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Protocolos Semiológicos de Bolso Francisco Pereira Revisão: Sofia Belo

Protocolos Semiológicos de Bolso

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  • Protocolos

    Semiolgicos de Bolso

    Francisco Pereira

    Reviso: Sofia Belo

  • - 2 -

    ndice

    Observao da Cabea e Pescoo 3

    Fundoscopia 5

    Otoscopia 7

    Palpao Mamria 8

    Observao do Trax 9

    Auscultao Cardaca 10

    Auscultao Pulmonar 13

    Observao Abdominal 15

    Toque Vaginal 18

    Toque Rectal 20

    Palpao de Pulsos Arteriais 21

    Inspeco e Palpao do Exame Vascular 23

    Medio da Tenso Arterial 24

    Exame Neurolgico

    Avaliao da Sensibilidade 25

    Pares Cranianos 27

    Pesquisa dos Sinais Menngeos 32

    Pesquisa do Sinal de Lasgue 33

    Funes Cerebelosas 34

    Avaliao do Tnus Muscular 35

    Avaliao dos Reflexos 36

    Estudo da Marcha 38

    Exame Osteoarticular

    Coluna Vertebral 39

    Articulao do Ombro 40

    Articulao do Cotovelo 41

    Articulaes do Punho e Mo 42

    Articulaes Coxofemoral e Sacroilacas 43

    Articulao do Joelho 44

    Articulaes do P 45

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 3 -

    Observao da Cabea e Pescoo

    Cabea:

    - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Observar e palpar a conformao global da cabea:

    - Normocfala, com conformao normal;

    - Braquicfala, com encerramento precoce da sutura coronal;

    - Oxicfala, com encerramento precoce das suturas coronal e sagital;

    - Turricfala, com encerramento precoce das suturas coronal e esfeno-frontal;

    - Dolicocfala, com encerramento precoce da sutura sagital.

    - Descrio da fcies;

    - Avaliar a mmica facial, cabelo, pele, olhos, ouvidos, nariz, boca, orofaringe, lbios, hlito,

    gengivas, dentes, lngua, palato duro e mole, vula, pilares anteriores e posteriores e

    amgdalas;

    - Palpar seios frontais e maxilares;

    - Palpar a Lngua.

    Pescoo:

    - Inspeccionar a globalidade do pescoo em posio anatmica, verificando a simetria e

    localizao normal das estruturas;

    - Solicitar ao doente para realizar extenso, flexo, rotao e inclinao para ambos os lados,

    deglutir e realizar movimentos inspiratrios e expiratrios profundos e prolongados;

    - Avaliar a Presso Venosa Central;

    - Colocar-me de frente para o doente para palpao do pescoo:

    - Traqueia, com os 5os

    dedos de cada um dos lados da mesma para avaliar a mobilidade;

    - Laringe, repetindo a manobra anterior porm mais superiormente;

    - Osso Hiide, entre o 1 e o 2 dedo;

    - Cartilagens Tiroideia e Cricoideia, entre o 1 e o 2 dedo;

    - Tecidos moles, em busca de enfisema;

    - Glndulas Salivares Partidas, Submandibulares e Sublinguais (calar luva, 1 dedo apoiado na

    regio submentoniana e o 2 dedo na cavidade bucal, pinando-a);

    - Pulso Carotdeo.

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 4 -

    - Gnglios Linfticos Cervicais, movimentos circulares com a polpa do 2,3 e 4 dedo;

    - Palpar a Glndula Tiroideia (colocar-me atrs do doente :

    - Pedir ao doente para flectir ligeiramente o pescoo e inclin-lo para o lado a palpar;

    - Pedir ao doente para ir deglutindo saliva durante o procedimento;

    - Atrs do doente, colocando os 5os

    dedos na nuca do doente, palpa-se com a superfcie volar

    dos restantes dedos;

    - Manobra: colocar os dedos da mo esquerda entre a traqueia e o esternocleidomastoideu

    direito e pressione, colocar os dedos da mo direita atras do esternocleidomastoideu direito,

    exercendo alguma presso para convergncia das mos; repetir para o lado contra lateral;

    - Manobra de Pemberton quando h aumento de volume da Tiride, pedir ao doente para

    elevar as mos acima da cabea para exacerbar possvel dispneia ou disfagia.

    - Realizar a auscultao cervical, nomeadamente a Tiride, Laringe e Traqueia, Artrias

    Cartidas ou qualquer outra massa detectada;

    - Informar o doente que o procedimento terminou, trocar impresses, e despedir-se

    cordialmente.

    Grupos Ganglionares a palpar:

    - G. Occipital; - G. Mastoideu/Retro-auricular;

    - G. Pr-auricular; - G. Parotdeo e Retrofarngeo;

    - G. Submandibular; - G. Mentoniano;

    - G. Posterior (bordo do M. Trapzio); - G. Supraclavicular;

    - Gnglios superficiais e profundos.

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 5 -

    Fundoscopia

    - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Pedir ao doente para colocar a cabea em posio anatmica, colocando-se frente deste;

    - Avaliar e descrever a implantao dos olhos, clios e supra-clios, plpebras, glndulas e sacos

    lacrimais, esclerticas, conjuntivas, crnea, ris, pupilas, frequncia do pestanejo e fundo

    ocular*;

    - Avaliar e descrever movimentos oculares, reflexo pupilar directo e consensual, reflexo

    corneano, campimetria e acuidade visual (Exame Neurolgico);

    *Avaliao do Fundo Ocular:

    - Promover um ambiente calmo e escurecido;

    - Verificar as condies do oftalmoscpio e a refraco ptica;

    - Segurar o aparelho com a mo correspondente ao olho a analisar(ex.mo dta-olho dto);

    - Pedi ao doete paa fixa o hoizote; - Apontar a luz (30 cm de distncia), primeiro lateralmente ao olho e ir aproximando at

    encontrar a pupila do doente:

    - Ver reflexo vermelho;

    - A opacidade traduz-se por manchas pretas;

    - Apoxia o otospio do olho do doete, e dieo ao ulo laaja e foa; - Identificar, localizar e descrever o Disco ptico e a Mcula;

    - Identificar e descrever vasos (artrias: mais finas e claras; veias: mais grossas e escuras) ou

    outras possveis alteraes (hemorragias, exsudados, aneurismas, alteraes de pigmentaes);

    - Informar o doente que o procedimento terminou, trocar impresses, e despedir-se

    cordialmente.

    Possveis Patologias:

    Retina Plida Ocluso V. Central da Retina

    Atrofia ptica

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 6 -

    Esquema do Fundo do Olho:

    Glaucoma Retinopatia Diabtica Edema da Papila

    Retinopatia Hipertensiva Retinoblastoma Exsudados Duros

    Exsudados Moles Manchas de Roth - Septicmia

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 7 -

    Otoscopia

    - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Pedir ao doente para colocar a cabea em posio anatmica, colocando-se frente deste;

    - Avaliar a implantao dos pavilhes auriculares;

    - Indicar ao doente para inclinar a cabea sobre o ombro contra lateral do ouvido a avaliar

    (avaliar primeiro o que no apresenta queixas);

    - Verificar as condies de funcionamento do otoscpio;

    - Introduzir o espculo, alinhando o Canal Auditivo Externo (Adultos: para cima e para trs;

    Crianas: para baixo e para trs);

    - Descrever o que se observa no Canal Auditivo Externo (inflamao, corpo estranho, cermen,

    otorreia, otorragia ou otorrquia) e a Membrana do Tmpano (localizar cone luminoso, cabo do

    martelo; descrever cor, transparncia, concavidade, inflamao, perfuraes, exsudados ou

    massas/derrames retrotimpnicos);

    - Efectuar o exame funcional da Trompa de Eustquio (Manobras de Valsalva e de Toynbee);

    - Retirar o otoscpio e descartar o espculo;

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses, despedindo-se

    cordialmente.

    Normal Cermen Otite Mdia Aguda com Derrame

    Otite Mdia Aguda com Derrame

    Otite Mdia Serosa Timpanosclerose

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 8 -

    Palpao Mamria

    - Apresentao doente e explicar o procedimento;

    - Indicar um local privado para a doente se despir;

    - Questionar/informar a doente sobre o Auto-Exame Mamrio;

    - Pedir a doente para se colocar com a cabea e tronco direitos, com os braos ao longo do

    corpo, colocando-se frente desta;

    - Avaliar ambas as mamas, bem como as regies visveis aps levantar as mesmas (tamanho,

    simetria, contornos, cor, textura, retraces cutneas, rede venosa superficial, procidncias, peau

    doage ou siais iflaatios);

    - Observar os mamilos (localizao, deprimidos ou invertidos, simetria, corrimento ou fissuras) e

    respectiva aurola (colorao, contornos e simetria);

    - Observao mais meticulosa: mulher sentada com os braos acima da cabea, com a regio

    palmar das mos nas cristas ilacas contraindo os m. peitorais e ainda inclinada para a frente

    de modo a que as mamas fiquem pendentes;

    - Proceder palpao superficial das mamas, utilizando a face volar dos dedos (todos os

    quadrantes, aurola, mamilo, cauda de Spence, regies supra/infraclaviculares e as axilas);

    - Proceder palpao profunda das mamas, utilizando a face volar dos dedos (todos os

    quadrantes, aurola, mamilo, cauda de Spence, regies supra/infraclaviculares e as axilas);

    - Repetir a palpao nas seguintes posies:

    - Doente deitada, com os m. superiores ao longo do corpo;

    - Doente deitada, pedir mesma para colocar a palma da mo direita na nuca, posicionar uma

    almofada debaixo do ombro direito e palpar a mama direita (repetir o procedimento anterior

    para avaliar a mama esquerda)

    - Caso se palpe uma massa, descrev-la correctamente (forma, localizao, dimenses, contornos,

    limites, consistncia, mobilidade, pulsatilidade, expansibilidade, dor, alteraes cutneas);

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses, despedindo-se

    cordialmente

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 9 -

    Observao do Trax

    - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Indicar um local privado para o doente se despir;

    - Pedir ao doente para permanecer com o tronco, cabea e pescoo direitos;

    - Avaliar a frequncia respiratria, ritmo, tipo de movimentos respiratrios, tipo de respirao,

    conformao global do trax, rede venosa e possveis alteraes cutneas;

    - Palpar o trax de modo a avaliar a mobilidade, resistncia, vibraes vocais, impulso apical

    do corao e ainda pesquisar a possvel existncia de frmitos ou massas;

    - Percutir o trax avaliando a presena de Som Claro Pulmonar;

    - Realizar a Auscultao Cardaca;

    - Realizar a Auscultao Pulmonar;

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses, despedindo-se

    cordialmente

    Trax: vista anterior e posterior

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 10 -

    Auscultao Cardaca

    - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Indicar um local privado para o doente se despir;

    - Pedir ao doente para se sentar e inclinar ligeiramente o tronco para a frente, permanecendo

    imvel e em silncio;

    - Colocar-se frente e direita do doente;

    - Segurar correctamente e testar a temperatura do estetoscpio, friccionando-o na bata caso

    esteja frio, desinfectando-o em seguida;

    - Observar atentamente as veias do pescoo e palpar a A. Cartida com a mo esquerda

    aquando da auscultao;

    - Auscultar as seguintes regies com o diafragma:

    1.rea Artica (2 EIC direito, junto ao bordo do esterno);

    2.rea Pulmonar (2 EIC esquerdo, junto ao bordo do

    esterno);

    3.rea de Erb (3 EIC esquerdo, junto ao bordo do

    esterno);

    4.rea Tricspide (4 EIC esquerdo, junto ao bordo do

    esterno);

    5.rea Mitral (5 EIC esquerdo, na linha mdio-clavicular);

    - Restante rea pr-cordial e correspondente regio dorsal;

    - Regio axilar e escavados supra/infraclaviculares;

    - Vasos do pescoo.

    - Repetir a auscultao com a campnula, com o doente em decbito dorsal e em decbito

    lateral esquerdo e ainda realizando algumas manobras semiolgicas (M. Valsalva ou Squatting,

    por exemplo);

    - Realizar o diagnstico:

    - Caracterizar a FC e o ritmo;

    - Identificar e descrever S1 e S2, e possveis desdobramentos;

    - Identificar e localizar possveis extrassons ou sopros cardacos;

    - Associar o que se ausculta com possvel patologia.

    - Desinfectar o estetoscpio.

    Focos Auscultatrios

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 11 -

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses, despedindo-se

    cordialmente.

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 12 -

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 13 -

    Auscultao Pulmonar

    - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Indicar um local privado para o doente se despir;

    - Pedir ao doente para se sentar, permanecendo imvel e em silncio aquando da auscultao;

    - Segurar correctamente e testar a temperatura do estetoscpio, friccionando-o na bata caso

    esteja frio, desinfectando-o em seguida;

    - Auscultar a parede torcica anterior:

    - Pedir ao doente para manter as costas direitas e projectar os ombros para trs, colocando-se

    frente e direita deste;

    - Auscultar de superior para inferior os EIC, comparando o hemitrax direito com o esquerdo;

    - Auscultar a regio laringo-traqueal.

    - Auscultar a parede torcica posterior:

    - Pedir ao doente para se inclinar ligeiramente para a frente e cruzar os membros superiores,

    colocando-se atrs e esquerda deste;

    - Auscultar de superior a inferior os EIC, comparando o hemitrax direito com o esquerdo;

    - Auscultar as paredes torcicas laterais:

    - Pedir ao doente para manter as costas direitas e elevar os membros superiores acima da

    cabea, colocando-se de frente para as paredes laterais do trax deste;

    - Auscultar de superior para inferior os EIC, comparando o hemitrax direito com o esquerdo;

    - Auscultar tambm enquanto o doente tosse, fala com voz normal e com voz ciciada, aquando

    da percusso e ainda a auscultao per-oral e larngea;

    - Realizar o diagnstico:

    - Caracterizar a FR;

    - Referir a durao dos tempos inspiratrio e expiratrio;

    - Identificar os sons pulmonares normais (sons brnquicos, murmrio broncovesicular e murmrio

    vesicular);

    - Identificar e descrever possveis rudos adventcios;

    - Associar o que se ausculta com possvel patologia.

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses, despedindo-se

    cordialmente, desinfectando o estetoscpio.

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

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  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 15 -

    Observao Abdominal

    - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Pedir ao doente para se despir, expondo desde a regio inguinal e suprapbica at ao

    apndice xifideo;

    - Pedir ao doente para se deitar em decbito dorsal, com os joelhos ligeiramente flectidos e

    braos ao longo do corpo, colocando-se direita deste;

    - Proceder Inspeco do Abdmen, descrevendo:

    - Mobilidade (mvel/imvel com respirao ou pulsatilidade aneurismtica);

    - Contorno (plano, escavado ou abaulado);

    - Simetria;

    - Colorao da pele (hipermica, ictrica, plida, ciantica ou com rash e estrias);

    - Sinal de Cullen (colorao azulada na regio periumbilical, associada a pancreatites

    necrohemorrgicas);

    - Sinal de Gray-Turner (colorao azulada na regio dos flancos, associada a pancreatites

    necrohemorrgicas);

    - Cicatriz umbilical;

    - Distenso abdominal, pontos de fraqueza ou outras massas;

    - Circulao venosa colateral (centrfuga ou centrpeta em relao ao umbigo);

    - Peristaltismo visvel com os movimentos de reptao.

    - Proceder Auscultao do Abdmen:

    - Segurar correctamente o estetoscpio e utilizar preferencialmente o diafragma;

    - Descrever os Rudos Hidroareos:

    - RHA aumentados com diarreia, obstruo intestinal parcial ou hemorragia digestiva;

    - RHA diminudos ou ausentes com leos funcional, peritonite ou uma obstruo parcial;

    - Gorgolejo ou Marulho Gstrico quando ocorre hiperperistaltismo gstrico.

    - Declara-se ausncia de RHA quando se auscultar silncio abdominal por um perodo no

    inferior a 5 minutos;

    - Auscultar as reas vasculares em busca de sopros (artica, renais, ilacas, femorais ou

    periumbilical), bem como o fgado e o bao (atritos heptico e esplnico).

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 16 -

    - Proceder Percusso do Abdmen:

    - A mo no dominante deve estar totalmente apoiada na parede abdominal e paralela ao

    bordo do rgo a avaliar, sendo a falange distal do 3 dedo percutida pelos 2 e 3 dedo da

    mo dominante (movimento de pulso);

    - A percusso de rgos slidos ou com lquido traduz-se numa sonoridade macia, enquanto os

    rgos ocos traduz-se numa sonoridade timpnica;

    - Percusso do Fgado (a partir dos EIC, com som ressonante, e da FID, com som timpnico, at

    identificar o som macio correspondente a este rgo; normal at 2 cm abaixo do rebordo

    costal; Sinal de Jobert, timpanismo sobre o fgado tpico de pneumoperitoneu);

    - Percusso do Bao (normalmente no percutvel; a partir dos EIC, com som ressonante, e da

    FIE, com som timpnico, at identificar som macio no hipocndrio esquerdo);

    - Percusso Renal (apoiar uma das mo no ngulo costo-vertebral e com a outra plicar uma

    pancada seca com a regio cubital do punho; se despertar dor denomina-se Murphy renal);

    - Percusso do Estmago ( esquerda do epigastro, com som caracteristicamente timpnico do

    Espao de Traube);

    - Percusso da Bexiga (a partir da regio umbilical, com som timpnico, para o hipogastro que

    apresentar som macio quando preenchida).

    - Proceder Palpao do Abdmen:

    - A palpao tem de incluir as 9 reas abdominais e a regio inguinal, realizando-se a palpao

    bimanual (mo no dominante apoiada na parede abdominal e a mo dominante por cima,

    usando os dedos como zona de maior discriminao);

    - Realizar a palpao superficial, a menos de 1 cm de profundidade (tipo de sensibilidade, de

    resistncia muscular, de dor ou a deteco de massas superficiais);

    - Realizar a palpao profunda, superior a 1 cm de profundidade (identificar empastamento,

    defesa da parede, dor compresso ou descompresso rpida ou ventre em tbua);

    - Palpao do Fgado (a partir da FID e com a mo paralela ao bordo heptico, sncrona com a

    inspirao profunda; nos indivduos obesos, utilizar a tcnica de gancho);

    - Palpao da Vescula Biliar (de modo semelhante anterior; Sinal de Murphy Vesicular,

    quando cessa inspirao por dor palpao; Vescula de Courvoisier, quando detectada pela

    palpao);

    - Palpao Renal (colocar a mo esquerda ao nvel costo-vertebral respectivo e a mo direita na

    margem costal homolateral; normalmente no palpvel);

    - Palpao da patologia do Apndice Ileo-Cecal:

    - Sinal de Blumberg, dor descompresso no ponto de McBurney que se situa nos 2/3

    da distncia entre o umbigo e a crista ilaca antero-superior;

    - Sinal de Rovsing, dor na FID aquando da palpao da FIE;

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 17 -

    - Sinal do Psoas, dor flexo da coxa direita;

    - Sinal do Obturador, dor flexo e rotao interna da coxa direita.

    - Palpao da Aorta Abdominal (colocar as mos paralelas da cada lado da linha mdia a nvel

    umbilical);

    - Palpao de Pontos Hernirios Inguinais (Manobra de Taxis nos homens, onde se coloca o 2

    dedo atravs do escroto at ao anel inguinal profundo para identificar a zona de impulso

    tosse).

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    Topografia Anterior do Abdmen

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 18 -

    Toque Vaginal

    Requisitos a avaliar antes da execuo do exame:

    S se realiza a mulheres que j tenham tido relaes sexuais; A doente deve urinar antes do exame; No se deve encontrar menstruada (excepto se for para colocao de DIU); Presena de uma terceira pessoa na sala (sexo feminino).

    - Apresentao doente e explicar o procedimento;

    - Indicar um local privado para a doente se despir e explicitar como a mesma se deve

    posicionar:

    -Posio de Litotomia (deitada em decbito dorsal, membros superiores ao longo do corpo,

    pernas nos suportes apropriados perneiras); - Posio de Diamante (deitada em decbito dorsal, joelhos flectidos e afastados, ps juntos

    com as faces plantares voltadas para dentro, membros superiores ao longo do corpo);

    - Posio do M (deitada em decbito dorsal, joelhos flectidos e afastados, ps afastados

    assentes na marquesa, membros superiores ao longo do corpo);

    - Posio do Y (deitada em decbito dorsal, pernas em extenso e afastadas para fora da

    marquesa, dois ajudantes colocam uma das mos nas massas gemelares e a outra

    entrecruzada sobre o abdmen).

    - Cobrir a doente com um lenol de forma a reduzir a rea corporal exposta;

    - Posicionar-se entre as pernas da doente (Litotomia, V) ou do seu lado direito (Diamante, M);

    - Calar as luvas e, a partir deste momento, ir falando com a doente para a acalmar pois

    nenhum procedimento dever ser brusco ou inesperado;

    - Inspeccionar e palpar os genitais externos/regio perineal, bem como os grandes lbios;

    - Afastar os grandes lbios e inspeccionar e palpar as restantes estruturas (pequenos lbios,

    meato urinrio, cltoris, introitus vaginal; sinais inflamatrios, leses vesiculares, papilomatose,

    exsudados, corrimento, plipos, fstulas, sinais de virilizao, edema, fissuras, alteraes de

    pigmentao, leses traumticas, de coceira, prolapsos);

    - Introduzir um dedo no introitus vaginal e palpar as Glndulas

    de Skene (anteriores) e as de Bartholin (laterais, pinamento

    suave com o polegar);

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 19 -

    - Avaliar o tnus muscular (contrair os msculos perineais de modo a apertar o dedo do mdico);

    - Colocar o espculo devidamente lubrificado e observar;

    - Mudar de luvas e observar o aspecto das mesmas;

    - Lubrificar o 2 e 3 dedo da mo dominante (1 dedo em abduo, 2 e 3 em extenso, 4 e 5

    em flexo) e introduzi-los suavemente, com a polpa virada para a parede anterior;

    - Fazer deslizar os dedos pelas paredes do canal vaginal e procurar e caracterizar protuses e

    massas, avaliando tambm o colo do tero (posio, tipo e orientao do orifcio, consistncia,

    mobilidade, forma, dor e comprimento) e os fundos-de-saco anexos;

    - Proceder em seguida Palpao Bimanual:

    - Dedos intravaginais no fundo-de-saco

    anterior/posterior e a outra mo no hipogastro/snfise

    pbica de modo a palpar o tero;

    - Dedos intravaginais nos fundos-de-saco laterais e a

    outra mo na FID/FIE de modo a palpar os Ovrios e

    as Trompas de Falpio;

    - Caso de justifique, realizar exame rectovaginal com o

    2 dedo no Canal Vaginal e o 3 dedo no Canal Anal.

    - Remover as luvas e avaliar o seu aspecto;

    Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses, despedindo-se

    cordialmente.

    Toque Bimanual

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 20 -

    Toque Rectal

    - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Indicar um local privado para o doente se despir e explicar como este se deve posicionar para

    a realizao do exame:

    - Decbito Lateral Esquerdo (deitado sobre o lado esquerdo, coxa e joelho direitos

    flectidos; posio mais confortvel);

    - Posio Genupeitoral (ajoelha-se na marquesa, flecte o tronco para a frente, apoia a

    cabea e ombros na marquesa, joelhos mais afastados que a anca; muito usada na

    palpao prosttica);

    - Posio de Litotomia (deitado em decbito dorsal, membros superiores ao longo do

    corpo, pernas nos suportes apropriados perneiras; usada sobretudo em mulheres); - Posio de P (inclina-se para a frente e para cima da marquesa, apoia os cotovelos;

    muito usada na palpao prosttica).

    - Calar as luvas;

    - Afastar as ndegas com a mo que no ir fazer o toque e avaliar a regio perianal e

    sacrococcgea (existncia de leses cutneas, de coceira, escoriaes, fissuras, fistulas, sinus pilonidalis,

    prolapsos, cicatrizes, sinais inflamatrios, infeces, infestao intestinal);

    - Aplicar lubrificante sobre o 2 dedo da mo a realizar o exame;

    - Afastar novamente as ndegas e tocar com a polpa do 2 dedo o nus (descontrai o esfncter

    anal);

    - Deslizar o dedo pelo canal anal, com a polpa virada para a frente, e testar o tnus do

    esfncter anal; Informar o doente que pode sentir uma falsa vontade de defecar!

    - Efectuar a rotao do dedo no interior do canal anal (Palpao bidigital: aproximar o 1 dedo ao

    tecido perianal quando se detecta uma massa), dando especial ateno parede anterior:

    - Homem, palpao da Prstata;

    Informar o doente que pode sentir uma falsa vontade de urinar ou ter uma ereco!

    - Mulher, palpao do colo do tero.

    - Progredir no recto, palpando o fundo-de-saco de Douglas;

    - Retirar o dedo, observando e descartando a luva;

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar

    impresses, despedindo-se cordialmente.

    Toque Rectal

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 21 -

    Palpao de Pulsos Arteriais

    - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Indicar um local privado para o doente se despir e, em seguida, para este se deitar (cabeceira

    a 30), cobrindo-o com 2 lenis;

    - Utilizando a face volar do 2 e 3 dedo, palpar o trajecto arterial do pulso mais proximal para

    o mais distal, comparando sempre com o contra-lateral;

    - Palpar os seguintes pulsos:

    - Carotdeo, na face lateral da laringe;

    - Umeral, internamente ao tendo bicipital;

    - Radial, internamente apfise estiloideia do rdio;

    - Femoral, no ponto mdio da linha que une a crista ilaca ntero-superior a snfise pbica;

    - Popliteu, internamente na fossa popliteia;

    - Tibial Posterior, atrs do malolo interno;

    - Pedioso, na face dorsal do p na regio em continuidade com o 1 espao intersseo.

    - Avaliar e comparar os diversos pulsos (frequncia, regularidade, amplitude, dureza e simetria);

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses, despedindo-se

    cordialmente.

    P. Carotdeo P. Umeral P. Radial

    P. Femoral P. Popliteu P. Tibial Posterior P. Pedioso

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 22 -

    Tipos de Pulso:

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 23 -

    Inspeco e Palpao no Exame Vascular

    - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Realizao do Teste de Buerger (inspeco):

    - Tem o objectivo de documentar a isqumia arterial dos m. inferiores;

    - Pedir ao doente para se colocar em decbito dorsal, colocando-se junto aos ps deste;

    - Proceder elevao passiva do m. inferior a avaliar, sem flexo do joelho, at um ngulo de

    30, aproximadamente;

    - Observar se existe, ou no, palidez com a elevao do membro e a consequente eritrose aps a

    sua pendncia.

    - Realizao do Teste de Allen (palpao):

    - Tem o objectivo de documentar a patncia dos ramos distais das Artrias Radial e

    Cubital e a integridade das suas anastomoses terminais;

    - Pedir ao doente para se sentar e elevar a mo a avaliar, com o cotovelo flectido

    num ngulo obtuso e a mo em supinao;

    - Pressionar as Artrias Radial e Cubital do doente com o 2 e 3 dedo de ambas as

    mos, apoiando os 1os

    dedos na face dorsal do punho;

    - Pedir ao doente para abrir e fechar a mo at se observar palidez cutnea palmar;

    - Desobstruir a artria a avaliar e observar a rapidez e o perfil do re-preenchimento

    capilar (menos de 3 a 5 segundos).

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses, despedindo-se

    cordialmente.

    Teste de Buerger Teste de Allen

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 24 -

    Medio da Tenso Arterial

    - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Pedir ao doente para se despir ou verificar que as roupas no fazem garrote no local a

    efectuar a medio;

    - Pedir ao doente para apoiar o antebrao numa mesa ou almofada de modo a que a A. Umeral

    esteja altura do corao, colocando-se frente deste;

    - Inspeccionar o local a medir em busca de circunstncia clnicas que impeam a mesma

    (fstulas arteriovenosas, cicatrizes, acessos de hemodilise ou linfedema);

    - Palpar as Artrias Umeral e Radial;

    - Colocar a braadeira correctamente (seta na direco do fluxo sanguneo, com as mangueiras ao

    longo do eixo arterial, 2 a 3 cm acima da prega do sangradouro);

    - Efectuar a medio atravs do Mtodo Palpatrio:

    - Palpar a A. Radial e, simultaneamente, insuflar a braadeira 20 a 30 mmHg aps o colapso do

    pulso;

    - Desinsuflar lentamente a braadeira (2-3 mmHg/s) at palpar 2 ondas consecutivas, obtendo

    assim TA Sistlica;

    - Em seguida, desinsuflar rapidamente a braadeira.

    - Efectuar a medio atravs do Mtodo Auscultatrio:

    - Colocar a campnula abaixo da braadeira, sobre o trajecto arterial;

    - Insuflar a braadeira at 20 a 30 mmHg acima do valor obtido no mtodo Palpatrio;

    - Desinsuflar lentamente at ouvir 2 Sons de Korotkoff consecutivos, obtendo assim a TA

    Sistlica;

    - Continuar a desinsuflar lentamente at que ocorra um apagamento dos Sons de Korotkoff,

    obtendo assim a 1 TA Diastlica;

    - Continuar a desinsuflar lentamente at que ocorra o desaparecimento dos Sons de Korotkoff,

    obtendo assim a 2 TA Diastlica;

    - Em seguida, desinsuflar rapidamente a braadeira e registar os valores obtidos na forma

    TA/1TAD/2TAD, em mmHg.

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses, despedindo-se

    cordialmente.

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 25 -

    Exame Neurolgico Avaliao da Sensibilidade - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Promover um ambiente calmo e sem distraces, pedindo ao doente que permanea de

    olhos fehados/vedados e ue, uado sete o estulo, idiue si ou sito; - Avaliar a Sensibilidade Tctil Protoptica:

    - Utilizando um pincel macio ou algodo, percorrer os territrios cutneos a explorar e

    comparando-os com o lado contralateral.

    - Avaliar a Sensibilidade lgica:

    - Utilizando um alfinete, percorrer os territrios cutneos a explorar e comparando-os com o

    lado contralateral.

    - Avaliar a Sensibilidade Trmica:

    - Utilizar um tudo com gua fria (4-10C) e outro com gua quente (45-52C) percorrer os

    territrios cutneos a explorar, pedindo ao doente para referir se sente frio ou quente.

    - Avaliar a Sensibilidade Vibratria:

    - Utilizando um diapaso, coloca-lo a vibrar nas eminncias sseas a avaliar.

    - Avaliar a Sensibilidade Postural:

    - Utilizando o 1 ou 2 dedo, manusear ao mnimo os segmentos corporais a explorar, pedindo

    ao doente (que se encontra de olhos fechados) que identifique a posio colocada.

    - Avaliar a Sensibilidade Discriminativa:

    - Utilizando um objecto de pontas rombas, desenhar figuras simples (linhas rectas, quadrados

    ou circunferncias), letras ou algarismos pedindo ao doente que identifique o smbolo

    desenhado. Tambm possvel utilizar o Compasso de Weber.

    - Avaliar a Estereognosia:

    - Utilizando objectos banais, solicitar ao doente a identificao do mesmo atravs da sua

    palpao.

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses, despedindo-se

    cordialmente.

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 26 -

    Sensibilidade Tctil Protoptica Sensibilidade lgica

    Sensibilidade Vibratria Sensibilidade Postural

    Sensibilidade Discriminativa Dermtomos

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 27 -

    Exame Neurolgico Pares Cranianos I Par - Nervo Olfactivo

    - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Pedir ao doente para fechar/vendar os olhos, tapando uma das narinas;

    - Dar ao doente substncias a cheirar que no sejam irritantes da mucosa nasal e que sejam

    comumente conhecidas (tabaco, vinagre, perfume, limo ou alho, entre outras);

    - Pedir ao doente para identificar a substncia utilizada e repetir o procedimento na narina

    contralateral;

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    II Par - Nervo ptico

    - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Avaliar a Acuidade Visual:

    - Pedir ao doente para tapar um dos olhos, colocando-se a uma distncia razovel deste,

    mostrando-lhe alguns dedos e pedir ao doente para identificar quantos so;

    - Caso o doente no consiga distinguir quantos dedos so, ir-se aproximando deste e registar a

    distncia mxima a que os dedos so identificados;

    - Repetir o procedimento para o olho contralateral.

    - Avaliar os Campos Visuais:

    - Pedir ao doente para manter a cabea direita, colocar-se frente a frente a este com os olhos ao

    mesmo nvel;

    - Tapar o olho direito, pedindo ao doente para cobrir o seu olho esquerdo;

    - Estender o 2 dedo do brao direito e, movendo-o da periferia para o centro, pedir ao doente

    para avisar assim que visualizar o dedo;

    - Repetir o procedimento usando o brao esquerdo, bem como de cima para baixo e de baixo

    para cima;

    - Repetir todos os procedimentos anteriormente apresentados tapando, agora, o olho

    contralateral;

    - Comparar as respostas obtidas pelo doente, verificando se so ou no normais.

    - Realizar o protocolo de Fundoscopia;

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 28 -

    III, IV e VI Par - Nervos MOC, Pattico e MOE

    - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Pedir ao doente para manter as costas e a cabea direitas e imveis, sentado ou de p,

    colocando-se frente deste;

    - Observar as plpebras (ptose) e as pupilas (dimetro, contorno, forma e simetria);

    - Pedir ao doente para seguir apenas com os olhos um objecto e idia se v a doa, testando as 9 posies do olhar;

    - Testar o Reflexo da Acomodao do doente (verificar se a pupila contrai aquando da

    convergncia dos olhos com a aproximao de um objecto);

    - Pedir ao doente para fixar o horizonte e tapar um dos olhos, testando o Reflexo Fotomotor

    Directo no olho contralateral (incidir um foco luminoso da periferia at ao olho, verificando se ocorre

    a contraco da pupila);

    - Em seguida, repetir o procedimento para o outro olho;

    - Repetir novamente, porm com ambos os olhos abertos e testar o Reflexo Fotomotor

    Consensual nos dois olhos;

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    V Par Nervo Trigmio - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Pedir ao doente para manter as costas e a cabea direitas e imveis, sentado ou de p,

    colocando-se frente deste;

    - Testar a Parte Sensitiva do Nervo Trigmio:

    - Realizar as diversas Avaliaes da Sensibilidade no territrio deste nervo (toda a face e a

    metade anterior do couro cabeludo, exceptuando o ngulo da mandibula);

    - Testar o Reflexo Crneo (pedir ao doente para olhar para o lado oposto e tocar com pedao de

    algodo na crnea).

    - Testar a Parte Motora do Nervo Trigmio:

    - Palpar e observar os msculos da mastigao, pedindo ao doente para abrir e fechar a boca;

    - Testar o Reflexo Mandibular (segurar o mento com o polegar e percutir).

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 29 -

    VII Par Nervo Facial - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Pedir ao doente para manter as costas e a cabea direitas e apresentar uma expresso

    inespecfica, sentado ou de p, colocando-se frente deste;

    - Observar a face em repouso em busca de possveis alteraes (repuxamento da face,

    apagamento do sulco nasogeniano ou outros relevos);

    - Observar a face pedindo ao doente para realizar movimentos voluntrios (enrugar a testa,

    fechar os olhos, abrir a boca, mostrar os dentes e assobiar);

    - Observar a face pedindo ao doente para expressar sentimentos com a mmica facial (alegria,

    tristeza, medo, ansiedade, entre outros);

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    VIII Par Nervo Auditivo (Vestbulo-Coclear) - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Avaliao do Nervo Auditivo:

    - Realizao da Prova do Relgio, comparando ambos os lados;

    - Realizao da Prova da Voz Ciciada, comparando ambos os lados;

    - Realizao do Teste de Rinne (diapaso a vibrar no osso mastide e, quando inaudvel, no

    meato externo), comparando ambos os lados;

    - Realizao do Teste de Weber (diapaso a vibrar no meio da testa).

    - Avaliao do Nervo Vestibular:

    - Pedir ao doente para se colocar de p, com os ps paralelos e com os braos ao longo do

    corpo, avaliando se ocorrem oscilaes;

    Reflexo Crneo Palpao M. da Mastigao

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 30 -

    - Realizao da Prova de Romberg (doente de p, com os ps juntos e paralelos, bem como os

    olhos fechados);

    - Realizao da Prova dos Braos Estendidos (doente sentado, com as costas direitas, braos

    estendidos e paralelos com os dedos unidos, pedindo em seguida para fechar os olhos e avaliar

    se ocorre movimento);

    - Avaliao da Marcha, com os olhos vendados, em busca de desvios constantes;

    - Observar os olhos em busca de Nistagmo Vestibular (tremor do globo ocular rtmico e

    alternado com uma fase lenta e uma rpida).

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    IX e X Par Nervos Glossofarngeo e Pneumogstrico - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Questionar o doente no que respeita deglutio, nomeadamente avaliar se apresenta

    disfagia;

    - Avaliar tambm a voz do doente (voz anasalada, bitonal ou afonia);

    - Pedir ao doente para abrir bem a boca, baixando-lhe a lngua e avaliando a mobilidade do

    Vu do Palato (pedi ao doete paa eiti o foa e de odo pologado o so Aaaaah);

    - Em seguida, avaliar a mobilidade da vula (nas paralisias unilaterais, a vula desvia-se para o lado

    so);

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    XI Par Nervo Espinhal - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Pedir ao doente para se sentar e manter as costas direitas, colocando-se atrs deste;

    - Avaliar os Msculos Trapzios:

    - Observar as regies da nuca, espdua e supra-claviculares;

    - Colocar as mos nos ombros do doente, pedindo a este que os eleve/encolha de modo a vencer

    a resistncia.

    - Colocar-se agora de frente e de ambos os lados do doente;

    - Avaliar os Msculos Esternocleidomastoideus:

    - Observar os relevos destes msculos, de frente e de lado para o doente;

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 31 -

    - Indicar ao doente para virar a cabea para um dos lados e, apoiando a mo no queixo deste,

    pedir-lhe para contrair o movimento, avaliando a contraco muscular com a outra mo;

    - Repetir o procedimento, avaliando o msculo contralateral.

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    XII Par Nervo Grande Hipoglosso - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Pedir ao doente para permanecer com a cabea direita, abrir a boca e fazer a protuso da

    lngua, colocando-se frente deste;

    - Inspeccionar eventuais desvios, zonas de atrofia, enrugamentos ou fasciculaes;

    - Indicar ao doente para realizar movimentos voluntrios nas 4 direces principais e, em

    seguida, executar movimentos circulares;

    - Pedir, agora, para o doente empurrar a lngua contra cada uma das bochechas;

    - Indicar ao doente para simular a mastigao e a deglutio;

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    Avaliao dos Msculos Trapzios Avaliao dos Msculos Esternocleidomastoideu

    Avaliao do XII Par

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 32 -

    Exame Neurolgico Pesquisa dos S. Menngeos - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Indicar ao doente para se colocar em decbito dorsal;

    - Colocar a palma da mo sobre a regio occipital do doente e, avisando-o para no oferecer

    resistncia, mobilizar lateralmente e depois flecti-lo at encostar o queixo ao trax avaliando

    se h rigidez na nuca;

    - Verificar a ocorrncia de Sinal de Brudzinski (flexo involuntria dos joelhos ou anca aquando

    da flexo do pescoo);

    - Observar, agora, os membros inferiores;

    - Colocar uma mo sobre uma rtula do doente e outra sobre o calcneo homolateral,

    elevando o membro inferior em bloco, repetindo o procedimento para o membro

    contralateral;

    - Verificar a ocorrncia de Sinal de Kernig (flexo espontnea do joelho aquando da elevao em

    bloco);

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    Pesquisa de Sinais Menngeos

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 33 -

    Exame Neurolgico Pesquisa do Sinal de Lasgue - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Pedir ao doente para se colocar em decbito dorsal, com os membros superiores ao longo do

    corpo e os inferiores estendidos e juntos;

    - Segurando-o pelo calcneo, elevar o membro inferior a avaliar em bloco;

    - Verificar a ocorrncia de Sinal de Lasgue (despoletar de dor na regio lombar com irradiao

    para a face posterior da coxa) e o ngulo a que o mesmo ocorreu;

    - Repetir para o membro contralateral;

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    Pesquisa do Sinal de

    Lasgue

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 34 -

    Exame Neurolgico Funes Cerebelosas - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - De modo a pesquisar a Ataxia, realizar as seguintes manobras semiolgicas:

    - Prova do Dedo Indicador ao Nariz (o doente estende o brao e o 2 dedo, levando-o at

    ponta do nariz);

    - Prova do Calcanhar ao Joelho (o doente em decbito dorsal, leva o calcanhar ao joelho

    contralateral, fazendo-o deslizar pela face anterior da perna);

    - Teste de Romberg;

    - Avaliao da presena de Adiadococinsia pedi paa o doete faze ovietos oo se estivesse a afiar uma navalha de aa; - Avaliao da presena de Disartria Cerebelosa (fala entrecortada, com as slabas separadas e

    sons libertados explosivamente);

    - Avaliao da Marcha;

    - Avaliao da presena de Nistagmo.

    - Avaliao da possvel presena de Hipotonia (leses cerebelosas agudas, que so as menos

    frequentes);

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 35 -

    Exame Neurolgico Avaliao do Tnus Muscular - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Pedir ao doente para se despir nos segmentos corporais a avaliar;

    - Observar os segmentos a avaliar, comparando sempre com o membro contralateral

    correspondente;

    - Palpar os segmentos a avaliar, comparando sempre com o membro contralateral

    correspondente;

    - Pedir ao doente para realizar a mobilizao passiva dos segmentos a avaliar e verificar a

    presena de:

    - Hipertonia (espasticidade/sinal da navalha de mola; rigidez/sinal da roda dentada);

    - Hipotonia (resistncia aos deslocamentos diminuda e amplitude aumentada; leses do 2

    neurnio, das razes e cordes posteriores, coreia aguda e afeces agudas do cerebelo).

    - Tambm possvel testar a fora muscular pedindo ao doente para realizar mobilizao

    activa e mobilizao contra resistncia;

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 36 -

    Exame Neurolgico Avaliao dos Reflexos - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Pedir ao doente para despir os segmentos a avaliar e colocar-se numa posio cmoda e

    adequada, com o membro relaxado, colocando-se correctamente em relao a este;

    - Pesquisar os reflexos com uma pancada seca, brusca e de intensidade moderada,

    comparando sempre com o lado contralateral;

    - Avaliar o Reflexo Bicipital:

    - Antebrao a avaliar flectido em ngulo recto sobre o brao, abraando com a mo esquerda o

    cotovelo e o 1 dedo sobre o tendo do doente, percutindo-o.

    -Avaliar o Reflexo Tricipital:

    - Antebrao a avaliar em semiflexo e completamente relaxado, percutindo o tendo deste

    msculo.

    - Avaliar o Reflexo Radial:

    - Antebrao a avaliar flectido em ngulo recto sobre o brao e, sustendo-o com a mo esquerda

    em ligeira pronao, percutir a apfise estiloideia do rdio.

    -Avaliar o Reflexo Rotuliano:

    - Doente sentado com a perna e a coxa a fazerem um ngulo ligeiramente obtuso, percutindo o

    tendo deste msculo.

    -Avaliar o Reflexo Aquiliano:

    - Doente deitado, cruzando-lhe as pernas e, segurando o p pela ponta, percutir o tendo de

    Aquiles;

    - Doente ajoelhado numa cadeira, de costas para ns e com os ps livres, percutir o tendo de

    Aquiles.

    - Avaliar o Reflexo Abdominal:

    - Riscar a regio abdominal com um objecto de ponta romba de dentro para fora ou de fora

    para dentro, em busca de desvio do umbigo para o lado estimulado.

    - Avaliar o Reflexo Cresmateriano:

    - Doente deitado, passando um objecto de ponta romba na face interna da coxa, de cima para

    baixo, de modo a observar a ascenso do testculo.

    - Avaliar o Reflexo Plantar:

    - Doente deitado, passando um objecto de ponta romba do calcanhar para os dedos, desde o

    bordo externo do p at ao 1 dedo, verificando a flexo de todos os dedos do p.

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 37 -

    -

    - Tambm se deve pesquisar alguns Reflexos Patolgicos;

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    Reflexo Bicipital Reflexo Tricipital Reflexo Radial

    Reflexo Rotuliano Reflexo Aquiliano Reflexo Abdominal

    Reflexo Plantar

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 38 -

    Estudo da Marcha

    - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Reconhecer e avaliar aa fases da Marcha (fase de apoio 60% e fase de balano 40%);

    - Avaliar as possveis causas das alteraes e reconhecer patologias osteomusculares;

    - Avaliar se existe relao com uma possvel patologia neurolgica que condiciona padres de

    marcha tpicos:

    - Marcha Partica com steppage (o p est pendente e o doente flecte muito a coxa, levantando

    muito o joelho; Leses do 2 neurnio, Polinevrites, Poliomielites ou paralisia do Citico Popliteu

    Externo);

    - Marcha Partica Espstica (membros inferiores em extenso forada por hipertonia,

    arrastando os ps ora o de um lado ora o do outro; Leses do 1 neurnio bilaterais da via

    piramidal);

    - Marcha Hemiplgica (a perna paralisada est em extenso por e faz movimentos de

    circundao como o brao faz ao ceifar, com a ponta do p sempre a apontar para o cho;

    Espasticidade dos msculos extensores do membro inferior);

    - Marcha Atxica Espinal ou Tabtica (o p levanta demais, atirado para o solo, o tronco

    inclina-se lateralmente e o braos tentam equilibrar; resulta na incapacidade de graduar a

    fora, regular as sinergias musculares e a sucesso dos movimentos por leses dos

    cordes/razes posteriores da medula);

    - Marcha Atxica Cerebelosa (insegura, oscilante, com hesitaes frequentes, paragens, desvios,

    caminhando com as pernas afastadas, joelhos muito levantados e assentando o p com muita

    foa; aha de io; - Marcha Vestibular (desvios constantes exacerbados com o fechar dos olhos do doente);

    - Marcha Mioptica (por fraqueza muscular, levantam a bacia de um lado e de outro; aha de pato; levantam-se do cho de modo especial, colocando as mos nos joelhos e progressivamente nas coxas at se levantarem);

    - Marcha Parkinsnica (movimentos emperrados devido a rigidez, vagarosos, passos curtos e

    com o tronco inclinado para a frente sem o deambular dos braos);

    - Marcha de Pequenos Passos (anda devagar, levanta pouco os ps, passos pequenos e rpidos,

    parecendo que as pernas esto tavadas; uase patogoia de ateosleose eeal. - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 39 -

    Exame Osteoarticular Coluna Vertebral - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Inspeccionar as curvaturas fisiolgicas da coluna vertebral;

    - Palpao sistemtica das apfises espinhosas (C7 mais proeminente, T3 unio das espinhas da omoplata, T7 unio dos ngulos da omoplata, L4 unio das cristas ilacas);

    - Mobilizao activa e passiva da coluna cervical e lombar:

    - Movimentos de flexo, extenso, rotaes ou flexo lateral;

    - Teste de Adams (flexo do tronco a tentar tocar com as mos no cho, onde se pode distinguir

    uma verdadeira escoliose de uma atitude escolitica);

    - Teste de Schber (avaliar a flexo da coluna lombo-sagrada, marcando um ponto em L4 e

    outro 10 cm acima; em seguida, realizar a flexo extrema da coluna lombar, devendo a

    diferena ser superior a 5 cm da distncia inicial; tpico de espondilite anquilosante);

    - Manobra de Spurling (doente sentado, colocando-se atrs deste e realizando compresso axial

    sobre o topo da cabea e flexo lateral; tpico de cervicobraquialgia);

    - Medir correctamente o permetro torcico (plano horizontal acima dos mamilos, com uma

    diferena de 8-10 cm entre inspirao e expirao).

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    Teste de Adams Teste de Schber

    Manobra de Spurling

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 40 -

    Exame Osteoarticular Articulao do Ombro - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Inspeccionar e palpar de modo a avaliar a normalidade das referncias anatmicas;

    - Realizar as seguintes manobras semiolgicas:

    - Mobilizao activa e passiva;

    - Arco Doloroso de Abduo (limitao at aos 90 sugere patologia da coifa enquanto que nos

    ltimos graus sugere patologia acromioclavicular);

    - Manobra de Jobe (avalia o supra-espinhoso; partindo da posio de abduo a 60 e flexo a

    30, com o 1 dedo virado para baixo, realizar abduo contra resistncia verificando se causa

    dor);

    - Manobra de Palm Up (avalia a longa poro do bicpite; com o antebrao em extenso e

    supinao, fazer a flexo do antebrao contra resistncia).

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    Arco Doloroso de Abduo Manobra de Jobe

    Manobra de Palm Up

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 41 -

    Exame Osteoarticular Articulao do Cotovelo - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Inspeccionar de modo a avaliar a normalidade das referncias anatmicas (identificar bursite

    olecraniana, por exemplo);

    - Palpar, com o cotovelo em flexo a 60, de modo a avaliar a normalidade das referncias

    anatmicas (olecrnio, epitrclea ou epicndilo);

    - Realizar as seguintes manobras semiolgicas:

    - Mobilizao activa e passiva;

    - Avaliar a existncia de Epicondilite (cotovelo de tenista; dor aquando da extenso do punho

    contra resistncia);

    - Avaliar a existncia de Epitrocleite (cotovelo de golfista; dor aquando da flexo do punho

    contra resistncia).

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 42 -

    Exame Osteoarticular Articulaes do Punho e Mo - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Inspeccionar de modo a avaliar a normalidade das referncias anatmicas (desvios sseos,

    alteraes das articulaes ou atrofias musculares);

    - Palpar as principais estruturas, nomeadamente as diversas articulaes do punho e mo

    (ndulos duros nas articulaes interfalngicas proximais Ndulos de Bouchard e distais Ndulos de Heberden);

    - Realizar as seguintes manobras semiolgicas:

    - Mobilizao activa e passiva;

    - Manobra de Phalen (hiperflexo ou hiperextenso do punho mantidas por 1 minuto);

    - Sinal de Tinel (formigueiro na superfcie inervada pelo Nervo Mediano aquando da realizao

    da Manobra de Phalen);

    - Manobra de Finkelstein (o doente coloca o 1 dedo no meio dos outros, com a mo fechada, e

    feita a aduo forada do punho; na tenossinovite de De Quervain provoca dor ao longo do

    bordo radial do antebrao e mo).

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    Formigueiro no Sinal de Tinel

    Manobra de Phalen Manobra de Finkelstein

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 43 -

    Exame Osteoarticular Articulaes Coxofemoral e Sacroilacas - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Inspeccionar de modo a avaliar a normalidade das referncias anatmicas;

    - Palpar as principais estruturas, avaliando a normalidade das mesmas e se despoletam dor

    (grande trocnter grande trocanterite; tuberosidade isquitica bursite isquitica; regio inguinal bursite ileopectnea);

    - Realizar as seguintes manobras semiolgicas:

    - Mobilizao activa e passiva;

    - Manobra de Wolkmann (bscula da bacia pressionando as cristas ilacas para trs e para fora

    em busca de despoletar dor);

    - Manobra de Faber (doente em decbito dorsal, com o joelho e coxofemoral flectidos a 90 e

    rotao externa da coxa, com o p em cima do joelho contralateral; aplicar presso na crista

    ilaca contralateral e forar a rotao externa homolateral em busca de despoletar dor);

    - Sinal de Lsegue;

    - Pedir ao doente para atar os sapatos ou cruzar as pernas (avaliao activa da articulao

    coxofemoral);

    - Teste de Thomas (hiperflexo da coxa sobre o tronco, mantendo a perna contralateral em

    extenso; positividade sugestiva de contracturas de flexo).

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    Manobra de Wolkmann Manobra de Faber

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 44 -

    Exame Osteoarticular Articulao do Joelho - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Inspeccionar em ortostatismo de modo a avaliar a normalidade das referncias anatmicas;

    - Palpar as principais estruturas, avaliando a normalidade das mesmas (bolsas anserina, pr-

    patelar, infra-patelar superficial e profunda, os tendes rotulianos e quadricipital ou o quisto de Baker);

    - Realizar as seguintes manobras semiolgicas:

    - Mobilizao activa e passiva;

    - Sinal do Choque de Rtula (com uma mo deve-se comprimir a bolsa subquadricipital e com o

    2 dedo da outra mo efectuar uma presso seca na rtula, sentindo-se o choque na regio

    femoral aquando de derrame intra-articular);

    - Sinal do Stress em Varo e em Valgo (coxa a 90, com uma mo no joelho e a outra no

    tornozelo homolateral, realizando a rotao em sentidos opostos; avaliar os tendes laterais);

    - Teste da Gaveta (doente em decbito dorsal e com os joelhos flectidos, sentar-se em cima do

    p do doente, puxando e empurrando a articulao com as mos);

    - Manobra de McMurray (doente com o joelho e coxofemoral em flexo, realizar-se movimento

    de rotao da perna acompanhado de extenso do joelho, procurando o despoletar de dor e um

    ressalto grosseiro na articulao devido a leso do menisco contralateral);

    - Manobra de Apley (doente em decbito ventral e com o joelho em flexo a 90, aplica-se

    presso no p e movimentos rotatrios que poder despertar dor em caso de leso meniscal).

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    Sinal do Choque da Rotula Joelhos Varo e Valgo Teste da Gaveta

    Manobra de McMurray Manobra de Apley

  • Observao, Palpao, Percusso e Auscultao!

    - 45 -

    Exame Osteoarticular Articulaes do P - Apresentao ao doente e explicar o procedimento;

    - Inspeccionar em ortostatismo de modo a avaliar a normalidade das referncias anatmicas e

    da esttica do p;

    - Palpar as principais estruturas, avaliando a normalidade das mesmas (edemas ou tumefaces

    dos trajectos tendinosos);

    - Realizar as seguintes manobras semiolgicas:

    - Mobilizao activa e passiva;

    - Sinal de Tinel (avaliar atrs do malolo interno, ao nvel do canal trsico; pode sugerir

    tendinite aquiliana por espondilartropatia seronegativa);

    - Identificar Fascete Plantar (dor palpao na insero aquiliana ou da aponevrose plantar).

    - Informar o doente que o procedimento terminou e trocar impresses com este, despedindo-

    se cordialmente.

    Sinal de Tinel