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CASSI 2O18 | VERSÃO 2.1 ● PROPOSTA DE GESTÃO MAIS UNIÃO ● CHAPA 4
PROGRAMA DE GESTÃO DA CHAPA 4
MAIS UNIÃO na Renovação da CASSI com Profissionalismo e Competência.
1 Apresentação
Somos movidos por um propósito: compromisso com os associados. Ele norteia nossas
ações e estabelece a linha de base das propostas incorporadas em nosso Programa de
Gestão.
O Grupo MAIS - Mais PREVI Mais CASSI foi criado para ser uma alternativa independente e
comprometida apenas com a gestão técnica, austera e transparente, das entidades
previdenciárias e de assistência à saúde dos funcionários do Banco do Brasil: a CASSI e a
PREVI. De modo permanente, realizaremos o acompanhamento sistematizado da CASSI e da
PREVI e, por intermédio da participação em seus processos eleitorais, contribuiremos para
mudar e aprimorar a sua gestão e governança.
Para o processo eleitoral em curso, no qual definiremos a Diretoria de Saúde e Rede de
Atendimento, além de dois conselheiros deliberativos e um conselheiro fiscal, o Grupo MAIS
se une ao Movimento Semente da União – MSU e outros apoiadores que compartilham a
mesma filosofia, para formar a Chapa 4 – MAIS UNIÃO, para que possamos exercer nossos
mandatos com profissionalismo, probidade, transparência, democracia e ética na defesa dos
interesses dos associados.
Nosso mandato é outorgado pelo Corpo Social, para quem trabalharemos, transigindo com
todos os atores envolvidos no processo de gestão da CASSI, mas não aceitando ingerências
políticas, partidárias, ideológicas de qualquer natureza. Nosso foco é buscar,
obstinadamente, a melhoria do atendimento para elevar a qualidade de vida e o bem-estar
dos associados e de seus dependentes.
No exercício dos cargos eletivos, pugnaremos pela erradicação de qualquer privilégio
remuneratório, de regalias ou de benefícios que extrapolem os conceitos da moralidade e
manteremos o corpo de associados permanentemente informado sobre decisões, internas e
externas, que afetem os planos aos quais pertencem. O programa de gestão da Chapa 4 –
MAIS UNIÃO se baseia em quatro eixos principais, que visam assegurar o atingimento dos
resultados pretendidos, a valorização das competências existentes na CASSI e a redução das
perdas operacionais. Em sua soma, esses eixos de ação geram resultados superiores e
sinérgicos, transformando a gestão da CASSI e aproximando-a de seu Corpo Social.
O voto é um ato de consciência, motivado pelo grau de centralidade do impacto dos
problemas em curso na CASSI, na vida dos seus associados, que em verdade, não são clientes
da CASSI: SÃO OS DONOS. Precisamos nos conscientizarmos dos principais problemas que
temos de enfrentar ou teremos um futuro incerto, sem a nossa assistência à saúde.
Somos a RENOVAÇÃO, cujo diferencial é a proposta de trabalho, a competência dos nossos
integrantes e a proximidade de relacionamento com o Corpo Social. Convidamos a todos para
juntarem-se ao nosso movimento real e legítimo de renovação técnica na gestão da CASSI,
conhecendo, detalhadamente, cada um dos nossos eixos de trabalho e seus respectivos
objetivos. Ficaremos honrados com sua atenção e também com seu voto. Estendemos ainda
o convite para que se junte a nós, na divulgação de nossas ideias e propostas.
2 Eixos de Ação
Um eixo pode ser definido com uma linha, imaginária ou real, que atravessa o centro de um
corpo e em torno do qual esse corpo se movimenta. Em sentido figurado, um eixo é o ponto
central de um conjunto de ações, é a essência de um processo em curso.
Ao adotar eixos temáticos de ação como a base do seu Programa de Gestão, a Chapa 4 – MAIS
UNIÃO pretende ilustrar metaforicamente como, de fato, recolocar nos eixos a gestão da
CASSI, fazendo com que se possa trazer à normalidade a sustentabilidade financeira da nossa
caixa de assistência à saúde e melhorando o atendimento aos associados.
Os temas que norteiam o planejamento e as ações têm por objetivo materializar uma
transformação conceitual na ocupação de cargos eletivos na CASSI, pela a implementação de
mudanças concretas nos resultados que vem sendo obtidos, na forma como os riscos inerentes
à busca destes resultados são gerenciados e na utilização das competências existentes no
corpo funcional da CASSI para o atingimento destes resultados.
2.1 Eixo de Ação Gestão de Resultados
2.1.1 Custeio do Plano Associados
Os membros do Grupo MAIS e MSU vêm trabalhando há anos no estudo detalhado e
sistematizado da situação financeira e patrimonial da CASSI, notadamente acerca das
origens dos déficits recorrentes que a entidade vem apresentando.
Todos os estudos até agora realizados comprovam que o atual modelo de custeio do Plano
Associado está esgotado. A insistir nesse modelo a CASSI corre risco de sobrevivência ainda
no curtíssimo prazo.
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A CASSI vem acumulando deficits por 5 anos consecutivos consumindo praticamente todo o
seu Patrimônio Social. O mesmo resultado deficitário deverá se repetirem 2017 (balanço ainda
não publicado), mesmo considerando as contribuições extraordinárias que começaram em
dezembro de 2016. Isso requer uma tomada de decisão para estudar e elaborar um novo
modelo de custeio que lhe garanta a sustentabilidade e perenidade.
Esse novo modelo deverá ser balizado por estudos técnicos a serem elaborados por
profissionais especializados na área de gestão de planos de saúde e de atuária com ampla
participação dos associados.
RESUMO DA SITUAÇÃO DO PLANO ASSOCIADOS:
As receitas do Plano em 2017 foram equivalentes a 10% da FOPAG do BB/PREVI/INSS.
As receitas provisórias equivalentes a 2,5% da FOPAG do BB/PREVI/INSS tem prazo de validade
até Dezembro/2019.
As receitas previstas no Estatuto equivalem a 7,5% da FOPAG do BB/PREVI/INSS.
As despesas assistenciais subiram 30% em 2017. Antes de qualquer coisa teremos que
entender os motivos desse aumento.
As despesas assistenciais em nenhum grande Plano de Saúde do mundo sobem 30% em um
ano, quando a inflação é baixa como a nossa.
Somente 16% das despesas administrativas da CASSI estão contabilizadas no Plano
Associados. Os 84% restantes estão contabilizados no Plano Cassi Família. Teremos que
analisar cuidadosamente essa situação.
A qualidade da nossa gestão tem que significar no mínimo a redução das despesas do Plano
Associados para no máximo 10% da FOPAG do BB/PREVI/INSS.
Quanto maior a redução dos custos globais menor será o impacto de ajustes no custeio para
os associados. A Resolução CGPAR 23 apresenta mudanças que até colocam em risco a
sustentabilidade do Plano e da própria CASSI no médio prazo.
O Relatório da Consultoria ainda não foi divulgado ao Corpo Social.
Somente após analisar profundamente todos esses aspectos teremos condições de identificar
a real situação do Plano Associados e da própria CASSI.
Faremos de tudo para reduzir os custos globais e impactar o mínimo possível os associados
e garantir a perenidade do Plano Associados e da própria CASSI.
Destacamos que qualquer alteração no custeio do Plano Associados terá que passar por
negociações com diversos intervenientes e ser objeto de aprovação pelo CORPO SOCIAL,
instância máxima da CASSI.
O nosso compromisso é com os associados e com a perenidade do Plano Associados e da
própria CASSI.
2.1.2 Políticas e Estratégias para os Resultados Assistenciais
Não se pode falar em resultados, se não houver indicadores para mensurá-los. Neste sentido,
a ANS estabelece anualmente, em Resolução Normativa, quais são os pontos de avaliação
para assegurar os princípios de qualidade do atendimento, integralidade da atenção à saúde
e resolutividade dos procedimentos adotados.
O principal indicador utilizado pela Agência Nacional da Saúde - ANS é o Índice de
Desempenho da Saúde Suplementar - IDSS, que é composto pelas seguintes dimensões:
• Qualidade em atenção à saúde - avaliação do conjunto de ações em saúde que
contribuem para o atendimento das necessidades de saúde dos beneficiários, com
ênfase nas ações de promoção, prevenção e assistência à saúde prestada;
• Garantia de acesso – condições relacionadas à rede assistencial que possibilitam a
garantia de acesso, abrangendo a oferta de rede de prestadores;
• Sustentabilidade no mercado – monitoramento da sustentabilidade da operadora,
considerando seu equilíbrio econômico-financeiro, passando pela satisfação do
beneficiário e compromissos com prestadores;
• Gestão de processos e regulação – Entre outros indicadores, essa dimensão afere o
cumprimento das obrigações técnicas e cadastrais das operadoras junto à ANS.
Faz parte da nossa proposta estabelecer metas qualitativas e quantitativas para cada um
desses indicadores e tratar os programas e projetos em dentro dessas metas, avaliando de
forma sistematizada e objetiva a todas as ações de promoção, prevenção e atenção à saúde
realizadas pela CASSI. O conjunto de indicadores estabelecido pela ANS pode não esgotar o
universo a ser adotado pela gestão da CASSI, para avaliar os resultados pretendidos. Novos
indicadores ou indicadores já existentes serão avaliados e propostos para homologação,
juntamente com as suas respectivas metas qualitativas e quantitativas.
Em paralelo, sempre mantendo estreita conexão com os indicadores de resultados, iremos
desenvolver e sistematizar programas de prevenção à saúde, tanto para o pessoal da ativa,
como para os aposentados e pensionistas, como estratégia de redução de custos futuros,
mediante a mitigação de ocorrênciasambulatoriais ou cirúrgicas evitáveis pela prevenção.
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Outro aspecto que merece especial
atenção é o trabalho de adequar a
Estratégia de Saúde da Família ao
modelo de Atenção Primária,
praticado com muito sucesso em
vários países e inclusive no Brasil,
por algumas entidades, que consiste
no cuidado integral e preventivo do
paciente desde o primeiro
atendimento, resultando em
melhoria da qualidade de saúde,
elevação do nível de satisfação,
redução de judicialização e de
reclamações à ANS, e,
consequentemente, redução do
custo assistencial.
Para viabilizar esse novo enfoque de atuação, estão previstas as seguintes ações:
• rever a forma de atuação das CliniCASSI para que todas passem a atuar segundo o
modelo de Atenção Primária;
• promover a seleção e o treinamento dos profissionais de saúde para atuarem
segundo esse modelo;
• ampliar o número de CliniCASSI nas localidades onde os parâmetros estabelecidos
assim permitirem;
• criar incentivos para que os pacientes
optem pelo atendimento das CliniCASSI,
onde houver, em vez de utilizarem o
regime de livre escolha, permitindo uma
visão global do paciente e resultando
nomelhor cuidado com sua saúde, a
custos mais baixos;
• estudar a possibilidade de criar equipes
volantes para prestarem a Atenção
Primária em localidades com número
insuficiente de vidas cobertas;
• estudar outras formas de levar o cuidado à
saúde a todas as vidas cobertas, inclusive
em parceria com outras entidades;
• estabelecer índices e parâmetros de
desempenho para as CliniCASSI, com base
em benchmarking do mercado de saúde e
de planos similares do Brasil e do exterior;
e
• acompanhar e avaliar o desempenho do
programa, individualmente e de forma
consolidada, de acordo com os índices e
parâmetros estabelecidos.
2.1.3 O Papel dos Conselhos de Usuários
É fundamental reconhecer e reforçar institucionalmente o importante papel exercido
pelos Conselhos de Usuários, localizando-os “de direito” dentro do organograma da
CASSI, mediante a implantação de um modelo padronizado de atuação em nível nacional,
de modo que se constituam efetivamente nos “olhos e ouvidos” dos associados, e não
apenas da CASSI, e nem só do patrocinador.
Os Conselhos poderão atuar de maneira sistematizada como ponto difusor de informações e
políticas de atenção à saúde, além de colaborarem como instância de avaliação qualitativa
dos serviços prestados pela CASSI, sendo extensão da ouvidoria no acompanhamento e no
tratamento tempestivo de demandas, reclamações e solicitações, podendo evitar casos de
ações judiciais.
O nosso compromisso é reforçar a atuação do Conselho de Usuários como instância
importante para auxiliar a CASSI no cumprimento da sua missão institucional.
2.1.4 Programa Estratégia de Saúde da Família - ESF
Há vários programas mantidos pela CASSI. Contudo, aquele que tem a maior relevância
estratégica para o sucesso de sua atuação é a Estratégia de Saúde da Família. O programa é
a base da atenção primária à saúde, a etapa mais importante de todo o processo, pois lá se
deveria assegurar a promoção da saúde e a prevenção de doenças, mediante adequada
coordenação do cuidado e ordenamento de todo o percurso assistencial, trazendo como
benefício adicional a erradicação da maior parte das reclamações e das ações judiciais.
Por vezes, as políticas de saúde parecem se inverter em suas prioridades estratégicas,
transparecendo uma lógica absurda onde o enfoque principal das ações se dá no campo
curativo e não no preventivo. A Organização Mundial de Saúde estabelece como o principal
objetivo da “atenção primária” uma saúde melhor para todos, havendo cinco elementos-chave
para isso:
• cobertura universal com foco na redução da exclusão e das disparidades sociais no
domínio da saúde;
• adoção de políticas de integração da saúde em todos os setores;
• organização da prestação dos serviços de saúde em torno das necessidades e
expectativas das populações;
• gestão da oferta de saúde a partir de modelos de colaboração e diálogo; e
• aumento da participação de todos os atores envolvidos.
Portanto, é necessário equalizar e harmonizar o desempenho da rede de atendimento
segundo os conceitos da atenção primária, através de várias ações, relacionadas nas “Políticas
e Estratégias para os Resultados Assistenciais”, acima descritas, e devidamente
acompanhadas e avaliadas conforme os indicadores lá mencionados.
2.2 Eixo de Ação Gestão de Riscos
Riscos podem ser definidos como “a possibilidade de que um evento afete negativamente o
alcance de objetivos”. De fato, eventos indesejáveis podem afetar a qualidade dos serviços
oferecidos, gerar o uso inapropriado de recursos, denegrir a imagem da instituição e
acarretar prejuízos materiais a todos os envolvidos.
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Ao estabelecermos uma política de gestão de riscos, estamos falando de um processo de
natureza permanente, aplicável a todas as áreas, permeando os níveis estratégico, tático e
operacional da CASSI, compreendendo atividades de identificação, análise e avaliação de
riscos; elaboração de procedimentos e estratégias de respostas a eventos de risco;
estabelecimentos de políticas de comunicação para eventos de risco e, claro, definição de
indicadores de acompanhamento dos riscos materializados.
Preparar um estudo emergencial sobre o risco populacional com o objetivo de definir
estratégias preventivas de saúde. Conhecendo nossos associados poderemos trabalhar os
problemas de saúde com mais efetividade, monitoramento e acompanhamento.
2.2.1 TI – Tecnologia da Informação
Como primeiro passo para o tratamento de elementos do risco, dentro de uma organização
é criar sistemas que permitam o monitoramento dos ambientes interno e externo da
organização, envolvendo pessoas, competências, informações, processos de trabalho,
estruturas organizacionais, tecnologia, instalações e equipamentos.
De início, os sistemas devem permitir a produção de informações gerenciais que permitam
acompanhar o atingimento dos objetivos pretendidos pela empresa, como forma de definir
quais são os riscos que podem afetar o alcance das metas fixadas. Sem isso, a gestão de
riscos não pode ocorrer.
Nesse contexto, cabe à Diretoria da CASSI propor o investimento maciço em Tecnologia da
Informação, de modo a sistematizar todos os processos de negócio, desde os serviços
administrativos básicos, autorizações, reembolso, pagamento a prestadores de serviço,
monitoramento das internações, enfim, de todo processo que ainda esteja sendo realizado
manualmente, ou suportado por sistemas estanques e não integradas.
De forma mais imediata, os pontos a serem tratados com maior urgência são:
• Perfil Epidemiológico do Associado, Pensionista e Dependente – desenvolver
aplicativo integrado ao Prontuário Eletrônico que faça a coleta sistemática de dados e
eventos dos associados da ativa, aposentados, pensionistas e dependentes, para
recompor o perfil epidemiológico, em meio eletrônico, tornando-o insumo essencial
para a prevenção de doenças e sua resolubilidade quando se manifestarem;
• Prontuário Eletrônico – revisar e estabelecer um modelo de prontuário eletrônico que
atenda integralmente aos eventos de qualquer natureza, dotado da necessária
portabilidade via intra e internet e que permita o manuseio por todos os médicos, rede
credenciada, laboratórios e demais prestadores de serviço, viabilizando o conhecimento
integral da saúde do paciente, facilitando o diagnóstico e a escolha do tratamento mais
adequado;
• Captura de Dados na Origem – adotar o princípio de inserção única e na origem, de
todas as informações geradas nos processos operacionais, para que os dados não
sejam redigitados na etapa subsequente, resultando em grande economia de recursos
pela eliminação do retrabalho e garantindo a fidelidade das informações existentes na
empresa.
Não obstante, outros pontos que não estão diretamente ligados ao apoio à gestão por
resultados na atividade-fim merecem aprimoramentos que, dentro de um amplo programa a
ser desenhado tecnicamente, deve ter previsão orçamentária e cronograma de
implementação.
A gestão de riscos deve ser composta por uma política clara, que vise assegurar recursos
financeiros, salvaguardar recursos operacionais, permitir a sustentabilidade dos processos e
proteger a reputação da CASSI. A arquitetura dessa política, sua inserção na cultura
organizacional interna, seus desdobramentos sobre o acervo de sistemas e processos da
empresa, como norte para sua evolução e aprimoramento, são tarefas que exigem vários
anos e um contínuo e permanente esforço de desenvolvimento.
Nosso compromisso é com a continuidade dessa política, para que a CASSI possa avançar
progressiva e continuamente na gestão de seus riscos, o que permitirá um aprimoramento
nos serviços prestados e a redução das fragilidades existentes, que hoje prejudicam em
muitos aspectos todo o ecossistema que envolve a gestão da nossa assistência à saúde.
2.3 Eixo de Ação Gestão de Competências
O objetivo central de todas as nossas ações são associados ativos ou aposentados e seus
dependentes. Pessoas também são o motor de todas as transformações, pois as mudanças
só ocorrerão através do corpo funcional da CASSI, pelo reconhecimento do significado do seu
trabalho na vida de outras pessoas.
2.3.1 Profissionalização da Gestão
De imediato, é necessário estabelecer que o processo de gestão por competências requer um
aprimoramento contínuo na qualificação de todos os envolvidos com as atividades da CASSI:
os colaboradores, os beneficiários e assistidos, os prestadores de serviço e os reguladores.
Esse processo evolutivo deve pressupor estratégias, recursos, tecnologia, esforços e
prioridades, para que possamos valorizar e reforçar o exercício das competências esperadas
de cada ator.
Entre as ações propostas para a implantação de uma gestão por competências na CASSI,
podemos listar:
• formalização de convênio com o Banco do Brasil para utilização da Universidade
Corporativa BB, de preferência, com a criação de uma trilha específica para a Assistência
à Saúde, com treinamentos orientados para que todos os atores envolvidos possam
adquirir os conhecimentos e as habilidades requeridas;
• implementação de sistemas de avaliação de desempenho funcional para todos os
colaboradores da CASSI, inclusive aqueles cedidos pelo BB, permitindo dessa forma o
gerenciamento da manifestação das competências requeridas;
• adoção de processos internos de certificação de conhecimentos como diferencial de
progressão e ascensão funcional;
• aprimoramento do processo eleitoral para que possam ser adotados critérios de
formação, habilidades e conhecimentos mínimos para o preenchimento de cargos
eletivos;
• aprimoramento do processo de seleção para o corpo gerencial e diretivo, com
transparência e publicidade, para adequação dos ocupantes aos perfis requeridos;
• estabelecimento de critérios mínimos para o preenchimento de cargos executivos, quer
por indicação dos diretores eleitos, quer pelo Banco, a partir da valorização objetiva da
experiência, dos conhecimentos e das habilidades, considerando
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❖ experiência em gestão, planejamento, saúde suplementar e regulação em saúde;
❖ habilidade e capacidade de negociação, de administração de conflitos, de
identificação e resolução de problemas, e de cumprimento de metas;
❖ conhecimentos de gestão de planos e serviços de saúde, legislação do setor de
saúde suplementar, planejamento em saúde, auditoria em saúde, gestão de rede
de serviços em saúde, sistemas de saúde e conceitos básicos de epidemiologia.
Por fim, iremos propor à Diretoria Executiva, para posterior deliberação no Conselho
Deliberativo, a formalização de um “contrato de gestão” para os Diretores e Conselheiros,
sejam eleitos ou indicados pelo patrocinador, como forma de garantir o profissionalismo no
exercício dos respectivos mandatos, tendo sempre presente os deveres regimentais do
Estatuto da CASSI, e o compromisso manifestado no item deste Programa de Gestão.
2.3.2 Remuneração dos Diretores e Conselheiros
Em uma entidade que passa por problemas financeiros graves, como é o caso da CASSI, o
critério de remuneração dos diretores e conselheiros deve ser revisto, inclusive como forma
de mostrar a disposição dos que ali estão, para a recuperação da sua saúde financeira.
Dentro do compromisso de pugnar pela erradicação de qualquer privilégio remuneratório, de
regalias, de benefícios ou bônus, que extrapolem os conceitos da moralidade, iremos propor
à Diretoria Executiva, para posterior deliberação no Conselho Deliberativo, a desvinculação
dos critérios de remuneração e benefícios da Diretoria Executiva daqueles praticados pelo
Banco do Brasil, bem como dos Conselheiros, sejam eleitos, ou indicados pelo patrocinador.
2.4 Eixo de Ação Comportamento dos Associados e Dependentes
É de conhecimento tácito que boa parte da evasão de recursos preciosos das contribuições
dos associados decorre do uso não responsável dos serviços disponibilizados pela CASSI, por
parte dos próprios associados e seus dependentes.
Inexiste nos diversos relatórios produzidos pela CASSI a quantificação desses desperdícios,
mesmo que em mera estimação, portanto, torna-se falaciosa qualquer tentativa de se
projetar, neste momento, uma previsão de quanto se poderá economizar com o USO
RESPONSÁVEL dos serviços por parte de todos os assistidos.
Dado que não haverá como implantar planos estruturados que possam quantificar a mudança
comportamental, tampouco estabelecer prazos, deverão ser desenvolvidas campanhas de
esclarecimento para induzir o USO RESPONSÁVEL por parte dos assistidos, cujas campanhas
de caráter educativo e colaborativo deverão ter um início, mas sem previsão de fim, sendo
algumas delas elucidadas nos subitens a seguir.
2.4.1 Conhecimento do Estatuto sobre o Uso dos Serviços
• Enviar sistematicamente e de maneira simplificada, o que prevê o estatuto e a TGA sobre
as condições de uso dos serviços do Plano Associados;
• Esclarecer de maneira resumida, sistematicamente, os parâmetros e critérios sobre
consultas excepcionais, internações, etc.
• Orientar sistematicamente, além das informações constantes do site, as devidas
instâncias e alçadas envolvidas no processo de concessão de autorizações e demais
serviços que demandem tais estruturas.
2.4.2 PAF – Programa de Assistência Farmacêutica
• Manter os assistidos que utilizam o PAF permanentemente informados sobre o programa,
inclusive sobre remédios que podem ser obtidos gratuitamente no SUS, ou na farmácia
popular;
• Esclarecer aos associados permanentemente sobre os medicamentos passíveis de
cobertura, para se evitar desgastes entre as partes, inclusive ações judiciais;
• Esclarecer, e acompanhar na medida do possível, que remédios de uso contínuo são
destinados exclusivamente aos associados e seus dependentes.
• Negociar convênios com redes de farmácias com preços atrativos aos associados
2.4.3 Uso Responsável dos Serviços Oferecidos pela CASSI
• Enviar sistematicamente comunicados a todos os associados para que incorporem
a filosofia do USO RESPONSÁVEL dos serviços, esclarecendo permanentemente,
além das informações do site, que as assinaturas de guias além do necessário,
internações substituíveis por atendimento ambulatorial, permanência em
internações além do tempo de recuperação, internações evitáveis em UTI, exames
laboratoriais duplicados sem recomendação médica. etc., revertem-se em custos
adicionais para o Plano Associados, agravando o déficit estrutural da CASSI;
• Alertar sistematicamente que o uso dos serviços por intermédio de terceiros não
integrantes do Plano, além de se configurar fraude, contribui para aumentar os
prejuízos.
• Preparar e divulgar cartilha para orientação dos associados de como utilizar,
acompanhar e fiscalizar todos os procedimentos para manter saudável seu plano
de saúde.
NOTAS
1 Este Programa de Gestão está sendo elaborado com o apoio
de muitos colaboradores por intermédio da nossa rede
whatsapp.
2 Este Programa de Gestão V.2 (versão dois), é resultante de
acolhimento de feedbacks recebidos de nossos apoiadores.
3 A Chapa 4 - MAIS UNIÃO, agradece a todos os colaboradores
indistintamente pela participação. Não é uma versão
definitiva, novas sugestões que forem apresentadas serão
apreciadas e se possível, incorporadas neste Programa.