22
1 1º Ano, Design de Comunicação 1º Ano, Imagem Animada © 2014 José Farinha, ESEC da UAlg psicologia da percepção visual As ilusões visuais Estudo das ilusões visuais (cont.) Ilusões de luminosidade e contraste; Ilusões de cor; Ilusões de movimento nov-14 2 Ilusões de luminosidade e contraste Grelha de Hermann e Grelha Cintilante Grelha de Hermann

psicologiada percepçãovisualw3.ualg.pt/~jfarinha/activ_docente/ppv/projeccoes/8.2...3 nov-14 5 Questão : Porque não vemos as manchas escuras quando tentamos fixar nelas o olhar?

Embed Size (px)

Citation preview

1

1º Ano, Design de Comunicação1º Ano, Imagem Animada

© 2014 José Farinha, ESEC da UAlg

psicologia da percepção visual

As ilusões visuais

– Estudo das ilusões visuais (cont.)

� Ilusões de luminosidade e contraste;

� Ilusões de cor;

� Ilusões de movimento

nov-14 2

Ilusões de luminosidade e contraste

� Grelha de Hermann e Grelha Cintilante

Grelha de Hermann

2

nov-14 3

Grelha cintilante

nov-14 4

– Explicação clássica: - Günter BAUMGARTNER (1960) envolvendo os conceitos de campo receptivo e inibição lateral

3

nov-14 5

Questão: Porque não vemos as manchas escuras quando tentamos fixar nelas o olhar?

nov-14 6

– Crítica de Janos GEIER

� A ilusão não se verifica em grelhas diferentes da grelha de Hermann, mas que contudo mantêm as mesmas propriedades estruturais;

� O nosso cérebro, ao nível do córtex visual, desfaz a codificação retiniana através de um processo de integração espacial de forma a se aproximar de uma percepção verídica da luminosidade.

4

nov-14 7

nov-14 8

5

nov-14 9

nov-14 10

� Conclusões de GEIER

1. A causa principal da ilusão da Grelha de Hermann é carácter rectilíneo dos limites entre o preto e o branco (efeito ténue na grelha semimodular);

2. A largura das linhas branca não tem qualquer papel significativo na ilusão.

6

nov-14 11

– Crítica do Schiller Lab (MIT)

� Argumentos

1. A largura das linhas da grelha é irrelevante

nov-14 12

2. O efeito pode ser obtido com uma inversão do contraste.

7

nov-14 13

3. O efeito desaparece em grelhas diferentes mas que contudo mantêm as características estruturais que afectam a presumida relação entre o estímulo e os campos receptivos.

nov-14 14

4. O alinhamento dos elementos especificamente orientados é importante.

8

nov-14 15

5. o efeito não é amplificado quando aumentamos o hipotético antagonismo inibitório entre os receptores centrais e os receptores envolventes do campo receptivo.

nov-14 16

6. A diferença de contraste das linhas pode acentuar a ilusão, mas só quando as linhas com menor contraste estão por cima das linhas com maior contraste.

9

nov-14 17

7. A cor das manchas ilusórias é definida pela cor das linhas que aparecem em primeiro plano.

nov-14 18

8. Os mecanismos de descarga assim como a distribuição das células ganglionares retinianas, e ainda o arranjo espacial dos campos receptivos, não são aqueles assumidos pela teoria de Baumgartner.

� Conclusões– A ilusão ocorre numa gama vasta de larguras das barras claras;

– A ilusão é reduzida pelo uso de barras curvilíneas e descontínuas;

– O uso de configurações que aumentam o antagonismo células centrais/células envolventes faz diminuir o efeito;

– O efeito é aumentado com barras de luminosidades diferentes, mas só quando as barras menos contrastantes ficam em primeiro plano;

– O arranjo espacial real das células ganglionares retinianas e dos campos receptivos não está de acordo com o defendido pela teoria de Baumgartner;

10

nov-14 19

� Teoria da Célula Simples S1. Esta teoria sugere um papel desempenhado pelos neurónios do córtex visual (células simples s1) especializados na detecção da orientação ao nível da zona v1.

nov-14 20

� Anel de Whertheimer-Kofka

Versão animada

11

nov-14 21

– Mecanismos perceptivos na base da ilusão:

� 2 níveis:

1. Mecanismos de baixo nível - inibição lateral: -dependem da interacção entre as células fotoreceptoras da retina;

2. Mecanismos cognitivos de alto nível de tipo gestáltico: - mecanismos mais elevados a nível cerebral de tipo integrativo, que fazem com que, quando vemos o anel como um objecto completo, percepcionamos o anel como uma entidade única, toda da mesma cor.

nov-14 22

� Ilusão do Tabuleiro de Xadrez de Adelson

12

nov-14 23

– Mecanismos perceptivos na base da ilusão:

� 2 níveis:

1. Mecanismos de baixo nível - inibição lateral: - dependem da interacção entre as células fotoreceptoras da retina;

2. Mecanismos (estratégias) cognitivos de alto nível:

A. contraste local: - a percepção das tonalidades de cinzento é exagerada de forma a acentuar os contrastes;

B. natureza das mudanças de tonalidade: - as sombras têm limites suaves e mal definidos, superfícies pintadas (como as quadrículas) têm limites bem definidos. O nosso sistema visual ignora as mudanças graduais de nível de luminosidade para que possa determinar a cor das superfícies sem ser enganado pelas sombras nelas projectadas .

nov-14 24

Ilusões de cor

� Efeito de Troxler

13

nov-14 25

nov-14 26

– Mecanismos perceptivos na base da ilusão

� Factores ligados à adaptação de das células no sistema visual (fotoreceptoras e condutoras).

14

nov-14 27

� Ilusão do “Papa-lilás”

nov-14 28

15

nov-14 29

– Mecanismos perceptivos na base da ilusão

� Acção combinada de 3 tipos de efeitos:1. Movimento φ (fi): - percepção ilusória de movimento sem

uma forma definida;

2. Imagem consecutiva negativa consequência simples da adaptação dos bastonetes e dos cones da retina;

3. Efeito de Troxler resultante do esgotamento dos neurónios fotoreceptores e condutores.

nov-14 30

� Ilusão da Difusão da Luz de Néon

Dário DARIN, 1971, Univ. de Milão, Itália

16

nov-14 31

HarrieVAN TUIJL, 1975, Univ. de Nijmegen, Países Baixos

nov-14 32

Adaptação da Figura de Ehrenstein

17

nov-14 33

Segmentos acromáticos embutidos em grelhas cromáticas, a figura ilusória fica tingida na cor complementar da cor das linhas externas.

nov-14 34

– Mecanismos perceptivos na base da ilusão

� Não existe ainda um consenso acerca dos mecanismos perceptivos subjacentes;

� Investigação tem-se centrado no estudo das condições em que o efeito ilusório pode ou não ser observado;

– A ilusão depende das linhas exteriores que funcionam como indutoras;

– A ilusão é mais poderosa quando os segmentos são contínuos, coolineares e de igual espessura;

– As linhas indutoras deverão ter uma tonalidade mais escura que as linhas do segmento colorido.

18

nov-14 35

Ilusões de movimento

� Ilusão de Pinna-Brelstaff

Versão animada

nov-14 36

� Mecanismos envolvidos

– Vários estudos sugerem que são as pistas ortogonais resultantes da polaridade dos quadrados que estão na base da ilusão;

– 2 tipos de factores:

1. A interacção entre os detectores de movimento e orientação que é provocada pelo perfil de iluminação dos elementos dos anéis;

2. Um efeito gestáltico secundário que provoca uma percepção global de rotação do anel.

19

nov-14 37

nov-14 38

20

nov-14 39

nov-14 40

� Ilusão da queda de água

– efeito consecutivo de movimento - modificação da percepção do movimento após a observação prolongada de um estímulo que se move de forma regular.

Versão animada

21

nov-14 41

– Mecanismo explicativo

� Adaptação dos neurónios do córtex visual que respondem selectivamente ao movimento:

– neurónios têm uma actividade espontânea;

– exposição a um objecto que se move sistematicamente na mesma direcção destrói este equilíbrio;

– neurónios sintonizados para a direcção oposta tentam repor equilíbrio, num processo de calibração activa, conduzindo assim à ilusão.

nov-14 42

� Ilusão Enigma de Isia Leviant

22

nov-14 43

nov-14 44

– Mecanismo explicativo

� Não existe ainda consenso…

� Papel dos elementos radiais - quando são retirados da imagem o efeito desaparece;

� O efeito Enigma pode ser mediado por neurónios corticais que respondem a figuras tipo “T”

� O efeito desaparece se:

– as linhas radiais forem inclinadas em direcções opostas de forma a anular a sua posição ortogonal face aos anéis;

– as linhas radiais negras forem substituídas por linhas tracejadas.