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A orientação e suas alterações ORIENTAÇÃO Capacidade de situar-se quanto a si mesmo e quando ao ambiente. Requer a integração das capacidades de atenção, percepção e memória. Vulnerável aos efeitos da disfunção ou dano cerebral. A semiologia da orientação é instrumento valioso para verificar as perturbações dos níveis de consciência. Orientação autopsíquica ◦ Em relação a si mesmo: idade, profissão, estado civil... Orientação alopsíquica Capacidade de se orientar em relação ao mundo Espacial: local onde está, nome e tipo de local; distâncias Temporal: adquirida mais tardiamente - momento cronológico, dia, turno, mês, ano; continuidade temporal (duração) ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO As alterações geralmente seguem a ordem: Tempo, Espaço e Autopsíquica Redução do nível de consciência Déficit de memória Apática ou Abúlica (diminuição ou ausência de vontade) Delirante Déficit intelectual Dissociação

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A orientação e suas alterações

ORIENTAÇÃO

Capacidade de situar-se quanto a si mesmo e quando ao ambiente.

Requer a integração das capacidades de atenção, percepção e memória.

Vulnerável aos efeitos da disfunção ou dano cerebral.

A semiologia da orientação é instrumento valioso para verificar as perturbações

dos níveis de consciência.

Orientação autopsíquica

◦ Em relação a si mesmo: idade, profissão, estado civil...

Orientação alopsíquica

Capacidade de se orientar em relação ao mundo

Espacial: local onde está, nome e tipo de local; distâncias

Temporal: adquirida mais tardiamente - momento cronológico, dia, turno, mês, ano;

continuidade temporal (duração)

ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO

As alterações geralmente seguem a ordem: Tempo, Espaço e Autopsíquica

Redução do nível de consciência

Déficit de memória

Apática ou Abúlica (diminuição ou ausência de vontade)

Delirante

Déficit intelectual

Dissociação

Desagregação

Quanto a própria idade

Redução do nível de consciência

Diminui a capacidade de percepção e retenção dos estímulos ambientais

Alteração da atenção e da concentração, da capacidade de percepção e

retenção dos estímulos ambientais

A forma mais comum de desorientação

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Déficit de Memória (desorientação amnética)

Não consegue reter as informações

Perde a noção do fluxo do tempo;

Do deslocamento no espaço

Se assemelha à desorientação demencial – déficit de reconhecimento ambiental

(agnosias)

Apática ou abúlica

Ocorre por apatia e desinteresse profundos

Alteração de humor: falta de motivação e interesse

Não investe energia no mundo

Não se atém aos estímulos ambientais

Desorientação delirante

Idéias de que estão habitando o lugar e tempo de seus delírios.

Dupla orientação: ao mesmo tempo falsa (cercado por demônios no inferno) e real

(reconhece que está na enfermaria).

Desorientação por déficit intelectual

Incapacidade de compreender o ambiente e reconhecer as convenções sociais

(horários, calendários)

Desorientação por dissociação

Quadros histéricos com alteração da identidade pessoal (possessão histérica)

Alteração da consciência (estado crepuscular)

Desorientação por desagregação

Comum em pacientes psicóticos, por desagregação profunda do pensamento

Atividade mental desorganizada impendido a orientação em relação ao ambiente e

a si mesmo.

Desorientação quanto a própria idade

Discrepância de 5 ou mais anos.

Descrita em pacientes esquizofrênicos e é indicativo de déficit cognitivo.

SENSOPERCEPÇÃO E SUAS ALTERAÇÕES

Page 3: Psicopatologia I Estudo para prova

SENSOPERCEPÇÃO

Sensação – dimensão neuronal

Fenômeno gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos originados dentro

ou fora do organismo, os quais produzem alterações nos órgãos receptores,

estimulando-os.

Percepção: dimensão psicológica

Tomada de consciência do estimulo sensorial.

CONCEITOS DE IMAGEM

Imagem perceptiva real

Nitidez, corporeidade, estabilidade (fixo), extrojeção, ininfluencibilidade voluntária,

completitude

Representação – imagem mnêmica

Revivência de uma imagem sensorial determinada, sem que esteja presente o

objeto original que a produziu.

Pouca nitidez e corporeidade, instabilidade, introjeção, incompletude

IMAGINAÇÃO

Atividade psíquica, geralmente voluntária, que consiste na evocação de imagens

do passado ou novas, geralmente na ausência de estímulos.

Fantasia: produção imaginativa

Importante na criatividade (artistas, escritores, etc).

Ajuda a lidar com conflitos e frustações

ALTERAÇÃO DA SENSOPERCEPÇÃO

Quantitativas

Hiperestesias: aumento na intensidade e duração.

Intoxicações alucinógenos e LSD.

Hipoestesia:

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Táteis : localizadas e decorrentes de lesões neurólógicas (hipoestesias em faixa;

“em bota”; “em luva”)

Anestesias táteis : perda total da sensação em determinada área da pele

Parestesias : formigamentos, adormecimentos, agulhadas ou queimação – não

necessariamente patológica

Disestesias : sensação anômala, dolorosa, por estímulo externo (quando o estímulo

é de calor a sensação é de frio)

Quando não correspondem às enervações anatômicas, geralmente, são psicogênicas

(transtornos histéricos, quadros depressivos)

Qualitativas

Ilusão : percepção deformada de um objeto real.

Alucinação : percepção de um objeto ausente.

Alucinose : alucinação percebida como estranha ao indivíduo.

Pseudo-alucinação : parece alucinação, mas não tem aspectos vívidos e corpóreos

de uma imagem real, tem características de imagem representativa.

ILUSÃO

Na ilusão, há sempre um objeto externo real, gerador do processo de

sensopercepção deformada, adulterada.

Rebaixamento de consciência: percepção imprecisa por turvação da consciência.

Fadiga grave: ilusões transitórias.

Estados afetivos: ilusões catatímicas.

Tipos:

• Visuais : móveis, roupas, objetos ou figuras percebidas como monstros, animais e

etc.

• Auditivas : estímulos sonoros inespecíficos percebidos como chamamentos ou

palavras significativas

ALUCINAÇÃO

Page 5: Psicopatologia I Estudo para prova

Alucinação é a percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem)

sem a presença do objeto estimulante real.

Transtornos mentais graves.

Em indivíduos sem transtornos em 4% a 5%.

o Desejo intenso de reencontrar um parente morto pode ocasionar

alucinações visuais ou auditivas.

TIPOS DE ALUCINAÇÃO

Auditivas : áudio-verbais, escuta vozes.

Visuais : visões nítidas

Táteis : espetadas, choques, insetos sobre a pele

Olfativas : odor de coisas podres, fezes, cadáveres

Gustativas : sabor ácido, de sangue, urina

Cenestésicas : cérebro encolhendo, fígado despedaçado - órgãos

Cinestésicas : sentir o corpo afundando, pernas encolhendo

Extracampinas : vê imagem às suas costas, atrás da parede, ver através do campo

de visão

Autoscópia : enxerga a si mesmo como se estivesse fora

Hipnagógica : acontecem na transição sono-vigília

Hipnopômpicas : acontecem ao despertar

ALUCINAÇÃO AUDITIVA

Simples

Ouvem ruídos primários – Tinnitus

Decorre de alteração do sistema auditivo, doenças cérebro-vasculares.

Audioverbais

Vozes de conteúdo depreciativo, ameaça, insulto, perseguição e de comando.

Sonorização do pensamento

Vivência de ouvir o próprio pensamento

Publicação do pensamento

Sensação de que outros ouvem o seu pensamento

Esquizofrenia

Page 6: Psicopatologia I Estudo para prova

Alucinações audioverbais com : nível de consciência normal, forte convicção, sem

crítica, na ausência de transtorno de humor.

Transtornos de humor

Na depressão - conteúdo negativo, de ruína ou culpa

Na Mania – conteúdo de grandeza ou místico-religioso

ALUCINAÇÃO VISUAL

Simples

Escotomas - pontos cegos ou manchas

Indicam transtornos oftalmológicos (doença da retina, do nervo óptico ou do humor

vítreo).

Complexas

Imagens de figuras, pessoas, animais, parte do corpo, entidades e etc.

Cenográficas – visões de cenas completas (quadro pegando fogo)

Lilipudianas – visões de personagens diminuídos

Na Esquizofrenia não é frequente.

Mais frequentes em quadros neurológicos.

Paciente idoso ou estado físico ruim, intoxicação, abstinência de álcool ou drogas ou

alteração motoras.

Investigar causa orgânica.

Doença de Parkinson com demência

Doença de Alzheimer

Intoxicação por alucinógenos

Delirium (nos alcoolistas)

ETIOLOGIA DAS ALUCINAÇÕES

Durante a alucinação, a área de Broca (produção da fala) é mais ativada e não a

de Wernicke (audição –entendimento da linguagem)

ALUCINOSE

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Eu acordei esta noite, e vi uma menina da minha classe sentada no CD-prateleira

sobre a minha cama. Ela estava olhando para mim, com uma câmera na minha frente.

Como se eu fosse algo espetacular, algo de incrivelmente repugnante, que precisa ser

fotografado milhares de vezes, e eu estava horrorizado com isso.

Fechei os olhos até. Eu sabia que era apenas na minha cabeça, mas ao mesmo

tempo, eu estava realmente com medo de que ela não teria ido quando eu abri-los

novamente, mas eu também estava pensando "E se ela não é só na minha cabeça? O

que ela está fazendo agora, então? ". Então, de alguma maneira eu consegui abrir meus

olhos novamente, e felizmente .. ela se foi.

A característica das alucinoses é serem imediatamente criticadas pelo sujeito,

reconhecendo seu caráter patológico (Henri Ey, 1900-1977).

Alucinose é um fenômeno periférico do EU enquanto a alucinação é central ao

EU.

Ocorre em quadros psico-orgânicos

Alucinose Visual

Intoxicação por substâncias alucinógenas (LSD, mescalina, ayahuasca).

Alucinose Pendular

Visual vívida e brilhante incluindo pessoas, animais e figuras geométricas.

Ocorre no final do dia, com obnubilação da consciência (sonhos vívidos)

Tumores do pendúnculo (lesões vasculares e neoplásicas no troco cerebral)

Alucinose Auditiva (Alucinose alcoólica)

Vozes na terceira pessoas (“olha como o João está sujo hoje”; “O Pedro é mesmo

um covarde”)

Preservação do nível de consciência, boa crítica em relação à vivência.

Diferente das alucinações e ilusões do delirium tremens.

PSEUDO-ALUCINAÇÃO

Parecida com a alucinação, mas não apresenta aspectos vivos e corpóreo de uma

imagem real.

A voz ou imagem visual percebida como pouco nítida e de contornos imprecisos.

A vivência é projetada no espaço interno.

Page 8: Psicopatologia I Estudo para prova

“Vozes que vem de dentro da cabeça, do interior do corpo”; “parece uma voz (ou

imagem)”

Estados afetivos intensos, fadiga, rebaixamento de consciência e em intoxicações.

A MEMÓRIA E AS SUAS ALTERAÇÕES

MEMÓRIA

Memória significa aquisição, formação, conservação e evocação de informações.

Aquisição = aprendizado

Só se grava aquilo que é aprendido

Evocação = recordação , lembrança, recuperação

Só lembramos aquilo que gravamos, aprendemos

“Somos aquilo que recordamos” (Norberto Bobbio)

“...e também somos o que resolvemos esquecer” (Iván Izquierdo, 2011)

Nossas memórias fazem com que cada ser humano ou animal seja um ser único,

um indivíduo. (Iván Izquierdo, 2011)

FASES DA MEMÓRIA

Registro

Percepção, gerenciamento e início da fixação

Fixação: Nível de consciência, atenção, sensopercepção, interesse (emocional),

conhecimento anterior, compreensão, repetições, número de canais

sensoperceptivos envolvidos.

Conservação

Retenção: repetição e cadeia mnêmica

Evocação

Lembranças, recordações ou recuperação

Priming: “dicas” - recordação a partir de fragmentos amplos

Esquecimento: normal, repressão e recalque

Lei de Ribot (1881)

Page 9: Psicopatologia I Estudo para prova

1.Perde na ordem inversa da aquisição;

2.Perde os mais complexos;

3.Perde os menos habituais e por último os familiares;

4.Perde os elementos mais neutros, depois os mais afetivos e por último os

comportamentos costumeiros

PROCESSO TEMPORAL DAS MEMÓRIAS

Memória Imediata ou Curtíssimo prazo

1 a 3 minutos

Acessa outras memórias e dá continuidade aos nossos atos.

Memória Recente ou Curto prazo

3 a 6 horas

Mantém informações e dá continuidade às atividades (leitura, conversa)

Memória Remota ou Longo prazo

Meses até muitos anos

TIPOS DE MEMÓRIA

MEMÓRIA DE TRABALHO

É breve e fugaz (1 a 3 min) e serve para “gerenciar a realidade”

Manter a informação que está sendo processada no momento.

Dá continuidade aos nossos atos. (saber aonde estamos e o que fizemos ou estávamos no

momento anterior).

O papel gerenciador: determina se a informação é nova ou não, útil ao organismo -

baseado em memórias pré-existentes.

1. Guardar o número de telefone para discar em seguida.

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2. Receber a informação de localização e executar o itinerário

3. Escrever a frase que acabou de ler.

4. Determinar se um inseto é ou não conhecido ou perigoso.

“Veja esta folha de papel em minha mão, pegue com a mão direita, dobre ao meio e

a coloque no chão”

“Repita números em sequência direta”

Normal – repete de 5 a 8 dígitos (8)

Limítrofe – repete 4 ou 5 ou menos

Alterado – repete 2 ou menos

• Semiologia: observa-se a habilidade em prestar atenção e se concentrar. E se

realiza tarefa de execução de várias etapas distintas em sequência após instrução.

Diagnóstico

Todas as condições que afetam as regiões pré-frontais

Demências vasculares e frontotemporal

Alzheimer, esclerose múltipla, traumatismo

Esquizofrenia, TDAH e TOC

Envelhecimento normal (alterações leves)

MEMÓRIA EPISÓDICA

Relacionada a eventos específicos da experiência pessoal, em um contexto determinado.

“Relate o que você fez na noite anterior”

Segue a lei de Ribot:

Perda de eventos autobiográficos recentes, com o evoluir da doença, pode incluir

elemento antigos.

Semiologia

Page 11: Psicopatologia I Estudo para prova

Incapacidade de reter informações e experiências recentes de maneira correta e

acurada.

Relato de cuidadores: a evolução temporal das falhas, pois o paciente não tem

crítica ou não se recorda.

Contar uma pequena história e, alguns minutos após, pedir que reconte.

Diagnóstico

Demências degenerativas (Alzheimer, Deterioração cognitiva leve- DCL,

frontotemporais) – perda lenta e progressiva.

Demências vasculares, esclerose múltipla – perdas em degraus.

Condições que lesem as regiões da face medialdos lobos temporais, hipocampo,

córtices entorrinal e perirrinal. (Wernicke-Korsakoff e Alzheimer)

MEMÓRIA SEMÂNTICA

Refere a aprendizado, conservação e utilização de conceitos e conhecimentos

factuais do indivíduo (cor do céu; Ipê Amarelo, Nuvem)

Registro e retenção de conteúdos em função do significado que têm (objetos, fatos,

operações matemáticas, palavras e seu uso)

Ela é componente da memória de longo prazo. – exemp. Lembrar de um passeio

com o filho na praia – memória episódica.

Conhecer o significado de: passeio, filho e praia – semântica

Semiologia

Dificuldade de nomear itens que conheciam (relógio, caneta, régua).

Dificuldade de geração de palavras (nomeie o maior número possível de animais).

Incapazes de dizer o nome de algo descrito ou descrever algo cujo nome lhes é

apresentado.

Empobrecimento marcante de conhecimentos gerais (citar times de futebol, saber quem é

o presidente, cor do papagaio)

Diagnóstico

Alzheimer é a mais frequente

Qualquer processo que atinja área temporais ínferolaterais.

Sub-formas de demência frontotemporal (tarefa de nomeação, compreensão de palavras

isoladas, empobrecimento dos conhecimentos)

MEMÓRIA PROCEDIMENTO

Page 12: Psicopatologia I Estudo para prova

Memória automática, geralmente não consciente e não pode ser expressa por

palavras. Exceto na fase de aquisição.

Habilidades motoras e perceptuais (andar de bicicleta, digitar no computador, tocar um

instrumento, bordar)

Habilidades visuoespaciais (soluções de labirintos e quebra-cabeça)

Habilidades para aprendizado de línguas (regras de gramática e conjugação de verbo

durante a fala automática)

Semiologia

Perda das habilidades novas e previamente apreendidas (motoras e visuoespaciais).

Eventualmente pode reaprender, mas precisará de ordens explícitas (verbais e

consciente) e pode nunca mais adquiri-las de forma automática.

Fase iniciais da doença de Parkinson e Coréia de Huntington (distúrbio neurológico

hereditário) - memória episódica normal, mas incapazes de aprender novas

habilidades (motoras, visuoespaciais e linguísticas)

Diagnóstico

Lesões em áreas envolvidas na capacidade motora suplementar (lobos temporais), os

gânglios da base e cerebelo.

Doença de Parkinson por causas vasculares, tumorais.

Doença de Alzheimer (perda da capacidade motora)

Coréia de Huntington (paralisia supranuclear progressiva e degeneração olivopontocerebelar).

ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA MEMÓRIA

Quantidade

Hipermnésias

Os elementos mnêmicos afluem rapidamente em quantidade e perdem em clareza

e precisão.

Amnésias: perda da capacidade de fixar ou evocar

Psicogênica: perda de elementos focais, com valor psicológico específico (simbólico,

afetivo)

Orgânica: menos seletiva e a perda segue a lei de Ribot (memórias imediatas, recente e

longa duração)

Anterógrada, retrógada e retroanterógradas (não consegue fixar elementos a partir da

causa, antes da causa e antes e depois)

Page 13: Psicopatologia I Estudo para prova

Qualidade

Existe um deformação no processo de evocação

Ilusões mnêmicas:

Acréscimo de elementos falsos a um único núcleo verdadeiro

“Tive centenas de filhos com a minha mulher”

Esquizofrenia, paranóia, histeria grave, transtornos de personalidade.

Alucinações mnêmicas:

Verdadeiras criações imaginativas com aparência de lembranças

Podem surgir de modo repentino, sem relação com acontecimentos

(As ilusões e alucinações mnêmicas são a base para a elaboração de delírios)

A AFETIVIDADE E AS SUAS ALTERAÇÕES

Afetividade

A vida afetiva é a dimensão psíquica que dá cor, brilho e calor a todas as

vivências humanas.

Afetividade é um termo genérico, que compreende várias modalidades de

vivências psíquicas: Humor; Emoções; Sentimentos; Afetos; Paixões...

HUMOR

Estado de ânimo definido como o tônus afetivo, o estado emocional basal e

difuso em que se encontra o indivíduo em um determinado momento

EMOÇÕES

A emoção é um estado afetivo intenso, de curta duração, originado geralmente

como a reação do indivíduo a certas excitações internas ou externas, conscientes

ou inconscientes

SENTIMENTOS

Os sentimentos são estados afetivos estáveis; em relação às emoções, são mais

atenuados em sua intensidade e menos reativos a estímulos passageiros.

Tristeza; Vergonha; Culpa; Inferioridade; Satisfação; Felicidade; Ódio; Amizade

Page 14: Psicopatologia I Estudo para prova

AFETO

Afeto é a qualidade e o tônus emocional que acompanha uma ideia ou

representação mental, dando a elas colorido.

Manifesta-se como um comportamento emocional de uma ideia.

PAIXÕES

A paixão é um estado afetivo extremamente intenso, que domina a atividade

psíquica como um todo. Direciona o interesse para um único objeto, inibindo os

demais.

REAÇÃO AFETIVA

A vida afetiva ocorre sempre em um contexto de relações do Eu com o mundo e

com as pessoas, variando conforme as circunstâncias.

Dimensões de Reação:

Sintonização afetiva – capacidade de ser afetado por estímulos externos de forma

congruente com a situação.

Irradiação afetiva – capacidade de transmitir, irradiar ou contaminar os outros

como o seu estado afetivo

ANSIEDADE.

É um estado de humor desconfortável, apreensão negativa em relação ao futuro,

inquietação interna desagradável.

Manifestações somáticas: dispneia, taquicardia, vasoconstrição ou dilatação,

tensão muscular, parestesias, tremores, sudorese e tonturas.

Manifestações psíquicas: inquietação interna, apreensão e desconforto mental.

Ansiedade: explicações teóricas

Psicanalítica

Ansiedade depressiva: vivência de perda de objetos bons (internos ou externos;

internalizados ou reais). Teme que sejam destruídos juntamente com seu próprio

Eu.

Ansiedade persecutória: temor de retaliação contra os ataques imaginários que o

sujeito (na fantasia) perpetrou contra seus objetos internos.

Page 15: Psicopatologia I Estudo para prova

Comportamental

Ansiedade de desempenho: temores em relação a execução de uma tarefa e a

possibilidade de ser avaliado criticamente por pessoas significativas.

Ansiedade antecipatória: estresse experimentado na imaginação antes que a

situação aconteça.

ANGUSTIA

A angustia relaciona-se diretamente com a sensação de aperto no peito e

garganta, de compressão e sufocamento.

Conotação corporal relacionada ao passado (≠ ansiedade).

Do ponto de vista existencial, define a condição humana; é uma vivência mais

“pesada”.

Angustia: explicações teóricas

Psicanalítica

Angustia de castração: medo de perder algo importante do ponto de vista

narcísico.

Angustia de morte: sensação intensa diante do perigo (real ou fantasia) de morte

ou aniquilamento do corpo ou do Ego.

Existencial

Angustia existencial: tensão permanente entre o indivíduo, suas idiossincrasias e

os outros homens (não é apenas um sintoma psicopatológico, mas um estado

anímico do ser humano). É a angustia de estar-no-mundo, estar-com-o-outro,

ser-para-a-morte (Heidegger) e condenado a ser livre (Sartre).

ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS

Depressão: doença atual

IDENTIFICAÇÃO: L.A.F., 30 anos, masculino, branco, viúvo, natural do Rio de Janeiro, estudante

de nível superior e trabalhador da área de saúde, em nível técnico. MOTIVO DA CONSULTA: "Não tenho

mais vontade de viver.''

Page 16: Psicopatologia I Estudo para prova

História da doença atual: L.A.F compareceu à consulta psiquiátrica relatando estar se sentindo

desanimado, choroso, triste e "revoltado com as pessoas ao seu redor". Tal quadro clínico teve início em

2008, quando sua mulher, com quem foi casado por seis anos, faleceu de distrofia muscular progressiva.

Desde então, L.A.F passou a ter dificuldades no trabalho. Assistir às aulas e focar atenção nos estudos

era outro grande tormento: " Doutor, não consigo mais fazer nada do que fazia antes. Minha vida está

uma porcaria. É isso que devo ser mesmo, uma grande porcaria." As dificuldades em dormir à noite e

o pouco apetite passaram a ser uma constante em sua vida. No entanto, o que mais chamava atenção era

seu isolamento: "Passei a não fazer mais nada. Eu, quando não estava dormindo, ficava com meu

filho. Ficar com ele me fazia lembrar um pouco a minha esposa". Sente-se injustiçado por Deus e

sozinho pela falta de apoio dos colegas de trabalho e da família.

Depressão: história pessoal

Natural do Rio de Janeiro, L.A.F é o filho mais velho de uma prole de cinco filhos.

Apresentou desenvolvimento tanto psicomotor como cognitivo dentro dos padrões de normalidade.

Foi criado apenas pela sua mãe e não teve contato com seu pai, diz que durante sua infância

sempre se sentiu sozinho, a mãe e seus irmãos não davam muito atenção a ele.

Estudou no Colégio Naval e "não tive grandes amigos com quem poderia contar''. Conta que na

sua formatura não compareceu ninguém da sua família. Ele disse que este momento não significou

nada para eles, apesar dele ser o único filho a ter completado o segundo grau.

L.A.F comenta que sempre foi um sujeito tímido e reservado, não teve muitos amigos durante a

sua infância e a sua adolescência, não mantendo um bom relacionamento social com os demais

familiares. Não costuma solicitar ajuda da família.

L.A.F não teve nenhum relacionamento estável até conhecer Thais, aos 24 anos, com quem se

casou e teve seu único filho (6 anos).

Sua mulher era seu grande apoio. Após seu falecimento, L.A.F continuou morando no mesmo

apartamento com seu filho e sua sogra, a única pessoa que o ajuda a criar seu filho.

Depressão: exame psicopatológico

Aparência: cuidada, no entanto, com barba por fazer e roupa com tonalidade

escura;

Atitude: apática;

Consciência: sem rebaixamento;

Orientação: orientado globalmente;

Atenção: hipovígil, hipotenaz;

Sensopercepcão: paciente não relata, e não se observam alterações;

Memória: sem alterações significativas;

Pensamento:

Forma: organizado;

Curso: lentificado, com aumento do período de latência entre perguntas e

respostas;

Page 17: Psicopatologia I Estudo para prova

Conteúdo: real, autodepreciativo, com predomínio do tema morte relacionado à

esposa e ideias de menos valia e suicídio (há duas semanas);

Linguagem: não apresenta problemas, utiliza linguagem coloquial;

Psicomotricidade: inibição psicomotora, comprometendo atividades laborativas e

estudantis;

Vontade: hipobúlico;

Pragmatismo: hipopragmática;

Consciência de morbidade: presente;

Vida Instintiva: diminuição significativa da libido, insônia terminal;

Aspectos Valorativos: Católico, no entanto, distante da igreja após a morte de

sua esposa.

Humor: hipotímico (tristeza vital);

Afetividade: anedonia (não sente prazer);

ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA AFETIVIDADE

Alteração do humor

Distimia: designa a alteração básica do humor, tanto inibição como exaltação.

Hipotímica (melancólica): tristeza profunda.

Hipertímica: exaltação patológica (euforia).

Disforia: distimia de tonalidade afetiva desagradável, mal-humorada (irritação,

amargura, desgosto ou agressividade)

Puerilidade: vida afetiva superficial, sem afetos consistentes e duradouros.

Êxtase: experiência de beatitude, dissolução do Eu no todo, compartilhamento

íntimo dos afetos com o mundo.

ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS

Apatia: diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva (sabe da importância mas

não consegue sentir nada)

Hipomodulação do afeto: incapacidade de modulação afetiva com a situação

(rigidez na relação com mundo)

Anedonia: incapacidade total ou parcial de sentir prazer (Depressão)

Page 18: Psicopatologia I Estudo para prova

Indiferença: frieza afetiva incompreensível diante dos sintomas que o paciente

apresenta. Não é profunda; mais aparente e teatral do que real, aparenta certo

exibicionismo por traz da indiferença (“Belle Indifference” – Histeria)

Labilidade: mudanças súbitas e imotivadas de humor, sentimento e emoção

(lembrar de quadro orgânicos – encefalites, tumores, doenças degenerativas)

CASO CLÍNICO

V., sexo feminino, 32 anos, solteira, professora formada por curso superior de História.

Apresentava, em novembro de 1989, quadro depressivo com episódios muito frequentes de

despersonalização e desrealização, além de crises de explosão e agressividade dirigidas aos

familiares. Estes relataram que a paciente ficava a maior parte do tempo trancada em seu quarto e,

quando de lá saía, passava a insultar e ameaçar a todos, principalmente seu cunhado que nunca lhe

fizera nenhum mal.

Apresentava, alternado com as explosões de cólera, um choro contínuo e convulso e, por

vezes, denotava um semblante transtornado com a expressão do olhar brilhantemente fixa, recusando-se a

conversar com quem quer que fosse. Nessas ocasiões, ao mesmo tempo em que se sentia distanciada do

mundo exterior, era presa de forte angústia e ansiedade e, então, alguns acontecimentos desagradáveis

de seu passado biográfico, a maioria deles desprovidos de importância decisiva em sua vida, passavam a

ocupar o seu psiquismo de forma obsessiva, repetitiva e persistente, induzindo grande sofrimento íntimo.

Por mais que se esforçasse, não conseguia deixar de pensar neles e, pouco a pouco, ia experimentando um

ódio inusitado dirigido a algumas pessoas da família, além de fantasias e impulsos altamente agressivos e

destrutivos que, ocasionalmente, culminavam em ruidosas explosões de cólera e rompantes impetuosos

que surpreendiam a todos.

Ao primeiro exame de V. e subsequentes entrevistas, não detectei atividade delirante e/ou

alucinatória, a consciência era clara, a linguagem caracterizava-se por rica fluência verbal, o pensamento e

demais funções psíquicas mostravam-se aparentemente normais. Tive a impressão de tratar-se de pessoa

muito tímida e contida, mas notei uma singular frieza afetiva envolvendo os seus relatos, inclusive

aqueles que, forçosamente, deveriam induzir mobilização emocional importante. Isto era, de certo

modo, acentuado por uma leve afetação que coloria o seu modo de falar e a sua espontaneidade gestual

era ligeiramente embotada por uma vaga conotação mecânica. Essa impressão de falta de naturalidade era

reforçada pela expressão do olhar e pela mímica, ambos pouco expressivos. No entanto, não detectei

incoerência ou discordância significativa na sintonia afetiva, pairando, no contato verbal, apenas uma leve

sensação de estranheza.

Humor Disfórico: alternado com as explosões de cólera, um choro contínuo e

convulso

Inadequação afetiva ou paratimia: frieza em relatos que deveriam induzir

mobilização emocional.

ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS

Page 19: Psicopatologia I Estudo para prova

Inadequação ou paratimia: reações incongruentes a situações existências ou a

conteúdos ideativos.

Distanciamento afetivo: empobrecimento da possibilidade de vivenciar

alternâncias sutis na esfera afetiva (demências)

Falta de sentimento: incapacidade para sentir emoções, experimentada de forma

muito penosa pelo paciente.

CASO CLÍNICO: ESQUIZOFRENIA SIMPLES

Aparência: Cuidada;

Atitude: reatividade diminuída não chega a ser apática;

Consciência: Vígio;

Orientação: orientado globalmente;

Atenção: preservada;

Sensopercepcão: ausência de delírios e alucinações, só a mãe que os relata;

Memória: Sem alterações significativas;

Pensamento: interrupção do pensamento;

Psicomotricidade: Inibição psicomotora, comprometendo atividades laborativas;

Vontade: Hipobúlico;

Humor: eutímico;

Afetividade: embotamento;

ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS

Embotamento: perda profunda de todo o tipo de vivência afetiva. É basicamente

subjetiva e observável (mimica, postura e atitudes).

Ambilavência: sentimentos opostos em relação ao um mesmo estímulo ou objeto

(amor, ódio, rancor e carinho ao mesmo tempo)

Notimia: sentimentos e experiências afetivas inteiramente novos vivenciados por

pacientes em estado psicóticos.

Caso Clínico de Fobia Social

“Eu não podia aceitar convites ou ir a festas. Por um tempo eu não podia sequer ir para

minhas aulas. No meu segundo ano da faculdade eu tive que ficar em casa durante um

semestre.

Meu medo que aconteceria em qualquer situação social. A angústia era sentida até

mesmo antes de sair de minha casa e crescia quando quando cheguava mais perto da minha

classe, de uma festa ou de onde quer que eu fosse.

Page 20: Psicopatologia I Estudo para prova

Eu me sentia mal do estômago e cheguei a pensar que tinha a gripe. Meu coração batia

forte, as palmas das mãos ficam suadas, e tinha a sensação de estar separada de mim mesmo e

todos os outros.

Quando entrava em uma sala cheia de pessoas, eu corava e sentia que todos os olhos

estavam em mim. Eu tinha vergonha de ficar em um canto sozinho, mas eu não conseguia

pensar no que dizer a ninguém. Eu me sentia tão desajeitado que eu queria ir embora

imediatamente. "

ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS

Medo: progressiva insegurança e angústia, impotência e invalidez crescentes, ante

a impressão iminente de que sucederá algo que o indivíduo quer evitar ou é

incapaz de fazer (não patológico – prudência, cautela, alarme, ansiedade, pânico e

terror).

Fobias: medos desproporcionais e incompatíveis com as possibilidades de perigo

real oferecidas pelo objeto desencadeante.

Fobia simples: medo de objetos pequenos, geralmente animais (Barata, sapo,

cachorro, etc);

Fobia Social: medo de contato social (dar aulas, ir a festas, encontros, etc);

Agorafobia: medo de espaços amplos e de aglomerações;

Claustrofobia: medos de elevadores, tuneis salas pequenas.

RELATO DE CASO DE PÂNICO

Eu estava sozinha na agencia do Banco do Brasil, eram 17 horas, e do nada, sem motivo

nenhum, comecei a estranhar as sensações que vinham de dentro do meu corpo.

Fiquei com muito medo, pois achei que estava tendo um ataque cardíaco. Meu coração

acelerado, meus braços dormentes, tontura, náuseas. Não conseguia respirar direito e parecendo que iria

desmaiar. Saí correndo.

Quando chequei em casa, ainda continuava aquela sensação horrível. Demorou para melhorar,

mas, quando melhorei, percebi que eu não era mais a mesma, pois estava com pavor que acontecesse

novamente.

ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS

Pânico: medo intenso, de pavor, relacionado geralmente ao perigo imaginário de

morte iminente, descontrole ou desintegração.

Crises agudas e intensas de ansiedade, com medo intenso de morte ou de perder o

controle.

Duram alguns minutos e são periódicas.

Page 21: Psicopatologia I Estudo para prova

Descarga autonômica: taquicardia, sudorese, palpitações, tremores, parestesias,

falta de ar, dor no peito, náusea.

A VONTADE, PSICOMOTRICIDADE E AS SUAS ALTERAÇÕES

Vontade

Vontade é uma dimensão complexa da vida mental, relacionada intimamente:

• Esferas instintivas – como um modo relativamente organizado, fixo e complexo

de resposta comportamental de determinada espécie.

• Afetivas – desejo: um querer, um anseio, um apetite, móveis, consciente ou

inconsciente X necessidades - são fixas e inatas, independentes da cultura e da

história individual.

– Inclinação: tendência a desejar, buscar, gostar, relacionada à personalidade

do indivíduo, duradoura e estável, inclui aspectos afetivos e volitivos. Trata-se de algo

constitutivo do indivíduo, sendo em alguma proporção genético.

• Intelectiva: motivos, ou razões intelectuais que influem sobre o ato volitivo.

• Conjunto de valores, princípios, hábitos e normas socioculturais.

PROCESSO VOLITIVO

1. Fase de intenção ou propósito: os impulsos, desejos e temores exercem influência

decisiva.

2. Fase deliberação: ponderação consciente dos pontos positivos ou negativos. Se

consideram vários aspectos.

3. Fase de decisão: demarca o início da ação.

4. Fase de execução: os atos psicomotores simples e complexos decorrentes da

decisão são postos em funcionamento.

Ação voluntária

ALTERAÇÕES DA VONTADE

Impulsos e Compulsões Agressivas auto ou heterodestrutivas:

Automutilação: auto lesão voluntária

Frangofilia: impulso de destruir os objetos que circulam o indivíduo.

Piromania: impulso de atear fogo a objetos, prédios etc.

Page 22: Psicopatologia I Estudo para prova

Impulso ou ato suicida: deve-se investigar sempre que o examinador encontrar

um paciente deprimido, cronicamente ansioso e hostil, desmoralizado e sem

perspectivas.

Relacionados à ingestão de substâncias e alimentos:

Dipsomania (Binge Drinking) : impulso ou compulsão periódica para grandes

ingestão de álcool.

Potomania: compulsão de beber água (≠ polidipsia = sede exagerada).

Bulimia: impulso irresistível de ingerir rapidamente grande quantidade de

alimentos.

IMPULSOS E COMPULSÕES PATOLÓGICAS

Relacionados ao desejo e comportamento sexual

Fetichismo: concentrado em partes de vestimenta ou do corpo.

Exibicionismo: mostrar os órgão sexuais.

Voyeurismo: obter prazer pela observação visual de uma pessoa nua ou

mantendo relações sexuais.

Pedofilia: desejo sexual por crianças ou púberes do sexo oposto.

Pederastia: desejo sexual por crianças ou adolescentes do mesmo sexo.

Gerontofilia: desejo sexual por pessoas consideravelmente mais velhas.

Zoofilia (bestialismo): desejo sexual dirigido a animais.

Necrofilia (vampirismo): cadáveres.

Coprofilia: prazer com excremento no ato sexual.

Relacionados ao desejo e comportamento sexual

Ninfomania: desejo sexual aumentado na mulher.

Satiríase: desejo sexual aumentado no homem.

Compulsão a masturbação: intensa necessidade de atividade masturbatória.

Compulsão a utilizar roupas intimas do sexo oposto: não são homossexuais.

Compulsão a utilizar clisteres: repetidamente ou introduzir objetos no -anus.

Outros impulsos e compulsões:

Poriomania: andar a esmo.

Cleptomania: (roubo patológico): Impulso ou compulsão de roubar precedido de

intenso estado de ansiedade e apreensão, aliviado depois do roubo.

Page 23: Psicopatologia I Estudo para prova

Jogo patológico: compulsão a jogos de azar, apostas.

Compulsão a compras: necessidade premente de comprar.

Compulsão por internet e vídeos.

Negativismo: oposição do indivíduo às solicitações do meio ambiente.

Sitiofobia - a recusa sistemática de alimentos.

Obediência automática: obedece automaticamente como um robô.

Fenômenos de eco: ecopraxia (repete automaticamente os últimos atos do

entrevistador); ecolalia (fala); ecomimia (reações mímicas); ecografia (escrita).