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COGNITIVISMO Profª Alessandra Scherer, Msc.

Psicologia Cognitiva

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Explicação sobre o que é Cognitivismo.

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Page 1: Psicologia Cognitiva

COGNITIVISMO

Profª Alessandra Scherer, Msc.

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CONSCIÊNCIA COMO PONTO DE PARTIDA DA INVESTIGAÇÃO PSICOLÓGICA

MENTE eCONSCIÊNC

IA

X COMPORTAMENTO/ INCONSCIENTE

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Teoria da informação, cibernética, linguística, neurociências...

Visão pós-moderna de ciência

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MovimentoDoutrinário “Metateoria” quedefende que através

de observações empíricas

podemos inferirconstructos teóricosinobserváveis

Área de pesquisa: Ciência Cognitiva

Estudo do processamento humano de informações(memória, linguagem, percepção, pensamento, inteligência)

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“ A Psicologia Cognitiva, enquanto área de pesquisa, pode se definir como o estudo de como os seres humanos percebem, processam, codificam, estocam, recuperam e utilizam informação. É o estudo do processamento humano de informações. Enquanto movimento doutrinário na Psicologia, o Cognitivismo foi definido por Penna(1984) como sendo marcado por cinco características principais. A primeira é a centralidade do conceito de regra para explicar o processamento cognitivo e o comportamento. A segunda, o comprometimento com uma visão construtivista dos processos cognitivos. A terceira, pela concepção do comportamento humano como orientado a metas. A quarta, a imagem de um sujeito ativo, e não reativo como o da tradição positivista. Por fim, a quinta seria a recuperação do conceito de consciência na Psicologia”.

(Castañon, 2007)

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Precursores do Cognitivismo na Psicologia:

Estruturalismo - introspecção para estudar a consciência – tentativa mal sucedida científicamente

Hermann Ebbinghaus – primeiro estudo experimental válido de processos superiores de pensamento: memória

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Precursores do Cognitivismo na Psicologia:

Psicologia da Gestalt – A percepção “requer conhecimento prévio e obedece a leis internas muito básicas, sendo acima de tudo, uma atividade ativa e interpretativa de captação de tonalidades, as gestalts”. (Castañon, 2007)

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Precursores do Cognitivismo na Psicologia:

Jean Piaget Teoria Epistemologia Genética é a mais conhecida

concepção construtivista da formação da inteligência.

Como o indivíduo, desde o seu nascimento, constrói o conhecimento.

O indivíduo deve atuar como sujeito de seu conhecimento.

O desenvolvimento cognitivo se organiza em uma série de estágios.

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Influências antecedentes vindas da Psicologia Norte-americana

Edward Tolman – “Behaviorista intensional”

Conceito de variável interveniente – o que ocorria dentro do organismo não observável diretamente, mas inferível pelas alterações que provocavam no comportamento manifesto

Experimento com ratos em labirinto –

descoberta da presença de um “mapa cognitivo”

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(...) esse reconhecimento por parte de um declarado behaviorista de que mesmo em ratos o aprendizado só pode ser entendido ao se enfocar processos e estruturas internas ao invés de reações motoras condicionadas foi um grande passo em direção à futura Psicologia Cognitiva”.

(Eysenck e Keane, 1994)

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Recusa sistemática da Psicologia de antes dos anos 60 em utilizar o método científico para investigar os fenômenos legitimamente psicológicos

“Enquanto o Behaviorismo considerava a mente, no mínimo uma entidade dispensável metodologicamente, e, no máximo, um mito protocientífico, o interesse de seres humanos pelo estudo científico da mente obviamente não diminuiu” (Castañon, 2007)

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Avanços científicos

Surgimento da corrente filosófica conhecida como

Racionalismo Crítico – Karl Popper

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RACIONALISMO CRÍTICO – Karl Popper

Método hipotético-dedutivo

É impossível estudar com o modelo experimental positivista, indutivamente um objeto não observável diretamente.

Só a razão é capaz de levar ao conhecimento verdadeiro

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Todo homem é mortal (premissa maior)

João é homem (premissa menor) Logo, João é mortal (conclusão)

suposição inicial e, por aproximações sucessivas, chega à conclusão se o suposto era verdadeiro ou não.

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Construção de conjecturas (hipóteses) que devem ser submetidas a testes e ao confronto com os fatos, para verificar quais são as hipóteses que persistem como válidas resistindo as tentativas de falseamento, sem o que seriam refutadas. É um método de tentativas e eliminação de erros, que não leva à certeza, pois o conhecimento absolutamente certo e demonstrável não é alcançado.

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“Uma vez que a Psicologia Cognitiva pressupõe que os modelos para os quais ela está construindo modelos ideais ou as estruturas que ela está procurando descrever têm existência real na mente de outros sujeitos, ela pressupõe o realismo. As representações, os processos e - as cognições – existem na mente de sujeitos que fazem parte de um mundo real e objetivo. E embora as teorias que temos delas, os modelos, sejam somente construções nossas que se aproximam da realidade, elas são construídas em interação com o real”.

(Castañon, 2007)

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“A razão básica para estudar processos cognitivos se tornou tão clara quanto a razão para estudar qualquer outra coisa: por que eles estão aí (...)”.

(Neisser, 1967)

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Objeto de estudo da Psicologia cognitiva

“Atividade cognitiva humana deve ser descrita em termos de símbolos, esquemas, imagens, idéias e outras formas de representação mental”.

(Gardner, 1996)

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INATISTA E CONSTRUTUTIVISTA

“É consenso hoje que o cognitivismo como movimento é tanto inatista, em relação à existência de algumas potencialidades inatas que só aguardam maturação biológica e oportunidade contextual para emergência da estrutura), quanto construtivista, visto que considera que é a partir dessa estruturação mental prévia que organizamos o material dos sentidos e criamos estruturas mais elaboradas toda vez que a anterior não é suficiente para integrar coerentemente os dados”. (Castañon, 2007)

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Ambientalismo empirista“Para o empirismo, que defende aquilo a que o construtivismo se refere geralmente como objetivismo, a origem do conhecimento

estaria na realidade externa”. (Castañon, 2007)

Inatismo racionalista“Para o Racionalismo, o conhecimento é inato e sua evolução seria

apenas atualização de estruturas pré-formadas”.(Castañon, 2007)

3ª alternativa a este problema milenar:

CONSTRUTIVISMOCONSTRUTIVISMO““É o sujeito que, ativo e a partir da ação, constrói É o sujeito que, ativo e a partir da ação, constrói suas representações de mundo interagindo com o suas representações de mundo interagindo com o

objeto do conhecimento”.objeto do conhecimento”.

(Castañon, 2007)(Castañon, 2007)

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Verbo construir (struere) = organizar, dar estrutura.

O sujeito constrói suas representações de mundo, e não recebe passivamente impressões causadas pelos objetos.

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Existem formas e categorias, a priori, inatas e uma função ativa e criativa da razão.

“O sujeito para o construtivismo é proativo, é foco de atividade do universo, e não um aglomerado de células que recebe passivamente estímulos do ambiente, sendo motivadas por estes”.

(Castañon, 2007)

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“(...) somos ativos quando interpretamos a experiência para assimilá-la aos nossos esquemas e teorias, e somos ativos quando mudamos nossos esquemas e teorias de forma a acomodarem-se à realidade(...) O mundo vai moldando nossos esquemas quando os desmente, exigindo uma nova acomodação”.

(Piaget, 1979)

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“ Nosso conhecimento pode ser em parte, ou na maior parte, construído; contudo, isto implica potencial genético para tal, afinal de contas outras espécies não conseguem estruturas nem próximas da sofisticação humana”.

(Castañon, 2007)