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Protocolo GCBTO: O uso do Metotrexato em altas e baixas doses-
aspectos clínicos
Dra Sima FermanServiço do Oncologia Pediátrica
INCa-RJ
Osteossarcoma
• Derivado da celula mesenquimal primitiva comissionada para formar osso
• Estroma de células fusiforme malignas com produção de osteoide ou osso imaturo
Osteossarcoma• Mais comum tumor ósseo maligno em crianças• Idade-
pico na adolescência-
estirão
puberal
• Mais freqüente em meninos e em negros• Sítios mais freqüentes, são os ossos longos em rápido
crescimento:Fêmur distalTíbia proximalÚmero proximal
• Tratamento multidisciplinar com quimioterapia neoadjuvante
e cirurgia –
melhora dos índices de cura:
60-70 % na doença não metastática
EXPERIÊNCIA DO GRUPO COOPERATIVO BRASILEIRO PARA TRATAMENTO DE
OSTEOSSARCOMAGCBTO -
SOBOPE
Grupo Cooperativo Brasileiro de Tratamento de Osteossarcoma
Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica(1991-2005)
Investigador Principal: Antonio Sérgio Petrilli
0.00
0.25
0.50
0.75
1.00
0 1 2 3 4 5
analysis time
Nmeta Meta
Kaplan-Meier survival estimates
Sobrevida global x PresenSobrevida global x Presençça de Meta de Metáástasesstases
N=553
P<0.001
37%
73%
22%
59%
N=553
P<0.001
27%
60%
17%
48%
Sobrevida livre de eventos x PresenSobrevida livre de eventos x Presençça de Meta de Metáástasesstases0.
000.
250.
500.
751.
00
0 1 2 3 4 5
analysis time
Nmeta Meta
Kaplan-Meier survival estimates
Objetivos
Avaliar se a utilização do conjunto de medicações (HDMTX, cisplatina e doxorrubicina) melhora a SLE dos pacientes portadores de osteossarcoma ressecável;
Investigar de forma randomizada, se a adição do tratamento de manutenção anti-angiogênico com ciclofosfamida e MTX em baixas doses, após o protocolo convencional melhora a SLE para pacientes com osteossarcoma não metastático ressecável;
Investigar se a adição do tratamento de manutenção anti-angiogênico com ciclofosfamida e MTX em baixas doses, durante e após o tratamento convencional, melhora a SLE dos pacientes com osteossarcoma metastático ressecável.
Estudo 2006 ‐
GCBTO/GLATO
Metotrexato-
12g/m2
IV em 4 h (max. 20g)
Semanas:
04, 0509, 1017, 1822, 2326, 2730, 31
Internado X Ambulatorial
Administração HDMTX ambulatorial
1.
Parceria entre as Seções de Oncologia Pediátrica e de Farmácia-
cápsulas Bicarbonato de sódio
2.
Elaboração de rotina para avaliação, seleção e treinamento dos responsáveis e das crianças/adolescentes para a infusão de HDMTX ambulatorial
3.
Treinamento das equipes médica e de enfermagem
II.Seleção dos pacientes/elegibilidade
1.
Avaliação social da escolaridade do paciente e responsável, do nível de compreensão dos cuidados necessários no domicílio e da necessidade da estadia na casa de apoio
2.
Treinamento realizado pela enfermeira com folheto contendo informações referentes à
ingesta hídrica, cuidados durante a manipulação da urina, pH urinário e administração das medicações
3.
Demonstração pela criança/adolescente e seu responsável, quanto a compreensão do conteúdo do treinamento
I. Implementação do programa
Cuidados na administração de HDMTX
Cuidados pré-tratamento-
função renal, hepáticaContraindicação: ascite, derrame pleural e pericárdicoHidratação-
3l/m2 início até
48h a 72h após
Alcalinização-
antes, durante e após HDMTXMonitoramento cuidadoso-
ingesta hídrica,
diurese, pH urinárioDosagem sérica do metotrexatoResgate com ácido folínico guiado pela farmacocinética (nível sérico MTX e creatinina diário)-
1ª
dose leucovorin 24h após início MTX
Administração HDMTX ambulatorial1.
Consulta médica e de enfermagem diária
2.
Preparação pela farmácia do KIT individual -
medicações ( ácido folínico e bicarbonato de sódio) e materiais de apoio
H-24
H-0
H-12H-6H-4 H-18
MTX12g/m2
+NaHCO3
(45mEq/m2
em SG 5%500mL/m2)
NaHCO3(VO) *
NaHCO3(VO)*
NaHCO3(VO)*
Pré
MTXZofran –
15´0,5mg/Kg/dia
+NaHCO3
(45mEq/m2
em SG 5%200mL/m2)
H-1
D1 Hidratação-3000 ml/m²/dia (EV-VO) *NaHCO3-
90 mEq/m²/dia ÷
3 doses VOCaps. 1g, 800mg, 600mg / 12mEq=1000mg
Se pH urin < 7 → + 30 mEq/m²
VO
Não iniciar o MTX se após a H-1 o pH estiver < 7
NaHCO3 de 30 mEq/m2
em QSP 150 ml/m2 de SG 5%.
Se o pH estiver ≥7
Iniciar HDMTX
Item Medicação Administração1. Ondansetron-0,15mg/kg/dose IV 15 minutos2. NaHCO3-
90 mEq/m2/dia ÷
4 doses
VO 6/6 hs, Manter ph urin>7
3. Ácido folínico-
15 mg/dose 1ª
dose IV 24 horas após início HDMTX
4. Coleta de sangue para dosagem MTX
24, 48, 72 horas após término HDMTX
5. Ácido folínico-
15 mg/dose VO 6/6 horas
6. Hidratação:3000 ml/m²/dia VO7. Hidratação venosa Em caso de baixa
ingesta VO
D2 até
dosagem sérica MTX < 0,2 μM
NÍVEIS DE MTX DOSADOS APÓS O FINAL DA INFUSÃO:
24 horas < 10μ
Molar
48 horas < 2 μ
Molar
72 horas < 0,2μ
Molar
Quando descontinuar o monitoramento, hidratação,
alcalinização e ácido folínico?
Quando a dosagem sérica de MTX estiver menor ou igual a 0,2 µ
Molar
Pronto reconhecimento e manejo adequado previnem toxicidade com risco
de vida!
Disfunção Renal= 1,8%
* Carboxipeptidase
Widemann BC et al. Cancer 2004;100(10):2222-2232
QT metronômica
Administração de agentes citotóxicos em baixas doses (1/10 a 1/3 da DMT) ↑
a atividade
antiangiogênica das drogas
Vantagens: < toxicidade< risco de resistência
Cautela: inibição angiogênese prolongada em criança em crescimento
QT metronômica
Ciclofosfamida-
25 mg/m2/dia
Metotrexato-
1,5 mg/m2
2 X dia 2ª
e 5ª
feira
sem 32-104 não metastático (randomizado)Sem 1-104 metastático
The Oncologist 2004;9(suppl1):2-10
• É
essencial no desenvolvimento, reprodução e reparação tecidual normal.
• É
também condição necessária para o crescimento e disseminação metastática do tumor
Angiogênese
Resultados do Protocolo de Osteossarcoma 2006
GCBTO/GLATO
Congresso SOBOPE-
Curitiba Setembro 2010
Dra Carla Renata Macedo
CGBTO/GLATO – GRUPO LATINO AMERICANO DE
TRATAMENTO DE OSTEOSSARCOMA
Protocolo Osteossarcoma 2006
Sexo N= 395
%
Masculino 50Feminino 50
Tempo para o diagnósticoMédia: 117 (dias) Intervalo: 20-780 dias
Estudo N Instituições
Estudo 2006 404 31
Idade Média: 14 (anos) Intervalo: 0-29 anos
Instituições Inclusão
IOP/GRAACC 73
SAMIC – Buenos Aires 57
INCA – RJ 27
HC Barretos 26
ITACI – SP 24
H. Amaral Carvalho – Jaú 18
Clinica Onco BA 17
H Niños – Buenos Aires 16
HUOC –
Recife 15
CH Pereira Rossell –
Montevideo15
Sta Casa – SP 14
HC – POA 13
H. Joana de Gusmão –
Florianópolis11
HC Ceará
–
Fortaleza 11
HSPE ‐
SP 8
CGBTO/GLATO – GRUPO LATINO AMERICANO DE TRATAMENTO DE OSTEOSSARCOMA
65%35%
Presença de Metástase
Nmeta Meta
N= 398
Protocolo Osteossarcoma 2006Protocolo Osteossarcoma 2006
N= 358
CGBTO/GLATO – GRUPO LATINO AMERICANO DE TRATAMENTO DE OSTEOSSARCOMA
N= 147
Protocolo Osteossarcoma 2006
CGBTO/GLATO – GRUPO LATINO AMERICANO DE TRATAMENTO DE OSTEOSSARCOMA
66%
34%
Cirurgia
Conservadora
Amputação
N=242
Protocolo Osteossarcoma 2006
43%
57%
Grau de Necrose
III/IV
I/II
N= 151
0%
10%
20%
30%
40%
50%
GRAU I GRAU II GRAU III GRAU IV
PROTOCOLO 1 PROTOCOLO 2
P<0,19
1 2I + II 12 (80%) 10 (58,8%)III + IV 3 (20%) 7 (41,2%)Total 15 17
ProtocoloGrau de Huvos
Protocolos Osteossarcoma ‐
INCa
Martins, L.L
SOBOPE 2010
CGBTO/GLATO – GRUPO LATINO AMERICANO DE TRATAMENTO DE OSTEOSSARCOMA
N= 216
Tempo médio para recaída: 19 mesesTempo médio para recaída: 19 mesesmeses
Protocolo Osteossarcoma 2006
CGBTO/GLATO – GRUPO LATINO AMERICANO DE TRATAMENTO DE OSTEOSSARCOMA
N= 339
Protocolo Osteossarcoma 2006
Protocolo Osteossarcoma 2006Nº TOXICIDADE CICLO
9Pós doxo neutropenia febril insuf. renal
óbito5
24 Toxicidade MTX óbito 1º
C2
42 Cis/Doxo neutropenia febril sepse óbito 3
72 Cis/Doxo neutropenia febril sepse óbito 5
81 Cis/Doxo neutropenia febril sepse óbito 3
95 Cis/doxo Neutropenia convulsão óbito 3
161 MTX neutropenia febril sepse óbito 1º
C4
173 Cis/Doxo neutropenia febril sepse óbito 3
180 Infecção da Prótese sepse óbito CRG
189 Cis/Doxo neutropenia febril sepse óbito 2
255 MTX neutropenia febril sepse óbito 2º
C4
295 Cis/Doxo neutropenia febril sepse óbito 4
314 MTX convulsão AVC hemorrágico óbito 1º
C2
325 Cis/Doxo neutropenia febril sepse óbito 3
67%
28%
5%
93%
4%
3%
74%
22%
4%
Grave
Leve/Moderada
Normal
N=2682 Infusões de MTX
RISCO PARA TOXICIDADE
CGBTO/GLATO – GRUPO LATINO AMERICANO DE TRATAMENTO DE OSTEOSSARCOMA
Protocolo Osteossarcoma
2006
CGBTO/GLATO – GRUPO LATINO AMERICANO DE TRATAMENTO DE OSTEOSSARCOMA
Protocolo Protocolo OsteossarcomaOsteossarcoma
20062006
Protocolo Osteossarcoma
2006GCBTO/GLATO – GRUPO LATINO AMERICANO DE TRATAMENTO DE OSTEOSSARCOMA
Elevação de Creatinina
com nível sérico de MTX elevado
HoraNº
Níveis séricos
MTX elevados(Total)N creatinina
elevada (%)
24 88 (1883) 17(19,3)
48 60 (2085) 13(21,7)
72 51 (1333) 15(29,4)
N total =2682 Infusões de MTX
GCBTO/GLATO – GRUPO LATINO AMERICANO DE TRATAMENTO DE OSTEOSSARCOMA
Datas Previstas
Término da Inclusão de Pacientes: Jul/2011
Encerramento para Análise: Jul/2013
Protocolo Osteossarcoma
2006
Obrigada! [email protected]