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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR VICTÓRIO EMANUEL ABROZINO
Ensino Fundamental, Médio e Profissional
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
FILOSOFIA
1. IDENTIFICAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR VICTÓRIO EMANUEL ABROZINO
Endereço: Rua Francisco Bartinik, 2147 CEP: 85.807–550
Município: Cascavel - Paraná Fone/Fax:(45)3226-8563/ 3226-8466
E-mail: [email protected]
Núcleo Regional de Educação: Cascavel
Código do Estabelecimento: 0975
Dependência Administrativa: Estadual
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Secretaria de Estado da Educação – SEED
Núcleo Regional de Educação de Cascavel
Regime de Tempo Escolar: Seriado
Organização Curricular: Por disciplinas
Distância do Estabelecimento até o NRE:
Via BR-467: 12,1 Km
Via Rua Manaus e BR-467: 10,7 Km
Via Rua Manaus, Av. Barão do Rio Branco e BR-467: 10,6 Km
O contexto de uma escola revelam, de forma substancial, as necessidades
sociais que devem permear os processos de ensino e de aprendizagem. A Proposta
Pedagógica Curricular de Filosofia, em sintonia com Projeto Político Pedagógico,
deve considerar a realidade da comunidade escolar para (re)criar outra realidade. É
imprescindível que as práticas educativas desenvolvidas na sala de aula, ou fora
dela – na escola, ou ainda na comunidade – sejam norteadas pela reflexão sobre o
aluno: o sujeito que se quer formar e qual sociedade queremos.
Nesta perspectiva, realizou-se em 2014, um levantamento socioeconômico
cultural da comunidade escolar. Este teve como objetivo fundamentar a prática de
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gestão e organização educacional voltada para a realidade dessa comunidade. Para
isso utilizou-se questionário contendo 19 (dezenove) questões objetivas escolhidas
intencionalmente para caracterizá-la.
O Bairro Cristal, onde está localizado o Colégio Estadual Professor Victório
Emanuel Abrozino é de fácil acesso para as demais comunidades a ele interligadas
e, há facilidade de transporte coletivo que proporciona o deslocamento dos
estudantes de outros bairros.
Neste sentido, com destaque ao transporte utilizado pelas famílias, verificou-
se por meio da pesquisa que o meio usado para o deslocamento à escola, os alunos
vêm a pé, já que os bairros próximos são predominantemente residenciais. Para
deslocamento à área central da cidade, cotidianamente ao trabalho, a maioria das
famílias utilizam veículo próprio.
Os dados revelam que as famílias não são numerosas, a maioria é
composta por 2(dois) filhos 42%, porém 20% das famílias tem apenas 1 filho, há
ainda famílias compostas por 3(três) filhos, totalizando 24% e 13% das famílias
possuem 4(quatro) ou mais filhos.
A pesquisa revelou ainda, que 59% dos alunos moram com os pais (pai e
mãe) e, 21% moram somente com a mãe.
Quanto a questão referente a moradia, verificou-se que 57% das famílias
tem casa própria, 9% possuem moradia financiada. Dado este que, retrata que a
maioria dos alunos que iniciam a vida escolar no Ensino Fundamental (anos finais),
nesta escola permanece até a conclusão do Ensino Médio.
Nota-se ainda com os dados coletados que 92% dos alunos que estudam
neste Estabelecimento de Ensino, são oriundos da Educação Pública.
Com relação a etnia declarada, 65% das famílias pesquisadas se considera
branca, 28% parda ou mulata, 3% se considera negro ou afrodescendente e com
percentual de 4% outras etnias.
As respostas da pesquisa revelam que em sua maioria pai e mãe cursaram
o Ensino Médio, totalizando 30% (pais) e 32% (mães). Com Curso Superior
completo e/ou pós-graduação são 17% (pais) e 20% (mães).
Ao analisar as questões referente a remuneração, percebe-se que 97% das
famílias trabalham com remuneração, sendo que 45% recebem de 2(dois) a 5(cinco)
salários mínimos; 26% de 1(um) a 2(dois) e 14% de 5(cinco) a 10(dez) salários, e
quanto aos alunos, 81% não trabalha e 11% trabalham com remuneração.
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No quesito plano de saúde, a comunidade depende da saúde pública, num
total de 66%; 22% possuem convênios e 11% atendimento particular.
Analisando as questões quanto ao uso de eletroeletrônico, percebe-se um
alto índice de consumo destes produtos de mídias, principalmente celulares, e em
função disso, o lazer e as informações das atualidades são, na sua grande maioria,
obtidos pela televisão 51%, seguidos pelo uso da internet com 42%.
Referente a vida profissional dos pais e das mães, dos alunos deste
Estabelecimento de Ensino, há uma diversidade de funções exercidas. Dentre elas,
27% dos pais trabalharam ou trabalham no comércio; 17% como autônomos; 12%
no funcionalismo público e com o mesmo percentual na indústria. Já as mães, 26%
no comércio; 20% no lar e 15% no funcionalismo público. Ressaltamos ainda, que
num total de 12% dos pais (pai e mãe) trabalham ou trabalharam na agricultura.
O perfil socioeconômico cultural das famílias pesquisadas, contribuirá para
adequação e melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem, bem como dará
sustentabilidade às ações coletivas desenvolvidas no âmbito escolar, permitindo
dessa forma um maior envolvimento do coletivo escolar, no enfrentamento aos
desafios presentes no dia-a-dia da escola.
2. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A filosofia se constituiu como pensamento racional e sistemático há mais de
2600 anos. A história desse pensamento traz consigo o problema de seu ensino, de
modo que a questão pedagógica do conhecimento filosófico é uma temática tão
antiga quanto a filosofia.
O problema já estava presente no embate entre o pensamento de Platão e
as teses dos sofistas. Naquele momento, tratava-se de saber a relação ente o
conhecimento e o papel da retórica no ensino. Platão admitia que, sem uma noção
básica das técnicas de persuasão, a prática do ensino da filosofia teria um efeito
nulo sobre os jovens. Por outro lado, ele também pensava que se o ensino de
filosofia se limitasse à transmissão de técnicas de sedução do ouvinte por meio de
discursos, o perigo seria outro: a filosofia favoreceria posturas nada elegantes, como
o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento.
É por isso que a delimitação de uma boa estratégia para o ensino de filosofia
é um tema bastante debatido na história da filosofia. A preocupação maior é garantir
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que as metodologias de ensino não deturpem o conteúdo da filosofia. A ideia de que
em áreas como, por exemplo, moral e política, praticamente não existem verdades
absolutas é uma tese freqüentemente defendida pelos filósofos. Daí a importância
que o ensino desses temas dá ao exercício de analisar conceitos morais antigos e
modernos, medir perspectivas epistemológicas, identificar fontes de ideias, etc.
Ocorre que, ao levar para a sala de aula a discussão sobre esses temas, será
inevitável o estranhamento que a ausência de conclusões definitivas provocará nos
estudantes. Essa é uma característica da filosofia que deve, antes de tudo, ser muito
bem compreendida e, de preferência, como lição preliminar a qualquer conteúdo
filosófico.
Se perguntarmos a um matemático, a um mineralogista, a um historiador ou
a qualquer outro homem de saber, que corpo exato de verdades a sua ciência
descobriu, a sua resposta durará o tempo que estivermos dispostos a escutá-la. Mas
se colocarmos a mesma questão a um filósofo, se for sincero terá de confessar que
o seu estudo não chegou a resultados positivos como aqueles a que chegaram
outras ciências. É verdade que isto se explica em parte pelo fato de que assim que
se torna possível um conhecimento exato acerca de qualquer assunto, este assunto
deixa de se chamar filosofia e passa a ser uma ciência separada. 1
Isso não significa que a filosofia seja uma área do saber cujo trabalho
termina tão logo a ciência encontre uma resposta eficaz para um problema. Embora
trabalhe com os mesmos problemas, a abordagem filosófica é diferente. A filosofia é
uma atividade que se ocupa de questões cujas respostas estão longe de serem
obtidas pela ciência. Russell diz que problemas como a estrutura do universo, a
origem das noções de bem e mal, os efeitos que a consciência humana projeta
sobre o mundo, etc., são temas discutidos mais propriamente pela filosofia, porque
eles ainda são desafiantes e carecem de respostas.
O ensino de filosofia terá neste estabelecimento de ensino o caráter de
desenvolver o pensamento crítico do educando e para isso usará de diversas
metodologias e buscará conhecimento em diferentes fontes e autores, com vistas a
alcançar os objetivos propostos por esta disciplina. Já que no Brasil, a filosofia,
1 Bertrand Russell, The Problems of Philosophy. Oxford: Oxford University Press, 2001, trecho citado a partir da tradução das pp. 89-94 de Alvaro Nunes in: http://www.filedu.com/brussellvalordafilosofia.html
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enquanto disciplina escolar, figura nos currículos escolares desde o ensino jesuítico,
ainda nos tempos coloniais.
Podemos delimitar quatro grandes períodos do ensino de filosofia no Brasil:
1500-1889: predominância do ensino jesuítico, sob as leis do Ratio
Studiorum. Nessa perspectiva, a filosofia era entendida como instrumento de
formação moral e intelectual, sob os cânones da Igreja Católica e do poder cartorial
local.
1889-1961: durante este período, a filosofia fez parte dos currículos oficiais
inclusive figurando como disciplina obrigatória. Esta presença não significou, porém,
um movimento de crítica à configuração social e política brasileira que, nesse
período, oscilou entre a democracia formal, o populismo e a ditadura.
1961-1985: Com a lei 4024/61, a filosofia deixa de ser obrigatória e,
sobretudo, com a lei 5692 /1971, em pleno regime militar, o currículo escolar não dá
espaço para o ensino e estudo da filosofia. A filosofia desaparece totalmente dos
currículos escolares do Ensino Médio durante a ditadura militar, principalmente por
não servir aos interesses econômicos e técnicos do momento, que visavam formar
um cidadão produtivo, porém não crítico. O pensamento crítico deveria ser
reprimido, bem como as possíveis ações dele decorrentes.
1985 aos dias atuais: durante as duas últimas décadas, o ensino de
filosofia no nível médio tem sido amplamente discutido, embora a tendência das
políticas curriculares oficiais (Resolução CEB/CNE n. 3/98 e PCNEM de 1999) seja
mantê-Io em posição de saber transversal às disciplinas do currículo.
A LDB de 1996, no art. 36, determina que, ao final do Ensino Médio, o
estudante deverá "dominar os conhecimentos de Filosofia e de Sociologia
necessários ao exercício da cidadania". O caráter transversal dos conteúdos
filosóficos, que aparece com bastante clareza na resolução 03/98 DCENEM, não
cumpre a exigência da LDB quanto à necessidade de domínio dos conhecimentos
filosóficos, uma vez que joga a Filosofia para a transversalidade.
Esta disciplina, a partir de 2007, tornou-se obrigatória em âmbito nacional
perdendo o caráter de transversalidade existente em muitas escolas e assim
iniciando seu processo de consolidação, já que é no espaço escolar que a filosofia
pode exercer aquilo que lhe é próprio: o exercício do pensamento crítico, da
resistência, da criação e reelaboração do conhecimento. A Filosofia torna vivo esse
espaço escolar, povoando-o de sujeitos que exercitam sua inteligência buscando, no
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diálogo e no embate entre as diferenças, a sua convivência e a construção da sua
história.
A disciplina de Filosofia, através da Lei 11.684 de junho de 2008, tornou-se
obrigatória em todas as séries do Ensino Médio, de forma gradativa, a partir de
2009.
Uma vez que o estabelecimento oferta Ensino Médio Regular e Integrado, há
divisão dos conteúdos por série, conforme descrito posteriormente.
3. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O tratamento disciplinar da Filosofia - e sua inserção no Ensino Médio -
responde a uma demanda social que requer, dos sujeitos, a tomada de posições,
que tenham autonomia nos julgamentos, que confrontem argumentos e respeitem a
palavra do outro.
A Filosofia, entendida como um conjunto de conhecimentos que recebem um
tratamento disciplinar tem seu lugar na formação do jovem estudante do Ensino
Médio. A presença dessa disciplina no currículo do Ensino Médio justifica-se,
também, pela sua inegável capacidade de dialogar com outras disciplinas e
contribuir para reafirmá-Ias enquanto momento de um processo de formação
orgânico, cumulativo, criativo e crítico que chamamos de educação.
Assim, a disciplina de Filosofia irá contribuir, em especial, para a
ressignificação da experiência do aluno, para afirmar sua singularidade e
problematizar seus valores, formando-o para uma leitura e olhar mais críticos sobre
a realidade.
Contribuir na formação de sujeitos livres, porque, além da abertura para a
reflexão sobre temas relacionados à política, à ética, à estética, à ciência e ao
conhecimento e à existência, irá possibilitar aos educandos o acesso às produções
teóricas e culturais da Filosofia elaboradas pela humanidade.
Para que estes objetivos sejam alcançados serão estudados diferentes
textos filosóficos, fazendo-se discussões e debates para que os educandos
consigam analisar criticamente textos escritos e saibam argumentar sobre os
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mesmos e tenham condições de compreender sua realidade a partir de estudo
teórico e possam agir sobre a mesma.
Assim, podemos afirmar que o aprendizado dos conteúdos, como
mediadores da reflexão filosófica, deve recorrer, necessariamente, à tradição
filosófica, confrontando diferentes pontos de vistas e concepções, de modo que o
estudante perceba a diversidade de problemas e de abordagens. Num ambiente de
diálogo investigativo, de redescobertas e recriações, pode-se garantir aos
educandos a possibilidade de elaborarem, de forma problematizadora, suas próprias
questões e tentativas de respostas.
4. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ENSINO MÉDIO INTEGRADO:
1ª Série
Conteúdos Estruturantes: Mito e Filosofia e Teoria do Conhecimento.
2ª Série
Conteúdo Estruturante: Ética.
3ª Série
Conteúdo Estruturante: Filosofia Política
4ª Série
Conteúdos Estruturantes: Filosofia da Ciência e Estética
ENSINO MÉDIO REGULAR:
1ª Série
Conteúdos Estruturantes: Mito e Filosofia e Teoria do Conhecimento.
2ª Série
Conteúdos Estruturantes: Ética e Filosofia Política.
3ª Série
Conteúdos Estruturantes: Filosofia da Ciência e Estética.
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Os conteúdos propostos estão baseados no documento: Diretrizes
Curriculares Orientadoras da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
Os conteúdos estruturantes serão: Do Mito à Filosofia; Teoria do
Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Estética; Filosofia da Ciência. Sendo que:
Do mito à Filosofia será o conteúdo de introdução à Filosofia, seguido pela Teoria
do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Estética e Filosofia da Ciência.
EMENTA: Diferentes perspectivas filosóficas na compreensão do conhecimento. O
Estado e a organização social. Ética e Estética. Questões filosóficas do mundo
contemporâneo. Relação homem x natureza, cultura e sociedade.
CONTEÚDOS:
1. MITO E FILOSOFIA
1.1 Mito e Filosofia;
1.2 Saber mítico;
1.3 Saber filosófico;
1.4 Relação mito e filosofia;
1.5 Atualidade do mito; O que é Filosofia?
2. TEORIA DO CONHECIMENTO
2.1 Possibilidade do conhecimento;
2.2 As formas de conhecimento;
2.3 O problema da verdade;
2.4 A questão do método;
2.5 Conhecimento e lógica;
3. ÉTICA
3.1 Ética e moral;
3.2 Pluralidade ética;
3.3 Ética e Violência;
3.4 Razão, desejo e vontade;
3.5 Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas;
4. FILOSOFIA POLÍTICA
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4.1 Relação entre comunidade e poder;
4.2 Liberdade e igualdade política;
4.3 Política e Ideologia;
4.4 Esfera pública e privada;
4.5 Cidadania formal e/ou participativa;
5. FILOSOFIA DA CIÊNCIA
5.1 Concepções de ciência;
5.2 A questão do método científico;
5.3 Contribuições e limites da ciência;
5.4 Ciência e ideologia;
5.5 Ciência e ética;
6. ESTÉTICA
6.1 Natureza da arte;
6.2 Filosofia e arte;
6.3 Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco,
gosto, etc;
6.4 Estética e sociedade;
6.5 Questões filosóficas do mundo contemporâneo. Relação homem x
natureza, cultura e sociedade;
5. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
No cenário, mundial e brasileiro, onde se questionam os sentidos dos
valores éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a
ocupar e uma contribuição relevante: enquanto investigação de problemas que têm
recorrência histórica e criação de conceitos que são ressignificados também
historicamente, gera, em seus processos, discussões promissoras e criativas que
podem desencadear ações transformadoras, individuais e coletivas, nos sujeitos do
fazer filosófico.
É por essa razão que os conhecimentos, os processos filosóficos
permanecem válidos e atuais e que o trabalho com estes processos, na disciplina de
Filosofia, adquire relevância no contexto do Ensino Médio.
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A partir destas considerações a metodologia utilizada em sala de aula será a
seguinte:
- Aulas expositivas e dialogadas;
- Debates;
- Trabalhos em grupo e individuais;
- Realização de trabalhos conceituais como forma de exercícios reflexivos;
- Estudos de textos;
- Exposição e análise de filmes e músicas;
- Estratégias diferenciadas, para assim, flexibilizar o conteúdo em sala de
aula, de acordo com as necessidades específicas de cada aluno, sendo por meio de
atendimento individual, priorização de conteúdo, material ampliado, avaliações orais,
avaliações com imagens, redução de atividades nas avaliações entre outros,
- Os desafios contemporâneos: Educação Ambiental (Lei nº9.795/99),
Educação Fiscal (Portaria413/2002); Cidadania e Direitos Humanos; Enfrentamento
a Violência na Escola; Educação para as Relações Étnico Raciais; Prevenção ao
uso Indevido de Drogas; Educação Escolar Indígena; Gênero e Diversidade Sexual;
e Diversidade Educacional (Inclusão Indígena (Lei nº10.639/03, Educação Indígena
(Lei nº 11.645), Educação do Campo (DCE do Campo), História do Paraná (Lei nº
13.381/01), serão abordados nas aulas a partir dos seguintes conteúdos
estruturantes: Ética, Filosofia Política, Filosofia da Ciência e Estética.
6. AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não
possui uma finalidade em si mesma, mas tem por função subsidiar e mesmo
redirecionar o curso da ação do processo ensino-aprendizagem, com a finalidade de
garantir a qualidade do processo educacional que professores, estudantes e a
própria instituição de ensino estão construindo coletivamente. A avaliação é
contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o desenvolvimento global do
aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes
curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos, considerando os objetivos expressos nos projetos de ensino.
Para a realização das avaliações serão utilizados:
- Teste de aproveitamento oral;
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- Apresentação de seminários;
- Provas escritas com ou sem consultas;
- Trabalhos em forma de pesquisa para o aprofundamento do conteúdo;
- Tarefas específicas para fazer em casa;
- Participação em sala de aula;
- Interpretação e produção de textos.
5.1CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
1º ANO DO ENSINO MÉDIO
MITO E FILOSOFIA
• compreender fundamentalmente o que é mito e o que é filosofia, a
relação que existe entre esses dois âmbitos;
• Conhecer como se deu e quais foram as condições que permitiram a
passagem do mito à filosofia;
• Compreender a diferença entre mito e filosofia e como ocorreu o
nascimento da filosofia pela superação dos mitos.
• Perceber que os mesmos conflitos entre mito e razão, vividos pelos
gregos, são problemas presentes, ainda hoje,em nossa sociedade;
TEORIA DO CONHECIMENTO
• Qual a importância da teoria do conhecimento para a história da
filosofia;
• Compreender historicamente que o surgimento do pensamento
racional, conceitual, entre os gregos, foi decisivo no desenvolvimento
da cultura da civilização ocidental;
• Conhecer o contexto histórico e político do surgimento da filosofia;
• Compreender as questões sobre a origem, essência e certeza do
conhecimento humano;
• As diferentes formas de conhecimentos, suas metodologias e o
problema da verdade.
2º ANO DO ENSINO MÉDIO
ÉTICA
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• Compreender os fundamentos e a finalidade da Ética bem como a sua
relação com a política;
• Entender a relação entre o sujeito e a norma.
• Verificar o entendimento dos alunos sobre a ética e moral, bem como
as diferenças éticas existentes na sociedade;
• Ser capaz de perceber que o agir fundamentado propícia
consequências melhores e mais racionais que o agir sem razões ou
justificativas.
FILOSOFIA POLÍTICA
• Compreender as relações de poder e os mecanismos que estruturam
e legitimam os diversos sistemas políticos;
• Problematizar conceitos como o de cidadania, democracia, soberania,
justiça, dentre outros;
• Analisar a compreensão dos alunos sobre a realidade política, seu
entendimento das relações de poder existentes, das ideologias,
desenvolvendo o senso critico sobre as formas de governo e políticas
existentes na sociedade contemporânea;
3º ANO DO ENSINO MÉDIO
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
• Compreender o que é ciência, suas condições e possibilidades, sua
intenção;
• Refletir criticamente o conhecimento cientifico;
• Entender que o conhecimento cientifico é provisório, jamais acabado
ou definitivo, sempre tributário, de fundo ideológico, religioso,
econômico, político e histórico;
• Verificar os avanços científicos no campo da bioética e suas
implicações ético-politicas e sociais;
ESTÉTICA
• Compreender os fundamentos da Estética enquanto reflexão sobre a
beleza, a sensibilidade e a arte.
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• Compreender a apreensão da realidade pela via da sensibilidade,
percebendo que o conhecimento não é apenas resultado da atividade
intelectual, mas fruto também da imaginação, da intuição e da fruição;
• O entendimento dos educandos para a realidade estética, verificando
como esta podem estar a serviço de interesses econômicos,
religiosos, sociais, políticos etc, ao longo da história. Os diferentes
padrões de beleza e a relação belo e o grotesco.
5.2 RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS
A recuperação de estudos será feita de forma contínua no início da cada aula,
com a retomada do conteúdo da aula anterior e após cada avaliação, não sendo
atribuída a esta uma nota. Será feita pela professora em sala de aula, utilizando-se
de recursos como TV pendrive, quadro, exposição de conteúdo oralmente e em
debates com a turma.
A recuperação de notas, conforme contido no Projeto Político Pedagógico,
para os alunos com baixo rendimento escolar, será organizada por meio de
procedimentos didático-metodológicos diversificados. A avaliação da aprendizagem
terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula
zero). E os resultados da recuperação substituirão os das avaliações efetuadas no
decorrer do trimestre, quando superiores, constituindo-se em mais um componente
do aproveitamento escolar, sendo obrigatório seu registro no Registro de Classe
Online.
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