliar nas

conclusões através do que será pesquisado.

1.3.4 Tratamento e análise dos dados

Para o tratamento e análise de dados foi utilizada a técnica da análise descritiva.

Os dados serão apresentados na forma de tabelas, gráficos e textos

De acordo com Gil (1999), como em boa parte dos casos os documentos a

serem utilizados na pesquisa não receberam nenhum tratamento analítico, torna-se

necessária a análise de seus dados.

Para a organização, a análise dos dados, segundo Mattar (2000, p. 181), será “o

processamento dos dados compreendendo os passos necessários para transformar os

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dados brutos coletados em dados trabalhados que permitirão a realização das análises

e interpretações”.

Chiavenato (2000, p. 192) diz que “o objetivo principal das análises é permitir ao

pesquisador, o estabelecimento das conclusões a partir dos dados coletados”.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Este capítulo tem por objetivo apresentar o referencial teórico sobre o tema do

trabalho de conclusão de estágio. Assim, serão utilizados como base teórica, livros que

contém informações sobre o sistema de MRP, bem como estoques, previsão de

demanda, planejamento e controle da produção, dentre outros assuntos relacionados

ao tema proposto, divulgando também, sua respectiva fonte.

2.1 Administração

A administração é a condução racional das atividades organizacionais, podendo

ser de uma organização lucrativa ou não lucrativa. A administração trata, basicamente,

das funções do administrador que consiste no planejamento, na estruturação

(organização), na direção e no controle de todas as atividades diferenciadas pela

divisão de trabalho que ocorram dentro de uma organização (CHIAVENATO, 2000).

A Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar a

aplicação dos recursos organizacionais para alcançar determinados objetivos de

maneira eficiente e eficaz. A Administração sempre leva em consideração os objetivos

organizacionais a serem alcançados (CHIAVENATO, 2005).

A Administração é um complexo processo de tomar decisões a respeito de recursos e objetivos a serem com eles alcançados. A finalidade deste processo é buscar o alcance de objetivos por meio da utilização de recursos. Assim, a Administração é necessária quando há uma situação envolvendo pessoas que utilizam recursos para atingir algum objetivo. (CHIAVENATO, 2005, p.5)

Já para Megginson, Mosley e Pietri (1998), a Administração é o trabalho com

recursos humanos, financeiros e materiais, para atingir objetivos organizacionais

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através do desempenho das funções de planejar, organizar, liderar e controlar. Deve-se

notar que a finalidade da administração é estabelecer e alcançar o objetivo, ou objetivos

da organização.

Para complementar tem-se um conceito de administração de outro autor que

também se pode ter como referência.

Administrar é o processo de tomar, realizar e alcançar ações que utilizam recursos para alcançar um objetivo. Embora seja importante em qualquer escala de aplicação de recursos, a principal razão para o estudo da administração é seu impacto sobre o desempenho das organizações. É a forma como são administradas que torna as organizações mais ou menos capazes de utilizar corretamente seus recursos para atingir os objetivos corretos (MAXIMIANO, 2000, p.25)

Segundo Drucker (1974, 9.22), “a administração é o órgão, aquilo que dá vida, o

agente, órgão dinâmico da instituição que ela administra. Sem a instituição, por

exemplo, a empresa, não haveria a administração.”

O que foi mencionada acima é o conceito de administração, de acordo com

diferentes autores. Agora serão mostradas as várias áreas que compõe a

Administração.

2.1.1 Áreas da Administração

Existem algumas áreas da administração que serão mostradas a seguir.

Administração geral incorpora a maioria dos desenvolvimentos da teoria organizacional. Esta área trata da estruturação de empresas, racionalização e simplificação do trabalho, distribuição de espaço físico e condições ambientais, manuais e formulários, todos dentro do que se convenciona chamar de análise administrativa ou análise organizacional (ROESCH, 1999, p.48).

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Na Administração da Produção tem-se o conceito de Slack, Chambers e

Johnston (2002, p.32), “administração de produção, representa reunião de recursos

destinados à produção de seus bens e serviços.”

Para a Administração de Marketing foi utilizado o conceito de Kotler (2000, p.30),

“Administração de Marketing é um processo social por meio do qual, pessoas e grupo

de pessoas obtém aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e

livre negociação de produtos e serviços de valor com outro”.

Segundo Carvalho, Nascimento (1997, p.8), “a área de Recursos Humanos

sempre marcou presença mais como uma função voltada para as pessoas do que para

os negócios. A nova filosofia de recursos humanos deve ser centrada na análise da

organização e não de indivíduos”.

Para a área financeira Roesch (1999) afirma que:

Concentra-se na questão de gerenciamento financeira da organização sendo seus tópicos o planejamento, o controle financeiro, análise financeira, análise de investimentos, a gestão do capital de giro, custo e estrutura de capital e a política de dividendos.

A seguir serão fundamentadas a Administração da Produção e de Materiais, que

vem sendo realizadas nas empresas desde os primórdios da administração.

2.2 Administração da Produção

Para Martins e Laugeni (2003), a função produção é entendida como o conjunto

de atividades que levam à transformação de um bem tangível em outro com maior

utilidade, acompanha o homem desde sua origem. Com o passar do tempo, muitas

pessoas se revelaram extremamente habilidosas na produção de certos bens, e

passaram a produzi-los conforme solicitação e especificações apresentadas por

terceiros.

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Moreira (1998, p. 01), diz que de uma forma geral, a Administração da Produção

diz respeito àquelas atividades orientadas para a produção de um bem físico ou à

prestação de um serviço.

De maneira mais rigorosa Moreira (1998, p. 03), classifica a Administração da

Produção como, “o campo de estudo dos conceitos e técnicas aplicáveis à tomada de

decisões na função de Produção (empresas industriais) ou Operações (empresas de

serviços)”.

Ainda de acordo com Matins e Laugeni (2003, p. 05):

As atividades desenvolvidas por uma empresa visando atender seus objetivos de curto, médio e longos prazos, se inter-relacionam, muitas vezes de forma extremamente complexa. Como tais atividades, na tentativa de transformar insumos, tais como matérias-primas, em produtos acabados e/ou serviços, consomem recursos e nem sempre agregam valor ao produto final, constitui objetivo da Administração da Produção a gestão eficaz destas atividades.

Dentro deste conceito, encontra-se a Administração da Produção em todas as

áreas de atuação dos diretores, gerentes, supervisores e/ou qualquer colaborador da

empresa.

2.2.1 Administração da produção em pequenas empresas

Segundo Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 33), a administração da

produção envolve o mesmo conjunto de atividades para qualquer tamanho de

organização. Entretanto, na prática, administrar a produção em organizações de

pequeno e médio porte possui seu próprio conjunto de problemas. Empresas grandes

podem ter os recursos para destinar profissionais a desempenhar funções

organizacionais específicas, o que geralmente não ocorre com empresas menores.

De acordo com estas questões Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 33),

concluíram que ”essa estrutura informal permite à empresa reagir mais prontamente

conforme surgem às oportunidades ou problemas”.

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Empresas pequenas podem ter exatamente as mesmas questões de

administração da produção que as empresas grandes, mas podem ter mais dificuldade

em isolar as questões da massa de outras questões da organização. O processo

decisório, no entanto pode também ficar confuso à medida que as funções se

justapõem.

2.3 Administração de Materiais

Nos últimos anos os administradores estão reconhecendo a necessidade de se

estabelecer um conceito bem definido de Logística, uma vez que começam a

compreender melhor o fluxo contínuo dos materiais, as relações tempo e estoque na

produção e na distribuição e os aspectos relativos ao fluxo de caixa no controle de

materiais (DIAS, 1995).

Segundo Dias (1995, p.11), “o enfoque da Administração de Materiais está

mudando o tradicional ‘produza, estoque, venda’ para um conceito mais atualizado, que

envolve definição de mercado, planejamento do produto, apoio logístico”.

Administrar recursos escassos tem sido a preocupação dos gerentes,

administradores e praticamente todas as pessoas que possuem alguma ligação com as

atividades produtivas, tanto na produção de bens tangíveis quanto na prestação de

serviços (MARTINS; ALT, 2002).

A Administração dos Recursos Materiais engloba a seqüência de operações que tem seu início na identificação do fornecedor, na compra do bem, em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento, em seu transporte durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e, finalmente em sua distribuição ao consumidor final (MARTINS; ALT, 2002, p. 5).

A Administração de Recursos Patrimoniais para Martins e Alt (2002, p.5), “trata

da seqüência de operações que tem início na identificação do fornecedor, passando

pela compra e recebimento do bem, para depois lidar com a sua conservação,

manutenção ou quando for o caso, alienação”.

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Para Dias (1995, p.12), “a Administração de Materiais poderia incluir a maioria ou

a totalidade das atividades realizadas pelos seguintes departamentos: compras,

recebimento, planejamento e controle da produção, expedição, tráfego e estoques”.

A Administração de Materiais liga-se diretamente com Operações pelo

abastecimento de peças, matérias-primas ou subconjuntos numa base de encomendas

diretas ou através de estoques, em antecipação de necessidades de uso. É a ordem de

compra que aciona o fluxo de materiais no canal de suprimentos; para a administração

de materiais sua preparação e transmissão representam a principal atividade de

processamento de pedidos. O suprimento é administrado através da escolha da

localização das fontes de abastecimento, dos serviços de transporte utilizados, do nível

de estoque mantido, dos meios pelos quais as ordens são processadas e transmitidas

(BALLOU, 1995).

De acordo com Ballou (1995, p.69), o objetivo da administração é “ter os

materiais requeridos no lugar certo e no instante certo, providenciando o movimento de

materiais ao custo mínimo relativo ao nível de serviço necessário”.

A administração de Recursos Materiais leva em conta a seqüência de operações

que tem seu início na identificação do fornecedor, na compra do bem, em seu

recebimento, transporte interno e acondicionamento, em seu transporte durante o

processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e finalmente em sua

distribuição ao consumidor final (MARTINS; ALT, 2002).

A Administração de Materiais significa coordenar a movimentação de

suprimentos com as exigências de operação; ou seja, o objetivo é prover o material

certo, no local de operação certo, no instante correto e em condição utilizável ao custo

mínimo (BALLOU, 1995).

Sobre transportes Ballou (2001), escreve que a movimentação de fretes absorve

entre um e dois terços do total dos custos logísticos. O foco está nas instalações e

serviços que compõe o sistema de transporte e nas taxas e no desempenho dos vários

serviços de transportes que um gerente poderia selecionar.

“A estocagem e o manuseio do produto ocorre primeiramente nos pontos nodais

da rede da cadeia de suprimentos. A estocagem é referenciada como o transporte a

zero milha por hora” (BALLOU, 2001, P.201).

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23

Segundo Ballou (2001) os estoques merecem uma consideração cuidadosa, pois

estas atividades podem absorver 26% dos dólares de logística de uma empresa.

2.4 Estoque

“O controle de estoques é parte vital do composto logístico, pois estes podem

absorver de 25 a 40% dos custos totais representando uma porção substancial do

capital da empresa”. (BALLOU, 1995, P.204)

De acordo com Martins e Alt (2002), os estoques são mantidos para:

• Melhorar o serviço ao cliente: dando suporte a área de marketing, que ao criar

demanda precisa de material disponível para concretizar vendas;

• Economia de escala: os custos são tipicamente menores quando o produto é

fabricado continuamente e em quantidades constantes;

• Proteção contra mudanças de preços em tempo de inflação alta: um alto volume

de compras minimiza o impacto do aumento de preços pelos fornecedores;

• Proteção contra incertezas na demanda e no tempo de entrega: para atender os

clientes são necessários estoques de segurança;

• Proteção contra contingências: proteger a empresa contra greves, incêndios,

inundações, instabilidades políticas e outras variáveis. O risco diminuiria com a

manutenção de estoques.

Segundo Dias (2005,p.19), “a função da administração de estoques é maximizar o

efeito lubrificante no feedback de vendas e o ajuste do planejamento de produção”.

A Administração de estoques deverá conciliar da melhor maneira os objetivos do

departamento de compras, produção, vendas e financeiro, sem prejudicar a

operacionalidade da empresa (DIAS, 2005).

De acordo com Brown et al. (2005), muitos do motivos dados para se manter certos

níveis de estoques, não passam de meras desculpas por mau desempenho interno ou

relações ruins entre compradores e fornecedores.

Martins; Alt (2002, p.134), diz que:

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Os estoques têm a função de funcionar como reguladores do fluxo de negócios. Como a velocidade com que as mercadorias são recebidas, unidades recebidas por unidade de tempo ou entradas, é usualmente diferente da velocidade com que são utilizadas, unidades consumidas por unidades de tempo e saída, há a necessidade de um estoque, funcionando como um amortecedor.

A empresa deve estar atenta aos seus níveis de estoques principalmente de

manutenção, pois uma parada imprevista pode trazer conseqüências desastrosas,

conforme Ballou (1995), para armazenar materiais para uso futuro, é necessários

investimentos. Seria perfeita uma sincronização entre oferta e demanda, porém é

impossível conhecer exatamente a demanda futura, pois podem ocorrer imprevistos e,

para evitar a falta de suprimentos, a empresa deve acumular estoques para assegurar

seu processo produtivo.

Segundo Ballou (1995, p.204), “os estoques servem para diversas finalidades,

melhoria do nível de serviço, incentivam economias na produção, permitem economias

de escala nas compras e no transporte, agem como proteção contra aumento de

preços, protegem a empresa de incertezas na demanda e no tempo de ressuprimento;

e servem como segurança contra contingências”.

A seção a seguir, tem como finalidade apresentar e caracterizar o tema do

projeto – MRP (Planejamento das Necessidades de Materias), apresentando também

as vantagens e limitações deste sistema, bem como, seus principais elementos.

2.4.1 Acurácia de Controle de Estoque

De acordo com Martins e Alt (2006), uma vez terminado o inventário, pode-se

calcular a acurácia dos controles, que mede a porcentagem de itens corretos, tanto em

quantidade quanto em valor, ou seja:

Acurácia = Número de itens com registros corretos

Número total de itens

Acurácia = Valor de itens com registros corretos

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Valor total de itens

Ex: Calcule a acurácia de controle, sabendo-se que após os três

primeiros meses foram encontradas as seguintes divergências entre o número de

unidades contadas por item e o número indicado pelo controle.

Tabela 1

Classe

Nº de itens

contados

Nº de itens

contados

( em %)

Nº de itens

com

divergências

Acurácia

A 4.910 4.910/16.915

= 29,03%

268 (4.910 –

268)/4.910 =

0,9454

B 9.125 9.125/16.915

= 53,95%

438 (9.125 –

438)/9.125 =

0,9520

C

2.880

2.880/16.915

= 17,02%

55 (2.880 –

55)/2.880 =

0,9809

Total 16.915

Fonte: Martins e Alt (2006, p.202)

Solução: (0,2903) x (0,9454) + (0,5395) x (0,9520) + (0,1702) x (0,9809) =

Acurácia do controle = 95,50%

2.5 MRP – Planejamento de Recursos Materiais

O MRP ou planejamento das necessidades de materiais, segundo Martins,Alt

(2000, p.97) “ é uma técnica que permite determinar as necessidades de compras dos

materiais que serão utilizados na fabricação de um certo produto”.

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Para Slack, Chambers e Johnston (2007, p.449), tanto pode significar o

planejamento das necessidades de materiais como o planejamento dos recursos de

manufatura, ambos possuem o mesmo propósito – auxiliar as empresas a planejar e a

controlar suas necessidades de recursos com o apoio de sistemas de informação

computadorizados.

A partir da lista de materiais (bill of material), que é obtida a partir da estrutura

analítica do produto, também conhecida por árvore do produto ou explosão do

produto,e em função de uma demanda dada, o computador calcula as necessidades de

materiais que serão utilizados e verifica se há estoques disponíveis para o atendimento.

Se não há material em estoque na quantidade necessária, ele emite uma solicitação de

compra – para os itens que são comprados – ou uma ordem de fabricação – para itens

que são fabricados internamente.

Os sistemas de Planejamento de Materiais preocupam-se basicamente com o

dimensionamento correto dos estoques. Reduções de custo ou maximização de lucro,

provenientes de uma perfeita adequação dos estoques ao tamanho das necessidades,

podem ser alcançados através da utilização de métodos e sistemas de planejamento e

controle especialmente projetados para esta finalidade. Estas técnicas, apoiadas pela

evolução da informática e uma ação mais efetiva no chamado “chão de fábrica”, têm

possibilitado bons resultados.

Segundo Dias (1995, p.131), “O MRP, mais precisamente definido, é um sistema

que estabelece uma série de procedimentos e regras de decisão, de modo a atender as

necessidades de produção numa seqüência de tempo logicamente determinada para

cada item componente do produto final. O sistema MRP é capaz de replanejar as

necessidades de materiais a cada alteração na programação de produção, registros de

inventário ou composição de produtos. Em outras palavras, trata-se de um sistema que

se propõe a definir as quantidades necessárias e o tempo exato para utilização dos

materiais na fabricação dos produtos finais”.

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2.5.1 Sistema MRP

Nesta seção serão apresentados os diversos programas de produção do sistema

MRP. Conforme Dias (1995, p.132) estes são:

• Programa-mestre de produção: baseado na carteira de pedido dos clientes e nas

previsões de demanda, o programa-mestre de produção, também chamado

MPS(Máster Production Schedule), é quem orienta todo sistema MRP. O MPS

alimenta o MRP com as informações sobre o produto final, ou seja, quais os

componentes e quando serão agregados ou transformados no produto final, ou

seja, quais os componentes e quando serão agregados ou transformados no

produto final planejado. Seu horizonte de planejamento é normalmente de um

ano, dividido em semanas.

Para Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 455) , “ o programa-mestre de

produção, é a fase mais importante do planejamento e controle de uma empresa.

Constitui-se na principal entrada para o planejamento das necessidades de

materiais”.

• Lista de Materiais: fazendo uma analogia à preparação de um bolo, podemos

dizer que as listas de materiais são a receita que especifica os “ingredientes”

para a preparação do MRP. Elas contêm as quantidades exatas de matérias-

primas, componentes e sub-rotinas que determinarão a confecção do produto

final. Além de especificar, as listas de materiais determinam o momento em que

os materiais devem estar disponíveis e identificam suas relações de dependência

com outros materiais e com o produto final.

• Registros de Inventário: permitem a identificação, em qualquer momento, das

posições de estoque e pedidos em aberto, de modo que se possa obter as

necessidades líquidas de materiais. Os registros de inventário também contêm

informações sobre estoques de segurança e lead times.

• Programa MRP: baseado nas necessidades do produto final especificadas no

programa-mestre de produção e nas informações provenientes das listas de

materiais, o programa MRP transforma a demanda do produto final em

necessidades brutas para cada item ou componente. A partir das informações

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constantes nos registros de inventário, são calculadas as necessidades líquidas

e liberadas as ordens de compra ou fabricação. As ordens correspondem às

necessidades em termos de quantidade e tempo relativos a sua aplicação no

produto final.

• Relatórios e dados de saída: completado o ciclo do programa MRP, o sistema

produz alguns relatórios e informações, úteis no gerenciamento do processo

logístico e de manufatura. Por exemplo: planejamento das necessidades de

materiais, liberação de ordens e reprogramação de pedidos em aberto,

planejamento das necessidades de capacidade, relatórios de desempenho etc..

Para Dias (1995), um conceito importante na concepção do sistema MRP

é o da natureza da demanda, que pode ser chamada de dependente ou

independente.

Para Martins, Laugeni (2003, p. 218):

O MRP surgiu da necessidade de se planejar o atendimento da demanda dependente, isto é, aquela que decorre da demanda independente. A demanda independente decorre das necessidades do mercado e se refere basicamente aos produtos acabados, ou seja, àqueles que são efetivamente entregues ao consumidor.

A próxima seção irá definir os elementos do MRP, mostrando através de uma

figura as etapas de informações necessárias para o bom desempenho deste sistema,

que permite identificar a necessidade do consumidor final e a partir daí planejar o

estoque.

2.5.2 Elementos do MRP

O processo inicia-se a partir da informação de “quanto” e “quando” o cliente

deseja consumir. O MRP, então, “explode”, essas informações para cada item

componente do produto final. A Figura nos permite visualizar a operação do sistema

MRP propriamente dito.(Dias, 1995, p.132)

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2.5.3 Vantagens e Limitações do MRP

Para Dias, (1995, p. 138):

O MRP caracteriza-se como um método de “empurrar” estoques, preferencialmente aplicável a partes e componentes cuja demanda dependa da demanda de outro produto. Outra característica do MRP é responder rapidamente a alterações na demanda do produto final, ou seja, tão logo recebam os inputs, partes e componentes são recalculados e o processo é refinado.

Ordens dos clientes

Programa-mestre de Produção

Previsões de Demanda

MRP Listas de

Materiais

Saídas e Relatórios

Registros de Inventários

Ordem de Compra

Ordem de Produção

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Podem-se destacar algumas vantagens do sistema MRP: (Dias, 1995, p.138)

• Manutenção de níveis razoáveis de estoques de segurança e minimização ou

eliminação de inventários quando for possível;

• Possibilidade de identificação de problemas nos processos;

• Programação de produção baseada na demanda real ou previsão de vendas do

produto final;

• Coordenação das colocações de ordens entre os pontos do sistema logístico da

empresa;

• Adequação à produção por lotes ou processos de montagens;

As limitações do MRP podem ser resumidas da seguinte forma:

• Processamentos computacionais pesados e de difícil interferência quando em

operação;

• Não-avaliação dos custos de colocação de ordens e de transportes que podem

crescer na medida da redução dos inventários e tamanhos de lotes de compra;

• Sistema não muito sensível às flutuações de curto prazo da demanda;

• Em algumas situações, o sistema torna-se muito complexo e não funciona como

o esperado.

2.6 Demanda De acordo com Ballou (1995), uma das melhores maneiras de classificar

estoques é segundo a natureza de sua demanda. Existem cinco tipos de demanda, e

são elas: demanda permanente, demanda sazonal, demanda irregular, demanda em

declínio e demanda derivada.

Os estoques para demanda permanente são os que requerem ressuprimento

contínuo ou periódico. O controle de estoque orienta-se para a previsão de demanda do

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inventário, a determinação de quando o ressuprimento deve ser efetuado e definir o

tamanho do lote de ressuprimento.

Grande número de produtos tem tal sazonalidade na demanda que não podem

ser controlados da mesma forma que produtos com demanda permanente. Podem ser

produtos com ciclo anual de demanda ou simplesmente produtos com ciclo de vida

muito curtos. A principal característica dessa demanda é ser por um único pico pelo

controle de estoques.

Alguns produtos têm comportamento tão irregular que a projeção de suas vendas

é muito difícil. O controle de estoques para produtos com demanda irregular está

amarrado com a previsão precisa de vendas, principalmente quando o comportamento

errático está combinado com tempos de ressuprimento muito longos ou pouco flexíveis.

O declínio da demanda é geralmente gradual e os estoques excedentes podem

ser diminuídos pouco a pouco. Para alguns produtos, o final ocorre subitamente, mas

de modo planejado. O problema aqui se concentra muito menos em prever a demanda

por peças de reposição e mais em planejar quando e quanto deve ser estocado período

a período.

Para alguns produtos sua demanda é conhecida se a demanda dos produtos

acabados puder ser determinada. O estoque necessário para atender uma demanda

derivada também é derivado. Quanto e quando comprar ou produzir pode ser

determinado com precisão a partir da demanda por produtos acabados. Ela serve como

base para efetuar a programação final da produção.

Segundo Martins e Alt (2002), os estoques podem ser classificados em demanda

dependente ou independente. Demanda independente são os itens cuja demanda

decorre dos pedidos dos clientes externos.Um item é dito de demanda dependente

quando a quantidade a ser utilizada depende da demanda de um item de demanda

independente.

De acordo com Russomano (1995, p. 127), “previsão da demanda, fundamento

do planejamento agregado é o processo sistemático e racional de conjecturar acerca

das possíveis vendas futuras dos produtos ou serviços da empresa”.

Para o mesmo autor, “os métodos da demanda podem ser qualitativos,

quantitativos ou mistos. Os primeiros, exclusivamente intuitivos, baseiam-se no

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julgamento dos gerentes e vendedores da empresa, bem como na opinião dos

consumidores e fornecedores. Nos métodos quantitativos os dados futuros são obtidos

a partir de dados históricos que são plotados, ajustados a curvas representativas e

extrapolados”.

2.6.1 Demanda Dependente e Independente

Saber o que os consumidores vão querer de uma operação nunca é totalmente

certo. Em contrapartida, algumas operações podem prever a demanda com mais

acuidade que outras.

Para Slack, Chambers e Johnston (2007), quando se fala em demanda

independente, ou seja, imprevisível, de certa forma, existe um elemento de acaso na

demanda que é virtualmente independente de qualquer fator evidente para a empresa.

Já por outro lado, a demanda dependente, é relativamente previsível, devido a sua

dependência de alguns fatores conhecidos.

De acordo com Corrêa e Corrêa (2007, p. 522), dá-se o nome de demanda

independente:

[...]àquela que é impossível ou, frequentemente, não está sob o controle da organização o consumo futuro deste item: está sim sujeito a muitos fatores fora do controle da organização, como o desempenho das ofertas concorrentes, as condições de mercado, as promoções dos concorrentes e mesmo de outros produtos não diretamente concorrentes, mas que competem por ter maior “fatia do bolso” do consumidor.

Em contrapartida, para Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 318), “demanda

dependente é, portanto, a demanda que é relativamente previsível devido a sua

dependência de alguns fatores conhecidos”.

Segundo Corrêa e Corrêa (2007, p. 522), “nem todos os itens de estoque,

entretanto, forçam seus gestores a prever seu consumo futuro. Permitem, ao contrário,

que seu consumo futuro seja calculado com base em fatores, estes, sim, sob controle

da operação”.

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33

Ainda para Slack, Chambers e Johnston (2007, p. 318), os conceitos de

demanda dependente e independente estão proximamente relacionados a como a

operação escolhe responder à demanda.

2.6.2 Previsão de Demanda

De acordo com Moreira (1998, p. 318), “para se obter uma previsão, existem

vários métodos disponíveis, que em princípio podem ser usados em quaisquer

circunstâncias, dependendo de certos fatores”. Os principais fatores são:

a) Disponibilidade de dados, tempo e recursos – há certos métodos, mais

sofisticados, normalmente envolvendo modelos matemáticos, que exigem, além

de dados numéricos com certa abundância, também a existência de profissionais

com o conhecimento necessário para trabalhar com os modelos. Também a

existência de computadores, dependendo do número e variedade dos produtos,

será altamente desejável.

b) Horizonte de previsão – há métodos que se mostram melhores para previsões de

longo prazo (vários anos no futuro), enquanto que outros são rotineiramente

aplicados às previsões para períodos mais curtos, com meses, semanas ou

mesmo dias.

Por outro lado, os métodos de previsão possuem algumas características que são

comuns a todos eles. Entre elas, pode-se citar:

I) Os métodos de previsão geralmente assumem que as mesmas causas que

estiveram presentes no passado, configurando a demanda, continuarão

presentes no futuro. Isso quer dizer que o comportamento do passado é a

base para se inferir sobre o comportamento do futuro. E dada a real

necessidade de fazermos previsões, é difícil de imaginar alguma forma de

previsão que não seja, consciente ou inconscientemente de forma direta ou

não, ligada às experiências do passado.

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II) Os métodos não conduzem a resultados perfeitos, e a chance de erro é tanto

maior quanto mais nos aprofundamos no futuro, ou seja, quanto maior seja

nosso horizonte de previsão. Isso acontece porque fatores aleatórios, que

nenhuma previsão consegue captar, passam a exercer mais e mais

influência.

Segundo Slack, Chambers e Johnston (2007, p.453), “qualquer que seja o grau

de sofisticação do processo de previsão numa empresa, é sempre difícil utilizar

dados históricos para prever futuras tendências, ciclos ou sazonalidades”.

2.6.2.1 Classificação dos métodos de previsão

De acordo com Moreira (1998, p. 318), é possível classifica os métodos de

previsão por critérios variados, mas a classifcação mais simples provavelmente é

aquela que leva em conta o tipo de abordagem usado, ou seja, o tipo de instrumentos e

conceitos que formam a base da previsão. Os métodos podem ser:

a) Qualitativos (ou baseados no julgamento) – são métodos que repousam

basicamente no julgamento de pessoas que, de forma direta ou indireta, tenham

condições de opinar sobre a demanda futura, tais como gerentes, vendedores,

clientes, fornecedores, etc.

b) Matemáticos (ou quantitativos) – são aqueles que utilizam modelos matemáticos

para se chegar aos valores previstos. Permitem controle do erro, mas exigem

informações quantitativas preliminares. Os métodos matemáticos subdividem-se

em:

I) Métodos causais – a demanda de um item ou conjunto de itens é

relacionada a uma ou mais variáveis internas ou externas à empresa.

- Regressão simples: é o caso em que se considera a demanda ligada a

apenas uma variável causal;

- Regressão múltipla: é o caso em que são consideradas duas ou mais

variáveis causais supostamente ligadas à demanda.

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35

II) Séries temporais – a análise de séries temporais nada exige além do

conhecimento de valores passados da demanda ( ou, de forma geral, da

demanda que se quer prever). O termo série temporal indica apenas uma

coleção de valores da demanda tomados em instantes específicos de

tempo, geralmente com igual espaçamento.

Por sua vez, dentro das séries temporais, são muito conhecidas e usadas

algumas classes de médias que podem ser extraídas de valores passados da

demanda. Também são muito úteis os modelos de decomposição das séries temporais.

Estes envolvem a determinação da linha de tendência obtida por meio de uma

regressão que considera o tempo como variável ligada à demanda. Valores previstos

pela linha de tendência podem então ser corrigidos para responder por outras

características da demanda.

2.6.2.2 Previsões de venda de curto prazo

De acordo com Corrêa e Corrêa (2007, p. 259), “para previsões de curto prazo,

normalmente, se aceita mais a hipótese de que o futuro seja uma “continuação” do

passado, ao menos do passado recente, ou seja, as mesmas tendências de

crescimento ou declínio observadas no passado devem permanecer no futuro, assim

como a sazonalidade ou ciclicidade observadas no passado”.

Ainda para Corrêa e Corrêa (2007), quanto mais da história passada estiver

disponível, melhor será a modelagem. Um cuidado que deve se tomar é de sempre

utilizar dados passados de períodos que totalizem múltiplos dos ciclos de ciclicidade (às

vezes também referido como sazonalidade); caso contrário, técnicas de regressão

utilizadas para derivar a curva de tendência poderão apresentar resultados errados.

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36

2.6.2.3 Previsões: Métodos de tratamento de informações

Para tratar as informações disponíveis, podem-se usar duas abordagens

complementares: as abordagens quantitativas (baseadas em séries históricas

projetadas para o futuro segundo algum método) e as qualitativas (baseadas em fatores

subjetivos ou de julgamento).

Corrêa e Corrêa (2007, p. 262), diz que:

• Métodos qualitativos: incorporam mais fatores de julgamento e intuição, em geral

mais subjetivos, nas análises dos dados disponíveis. Opiniões de especialistas,

experiências e julgamentos individuais e outros fatores não quantitativos podem

ser levados em conta. São especialmente úteis quando se espera que esses

fatores mais subjetivos possam ter mais capacidade de explicar o futuro, ou

quando dados quantitativos precisos e completos são muito caros ou difíceis de

ser obtidos.

• Métodos quantitativos: métodos de previsão baseados em séries de dados

históricos nas quais se procura, através de análises, identificar padrões de

comportamento para que estes sejam então projetados para o futuro. Estes

pressupõem que a previsão do futuro é baseada apenas nos dados do passado,

ou, em outras palavras, que os padrões identificados no passado permanecerão

no futuro.

2.6.2.4 Erros de previsão

As previsões de demanda estão sujeitas a erros, pelo fato de vários fatores que

podem influenciar de um dado período para outro.

Para Corrêa e Corrêa (2007, p. 269), é sempre importante acompanhar dois tipos

de erros de previsão: a “amplitude”, ou o “tamanho” dos erros e o chamado “viés” dos

erros. O viés ocorre quando os erros ocorrem sistematicamente (tendenciosamente)

para um lado só: ou quando as previsões são sistematicamente superdimensionadas

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37

ou subdimensionadas. Isso em geral ocorre por alguma causa “identificável”, ou seja,

pela influência de alguma variável deixada fora do modelo de previsão cuja influência

singular está influenciando significativamente os erros de previsão.

2.6.2.5 Método da Regressão Linear (ajustamento de retas)

Para o cálculo dos dados da ferramenta MRP, será utilizado o Método de

Regressão Linear, que segundo Martins e Laugeni (2006, p. 232), “consiste em

determinar a função Y=a+bX, sendo Y a variável dependente e X a variável

independente”. Para a execução dos cálculos com as calculadoras, utilizamos a

expressão a seguir, que facilita os cálculos. Todas as planilhas computacionais, como o

Excel e o Lotus, calculam automaticamente os coeficientes da reta que melhor se ajusta

a uma coleção de dados.

O coeficiente de correlação varia entre +1 e -1. Um coeficiente de variação

positivo indica uma reta ascendente, enquanto um coeficiente de correlação negativo

indica uma reta descendente.

Na próxima seção será abordado a questão do inventário de materiais.

2.7 Inventário de Materiais

De acordo com Martins e Laugeni (1999, p. 29), “o inventário dos materiais é

uma atividade do almoxarifado e que tem como objetivo principal assegurar que as

quantidades fixas ou existentes no almoxarifado estejam de acordo com as listagens e

os relatórios contábeis do estoque”.

“Ainda segundo Martins e Alt (2002, p. 156), o inventário físico e os registros do

controle de estoques, devem ser feito os ajustes conforme recomendações contábeis e

tributárias”.

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38

Geralmente são realizados inventários uma vez por ano em época de

encerramento contábil, mas fora desse período é aconselhável a realização de

inventários periódicos, para evitar possíveis faltas ou excesso de materiais no estoque.

Na próxima seção ver-se-á conceitos sobre o planejamento e controle da

produção, fundamental para a consecução de qualquer sistema de produção, inclusive

da ferramenta de MRP.

2.8 Planejamento e Controle da Produção – PCP

Em um sistema de manufatura, toda vez que são formulados objetivos, é

necessário formular planos de como atingi-lo, organizar recursos humanos e físicos

necessários para a ação, dirigir a ação dos recursos humanos sobre os recursos físicos

e controlar esta ação para a correção de eventuais desvios. No âmbito da

administração da produção, este processo é realizado pela função de Planejamento e

Controle da Produção (PCP).

Zacarelli (1979, p.118), denomina o PCP como Programação e Controle da

Produção, definindo-o como "...um conjunto de funções inter-relacionadas que

objetivam comandar o processo produtivo e coordená-lo com os demais setores

administrativos da empresa".

Na visão de Martins 1993, p. 214:

O objetivo principal do PCP é comandar o processo produtivo, transformando informações de vários setores em ordens de produção e ordens de compra - para tanto exercendo funções de planejamento e controle - de forma a satisfazer os consumidores com produtos e serviços e os acionistas com lucros.

Para Burbridge (1988, p.210),"o objetivo do PCP é proporcionar uma utilização

adequada dos recursos, de forma que produtos específicos sejam produzidos por

métodos específicos, para atender um plano de vendas aprovado".

No entanto, independente do sistema de manufatura e estrutura administrativa,

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39

um conjunto básico de atividades de PCP deve ser realizado. Estas atividades são

necessárias para a consecução dos objetivos do PCP, mas não necessariamente

deverão estar todas sendo executadas numa área específica. Isto dependerá da

configuração organizacional adotada pelo sistema de manufatura (Martins,1993).

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40

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Esta seção busca apresentar a empresa mais detalhadamente, seu histórico,

missão, visão, processos, clientes, concorrentes, dentre outros aspectos importantes

da mesma, bem como, a pesquisa que será realizada na empresa, o resultado do

trabalho e as considerações finais.

3.1 Caracterização da Empresa

3.1.1 Histórico da Empresa

O Sr. Eliomar Dagnoni, por volta dos anos de 1998 a 2001, possuía um

caminhão agregado com a prefeitura, mas a remuneração não estava de acordo

com o estabelecido pelo mesmo, portanto no final do ano de 2001, decidiu afastar-

se da prefeitura e montar seu próprio negócio.

Sem saber ao certo em que ramo atuar, foi pedir conselhos a seus amigos,

sendo que um destes, proprietário de serraria, o incentivou a seguir pelo mesmo

caminho. Após esta conversa com seu amigo, decidiu expor a idéia a sua família,

que concordou e apoiou-o nesta difícil tomada de decisão.

A Serraria E.I. três J Ltda., foi criada em 11 de novembro de 2002, caracteriza-se

com uma empresa familiar do ramo madeireiro, e está localizada na Rua Benjamin

Dagnoni, nº 3817, Rio do Meio, Itajaí.

O estabelecimento é considerado uma micro-empresa, o qual vem crescendo de

forma simultânea, obtendo grande aceitação de seus produtos, e correspondendo

satisfatoriamente à expectativa nela imposta.

Até o momento a empresa não possuía missão e visão, deste modo a estagiária,

juntamente com os proprietários, elaboraram a visão e missão da empresa,

destacadas nos próximos itens.

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41

3.1.2 Missão

A missão visa demonstrar o real interesse da empresa, a sua identificação

perante seus clientes, fornecedores, enfim comunidade em geral.

Pensando desta maneira, foi elaborada a seguinte missão para a Serraria:

“Promover a satisfação do cliente, oferecendo um produto acessível e de

qualidade, com lucro, obedecendo à legislação e respeitando o direito das pessoas

e comunidades.”

3.1.3 Visão

A visão da empresa é entendida como um sonho de longo prazo, algo que a

mesma almeja e busca alcançar.

Considerando este aspecto, foi estabelecida a visão a seguir:

“Atuar de maneira empreendedora, mantendo a satisfação do cliente, com um

atendimento eficiente, superando soluções de qualidade através de seus produtos”.

3.1.4 Objetivos

Thomas J. Watson Jr, da IBM fala a respeito da influência do objetivo para a

empresa, como este pode direcioná-la positivamente ou negativamente. Para ele:

"Acredito que a diferença vital entre o sucesso e o fracasso de uma empresa

pode freqüentemente ser atribuída à questão de até que ponto a organização

aproveita bem a energia e o talento de seu pessoal. Que faz ela para ajudar as

pessoas a achar um denominador comum que as aproximem? Como as mantém

direcionada em torno de um mesmo Objetivo?"

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42

Seguindo o ponto de vista de Thomas Watson, foram definidos os objetivos da

empresa, demonstrados abaixo.

• Crescimento;

• Rentabilidade;

• Participação de Mercado;

• Produtividade;

• Qualidade

3.1.5 Funcionograma

A Serraria é organizada como uma empresa de pequeno porte, sendo assim, a

mesma não conta com recursos tecnológicos, nem com programas de controle de

estoque, produção, isto é feito informalmente pelos próprios proprietários, como

também o controle das outras áreas, financeiro, RH, vendas, logística, etc.

De acordo com o contexto acima, a empresa divide-se desta forma:

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43

Proprietários

Proprietário 1

Proprietário 2

Vendas

RH

Financeiro

Logística

3.1.6 Número de funcionários

A Serraria conta com 8 funcionários, contando com os proprietários, assim

divididos por atividade e quantidade de pessoas que trabalham na mesma função,

conforme quadro demonstrativo abaixo.

Produção

Clientes

Funcionários

Processos

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44

Quadro 1: Número de funcionários por atividade.

Atividade Nº de funcionários

Responsável Administrativo 1 (proprietário)

Responsável Operacional 1 (proprietário)

Serrador 1

Refilador 1

Pé-de-serra 2

Motorista (entregas aos clientes) 1

Motorista (busca matéria-prima) 1

Fonte: Dados extraídos junto à empresa.

3.1.7 Processos

A principal atividade da empresa é a serragem das toras de pinus brutas,

transformando-as em madeira para caixaria, serradas em larguras variadas, como:

5,5, 8, 10, 15, 20, 25 e 30 cm, sendo que todas possuem o mesmo tamanho e

espessura – 3 metros de comprimento e 2,5 de espessura. Depois de serradas

as mesmas são refiladas, ou seja, é retirada a casca ou casqueiro que sobra do lado

da tábua, estas também são banhadas, para garantir o bom aspecto da madeira, e

por fim é feito o processo de corte no comprimento da madeira, que é padronizado

em 3 metros, como já citado acima, e estocado no pátio, separando-as de acordo

com sua respectiva largura.

A empresa também reaproveita as sobras do processo de serragem da tábua, o

cepilho e a casca ou casqueiro da madeira, que são vendidos para olarias que

utilizam destes para a caldeira, na fabricação de tijolos.

A madeira serrada é vendida em cúbicos, com exceção do casqueiro que é

vendido em feixe e do cepilho que é vendido em metro, sendo assim, segue o

quadro abaixo:

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Quadro 2: Produtos

Discriminação do

produto

Unidade Quantidade em

peças

Tábua de 10 1 m3 132

Tábua de 15 1 m3 88

Tábua de 20 1 m3 66

Tábua de 25 1 m3 53

Tábua de 30 1 m3 44

Sarrafo 5.5 1 m3 242

Sarrafo 8 1 m3 168

Discriminação do

produto

Unidade Quantidade

Casqueiro 1x1x3m 1 feixe 62

Cepilho 1 m2 Medido de acordo

com a metragem do

caminhão.

Fonte: Dados extraídos junto à empresa.

3.1.8 Clientes

A empresa conta com uma gama de clientes bem diversificados, desde

construtoras, materiais de construção, empreiteiras até pessoas autônomas e

particular, porém, seus principais clientes são os materiais de construção e

construtoras.

No quadro abaixo segue o nome/razão social da empresa e ordem de compra

mensal, em média, de madeira dos principais clientes:

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Quadro 3: Clientes

Nome/Razão Social da empresa Ordem de compra mensal –

Em média

Máxima Construtora 40 m3

Bravacon Construtora 40 m3

Sulbrasil Construtora 120 m3

Construtora Mondo 30 m3

Gaertner Construtora 35 m3

Construtora Melo de Moraes 15 m3

Materiais de Construção Archer 45 m3

Materiais de Construção Fazenda 18 m3

Materiais de Construção H. Borba 22 m3

Materiais de Construção Tanako 25 m3

Materiais de Construção Carlinhos 13 m3

ECE – Empresa Catarinense de

Eletricidade Ltda.

25 m3

Fonte: Dados extraídos junto à empresa.

3.1.9 Concorrentes

No contexto de concorrentes, a serraria encontra-se cercada por eles, já que na

mesma localidade existem seis serrarias, sendo que pela quantidade e proximidade,

umas acabam “tirando” clientes das outras, por isso é necessário oferecer um

produto de qualidade, bom preço, e apresentar um controle de produtividade, para

que não ocorra falta de produto, atendendo assim o cliente sempre no prazo.

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47

3.2 Resultado da Pesquisa

A Tabela 1 abaixo ilustra os valores vendidos em m3, dos anos de 2005, 2006,

2007 até setembro de 2008, e a previsão de demanda, destacadas em vermelho, para

os anos de 2008 e 2009, auxiliando assim, na identificação de necessidades futuras de

matéria-prima, considerando que a demanda é sazonal, ou seja, pode alterar de acordo

com cada mês.

Os valores são reais e foram disponibilizados pela empresa pesquisada, já para

se chegar aos valores previstos, foi-se elaborada uma planilha no excel, com margem

de erro de 1% para mais ou para menos, formulando uma espécie de comparação entre

os anos e meses passados (2005, 2006 e 2007), para se chegar a um valor aproximado

da realidade nos períodos desejados, sendo assim, prever as necessidades de

materiais para 2008, comparando com a demanda real até setembro e para o ano

seguinte, 2009.

Tabela 1 – Demandas reais dos anos anteriores e previsão para os anos de 2008 e 2009.

Quantidade vendida em m3 - Previsão para os anos de 2008 e 2009

Ano

Mês

2005 2006 2007 2008/

Previsão

2008/

Real

2009/

Previsão

Janeiro 280,117 331,638 383,710 522 462,190 616 Fevereiro 307,191 359,538 332,519 431 489,570 604 Março 318,283 427,857 404,768 565 534,704 694 Abril 312,928 413,189 393,594 545 545,216 703 Maio 384,651 462.461 361,726 456 528,525 621 Junho 283,777 410,743 442,424 644 567,275 775 Julho 416,310 423,806 436,209 534 652,710 796 Agosto 371,437 390,411 512,017 622 527 Setembro 349,655 338,135 333,781 357 557 Outubro 340,813 385,561 418,064 505 - 598

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48

Novembro 404,494 256,956 356,594 322 - 328 Dezembro 214,872 221,628 306,555 374 - 462 Fonte: Dados reais extraídos junto à empresa e dados do projeto.

3.2.1 Previsão de Demanda/MRP - Ano 2008

Num primeiro momento serão apresentadas as previsões realizadas para o ano

de 2008. Do mesmo modo, poderá ser acompanhado e verificado com os dados reais,

disponibilizados pela empresa, até setembro do referido ano.

A tabela 2 indica o histórico das vendas reais, dos anos de 2005, 2006 e 2007,

para prever as vendas de 2008.

Tabela 2 – Histórico das vendas

Mês 2005 2006 2007 Janeiro 280 332 383 Fevereiro 307 360 333 Março 318 428 405 Abril 313 413 394 Maio 385 462 362 Junho 284 411 442 Julho 416 424 436 Agosto 371 390 512 Setembro 350 338 334 Outubro 341 386 418 Novembro 404 257 357 Dezembro 215 222 307 Fonte: Dados reais extraídos junto à empresa. Com base nos dados reais apresentados na tabela acima, foi elaborado o MRP,

um planejamento simples das necessidades de materiais, utilizando-se como

ferramenta, o Excel, para expor os dados reais e realizar as previsões determinadas,

neste caso para o ano de 2008.

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O ajuste foi feito com base nas demandas dos anos anteriores, considerando-se

à sazonalidade em certos períodos do ano. A estagiária juntamente com a sócia-

proprietária chegaram a um consenso, depois de analisados os dados anteriores e o

conhecimento do ramo que a sócia-proprietária adquiriu ao longo do tempo, foi

determinado os valores que seriam alocados no ajuste (%) da previsão, proporcionando

os seguintes resultados, como mostra a tabela 3 abaixo.

Tabela 3 – Previsão de demanda

Previsão Demanda Diferença Mês Projeção Ajuste % Corrigida Real %

Janeiro 435 20 522 462 12,9 Fevereiro 359 20 431 490 12,0 Março 471 20 565 535 5,6 Abril 454 20 545 545 0,0 Maio 380 20 456 529 13,8 Junho 537 20 644 567 13,7 Julho 445 20 534 653 18,2 Agosto 565 10 622 409 52,0 Setembro 325 10 357 513 30,4 Outubro 459 10 505 Novembro 292 10 322 Dezembro 340 10 374 Fonte: Dados reais e dados do projeto.

Como já era possível obter os dados da demanda real até o mês de setembro do

referido ano, foi projetada a demanda para o ano inteiro, podendo desta maneira,

comparar com os dados reais, visualizando erros e acertos de previsões, sobra ou falta

de estoque em determinados períodos, bem como, a quantidade a ser comparada de

matéria-prima. A tabela 4 mostra a previsão realizada, os valores reais vendidos de

cada mês, o plano mestre e a ordem de produção, de acordo com a participação de

cada produto na tabela especificado.

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Tabela 4 – Explosão das necessidades de materiais

Ano 2008

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mestre Prod Estoque Produção % Estoque

10 19 99,1 89,0 99,1 99,1 10,2 10,1 Janeiro 15 17 88,7 78,0 88,7 88,7 12,0 10,7

20 26 135,6 122,0 135,6 135,6 10,0 13,6

Previsão 25 19 99,1 88,0 99,1 99,1 11,2 11,1

522 30 16 83,5 74,5 83,5 83,5 10,7 9,0 5.5 1 5,2 3,0 5,2 5,2 42,5 2,2

8 2 10,4 7,7 21,1 21,1 26,3 13,4

Ordem Compra 462,2 532,2

Ano 2008

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest. Prod Estoque Produção %

Estoque

10 21 90,6 101,0 101,0 10,1 90,9 11,5 -10,1 Fevereiro 15 18 77,6 90,0 90,0 10,7 79,3 16,0 -10,7

20 26 112,1 128,0 128,0 13,6 114,4 14,2 -13,6

Previsão 25 15 64,7 71,0 71,0 11,1 59,9 9,8 -11,1 431 30 14 60,4 69,0 69,0 9,0 60,0 14,3 -9,0

5.5 4 17,2 19,7 19,7 2,2 17,5 14,2 -2,2

8 2 8,6 10,9 21,1 13,4 21,1 26,0 10,2

Ordem Compra 489,6 443,1

Ano 2008

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 18 101,7 99,0 101,7 -10,1 111,8 2,6 12,8

Março 15 11 62,1 57,0 62,1 -10,7 72,8 8,3 15,8

20 38 214,6 205,0 214,6 -13,6 228,2 4,5 23,2

Previsão 25 16 90,4 38,0 90,4 -11,1 101,5 57,9 63,5 565 30 14 79,1 75,5 79,1 -9,0 88,0 4,5 12,5

5.5 2 11,3 8,7 11,3 -2,2 13,5 23,0 4,8

8 1 5,6 1,5 21,1 10,2 21,1 73,4 19,6

Ordem Compra 484,7 636,9

Ano 2008

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença Mês

Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

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51

10 19 103,6 103,0 103,6 12,8 90,8 0,6 -12,2 Abril 15 29 158,1 158,0 158,1 15,8 142,3 0,1 -15,7

20 33 179,9 179,0 179,9 23,2 156,7 0,5 -22,3

Previsão 25 16 87,2 88,0 88,0 63,5 24,5 0,9 -63,5 545 30 1 5,5 8,0 8,0 12,5 4,5 46,7 -12,5

5.5 1 5,5 7,2 7,2 4,8 2,4 32,1 -4,8

8 0 0,0 2,0 21,1 19,6 21,1 #DIV/0! 19,1

Ordem Compra 545,2 433,3

Ano 2008

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 29 132,2 151,1 151,1 -12,2 163,3 14,3 12,2 Maio 15 23 104,9 121,1 121,1 -15,7 136,8 15,5 15,7

20 30 136,8 156,0 156,0 -22,3 178,3 14,0 22,3

Previsão 25 10 45,6 55,0 55,0 -63,5 118,5 20,6 63,5 456 30 6 27,4 32,0 32,0 -12,5 44,5 17,0 12,5

5.5 1 4,6 5,5 5,5 -4,8 10,3 20,6 4,8

8 1 4,6 7,8 21,1 19,1 21,1 71,1 13,3

Ordem Compra 528,5 672,8

Ano 2008

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 10 64,4 57,0 64,4 12,2 52,3 11,5 -4,7

Junho 15 17 109,5 98,0 109,5 15,7 93,9 10,5 -4,1

20 45 290,0 255,0 290,0 22,3 267,7 12,1 12,7

Previsão 25 18 116,0 101,0 116,0 63,5 52,5 12,9 -48,5

644 30 6 38,7 32,0 38,7 12,5 26,1 17,2 -5,9 5.5 3 19,3 18,8 19,3 4,8 14,5 2,8 -4,3

8 1 6,4 5,5 21,1 13,3 21,1 14,6 15,6

Ordem Compra 567,3 528,0

Ano 2008

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 20 106,9 131,0 131,0 -4,7 135,7 22,6 4,7 Julho 15 12 64,1 78,0 78,0 -4,1 82,1 21,6 4,1

20 40 213,8 258,0 258,0 12,7 245,3 20,7 -12,7

Previsão 25 17 90,8 112,0 112,0 -48,5 160,5 23,3 48,5 534 30 9 48,1 58,0 58,0 -5,9 63,9 20,6 5,9

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52

5.5 2 10,7 12,6 12,6 -4,3 16,9 17,9 4,3

8 0 0,0 3,1 21,1 15,6 21,1 #DIV/0! 18,0

Ordem Compra 652,7 725,5

Ano 2008

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 4 24,9 19,0 24,9 4,7 20,1 23,6 1,1 Agosto 15 9 56,0 35,0 56,0 4,1 51,8 37,5 16,8

20 38 236,3 155,0 236,3 -12,7 249,0 34,4 94,0

Previsão 25 24 149,2 98,0 149,2 48,5 100,8 34,3 2,8 622 30 14 87,1 58,0 87,1 5,9 81,2 33,4 23,2

5.5 6 37,3 23,0 37,3 4,3 33,0 38,4 10,0

8 5 31,1 21,0 21,1 18,0 21,1 32,5 0,1

Ordem Compra 409,0 557,0

Ano 2008

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 9 32,1 48,0 48,0 1 46,9 49,3 -1,1 Setemb. 15 18 64,3 92,0 92,0 17 75,2 43,1 -16,8

20 33 117,9 170,0 170,0 94 76,0 44,2 -94,0

Previsão 25 25 89,3 130,0 130,0 3 127,2 45,6 -2,8 357 30 4 14,3 21,0 21,0 23 2,2 47,0 -23,2

5.5 6 21,4 28,0 28,0 10 18,0 30,7 -10,0

8 5 17,9 24,0 21,1 0 21,1 34,4 -2,9

Ordem Compra 357,1 513,0 362,2

Ano 2008

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 11 55,5 55,5 -1,1 56,6 56,6 Outubro 15 13 65,6 65,6 -16,8 82,4 82,4

20 37 186,7 186,7 -94,0 280,6 280,6

Previsão 25 22 111,0 111,0 -2,8 113,8 113,8

505 30 9 45,4 45,4 -23,2 68,6 68,6 5.5 5 25,2 25,2 -10,0 35,3 35,3

8 3 15,1 21,1 -2,9 21,1 21,1

Ordem Compra 0,0 658,4

Ano 2008

Previsão

Vendas

Plano Mest Prod

Em Estoque Ordem Diferença

Estoque

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53

Produto % Qtde reais Produção % Mês 10 8 25,7 25,7 56,6 30,9 -30,9

Novemb. 15 13 41,8 41,8 82,4 40,6 -40,6

20 36 115,8 115,8 280,6 164,9 -164,9

Previsão 25 24 77,2 77,2 113,8 36,6 -36,6 322 30 9 28,9 28,9 68,6 39,7 -39,7

5.5 6 19,3 19,3 35,3 16,0 -16,0

8 4 12,9 21,1 21,1 21,1 21,1

Ordem Compra 0,0 307,5

Ano 2008

Previsão

Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde Vendas

reais

Plano Mest. Prod.

Em Estoque Produção %

Estoque

10 9 33,7 33,7 -30,9 64,6 64,6 Dezemb. 15 15 56,1 56,1 -40,6 96,7 96,7

20 35 130,9 130,9 -164,9 295,8 295,8

Previsão 25 24 89,8 89,8 -36,6 126,3 126,3 374 30 7 26,2 26,2 -39,7 65,8 65,8

5.5 6 22,4 22,4 -16,0 38,4 38,4

8 4 15,0 21,1 21,1 21,1 21,1

Ordem Compra 0,0 708,7 Fonte: Dados reais e dados do projeto.

O gráfico 1 ilustra a previsão das vendas ao longo do ano, podendo-se visualizar

as vendas reais realizadas em 2005, 2006, 2007 e até setembro de 2008, bem como,e

as vendas que foram previstas para o devido ano.

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54

Gráfico 1- Previsão de Vendas

Fonte: Dados do projeto. A tabela 5 representa, para maior apreciação, os dados de previsão de vendas

que estão ilustrados no gráfico acima.

Tabela 5 – Previsão de vendas

Meses 2005 2006 2007 2008 Projeção Janeiro 280 332 383 462 522

Fevereiro 307 360 333 490 431 Março 318 428 405 535 565

Abril 313 413 394 545 545 Maio 385 462 362 529 456

Junho 284 411 442 567 644 Julho 416 424 436 653 534

Agosto 371 390 512 409 622 Setembro 350 338 334 513 357

Outubro 341 386 418 0 505 Novembro 404 257 357 0 322 Dezembro 215 222 307 0 374

Fonte: Dados do projeto. O gráfico 2 demonstra a ordem de compras que deve ser realizada, baseada nas

previsões elaboradas e nos dados reais até setembro de 2008 apresentados,

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55

considerando-se também os estoques, que por ventura vieram a sobrar ou faltar em

determinado período. Gráfico 2 – Compras

Fonte: Dados do projeto. A tabela 6 apresenta os valores representados no gráfico acima. Tabela 6 - Compras

Meses Compras Janeiro 532

Fevereiro 443 Março 637 Abril 433 Maio 673 Junho 528 Julho 726

Agosto 557 Setembro 362 Outubro 658

Novembro -308 Dezembro 709

Fonte: Dados do projeto.

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56

3.2.2 Previsão de Demanda/MRP - Ano 2009 Nesta seção será apresentado a previsão de demanda e o cálculo do MRP para

o ano de 2009, baseados nos dados dos anos anteriores, seguindo a mesma linha da

projeção realizada para o ano de 2008.

A tabela 7 indica o histórico das vendas reais, dos anos de 2005, 2006, 2007 e

2008, para prever as vendas de 2009.

Tabela 7 – Histórico da vendas

Mês 2005 2006 2007 2008 Janeiro 280 332 383 462 Fevereiro 307 360 333 490 Março 318 428 405 535 Abril 313 413 394 545 Maio 385 462 362 529 Junho 284 411 442 567 Julho 416 424 436 653 Agosto 371 390 512 409 Setembro 350 338 334 514 Outubro 341 386 418 505 Novembro 404 257 357 322 Dezembro 215 222 307 374

Fonte: Dados do projeto. Para o ano de 2009, o mesmo ajuste realizado no ano de 2008 será utilizado,

considerando a justificativa já anteriormente apresentada. A tabela 8, apresenta a

primeira projeção realizada e a previsão já corrigida contando com o ajuste.

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57

Tabela 8 – Previsão de demanda

Previsão Demanda Diferença Mês Projeção Ajuste % Corrigida Real %

Janeiro 514 20 616 Fevereiro 503 20 604 Março 579 20 694 Abril 586 20 703 Maio 518 20 621 Junho 646 20 775 Julho 663 20 796 Agosto 480 10 527 Setembro 506 10 557 Outubro 544 10 598 Novembro 299 10 328 Dezembro 420 10 462

Fonte: Dados do projeto.

A tabela 9 mostra a previsão realizada, os valores projetados de cada mês,

sendo que posteriormente, poderá ser feito um acompanhamento, como no caso do

ano de 2008, alimentando a planilha com dados reais e verificando erros e acertos de

previsão. Na tabela abaixo, foram previstos o plano mestre e a ordem de produção,

bem como, a participação de cada produto na tabela especificado.

Tabela 9 – Explosão das Necessidades de Materiais

Ano 2009

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 19 117,1 117,1 117,1 117,1 Janeiro 15 17 104,8 104,8 104,8 104,8

20 26 160,2 160,2 160,2 160,2

Previsão 25 19 117,1 117,1 117,1 117,1

616 30 16 98,6 98,6 98,6 98,6 5.5 1 6,2 6,2 6,2 6,2

8 2 12,3 21,1 21,1 21,1

Ordem Compra 0,0 625,0

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58

Ano 2009

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 21 126,8 126,8 126,8 126,8 Fevereir

o 15 18 108,6 108,6 108,6 108,6

20 26 156,9 156,9 156,9 156,9

Previsão 25 15 90,5 90,5 90,5 90,5 604 30 14 84,5 84,5 84,5 84,5

5.5 4 24,1 24,1 24,1 24,1

8 2 12,1 21,1 21,1 21,1

Ordem Compra 0,0 612,6

Ano 2009

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 18 125,0 125,0 125,0 125,0 Março 15 11 76,4 76,4 76,4 76,4

20 38 263,8 263,8 263,8 263,8

Previsão 25 16 111,1 111,1 111,1 111,1 694 30 14 97,2 97,2 97,2 97,2

5.5 2 13,9 13,9 13,9 13,9

8 1 6,9 21,1 21,1 21,1

Ordem Compra 0,0 708,3

Ano 2009

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 19 133,5 133,5 133,5 133,5 Abril 15 29 203,8 203,8 203,8 203,8

20 33 231,9 231,9 231,9 231,9

Previsão 25 16 112,4 112,4 112,4 112,4 703 30 1 7,0 7,0 7,0 7,0

5.5 1 7,0 7,0 7,0 7,0

8 0 0,0 21,1 21,1 21,1

Ordem Compra 0,0 716,7

Ano 2009

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 29 180,1 180,1 180,1 180,1

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59

Maio 15 23 142,8 142,8 142,8 142,8

20 30 186,3 186,3 186,3 186,3

Previsão 25 10 62,1 62,1 62,1 62,1

621 30 6 37,3 37,3 37,3 37,3 5.5 1 6,2 6,2 6,2 6,2

8 1 6,2 21,1 21,1 21,1

Ordem Compra 0,0 635,9

Ano 2009

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 10 77,5 77,5 77,5 77,5 Junho 15 17 131,8 131,8 131,8 131,8

20 45 348,8 348,8 348,8 348,8

Previsão 25 18 139,5 139,5 139,5 139,5 775 30 6 46,5 46,5 46,5 46,5

5.5 3 23,3 23,3 23,3 23,3

8 1 7,8 21,1 21,1 21,1

Ordem Compra 0,0 788,5

Ano 2009

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 20 159,1 159,1 159,1 159,1

Julho 15 12 95,5 95,5 95,5 95,5

20 40 318,2 318,2 318,2 318,2

Previsão 25 17 135,3 135,3 135,3 135,3 796 30 9 71,6 71,6 71,6 71,6

5.5 2 15,9 15,9 15,9 15,9

8 0 0,0 21,1 21,1 21,1

Ordem Compra 0,0 816,7

Ano 2009

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 4 21,1 21,1 21,1 21,1 Agosto 15 9 47,5 47,5 47,5 47,5

20 38 200,4 200,4 200,4 200,4

Previsão 25 24 126,6 126,6 126,6 126,6

527 30 14 73,8 73,8 73,8 73,8 5.5 6 31,6 31,6 31,6 31,6

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60

8 5 26,4 21,1 21,1 21,1

Ordem Compra 0,0 522,2

Ano 2009

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 9 50,1 50,1 50,1 50,1 Setemb. 15 18 100,2 100,2 100,2 100,2

20 33 183,7 183,7 183,7 183,7

Previsão 25 25 139,2 139,2 139,2 139,2 557 30 4 22,3 22,3 22,3 22,3

5.5 6 33,4 33,4 33,4 33,4

8 5 27,8 21,1 21,1 21,1

Ordem Compra 556,6 0,0 549,8

Ano 2009

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 8 47,8 47,8 47,8 47,8 Outubro 15 12 71,7 71,7 71,7 71,7

20 15 89,7 89,7 89,7 89,7

Previsão 25 30 179,4 179,4 179,4 179,4 598 30 10 59,8 59,8 59,8 59,8

5.5 20 119,6 119,6 119,6 119,6

8 5 29,9 21,1 21,1 21,1

Ordem Compra 0,0 589,0

Ano 2009

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Prod Estoque Produção %

Estoque

10 8 26,3 26,3 26,3 26,3

Novemb. 15 12 39,4 39,4 39,4 39,4

20 15 49,3 49,3 49,3 49,3

Previsão 25 30 98,5 98,5 98,5 98,5 328 30 10 32,8 32,8 32,8 32,8

5.5 20 65,7 65,7 65,7 65,7

8 5 16,4 21,1 21,1 21,1

Ordem Compra 0,0 333,0

Ano 2009

Previsão

Vendas Plano Em Ordem Diferença

Mês Produto % Qtde reais Mest Estoque Produção % Estoque

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61

Prod

10 8 37,0 37,0 37,0 37,0

Dezemb. 15 12 55,4 55,4 55,4 55,4

20 15 69,3 69,3 69,3 69,3

Previsão 25 30 138,6 138,6 138,6 138,6 462 30 10 46,2 46,2 46,2 46,2

5.5 20 92,4 92,4 92,4 92,4

8 5 23,1 21,1 21,1 21,1

Ordem Compra 0,0 460,0

O gráfico 3 ilustra a previsão das vendas ao longo do ano, podendo-se visualizar

as vendas reais realizadas em 2005, 2006, 2007 e 2008, bem como, as vendas que

foram previstas para o devido ano.

Gráfico 3 – Previsão de vendas

Fonte: Dados do projeto A tabela 10 demonstra os valores reais de demanda dos anos interiores, assim

como, a projeção das vendas para 2009, ilustrado no gráfico acima.

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62

Tabela 10 – Previsão de vendas

Meses 2005 2006 2007 2008 Projeção Janeiro 280 332 383 0 616

Fevereiro 307 360 333 0 604 Março 318 428 405 0 694

Abril 313 413 394 0 703 Maio 385 462 362 0 621

Junho 284 411 442 0 775 Julho 416 424 436 0 796

Agosto 371 390 512 0 527 Setembro 350 338 334 0 557

Outubro 341 386 418 0 598 Novembro 404 257 357 0 328 Dezembro 215 222 307 0 462

Fonte: Dados do projeto.

O gráfico 4 demonstra a ordem de compras que deve ser realizada, baseada nas

previsões elaboradas para 2009, considerando-se também os estoques, que por

ventura vieram a sobrar ou faltar em determinado período.

Gráfico 4 – Compras

Fonte: Dados do projeto.

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63

A tabela 11 a seguir, proporciona a compreensão do gráfico acima, sendo assim,

mostra os valores previstos de compras como ilustrado no gráfico.

Tabela 11 - Compras

Meses Compras Janeiro 625

Fevereiro 613 Março 708 Abril 717 Maio 636 Junho 789 Julho 817

Agosto 522 Setembro 550 Outubro 589

Novembro 333 Dezembro 460

Fonte: Dados do projeto.

Por ser uma empresa de pequeno porte, a Serraria é bem estruturada, não conta

com o auxílio de tecnologias, porém todas as entradas e saídas da empresa são

controladas através de uma caderneta, pela qual a sócia-proprietária anota todas as

informações, facilitando assim, na elaboração deste sistema de produção.

Na próxima seção serão expostas as considerações finais do trabalho, os

resultados apresentados pela estagiária e as conclusões finais.

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64

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho foi proposto, pelo fato da existência da sazonalidade das vendas.

Devido a este problema, a estagiária decidiu elaborar um cálculo para prever a

quantidade de matéria-prima que deve ser comprada mensalmente, baseando-se nas

estimativas de consumo do ano de 2005 até o momento, e a partir destas estimativas

de demanda, programar as necessidades de materiais para os próximos períodos.

De acordo com a pesquisa realizada na Serraria E.I três J Ltda, verificou-se que

a empresa possui todas as informações, mas não utiliza isto como uma forma de

estratégia. No caso da aquisição de materiais, por exemplo, poderiam estar aplicando a

ferramenta proposta, o MRP, para ter maior controle na compra de matéria-prima,

evitando desperdícios futuros, planejando o estoque, recursos financeiros necessários

para a compra, servindo como facilitador para a organização, e esta por sua vez,

aumentaria o grau de eficiência neste aspecto.

Conforme comentado no decorrer do trabalho, o MRP é uma ferramenta pela

qual, fornece uma previsão de demanda, podendo basear-se em vários fatores, no caso

deste projeto, foram utilizados para a elaboração das projeções, dados reais de

períodos anteriores para realizar estimativas futuras, tornando-se obséquio de erros de

previsão, já que incertezas e novos fatores podem aparecer. Em contrapartida, pode-se

partir do pressuposto que este sistema facilitaria na gestão de compra de insumos, na

ordem de produção e vendas de seus produtos, atuando como forte aliado para a

tomada de decisão.

Contudo, os resultados finais foram satisfatórios, foi possível adaptar a uma

empresa pequena, um sistema complexo como o MRP, extraindo deste, suas principais

funcionalidades e aplicando-o á capacidade de produção da Serraria, atendendo assim

ás expectativas tanto da estagiária, quanto da empresa pesquisada.

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65

5 Programa de Trabalho e Cronograma

Nesta seção, o objetivo é a programação das etapas finais do projeto, revisão

geral do mesmo e cronograma para finalização do trabalho e apresentação deste em

banca examinadora.

5.1 Programa de Trabalho

O programa de trabalho tem como objetivo descrever as etapas a serem

cumpridas do período de estágio II e III, bem como a execução dos objetivos

específicos a serem entregues ao longo do semestre.

1a ETAPA – Estágio II

- Aprovação do projeto pelo professor orientador e empresa;

- Entrega dos documentos na Coordenação de Estágios;

- Complemento da Revisão Bibliográfica

- Revisão dos aspectos metodológicos

- Caracterização da empresa

2a ETAPA – Estágio III

- Levantamento dos dados na empresa;

- Análise dos dados;

- Sugerir Melhorias;

- Conclusões

- Revisão do TCE

- Preparar apresentação de banca examinadora

- Apresentar o trabalho em banca examinadora

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66

5.2 Cronograma

O cronograma apresenta os meses de desenvolvimento de cada etapa até a

apresentação do trabalho final em banca examinadora.

ETAPAS Meses - 2008 mar. abr. maio jun. jul ago. set. out. nov

1ª Etapa X X X X 2ª Etapa X X X X

TCE X X X X X X Apresentação em

banca X

5.3 Orçamento

A finalidade do orçamento é apresentar a quantia total em dinheiro de custos

com recursos materiais utilizados para a elaboração do trabalho, apresentando a

descriminação de cada item e suas especificações.

ITEM Unidade Qtde Custo Unit. Custo Total

Papel A4 Folha 22 0,05 1,10

Fotocópias Folha 30 0,10 3,00

Combustível

Litros 20 2,89 57,80

Disket

Caixa 01 12,00 12,00

TOTAL .............. ............ .............. 73,90

Quadro: Orçamento Fonte: Dados do trabalho

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67

Referências Bibliográfica:

BALLOU, Ronald. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. BALLOU, Ronald. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. 1.ed. São Paulo: Atlas, 1995. BURBIDGE, J. L. Planejamento e controle da produção. 2.ed. São Paulo, Atlas, 1988. CARVALHO, Antonio Vieira de; NASCIMENTO, Luiz Paulo do. Administração de recursos humanos. São Paulo: Pioneira, 1997. CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação a administracao geral. 3.ed. Sao Paulo: Makron Books, 2000. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas. 2. ed., rev. e atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. CORRÊA, Henrique L.; CORRÊA, Carlos A., Administração da produção e operações – manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. 2.ed, São Paulo: Atlas, 2007 DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1995. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: princípios, conceito e gestão. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2005. DRUCKER, Peter Ferdinand. A nova era da administração. São Paulo: Pioneira, 1974. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3.ed. Sao Paulo: Atlas, Mercuryo, 1999

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68

KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2000. MARTINS, R. A., Flexibilidade e Integração no novo paradigma produtivo mundial : estudos de casos. Dissertação de Mestrado, EESC/USP, São Carlos,1993. MARTINS, Petrônio G. LAUGENI, Fernando P. Administração da produção, São Paulo: Saraiva, 2003. MARTINS, Petrônio G; ALT, Paulo Renato Campos. Administração de materiais e recursos patrimoniais.São Paulo: Saraiva, 2002. MARTINS, Petrônio G; ALT, Paulo Renato Campos. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de marketing v.1: metodologia, planejamento. 3.ed. 1996. MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de marketing. 2.ed. Sao Paulo: Atlas, 2000. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução a administração. 5.ed.rev.e ampl. São Paulo: Atlas, 2000. MEGGINSON, Leon C; PIETRI JUNIOR, Paul H.; MOSLEY, Donald C. Administração: conceitos e aplicações. 4. ed. São Paulo: HARBRA, 1998. MOREIRA, Daniel A. Administração de produção e operações, 3.ed. São Paulo: Livraria Pioneira, Editora, 1998. RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed., rev. e ampl. São Paulo, SP: Atlas, 1999. ROESCH, Sylvia M. A. Projetos de estágio e pesquisa em administração. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1999.

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69

ROESCH, Sylvia M. A. Projetos de estágio e pesquisa em administração. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2007. RUSSOMANO, Victor Henrique. PCP, planejamento e controle da produção. 5. ed. rev. e ampl. Sao Paulo: Pioneira, 1995. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart;JOHNSTON, Robert. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2002. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart;JOHNSTON, Robert. Administração da produção. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2007. ZACARELLI, S.B., Programação e controle da Produção. 5 ed. São Paulo, Livraria Pioneira, 1979.

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70

ANEXOS

Nesta seção será apresentado os dados reais de demanda da empresa, dos

anos de 2005, 2006, 2007 e até o mês de setembro de 2008, disponibilizados pela

empresa e transcritos pela estagiária, seguindo as especificações das tábuas

comercializadas, bem como a quantidade vendida e a participação nas vendas de cada

tábua.

Ano 2005 Total das vendas – 3.984,528 m3

• Janeiro:

Discriminação da tábua

Quantidade vendida (m3)

Participação (%)

10 28,600 10 15 32,300 12 20 99 35 25 65 23 30 25 9 5.5 22,500 8 8 7,717 3

TOTAL 280,117 100

�����������

�Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)�

10 15 5% 15 55 18% 20 122 40% ��� 65 21% 30 28 9% 5,5 18,191 6% 8 4 15

TOTAL 307,191 100 �

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71

������Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)�

10 8 2% 15 35 11% 20 111 35% 25 112 35% 30 31,500 10% 5,5 15 5% 8 5,783 2%

TOTAL 318,283 100 �

� �����Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)�

10 9,500 3% 15 32,300 10% 20 151 48% 25 62 20% 30 34 11% 5,5 5,500 2% 8 18,628 6%

TOTAL 312,928 100 �

����Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)�

10 11,500 3% 15 38,900 10% 20 162 42% 25 88 23% 30 70 18% 5,5 11 3% 8 3,251 1%

TOTAL 384,651 100 �

��������Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)�

10 12,500 4% 15 45 16% 20 101 36% 25 75 26% 30 32 11% 5,5 18 6%

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8 0,277 1% TOTAL 283,777 100

� �

��������Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)�

10 56 13% 15 88 21% 20 152 37% 25 65 16% 30 38 9% 5,5 8 2% 8 9,31 2%

TOTAL 416,310 100 � �

���������Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)�

10 8 2% 15 23 6% 20 177 48% 25 63 17% 30 70 19% 5,5 15 4% 8 15,437 4%

TOTAL 371,437 100 �

����� ����Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)�

10 58 17% 15 77 22% 20 83 24% 25 62 18% 30 55 15% 5,5 9,655 3% 8 5 1%

TOTAL 349,655 100 �

� ��� �����Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)�

10 7,500 2% 15 28 8% 20 151 44%

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25 76 22% 30 48 14% 5,5 12 4% 8 18,313 6%

TOTAL 340,813 100 �

� ���� ����Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)�

10 66 16% 15 48 12% 20 190 47% 25 34 8% 30 48 12% 5,5 12 3% 8 6,494 2%

TOTAL 404,494 100 �

����� ����Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)�

10 13,400 6% 15 22,500 11% 20 132 61% 25 18 8% 30 15 7% 5,5 6 3% 8 7,572 4%

TOTAL 214,872 100 �

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Ano 2006

Total de vendas: 4.421,923 m3

Janeiro: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)

10 23 7% 15 87 26% 20 121 37% 25 67 20% 30 16 5% 5,5 9,638 3% 8 8 2%

TOTAL 331,638 100 Fevereiro: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)

10 12,350 3% 15 26,00 7% 20 141 39% 25 75 21% 30 82 23% 5,5 17,0 5% 8 6,188 2%

TOTAL 359,538 100 Março: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)

10 45 10% 15 71 17% 20 145 34% 25 88 20% 30 42 10% 5,5 21 5% 8 15,857 4%

TOTAL 427,857 100

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Abril: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)

10 15 4% 15 55 13% 20 101 24% 25 89 22% 30 101 24% 5,5 32 8% 8 20,189 5%

TOTAL 413,189 100 Maio: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)

10 77 17% 15 88 19% 20 159 34% 25 77 17% 30 38 8% 5,5 15 3% 8 8.461 2%

TOTAL 462,461 100 Junho: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)

10 11,100 3% 15 23,600 6% 20 121 29% 25 88 21% 30 103 25% 5,5 45,150 11% 8 18,893 5%

TOTAL 410,743 100 Julho: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)

10 19 4% 15 53 13% 20 189 45% 25 78 18% 30 72 17% 5,5 12,806 3% 8 000 0%

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TOTAL 423,806 100 Agosto: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)

10 23 6% 15 78 20% 20 124 32% 25 105 27% 30 39 10% 5,5 16,600 4% 8 4,811 1%

TOTAL 390,411 100 Setembro: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)

10 48 14% 15 54 16% 20 88,60 26% 25 75,810 23% 30 42,00 12% 5,5 18,600 6% 8 11,125 3%

TOTAL 338,135 100 Outubro: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)

10 22,200 6% 15 39 10% 20 109 28% 25 143 37% 30 58 15% 5,5 9,900 3% 8 4,461 1%

TOTAL 385,561 100 Novembro: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)

10 51,600 20% 15 78,00 30% 20 89 35% 25 31 12%

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30 5 2% 5,5 2,356 1% 8 000 0%

TOTAL 256,956 100 Dezembro: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)

10 2 1% 15 11 5% 20 151 68% 25 27 12% 30 29 13% 5,5 1 1% 8 0,628 1%

TOTAL 221,628 100

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Ano 2007

Total de vendas: 4.681.961m³

Janeiro: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)

10 30,710 8% 15 46 12% 20 120 31% 25 110 29% 30 30 8% 5,5 39 10% 8 8 2%

TOTAL 383,710 100 Fevereiro: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)

10 18,500 5% 15 62 19% 20 99 30% 25 115 35% 30 19 6% 5,5 15 4% 8 4,019 1%

TOTAL 332,519 100 Março: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3)� Participação (%)

10 44 11% 15 85 21% 20 135 33% 25 105 26% 30 25 6% 5,5 5 1% 8 5,768 2%

TOTAL 404,768 100 Abril: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 12 3%

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15 32 8% 20 160 41% 25 80 20% 30 60 15% 5,5 12 3% 8 37,594 10%

TOTAL 393,594 100 Maio: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 45 12% 15 60 17% 20 85 24% 25 72 20% 30 73 20% 5,5 15 4% 8 11,726 3%

TOTAL 361,726 100 Junho: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 13,100 3% 15 47,70 11% 20 131 30% 25 108 24% 30 63 14% 5,5 18 4% 8 61,624 14%

TOTAL 442,424 100 Julho: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 28 6% 15 60 14% 20 106,500 24% 25 118 27% 30 80 18% 5,5 32,800 8% 8 10,909 3%

TOTAL 436,209 100

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Agosto: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 58 11% 15 108 21% 20 186 36% 25 61 12% 30 75 15% 5,5 18 4% 8 6,017 1%

TOTAL 512,017 100 Setembro: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 43 13% 15 76 23% 20 154 46% 25 35 11% 30 14 4% 5,5 8 2% 8 3,781 1%

TOTAL 333,781 100 Outubro: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 78,500 19% 15 88 21% 20 120 29% 25 66 16% 30 44 11% 5,5 15 3% 8 6,564 1%

TOTAL 418,064 100 Novembro: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 52 15% 15 120 34% 20 60 17% 25 72 20% 30 29 8% 5,5 19 5% 8 4,594 1%

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TOTAL 356,594 100 Dezembro: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 12 4% 15 43 14% 20 125 41% 25 89 29% 30 15 5% 5,5 4 1% 8 18,555 6%

TOTAL 306,555 100

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Ano 2008

Total de vendas: 3,780,190

Janeiro: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 89 19% 15 78 17% 20 122 26% 25 88 19% 30 74,50 16% 5,5 3 1% 8 7,690 2%

TOTAL 462,190 100 Fevereiro: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 101 21% 15 90 18% 20 128 26% 25 71 15% 30 69 14% 5,5 19,700 4% 8 10,870 2%

TOTAL 489,570 100 Março: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 99 18% 15 57 11% 20 205 38% 25 88 16% 30 75,500 14% 5,5 8,700 2% 8 1,504 1%

TOTAL 534,704 100 Abril: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

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10 103 19% 15 158 29% 20 179 33% 25 88 16% 30 8 1% 5,5 7,216 1% 8 2 1%

TOTAL 545,216 100 Maio: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 151,100 29% 15 121,121 23% 20 156 30% 25 55 10% 30 32 6% 5,5 5,500 1% 8 7,804 1%

TOTAL 528,525 100 Junho: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 57 10% 15 98 17% 20 255 45% 25 101 18% 30 32 6% 5,5 18,800 3% 8 5,475 1%

TOTAL 567,275 100 Julho: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 131 20% 15 78 12% 20 258 40% 25 112 17% 30 58 9% 5,5 12,600 2% 8 3,110 1%

TOTAL 652,710 100

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Agosto: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 19,430 4% 15 35 9% 20 155 38% 25 98 24% 30 58 14% 5,5 23 6% 8 21 5%

TOTAL 409,430 100 Setembro: Discriminação da tábua� Quantidade vendida (m3) Participação (%)

10 48 9% 15 92 18% 20 170 33% 25 130 25% 30 21 4% 5,5 28 6% 8 24,770 5%

TOTAL 513,770 100

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DECLARAÇÃO

A empresa Serraria E.I três J Ltda declara, para os devidos fins, que concorda

com o projeto de estágios apresentado pela estagiária Jaqueline Melani Dagnoni, aluna

do curso de Administração do Centro de Educação Superior de Ciências Sociais

Aplicadas da Universidade do Vale de Itajaí, e se propõe a oferecer as condições

necessárias para o bom andamento do mesmo.

Itajaí, 03 de março de 2008.

Eliomar Benjamin Dagnoni Proprietário

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DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO

A organização cedente de estágio Serraria E.I três J Ltda declara, para os

devidos fins, que a estagiária Jaqueline Melani Dagnoni, aluna do curso de

Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – CECIESA/Gestão da

Universidade do Vale de Itajaí – UNIVALI, de 03/03/2008 a 03/11/2008, cumpriu a

carga-horária de estágio prevista para o período, seguiu o cronograma de trabalho

estipulado no Projeto de Estágio e respeitou nossas normas internas.

Itajaí, 03 de novembro de 2008.

Eliomar Benjamin Dagnoni

Supervisor de campo

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Jaqueline Melani Dagnoni Estagiária

Eliomar Benjamin Dagnoni Supervisor de campo

Prof. Roberto Hering Orientador de estágio

Prof. Eduardo Krueger Responsável pelos Estágios em Administração