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[email protected] professorcarlosluzardo carlosluzardo 51 99955.7502 20 AULA Grupo de Redação • 2018 Proposta de Redação A partir do texto acima, que aborda uma postura que o cidadão comum não reconhe- ce como típica das nossas autoridades, responda ao seguinte questionamento: o gover- no brasileiro – em suas mais diferentes esferas e competências – é exclusivamente omisso, ou, em determinadas situações, chega a compreender os problemas que lhe competem, envolvendo-se com eles e solucionando-os? Se sua resposta for nega- tiva, ou mesmo positiva, não se esqueça de comentar os fatores essenciais que deveriam ser, ou efetivamente o são, o foco central dos detendores do poder no nosso país. Examine o tema atentamente e elabore um texto dissertativo com 25 a 30 linhas, no qual você exporá suas ideias a respeito do assunto. Ao realizar sua tarefa, tenha presentes os seguintes aspectos: Você deverá escrever uma dissertação; portanto, mesmo que seu texto possa conter pe- quenas passagens narrativas ou descritivas, nele deverão predominar suas opiniões sobre o assunto que escolheu. Você pode escrever o seu texto de acordo com as novas regras ortográficas, ou manter a grafia anterior ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. As duas opções serão aceitas. Evite fórmulas preestabelecidas ao elaborar seu texto. O mais importante é que ele apre- sente ideias organizadas, apoiadas por argumentos consistentes, e esteja de acordo com a norma culta escrita. Procure ser original. Não utilize em sua dissertação cópias de textos da prova nem de pará- grafos que introduzem os temas. Antes de passar a limpo, à tinta, na folha definitiva, releia seu texto com atenção e faça os reparos que julgar necessários. Não é permitido usar corretor líquido. Se cometer algum engano ao passar a limpo, não se preocupe: risque a expressão equivocada e reescreva, deixando claro o que pretende comunicar. Lembre-se de que não serão considerados: textos que não desenvolverem um dos temas propostos; textos redigidos a lápis ou ilegíveis. Boa prova! UCS 2015/1 Tema 1 Solidariedade Pessoas que se sentem solidárias expressam mais satisfação pela vida e desenvol- vem maior capacidade em lidar com as dificuldades. Em geral, tornam-se mais felizes e encontram mais sentido para aquilo que fazem. Altruísmo e solidariedade são valores maiores, socialmente constituídos, vistos como virtude do indiví-duo. Além disso, não se deve esquecer do potencial transfor- mador que essas atitudes representam para o crescimento de quem faz da ajuda aos outros uma meta. Afinal, quando saímos do nosso mundinho, consegui-mos ver as coisas sob outro ângulo. Disponível em:< http://happyhour.com.br/imprensa/2011/artigo-solidariedade-a-importancia- em-ajudar-o-proximo> Acesso em: 12 maio 15. (Parcial e adaptado.) Em sua opinião, é importante ajudar os outros? Por quê?

Proposta de Redação UCS 2015/1 Tema 1 - site … · [email protected] professorcarlosluzardo carlosluzardo 20 51 99955.7502 AULA Grupo de Redação • 2018 Proposta

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professorcarlosluzardo carlosluzardo

51 99955.750220AULA Grupo de Redação • 2018

Proposta de Redação

A partir do texto acima, que aborda uma postura que o cidadão comum não reconhe-ce como típica das nossas autoridades, responda ao seguinte questionamento: o gover-no brasileiro – em suas mais diferentes esferas e competências – é exclusivamente omisso, ou, em determinadas situações, chega a compreender os problemas que lhe competem, envolvendo-se com eles e solucionando-os? Se sua resposta for nega-tiva, ou mesmo positiva, não se esqueça de comentar os fatores essenciais que deveriam ser, ou efetivamente o são, o foco central dos detendores do poder no nosso país.

Examine o tema atentamente e elabore um texto dissertativo com 25 a 30 linhas, no qual você exporá suas ideias a respeito do assunto.Ao realizar sua tarefa, tenha presentes os seguintes aspectos:

Você deverá escrever uma dissertação; portanto, mesmo que seu texto possa conter pe-quenas passagens narrativas ou descritivas, nele deverão predominar suas opiniões sobre o assunto que escolheu. Você pode escrever o seu texto de acordo com as novas regras ortográfi cas, ou manter a grafi a anterior ao Acordo Ortográfi co da Língua Portuguesa. As duas opções serão aceitas. Evite fórmulas preestabelecidas ao elaborar seu texto. O mais importante é que ele apre-sente ideias organizadas, apoiadas por argumentos consistentes, e esteja de acordo com a norma culta escrita. Procure ser original. Não utilize em sua dissertação cópias de textos da prova nem de pará-grafos que introduzem os temas. Antes de passar a limpo, à tinta, na folha defi nitiva, releia seu texto com atenção e faça os reparos que julgar necessários. Não é permitido usar corretor líquido. Se cometer algum engano ao passar a limpo, não se preocupe: risque a expressão equivocada e reescreva, deixando claro o que pretende comunicar. Lembre-se de que não serão considerados:

textos que não desenvolverem um dos temas propostos; textos redigidos a lápis ou ilegíveis.

Boa prova!

UCS 2015/1

Tema 1

Solidariedade

Pessoas que se sentem solidárias expressam mais satisfação pela vida e desenvol-vem maior capacidade em lidar com as difi culdades. Em geral, tornam-se mais felizes e encontram mais sentido para aquilo que fazem.

Altruísmo e solidariedade são valores maiores, socialmente constituídos, vistos como virtude do indiví-duo. Além disso, não se deve esquecer do potencial transfor-mador que essas atitudes representam para o crescimento de quem faz da ajuda aos outros uma meta. Afi nal, quando saímos do nosso mundinho, consegui-mos ver as coisas sob outro ângulo.

Disponível em:< http://happyhour.com.br/imprensa/2011/artigo-solidariedade-a-importancia-em-ajudar-o-proximo> Acesso em: 12 maio 15. (Parcial e adaptado.)

Em sua opinião, é importante ajudar os outros? Por quê?

01/07/2018 Três níveis de governo: o que faz o federal, o estadual e o municipal? - Politize!

http://www.politize.com.br/niveis-de-governo-federal-estadual-municipal/ 1/12

A administração do Estado brasileiro é dividida em três níveis de governo: federal,

estadual e municipal. Todos os estados (incluindo o Distrito Federal) e os municípios são

membros da Federação – estes últimos a partir da Constituição de 1988 – e, assim, tem

suas administrações com diferentes níveis de autonomia. Conforme de nido na

TRÊS NÍVEIS DE GOVERNO: O QUEFAZ O FEDERAL, O ESTADUAL E OMUNICIPAL?Entenda as responsabilidades de cada esfera pública no Estado brasileiro.

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Constituição, os limites dessa autonomia determinam os assuntos que podem ser

legislados e os limites de ação do Executivo. Desse modo, não há hierarquia entre eles e,

ao contrário do que muitos imaginam, o Presidente da República não manda nos

governadores, que também não mandam nos prefeitos. No Brasil, existem 26 estados-

membros, um Distrito Federal e 5.570 municípios, cada um com um chefe do Executivo e

parlamentares. Vamos entender as responsabilidades de cada um?

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A divisão de responsabilidades

O nível de governo federal

O nível de governo estadual

O nível de governo municipal

O QUE VOU ENCONTRAR NESTE CONTEÚDO?

A DIVISÃO DE RESPONSABILIDADES

Você sabe como funciona a representatividade dos estados e municípios, na composição

do governo federal?

É interessante notar que a quantidade de vereadores no Brasil muda bastante entre as

eleições municipais, pois os municípios podem aumentar ou reduzir a quantidade de

vereadores respeitando o limite máximo constitucional (mínimo de 9 e máximo de 55)

que é estabelecido proporcionalmente à população do município. Como a população dos

municípios tende a aumentar com o tempo, o mesmo ocorre com o número

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máximo permitido de vereadores. No entanto, há municípios que escolhem não usar

todas as vagas que a Constituição permite – mas é uma decisão pouco comum.

Já a quantidade de deputados federais é xa em 513, alterando-se somente a distribuição

das vagas pelos estados-membros de acordo com as variações populacionais, uma vez

que esta distribuição é proporcional à população de cada estado. A quantidade de

deputados federais de cada estado determina, proporcionalmente, a quantidade de

deputados estaduais nas Assembleias Legislativas.

Com tantas pessoas em cargos eletivos no Brasil, é justo que as responsabilidades do

Estado sejam compartilhadas entre os níveis. É nessa hora que muitos brasileiros se

confundem e culpam os políticos errados pelos problemas. Vejamos a seguir quais são as

responsabilidades de cada nível e a quem devemos cobrar para melhorar cada serviço

público.

Leia também: como são eleitos os deputados federais e estaduais?

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Agora que sabemos o que os três níveis de governo fazem, não adianta culpar o

Presidente da República pela falta de segurança pública se quem comanda as polícias

Civis e Militares é o governador, nem reclamar da precariedade dos postos de saúde e

das escolas de ensino fundamental se estas são responsabilidades do prefeito. O fato de o

governo federal repassar verbas aos estados e municípios, por meio de repasses

obrigatórios pela lei ou por convênio de programas federais, não isenta os prefeitos e

governadores de aplicá-las corretamente.

Ao contrário do senso comum, a maioria dos assuntos e serviços públicos que afetam

mais diretamente a população são aqueles de responsabilidade dos níveis estadual e

municipal. Para nanciar esses governos, existem impostos que são recolhidos por cada

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nível da administração. Embora a União seja a responsável por arrecadar a maior parte

dos impostos no Brasil, uma parte deles é repassada aos estados e municípios, como

mostrou a tabela abaixo.

Estude também: por que os estados possuem dívidas com o Governo Federal?

O NÍVEL DE GOVERNO FEDERAL

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No nível federal, estão o Presidente da República, os Deputados Federais e os Senadores.

No Judiciário, temos tribunais superiores como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o

Superior Tribunal de Justiça (STJ).

As leis federais têm precedência – ou seja, prioridade – sobre as leis estaduais e

municipais, contemplando aspectos importantes da rotina do país. Nesse sentido, a

liberdade de legislação dos estados e municípios é relativamente estreita.

As responsabilidades mais importantes do governo federal são: relações internacionais,

comércio internacional, grandes projetos de infraestrutura – como rodovias, ferrovias,

hidrelétricas -, ensinos superior e técnico, defesa nacional, polícias federais, agências

reguladoras, assuntos econômicos como política scal, política cambial e política

monetária.

No caso do Brasil, o governo federal ainda é responsável por administrar mais de uma

centena de empresas públicas (estatais ou de capital misto). Outra exclusividade do

governo federal é poder emitir títulos da dívida pública para captar recursos no mercado.

Os outros níveis, em caso de necessidade, devem pedir dinheiro emprestado da União,

formando o que se chama de dívida interna. Essa limitação exclui verbas internacionais

para projetos especí cos, como aqueles conseguidos do Bando Mundial ou do Banco

Interamericano de Desenvolvimento, que normalmente concedem empréstimos aos

estados-membros para obras de infraestrutura.

As principais fontes de nanciamento são:

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

Imposto de Renda (IR) de pessoas físicas e jurídicas;

Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros (II);

Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio, Seguros etc;

Taxas relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF).

O NÍVEL DE GOVERNO ESTADUAL

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No nível estadual, estão os governadores, os deputados estaduais (ou distritais no caso

do Distrito Federal) e o Judiciário com as cortes de instâncias inferiores.

O caso do Distrito Federal é bastante particular, pois ele não apresenta municípios –

Brasília e as cidades satélites não tem prefeito – e todas as funções que normalmente

caberiam às prefeituras recaem sobre o governador. Ao mesmo tempo, algumas funções

e órgãos típicos de governos estaduais estão ausentes do governo distrital, sendo

fornecidas por instituições da União. De forma bastante simples, o governo do Distrito

Federal é uma mistura de governo estadual e municipal.

Existem muitas diferenças entre os estados-membros brasileiros. Alguns contam com

populações que são menores que alguns municípios brasileiros, como o caso de Roraima

com menos de 500 mil habitantes ou o Amapá com cerca de 700 mil. Além disso, há

até pouco tempo, alguns deles eram territórios da União, tornando-se estados-membros

com a promulgação da Constituição de 1988, o que indica que provavelmente muitos

desses governos estaduais ainda estão se instalando e amadurecendo suas instituições.

As responsabilidades mais importantes dos governos estaduais são:

Infraestrutura: como rodovias que ligam cidades do estado;

Segurança pública: como o comando das polícias civis e militares;

O corpo de bombeiros;

O sistema de execuções penais;

Projetos de moradias populares;

Atendimento de saúde para os casos mais complexos, como aqueles tratados nos

hospitais;

Educação do ensino médio e da segunda parte do ensino fundamental.

Além disso, alguns estados-membros também oferecem instituições de ensino superior.

A maioria dos estados também administra empresas públicas, quase sempre incluindo

bancos, empresas de saneamento (água e esgoto), de energia e de transporte urbano.

As principais fontes de nanciamento são:

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);

Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA);

Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos

(ITCMD);

Repasses do governo federal previstos em lei, entre outros.

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Saiba também: o que faz o Ministério Público Estadual.

O NÍVEL DE GOVERNO MUNICIPAL

No nível municipal, estão os prefeitos e os vereadores, mas não há Judiciário, pois os

fóruns locais estão sob a estrutura do Judiciário estadual.

Quiz: vereador ou prefeito, quem faz o quê?

As administrações municipais costumam receber menos atenção do que é merecida.

Enquanto os noticiários focam nos assuntos nacionais, colocando os holofotes na

administração federal, são os municípios que administram os aspectos que tem impacto

mais direto na vida das pessoas – a educação básica, o atendimento básico de saúde, as

vias urbanas, o zoneamento da cidade, o transporte público e assim por diante.

É interessante notar que o Brasil, de maneira geral, ainda é um país de cidades pequenas:

dos 5.570 municípios brasileiros, somente 283 tem mais de 100 mil habitantes,

totalizando 105 milhões de pessoas, enquanto que os outros 5.287 municípios

representam 85 milhões de pessoas, totalizando os 191 milhões de habitantes do país

de acordo com o censo de 2010. Dessa população, 84% é urbana.

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Outro aspecto importante são as diferenças de área e população dos municípios no

Brasil. Como todo o território nacional deve estar sob uma administração municipal, nas

regiões menos populosas (principalmente na região Norte) existem municípios enormes

em área, mas que cobrem vastos trechos desabitados. O maior município do Brasil em

área – e o 2º maior do mundo – é o de Altamira no estado do Pará, com quase 160 mil

quilômetros quadrados, que é maior do que a Grécia, mas com uma população de 100 mil

habitantes. No outro extremo, está o município de Santa Cruz de Minas em Minas Gerais,

com pouco menos de três quilômetros quadrados. Em termos de população, de um lado

há o município de São Paulo com quase 12 milhões de habitantes e, do outro lado, há o

município de Serra da Saudade em Minas Gerais, com pouco mais de 800 habitantes.

As enormes variações no tamanho dos municípios também criam grandes diferenças na

quantidade de municípios por estado: de um lado está Roraima, com apenas 15

municípios, e de outro está Minas Gerais com incríveis 853 municípios. Esses extremos

adicionam desa os às administrações municipais, que são obrigadas a adaptar

estruturas administrativas similares a realidades muito diferentes.

A criação de novos municípios no Brasil está vedada desde 1994 até que o Congresso

Nacional crie uma lei que regulamente a criação, fusão e desmembramento de

municípios. Muitas localidades que são candidatas à emancipação não tem arrecadação

su ciente para sustentar uma estrutura municipal, que deve contar com prefeitura,

câmara de vereadores com no mínimo nove vereadores, secretarias e todo o resto. Desse

modo, cariam dependentes de verbas federais para o seu próprio sustento, uma

situação que já é comum nos municípios existentes. Além disso, os desmembramentos

causariam a perda de arrecadação dos municípios originais.

As responsabilidades mais importantes dos municípios são:

Planejamento urbano;

Saneamento básico (água e esgoto);

Iluminação pública;

Recolhimento de lixo;

Limpeza urbana;

Criação de espaços públicos, como parques e ginásios;

Asfaltamento das ruas;

Gestão do trânsito;

Mobilidade urbana, como a criação de ciclovias e faixas de ônibus;

Transporte público urbano;

Educação do nível infantil à primeira parte do ensino fundamental;

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Atendimento de saúde básico – geralmente com postos de saúde.

Os municípios também podem administrar empresas públicas, geralmente atuantes nas

áreas de saneamento, transporte urbano e de serviços urbanos. Alguns municípios ainda

contam com a Guarda Civil Municipal (GCM), responsável por proteger as instalações e

infraestrutura dos municípios, mas que não tem poder de polícia.

Além disso, as prefeituras contam com os conselhos municipais que auxiliam a

administração a usar e cientemente o dinheiro público. Estes conselhos contam com a

participação de pessoas da sociedade civil e tem caráter scalizador, consultivo e

deliberativo, ou seja, fornecem opiniões e tomam decisões estratégicas, mas não atuam

diretamente na aplicação dos recursos. Cada conselho é responsável por um assunto,

incluindo educação, alimentação escolar, saúde, assistência social, entre outros. A

formação destes conselhos é condição necessária para que o município receba verbas de

alguns programas do governo federal.

As principais fontes de nanciamento são:

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU);

Imposto sobre Serviços (ISS);

Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis Inter Vivos (ITBI);

Repasses obrigatórios do imposto de renda pela União;

Eventuais repasses de verbas referentes a programas do governo federal.

As verbas repassadas pelo governo devem ser gerenciadas e aplicadas pelos municípios e

a Controladoria Geral da União (CGU) scaliza a utilização destes recursos, dentro das

suas possibilidades.

Agora que você sabe as diferenças entre os três níveis de governo, que tal testar seus

conhecimentos em nosso quiz?

Conseguiu entender o que deve ser cobrado do seu prefeito? E agora sabe o que faz o

governo do seu estado? Comente!

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Publicado em 16 de agosto de 2017.

Alessandro Nicoli de Mattos

Engenheiro em Elétrica, trabalha na área de exatas mas gosta de estudar História,

Economia e Política no seu tempo livre. Dos três ebooks gratuitos que já publicou, “O

Livro Urgente da Política Brasileira” é o último e busca explicar a política e o Estado

brasileiros da forma mais objetiva e visual possível, como gostam os engenheiros.

Acredita que na democracia é necessário participar, mas sempre com conhecimento de

causa, e, assim, educar os conterrâneos sobre política também é exercer a cidadania.

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01/07/2018 A qualidade da educação brasileira - Brasil Escola

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A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

São muitos os problemas que

estão presentes na educação

brasileira, especialmente na

educação pública. São diversos

os fatores que proporcionam

resultados negativos, um

exemplo disso são as crianças

que se encontram no 6ºano do

ensino fundamental e não

dominam habilidade de ler e

escrever.

Esse fato é resultado direto do

que acontece na estrutura educacional brasileira, pois praticamente todos os

que atuam na educação recebem baixos salários, professores frustrados

que não exercem com profissionalismo ou também esbarram nas

dificuldades diárias da realidade escolar, além dos pais que não participam

na educação dos filhos, entre muitos outros agravantes.

As avaliações implantadas pelo governo para avaliar a educação brasileira

apresentam números desanimadores, isso se tornou uma situação

insustentável que não pode continuar.

Em setembro de 2006, um grupo de empresários e políticos, com a

participação dos meios de comunicação em massa, firmou um compromisso

denominado de Todos pela Educação. Nessa mobilização ficaram definidas

algumas metas a serem alcançadas até 7 de setembro de 2022. São elas:

- Todo indivíduo com idade entre 7 e 17anos deverá estar na escola.

- Todo indivíduo com idade de 8 anos deverá dominar a leitura.

- Os alunos deverão ter acesso a todos os conteúdos correspondentes a sua

série.

- Todos os alunos deverão concluir as etapas de estudo (fundamental e

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Os alunos são as principais vítimas dabaixa qualidade da educação.

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https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/a-qualidade-educacao-brasileira.htm 2/4

médio).

- Garantia de investimentos na Educação Básica.

Números que retratam os problemas da educação brasileira:

• Hoje, no Brasil, de 97% dos estudantes com idade entre 7 e 14 anos se

encontram na escola, no entanto, o restante desse percentual, 3%,

respondem por aproximadamente 1,5 milhão de pessoas com idade escolar

que estão fora da sala de aula.

• Para cada 100 alunos que entram na primeira série, somente 47 terminam o

9º ano na idade correspondente, 14 concluem o ensino médio sem

interrupção e apenas 11 chegam à universidade.

• 61% dos alunos do 5ºano não conseguem interpretar textos simples. 60%

dos alunos do 9ºano não interpretam textos dissertativos.

• 65% dos alunos do 5ºano não dominam o cálculo, 60% dos alunos do 9º

ano não sabem realizar cálculos de porcentagem.

Medidas que possivelmente poderão combater os índices acima

apresentados:

• Mobilização da sociedade para a importância que a Educação exerce.

• Direcionamento de recursos financeiros para escolas e professores.

• Valorização do profissional da educação.

• Implantação de medidas políticas educacionais a longo prazo.

Por Eduardo de Freitas

Equipe Brasil Escola

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01/07/2018 A qualidade da educação brasileira - Brasil Escola

https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/a-qualidade-educacao-brasileira.htm 3/4

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Rosana Muniz de Medeiros • 2 anos atrás

Em que ano foi publicado o artigo A qualidade da educação brasileira?

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Dalila Matias • 2 anos atrásMod > Rosana Muniz de Medeiros

Olá, Rosana. O artigo foi publicado em 2008.

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Rosana Muniz de Medeiros • 2 anos atrás> Dalila Matias

Agradecida. Rosana M. de Medeiros

Subject: Re: Comment on A qualidade da educação brasileira

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Marco Bueno • 2 anos atrás

Lamento a maioria dos alunos tem em seu âmbito familiar desagregado, pais quenão estão nem ai para seu filho, de pais drogados, muitas vezes não queriam osfilhos, muitos não tem educação na sua vida cotidiana como vai passar oconceito de educação, moralidade, se eles não tem esses valores em suavida,de pais sem emprego precisa sim de um conjunto de ações afirmativas deâmbito familiar para proteger a criança. A função do professor é educar, e nãogerencia crianças desagregadas de famílias sem condição nenhuma CADE OCONSELHO TUTELAR QUE NÃO AGE MAIS OU É SO UM CABIDE DEEMPREGO

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Gleidston Gomes • 2 anos atrás

Estou tao assustado com a materia sobre uma entrevista de Montserrat Del Pozoque li no site da SEDUCE Goiás fazendo critica a estabilidade do professor.Professor ruim. Demita-o. Estou assustado com a centralidade dada ao professorna qualidade e responsabiludade da educação. Precisei ler outros texto qapontam outros culpados. É um peso muito grande eu me sentir o responsávelpor uma educação sem qualidade. A culpa nao é so minha.

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01/07/2018 A qualidade da educação brasileira - Brasil Escola

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TRÊS NÍVEIS DE GOVERNO: O QUE FAZ O FEDERAL, O ESTADUAL E O MUNICIPAL?Entenda as responsabilidades de cada esfera pública no Estado brasileiro.

A administração do Estado brasileiro é dividida em três níveis de governo: federal, estadual e municipal. Todos os estados(incluindo o Distrito Federal) e os municípios são membros da Federação – estes últimos a partir da Constituição de 1988 – e,assim, tem suas administrações com diferentes níveis de autonomia. Conforme definido na Constituição, os limites dessaautonomia determinam os assuntos que podem ser legislados e os limites de ação do Executivo. Desse modo, não háhierarquia entre eles e, ao contrário do que muitos imaginam, o Presidente da República não manda nos governadores, quetambém não mandam nos prefeitos. No Brasil, existem 26 estados-membros, um Distrito Federal e 5.570 municípios, cada umcom um chefe do Executivo e parlamentares. Vamos entender as responsabilidades de cada um?É interessante notar que a quantidade de vereadores no Brasil muda bastante entre as eleições municipais, pois os municípiospodem aumentar ou reduzir a quantidade de vereadores respeitando o limite máximo constitucional (mínimo de 9 e máximode 55) que é estabelecido proporcionalmente à população do município. Como a população dos municípios tende a aumentarcom o tempo, o mesmo ocorre com o número máximo permitido de vereadores. No entanto, há municípios que escolhemnão usar todas as vagas que a Constituição permite – mas é uma decisão pouco comum.Já a quantidade de deputados federais é fixa em 513, alterando-se somente a distribuição das vagas pelos estados-membrosde acordo com as variações populacionais, uma vez que esta distribuição é proporcional à população de cada estado. Aquantidade de deputados federais de cada estado determina, proporcionalmente, a quantidade de deputadosestaduais nas Assembleias Legislativas.Com tantas pessoas em cargos eletivos no Brasil, é justo que as responsabilidades do Estado sejam compartilhadas entre osníveis. É nessa hora que muitos brasileiros se confundem e culpam os políticos errados pelos problemas. Vejamos a seguirquais são as responsabilidades de cada nível e a quem devemos cobrar para melhorar cada serviço público.

Agora que sabemos o que os três níveis de governo fazem, não adianta culpar o Presidente da República pela faltade segurança pública se quem comanda as polícias Civis e Militares é o governador, nem reclamar da precariedade dos postosde saúde e das escolas de ensino fundamental se estas são responsabilidades do prefeito. O fato de o governo federal repassarverbas aos estados e municípios, por meio de repasses obrigatórios pela lei ou por convênio de programas federais, não isentaos prefeitos e governadores de aplicá-las corretamente.Ao contrário do senso comum, a maioria dos assuntos e serviços públicos que afetam mais diretamente a população sãoaqueles de responsabilidade dos níveis estadual e municipal. Para financiar esses governos, existem impostos que sãorecolhidos por cada nível da administração. Embora a União seja a responsável por arrecadar a maior parte dos impostos noBrasil, uma parte deles é repassada aos estados e municípios, como mostrou a tabela no próximo slide.No nível federal, estão o Presidente da República, os Deputados Federais e os Senadores. No Judiciário, temos tribunaissuperiores como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ). As leis federais têm precedência – ouseja, prioridade – sobre as leis estaduais e municipais, contemplando aspectos importantes da rotina do país. Nesse sentido, aliberdade de legislação dos estados e municípios é relativamente estreita.As responsabilidades mais importantes do governo federal são: relações internacionais, comércio internacional, grandesprojetos de infraestrutura – como rodovias, ferrovias, hidrelétricas -, ensinos superior e técnico, defesa nacional, políciasfederais, agências reguladoras, assuntos econômicos como política fiscal, política cambial e política monetária.No caso do Brasil, o governo federal ainda é responsável por administrar mais de uma centena de empresas públicas (estataisou de capital misto). Outra exclusividade do governo federal é poder emitir títulos da dívida pública para captar recursos nomercado. Os outros níveis, em caso de necessidade, devem pedir dinheiro emprestado da União, formando o que se chama dedívida interna. Essa limitação exclui verbas internacionais para projetos específicos, como aqueles conseguidos do BandoMundial ou do Banco Interamericano de Desenvolvimento, que normalmente concedem empréstimos aos estados-membrospara obras de infraestrutura.

As principais fontes de financiamento são:

1. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);

2. Imposto de Renda (IR) de pessoas físicas e jurídicas;

3. Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros (II);

4. Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio, Seguros etc;

5. Taxas relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF).

No nível estadual, estão os governadores, os deputados estaduais (ou distritais no caso do Distrito Federal) e o Judiciário comas cortes de instâncias inferiores.O caso do Distrito Federal é bastante particular, pois ele não apresenta municípios – Brasília e as cidades satélites não temprefeito – e todas as funções que normalmente caberiam às prefeituras recaem sobre o governador. Ao mesmo tempo,algumas funções e órgãos típicos de governos estaduais estão ausentes do governo distrital, sendo fornecidas porinstituições da União. De forma bastante simples, o governo do Distrito Federal é uma mistura de governo estadual emunicipal.Existem muitas diferenças entre os estados-membros brasileiros. Alguns contam com populações que são menores quealguns municípios brasileiros, como o caso de Roraima com menos de 500 mil habitantes ou o Amapá com cerca de 700 mil.Além disso, há até pouco tempo, alguns deles eram territórios da União, tornando-se estados-membros com a promulgaçãoda Constituição de 1988, o que indica que provavelmente muitos desses governos estaduais ainda estão se instalando eamadurecendo suas instituições.As responsabilidades mais importantes dos governos estaduais são:Infraestrutura: como rodovias que ligam cidades do estado;Segurança pública: como o comando das polícias civis e militares;O corpo de bombeiros;O sistema de execuções penais;Projetos de moradias populares;Atendimento de saúde para os casos mais complexos, como aqueles tratados nos hospitais;Educação do ensino médio e da segunda parte do ensino fundamental.Além disso, alguns estados-membros também oferecem instituições de ensino superior. A maioria dos estados tambémadministra empresas públicas, quase sempre incluindo bancos, empresas de saneamento (água e esgoto), de energia ede transporte urbano.

As principais fontes de financiamento são:Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA);Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD);Repasses do governo federal previstos em lei, entre outros.

No nível municipal, estão os prefeitos e os vereadores, mas não há Judiciário, pois os fóruns locais estão sob a estrutura do Judiciário estadual.

As administrações municipais costumam receber menos atenção do que é merecida. Enquanto os noticiários focam nos assuntos nacionais, colocando os holofotes na administração federal, são os municípios que administram os aspectos que tem impacto mais direto na vida das pessoas – a educação básica, o atendimento básico de saúde, as vias urbanas, o zoneamento da cidade, o transporte público e assim por diante.É interessante notar que o Brasil, de maneira geral, ainda é um país de cidades pequenas: dos 5.570 municípios brasileiros, somente 283 tem mais de 100 mil habitantes, totalizando 105 milhões de pessoas, enquanto que os outros 5.287 municípios representam 85 milhões de pessoas, totalizando os 191 milhões de habitantes do país de acordo com o censo de 2010. Dessa população, 84% é urbana.Outro aspecto importante são as diferenças de área e população dos municípios no Brasil. Como todo o território nacional deve estar sob uma administração municipal, nas regiões menos populosas (principalmente na região Norte) existem municípios enormes em área, mas que cobrem vastos trechos desabitados. O maior município do Brasil em área – e o 2º maior do mundo – é o de Altamira no estado do Pará, com quase 160 mil quilômetros quadrados, que é maior do que a Grécia, mas com uma população de 100 mil habitantes. No outro extremo, está o município de Santa Cruz de Minas em Minas Gerais, com pouco menos de três quilômetros quadrados. Em termos de população, de um lado há o município de

São Paulo com quase 12 milhões de habitantes e, do outro lado, há o município de Serra da Saudade em Minas Gerais, compouco mais de 800 habitantes.As enormes variações no tamanho dos municípios também criam grandes diferenças na quantidade de municípios porestado: de um lado está Roraima, com apenas 15 municípios, e de outro está Minas Gerais com incríveis 853 municípios. Essesextremos adicionam desafios às administrações municipais, que são obrigadas a adaptar estruturas administrativas similaresa realidades muito diferentes.A criação de novos municípios no Brasil está vedada desde 1994 até que o Congresso Nacional crie uma lei que regulamentea criação, fusão e desmembramento de municípios. Muitas localidades que são candidatas à emancipação não temarrecadação suficiente para sustentar uma estrutura municipal, que deve contar com prefeitura, câmara de vereadores comno mínimo nove vereadores, secretarias e todo o resto. Desse modo, ficariam dependentes de verbas federais para o seupróprio sustento, uma situação que já é comum nos municípios existentes. Além disso, os desmembramentos causariam aperda de arrecadação dos municípios originais.As responsabilidades mais importantes dos municípios são:Planejamento urbano;Saneamento básico (água e esgoto);Iluminação pública;Recolhimento de lixo;Limpeza urbana;Criação de espaços públicos, como parques e ginásios;Asfaltamento das ruas;Gestão do trânsito;Mobilidade urbana, como a criação de ciclovias e faixas de ônibus;

Transporte público urbano;Educação do nível infantil à primeira parte do ensino fundamental;Atendimento de saúde básico – geralmente com postos de saúde.Os municípios também podem administrar empresas públicas, geralmente atuantes nas áreas de saneamento, transporteurbano e de serviços urbanos. Alguns municípios ainda contam com a Guarda Civil Municipal (GCM), responsável por protegeras instalações e infraestrutura dos municípios, mas que não tem poder de polícia.Além disso, as prefeituras contam com os conselhos municipais que auxiliam a administração a usar eficientemente o dinheiropúblico. Estes conselhos contam com a participação de pessoas da sociedade civil e tem caráter fiscalizador, consultivo edeliberativo, ou seja, fornecem opiniões e tomam decisões estratégicas, mas não atuam diretamente na aplicação dosrecursos. Cada conselho é responsável por um assunto, incluindo educação, alimentação escolar, saúde, assistência social,entre outros. A formação destes conselhos é condição necessária para que o município receba verbas de alguns programas dogoverno federal.

As principais fontes de financiamento são:

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU);Imposto sobre Serviços (ISS);

Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis Inter Vivos (ITBI);Repasses obrigatórios do imposto de renda pela União;Eventuais repasses de verbas referentes a programas do governo federal.As verbas repassadas pelo governo devem ser gerenciadas e aplicadas pelos municípios e a Controladoria Geral da União(CGU) fiscaliza a utilização destes recursos, dentro das suas possibilidades.

IDH DO BRASIL SOBE E ONU ELOGIA BOLSA FAMÍLIA E COTAS

O Brasil subiu uma posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2013, para o 79º lugar, num total de 187 países,segundo o Relatório do Desenvolvimento Humano da ONU, divulgado nesta quinta-feira (24/07) pelo Programa das NaçõesUnidas para o Desenvolvimento (PNUD). Além disso, o país foi elogiado pelo Programa Bolsa Família e pelas cotas no ensinouniversitário.O Brasil subiu uma posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2013, para o 79º lugar, num total de 187 países,segundo o Relatório do Desenvolvimento Humano da ONU, divulgado nesta quinta-feira (24/07) pelo Programa das NaçõesUnidas para o Desenvolvimento (Pnud).Com IDH 0,744, o país registrou a mesma nota da Geórgia (república da região do Cáucaso) e de Granada (país do Caribe).Pela metodologia das Nações Unidas, o Brasil é considerado um país de alto desenvolvimento humano por ter nota acima de0,7. O IDH varia de 0 a 1, grau máximo de desenvolvimento.O relatório do Pnud, com o título Sustentar o Progresso Humano: reduzir as vulnerabilidades e aumentar a resiliência, apontao Brasil como o autor de boas medidas na área de desenvolvimento humano. Uma das iniciativas elogiadas é o Bolsa Família,que, segundo o documento, “é um programa de transferência de dinheiro que tenta minimizar efeitos negativos a longoprazo, mantendo as crianças na escola e protegendo a sua saúde”.“[O programa] custou apenas 0,3% do Produto Interno Bruto entre 2008 e 2009 e foi responsável por 20% a 25% de reduçãoda desigualdade (…) e está ligado a uma redução de 16% da pobreza extrema”, diz o documento, acrescentando que muitospaíses “têm descoberto que um investimento inicial de uma pequena parte do PIB tem benefícios que em muito oultrapassam”.O relatório garante que fornecer benefícios de segurança social básicos aos pobres “custaria menos do que 2% do PIBmundial” e contraria a ideia de que apenas os países ricos podem oferecer serviços universais.

Ao lado dos frequentemente elogiados países escandinavos, como a Dinamarca, a Noruega e a Suécia, a Coreia do Sul, aCosta Rica e o Brasil surgem na lista dos países com boas práticas. “Esses países começaram a implementar medidas deproteção social quando o seu PIB per capita era inferior ao da Índia ou do Paquistão.”A ONU diz ainda que o Brasil está tentando reduzir as disparidades raciais para os mestiços e afro-brasileiros, que constituemmais de metade da sua população. Como exemplos, diz que o país aprovou em agosto de 2012 uma lei que exige cotas deadmissão preferencial para essa população nas 59 universidades e 38 escolares técnicas federais. Em 1997, apenas 2,2% denegros e mestiços entre os 18 e 24 anos frequentavam universidades. Em 2012, essa percentagem subiu para 11%. Onúmero de estudantes desprivilegiados também aumentou, de 30 mil para 60 mil, no mesmo período.“O Brasil embarcou para o desenvolvimento e consolidação democrática com divisões étnicas e raciais e desigualdade comopano de fundo. O governo implementou uma mistura de intervenções políticas destinadas a incentivar o mercado detrabalho, expandir o ensino universal e enfrentar disparidades de gênero e raça”, escrevem os autores do relatório.O Pnud entende que esses esforços são responsáveis por efeitos como a queda da mortalidade infantil, que foi cortada paraquase metade entre 1996 e 2006, e a proporção de meninas na escola primária, que subiu de 83% para 95% entre 1991 e2004.Melhora significativaApesar da melhora do IDH, o Brasil continua abaixo de outros países latino-americanos, como Chile (41º lugar, com nota0,822), Cuba (44º, com nota 0,815) e Argentina (49º, com nota 0,808), considerados com grau muito alto dedesenvolvimento humano por terem obtido nota acima de 0,8. A Noruega lidera o ranking, com nota 0,944, seguida deAustrália (0,933), Suíça (0,917) e Holanda (0,915). Os últimos lugares são ocupados por Níger, Congo e República Centro-Africana.O índice é calculado com base em três aspectos do desenvolvimento humano: uma vida longa e saudável, acesso aoconhecimento e qualidade de vida. Para isso, são levados em conta fatores como a esperança média de vida, anos deescolaridade de cada cidadão e PIB per capita. Em 2013, o Brasil registrou 73,9 anos de expectativa de vida, 7,2 anos de

média de estudo, 15,2 anos de expectativa de estudo para as crianças que atualmente entram na escola e renda nacionalbruta per capita de 14.275 dólares, ajustada pelo poder de compra.O IDH do Brasil em 2013 subiu 36,4% em relação a 1980. Naquele ano, a expectativa de vida correspondia a 62,7 anos, amédia de estudo era de 2,6 anos, a expectativa de estudo somava 9,9 anos, e a renda per capita totalizava 9.154 dólares. “OBrasil é um dos países que mais evoluíram no desenvolvimento humano nos últimos 30 anos”, disse o representante do Pnudno Brasil, Jorge Chediek. Ele destacou que as mudanças são estruturais e têm ocorrido em todos os governos.

A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

São muitos os problemas que estão presentes na educação brasileira, especialmente na educação pública. São diversos os fatores que proporcionam resultados negativos, um exemplo disso são as crianças que se encontram no 6ºano do ensino fundamental e não dominam habilidade de ler e escrever.Esse fato é resultado direto do que acontece na estrutura educacional brasileira, pois praticamente todos os que atuam na educação recebem baixos salários, professores frustrados que não exercem com profissionalismo ou também esbarram nas dificuldades diárias da realidade escolar, além dos pais que não participam na educação dos filhos, entre muitos outros agravantes.As avaliações implantadas pelo governo para avaliar a educação brasileira apresentam números desanimadores, isso se tornou uma situação insustentável que não pode continuar.Em setembro de 2006, um grupo de empresários e políticos, com a participação dos meios de comunicação em massa, firmou um compromisso denominado de Todos pela Educação. Nessa mobilização ficaram definidas algumas metas a serem alcançadas até 7 de setembro de 2022. São elas:- Todo indivíduo com idade entre 7 e 17anos deverá estar na escola.- Todo indivíduo com idade de 8 anos deverá dominar a leitura.- Os alunos deverão ter acesso a todos os conteúdos correspondentes a sua série.- Todos os alunos deverão concluir as etapas de estudo (fundamental e médio).- Garantia de investimentos na Educação Básica.Números que retratam os problemas da educação brasileira:• Hoje, no Brasil, de 97% dos estudantes com idade entre 7 e 14 anos se encontram na escola, no entanto, o restante desse percentual, 3%, respondem por aproximadamente 1,5 milhão de pessoas com idade escolar que estão fora da sala de aula.

• Para cada 100 alunos que entram na primeira série, somente 47 terminam o 9º ano na idade correspondente, 14 concluem o ensino médio sem interrupção e apenas 11 chegam à universidade.• 61% dos alunos do 5ºano não conseguem interpretar textos simples. 60% dos alunos do 9ºano não interpretam textos dissertativos.• 65% dos alunos do 5ºano não dominam o cálculo, 60% dos alunos do 9º ano não sabem realizar cálculos de porcentagem.Medidas que possivelmente poderão combater os índices acima apresentados:• Mobilização da sociedade para a importância que a Educação exerce.• Direcionamento de recursos financeiros para escolas e professores.• Valorização do profissional da educação.• Implantação de medidas políticas educacionais a longo prazo.