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PROTOCOLO DE ANTIBIOTICOPROFILAXIA NO PACIENTE CIRÚRGICO ATUALIZAÇÃO - 2015 Conhecer para cuidar

protocolo de antibioticoprofilaxia no paciente cirúrgico

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Page 1: protocolo de antibioticoprofilaxia no paciente cirúrgico

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PROTOCOLO DE ANTIBIOTICOPROFILAXIA NO PACIENTE CIRÚRGICO

ATUALIZAÇÃO - 2015

Conhecer para cuidar

Page 2: protocolo de antibioticoprofilaxia no paciente cirúrgico

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INTRODUÇÃO

O uso de antimicrobianos para prevenção de infecção pós-cirúrgica consolidou-se após estudos experimentais e clínicos. Burke mostrou, nos anos 60, a existência de uma “janela de oportunidade” temporal, em que a profilaxia se mostrou eficaz. Este achado foi confirmado pelo estudo de Classen nos anos 90: pacientes que receberam antibioticoprofilaxia 2 horas ou menos antes da incisão cirúrgica tiveram menos infecções do que aqueles que a receberam mais de 2 horas antes, ou após a incisão cirúrgica.

Aspectos críticos da antibioticoprofilaxia cirúrgica são a escolha do antimicrobiano adequado, o uso de dose adequada para o peso do paciente (atenção aos obesos) e a manutenção de níveis séricos e tissulares terapêuticos durante a cirurgia, o que pode requerer a repetição de doses em cirurgias mais prolongadas.

Conseguir que o antimicrobiano seja dado no momento certo e que doses suplementares sejam administradas requer uma organização multidisciplinar principalmente no centro cirúrgico e em especial dos anestesiologistas.

O uso da antibioticoprofilaxia no pós-operatório deve ser desencorajado, pois não há benefício adicional, podendo haver aumento de reações adversas como alergia, diarreia, infecção por Clostridium difficile e da incidência de patógenos resistentes.

O Protocolo de Antibioticoprofilaxia no Paciente Cirúrgico que se segue, ajuda o cirurgião e o anestesista a escolher a profilaxia adequada para cada tipo de cirurgia nas diferentes especialidades, apoiando a decisão clínica e colaborando para a segurança de nossos pacientes.

Este protocolo teve a contribuição dos médicos cirurgiões e do Centro Diagnóstico do HSL e é baseado parcialmente no Guia de Anti-Infecciosos do HC-FMUSP .

Dra. Maria Beatriz Souza Dias- CCIH Dra. Mirian F. Dal Ben Corradi - CCIHDr. Jorge Mattar Junior - Gerente de Práticas Médicas2015

ÍNDICE

INÍCIO DO ANTIMICROBIANO (ATM) ......................................................................................... 4

CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO ............................................................................................ 5

CIRURGIA CARDÍACA ................................................................................................................ 6

CIRURGIA GASTROINTESTINAL ................................................................................................ 7

CIRURGIA GINECOLÓGICA ....................................................................................................... 10

CIRURGIA NEUROLÓGICA ....................................................................................................... 11

CIRURGIA OFTALMOLÓGICA ................................................................................................... 12

CIRURGIA ORTOPÉDICA .......................................................................................................... 13

CIRURGIA OTORRINOLARINGOLÓGICA ................................................................................... 15

CIRURGIA PLÁSTICA ............................................................................................................... 17

CIRURGIA TORÁCICA ............................................................................................................... 19

CIRURGIA TRAUMA ................................................................................................................. 21

CIRURGIA TRAUMA - FERIMENTOS CORTO-CONTUSOS EM PARTES MOLES ........................... 23

CIRURGIA E PROCEDIMENTO EM UROLOGIA .......................................................................... 24

CIRURGIA VASCULAR .............................................................................................................. 27

VÍDEO CIRURGIAS ................................................................................................................... 28

PROFILAXIA PARA TÉTANO ..................................................................................................... 29

PROFILAXIA ANTIBIÓTICA DE ENDOCARDITE INFECCIOSA ..................................................... 30

Page 3: protocolo de antibioticoprofilaxia no paciente cirúrgico

54

INÍCIO DO ANTIMICROBIANO (ATM)

De acordo com cirurgião, o anestesiologista prescreve, prepara e administra o antibiótico profilático no Centro Cirúrgico antes da indução anestésica.

Em cirurgias onde o preparo do paciente pós-indução é prolongado (algumas ortopédicas, neurológicas e cardíacas) o anestesiologista deve aguardar até os últimos minutos que precedem a incisão cirúrgica.

As doses devem ser repetidas em cirurgias prolongadas:2/2h (1g cefalotina/1g cefoxitina) ou 4/4h (1g cefazolina/750mg cefuroxima)

Atenção para o uso de doses maiores nos OBESOS > 120 Kg

(3g cefazolina ou cefoxitina; 2,25g cefuroxima; 2g vancomicina; 2g ceftriaxona).

Para pacientes com RISCO DE COLONIZAÇÃO por BACTÉRIAS RESISTENTES (internação

prolongada, uso recente de antibióticos, etc.) sugerimos discutir a profilaxia com a CCIH.

Telefone: 3394-4973

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ológ

ica

• Exa

min

ar em

lâm

pada

de fe

nda a

ntes

de en

cam

inha

r à sa

la cir

úrgi

ca pa

ra ex

cluir

pacie

ntes

com

proc

esso

infla

mat

ório

/infe

ccio

so.

• Pin

gar 1

gota

de co

lírio

de qu

inol

ona 6

0,45

, 30 e

15 m

inut

os an

tes d

a ciru

rgia.

Reali

zar a

ntiss

epsia

:• C

onju

ntiva

l: col

írio d

e iod

o-po

vidin

e tóp

ico 5%

, 5 m

inut

os an

tes d

a ciru

rgia.

• Reg

ião pe

ri-or

bita

l: iod

o-po

vidin

e tóp

ico 10

%.

• Pin

gar 1

gota

de co

lírio

de qu

inol

ona a

o fina

l da c

irurg

ia.• P

inga

r 1 go

ta de

colír

io de

quin

olon

a 4x/

dia p

or 1

sem

ana n

o pós

oper

atór

io.

Injeç

ão In

tra-V

ítrea

de A

nti-A

ngio

gêni

co

• Pin

gar 1

gota

de co

lírio

de qu

inol

ona,

15 m

inut

os an

tes d

a inj

eção

(pod

e ser

reali

zado

de 5

a 60 m

inut

os an

tes d

a inj

eção

)e i

med

iatam

ente

após

a in

jeção

.• R

ealiz

ar an

tisse

psia

com

colír

io de

PVPI

5%, 5

a 10

min

utos

ante

s da i

njeç

ão.

• Man

ter i

nter

valo

de 5

min

utos

entre

o co

lírio

de qu

inol

ona e

o de

PVPI

.• N

ão us

ar co

lírio

de an

tibió

tico n

os di

as se

guin

tes d

a inj

eção

(risc

o de r

esist

ência

e es

tudo

s mos

trand

o que

não

há b

enef

ício)

CIRU

RGIA

OFT

ALM

OLÓG

ICA

CIRU

RGIA

ORT

OPÉD

ICA

Proc

edim

ento

Antib

iótic

oDo

se n

a Ind

ução

Inte

rvalo

Dura

ção

Intra

oper

atór

ioPó

s-op

erat

ório

Oste

ossín

tese

de fr

atur

a fec

hada

cefa

zolin

a2g

EV1g

4/4h

1g 8/

8h24

h

ceftr

iaxon

a2g

EVNã

o ind

icado

, exc

eto s

e ho

uver

perd

a san

guín

ea

> 2

litro

s (re

por 1

g)Nã

o ind

icado

Dose

única

Prót

eses

: qua

dril,

joelh

o, ou

tras

Obs.:

chec

ar ur

ocul

tura

e tra

tar,

se n

eces

sário

, no p

ré-o

pera

tório

cefa

zolin

a2g

EV1g

4/4h

1g 8/

8h24

hce

furo

xima

1,5g

EV75

0mg 4

/4h

750m

g 8/8

h

Man

ipul

ação

de te

cidos

infe

ctad

os

por S

. aur

eus e

m po

rtado

res

de pr

ótes

es or

topé

dica

s

Sens

OXA

– ce

fazo

lina

2g EV

1g 4/

4 hNã

o ind

icado

Intra

oper

atór

ioRe

s OXA

- va

ncom

icina

1g EV

1g 12

/ 12 h

Revis

ão de

artro

plas

tia po

r su

speit

a de i

nfec

ção

(van

com

icina

ou

teico

plan

ina)

+ce

ftazid

ima

15m

g/Kg

EV80

0mg E

V1g

12/1

2h40

0-80

0mg 2

4/24

h1g

12/1

2h40

0-80

0mg 2

4/24

h5 d

iasRe

avali

ção a

pós r

esul

tado

da

cultu

ra2g

EV2g

8/8h

2g 8/

8h

Cirur

gia e

letiva

com

impl

ante

ou

man

ipul

ação

ósse

ace

fazo

lina

2g EV

1g 4/

4h1g

8/8h

24h

Cirur

gia e

letiva

sem

impl

ante

Não i

ndica

do

ou ou

Page 8: protocolo de antibioticoprofilaxia no paciente cirúrgico

1514

*Se o

pacie

nte t

iver m

ais de

60 an

os ou

apre

sent

ar ch

oque

ou m

iogl

obin

úria,

deve

rá se

r util

izada

clin

dam

icina

e ce

ftriax

ona (

2g se

guid

os de

1g a

cada

12 h

oras

). Al

érgi

cos a

beta

-lact

âmico

s: va

ncom

icina

1g EV

12/1

2h ou

clin

dam

icina

600m

g EV

6/6 p

ara c

ober

tura

de G

ram

-pos

itivo

s; us

ar ci

profl

oxac

ino 4

00m

g EV

12/1

2h ou

gent

amici

na

240m

g EV

24/2

4h pa

ra co

bertu

ra de

Gra

m-n

egat

ivos,

se in

dica

do. C

irurg

ias ví

deoa

ssist

idas

segu

em a

mes

ma r

ecom

enda

ção.

d.u.

– do

se ún

ica di

ária

CIRU

RGIA

ORT

OPÉD

ICA

Lam

inec

tom

ia e d

emais

ciru

rgias

de co

luna

co

m im

plan

tes o

u ciru

rgia

prol

onga

da

em m

últip

los n

íveis,

por t

raum

a, ou

em

pacie

ntes

obes

os, d

iabét

icos o

u com

gl

icem

ia pr

é-op

> 12

5mg %

ou pó

s-op

>

200m

g %, in

cont

inen

tes,

com

défic

its

neur

ológ

icos o

u out

ras c

omor

bida

des

cefu

roxim

a

NASS

* sug

ere q

ue

cobe

rtura

adici

onal

com

es

ponj

a com

gent

amici

na

no lo

cal c

irúrg

ico po

de

dim

inui

r o ri

sco i

nfec

cioso

1,5g

EV75

0mg 4

/4 h

750m

g 8/8

h

24h

Nos p

acien

tes c

om m

aior

risco

, não

há e

vidên

cia pr

ó ou

cont

ra o

prol

onga

men

to

da an

tibio

ticop

rofil

axia

Frat

ura e

xpos

ta (T

ipo 1

)ce

fazo

lina

2g EV

1g 4/

4h1g

8/8h

48h

– 2 s

eman

as(co

ntro

verso

)Fr

atur

a exp

osta

(Tip

o 2 e

3)cli

ndam

icina

+ge

ntam

icina

*

600m

g EV

600m

g 6/6

h60

0mg 6

/6h

240m

g EV

Não i

ndica

do, e

xcet

o se

hou

ver p

erda

sa

nguí

nea >

2 lit

ros

(repo

r 80m

g)

24h

após

1º do

se:

3-5m

g/kg

d.u.

IM

/EV

Artro

scop

iaNã

o ind

icado

Artro

scop

ia em

prót

eses

artic

ulad

asce

fazo

lina

2g EV

1g 4/

4h1g

8/8

24h

Proc

edim

ento

Antib

iótic

oDo

se n

a Ind

ução

Inte

rvalo

Dura

ção

Intra

oper

atór

ioPó

s-op

erat

ório

Proc

edim

ento

Antib

iótic

oDo

se n

a In

duçã

o

Inte

rvalo

Dura

ção

Intra

oper

atór

ioPó

s-op

erat

ório

Esta

pedo

tom

iace

fazo

lina

2g EV

1g 4/

4hNã

o ind

icado

Intra

oper

atór

io

OMC s

em co

leste

atom

aTim

pano

plas

tias

Timpa

nom

asto

idec

tom

iaM

asto

idec

tom

ia

cefa

zolin

a2g

EV1g

4/4h

Não i

ndica

doIn

traop

erat

ório

OMC c

om co

leste

atom

aTim

pano

plas

tias

Timpa

nom

asto

idec

tom

iaM

asto

idec

tom

ia

cipro

floxa

cino

400m

g EV

Não i

ndica

doNã

o ind

icado

Intra

oper

atór

io

Ress

ecçã

o de t

umor

es de

ângu

lo po

nto-

cere

belar

De

scom

pres

são d

e sac

o end

olin

fátic

o Ne

urec

tom

ia ve

stibu

larIm

plan

te co

clear

Ress

ecçã

o de t

umor

es gl

ômico

s

cefu

roxim

a1,

5g EV

750m

g 4/4

hNã

o ind

icado

Intra

oper

atór

ioSe

fístu

la, m

ante

r ce

furo

xima p

or 5

dias

Ress

ecçã

o ext

erna

de tu

mor

es de

nas

o-si-

nusa

isCir

urgi

as en

dosc

ópica

s de s

eios p

aran

asais

:sin

usite

s crô

nica

s,pol

ipos

esna

sais,

papi

lom

as n

asais

cefa

zolin

a2g

EV1g

4/4h

Não i

ndica

doIn

traop

erat

ório

CIRU

RGIA

OTO

RRIN

OLAR

INGO

LÓGI

CA

Page 9: protocolo de antibioticoprofilaxia no paciente cirúrgico

1716

Prep

aro d

o pac

iente

: lava

r com

clor

exid

ina d

eger

man

te 2%

segu

ida d

e ant

issep

sia co

m cl

orex

idin

a alco

ólica

0,5%

. A cl

orex

idin

a é ot

otóx

ica, n

as ci

rúrg

icas d

e ouv

ido:

lav

ar co

m PV

PI se

guid

o de a

ntiss

epsia

com

PVPI

alco

ólico

. Não

aplic

ar an

tissé

ptico

alco

ólico

em m

ucos

as –

usar

a fo

rmul

ação

tópi

ca.

CIRU

RGIA

OTO

RRIN

OLAR

INGO

LÓGI

CA

Sept

oplas

tia /

rinop

lastia

cefa

zolin

a2g

EV1g

4/4h

Não i

ndica

do

Amox

icilin

a 500

mg V

O 8/

8h

ou ce

fadr

oxila

(Cef

amox

®)

500m

g 12/

12h

até r

etira

da

do ta

mpã

o/ sp

lint

Amig

dalec

tom

iaAd

enoa

mig

dalec

tom

iaNã

o ind

icado

Hem

ilarin

gect

omia

Larin

gect

omia

tota

l M

icroc

irurg

ias de

larin

ge(p

ólip

os, c

istos

e nó

dulo

s)

cefa

zolin

a2g

EV1g

4/4h

Não i

ndica

doIn

traop

erat

ório

Tireo

plas

tias /

Ciru

rgias

de ar

cabo

uço l

arín

geo

cefa

zolin

a2g

EV1g

4/4h

Não i

ndica

doIn

traop

erat

ório

Subm

andi

bulec

tom

ia / p

arot

idec

tom

iace

fazo

lina

2g EV

1g 4/

4hNã

o ind

icado

Intra

oper

atór

io

Proc

edim

ento

Antib

iótic

oDo

se n

a Ind

ução

Inte

rvalo

Dura

ção

Intra

oper

atór

ioPó

s-op

erat

ório

Proc

edim

ento

Antib

iótic

oDo

se n

a Ind

ução

Inte

rvalo

Dura

ção

Intra

oper

atór

ioPó

s-op

erat

ório

Esté

tico:

Abdo

min

oplas

tiaBl

efar

oplas

tiaDe

rmol

ipec

tom

iaLip

oasp

iraçã

oOt

oplas

tiaRi

tidop

lastia

cefa

zolin

a2g

EV1g

4/4h

Não i

ndica

doIn

traop

erat

ório

Sept

oplas

tia

Rino

plas

tia

(reali

zar a

pena

s qua

ndo h

ouve

r ta

mpã

o por

> 48

h)

cefa

zolin

a2g

EV1g

4/4h

Não i

ndica

do

amox

icilin

a 500

mg V

O 8/

8h

ou ce

fadr

oxila

(Cef

amox

®)

500m

g VO

12/1

2h at

é ret

ira-

da do

tam

pão/

splin

t

Cirur

gia d

e mam

a:Cir

urgi

a esté

tica o

u rec

onstr

ução

com

ou

sem

prót

ese

Mas

tect

omia

Nodu

lecto

mia

Quad

rant

ecto

mia

cefa

zolin

a2g

EV1g

4/4h

Não i

ndica

doIn

traop

erat

ório

CIRU

RGIA

PLÁ

STIC

A

Page 10: protocolo de antibioticoprofilaxia no paciente cirúrgico

1918

CIRU

RGIA

PLÁ

STIC

A

Alér

gico

s a be

ta-la

ctâm

icos:

clind

amici

na 60

0mg E

V 6/

6h pa

ra co

bertu

ra de

Gra

m-p

ositi

vos.

Usar

cipr

oflox

acin

o 400

mg E

V 12

/12 h

para

cobe

rtura

de G

ram

-neg

ativo

s, se

indi

cado

.

Cirur

gia d

e mão

: Brid

as/S

inda

ctilia

opcio

nal: c

efaz

olin

a2g

EV1g

4/4h

Não i

ndica

doIn

traop

erat

ório

Trans

plan

te de

pele

em qu

eimad

osEn

xerto

ou re

talh

osCo

lher

swab

no p

laneja

men

to op

erat

ório.

A pr

ofilax

ia an

timicr

obian

a dev

erá s

er fe

ita EV

de

acor

do co

m os

resu

ltado

s de c

ultu

ra e

antib

iogr

ama.

man

ter 2

4h

Repa

rado

ra:

Cran

iofa

cial (

cong

ênita

s, tra

uma)

M

icroc

irurg

iace

fazo

lina

2g EV

1g 4/

4hNã

o ind

icado

Intra

oper

atór

io

Proc

edim

ento

Antib

iótic

oDo

se n

a Ind

ução

Inte

rvalo

Dura

ção

Intra

oper

atór

ioPó

s-op

erat

ório

CIRU

RGIA

TORÁ

CICA

Proc

edim

ento

Antib

iótic

oDo

se n

a Ind

ução

Inte

rvalo

Dura

ção

Intra

oper

atór

ioPó

s-op

erat

ório

Corre

ção d

e hér

nia/

even

traçã

o di

afra

gmát

icaCo

rreçã

o de p

ectu

s De

corti

caçã

o pul

mon

ar

Peric

ardi

ecto

mia

Ress

ecçã

o de c

ondr

iteRe

ssec

ção d

e este

nose

de tr

aque

ia Re

ssec

ção d

e tum

or pl

eura

l Re

ssec

ção p

ulm

onar

: No

dulec

tom

ia, se

gmen

tect

omia,

Lo

bect

omia,

Tora

cect

omia

(tum

or de

pa

rede

) To

raco

plas

tiaTo

raco

tom

ia pa

ra ac

esso

à co

luna

Tro

mbo

enda

rtere

ctom

ia pu

lmon

ar

cefa

zolin

a2g

EV1g

4/4h

1g 6/

6h

Intra

oper

atór

io ou

, no

máx

imo,

24h

cefu

roxim

a1,

5g EV

750m

g 4/4

h75

0mg 6

/6h

Trans

plan

te de

pulm

ão(d

oenç

a não

supu

rativ

a)ce

furo

xima

1,5g

EV75

0mg 4

/4h

750m

g 6/6

h48

h, at

é res

ulta

do de

cultu

ra

do co

to br

ônqu

ico do

doad

or

para

ajus

te te

rapê

utico

ou

Page 11: protocolo de antibioticoprofilaxia no paciente cirúrgico

2120

CIRU

RGIA

TORÁ

CICA

Nota

: qua

ndo h

ouve

r nec

essid

ade d

e rea

lizar

proc

edim

ento

s for

a do c

entro

cirú

rgico

, usa

r par

amen

taçã

o cirú

rgica

, cam

pos c

irúrg

icos e

faze

r deg

erm

ação

da pr

ópria

pele

e da p

ele do

pacie

nte c

omo a

pré-

oper

atór

ia. O

bs.: c

irurg

ias ví

deoa

ssist

idas

segu

em a

mes

ma r

ecom

enda

ção.

Alér

gico

s a be

ta-la

ctâm

icos:

utiliz

ar cl

inda

mici

na 60

0mg

para

cobe

rtura

de G

ram

-pos

itivo

s e ge

ntam

icina

240m

g (d.

u.) o

u cip

roflo

xacin

o 400

mg E

V pa

ra G

ram

-neg

ativo

s (to

dos E

V).

Trans

plan

te de

pulm

ão(d

oenç

a sup

urat

iva)

tera

pêut

ica an

timicr

obian

a orie

ntad

a por

cultu

ras p

ré-o

pera

tória

s

Bióp

sia: t

rans

torá

cica,

gâng

lio, p

leura

, pu

lmão

a cé

u abe

rto ou

tum

ores

de

pare

de

Coste

ctom

ia se

gmen

tar

Dren

agem

pleu

ral (

não e

mpi

ema)

Larin

gosc

opia

de su

spen

são

Med

iastin

osco

pia /

Med

iastin

otom

ia Pl

euro

scop

ia di

agnó

stica

To

raco

cent

ese d

iagnó

stica

Tra

queo

stom

ia

Não i

ndica

do

Proc

edim

ento

Antib

iótic

oDo

se n

a Ind

ução

Inte

rvalo

Dura

ção

Intra

oper

atór

ioPó

s-op

erat

ório

CIRU

RGIA

DO

TRAU

MA

Proc

edim

ento

Antib

iótic

oDo

se n

a Ind

ução

Inte

rvalo

Dura

ção

Intra

oper

atór

ioPó

s-op

erat

ório

Traum

a abd

omin

al pe

netra

nte*

cefo

xitin

a2g

EV1g

2/2h

1g 6/

6h24

hTra

uma a

bdom

inal

fech

ado c

om in

dica

ção

cirúr

gica

*

Traum

a tór

aco-

abdo

min

al pe

netra

nte*

Lava

gem

perit

onea

l ou

Lapa

rosc

opia

diag

nósti

caNã

o está

indi

cado

, se n

ão h

ouve

r ind

icaçã

o cirú

rgica

Traum

a tor

ácico

pene

trant

ece

fazo

lina

2g EV

1g 4/

4h1g

8/8h

24h

Traum

a tor

ácico

fech

ado c

om dr

eno

Traum

a tor

ácico

pene

trant

e com

lesã

o de

esôf

ago c

om co

ntam

inaç

ão gr

osse

ira

clind

amici

na

900m

g EV

600m

g 6/6

h60

0mg 6

/6h

reav

aliaç

ão ap

ós 7

dias

ceftr

iaxon

a2g

EV

Não i

ndica

do

exce

to se

hou

ver

perd

a san

guín

ea >

2 l

itros

(rep

or 1g

)

1g 12

/12h

Oste

ossín

tese

de fr

atur

a fec

hada

cefa

zolin

a2g

EV1g

4/4h

1g 8/

8h24

h

ceftr

iaxon

a2g

EV

Não i

ndica

do, e

xcet

o se

hou

ver p

erda

sa

nguí

nea

> 2

litro

s (re

por 1

g)

Não i

ndica

dodo

se ún

ica

+

ou

Page 12: protocolo de antibioticoprofilaxia no paciente cirúrgico

2322

CIRU

RGIA

DO

TRAU

MA

d.u.

- do

se ún

ica

*com

ou se

m le

são d

e vísc

era o

ca, in

clusiv

e cól

on.

**Se

o pa

cient

e tive

r mais

de 60

anos

ou ap

rese

ntar

choq

ue ou

mio

glob

inúr

ia, de

verá

ser u

tiliza

do cl

inda

mici

na e

ceftr

iaxon

a (2g

segu

idos

de 1g

a ca

da 12

hor

as).

Alér

gico

s a be

ta-la

ctâm

icos:

utiliz

ar

clind

amici

na 60

0mg p

ara c

ober

tura

de G

ram

-pos

itivo

s; cli

ndam

icina

ou m

etro

nida

zol p

ara a

naer

óbio

s; ge

ntam

icina

240m

g (d.

u. di

ária)

ou ci

profl

oxac

ino 4

00m

g EV

12/1

2h pa

ra G

ram

-neg

ativo

s (to

dos E

V).

OBS1

: Esp

lenec

tom

ia po

r tra

uma:

vacin

a con

juga

da pa

ra Pn

eum

ococ

cus (

Prev

nar ®

), se

guid

a vac

ina P

neum

ocóc

ica po

lissa

caríd

ica 23

valen

te (P

neum

o 23®

) apó

s 8 se

man

as

OBS2

: Ver

profi

laxia

TÉTA

NO pá

g 29.

Frat

ura e

xpos

ta (t

ipo 1

)ce

fazo

lina

2g EV

1g 4/

4h1g

8/8h

2 dias

– 14

dias

(cont

rove

rso)

Frat

ura e

xpos

ta (t

ipo 2

e 3)

clind

amici

na60

0mg E

V60

0mg 6

/6h

600m

g 6/6

h

gent

amici

na**

240m

g EV

Não i

ndica

do,

exce

to se

hou

ver

perd

a san

guín

ea >

2 l

itros

(rep

or 80

mg)

3-5m

g/kg

d.u.

EV/IM

Lesã

o vas

cular

cefa

zolin

a2g

EV1g

4/4h

1g 8/

8h24

h

Traum

a cirú

rgico

cabe

ça/p

esco

çoce

furo

xima

1,5g

EV75

0mg 4

/4h

1,5g

12/1

2h24

hTra

uma d

e crâ

nio f

echa

do, c

irúrg

ico

Traum

a de c

râni

o pen

etra

nte

cefu

roxim

a1.

5 g EV

750m

g 4/4

h1,

5g 12

/12h

5 dias

. Em

fístu

las >

5-7 d

ias de

du

raçã

o, nã

o está

indi

cada

a m

anut

ençã

o de a

ntib

iótic

o

Traum

a de c

râni

o com

Fístu

la liq

uóric

a: efi

cácia

não

esta

belec

ida

+

Proc

edim

ento

Antib

iótic

oDo

se n

a Ind

ução

Inte

rvalo

Dura

ção

Intra

oper

atór

ioPó

s-op

erat

ório

Ferim

ento

Bact

érias

freq

uent

esAn

tibió

tico p

reem

ptivo

inici

alAn

tibió

tico p

reem

ptivo

oral

Dura

ção

Ferim

ento

perfu

rant

e de

ante

-pé c

om ca

lçado

Stap

hylo

cocc

usSt

rept

ococ

cus

Pseu

dom

onas

doxic

iclin

a 100

mg V

O+

cipro

floxa

cino 5

00m

g VO

doxic

iclin

a 100

mg V

O 12

/12h

+ ci

profl

oxac

ino

500m

g VO

12/1

2h3-

5 dias

Ferim

ento

perfu

rant

e de

ante

-pé s

em ca

lçado

Stap

hylo

cocc

usSt

rept

ococ

cus

doxic

iclin

a 100

mg V

Odo

xicicl

ina 1

00m

g VO

12/1

2h3-

5 dias

Lace

raçã

o sem

desb

ridam

ento

cirú

rgico

Coco

s Gra

m-p

ositi

vos

Antim

icrob

iano t

ópico

Não i

ndica

doAt

é fec

ham

ento

de

ferid

a

Lace

raçã

o com

desb

ridam

ento

cirú

rgico

lim

itado

(sala

de ad

miss

ão)

Stap

hylo

cocc

usSt

rept

ococ

cus

cefa

zolin

a 1g I

V 8/

8hce

falex

ina 5

00m

g VO

6/6h

3-5 d

ias

Lace

raçã

o com

desb

ridam

ento

cirú

rgico

am

plo (

cent

ro ci

rúrg

ico)

Stap

hylo

cocc

usSt

rept

ococ

cus

Ente

roba

ctér

ias

clind

amici

na 60

0mg I

V 6/

6h +

ce

ftriax

ona 1

g EV

12/1

2hcli

ndam

icina

600m

g VO

6/6h

+ ci

profl

oxac

ino

500m

g VO

12/1

2h3-

5 dias

TRAU

MA

- FER

IMEN

TOS C

ORTO

-CON

TUSO

S EM

PART

ES M

OLES

• Ate

nção

par

a pro

filax

ia co

ntra

téta

no (p

ág 2

9)• M

edid

as d

e lim

peza

com

soro

fisio

lógi

co e

desb

ridam

ento

cirú

rgico

são

prio

ritár

ias.

• Qua

ndo

indi

cado

, o an

timicr

obia

no d

eve s

er in

iciad

o ra

pida

men

te.

Page 13: protocolo de antibioticoprofilaxia no paciente cirúrgico

2524

CIRU

RGIA

E PR

OCED

IMEN

TO EM

URO

LOGI

AOs

pac

ient

es d

evem

ser t

rata

dos a

ntes

do

proc

edim

ento

inva

sivo

se ti

vere

m in

fecç

ão o

u ba

cter

iúria

assin

tom

ática

Proc

edim

ento

Antib

iótic

oDo

se n

a Ind

ução

Inte

rvalo

Dura

ção

Intra

oper

atór

ioPó

s-op

erat

ório

Biop

sia de

prós

tata

tran

sreta

lcip

roflo

xacin

o+

ceftr

iaxon

a

500m

g VO

12h

e 2h

ante

s-

12 /

12h

3-7 d

iasSe

uso r

ecen

te qu

inol

onas

, su

bstit

uir p

or su

lfa+

trim

etop

rim

800/

160m

g

1g EV

-do

se ún

ica

Braq

uite

rapi

a pro

státic

a tra

nspe

rinea

lcip

roflo

xacin

o40

0mg E

VNã

o ind

icado

-do

se ún

ica

Extra

ção e

ndos

cópi

ca ou

man

ipul

ação

pe

rcutâ

nea d

e cálc

ulos

ceftr

iaxon

a1g

EVNã

o ind

icado

norfl

oxac

ino

400m

g VO

12/1

2hat

é a re

tirad

a da S

VDge

ntam

icina

80m

g EV

Litot

ripsia

em ob

struç

ão to

tal o

u par

cial

de ur

eter

ceftr

iaxon

a (re

com

enda

do)

1g EV

Não i

ndica

doNã

o ind

icado

dose

única

Estu

dos u

rodi

nâm

icos

norfl

oxac

ino

400m

g VO

Não i

ndica

do12

/12h

24h

Cisto

scop

ia e

pielo

grafi

a re

tróga

da si

mpl

es

Baixo

risc

oNã

o ind

icado

Alto

risc

ono

rflox

acin

o40

0mg V

ONã

o ind

icado

400m

g 12/

12h

24h

Cirur

gia e

ndou

roló

gica

ambu

lator

ial

(colo

caçã

o/tro

ca st

ent,

uret

eros

copi

a di

agnó

stica

/tera

pêut

ica)

cipro

floxa

cino

500m

g VO

Não i

ndica

doNã

o ind

icado

dose

única

CIRU

RGIA

E PR

OCED

IMEN

TO EM

URO

LOGI

AOs

pac

ient

es d

evem

ser t

rata

dos a

ntes

do

proc

edim

ento

inva

sivo

se ti

vere

m in

fecç

ão o

u ba

cter

iúria

assin

tom

ática

Cirur

gias

limpa

s (o

rqui

ecto

mia,

poste

ctom

ia,

vase

ctom

ia, va

ricoc

elect

omia)

o ind

icado

Orqu

iecto

mia

com

colo

caçã

o de p

róte

se

cefa

zolin

a2g

EVNã

o ind

icado

Não i

ndica

dodo

se ún

ica

Prót

eses

peni

anas

Esfín

cter

artifi

cial

cefu

roxim

a1,

5g EV

750m

g 4/4

h75

0mg 6

/6h

24h

vanc

omici

na+

ceftr

iaxon

a

15m

g/Kg

EV1g

12/1

2h

1g 12

/12h

To

tal 2

dose

s2g

EV

Nefre

ctom

ia lim

paOp

ciona

l: cef

azol

ina

2g EV

Não i

ndica

doNã

o ind

icado

dose

única

Nefre

ctom

ia in

fect

ada

Orien

tar p

ela ur

ocul

tura

ou

ceftr

iaxon

a2g

EV-

Orien

tar p

ela ur

ocul

tura

ou

ceftr

iaxon

a 1g E

V 12

/12h

Trata

r por

7 di

as

Pros

tate

ctom

ia ab

erta

Ress

ecçã

o tra

nsur

etra

l de p

rósta

ta/b

exig

a

cipro

floxa

cino

400m

g EV

400m

g 12/

12h

500m

g V0 1

2/12

h24

hce

ftriax

ona

2g EV

1g 12

/12h

1g 12

/12h

Proc

edim

ento

Antib

iótic

oDo

se n

a Ind

ução

Inte

rvalo

Dura

ção

Intra

oper

atór

ioPó

s-op

erat

ório

ou ou ou

Page 14: protocolo de antibioticoprofilaxia no paciente cirúrgico

2726

* Cor

rigir

dose

s de a

cord

o com

funç

ão re

nal.

SVD

- son

da ve

sical

de de

mor

a.Al

érgi

cos a

beta

-lact

âmico

s: cli

ndam

icina

600m

g EV

6/6h

para

cobe

rtura

de G

ram

-pos

itivo

s e c

ipro

floxa

cino 4

00m

g EV

12/1

2 h pa

ra co

bertu

ra de

Gra

m-n

egat

ivos,

se in

dica

do.

+ /

-

+

Proc

edim

ento

Antib

iótic

oDo

se n

a Ind

ução

Inte

rvalo

Dura

ção

Intra

oper

atór

ioPó

s-op

erat

ório

Cirur

gias

com

man

ipul

ação

inte

stina

lce

foxit

ina (

+ pr

epar

o int

estin

al)2g

EV1g

2/2h

1g 6/

6h24

h

Trans

plan

te re

nal*

cefa

zolin

a2g

EV1g

6/6h

1g 8/

8h24

h - F

azer

profi

laxia

P. jir

ovec

ii

Trans

plan

te pâ

ncre

as ou

du

plo r

im-p

âncre

as*

fluco

nazo

l +

200m

g EV

200m

g 12/

12h

200m

g 12/

12h

5 a 7

dias

Faze

r pro

filax

ia P.

jirov

ecii

ceftr

iaxon

a +2g

EV1g

12/1

2h1g

12/1

2h

met

roni

dazo

l50

0mg E

V50

0mg 8

/8h

500m

g 8/8

h

ampi

cilin

a2g

EV1g

4/4h

1g 6/

6h

Reop

eraç

ão de

tran

splan

te ri

m* o

u dup

lo

rim +

pânc

reas

*

vanc

omici

na1g

EV1g

12/1

2h12

/12h

24h

ou at

é ret

irada

SVD

Faze

r pro

filax

ia P.

jirov

ecii

(ceftr

iaxon

a1g

EV1g

12/1

2h12

/12h

Imip

enem

)50

0mg E

V50

0mg 6

/6h

500m

g 6/6

houCI

RURG

IA E

PROC

EDIM

ENTO

EM U

ROLO

GIA

Os p

acie

ntes

dev

em se

r tra

tado

s ant

es d

o pr

oced

imen

to in

vasiv

o se

tive

rem

infe

cção

ou

bact

eriú

ria as

sinto

mát

ica

LTI =

lesã

o tró

fica i

nfec

tada

. Alér

gico

s a be

ta-la

ctâm

icos:

clind

amici

na 60

0mg E

V 6/

6h pa

ra co

bertu

ra de

Gra

m-p

ositi

vos e

cipr

ofiox

acin

o 400

mg E

V pa

ra co

bertu

ra de

Gra

m-n

egat

ivos,

se in

dica

do.

Proc

edim

ento

Antib

iótic

oDo

se n

a Ind

ução

Inte

rvalo

Dura

ção

Intra

oper

atór

ioPó

s-op

erat

ório

Variz

es

Baixo

risc

o: lig

adur

as de

pe

fura

ntes

e co

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aisNã

o ind

icado

Alto

risc

o: Sa

fene

ctom

ias

Trom

bofle

bite

Derm

atofi

bros

e Úl

cera

s de e

stase

Fibre

dem

a

Im

unid

ade

Variz

es ex

uber

ante

s

cefa

zolin

a2g

EV1g

4/4h

1g 8/

8h24

h

Embo

lecto

mia

Baixo

risc

o: (C

PK <

150)

Não i

ndica

do

Alto

risc

o: ex

tens

as, e

m

MM

II, co

m al

tera

ções

ne

urol

ógica

sce

fazo

lina

2g EV

1g 4/

4h1g

8/8h

24h

Enxe

rtos c

om pr

ótes

e vas

cular

(sem

LTI)

cefa

zolin

a2g

EV1g

4/4h

1g 8/

8h24

-48h

Enxe

rtos c

om ve

ia au

tólo

ga (s

em LT

I)ce

fazo

lina

2g EV

1g 4/

4hNã

o ind

icado

Intra

oper

atór

io

Impl

ante

de ca

tete

r de l

onga

perm

anên

cia

Não i

ndica

do

Fístu

la ar

terio

veno

sa se

m pr

ótes

esNã

o ind

icado

Fístu

la ar

terio

veno

sa co

m pr

ótes

esce

fazo

lina

2g EV

Não i

ndica

doNã

o ind

icado

dose

única

Ampu

taçõ

es po

r gan

gren

a sec

ace

foxit

ina

2g EV

1g 2/

2h1g

6/6h

24h

Ampu

taçõ

es po

r gan

gren

a úm

ida

clind

amici

na60

0mg E

V6/

6hcli

ndam

icina

600m

g VO

8/8 h

Adeq

uar s

egun

do cu

ltura

s e m

ante

r co

nfor

me a

evol

ução

clín

icacip

roflo

xacin

o40

0mg E

V12

/12h

cipro

floxa

cino 5

00m

g VO

12/1

2 h

+

+

CIRU

RGIA

VASC

ULAR

Page 15: protocolo de antibioticoprofilaxia no paciente cirúrgico

2928

Proc

edim

ento

Antib

iótic

oDo

se n

a Ind

ução

Inte

rvalo

Dura

ção

Intra

oper

atór

ioPó

s-op

erat

ório

Gastr

oint

estin

al

Indi

caçã

o sem

elhan

te às

ciru

rgias

conv

encio

nais

Gine

coló

gica

Orto

pédi

ca

Torá

cica

Colec

istec

tom

ia ( B

aixo r

isco)

Não i

ndica

do

VÍDE

O CI

RURG

IAS

Histó

ria de

imun

izaçã

o con

tra té

tano

Ferim

ento

limpo

ou su

perfi

cial

Todo

s out

ros f

erim

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s *

Vacin

aIm

unog

lobu

lina

hum

ana a

ntite

tâni

caVa

cina

Imun

oglo

bulin

a hum

ana

antit

etân

ica

Men

os de

3 do

ses o

u ign

orad

oSim

Não

SimSim

Vacin

ação

prim

ária

com

plet

a (>

3 do

ses)

Últim

a dos

e há m

enos

de 5

anos

Não

Não

Não

Não

Últim

a dos

e ent

re 5

a 10 a

nos

Não

Não

SimNã

o

Últim

a dos

e há m

ais de

10 an

osSim

Não

SimNã

o

PROF

ILAX

IA PA

RA TÉ

TANO

*Con

sider

am-s

e out

ros f

erim

ento

s: fra

tura

s exp

osta

s, fe

rimen

tos p

or ar

ma b

ranc

a ou d

e fog

o, qu

eimad

uras

exte

nsas

, fer

imen

tos c

om

rete

nção

de co

rpos

estra

nhos

, fer

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tos p

rofu

ndos

e pu

ntifo

rmes

(pro

voca

dos p

or ag

ulha

s, pr

egos

ou ou

tros o

bjet

os po

ntiag

udos

).

VACI

NAPa

ra m

enor

es de

7 an

os: u

tiliza

r a tr

íplic

e (DT

P), d

upla

infa

ntil (

DT) o

u tríp

lice a

celu

larPa

ra m

aiore

s de 7

anos

: util

izar a

dupl

a tip

o adu

lto (d

T)Im

unog

lobu

lina h

uman

a ant

itetâ

nica

: 250

UI IM

OBS:

não a

dmin

istra

r im

unog

lobu

lina e

vacin

a no m

esm

o gru

po m

uscu

lar

Page 16: protocolo de antibioticoprofilaxia no paciente cirúrgico

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PROFILAXIA ANTIBIÓTICA DE ENDOCARDITE INFECCIOSA

A American Heart Association alterou suas recomendações de profilaxia antibiótica de endocardite, diminuindo o número de indicações e restringindo-as a pacientes com condições cardíacas de ALTO RISCO E A ALGUNS PROCEDIMENTOS DENTÁRIOS E INVASIVOS DO TRATO RESPIRATÓRIO. Como outras sociedades de cardiologia divergem um pouco desta posição e alguns cardiologistas do Hospital Sírio-Libanês também mostraram desconforto com as novas recomendações, a diretoria de Centro de Cardiologia, após várias discussões, recomenda a seguinte conduta:

A profilaxia é recomendada em pacientes com condições cardíacas de alto risco de endocardite listadas abaixo:1. Próteses valvares2. Endocardite prévia3. Cardiopatias congênitas a) Cianóticas não corrigidas, incluindo ‘’shunts’’ e condutos paliativos b) Com correção completa com prótese ou dispositivo, nos primeiros 5 meses após procedimento (período de endotelização) c) Corrigida, com defeitos residuais locais ou adjacentes a retalhos ou dispositivos prostéticos (inibem a endotelização)

4. Receptores de transplante cardíaco com Valvopatia5. Valvopatia reumática crônica

Nas demais condições cardíacas a profilaxia não está recomendada, a não ser que seja prescrita pelo clínico ou cardiologista responsável pelo paciente.

Procedimentos em que a profilaxia antibiótica da Endocardite Bacteriana deve ser realizada:

Procedimento dentário 1. Manipulação de gengivas 2. Manipulação periapical dos dentes 3. Perfuração das mucosasA profilaxia não é indicada em anestesia em tecido não infectado, colocação, ajuste ou retirada de próteses e dispositivo ortodônticos, perda da 1° dentição ou trauma dos lábios e mucosa oral.

Procedimento em trato genito-urinário e trato gastrointestinal O Centro de Cardiologia do HSL recomenda que o endoscopista consulte o clínico ou cardiologista responsável pelo paciente com risco de endocardite quanto à realização de profilaxia ou tratamento antes de iniciar o procedimento. Se o médico responsável não for localizado (máximo 10 min), devem ser seguidas as recomendações da American Heart Association: em pacientes com alto risco de endocardite e em vigência de infecção no trato a ser manipulado endoscopicamente, deverá ser acrescentada profilaxia para enterococcus à profilaxia habitual (própria do procedimento) através do uso de amoxacilina 2g, ampicilina 2g (ou vancomicina 1g nos alérgicos). Em qualquer situação de risco de endocardite, os pacientes com colonização ou infecção do trato urinário deverão ser tratados antes de serem submetidos a procedimento invasivo do trato urinário.

Procedimento em trato respiratório 1. Amigdalectomia, adenoidectomia e procedimentos que envolvem incisão ou biópsia da mucosa respiratória 2. Broncoscopia quando houver perspectiva de biópsia 3. Drenagem de abscesso pulmonar ou empiema

Antibióticos para profilaxia de endocardite em procedimentos dentários orais ou do trato respiratório em pacientes de alto risco para endocardite infecciosa

IM, intramuscular; IV, intravenosa / * Não utilizar em pacientes com história de alergia grave às penicilinasObs: Se paciente infectado ou colonizado por: S. aureus oxa-S - Usar CefalexinaS. aureus oxa-R - Usar Vancomicina 500mg EV em 1 h

Situação Antibióticos

Dose única 30 a 60 min antes do procedimento

Adultos Crianças

Uso oral Amoxicilina* 2g 50mg/kg

Sem condições de ingestão oral

Ampicilina* ou Cefazolina* ou Ceftriaxona*

2g IM ou IV2g IM ou IV1g IM ou IV

50mg/kg IM ou IV50mg/kg IM ou IV50mg/kg IM ou IV

Alergia a penicilina ou ampicilina - uso oral

Cefalexina* ou Clindamicina ouAzitromicina ou Claritromicina

2g600mg500mg500mg

50mg/kg20mg/kg15mg/kg15mg/kg

Alergia a penicilina ou ampicilina e sem

condições de ingestão oral

Cefazolina* ou Ceftriaxona* ou

Clindamicina

2g IM ou IV1g IM ou IV

600mg IM ou IV

50mg/kg IM ou IV50mg/kg IM ou IV20mg/kg IM ou IV

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