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PROPOSTA METODOLOGICA PARA AVALIAÇÃO DOS PMSB (1)Engenheiro Civil. Msc. Recursos Hídricos e Saneamento. Doutorando Recursos Hídricos e Saneamento. Esp. Direito Ambiental e Urbanístico. Engenheiro Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN). Docente Engenharia Civil Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). (2)Engenheiro Civil. Doutor Engenharia Hidráulica. Docente Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH/UFRGS). Giuliano Crauss Daronco (1) , Dieter Wartchow (2) XVIII Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 4 a 9 de maio de 2014 - Uberlândia - MG

PROPOSTA METODOLOGICA PARA AVALIAÇÃO DOS PMSB

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XVIII Exposição de Experiências Municipais em Saneamento De 4 a 9 de maio de 2014 - Uberlândia - MG. PROPOSTA METODOLOGICA PARA AVALIAÇÃO DOS PMSB. Giuliano Crauss Daronco (1) , Dieter Wartchow (2). - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: PROPOSTA METODOLOGICA PARA AVALIAÇÃO DOS PMSB

PROPOSTA METODOLOGICA PARA AVALIAÇÃO DOS PMSB

(1)Engenheiro Civil. Msc. Recursos Hídricos e Saneamento. Doutorando Recursos Hídricos e Saneamento. Esp. Direito Ambiental e Urbanístico. Engenheiro Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN). Docente Engenharia Civil Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ). (2)Engenheiro Civil. Doutor Engenharia Hidráulica. Docente Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH/UFRGS).

Giuliano Crauss Daronco (1), Dieter Wartchow (2)

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O marco histórico regulatório do saneamento brasileiro, a Lei 11445, do ano de 2007, introduziu um instrumento legislativo diretamente voltado ao saneamento de forma que a partir de então foram instituídos os Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB).

A execução destes planos passou a ser obrigatória e configurou um problema contumaz nos municípios gaúchos que em sua maioria possuem diminutas receitas públicas e impossibilidade de financiamento de bons planos.

Com o intuito de colaboração técnicas aos municípios e exercendo seu papel de proliferador de conhecimento (extensão universitária), o IPH/UFRGS vem auxiliando alguns municípios na elaboração dos seus planos, coletando dados dos problemas encontrados e propondo possíveis soluções.

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No Estado do Rio Grande do Sul, ao final do ano de 2012, resumidamente, dos 497 municípios existentes, 182 (36,6%) estão elaborando seus PMSB, outros 104 (20,9%) estão com seus planos elaborados, e dos restantes 211 (42,5%) municípios não há informação nenhuma sobre a situação existente, porém acredita-se que estes não tenham formulado seus instrumentos até o presente momento.

Constata-se a grande dificuldade encontrada pelos municípios gaúchos para a elaboração dos seus PMSB, de forma que passados cinco anos da promulgação da Lei 11.445/2007, que obrigou todos a elaborarem seus PMSB, cerca de 42,5% dos municípios gaúchos ainda não iniciaram o processo de elaboração.

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A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), através do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), vem assessorando, desde o ano de 2009, alguns municípios na elaboração de seus Planos Municipais de Saneamento Básico. Os municípios atendidos até o ano de 2013 foram: Santa Rosa/2009 (69587 hab), Santo Ângelo/2010 (76275 hab), Ijuí/2010 (78915 hab), Tio Hugo/2012 (2724 hab) e Camaquã/2012 (62764 hab).

Para avaliação da qualidade dos PMSB, utilizou-se uma planilha eletrônica baseada nas premissas de elaboração expostas na Lei 11445/2007.A planilha eletrônica em questão foi elaborado por meio de 5 tabelas:

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XVIII Exposição de Experiências Municipais em SaneamentoDe 4 a 9 de maio de 2014 - Uberlândia - MG

Definição da forma como são prestados os serviços

Definição das normas de regulação

Garantia do atendimento para promoção de saúde pública

Garantia de acesso à água em quantidade e qualidade

Fixação de direitos e deveres dos usuários

Criação do Fundo de Universalização

Avaliação sistemática da efetividade, eficiência e eficácia do sistema.

Mecanismo de participação e controle social

Sistema de informações sobre o serviço

Mecanismos de cooperação com outros entes federados

Mecanismos de promoção da integração com outras políticas

Tabela 1. Conteúdo mínimo que a Política de Saneamento Básico deve contemplar.

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Tabela 2. Conteúdo mínimo que o processo de elaboração/ revisão do plano, formulação da política e os mecanismos de controle social devem contemplar.

Mecanismos e procedimentos que garantem a participação pública

Prevê a participação e o controle social

Mecanismos de disseminação de informações sobre os serviços prestados

Mecanismos de divulgação das etapas de discussão e canais para recebimentos de sugestões e críticas

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Tabela 3. Conteúdo mínimo que o Plano de Saneamento Básico deve contemplar

Diagnóstico Integrado da Situação LocalDiagnóstico Integrado da Situação do Abastecimento de ÁguaDiagnóstico Integrado da Situação do Esgotamento Sanitário

Diagnóstico Integrado da Situação dos Resíduos SólidosDiagnóstico Integrado da Situação da Drenagem Urbana

Objetivos e metas para a universalizaçãoObjetivos e metas de curto, médio e longo prazo

Mecanismos de gestão para assegurar a sustentabilidade da prestação dos serviçosDesenvolvimento institucional

Visão integrada dos aspectos técnicos, institucionais, legais e econômicosInterface de cooperação com outros programas relacionados ao serviço

Integração com a gestão eficiente dos recursos naturaisAtendimento da população rural

Educação ambiental e mobilização socialArticulação com o Plano de Segurança da Água (se implantado no município)

Definição de parâmetros para a adoção de taxa e tarifa socialPrevenção de situações de risco, emergência ou desastre

Ações para emergências e desastresDiretrizes para planos de racionamento ou aumento temporário da demanda

Diretrizes da integração com os planos locais de contingênciaRegras para situações críticasParticipação e Controle Social

Formulação, monitoramento e controle social da política, ações e programasConteúdo mínimo, periodicidade e mecanismos de divulgação dos resultados do monitoramento

Detalhamento do processo de revisão

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Tabela 4. Compatibilidade com os outros planos

Plano da Bacia HidrográficaPlano Diretor do MunicípioOutros Planos relevantes

Plano Plurianual (PPA)Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

Outras legislações relevantes

Tabela 5. Orientação da elaboração da legislação orçamentária

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As 5 tabelas foram testadas no cinco municípios onde o IPH/UFRGS auxiliou na elaboração de seus PMSB.

O Quadro abaixo apresenta o resultado da Tabela 1: Conteúdo mínimo que a Política de Saneamento Básico deve contemplar;

XVIII Exposição de Experiências Municipais em SaneamentoDe 4 a 9 de maio de 2014 - Uberlândia - MG

Ítem Camaquã Ijuí Sto Angelo Sta Rosa

Definição da forma como são prestados os serviços Sim Sim Sim Sim

Definição das normas de regulação Sim Sim Sim SimGarantia do atendimento para promoção de saúde pública Sim Sim Sim SimGarantia de acesso à água em quantidade e qualidade Sim Sim Sim SimFixação de direitos e deveres dos usuários Sim Sim Não SimCriação do Fundo de Universalização Sim Sim Sim SimAvaliação sistemática da efetividade, eficiência e eficácia do sistema Sim Sim Sim SimMecanismo de participação e controle social Sim Sim Sim SimSistema de informações sobre o serviço Sim Sim Sim SimMecanismos de cooperação com outros entes federados Sim Sim Sim Sim

Mecanismos de promoção da integração com outras políticas Sim Sim Sim

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Conclui-se que apenas a existência de um PMSB não garante que o mesmo tenha sido elaborado de maneira satisfatória, de forma que a verificação da qualidade da elaboração dos PMSB deve ser levada em consideração. A utilização de uma planilha eletrônica pode ser utilizada para uma analise superficial, sendo que deve se prospectar novas ferramentas mais ágeis e eficientes para tal.

O saneamento brasileiro encontra-se em um momento onde a grande maioria dos municípios encontram-se na fase de elaboração dos seus PMSB, de forma que em breve estes Planos deverão gerar resultados físicos desde que os mesmos estejam de acordo com as premissas básicas da Lei 11445.

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Obrigado.

[email protected]@iph.ufrgs.br

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